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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS
GERAIS/CAMPUS MONTES CLAROS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA -
MESTRADO PROFISSIONAL
MONTES CLAROS/MG
2020
1
MONTES CLAROS/MG
2020
2
129p.
CDD 370.1
Catalogado por: Michelly Borges Ladislau Lopes, CRB-6/3377
3
__
___________________________
Profª. Drª. Ramony Maria da Silva Reis Oliveira
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Diamantina
Orientadora
___________________________
Prof. Dr. Antônio Carlos Soares Martins
IFNMG - CEAD
__________________________
Prof. Dr. Ricardo dos Santos Silva
IFNMG – Campus Salinas
4
__
___________________________
Profª. Drª. Ramony Maria da Silva Reis Oliveira
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Diamantina
Orientadora
___________________________
Prof. Dr. Antônio Carlos Soares Martins
IFNMG - CEAD
__________________________
Prof. Dr. Ricardo dos Santos Silva
IFNMG – Campus Salinas
5
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The research of social representation carries with it the complexity in its core, since
the theorists of the area such as Jean-Claude Abric, Denise Jodelet and Serge
Moscovici make it clear that their conceptual appropriation is exorbitant. In this
sense, it is chosen, in this work, to carry out a qualitative and quantitative, a
descriptive and field investigation, that can take as a scope the capture of social
representations by the group of students enrolled in the Subsequent Technical
Nursing course at IFNMG - Campus Araçuaí - in the year of 2019. The materiality of
these representations is used to unravel how the process of choosing these subjects
takes place through a technical training in the subsequent form in which numerous
possibilities of explanation for this phenomenon of choice emerged. It is taken into
account various conditions, such as the professional attribution of the technician, the
positive and negative points of the course, as well as the expectations that are
created around the training process. The justification comes from the fact that it is
necessary that the institution in which this young person is enrolled knows him not
only as a registration number, but as a subject in his peculiarities and collectivities, in
his choices and social determinants. Thus, in order to verify the reasons that lead
students to choose a course in the subsequent modality through the materiality of
Discourse of the Collective Subject, this research is proposed and the defined steps
are fulfilled. It is possible to verify that in the collective opinions the diversity of points
of view prevailed, and it is not possible to confirm that the option for a subsequent
course, such as the Nursing Technician, occurs in a monolithic field. It is clear,
therefore, that, although there are participants from similar social contexts, the
plurality that is unique to each subject and their surroundings is preserved when
these individual opinions are synthesized in discourses of social representation of the
collective voice.
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
1.1 TEMA DO TRABALHO E SUA CONTEXTUALIZAÇÃO DENTRO DA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA .................................................... 19
1.2 PROBLEMA INVESTIGADO ............................................................................... 22
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 22
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................... 22
1.3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 22
1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 23
2 PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO ........................................................... 25
2.1 FUNDAMENTAÇÃO EPISTEMOLÓGICA ........................................................... 26
2.1.1 Educação Profissional e Tecnológica: breve contextualização ........................ 26
2.1.2 O Curso Técnico em Enfermagem no IFNMG – Campus Araçuaí: excelência
em educação no Vale do Jequitinhonha ................................................................... 29
2.1.3 Representações Sociais (RS) .......................................................................... 31
2.1.4 O Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) .............................................................. 34
2.2 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA.............................................................. 36
2.2.1 Desenho de estudo .......................................................................................... 37
2.2.1.1 Amostra ......................................................................................................... 39
2.2.1.2 Critérios de inclusão ...................................................................................... 39
2.2.1.3 Critérios de exclusão ..................................................................................... 39
2.2.2 Material............................................................................................................. 40
2.2.3 Procedimentos ................................................................................................. 40
2.2.3.1 Análise dos dados ......................................................................................... 41
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 42
3.1 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS EM CATEGORIAS DE TRATAMENTO .. 43
3.1.1 Categoria de tratamento 1 – Análise socioeconômica dos discentes (referente
às questões 1 a 10). .................................................................................................. 44
3.1.2 Categoria de tratamento 2 – Escolha do curso (referente à questão 11 –
Porque você escolheu o curso Técnico em Enfermagem subsequente?). ................ 47
3.1.3 Categoria de tratamento 3 – Impressões pessoais a respeito da profissão
(referente à questão 12 – Quais as atividades que você acredita que o Técnico em
Enfermagem executa?). ............................................................................................ 56
15
1 INTRODUÇÃO
1.3 OBJETIVOS
Verificar os motivos que permeiam a escolha dos alunos pelo curso Técnico
em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí, buscando compreender as
representações sociais que os alunos ancoram-se para a escolha deste curso.
Levantar os motivos pelos quais os alunos são levados a optar pela formação
técnica na modalidade subsequente por meio da aplicação de questionários
semiestruturados;
Verificar através da escrita das respostas coletadas dos sujeitos aquilo que é
particular de cada um na explicitação da opção pela escolha do curso técnico
na modalidade subsequente, ou seja, a subjetividade que dá sentido a esse
caminho escolhido e a representação social do mesmo;
Agrupar expressões-chave e ideias centrais no discurso de cada sujeito em
cada questionamento no sentido de construir o discurso do sujeito coletivo
que responda ao objetivo geral proposto.
Construir a partir das representações sociais dos alunos uma proposta
metodológica de recepção de discentes que aponte como receber o aluno
ingressante no curso Técnico em Enfermagem no Campus, abarcando sua
realidade e o real sentido da escolha por esta formação.
23
1.4 JUSTIFICATIVA
2 PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO
atender aos anseios por crescimento econômico da nação. Entra em cena, então a
profissionalização compulsória como meio para se qualificar técnicos sob urgência
para atender aos anseios da indústria e girar a economia.
Foram então transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica
três das escolas técnicas federais, sendo respectivamente do Paraná, Rio de
Janeiro e Minas Gerais.
Passaram-se alguns anos e paulatinamente as demais escolas técnicas
entraram em processo de transformação em Centros Federais de Educação
Tecnológica (CEFET’s) e, nesse ínterim, após vários anos de tramitação, mais uma
LDB foi sancionada em 1996.
Conhecida como a lei que trouxe um olhar mais humano para a educação
pôde-se notar a tentativa de ruptura com as concepções assistencialistas e
redentoras da educação profissional, apesar de não ter sido como se esperava em
termos de mudança radical.
Os anos 2000 no contexto social brasileiro teve um significado representativo
na história do país, pois já no inicio da década uma transição de governo marcou
seu espaço e os olhares para a classe trabalhadora tiverem seus avanços.
Pacheco (2015, p. 6) traz à baila que:
O governo Lula vai encontrar um quadro de extrema precariedade
nestas instituições: obras paralisadas, falta de professores,
inexistência de concursos públicos para técnicos e docentes, além de
enorme carência de materiais de custeio.
Dessa forma, é possível fazer imergir naquilo que justifica a existência dessa
demanda formativa na cidade de Araçuaí, e o IFNMG em consonância de sentido
com seu compromisso que, para além da qualificação técnica, precisa se ater ao
melhoramento das condições de vida da comunidade na qual está inserido.
O Vale do Jequitinhonha, nesse sentido, precisa ser trazido aqui como alvo de
uma política pública de envergadura nacional como os IF’s, bem como sendo palco
de uma instituição capaz de transformar vidas através da educação destinada à
classe trabalhadora.
Assim, é necessário fazer uma pequena incursão nas características dessa
localidade geográfica, uma vez que:
O Vale do Jequitinhonha localiza-se no Nordeste do Estado de Minas
Gerais e pode ser dividido em Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha.
[...]O Médio Jequitinhonha combina características de unidade
familiar e fazenda de gado, situado em um meio espacial e fundiário
de transição. A organização política do Médio Jequitinhonha é
caracterizada pelos pequenos centros urbanos com população média
de 20 mil habitantes, com 4 deles com mais de 30 mil habitantes. [...]
O denominado Médio Jequitinhonha é, na verdade, uma combinação
das características mais bem definidas do Alto Jequitinhonha –
camponês, agrícola, vinculado às origens mineradoras do centro de
Minas Gerais – e o Baixo Jequitinhonha: fazendeiro, pecuarista,
relacionado à expansão dos mercados urbanos do início do século
20. Essa complexidade de origens dificulta a costura de interesses
31
(SAVIANI, 1983) não consegue ser descrita sob a ótica do pensamento simples, e
quando há o envolvimento de questões subjetivas o processo torna-se ainda mais
rebarbativo.
Cada sujeito carrega em si experiências que lhe são peculiares e a vivência
disso no coletivo se faz na transposição do arcabouço pertencente ao indivíduo para
o seu entorno, sendo ali o seu lugar de fala por já se apropriar social, histórica e
culturalmente dali.
Mas, de certa forma, por mais divergências que existam entre as diversas
maneiras de pensar e conceber o mundo e os seus processos formativos quando se
leva em conta a individualidade de cada ser, o que causa estranheza nem é a
miscelânea de opiniões, mas os seus pontos de convergência dentro da
heterogeneidade.
Silveira e Vieira (2016, p. 32) tentam elucidar os argumentos supracitados
quando dizem que:
Cada indivíduo é único, porém, apresenta semelhanças com o outro
por meio de diversas formas. As ligações entre os indivíduos
decorrem de conexões como nacionalidade, idade, sexo, religião,
entre outros. Além disso, a semelhança e diferença nos objetivos e
aspirações dos membros.
Jodelet (1986) traz clareza de sentido quando o tema é abordado e assim nos
diz que essas representações denominadas de sociais designam uma forma de
conhecimento específico, um saber de sentido comum em que o conteúdo se
manifesta de processos socialmente caracterizados e é uma forma de pensamento
social.
Outrossim, Lefevre e Lefevre (2012, p. 22) conduzem à inteligibilidade do
conceito ao colocar que:
[...] as representações são […] influenciadas pelos atributos ou
lugares de onde seus sujeitos portadores falam: nacionalidade,
gênero, religião/crença, idade, condição social (lugar que ocupa na
estrutura produtiva), nível de instrução, estrutura psíquica, traços de
personalidade, profissão/ocupação, estrutura física (portador ou não
de enfermidade), história de vida e assim sucessivamente.
Ainda acrescentam que é preciso saber dosar as atitudes para não cair no
36
Uma vez que é o que mais se enquadra dentro dos objetivos propostos pelo
trabalho.
Ainda, segundo os autores supracitados, no Discurso do Sujeito Coletivo
(DSC) o resultado final de uma pesquisa será abarcado por quantas opiniões
diferentes existirem numa determinada população e não há mais a disputa entre o
que é quantificável e o que não é, pois todos convivem harmoniosamente numa
relação de interdependência (ibidem).
No DSC alguns operadores são necessários para se manipular os dados
coletados, entre eles faz-se uso das Expressões-Chave (ECH) e Ideias Centrais (IC)
em que na primeira é possível depurar o discurso de tudo aquilo que é irrelevante,
secundário e que não contribui no sentido de deslindar os questionamentos
propostos, buscando a fixação naquilo que é considerado o âmago do pensamento,
38
2.2.1.1 Amostra
Gil (2008) elucida de forma clara a diferença entre universo e amostra quando
salienta que o primeiro é um conjunto de elementos revestidos de algumas
características determinadas, representado pela totalidade destes. Já amostra seria
um subconjunto do universo, isto é, estaria contida neste de forma a preservar as
mesmas características do grupo por inteiro.
Dessa forma, a amostra a ser utilizada coincide com o universo de alunos
regularmente matriculados no Curso Técnico em Enfermagem do Instituto Federal
do Norte de Minas Gerais – Campus Araçuaí no ano de 2019 através de
levantamento prévio na Secretaria de Registros Escolares do Campus.
O tipo de amostragem adotado foi por acessibilidade ou conveniência que
segundo Gil (2008, p. 94) [...] “o pesquisador seleciona os elementos a que tem
acesso, admitindo que estes possam de alguma forma, representar o universo.
Aplica-se este tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde
não é requerido elevado nível de precisão”.
2.2.2 Material
2.2.3 Procedimentos
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
pais não concluíram a etapa em questão e 14 (28%) das mães também estão na
mesma situação.
Já em relação ao Ensino Médio, apenas 6 (12%) dos pais e 15 (30%) das
mães o possui como formação máxima. Foram relatados também que 1 (2%) e 2
(4%) dos pais e mães respectivamente são analfabetos, e 3 (6%) dos pais
encontram-se entre aqueles em que os discentes não declararam seu ciclo escolar.
Apenas 8 ( 16%) do total de 50 participantes citaram a escolaridade de seus
companheiros que pôde ser representada dentro do universo de participantes por: 1
(2%) com ensino superior incompleto, 1 (2%) com curso técnico, 5 (10%) com ensino
médio e 1 (2%) com ensino fundamental incompleto
Com a disposição dos dados emergidos quanto à escolarização dos pais e
dos companheiros, foi possível analisar mais detidamente as influências educativas
desses alunos. O meio em que estão inseridos, em sua maioria, é marcado por uma
ruptura na formação básica conforme preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (1996) que prevê em seu artigo 4º a educação básica obrigatória
da pré-escola até o ensino médio, abrangendo seus processos formativos que se
desenvolvem na vida em família, na convivência entre seus pares, no labor, nas
instituições educacionais e manifestos de afirmação cultural.
Acrescenta-se, ainda, à análise supracitada que aqueles que conseguiram
ultrapassar a educação básica e galgar outros rumos na educação superior
representam apenas 1(2%) das mães de aluno que concluiu uma pós graduação e 1
(2%) dos companheiros com ensino superior incompleto.
Para que esse raciocínio fique mais claro é necessário entender que essa
mãe em questão vem de uma família com renda até um salário mínimo e esse (a)
companheiro (a) vem de uma exceção entre os pesquisados em que a família se
situa nos 2% que tem renda de 3 a 6 salários mínimos e isso faz com que se leve
em consideração a realidade e disparidade de distribuição de renda no Vale do
Jequitinhonha, onde “existem sérios problemas de ordem social e econômica”
(NASCIMENTO, 2009, p. 2).
À guisa da finalização do levantamento socioeconômico dos alunos e de suas
famílias, se faz importante também colocar em voga aqueles que estão matriculados
no curso e que exercem atividade remunerada ou não e assim pôde-se perceber
que 40 (80%) do total pesquisado não trabalham e situam-se na faixa etária entre 18
e 46 anos, contra 10 (20%) que trabalham, mas ressalta-se que em sua maioria
47
QUADRO 1 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO 11
Sujeito ECH IC
Sujeito1 ECH 1...pensar em cuidar com IC 1 – Qualificação para cuidar
mais técnica das pessoas IC 2 – Humanização do cuidar
doentes... IC 3 – Influência de familiares
ECH 2... cuidado mais
humanizado aos familiares
mais velhos...
ECH 3... familiares que também
fizeram o curso e me
incentivaram bastante...
Sujeito 2 ECH 1...uma área em que IC 1 – Empregabilidade
sempre necessita de pessoas
para trabalhar...
Sujeito 3 ECH 1... gosto muito de ajudar IC 1 - Ajudar as pessoas
as pessoas... IC 2 – Diminuição do sofrimento
ECH 2 - ... diminuir o sofrimento alheio;
48
Destarte, após a análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas nove
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Qualificação para o cuidar
Categoria 2 – Humanização do cuidar
Categoria 3 – Influência de familiares
Categoria 4 – Empregabilidade
Categoria 5 – Ajuda e cuidado com as pessoas
Categoria 6 – Gosto e interesse pela área
Categoria 7 – Oportunidade que teve de estudar devido a falta de condições
financeiras
Categoria 8 – Trabalhar na área
Categoria 9 – Duração e qualidade do curso
Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria de conjunto
homogêneo:
mais... conhecimento
Sujeito 30 ECH 1 - ...ter um conhecimento a IC 1 – Aquisição de
mais para lidar com idosos... conhecimento
Sujeito 33 ECH 1 - ...Adquirir conhecimento IC 1 – Aquisição de
na área da saúde ... conhecimentos
Sujeito 48 ECH 1 - ...aprofundar meus IC 1 – Aquisição de
conhecimentos... conhecimentos
FONTE: O autor (2019)
próximo...
Sujeito 29 ECH 1 - ... amo cuidar das IC 1 – Cuidado com as pessoas
pessoas...
FONTE: O autor (2019)
QUADRO 11 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO
12
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... Presta um cuidado IC 1 – Cuidado humanizado
humanizado... IC 2 – Realiza procedimentos
ECH 2 - ... afere sinais vitais, técnicos e administração de
administra medicamentos, medicamentos
cuida do conforto do paciente,
retirada de pontos, triagem,
banho...
Sujeito 2 ECH 1 - ... ministrar IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, aplicar e técnicos e administração de
conservar vacinas, fazer medicamentos
curativos, colher material para
executar atividades de
desinfecção e esterilização...
Sujeito 3 ECH 1 - ... aplicação de IC 1 – Realiza procedimentos
medicação, vacina, afere técnicos e administração de
sinais vitais, mobiliza medicamentos
pacientes no leito...
Sujeito 4 ECH 1 - ... auxilia os IC 1 – Auxilia outros
enfermeiros e médicos... profissionais de saúde
Sujeito 5 ECH 1 - ... Administração de IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, curativos, técnicos e administração de
aferição de P.A e sinais vitais, medicamentos
banhos em pacientes...
Sujeito 6 ECH 1 - ... acompanhamento IC 1 – Cuidados com as
direto com o paciente... pessoas
ECH 2 - ... curativo, IC 2 – Realiza procedimentos
administração de técnicos e administração de
medicamentos, aferição de P.A medicamentos
...
Sujeito 7 ECH 1 – ... Atenção e cuidado IC 1 - Cuidados com as
diretos ao paciente... pessoas
Sujeito 8 ECH 1 - ... vacinação, aferição IC 1 – Realiza procedimentos
de sinais vitais... técnicos
Sujeito 9 ECH 1 - ... aplicação de IC 1 – Realiza procedimentos
vacinas, administrar técnicos e administração de
medicamentos, curativos, medicamentos
retirada de ponto, triagem...
Sujeito 10 ECH 1 - ... Promoção, IC 1 – Promoção e prevenção
prevenção... na saúde
Sujeito 11 ECH 1 - ... administra IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, aplicar e técnicos e administração de
conservar vacinas e fazer medicamentos
curativos...
Sujeito 12 ECH 1 - ...curativo, IC 1 – Realiza procedimentos
administração de técnicos e administração de
medicamentos... medicamentos
Sujeito 13 ECH 1 - ... vacinação, aferição IC 1 – Realiza procedimentos
de sinais vitais... técnicos e administração de
medicamentos
Sujeito 14 ECH 1 - ... promoção da saúde IC 1 – Promoção da saúde
ECH 2 - ...triagem, curativo, IC 2 - Realiza procedimentos
medicação... técnicos e administração de
medicamentos
Sujeito 15 ECH 1 - ... cuida de idoso e de IC 1 – Cuidados com as
pessoas deficientes... pessoas
ECH 2 - ... administra IC 2 – Administração de
medicamentos... medicamentos
58
Destarte, da análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas quatro
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Cuidado humanizado com as pessoas
Categoria 2 – Realiza procedimentos técnicos e administração de medicamentos
Categoria 3 – Auxilia outros profissionais da saúde
Categoria 4 – Promoção e prevenção na saúde
Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria:
QUADRO 16 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO
13
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... Prepara para uma IC 1 – Empregabilidade
profissão em que sempre há vagas IC 2 – Qualidade do curso
no mercado de trabalho... IC 3 – Atividades práticas do
ECH 2 - ... ensino muito bom, bem curso
agradável... IC 4 – Torna as pessoas mais
ECH 3 - ... estágios... humanas
ECH 4 - ... enxergamos as
pessoas com um olhar mais
humanizado...
Sujeito 2 ECH 1 - ...ajudar o próximo, ver IC 1 – Poder ajudar o próximo
resultado de cura...
Sujeito 3 ECH 1 - ... As aulas práticas, [...]e IC 1 – Atividades práticas e
as dinâmicas que temos em salas dinamicidade
de aula...
Sujeito 4 ECH 1 - ... didáticas de ensino IC 1 – Qualidade do curso
muito boas...
Sujeito 5 ECH 1 - ... A instituição tem um IC 1 – Qualidade do curso
ensino ótimo... IC 2 - Infraestrutura
ECH 2 - ... laboratório com
equipamentos, biblioteca com
vários livros de enfermagem...
Sujeito 6 ECH 1 - ... uma boa formação... IC 1 – Qualidade do curso
ECH 2 - ... uma área que trata IC 2 – Poder ajudar o próximo
diretamente com pessoas, assim
realizando a arte de cuidar...
Sujeito 7 ECH 1 - ... Cuidar de pessoas... IC 1 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 8 ECH 1 - ... ver o mundo com olhos IC 1 – Torna as pessoas mais
diferentes... humanas
ECH 2 - ... ajudar as pessoas e IC 2 – Poder ajudar o próximo
sempre cuidar do paciente com
67
amor e carinho...
Sujeito 9 ECH 1 - ... As aulas práticas e os IC 1 – Atividades práticas do
estágios... curso
ECH 2 - ... ensinamentos de todas IC 2- Qualidade do curso
as matérias...
Sujeito 10 ECH 1 - ... conhecimento para o IC 1 – Empregabilidade
campo do trabalho...
Sujeito 11 ECH1 - ... fazer as pessoas rirem e IC 1 – Tornar as pessoas mais
também fazer elas sentirem humanas
melhor...
Sujeito 12 ECH 1 - ... coisas que fazemos em IC 1 – Busca pelo
casa errado em relação à saúde, conhecimento sistematizado
aprendemos no curso de maneira
correta...
Sujeito 13 ECH 1 - ... as explicações das IC 1 – Qualidade do curso
matérias são sempre boas...
Sujeito 14 ECH 1 - ... o que agente aprende IC 1 – Atividades práticas do
na sala de aula a gente pratica nos curso
estágios...
Sujeito 15 ECH 1 - ... sucesso de aprender IC 1 – Aprendizagem
mais...
Sujeito 16 ECH 1 - ... A instituição é de IC 1 – Qualidade do curso
qualidade, dispõe de professores IC 2 - Infraestrutura
qualificados...
ECH 2 - ... laboratório e
ferramentas necessárias para a
aprendizagem
Sujeito 17 ECH 1 - ... oportunidade de ajudar IC 2 – Poder ajudar o próximo
vidas...
Sujeito 18 ECH 1 - ... Conhecer mais a saúde IC 1 – Busca por
de si mesmo e da população... conhecimento
Sujeito 19 ECH 1 - ... O ensino é de ótima IC 1 – Qualidade do curso
qualidade... IC 2 – Empregabilidade
ECH 2 - ... nos prepara para
sermos ótimos profissionais...
Sujeito 20 ECH 1 - ... ajudar o próximo... IC 1 – Poder ajudar o próximo
ECH 2 - ... crescimento pessoal do IC 2 – Empregabilidade
profissional...
Sujeito 21 ECH 1 - ... Os professores são IC 1 – Qualidade do curso
ótimos, as matérias são fáceis de IC 2 – Atividades práticas do
entender... curso
ECH 2 - ... aulas práticas são muito
boas, os locais de estágios são
bons...
Sujeito 22 ECH 1 - ... Ajudar o próximo... IC 1 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 23 ECH 1 - ... as aulas são bem IC 1 – Qualidade do curso
explicadas e as matérias vão além
do que o curso precisa...
Sujeito 24 ECH 1 - ... Ótimos profissionais... IC1 – Qualidade do curso
ECH 2 - ... laboratórios IC 2 - Infraestrutura
apropriados....
Sujeito 25 ECH 1 - ... proporciona um vasto IC 1 – Vasto conhecimento
68
conhecimento em relação à
saúde...
Sujeito 26 ECH 1 - ... Conhecimento... IC 1 – Conhecimento
Sujeito 27 ECH 1 - ... Aprendizagem do IC 1 – Busca por
cuidado de enfermagem na conhecimento
prática... IC 2 - Empregabilidade
ECH 2 - ... boa opção de
empregabilidade da cidade e em
todas as demais...
Sujeito 28 ECH 1 - ... oportunidade de cuidar IC 1 – Poder ajudar o próximo
do próximo. Fazer através da
profissão alguém sentir melhor
pelos cuidados prestados...
Sujeito 29 ECH 1 - ... ser mais humanos, IC 1 – Tornar as pessoas mais
convívio e trabalho em equipe, humanas
muito aprendizado e troca de
conhecimento com professores
orientadores e pacientes que
cuidamos, gratidão...
Sujeito 30 ECH 1 - ... Interesse, esforço... IC 1 – Busca por
conhecimento
Sujeito 31 ECH 1 - ... empatia, ampliar IC 1 – Busca por
conhecimento sobre cuidado... conhecimento
Sujeito 32 ECH1 - ... O aprendizado... IC 1 – Aprendizagem
ECH 2 - ... os professores são IC 2 – Qualidade do curso
muito experientes... IC 3 – Tornar as pessoas mais
ECH 3 - ... aprendemos ser mais humanas
humanos...
Sujeito 33 ECH 1 - ... conhecimento IC 1 – Busca por
adquirido.. conhecimento
ECH 2 - ... ajudar o próximo... IC 2 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 34 ECH 1 - ... Aprendizado... IC 1 – Aprendizagem
ECH 2 - ... ajudar quem precisa... IC 2 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 35 ECH 1 - ... Aprendizagem... IC 1 – Aprendizagem
ECH 2 - ... poder acolher, ajudar... IC 2 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 36 ECH 1 - ... Conhecimento... IC 1 – Busca por
conhecimento
Sujeito 37 ECH 1 - ... O ensino... IC 1- Qualidade do curso
ECH 2 - ... informação e suporte IC 2 - Corpo docente
dos nossos professores... estruturado
Sujeito 38 ECH 1 - ... aprendemos a ser seres IC 1 – Tornar as pessoas mais
humanos melhores. [...] não nos humanas
prepara para sermos perfeitos,
mas sim profissionais sensíveis à
dor do outro.
Sujeito 39 ECH 1 - ... Cuidados consigo IC 1 – Poder ajudar a si
mesmo e familiares... mesmo e os outros
Sujeito 40 ECH 1 - ...Ensino de qualidade... IC 1 – Qualidade do curso
Sujeito 41 ECH 1- ... Empatia com o próximo IC 1 – Tornar as pessoas mais
ou paciente, trabalho em equipe... humanas
ECH 2 - ... ensino de ótima IC 2 – Qualidade do ensino
qualidade
69
Destarte, da análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas sete
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Empregabilidade
Categoria 2 – Qualidade do curso e do ensino
Categoria 3 – Atividades práticas do curso
Categoria 4 – Tornar as pessoas mais humanas
Categoria 5 – Poder ajudar o próximo
Categoria 6 – Busca por conhecimento e aprendizagem
Categoria 7 – Corpo docente estruturado e infraestrutura
Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria:
trabalho...
Sujeito 10 ECH 1 - ... conhecimento para IC 1 – Empregabilidade
o campo do trabalho...
Sujeito 19 ECH 2 - ... nos prepara para IC 2 – Empregabilidade
sermos ótimos profissionais...
Sujeito 20 ECH 2 - ... crescimento pessoal IC 2 – Empregabilidade
do profissional...
Sujeito 27 ECH 2 - ... boa opção de IC 2 – Empregabilidade
empregabilidade da cidade e
em todas as demais...
FONTE: O autor (2019)
Os pontos positivos do meu curso é que ele nos prepara para sermos ótimos
profissionais com conhecimento para o campo de trabalho e assim permitir
crescimento pessoal do profissional. Prepara para uma profissão em que sempre há
vagas no mercado de trabalho, pois é uma boa opção de empregabilidade da cidade
e em todas as demais.
Os pontos positivos do meu curso é que podemos ver o mundo com olhos
diferentes, fazer as pessoas rirem e também elas se sentirem melhor. Aprendemos
ser mais humanos, enxergamos as pessoas com um olhar mais humanizado, a ter
73
QUADRO 24 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO
14
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... carga horária de IC – Carga horária extensa de
estágio um pouco extensa... curso e estágios.
Sujeito 2 ECH 1 - ... Carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa de
estágios são muitas... curso e estágios.
Sujeito 3 ECH 1 - ... tempo para IC 1 – Carga horária extensa dos
realização de trabalho devido estágios.
aos estágios que temos durante
o dia...
Sujeito 4 ECH 1 - ... é muito complicado IC 1- Dificuldade em conciliar
pra quem trabalha... curso e trabalho
Sujeito 5 ECH 1 - ... quem trabalha não IC 1- Dificuldade em conciliar
pode sair do serviço para poder curso e trabalho
ir aos estágios...
Sujeito 6 ECH 1 - ...carga horária IC 1 – Carga horária extensa do
pesada... curso.
ECH 2 - ... muitas horas de IC 2 - Carga horária extensa dos
estágio... estágios.
ECH 3 - ... difícil trabalhar... IC 3 - Dificuldade em conciliar
curso e trabalho.
Sujeito 7 DESCARTADO -
Sujeito 8 ECH 1 - ... carga horária de IC 2 - Carga horária extensa dos
estágios é muito intensa... estágios.
Sujeito 9 ECH 1- ...acho a carga horária IC 1 – Carga horária extensa do
extensa... curso.
ECH 2 - ... é muito puxado IC 2 - Dificuldade em conciliar
trabalho e estágio... curso e estágio.
Sujeito 10 ECH 1 - ... Poucas aulas IC 1 – Curso cansativo.
práticas...
Sujeito 11 ECH 1 - ... carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios... estágios.
77
Sujeito 12 ECH 1 - ... carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios... estágios.
ECH 2 - ... pra quem trabalha e IC 2 - Dificuldade em conciliar
tem filhos fica muito difícil de curso, família e trabalho.
conciliar...
Sujeito 13 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágio muito extensa... estágios.
Sujeito 14 DESCARTADO -
Sujeito 15 ECH 1 - ... governo que não IC 1 – Infraestrutura, transporte e
fornece uma merenda materiais.
adequada, transportes e
materiais...
Sujeito 16 ECH 1- ... carga horária de IC 1 - Carga horária extensa de
estágio muito longa, matérias curso e estágios.
muito extensas... IC 2 - Dificuldade em conciliar
ECH 2 - ... não conseguir curso e trabalho.
conciliar trabalho com curso...
Sujeito 17 DESCARTADO -
Sujeito 18 ECH 1 - ... Nenhum... IC 1 – Estou satisfeito com o
ECH 2 - ... ser um pouco curso.
distante... IC 2 – Distância do campus
ECH 3 - ... ser um pouco ofertante.
desvalorizada essa profissão... IC 3 – Desvalorização da
profissão.
Sujeito 19 ECH 1 - ...carga horária se IC 1 - Dificuldade em conciliar
torna pesada para quem curso e trabalho.
trabalha...
Sujeito 20 ECH 1 - ...desvalorização... IC 1 – Desvalorização da
profissão.
Sujeito 21 ECH 1 - ... A carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios é muito grande... estágios
ECH 2 - ... muitas matérias para IC 1 – Carga horária extensa do
pouco tempo de estudo... curso.
Sujeito 22 DESCARTADO -
Sujeito 23 ECH 1 - ...Não vejo nenhum... IC 1 – Estou satisfeito com o
curso.
Sujeito 24 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágio muito alta... estágios.
ECH 2 - ... muitas disciplinas... IC 2 – Carga horária extensa do
curso.
Sujeito 25 ECH 1 - ... Muitas horas de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágio... estágios.
Sujeito 26 ECH 1 - ... Os estágios... IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios.
Sujeito 27 ECH 1 - ... Ainda não IC 1 – Estou satisfeito com o
encontrei... curso.
Sujeito 28 DESCARTADO -
Sujeito 29 ECH 1 - ... trabalho, que é um IC 1 - Dificuldade em conciliar
pouco difícil conciliar com curso e trabalho.
curso...
Sujeito 30 DESCARTADO -
78
Destarte, da análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas seis
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Carga horária extensa do curso e dos estágios
Categoria 2 – Dificuldade em conciliar curso, trabalho, estágio e família
Categoria 3 – Curso cansativo
Categoria 4 – Desvalorização da profissão
Categoria 5 – Questões financeiras, infraestrutura, transporte e distância do campus
ofertante
Categoria 6 – Estou satisfeito com o curso
Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria:
Os pontos negativos do meu curso são poucas aulas práticas, com aulas à
noite que muitas vezes causa um desgaste extremo, cansaço e sobrecarga. Em si é
bem cansativo, desgastante, turma cheia e a sobrecarga do curso e de tarefas é
bastante cansativa.
QUADRO 31 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO
15
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 – ... aprofundar na área de IC 1 – Aprofundar na área da
saúde, como ter o preparo para o saúde.
cuidado com técnica... IC 2 – Prosseguir estudos.
ECH 2 - ... cursar após o Técnico em
Enfermagem a Nutrição, pois
considero que é de extrema
importância para a saúde, como a
prevenção...
Sujeito 2 ECH 1 - ... Trabalhar na área... IC 1 – Trabalhar na área.
ECH 2 - ... prestar cuidado IC 2 – Prestar cuidado
humanizado... humanizado às pessoas.
Sujeito 3 ECH 1 - ... poderei atuar nas mais IC 1 – Diversidade de atuação.
diversas áreas de trabalho, desde
hospitais à escolas...
Sujeito 4 ECH 1 - ...estudar para algum IC 1 – Inserir-se no serviço
concurso público... público.
Sujeito 5 ECH 1 - ... Conseguir um serviço na IC 1 – Trabalhar na área.
área...
Sujeito 6 ECH 1 - ... Ser uma boa profissional... IC 1 – Ser um bom profissional
ECH 2 - ... poder ajudar todas as da área.
pessoas... IC 2 – Ajudar o próximo.
Sujeito 7 ECH 1 - ... Me empregar rapidamente IC 1– Atuar na área.
na área... IC 2 – Inserir-se no serviço
ECH 2 - ... um cargo público... público.
85
Sujeito 27 DESCARTADO -
Sujeito 28 ECH 1 - ...Não ser mais um IC 1 – Ser um bom profissional.
profissional no mercado, e sim um
profissional qualificado e
humanizado...
Sujeito 29 ECH 1 - ... Ter um bom trabalho... IC 1 – Atuar na área.
ECH 2- ... ser uma grande IC 2 – Ser um bom profissional.
profissional... IC 3 – Ter retorno financeiro.
ECH 3 - ...ser valorizada em questão
salarial...
Sujeito 30 ECH 1 - ... profissional bem aceito na IC 1 – Ser valorizado
sociedade socialmente.
Sujeito 31 ECH 1 - ... Ampliar as oportunidades IC 1 – Diversidade de atuação.
de emprego...
Sujeito 32 ECH 1 - ... Arrumar um emprego IC 1 – Atuar na área.
nessa área...
Sujeito 33 ECH 1 - ... Formar e trabalhar... IC 1 – Atuar na área.
Sujeito 34 ECH 1 - ... Ser um bom profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
ECH 2 - ... atuar na profissão... IC 2 – Atuar na área.
ECH 3 - ... ajudar a quem precisa... IC 3 – Ajudar o próximo.
Sujeito 35 ECH 1 - ... Ajudar as pessoas... IC 1 – Ajudar o próximo.
ECH 2 - ... ser um bom ser humano... IC 2 – Ser uma pessoa melhor.
ECH 3 - ... empregar na área... IC 3 – Atuar na área.
Sujeito 36 ECH 1 - ... Um bom serviço... IC 1 – Atuar na área.
ECH 2 -...aprimorar meus IC 2 – Aprofundar na área da
conhecimentos... saúde.
ECH 3 - ... mais formações e IC 3 – Prosseguir os estudos.
especializações...
Sujeito 37 ECH 1 - ... Ser um bom profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
Sujeito 38 ECH 1 - ... o cuidado mais IC 1- Prestar cuidado
humanizado aos pacientes, a humanizado às pessoas.
utilização de novos métodos que IC 2 – Valorização profissional.
ajudem no bem-estar dos pacientes... IC 3 – Atuar na área.
ECH 2 - ... que essa profissão seja
mais valorizada...
ECH 3 - ... colocar em prática todos
os meus ensinamentos...
Sujeito 39 ECH 1 - ... Conseguir um trabalho na IC 1 – Atuar na área.
área...
Sujeito 40 ECH 1 - ... poder cuidar de quem IC 1 – Ajudar o próximo.
precisa... IC 2 – Aprofundar na área da
ECH 2 - ... enriquecer meus saúde.
conhecimentos...
Sujeito 41 ECH 1 - ... Ser um bom profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
ECH 2 - ... ser mais valorizado... IC 2 – Valorização profissional.
Sujeito 42 ECH 1 - ... ser um ótimo profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
ECH 2 - ... fazer um curso superior... IC 2 – Prosseguir estudos.
Destarte, da análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas onze
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Aprofundar na área da saúde
Categoria 2 – Prosseguir os estudos
Categoria 3 – Trabalhar na área
Categoria 4 – Ajudar e prestar cuidado humanizado às pessoas, ao próximo e à
família
Categoria 5 – Ter diversidade de atuação e trilhar novos caminhos
Categoria 6 – Inserir-se no serviço público
Categoria 7 – Ser um bom profissional
Categoria 8 – Realização pessoal
Categoria 9 – Não prosseguir na área
Categoria 10 – Valorização profissional e retorno financeiro
Categoria 11 – Ser uma pessoa melhor e valorizada socialmente na profissão
valorizado...
Sujeito 43 ECH 1 - ... Arrumar um IC 1 – Trabalhar na área
emprego na área
Sujeito 43 ECH 2 - ... ser respeitado e IC 2 – Valorização profissional
valorizado...
FONTE: O autor (2019)
Ser mais valorizado em questão salarial e que essa profissão seja também,
assim, arrumar um emprego, ser respeitado e valorizado.
determinado grupo sobre algum tema pode-se inferir que dali materializou-se um
depoimento representativo a partir do lugar de fala daqueles sujeitos.
A partir, então, desse florescer de opiniões coletivas através do rigor metódico
da técnica do DSC de Ana Maria Lefevre e Fernando Lefevre aplicada sobre os
depoimentos coletados, percebe-se a necessidade de mais uma etapa de trabalho.
Dessa vez chamando esses discursos para o debate com os teóricos da
representação social, em que é possível perceber de forma qualitativa e quantitativa
a expressão dessas opiniões no questionamento principal da descoberta dos
motivos que levam os alunos a optar pelo curso Técnico em Enfermagem na forma
subsequente.
Qualitativamente segundo Lefevre e Lefevre (2012) as opiniões ganham
corpo na expressão de um discurso e não numa tabulação percentual ou calculista
de dados, e quantitativamente é possível, após a construção dos DSC’s, fazer um
levantamento de intensidade e amplitude, conhecendo o grau de compartilhamento
e de difusão daquelas ideias no campo adotado como lócus de pesquisa.
Para ratificar os conceitos de intensidade e amplitude, os autores
supracitados dizem que a primeira “se refere ao número ou percentual de indivíduos
que contribuíram com suas expressões-chave [...] para a confecção de um dado
Discurso do Sujeito Coletivo” (ibidem, p. 82). Já a segunda “refere à medida da
presença de uma ideia ou representação social considerando o campo ou universo
pesquisado” (ibidem, p. 83).
Deve-se levar em conta, ainda, que quando Lefevre e Lefevre (2012)
referem-se ao percentual de indivíduos na construção de um DSC é relevante
esclarecer que de um mesmo indivíduo pode emergir mais de uma ECH no seu
discurso individual, e consequentemente duas ou mais ECH’s podem não ter IC’s
idênticas. Entretanto essas podem ser complementares e fazerem parte da mesma
categoria de conjunto homogêneo, assim na construção de qualquer discurso podem
aparecer duas ou mais ECH’s do mesmo sujeito, mas para efeito de contagem de
intensidade e amplitude será aferida apenas a quantidade de sujeitos que
contribuíram com as ECH’s na construção do DSC, considerando-os apenas uma
vez para aquele DSC, independentemente de quantas vezes ele apareceu dentro do
discurso.
Em se tratando dos questionamentos propostos, cinco questões de natureza
aberta às quais se elencou primeiramente como categoria de tratamento o porquê
97
da escolha pelo curso Técnico em Enfermagem pelos alunos que nele estão
matriculados. Com isso pôde-se perceber uma gama de respostas individuais, mas
que tratadas metodologicamente originaram vários DSC’s em que se pode observar
a síntese de um tratado coletivo a respeito dessa inquietação enquanto pesquisador
e profissional que acompanha pedagogicamente esse curso.
Com as respostas dos sujeitos, após o trato técnico com a sequência de
passos estabelecidos por Lefevre e Lefevre (2012), materializaram-se nove
discursos-síntese que responderam em maior e menor amplitude e intensidade a
questão proposta e nisso puderam ser resgatadas as representações sociais desses
sujeitos.
Dentre as respostas obtidas para a questão “Porque você escolheu o curso
Técnico em Enfermagem?” (categoria de tratamento 2) três categorias chamaram
atenção por estarem relacionadas com a preocupação com o outro, que foram
“Qualificação para o cuidar”, “Humanização do cuidar” e “Ajuda e cuidado com as
pessoas”, e apesar de possuírem baixas a intensidade e a amplitude conforme os
quadros 2, 3 e 6, despontam uma análise interessante no sentido de que entre
tantas hipóteses possíveis num discurso respondente, emerge também aquelas que
dizem respeito ao olhar pro outro, na perspectiva de humanizar e qualificar-se ainda
mais para poder oferecer um tratamento de qualidade para as pessoas e o interesse
na escolha pelo curso para poder ajudar e cuidar do próximo.
Isso nos faz pensar a respeito de como isso se produz nos sujeitos e como é
possível que diante da variedade de categorias de conjunto homogêneo como
“Influência de familiares” (quadro 4), “Empregabilidade” (quadro 5), “Gosto e
interesse pela área” (quadro 7), “Oportunidade que teve de estudar devido a falta de
condições financeiras” (quadro 8) e “Trabalhar na área” (quadro 9), o indivíduo
enquanto ser social possa levar o seu pensamento e força de trabalho para o
atendimento às demandas do próximo.
Bôas (2004, p. 149) nos traz uma possível explicação para essa abnegação
do próprio ser em favor do outro quando aponta que:
[...] a representação social, portanto, não é apenas produto de
situações cotidianas, mas inclusive de determinações históricas, bem
como da posição social, tanto dos indivíduos no grupo quanto do
próprio grupo, que acaba também influenciando tais situações.
Tal situação nos remete a um retrato de onde esses sujeitos se situam, pois é
preciso levar em conta que a maioria deles se encontra em situação social de
98
Outrossim, não se pode deixar de lado o que o coletivo diz sobre ser atividade
do técnico o cuidado humanizado com as pessoas ( quadro 12) que em outra
ocasião também aparece resposta semelhante ao que se vê na presente categoria
de tratamento 3. Aqui, o cuidado humanizado aparece como resposta a quais
atividades que o técnico executa e no outro momento (quadro 3) como resposta ao
porquê da escolha do curso técnico. Com isso foi possível perceber que a escolha
também está relacionada com as atribuições profissionais, e nenhum desses
processos, seja o escolher, quanto o exercer a profissão e passar pelo curso no
IFNMG não se dão de forma distanciada um do outro.
O curso e as atribuições profissionais não deixam de ser uma forma de
conexão entre o indivíduo e o ambiente externo, uma vez que escolher se dá
também num processo de representação de como aquilo é visto pelo mundo
exterior. Assim como acreditar que o técnico executa atividades de auxílio aos
outros profissionais de saúde (quadro 14) como enfermeiros e médicos e de
promoção e prevenção na saúde (quadro 15), incluindo orientações na saúde
coletiva e visitas domiciliares, não se dá de forma isolada do entorno social, o que
faz com que a coletividade sintetize nos seus discursos essas opiniões.
Nesse sentido, não há como não deixar de entender que representações mais
uma vez aqui são trazidas na sua subjetividade latente, uma vez que cada sujeito
carrega consigo um conjunto de símbolos e significações pertencentes ao seu
contexto de vivências externas e internas que não permite que o eu interior se
construa de forma alijada do mundo exterior.
É nesse sentido que Patriota (2007) quando elabora uma reflexão sobre as
contribuições da teoria das representações sociais na apreensão da realidade
estabelece uma conexão importante entre sujeitos e contextos, pois ao trazer Serge
Moscovici como construtor da matriz teórica das representações sociais, esclarece
que o mesmo assume um posicionamento radical de que não deve existir
distanciamento entre o interior do sujeito e o mundo externo.
Ainda, segundo a autora supracitada, “são inseparáveis sujeito, objeto e
sociedade” (ibidem, p. 10) nessa teoria de Moscovici, em que estudar
101
Jodelet (1986, p. 473) quando tenta fazer uma elucidação sobre o fenômeno
da representação social, seu conceito e teoria traz de forma inteligível essa
aproximação entre o sujeito e o contexto histórico, corroborando os autores
supracitados quando interpela que essas representações “antes que nada concierne
a la manera cómo nosotros, sujetos sociales, aprehendemos los acontecimientos de
la vida diária, las características de nuestro medio ambiente, las informaciones que
en él circulan, a las personas de nuestro entorno próximo o lejano.”
Percebível se torna, então, pelos autores acima, que um objetivo muito claro
da representação é tornar a coexistência possível, e quando na situação aqui
exposta, cinquenta sujeitos colocam suas opiniões em alguns questionamentos que
permeiam a descoberta pela escolha do curso Técnico em Enfermagem, é
necessário que a voz desses sujeitos seja colocada em questão, ainda que em
maior ou menor expressão.
Partindo então para uma próxima toada nesse percurso analítico e discursivo,
é preciso levantar alguns pontos que até então se encontravam na obscuridade, pois
102
Houve ressalto das atividades práticas do curso (quadro 19) serem também
pontos positivos do curso, pois segundo o sujeito coletivo elas são dinâmicas e eles
aprendem tanto na sala quanto nos estágios. Vale salientar também a busca por
conhecimento e aprendizagem (quadro 22) que chama atenção pelo fato de dizer
sobre o abandono de velhas práticas e que com o curso eles puderam aprender a
forma certa de fazer não só em ambiente formal, mas também no dia a dia, e a
estruturação do corpo docente e infraestrutura da instituição (quadro 23) em
consonância do que consideram positivas as informações e suporte recebidos dos
professores e os aparelhos e livros que estão à sua disposição.
A positividade do olhar é trazida conforme a carga social que cada um traz, do
seu entorno e da sua relação consigo mesmo, do contexto social e ideológico, do
lugar de fala do indivíduo (ABRIC, 2001) e de outros tantos fatores que permeiam o
binômio sujeito-sociedade.
O lugar dos alunos do curso Técnico em Enfermagem também permite que
eles tracem um paralelo entre o que é positivo e o que também precisa melhorar e
se considera como ponto negativo do curso. Seis possíveis explicações
materializaram-se na síntese da opinião coletiva na categoria de tratamento 5, como
“Carga horária extensa do curso e dos estágios” (quadro 25), “Dificuldade em
conciliar curso, trabalho, estágio e família” (quadro 26), “Curso cansativo” (quadro
27), “Desvalorização da profissão” (quadro 28), “Questões financeiras, infraestrutura,
transporte e distância do campus ofertante” (quadro 29) e “Estou satisfeito com o
curso” (quadro 30).
A carga horária extensa acaba desmotivando os alunos, pois têm pouco
tempo para dedicar ao curso, são muitas disciplinas e a carga de estágio é longa, o
que acaba tornando o curso cansativo. As aulas à noite causam sobrecarga e acaba
sendo desgastante, e até mesmo indo ao encontro do que foi possível apurar na
categoria de tratamento 1, a análise socioeconômica demonstrou que a maioria do
alunado do curso não trabalha e depende de renda familiar para estadia no curso e
essa renda é predominantemente até um salário mínimo, o que gera suposições de
que boa parte desse alunos precisem ajudar em casa nas tarefas diárias, mas que
não foi esmiuçado aqui.
Falar em curso cansativo e carga horária longa implica em necessariamente
uma dificuldade em conciliá-lo com as outras atividades sociais como trabalho,
família e até mesmo o próprio estágio supervisionado, pois na voz coletiva é
104
complicado pra quem trabalha sair do serviço para ir aos estágios e se perde estágio
é mais difícil ainda repor. Para quem tem filhos a situação é ainda pior, e isso
novamente gera um efeito em cascata, pois ter que fazer estágio, deslocar para o
curso que fica num campus distante, envolve também questões financeiras e de
transporte.
Apontam também a sobrecarga daqueles que moram em outra cidade e os
gastos com transporte e alimentação, pois o governo não supre adequadamente as
necessidades nutricionais desses alunos com merenda adequada. Ademais,
também se leva em conta o gasto com materiais de consumo durante o curso.
Há também aqueles que dizem estar satisfeitos com o curso em menor
amplitude e intensidade e não encontram nenhum ponto negativo e os que
consideram como negativa a desvalorização da profissão, que apesar de ser uma
demanda regional, o Técnico em Enfermagem não é valorizado e a profissão
também.
Como último questionamento proposto na categoria de tratamento 6,
procurou-se deslindar as expectativas em relação à profissão de Técnico em
Enfermagem, e estas foram materializadas na construção da opinião coletiva. Onze
possíveis expectativas carregadas no bojo do alunado e que expressam um pouco
do que os sujeitos, situados no Vale do Jequitinhonha, optantes por um curso na
modalidade subsequente noturno esperam dele.
Discursos como “Aprofundar na área da saúde” (quadro 32), “Prosseguir os
estudos” (quadro 33), “Trabalhar na área” (quadro 34), “Ajudar e prestar cuidado
humanizado às pessoas, ao próximo e à família” (quadro 35), “Ter diversidade de
atuação e trilhar novos caminhos” (quadro 36), “Inserir-se no serviço público”
(quadro 37), “Ser um bom profissional” (quadro 38), “Realização pessoal” (quadro
39), “Não prosseguir na área” (quadro 40), “Valorização profissional e retorno
financeiro” (quadro 41) e “Ser uma pessoa melhor e valorizada socialmente na
profissão” (quadro 42) surgiram nesse contexto representacional como expectativas
em relação ao curso.
Dessa forma não há como deixar de elucidar cada um deles, pois se constitui
peça-chave na construção das representações sociais dos alunos a respeito da
opção pelo curso. Falar de opção significa deixar clara a posição firmada e mantida
por aquele grupo naquele momento histórico sobre determinada situação e,
conforme incita Abric (2001, p. 213):
105
Logo nota-se que uma prática integrada ao sistema de valores dos sujeitos é
uma forma de representar socialmente determinada crença e o mesmo pode ser
visto quando há coerência entre o que as pessoas fazem e como elas representam
suas ações. Nesse sentido é necessário, aqui, que se torne conhecido que criar
expectativas em relação ao curso é um processo muito subjetivo que diz respeito da
relação do indivíduo com o seu lugar de fala.
Pradella (2015, s/d) deixa para efeito de exemplificação a situação da escolha
profissional a qual se torna claro que:
O jovem que "escolhe" uma carreira advém de regiões urbanas, de
classe média e aspiram a uma profissão que tem formação superior,
representando uma fração pequena da sociedade brasileira, pois
sabemos de outros tantos jovens que não possuem a mesma chance
de escolha, diante de uma realidade onde muitas vezes não chegam
ao menos a concluir o segundo grau, tendo de trabalhar naquilo que
lhes for oferecido para ajudar suas famílias a sobreviver.
4 PRODUTO EDUCACIONAL
Vale ressaltar também que esse material textual foi produzido com recursos
próprios e diagramado por profissional habilitado na área gráfica com os devidos
créditos no corpo do produto educacional. Ressalta-se ainda que o produto
escolhido está localizado dentro da grande área multidisciplinar da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES, 2016), integrando a área de
Ensino criada pela Portaria 83/2011 assinada pelo seu presidente à época.
Assim, a prática institucionalizada de recepção de alunos precisa ser pensada
a partir da realidade local de cada campus e é o que se objetivou com esse produto
educacional, que foi pontual na tentativa de guarnecer e garantir que os alunos do
curso Técnico em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí e demais cursos que
desejarem aderir a este guia sejam acolhidos com metodologia de recepção própria
e situados no seu contexto.
108
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
tarefa fácil, como pode ser vista nos escritos dos próprios teóricos da representação
social a dificuldade em transformar o que é extremamente subjetivo e peculiar em
palpável e acessível, e assim se fez toda a tessitura das análises e discussões.
Perpassando questões socioeconômicas em que se pode notar a prevalência
de famílias que vivem com até um salário mínimo num contexto em que existem
problemas históricos de ordem econômica como o Vale do Jequitinhonha, e também
do sexo feminino como alunado do curso, algumas lacunas foram sanadas e outras
foram criadas a partir da investigação realizada.
Dados extraídos de forma qualitativa e quantitativa que puderam servir de
contraponto para uma análise mais detida de quais sujeitos se propôs a pesquisar e
o universo em que estão inseridos, para então compreender que existe relação
direta do lugar de fala de cada um com a forma que representam socialmente suas
opiniões.
Os Discursos do Sujeito Coletivo, originados a partir do agrupamento das
ideias comuns dos indivíduos, representam a coletividade no modo de dizer e
expressar seu posicionamento a partir das questões colocadas que serviram de
base para o levantamento dos motivos que levam à escolha por uma formação
técnica subsequente e as representações nas quais os alunos se ancoram para
essa escolha.
Outrossim, as particularidades e subjetividades que levam ao caminho
escolhido ocupam lugar privilegiado na descoberta da representação do grupo sobre
o seu processo de escolha pelo curso. Assim, é relevante que não se perca aquilo
que os mesmos dizem e aquilo que querem dizer com cada opinião que constrói um
discurso coletivo a partir de uma categoria de conjunto homogêneo, que nada mais é
do que uma possibilidade de resposta grupal para aquele questionamento.
Destarte, quando se pergunta o motivo da escolha do curso Técnico em
Enfermagem surgem várias possibilidades de respostas. Conforme análise e
discussão durante o trabalho, as respostas foram desde motivos como qualificação e
humanização para o cuidar, influência da família, empregabilidade e gosto pela área,
a vontade trabalhar na área, o afã de cuidar das pessoas, até mesmo a duração do
curso que se torna atrativa e a oportunidade que tiveram de estudar devido a falta de
condições financeiras de cursar o ensino superior, seja na área específica de
enfermagem, ou da saúde.
Coexistente ao motivo da escolha emergem questões como atribuições
113
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elisa Grijó Guahyba de; MAGALHÃES, Andrea Seixas. Escolha
profissional na contemporaneidade: projeto individual e projeto familiar.
Revista Brasileira de Orientação Profissional, Vol. 12, No. 2, p. 205-214 jul.-dez.
2011.
EHRLICH, Irene F.; CASTRO, Fernando de.; SOARES, Dulce Helena Penna.
Orientação Profissional: liberdade e determinantes da escolha profissional.
Revista de Ciências Humanas, Florianópolis: EDUFSC, n.28, p.61-79, 2000.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
RIBEIRO, Luiz. Famílias de lavradores ficam cada vez menores. Estado de Minas,
Belo Horizonte, 15 abr. 2018. Disponível em:
120
https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/04/15/internas_economia,951746
/familias-ficam-cada-vez-menores.shtml. Acesso em 11 set. 2019.
SILVEIRA, Darlene de Moraes; VIEIRA, Karina Melo. Trabalho social com grupos.
UnisulVirtual: Palhoça, 2016.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
121
Gerson Avelino Fernandes Pereira e Ramony Maria da Silva Reis Oliveira agradecem pela
avaliação do produto educacional.
123
1- Objetivo: Verificar os motivos que permeiam a escolha dos alunos pelo curso
Técnico em Enfermagem do IFNMG — Campus Araçuaí, buscando compreender as
representações sociais que os alunos ancoram-se para a escolha deste curso.
2- Metodologia/procedimentos: A pesquisa utilizada será de abordagem qualitativa
e quantitativa, com levantamento de dados socioeconômicos na fase quantitativa e,
na qualitativa optou-se pela construção da representação social dos alunos. Serão
aplicados questionários semiestruturados para coleta de dados, todos com o devido
termo de consentimento livre e esclarecido. Para análise, serão construídos os
discursos do sujeito coletivo à luz de teóricos como Lefevre e Lefevre, Abric, Jodelet
e Moscovici.
3- Justificativa: É necessário que os próprios alunos se conheçam como sujeitos e
não só se coloquem na posição de estudantes na sua perspectiva individual, mas
124
APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
Prezado aluno (a),
Sou acadêmico do curso de Mestrado Profissional em Educação Profissional
e Tecnológica – PROFEPT do IFNMG – Campus Montes Claros e estou
desenvolvendo uma pesquisa intitulada “A OPÇÃO PELA FORMAÇÃO TÉCNICA
SUBSEQUENTE: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS ALUNOS DO CURSO
TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO IFNMG – CAMPUS ARAÇUAÍ” cujo objetivo é
verificar os motivos que permeiam a escolha do curso Técnico em Enfermagem do
IFNMG – Campus Araçuaí pelos alunos matriculados no mesmo, buscando
compreender as subjetividades impressas na mesma através do discurso individual
e coletivo.
Nesse sentido convido você a participar dessa pesquisa, sabendo que sua
contribuição é de extrema importância.
Conto com sua colaboração e desde já agradeço seu empenho e esforço.
APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO
Mãe:______________________________________________________________
Companheiro:______________________________________________________
10 – Você trabalha?
( ) sim ( ) não
Onde?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Qual função ou cargo assume:
_________________________________________________________________
Parte 2 – Das questões concernentes à escolha pelo curso técnico
subsequente
11 – Porque você escolheu o Curso Técnico em Enfermagem subsequente?