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Biologia e Geologia 2.4. Metamorfismo. Rochas metamórficas.

11º ano Nome: N.º: Turma:

O metamorfismo da serra da Freita


O planalto da serra da Freita situa-se no concelho de Arouca, a uma altitude entre os 1000 m e os 1100 m.
Apresenta alguns pontos de interesse geológico, como, por exemplo, a Frecha da Mizarela, no rio Caima, a
maior queda d’água de Portugal, e as “pedras parideiras”, nódulos de biotite que se libertam do afloramento
granítico e que se acumulam no solo.
Na região da serra da Freita, o metamorfismo orogénico foi, todo ele, gerado durante três fases de
deformação ocorridas durante a orogenia que afetou a Europa no Paleozoico.
As rochas metamórficas que afloram na área são, de uma maneira geral, rochas metassedimentares. Trata-
se de rochas que resultaram do metamorfismo de rochas sedimentares, essencialmente rochas detríticas. O
metamorfismo reparte-se do baixo ao alto grau (com predominância do médio grau na metade sudoeste da
serra da Freita, e do baixo grau na metade nordeste).
Os especialistas do metamorfismo da região não são unanimes quanto aos momentos em que se formaram
os principais minerais do metamorfismo da área (estaurolite e os aluminossilicatos andaluzite, distena e
silimanite).
A ocorrência de distena, associada a andaluzite, em alinhamentos com a direção regional N120ºE é
interpretada como resultante de um processo de sobrepressão, gerado por fluidos provenientes dos níveis
inferiores da crusta, canalizados ao longo de fraturas e zonas de cisalhamento. Este processo terá
ocasionado, simultaneamente, abundantes filões de quartzo.
Há ainda a referir, quanto às formações metamórficas da serra da Freita, a presença de uma auréola
metamórfica em torno dos maciços graníticos existentes na região.
Na figura 1, o diagrama 1 relaciona as condições de pressão e temperatura para os diferentes graus de
metamorfismo e o diagrama 2 representa os domínios de estabilidade dos minerais andaluzite, distena e
silimanite em função das condições de temperatura-pressão-profundidade existentes na serra da Freita
durante as fases de deformação.

Figura 1. Condições de pressão e temperatura para os diferentes graus de metamorfismo da serra da Freita
(diagrama 1) e domínios de estabilidade de polimorfos de Al2SiO5 (diagrama 2).
(Adaptado de http://geologia.aroucanet.com – consultado em julho de 2012)

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Na resposta a cada um dos itens 1 a 7, selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

 O metamorfismo que originou as principais formações metassedimentares da serra da Freita é do tipo


(A) regional e resultou, principalmente, das pressões associadas aos movimentos orogénicos.
(B) de contacto e resultou, principalmente, da pressão litostática associada ao afundamento das rochas
sedimentares.
(C) regional e resultou, principalmente, da pressão litostática associada ao afundamento das rochas
sedimentares.
(D) de contacto e resultou, principalmente, das altas temperaturas associadas aos movimentos
orogénicos.

 Na metade sudoeste da serra da Freita, tendo em conta o grau de metamorfismo, as rochas


predominantes deverão ser
(A) ardósias, rochas originadas a partir de metamorfismo em argilitos.
(B) corneanas, rochas que, devido às baixas temperaturas de metamorfismo, apresentam dureza
elevada.
(C) xisto, rochas que apresentam foliação.
(D) gnaisses, rochas não foliadas.

 A composição mineralógica dos filitos presentes na zona nordeste da serra da Freita não deverá incluir
(A) silimanite, porque este mineral forma-se em condições de pressão e temperatura elevadas.
(B) distena, porque este mineral forma-se em condições de pressão baixa.
(C) andaluzite, porque este mineral forma-se em condições de temperatura baixa.
(D) andaluzite e silimanite, porque são minerais de baixo grau de metamorfismo.

 Nos domínios onde ocorrem os três aluminossilicatos, os valores de pressão e temperatura


(A) devem ter-se situado à volta dos 4 kb e 500 ºC, respetivamente.
(B) são típicos de alto grau de metamorfismo.
(C) necessários para a sua formação devem ter sido atingidos a cerca de 25 km de profundidade.
(D) foram tão elevados que provocaram a fusão das rochas originais.

 As rochas constituintes da auréola de contacto com os maciços graníticos não devem conter distena,
porque
(A) este é um mineral típico dos granitos.
(B) durante a sua formação a temperatura nunca foi muito elevada.
(C) este é um mineral típico de pressões elevadas e temperaturas baixas.
(D) o aumento de temperatura promove a transformação de distena em andaluzite.

 A foliação característica de algumas rochas metamórficas resulta, essencialmente, da


(A) recristalização provocada pelo contacto com fluidos libertados por massas magmáticas adjacentes.
(B) reorientação dos minerais em planos perpendiculares à direção das tensões aplicadas.
(C) recristalização provocada pelas temperaturas elevadas, mas inferiores à temperatura de fusão.
(D) reorientação dos minerais em planos paralelos à direção das tensões aplicadas.

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 As rochas metamórficas originadas por metamorfismo de
(A) alto grau apresentam, caracteristicamente, foliação do tipo bandado gnáissico.
(B) baixo grau apresentam, caracteristicamente, foliação do tipo xistosidade.
(C) baixo grau apresentam, caracteristicamente, foliação do tipo bandado gnáissico.
(D) médio grau apresentam, caracteristicamente, foliação do tipo clivagem.

 O aumento da pressão e temperatura provoca a formação de rochas com associações minerais e


texturas diferentes. Coloque as rochas seguintes pela ordem crescente de intensidade de metamorfismo.
A. gnaisse
B. ardósia
C. micaxisto
D. migmatito
E. filito

 Faça corresponder cada uma das descrições das rochas metamórficas da coluna A ao termo da coluna B
que identifica a respetiva designação.

Coluna A Coluna B

(a) Rocha não foliada, monominerálica, cristalina, que faz efervescência com 1. Ardósia
ácido clorídrico. 2. Mármore
(b) Rocha compacta, com textura bandada, alternando leitos mineralógicos claros 3. Micaxisto
e escuros. 4. Filito
(c) Rocha com textura não foliada, de granularidade fina e extremamente dura, 5. Corneana
que ocorre em auréolas de metamorfismo em contacto direto com o magma. 6. Quartzito
(d) Rocha de muito baixo grau de metamorfismo, de grão muito fino e 7. Gnaisse
apresentando fissibilidade fácil segundo superfícies planas e paralelas. 8. Migmatito

(e) Rocha de grão médio a grosseiro, com elevado teor de micas, e que apresenta
xistosidade acentuada.

 Relacione a inexistência de silimanite nas formações metassedimentares da metade nordeste da serra


da Freita com as condições que estiveram na origem dessas formações.

 As isógradas são linhas que definem uma superfície de igual grau metamórfico das rochas
representadas num mapa. Uma isógrada limita duas zonas metamórficas distintas e é definida pelo
aparecimento de um mineral que define o índice metamórfico.

Explique de que forma se pode caracterizar uma determinada fácies metamórfica a partir de uma carta
geológica com isógradas.

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