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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO NORTE DE MINAS
GERAIS/CAMPUS MONTES CLAROS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA -
MESTRADO PROFISSIONAL

GERSON AVELINO FERNANDES PEREIRA

A OPÇÃO PELA FORMAÇÃO TÉCNICA SUBSEQUENTE: REPRESENTAÇÕES


SOCIAIS DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO IFNMG –
CAMPUS ARAÇUAÍ

MONTES CLAROS/MG
2020
1

GERSON AVELINO FERNANDES PEREIRA

A OPÇÃO PELA FORMAÇÃO TÉCNICA SUBSEQUENTE: REPRESENTAÇÕES


SOCIAIS DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO IFNMG –
CAMPUS ARAÇUAÍ

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Educação Profissional e
Tecnológica (PROFEPT), Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas
Gerais – Campus Montes Claros, como parte dos
requisitos para a obtenção do título de Mestre em
Educação Profissional e Tecnológica.

Linha de pesquisa: Práticas Educativas em


Educação Profissional e Tecnológica (EPT)

Orientadora: Profª. Dra. Ramony Maria da Silva


Reis Oliveira

MONTES CLAROS/MG
2020
2

P 436o Pereira, Gerson Avelino Fernandes


A Opção Pela Formação Técnica Subsequente: Representações Sociais Dos
Alunos Do Curso Técnico Em Enfermagem Do IFNMG – Campus Araçuaí / Gerson
Avelino Fernandes Pereira. - Montes Claros, 2020.

129p.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação


Profissional e Tecnológica (PROFEPT), Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Norte de Minas Gerais – Campus Montes Claros, como parte dos
requisitos para a obtenção do título de Mestre em Educação Profissional e
Tecnológica, Montes Claros, 2020.

Orientadora: Profª. Dra. Ramony Maria da Silva Reis Oliveira

1.Representação Social. 2.Discurso do Sujeito Coletivo. 3.Formação Técnica


Subsequente. I.Gerson Avelino Fernandes Pereira. II. Título

CDD 370.1
Catalogado por: Michelly Borges Ladislau Lopes, CRB-6/3377
3

GERSON AVELINO FERNANDES PEREIRA

A OPÇÃO PELA FORMAÇÃO TÉCNICA SUBSEQUENTE: REPRESENTAÇÕES


SOCIAIS DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO IFNMG –
CAMPUS ARAÇUAÍ

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


graduação em Educação Profissional e Tecnológica,
ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Norte de Minas Gerais – Campus Montes
Claros, como requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Educação Profissional e Tecnológica.

Aprovado em 5 de Agosto de 2020.


COMISSÃO EXAMINADORA

__
___________________________
Profª. Drª. Ramony Maria da Silva Reis Oliveira
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Diamantina
Orientadora

___________________________
Prof. Dr. Antônio Carlos Soares Martins
IFNMG - CEAD

__________________________
Prof. Dr. Ricardo dos Santos Silva
IFNMG – Campus Salinas
4

GERSON AVELINO FERNANDES PEREIRA

A OPÇÃO PELA FORMAÇÃO TÉCNICA SUBSEQUENTE: REPRESENTAÇÕES


SOCIAIS DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO IFNMG –
CAMPUS ARAÇUAÍ

Produto Educacional apresentado ao Programa de Pós-


graduação em Educação Profissional e Tecnológica,
ofertado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Norte de Minas Gerais – Campus Montes
Claros, como requisito parcial para obtenção do título de
Mestre em Educação Profissional e Tecnológica.

Validado em 5 de Agosto de 2020.


COMISSÃO EXAMINADORA

__
___________________________
Profª. Drª. Ramony Maria da Silva Reis Oliveira
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Diamantina
Orientadora

___________________________
Prof. Dr. Antônio Carlos Soares Martins
IFNMG - CEAD

__________________________
Prof. Dr. Ricardo dos Santos Silva
IFNMG – Campus Salinas
5

Dedico este trabalho a todos que, de certa


forma contribuíram para que eu chegasse até
aqui, principalmente meus familiares e em
especial a minha mãe Elena.
6

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por tamanho feito em minha vida e sempre


iluminar meus caminhos com uma força colossal de continuar prosseguindo na
realização dos meus sonhos. Agradeço também a minha mãe espiritual (Nossa
Senhora Aparecida) por me sustentar e ser sempre o meu sustentáculo quando eu
pensava que não ia conseguir. À minha mãe Elena, minha inspiração de garra e
força, fé e persistência e exemplo de amor incondicional. Às minhas irmãs, meus
sobrinhos e a todos os meus familiares que me apoiaram em palavras e orações.
Aos bons professores que com seu exemplo reforçaram ainda mais a minha vontade
de voltar à docência e seguir o que há de bom em cada um na minha prática
pedagógica. Ao IFNMG – Campus Araçuaí por ser meu lócus de pesquisa e local de
trabalho, onde tive tanta compreensão nesse período de estudos. Aos poucos
amigos, que com certeza sei que torceram por mim e me acompanharam em oração
e conselhos. E um agradecimento mais que especial à minha querida e estimada
orientadora Professora Ramony, que com tanta parcimônia e inteligência segurou
com mãos de ferro a realização deste trabalho e a quem eu devo agradecimentos
infinitos.
7

[...] Entendam que a mão do Senhor fez isto [...].


Isaías 41.20
8

RESUMO

A pesquisa de representação social carrega consigo a complexidade no seu bojo,


pois os próprios teóricos da área como Jean-Claude Abric, Denise Jodelet e Serge
Moscovici deixam claro que a sua apropriação conceitual é dispendiosa. Nesse
sentido, optou-se, neste trabalho, realizar uma investigação de cunho
qualiquantitativo, descritiva e de campo que pudesse levar como escopo a captura
das representações sociais pelo grupo de alunos matriculados no curso Técnico em
Enfermagem subsequente no IFNMG – Campus Araçuaí no ano de 2019. A
materialidade dessas representações foi utilizada para deslindar como se dá o
processo de escolha desses sujeitos por uma formação técnica na forma
subsequente, na qual emergiram inúmeras possibilidades de explicação para esse
fenômeno da escolha e passando por vários condicionantes como a atribuição
profissional do técnico, os pontos positivos e negativos do curso e as expectativas
que se criam em torno do processo de formação. A justificativa vem do fato de que
é necessário que a instituição em que esse jovem está matriculado o conheça não
apenas como um número de registro, mas como sujeito, nas suas peculiaridades e
coletividades, nas suas escolhas e determinantes sociais. Assim, com o objetivo de
verificar quais os motivos levam os alunos a escolher um curso na modalidade
subsequente através da materialidade do Discurso do Sujeito Coletivo é que se
propôs essa pesquisa e se cumpriu as etapas definidas. Foi possível verificar que
nas opiniões coletivas prevaleceu a diversidade de pontos de vista, não sendo
possível firmar que a opção por um curso subsequente, como o Técnico em
Enfermagem, se dá num campo monolítico. Ficando claro, assim que, embora
partícipes de contextos sociais semelhantes, a pluralidade que é singular a cada
sujeito e seu entorno é preservada quando essas opiniões individuais são
sintetizadas em discursos de representação social da voz coletiva.

Palavras-chave: Representação Social. Discurso do Sujeito Coletivo. Formação


Técnica Subsequente. Escolhas.
9

ABSTRACT

The research of social representation carries with it the complexity in its core, since
the theorists of the area such as Jean-Claude Abric, Denise Jodelet and Serge
Moscovici make it clear that their conceptual appropriation is exorbitant. In this
sense, it is chosen, in this work, to carry out a qualitative and quantitative, a
descriptive and field investigation, that can take as a scope the capture of social
representations by the group of students enrolled in the Subsequent Technical
Nursing course at IFNMG - Campus Araçuaí - in the year of 2019. The materiality of
these representations is used to unravel how the process of choosing these subjects
takes place through a technical training in the subsequent form in which numerous
possibilities of explanation for this phenomenon of choice emerged. It is taken into
account various conditions, such as the professional attribution of the technician, the
positive and negative points of the course, as well as the expectations that are
created around the training process. The justification comes from the fact that it is
necessary that the institution in which this young person is enrolled knows him not
only as a registration number, but as a subject in his peculiarities and collectivities, in
his choices and social determinants. Thus, in order to verify the reasons that lead
students to choose a course in the subsequent modality through the materiality of
Discourse of the Collective Subject, this research is proposed and the defined steps
are fulfilled. It is possible to verify that in the collective opinions the diversity of points
of view prevailed, and it is not possible to confirm that the option for a subsequent
course, such as the Nursing Technician, occurs in a monolithic field. It is clear,
therefore, that, although there are participants from similar social contexts, the
plurality that is unique to each subject and their surroundings is preserved when
these individual opinions are synthesized in discourses of social representation of the
collective voice.

Keywords: Social Representation. Discourse of the Collective Subject. Subsequent


Technical Training. Choices.
10

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA


A QUESTÃO 11 ........................................................................................................ 47
QUADRO 2 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): QUALIFICAÇÃO PARA O CUIDAR ................ 50
QUADRO 3 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): HUMANIZAÇÃO DO CUIDAR ........................ 51
QUADRO 4 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): INFLUÊNCIA DE FAMILIARES ...................... 51
QUADRO 5 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): EMPREGABILIDADE ..................................... 52
QUADRO 6 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 5 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): AJUDA E CUIDADO COM AS PESSOAS ..... 52
QUADRO 7 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 6 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): GOSTO E INTERESSE PELA ÁREA ............. 53
QUADRO 8 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 7 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): OPORTUNIDADE QUE TEVE DE ESTUDAR
DEVIDO À FALTA DE CONDIÇÕES FINANCEIRAS ............................................... 55
QUADRO 9 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 8 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): TRABALHAR NA ÁREA ................................. 55
QUADRO 10 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 9 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 2): DURAÇÃO E QUALIDADE DO CURSO ........ 56
QUADRO 11 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS
PARA A QUESTÃO 12 .............................................................................................. 57
QUADRO 12 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 3): CUIDADO HUMANIZADO COM AS PESSOAS
.................................................................................................................................. 60
QUADRO 13 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 3): REALIZA PROCEDIMENTOS TÉCNICOS E
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ................................................................ 61
QUADRO 14 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 3): AUXILIA OUTROS PROFISSIONAIS DA
SAÚDE ...................................................................................................................... 64
11

QUADRO 15 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À


CATEGORIA DE TRATAMENTO 3): PROMOÇÃO E PREVENÇÃO NA SAÚDE .... 65
QUADRO 16 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS
PARA A QUESTÃO 13 .............................................................................................. 66
QUADRO 17 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 4): EMPREGABILIDADE ..................................... 69
QUADRO 18 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 4): QUALIDADE DO CURSO E DO ENSINO ...... 70
QUADRO 19 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 4): ATIVIDADES PRÁTICAS DO CURSO ........... 71
QUADRO 20 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 4): TORNAR AS PESSOAS MAIS HUMANAS .... 72
QUADRO 21 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 5 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 4): PODER AJUDAR O PRÓXIMO ...................... 73
QUADRO 22 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 6 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 4): BUSCA POR CONHECIMENTO E
APRENDIZAGEM...................................................................................................... 74
QUADRO 23 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 7 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 4): CORPO DOCENTE ESTRUTURADO E
INFRAESTRUTURA .................................................................................................. 75
QUADRO 24 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS
PARA A QUESTÃO 14 .............................................................................................. 76
QUADRO 25 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 5): CARGA HORÁRIA EXTENSA DO CURSO E
DOS ESTÁGIOS ....................................................................................................... 79
QUADRO 26 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 5): DIFICULDADE EM CONCILIAR CURSO,
TRABALHO, ESTÁGIO E FAMÍLIA ........................................................................... 80
QUADRO 27 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 5): CURSO CANSATIVO ..................................... 81
QUADRO 28 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 5): DESVALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO ........... 82
12

QUADRO 29 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 5 (PERTENCENTE À


CATEGORIA DE TRATAMENTO 5): QUESTÕES FINANCEIRAS,
INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE E DISTÂNCIA DO CAMPUS OFERTANTE ... 83
QUADRO 30 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 6 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 5): ESTOU SATISFEITO COM O CURSO .......... 83
QUADRO 31 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS
PARA A QUESTÃO 15 .............................................................................................. 84
QUADRO 32 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): APROFUNDAR NA ÁREA DA SAÚDE .......... 87
QUADRO 33 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): PROSSEGUIR OS ESTUDOS ....................... 88
QUADRO 34 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): TRABALHAR NA ÁREA ................................. 89
QUADRO 35 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): AJUDAR E PRESTAR CUIDADO
HUMANIZADO ÀS PESSOAS, AO PRÓXIMO E À FAMÍLIA .................................... 90
QUADRO 36 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 5 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): TER DIVERSIDADE DE ATUAÇÃO E TRILHAR
NOVOS CAMINHOS ................................................................................................. 91
QUADRO 37 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 6 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): INSERIR-SE NO SERVIÇO PÚBLICO ........... 92
QUADRO 38 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 7 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): SER UM BOM PROFISSIONAL ..................... 92
QUADRO 39 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 8 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): REALIZAÇÃO PESSOAL ............................... 93
QUADRO 40 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 9 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): NÃO PROSSEGUIR NA ÁREA ...................... 93
QUADRO 41 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 10 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E RETORNO
FINANCEIRO ............................................................................................................ 93
QUADRO 42 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 11 (PERTENCENTE À
CATEGORIA DE TRATAMENTO 6): SER UMA PESSOA MELHOR E VALORIZADA
SOCIALMENTE NA PROFISSÃO ............................................................................. 94
13

LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS

CEFET’s - Centros Federais de Educação Tecnológica


CEP - Comitê de Ética em Pesquisa
DSC - Discurso do Sujeito Coletivo
ECH - Expressão - chave
EPT - Educação Profissional e Tecnológica
IC - Ideia Central
IF’s - Institutos Federais
IFNMG - Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
LDB - Lei de Diretrizes e Bases
PPC - Projeto Pedagógico de Curso
RS - Representação Social
14

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
1.1 TEMA DO TRABALHO E SUA CONTEXTUALIZAÇÃO DENTRO DA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA .................................................... 19
1.2 PROBLEMA INVESTIGADO ............................................................................... 22
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 22
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................... 22
1.3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 22
1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 23
2 PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO ........................................................... 25
2.1 FUNDAMENTAÇÃO EPISTEMOLÓGICA ........................................................... 26
2.1.1 Educação Profissional e Tecnológica: breve contextualização ........................ 26
2.1.2 O Curso Técnico em Enfermagem no IFNMG – Campus Araçuaí: excelência
em educação no Vale do Jequitinhonha ................................................................... 29
2.1.3 Representações Sociais (RS) .......................................................................... 31
2.1.4 O Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) .............................................................. 34
2.2 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA.............................................................. 36
2.2.1 Desenho de estudo .......................................................................................... 37
2.2.1.1 Amostra ......................................................................................................... 39
2.2.1.2 Critérios de inclusão ...................................................................................... 39
2.2.1.3 Critérios de exclusão ..................................................................................... 39
2.2.2 Material............................................................................................................. 40
2.2.3 Procedimentos ................................................................................................. 40
2.2.3.1 Análise dos dados ......................................................................................... 41
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 42
3.1 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS EM CATEGORIAS DE TRATAMENTO .. 43
3.1.1 Categoria de tratamento 1 – Análise socioeconômica dos discentes (referente
às questões 1 a 10). .................................................................................................. 44
3.1.2 Categoria de tratamento 2 – Escolha do curso (referente à questão 11 –
Porque você escolheu o curso Técnico em Enfermagem subsequente?). ................ 47
3.1.3 Categoria de tratamento 3 – Impressões pessoais a respeito da profissão
(referente à questão 12 – Quais as atividades que você acredita que o Técnico em
Enfermagem executa?). ............................................................................................ 56
15

3.1.4 Categoria de tratamento 4 – Pontos positivos do curso (referente à questão 13


– Quais os pontos positivos do seu curso?). ............................................................. 66
3.1.5 Categoria de tratamento 5 – Pontos negativos do curso (referente à questão 14
– Quais os pontos negativos do seu curso?)............................................................. 76
3.1.6 Categoria de tratamento 6 – Expectativas em relação ao curso (referente à
questão 15 – Quais as suas expectativas em relação à profissão de Técnico em
Enfermagem?)........................................................................................................... 84
3.2 DISCUSSÃO DOS DADOS À LUZ DOS TEÓRICOS DA REPRESENTAÇÃO
SOCIAL ..................................................................................................................... 94
4 PRODUTO EDUCACIONAL ................................................................................ 107
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 111
5.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ..................................... 114
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 115
APÊNDICE A – PRODUTO EDUCACIONAL ......................................................... 121
APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO PRODUTO ......................... 122
APÊNDICE C – CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ........................... 123
APÊNDICE D – APRESENTAÇÃO DA PESQUISA ............................................ 126
APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO ......................................................................... 127
16

1 INTRODUÇÃO

A escolha por um itinerário de vida profissional é permeada por vários


condicionantes, sejam eles de ordem econômica, social, pessoal, dentre outros.
Num sentido amplo, é percebível que durante a trajetória escolar dos sujeitos
vão-se deslindando caminhos possíveis de afinidade com esta ou aquela disciplina,
este ou aquele saber. Com isso decidir por qual caminho trilhar se torna um
processo subjetivo, carregado de pessoalidade , e, o tempo para que sejam tomadas
essas decisões é curto, pois, ao mesmo tempo em que se preocupa em cumprir a
integralização do currículo, é culturalmente exigido que os jovens já façam suas
escolhas profissionais ao finalizar o ensino médio. É um processo de decisão que é
imposto aos jovens estudantes nessa fase de sua existência social (KOBER, 2008).
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996) o
ensino médio deve possibilitar o prosseguimento de estudos, adaptação e
flexibilidade às condições de ocupação posteriores e a preparação para o exercício
do trabalho. Nesse sentido o que se pode depreender é que nessa etapa de
formação, a desvinculação dos processos produtivos e de sobrevivência humana na
sociedade capitalista é algo que não deve acontecer.
O prosseguimento de estudos pode-se dar de várias formas, seja no ensino
superior com formação em graduação, seja em formação técnica. A formação
técnica pode-se dar nas formas concomitante, subsequente e integrada ao ensino
médio, o que pode ser verificado no art. 4º, parágrafo 1º do Decreto 5154/2004:
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino
fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à
habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição
de ensino, contando com matrícula única para cada aluno;
ii - concomitante, oferecida somente a quem já tenha concluído o
ensino fundamental ou esteja cursando o ensino médio, na qual a
complementaridade entre a educação profissional técnica de nível
médio e o ensino médio pressupõe a existência de matrículas
distintas para cada curso, podendo ocorrer:
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades
educacionais disponíveis;
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as
oportunidades educacionais disponíveis; ou
c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de
intercomplementaridade, visando o planejamento e o
desenvolvimento de projetos pedagógicos unificados;
iii - subseqüente, oferecida somente a quem já tenha concluído o
ensino médio. (BRASIL, 2004).
17

A opção pela formação técnica subsequente, também chamada por Kuenzer


(2009) de cursos pós-médio, é algo que se apresenta como uma possibilidade aos
indivíduos que concluem a última etapa do ensino básico, oferecendo uma
qualificação para aqueles que desejam ingressar-se no mundo do trabalho com
celeridade.
Mas é importante salientar que, segundo a autora, o compromisso do ensino
médio refere-se a todos os adolescentes, independente de sua origem de classe, e
quando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) traz em 1996 a
prerrogativa de preparação para os processos de produção vinculados ao trabalho, é
preciso se policiar. E mais ainda atentar para que a possibilidade de instrução não
seja impetrada como uma determinação social em face das desigualdades de
condições dos sujeitos que adentram a escola.
Portela (2014) é enfática quando ressalta que a luta pelo direito à educação é
relevante, apesar das armadilhas impostas pelo sistema capitalista em atribuir ao
trabalhador os sucessos e insucessos pela sua colocação no mundo do trabalho,
fazendo com que ele se sinta responsável único pela sua trajetória de formação e
trabalho. Assim os condicionantes históricos e obstáculos de origem cultural, social e
econômica que se põem na contramão daqueles que vivem da venda de sua mão de
obra são desconsiderados.
Da mesma forma que a luta pela educação se faz importante, também
segundo Frigotto (2002) é necessário lutar pelo direito ao trabalho ainda que este se
estabeleça no território das contradições, uma vez que é degradante, mas ao
mesmo tempo necessário à sobrevivência e ainda não surgiu uma força capaz de
abolir completamente o sistema capitalista.
Em consonância de sentido, Kuenzer (2002) reforça que muitos são levados
pelos discursos de democratização a crer que, com as novas demandas do capital,
novas formas de trabalho, exigências de novas competências e ampliação da oferta
de qualificação, os interesses daqueles que vivem do trabalho são atendidos e
resguardados nas suas especificidades. É necessário um compromisso com a
emancipação humana.
Diante dessas considerações, problematiza-se o fato da opção pela formação
técnica na forma subsequente, isto é, depois de concluído o ensino médio, em vez
de seguir pela aproximação com o trabalho após a conclusão do ensino superior,
pois se espera obter qualificação de forma técnica, rápida e que promova sua
18

inserção lépida nos processos produtivos. Destarte, incluíram-se como sujeitos


dessa pesquisa aprovada para execução pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual de Montes Claros sob o número de parecer 3.453.350, os
alunos cursistas do Técnico em Enfermagem do Instituto Federal do Norte de Minas
Gerais – Campus Araçuaí sob a égide de deslindar as representações sociais que
esses alunos têm a respeito do seu itinerário formativo.
Os sentidos da vida e da história dos sujeitos é o que se pretendeu resgatar
nesse trabalho. Quais os motivos que permeiam a escolha dos alunos por uma
formação técnica na modalidade subsequente? Esta pergunta se constituiu o ponto
de partida que alavancou a construção das representações sociais dos sujeitos a
respeito do curso em que estão matriculados.
Jodelet (2011, p. 134) elucida que representações sociais:
Corresponden a una forma específica de conocimiento, [...] Que es
incluido en la categoría del sentido común y tiene como particularidad
la de ser socialmente construido y compartido en el seno de
diferentes grupos. Esta forma de conocimiento tiene una raíz y un
objetivo práctico: apoyándose en la experiencia de las personas,
sirve de grilla de lectura de la realidad y de guía de acción en la vida
práctica y cotidiana.

Nesse sentido, é possível perceber um conhecimento que, construído


socialmente, é traduzido em senso comum através da experiência e da leitura
coletiva da realidade.
Moscovici (1979, p. 32) nos alerta que:
[…] si partimos de que una representación social es una “preparación
para la acción”, no lo es solo en la medida en que guía el
comportamiento , sino sobre todo en la medida en que remodela y
reconstituye los elementos del medio en el comportamiento debe
tener lugar. Llega a dar un sentido al comportamiento, a integrarlo en
una red de relaciones donde está ligado a su objeto.

Dessa forma, falar em representação social não diz respeito apenas a um


conceito, mas à sua remodelação e reconstituição dentro do meio na qual está
inserido, com atribuição de sentido e integração na sua rede de relações. Como
Moscovici e Jodelet, Abric (2001, p. 11) também nos traz à reflexão quando ressalta
que:
La identificación de la «visión del mundo» que los individuos o grupos
llevan en sí y utilizan para actuar o tomar posición es reconocida
como indispensable para entender la dinámica de las interacciones
sociales y aclarar los determinantes de las prácticas sociales.
19

Assim, fazendo o perpasse pelo deslindar das atividades que o técnico


executa, bem como os pontos positivos e negativos de sua formação e as
perspectivas em relação à profissão, esperou-se que o compartilhamento de ideias
entre os sujeitos, opiniões, crenças e representações pudessem comportar a reunião
em discursos-síntese de argumentos que se agrupam em semelhanças (LEFEVRE;
LEFEVRE, 2012).
Dessa forma fez-se uso de uma abordagem com fase qualitativa e
quantitativa, com questionários semiestruturados para coletar dados que
categorizados e analisados sob a ótica do discurso do sujeito coletivo apontada por
Lefevre e Lefevre (2012) puderam trabalhar na tentativa de responder ao problema
proposto nesse trabalho.
Com o objetivo de levantar motivos que possam responder o processo de
escolha pelo qual os alunos são levados a optar pela formação técnica pós-médio do
IFNMG – Campus Araçuaí, esse trabalho se justificou pela necessidade de
compreensão dos processos decisórios do homem no seu aspecto formativo e no
entendimento de como esse indivíduo se constrói na sua peculiaridade e
coletividade.
Cada escolha acarreta uma consequência ao mesmo tempo em que é
motivada por diversos intentos, o que pode se dar a conhecer de forma clara ou
subjacente, mas, seja uma ou outra, o que realmente se preza é que o processo que
se dá através do ato de escolher seja esmiuçado. E não só no sentido de como o
indivíduo representa aquilo para si mesmo, mas de maneira que o discurso
individual de vários sujeitos possa se transcender em uma ou em várias sínteses
coletivas, desdobrando os sentidos pessoais em grupos de opiniões semelhantes
(LEFEVRE; LEFEVRE, 2012).
Assim, de posse de um arsenal de instrumentos metodológicos, verificou-se
uma gama de opiniões coletivas que puderam clarificar o que leva os alunos a
optarem pelo prosseguimento dos estudos com um curso técnico na modalidade
subsequente.

1.1 TEMA DO TRABALHO E SUA CONTEXTUALIZAÇÃO DENTRO DA


EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

A formação técnica subsequente é algo que vem ganhando força no discurso


20

educacional nos últimos anos, principalmente após a sanção do Decreto 5154/2004


que a trouxe com uma das modalidades de educação profissional.
A qualificação pós-médio segundo Kuenzer (2009) precisa ser repensada
para atender aos que vivem do trabalho e têm este como fonte primária de ser e
estar no mundo. Assim não há como conceber que o mesmo projeto de mundo e de
sociedade em que se inserem as classes mais abastadas seja plenamente aplicado
na classe trabalhadora.
Os enquadramentos sociais são uma realidade inegável e latente, cabendo à
educação instigar e problematizar aquilo que de antemão nos apresenta como
correto e imutável, mas que na sua subjacência não dá conta de explicar os vícios,
opressões e desigualdades.
Nesse sentido, a tensão de poder existente entre polos economicamente
antagônicos na esfera social deve ser tema recorrente no discurso educativo, se o
que se deseja é a superação da marginalização do proletariado, uma vez que ao
mesmo tempo em que a educação é o processo por meio do qual há produção de
conhecimento, por outro lado também acontece a reprodução (SEVERINO, 2007).
Luckesi (1994) alerta sobre a possibilidade de compreender a educação
inserida no meio social, com mecanismos que a determinam e condicionam, e que é
possível trabalhar pela sua democratização mesmo com tantos impeditivos. Destarte
não há fórmulas com receitas prontas para superação de mazelas, o que pode ser
feito é a partir das contradições, aproveitar-se delas dentro do sistema capitalista e
desigual e promover autonomia para que o sujeito lute por melhores condições de
vida.
A escolarização no contexto de lutas em que se encontra a sociedade pode
empoderar a classe trabalhadora na busca pela sua dignidade de vida, desde que o
processo educativo ali se dê de forma a mediar à atuação do indivíduo num projeto
de mundo sustentado na redução dos mecanismos opressores.
A educação retratada na letra legislativa sancionada em 1996 através da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional traz como dever do Estado a trajetória
que vai da pré-escola ao ensino médio, não olvidando sua obrigatoriedade aos
sujeitos de cursá-la. Assim, o que vem após essa etapa compulsória, pode, em
termos, ser considerada uma escolha.
Por conseguinte, os cursos em que se apresentam como possibilidade a
emergência da qualificação dos sujeitos após a conclusão do ensino médio abrem
21

um leque de opções. Entretanto, é preciso considerar que os itinerários de vida os


conduzem a uma escolha, sendo esta a representação da sua necessidade naquele
momento histórico.
Nesse sentido, falar de escolha por si remete ao entendimento social do que
essa ação representa, e assim deslindar questionamentos situados para além da
mera indagação, como “qual a condição de escolha para quem as condições
econômicas obrigam a trabalhar para sobreviver? Que liberdade, que igualdade, que
escolhas são possíveis?” (EHRLICH; CASTRO; SOARES, 2000, p.67).
Almeida e Magalhães (2011, p. 206) também nos forçam a um exercício de
reflexão ao alegar que:
Quando o indivíduo pode escolher o seu futuro, ele passa a fazer
projetos. Entretanto, essa escolha ou essa elaboração de projetos
não serão realizadas no vazio, mas sim em meio a uma situação
social, econômica, política; sofrendo influências dessas diversas
dimensões, inclusive da família. O indivíduo que escolhe está
inserido em um determinado contexto, logo o projeto não é
puramente individual, uma vez que ele é formado no seio da família e
da sociedade. Assim, o sujeito experimenta uma falsa liberdade de
escolha frente às inúmeras possibilidades de cursos superiores ou
técnicos que vêm se multiplicando nas diversas universidades.

Nesse contexto, é necessário que se indague a respeito da escolha como um


processo permeado por fatores sociais, históricos e, mormente econômicos, uma
vez que, por mais entranhável que seja não está incólume aos resquícios de uma
situação política.
Outrossim, quando Pacheco (2015) intenta que a sociedade é capitalista e o
mercado é uma realidade indissolúvel enquanto houver a hegemonia desse sistema,
o autor propõe que haja uma compreensão da dinâmica econômica e social, e que
só a partir disso o trabalhador terá as mínimas condições de atuar na interferência
do seu processo histórico.
Dessa forma, estabelece-se aqui a relevância de se analisar o processo de
escolha de sujeitos por uma formação técnica dentro do contexto de educação
profissional e tecnológica, não reduzida à simples preparação técnica de mão de
obra ou treinamento instrumental para desempenhar determinadas atividades na
cadeia produtiva (PACHECO, 2015).
Mas, uma escolha contempladora dos aspectos formativos, humanísticos e
sociais dos indivíduos que estão inseridos no contexto das desigualdades e das
lutas entre classes e que têm no trabalho o atendimento às suas demandas, ao
22

passo que os liberta, emancipa e os dá noção de entendimento da realidade social


em que estão inseridos.

1.2 PROBLEMA INVESTIGADO

Quais os motivos que levam os alunos a escolherem o curso Técnico em


Enfermagem na forma subsequente do IFNMG – Campus Araçuaí?

1.3 OBJETIVOS

O trabalho a ser realizado consta de um objetivo geral e quatro objetivos


específicos abaixo relacionados.

1.3.1 Objetivo geral

Verificar os motivos que permeiam a escolha dos alunos pelo curso Técnico
em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí, buscando compreender as
representações sociais que os alunos ancoram-se para a escolha deste curso.

1.3.2 Objetivos específicos

 Levantar os motivos pelos quais os alunos são levados a optar pela formação
técnica na modalidade subsequente por meio da aplicação de questionários
semiestruturados;
 Verificar através da escrita das respostas coletadas dos sujeitos aquilo que é
particular de cada um na explicitação da opção pela escolha do curso técnico
na modalidade subsequente, ou seja, a subjetividade que dá sentido a esse
caminho escolhido e a representação social do mesmo;
 Agrupar expressões-chave e ideias centrais no discurso de cada sujeito em
cada questionamento no sentido de construir o discurso do sujeito coletivo
que responda ao objetivo geral proposto.
 Construir a partir das representações sociais dos alunos uma proposta
metodológica de recepção de discentes que aponte como receber o aluno
ingressante no curso Técnico em Enfermagem no Campus, abarcando sua
realidade e o real sentido da escolha por esta formação.
23

1.4 JUSTIFICATIVA

No panorama hodierno da sociedade, em que cada vez mais se exige


qualificação do trabalhador, na sua polivalência como forma de sobrevivência nesse
cenário de acumulação flexível (KUENZER, 2009) o homem se vê diante de uma
gama de possibilidades de aquisição de conhecimento que o respalde nessa luta
fastidiosa pela manutenção no sistema como sujeito ativo e capaz de obter o seu
sustento pela venda da força de trabalho. Assim, cabe a esse indivíduo fazer as
suas opções dentro do que lhe é possível.
Autores como Lombardi, Saviani e Sanfelice (2002) trazem em seus escritos a
relação entre trabalho e educação na sociedade capitalista e, é percebível na
conjuntura social em que nos encontramos que tal relação não existe de forma
equitativa e harmoniosa. É necessário que ela se dê de forma que a educação seja
mecanismo de produção, reprodução e sistematização de conhecimentos
(SEVERINO, 2007) e também prepare o indivíduo para o mundo do trabalho,
fornecendo os mecanismos intelectuais e técnicos para sua sobrevivência.
Destarte, o tema pesquisado, nessa proposta de investigação qualitativa e
quantitativa, foi ao encontro das necessidades daqueles que optam por uma
formação técnica pós-médio. Tudo isso no intuito de compreender como essa
escolha se dá no seio do capitalismo vigente, para que fossem lidos os motivos que
impulsionam o sujeito a conscientizar-se de que nesse momento histórico a
qualificação lépida em nível técnico é o seu escopo.
De fato, se faz importante do ponto de vista social entender o jovem que está
inserido num curso técnico noturno subsequente e a sua motivação pela escolha
dessa formação, através de uma leitura subjetiva e não equacionada e
matematizável, uma vez que essa subjetividade refere-se:
[...] àquilo que é único e singular do sujeito [e] não significa que sua
gênese esteja no interior do indivíduo. A gênese dessa parcialidade
está justamente nas relações sociais do indivíduo, quando ele se
apropria [...] de tais relações de forma única [...]. Ou seja, o
desenvolvimento da subjetividade ocorre pelo intercâmbio contínuo
entre o interno e o externo [...]. (SILVA, 2009, p. 172, interpolação
nossa).

A educação e a formação para o trabalho têm passado por inúmeras


ressignificações ao longo do tempo e consequentemente os seus atores também.
Na educação profissional os atores são os trabalhadores ou aqueles em que nos
24

seus itinerários de vida estão impressas as marcas do trabalho como principio


formativo e se faz necessário que as políticas de formação as quais os jovens do
proletariado irão desfrutar para concretizar suas escolhas sejam elaboradas a partir
de conhecimentos apurados advindos da realidade desses jovens (RIBEIRO, 2009).
A temática escolhida que permeou os estudos realizados encontra-se ainda
pouco explorada, nesse sentido, a pesquisa proposta trouxe algumas contribuições
e respostas aos problemas para as quais a pesquisa se volta. Dar voz aos sujeitos
que ocupam uma vaga em um curso técnico subsequente possibilita que eles
externem os motivos pelos quais ali estão e o porquê desta escolha de dedicar-se a
uma formação de caráter lépido que o formará para resolução pontual de problemas
em detrimento de funções de concepção intelectual.
É necessário que os próprios alunos se conheçam como sujeitos e não só se
coloquem na posição de estudantes na sua perspectiva individual, mas que essa
peculiaridade possa transpor-se ao coletivo. Assim, no intuito de oferecer aos
colegas, ao corpo docente da instituição, e à comunidade escolar e acadêmica a
oportunidade de saber quem é esse jovem que ali está através de suas motivações
que cercaram sua escolha antes mesmo que ela fosse concretizada, é que essa
proposta de trabalho se justificou.
A opção por obter qualificação de forma subsequente pode ser entremeada
por vários fatores como ingresso no mercado competitivo de forma mais rápida, falta
de oportunidade de cursar o ensino superior, empregabilidade, etc. Entre uma gama
de explicações que até o momento ficaram apenas no campo das incógnitas, as
diligências propostas nesse estudo caminharam na direção de deslindar os motivos
que levam os sujeitos a optarem por um curso na modalidade subsequente dentro
do contexto social na atualidade e para isso escolheu-se a representação social
como modalidade de pesquisa com enfoque qualitativo e quantitativo (LEFEVRE;
LEFEVRE, 2012) com questionários semiestruturados como instrumentos que
coletaram os dados necessários para servirem como fonte dessa pesquisa.
Através do estudo pretendeu-se colher as representações do discurso dos
alunos do curso Técnico em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí com
indagações para que possam na liberdade da escrita elucidar as razões que, no
cenário atual, os moveram a acessar e permanecer num curso de formação técnica
na modalidade subsequente.
25

2 PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO

A problemática das representações sociais dos sujeitos tem relevância na sua


discussão quando se quer apontar a opinião coletiva sobre determinado tema.
Deslindar a opção pela formação técnica na modalidade subsequente não se
constitui tarefa simples, uma vez que esse universo permeia a capacidade de
escolha dos sujeitos, ainda que esta seja mediada por condicionantes e
determinantes históricos, sociais e econômicos.
Destarte, a investigação que se propôs pautou-se no intento de saber quais
os motivos que levam os alunos a escolher o curso Técnico em Enfermagem do
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Araçuaí através da
materialidade do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) de Lefevre e Lefevre (2012).
Nesta técnica são apresentadas as ferramentas para se extrair discursos que
sintetizam a opinião de um grupo.
Esses autores apontam que o DSC
[...] como técnica que visa a identificação e descrição de
representações sociais presentes em uma dada formação
sociocultural a propósito de um determinado tema que se pesquisa,
procura recuperar o semelhante e o diverso próprio das
representações sociais. (ibidem, p. 30).

Além disso, soma-se o fato da aspiração por conhecer quais as


representações sociais que os estudantes possuem em seu arcabouço a respeito do
curso técnico em que são cursistas, assim, optou-se pelo DSC por ser um
instrumento completo de investigação qualiquantitativa, no qual os dados coletados
puderam ser transpostos para a representatividade social dos indivíduos situados no
seu contexto.
Teóricos da representação social como Moscovici, Jodelet e Abric e outros
autores fundamentaram as opções epistemológicas no decorrer dessa tessitura,
uma vez que trazem no seu bojo elucidações claras a respeito do conceito de
representação social que pode ser interpretado de várias maneiras.
Representação é um conceito que para Spink (1993, p. 300) pode ser descrito
como:
[...] formas de conhecimento que se manifestam como elementos
cognitivos — imagens, conceitos, categorias, teorias —, mas que não
se reduzem jamais aos componentes cognitivos. Sendo socialmente
elaboradas e compartilhadas, contribuem para a construção de uma
realidade comum, que possibilita a comunicação. Deste modo, as
26

representações são, essencialmente, fenômenos sociais que, mesmo


acessados a partir do seu conteúdo cognitivo, têm de ser entendidos
a partir do seu contexto de produção.

O que permite certa clareza de entendimento em compreender a


inexequibilidade da sintetização do pensamento coletivo alijada do contexto social e
histórico de sua gênese. Nesse sentido, complementa Alves - Mazzotti (2008, p. 20-
21) a respeito da relevância das representações sociais quando expõe que elas
cumprem seu métier na medida em que “[...] investiga justamente como se formam e
como funcionam os sistemas de referência que utilizamos para classificar pessoas e
grupos e para interpretar os acontecimentos da realidade cotidiana”.
Nessa completude de sentido, pode-se inferir que nesse percurso teórico-
metodológico a explicitação de conceitos como Representação Social e Discurso do
Sujeito Coletivo se faz de relevância ímpar, uma vez que o mote da investigação
realizada se amparou na materialidade desses conceitos para se respaldar como
campo empírico.

2.1 FUNDAMENTAÇÃO EPISTEMOLÓGICA

Epistemologicamente fundamenta-se este trabalho com uma breve


contextualização sobre educação profissional e tecnológica (EPT); explanação
acerca do curso Técnico em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí, situado no
Vale do Jequitinhonha,de onde emergiram os sujeitos que participaram da pesquisa;
as Representações Sociais (RS) e o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC).

2.1.1 Educação Profissional e Tecnológica: breve contextualização

As discussões sobre Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Brasil não


podem prescindir das diferentes concepções históricas e seus condicionantes e
determinantes sociais e econômicos.
Não seria diferente apontar que, desde o início do século XX, a
institucionalização das Escolas de Aprendizes e Artífices em 1909 por meio do
Decreto 7.566, assinado pelo Presidente Nilo Peçanha, teve sua representatividade
no contexto da época por se tratar de uma política voltada aos desvalidos da sorte e
desfavorecidos da fortuna. O mote do Decreto era evitar os problemas sociais que
esses sujeitos poderiam causar, uma vez que já existia o estigma da escola do vício
27

e do crime aos oriundos da classe trabalhadora que ficassem ociosos.


Em termos cronológicos nascia aí a Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica, que teria ainda muitas reconstruções epistemológicas pela
frente, conforme explicita Soares (1982, p. 58) ao afirmar que “as Escolas de
Aprendizes Artífices se constituem, historicamente, no marco inicial de uma política
nacional do Governo federal no campo do ensino de ofícios”.
Num salto histórico para o ano de 1937, na quarta Constituição Federal que o
Brasil já teve, pode-se notar pela primeira vez um tratamento específico da
educação profissional em seu artigo 129, em que ainda prevalecia o mascaramento
pré-vocacional arraigado, na qual os destinatários eram os filhos das classes menos
favorecidas.
Importante ressaltar que para Otranto e Pamplona (s.d) até a década de 1930
a falta de um sistema escolar organizado era visível. Nesse período a dualidade
entre educação propedêutica e profissional era latente.
Ainda acrescentam que na década de 1940, um conjunto de aparatos
legislativos conhecido como Reforma Capanema foi posto em vigor, mas,
[...] persistiu a separação entre os dois ramos da educação de nível
médio e o acesso muito restrito ao ensino superior, para os oriundos
da educação profissional, que foi mantida implicitamente para as
classes mais baixas. Os egressos desse ramo da educação só
tinham acesso ao curso superior correspondente ao profissional
médio cursado. (ibidem, p.14).

Durante o governo de Juscelino Kubitschek entre a segunda metade da


década de 1950 e a incipiência dos anos 1960, a nomenclatura das instituições
criadas pelo decreto de Nilo Peçanha no início do século passou a ter a natureza
jurídica de autarquia e foram intituladas de Escolas Técnicas Federais.
Essa mudança resultou num ganho expressivo, pois nesse cenário já podiam
ter autonomia na criação de seus cursos, atendendo uma leva bem maior de procura
pela formação técnica, o que alimentava o setor industrial da época.
Em 1961 ocorrera no Brasil a sanção da primeira Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) que apesar de ter sido concebida num território de disputa
entre ideais escolanovistas e liberais, conseguiu trazer o ensino técnico com um
capítulo específico na qual era dividido em agrícola, industrial e comercial. E, nesta
época era ainda destinado aos filhos da classe trabalhadora.
No contexto ditatorial em 1971, uma nova LDB é promulgada com objetivo de
28

atender aos anseios por crescimento econômico da nação. Entra em cena, então a
profissionalização compulsória como meio para se qualificar técnicos sob urgência
para atender aos anseios da indústria e girar a economia.
Foram então transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica
três das escolas técnicas federais, sendo respectivamente do Paraná, Rio de
Janeiro e Minas Gerais.
Passaram-se alguns anos e paulatinamente as demais escolas técnicas
entraram em processo de transformação em Centros Federais de Educação
Tecnológica (CEFET’s) e, nesse ínterim, após vários anos de tramitação, mais uma
LDB foi sancionada em 1996.
Conhecida como a lei que trouxe um olhar mais humano para a educação
pôde-se notar a tentativa de ruptura com as concepções assistencialistas e
redentoras da educação profissional, apesar de não ter sido como se esperava em
termos de mudança radical.
Os anos 2000 no contexto social brasileiro teve um significado representativo
na história do país, pois já no inicio da década uma transição de governo marcou
seu espaço e os olhares para a classe trabalhadora tiverem seus avanços.
Pacheco (2015, p. 6) traz à baila que:
O governo Lula vai encontrar um quadro de extrema precariedade
nestas instituições: obras paralisadas, falta de professores,
inexistência de concursos públicos para técnicos e docentes, além de
enorme carência de materiais de custeio.

A escolarização da classe trabalhadora passou a ter um olhar mais acurado,


apesar das fragilidades postas, como pode ser visto no Decreto 5.154/2004, no qual
a fragmentação do ser humano e a imposição de ideais neoliberais de sociedade e
exploração de mão de obra impetrada pela legislatura anterior do Decreto
2.208/1997 que regia a educação profissional buscaram ser eufemizadas. Mais
mudanças estariam por vir.
Em 2008, a promulgação da Lei 11.892 adentra o cenário educacional como a
incipiência de um projeto de educação que atendesse minimamente a classe
trabalhadora nas suas demandas. Surge então a instituição legal da Rede Federal
de Educação Profissional, Científica e Tecnológica juntamente com a criação dos
Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF’s).
A criação dos IF’s representou uma mudança significativa na formação
29

profissional dos sujeitos, pois a tentativa de desvencilhamento da subjugação da


classe trabalhadora ganhou forças com uma política pública de tamanha
envergadura, mesmo ainda estando em construção de sua identidade existencial.
A qualificação do proletariado, levando em consideração a sua permanente
aliança com o mundo do trabalho pode ser encontrada na letra legislativa da referida
lei, em que agora, após mais de cem anos da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica completados em 2009, pode-se pensar uma
educação profissional que não só instrumentalize. Mas, para além disso, que
forneça condições de compreensão das engrenagens do sistema capitalista e o
aproveitamento das contradições desse sistema para que seja dada qualidade de
vida aos que vivem do trabalho, alijados de qualquer forma de exploração alienada e
reificadora.

2.1.2 O Curso Técnico em Enfermagem no IFNMG – Campus Araçuaí:


excelência em educação no Vale do Jequitinhonha

É sabido pela letra legislativa que os Institutos Federais de Educação, Ciência


e Tecnologia têm em sua gênese de criação o compromisso com arranjos produtivos
locais e o desenvolvimento local e regional, abarcando finalidades e características
expressas na Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008.
São elas: a oferta de educação profissional e tecnológica; o desenvolvimento
da educação como processo investigativo e criativo; promoção da integração e
verticalização da educação básica com educação profissional e superior; orientação
da oferta formativa com vistas ao atendimento das demandas locais; constituição em
centro de excelência na oferta de ensino de ciências, mormente as aplicadas;
qualificação de sua atuação como centro de referência; desenvolvimento de
programas de extensão; realização e estimulação de pesquisa aplicada e a
promoção da produção, desenvolvimento e transferência de tecnologias sociais
(BRASIL, 2008).
Assim como objetiva ministrar cursos de educação profissional técnica de
nível médio, de formação inicial e continuada de trabalhadores, cursos em nível de
educação superior, realização de pesquisas aplicadas e o estímulo a processos
educativos que levem a geração de trabalho e renda (ibidem).
Nesse sentido, a adequação do Campus Araçuaí, situado no Vale do
30

Jequitinhonha e pertencente ao IFNMG, aos anseios da população local fez-se,


dentre outras ações, no ano de 2010 com a implantação do Curso Técnico
Subsequente em Enfermagem no turno noturno.
O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) reformulado no ano de 2018 traz em
seu bojo que:
O IFNMG Campus Araçuaí está inserido na mesorregião
Jequitinhonha. Historicamente, esta região enfrenta graves
problemas sociais, os quais estão, em sua maioria, relacionados com
a reduzida produção de bens e serviços, renda per capita muito
baixa, falta de estrutura nos serviços de saúde, dentre outros. E o
enfrentamento desses problemas, na busca de geração de emprego,
saúde para a população e aumento da renda sempre esbarra na falta
de estrutura e pouca capacitação profissional dos municípios de
Araçuaí e de toda região. A existência do Curso Técnico em
Enfermagem no Instituto Federal de Educação e Tecnologia do Norte
de Minas Gerais, Campus Araçuaí justifica-se pela necessidade da
formação de profissionais na área de saúde, com outra postura e
outra visão, que vá ao encontro dos problemas mencionados; visto
que a região é carente de mão de obra qualificada e a formação
destes profissionais proporcionará à comunidade uma melhoria de
sua qualidade de vida. (PPC, 2018, p. 9-10).

Dessa forma, é possível fazer imergir naquilo que justifica a existência dessa
demanda formativa na cidade de Araçuaí, e o IFNMG em consonância de sentido
com seu compromisso que, para além da qualificação técnica, precisa se ater ao
melhoramento das condições de vida da comunidade na qual está inserido.
O Vale do Jequitinhonha, nesse sentido, precisa ser trazido aqui como alvo de
uma política pública de envergadura nacional como os IF’s, bem como sendo palco
de uma instituição capaz de transformar vidas através da educação destinada à
classe trabalhadora.
Assim, é necessário fazer uma pequena incursão nas características dessa
localidade geográfica, uma vez que:
O Vale do Jequitinhonha localiza-se no Nordeste do Estado de Minas
Gerais e pode ser dividido em Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha.
[...]O Médio Jequitinhonha combina características de unidade
familiar e fazenda de gado, situado em um meio espacial e fundiário
de transição. A organização política do Médio Jequitinhonha é
caracterizada pelos pequenos centros urbanos com população média
de 20 mil habitantes, com 4 deles com mais de 30 mil habitantes. [...]
O denominado Médio Jequitinhonha é, na verdade, uma combinação
das características mais bem definidas do Alto Jequitinhonha –
camponês, agrícola, vinculado às origens mineradoras do centro de
Minas Gerais – e o Baixo Jequitinhonha: fazendeiro, pecuarista,
relacionado à expansão dos mercados urbanos do início do século
20. Essa complexidade de origens dificulta a costura de interesses
31

comuns, pois reúne diversidades e afinidades em proporções


diferentes. (PEREIRA, RIBEIRO, ALMEIDA, 2016, p. 153-155).

De acordo os autores supracitados emerge a impossibilidade de conceber o


Vale como uma região hegemônica em questões culturais, sociais e econômicas,
prevalecendo, principalmente na Região do Médio Jequitinhonha (onde se localiza a
cidade de Araçuaí), um emaranhado de interesses e afinidades, e é nesse cenário
complexo que o IFNMG – Campus Araçuaí apresenta sua proposta de excelência
em educação e atendimento dos interesses daqueles que vivem do trabalho, com a
implantação do curso Técnico em Enfermagem.
Conforme reza o trecho do PPC do curso já citado, a carência da região faz
com que a população sofra com os resquícios dessa dívida histórica e social com a
qualidade de vida dos sujeitos nessa localização geográfica e econômica
pauperizada diacronicamente.
O curso em questão possui uma carga horária de 1900 horas, incluído o
estágio curricular obrigatório que é de 600 horas no PPC de 2018.
O estágio é realizado no turno diurno e os alunos são acompanhados por
profissionais das entidades conveniadas e por professores orientadores
pertencentes ao quadro de docentes do IFNMG – Campus Araçuaí. Já as aulas com
os componentes curriculares são ministradas durante o turno noturno.
O PPC explicita também que o curso objetiva:
[...] formar Técnicos em Enfermagem comprometidos com a saúde e
qualidade de vida das pessoas, família e coletividade e que atuem na
promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com
autonomia, conhecimento técnico e científico e em consonância com
os preceitos éticos e legais da profissão. (ibidem, p. 12).

Dessarte é clara a percepção de que a preocupação não está somente no


âmbito técnico, instrumentador de sujeitos para operacionalizar uma função, mas
sim nas questões de autonomia, emancipação e compromisso com a melhoria da
qualidade vital dos indivíduos, assim fazendo o resgate do caráter humanístico que
uma formação completa e integral necessita ter, mormente num cenário tão
multiforme como o Vale do Jequitinhonha.

2.1.3 Representações Sociais (RS)

A complexidade da transição entre o senso comum e a consciência filosófica


32

(SAVIANI, 1983) não consegue ser descrita sob a ótica do pensamento simples, e
quando há o envolvimento de questões subjetivas o processo torna-se ainda mais
rebarbativo.
Cada sujeito carrega em si experiências que lhe são peculiares e a vivência
disso no coletivo se faz na transposição do arcabouço pertencente ao indivíduo para
o seu entorno, sendo ali o seu lugar de fala por já se apropriar social, histórica e
culturalmente dali.
Mas, de certa forma, por mais divergências que existam entre as diversas
maneiras de pensar e conceber o mundo e os seus processos formativos quando se
leva em conta a individualidade de cada ser, o que causa estranheza nem é a
miscelânea de opiniões, mas os seus pontos de convergência dentro da
heterogeneidade.
Silveira e Vieira (2016, p. 32) tentam elucidar os argumentos supracitados
quando dizem que:
Cada indivíduo é único, porém, apresenta semelhanças com o outro
por meio de diversas formas. As ligações entre os indivíduos
decorrem de conexões como nacionalidade, idade, sexo, religião,
entre outros. Além disso, a semelhança e diferença nos objetivos e
aspirações dos membros.

Nesse sentido, quando abordamos questões de semelhanças ou


discrepâncias de pensamento não há como afirmar pelo erro ou acerto de cada um,
pois cada ser traz elementos de seu cotidiano que condicionam ou determinam seu
discurso.
E na observação da cotidianidade, relevante se faz analisar detidamente
como cada indivíduo representa seu pensamento dentro do entorno social no qual
está inserido e como isso se transpõe dentro da coletividade cognitiva que o cerca.
Nesse aspecto é possível conjecturar várias formas de manifestações
individuais que em certo momento convergem e podem descrever as concepções
que determinado grupo possui a respeito de certas temáticas, conforme Abric (2001,
p. 13) expõe quando argumenta que “la representación funciona como un sistema de
interpretación de la realidad que ríge las relaciones de los individuos con su entorno
físico y social, ya que determinará sus comportamientos o sus prácticas.”
Pode-se perceber pela exposição do autor supracitado que essa interpretação
da realidade que envolve as relações do indivíduo com o seu contexto social é
chamada de representação.
33

Jodelet (1986) traz clareza de sentido quando o tema é abordado e assim nos
diz que essas representações denominadas de sociais designam uma forma de
conhecimento específico, um saber de sentido comum em que o conteúdo se
manifesta de processos socialmente caracterizados e é uma forma de pensamento
social.
Outrossim, Lefevre e Lefevre (2012, p. 22) conduzem à inteligibilidade do
conceito ao colocar que:
[...] as representações são […] influenciadas pelos atributos ou
lugares de onde seus sujeitos portadores falam: nacionalidade,
gênero, religião/crença, idade, condição social (lugar que ocupa na
estrutura produtiva), nível de instrução, estrutura psíquica, traços de
personalidade, profissão/ocupação, estrutura física (portador ou não
de enfermidade), história de vida e assim sucessivamente.

Em obra anterior, Lefevre, Lefevre e Marques (2009) discorreram sobre a


complexidade e auto-organização da terminologia, e naquele contexto elucidativo já
estimulavam esse exercício de pensamento ao dizerem que:
No que toca às representações sociais, podemos dizer, em paralelo,
que há por certo uma quase inevitável flutuação ou imprecisão
terminológica [...]. Por isso, vale salientar que utilizaremos o conceito
de representação social, aqui, como o equivalente dos substratos
verbais ou verbo-narrativos das representações, deixando claro,
portanto, que essas representações são fenômenos complexos que
extrapolam largamente suas manifestações verbais. (ibidem, p.
1194).

Mas é de se levar em conta também que há dificuldades em dirimir um


assunto quando a penetração dele no contexto social ainda é emergente e por mais
que a realidade das representações sociais seja fácil de captar, o conceito é mais
complexo, mas não intangível (MOSCOVICI, 1979).
Da mesma forma, é possível perceber que em Serge Moscovici:
[...] a Teoria das Representações Sociais é uma proposta científica
de leitura do conhecimento de senso comum e, nesse sentido,
preocupa-se com o conteúdo das representações. A Teoria das
Representações Sociais abordada em termos de processo consiste
em saber como se constroem as representações, como se dá à
incorporação do novo, do não familiar, aos universos consensuais.
(CRUSOÉ, 2004, p. 106).

É o que Lefevre e Lefevre (2014) novamente levantam como questão a ser


pensada, pois na qualidade de conhecimento popular, as opiniões são carregadas
deste, quaisquer que sejam os posicionamentos ou manifestos de um sujeito em sua
vida diária e é possível fazer agrupamentos destes elementos individuais em
34

grandes categorias de sentido.


Assim, reduzidas as dificuldades semânticas, fica mais claro depreender que
representar socialmente uma temática é captar dela aquilo que extrapola a
verbalização e que pode ser reconstituído na voz coletiva.

2.1.4 O Discurso do Sujeito Coletivo (DSC)

Os anseios pela descritiva de uma realidade conjunta em pesquisas em


educação perpassam questões históricas e metodológicas que, durante muito tempo
tiveram sua obliteração devido aos impasses entre qualidade e quantidade.
Gatti (2004, p.13) corrobora esse raciocínio quando argumenta que “as duas
abordagens demandam, no entanto, o esforço de reflexão do pesquisador para dar
sentido ao material levantado e analisado”, e ainda complementa que
“interpretações e teorizações nem sempre incorporam as discussões em pauta no
campo das reflexões sobre a educação” (ibidem, p.14).
Nesse sentido, pensar em algo que extraia da esfera coletiva os dados
subjetivos e os conduza a fazer a transição de senso comum para dado científico é
uma tarefa eminentemente complexa e que tem resistência em ser concebida de
forma simplista. Dessa forma é preciso dispor de mecanismos que possam conceder
às coletividades a sua forma de manifestação de pensamento.
Lefevre, Lefevre e Marques (2009, p. 1203) apontam como alternativa o
Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) que “pode ser visto como um conjunto de
artifícios destinados a permitir que o pensamento coletivo, enquanto realidade
empírica, se auto-expresse”.
Assim, a autoexpressão pode ser utilizada como dado científico e subsidiar
pesquisas com rigorosidade metódica quando se deseja conhecer uma determinada
realidade a partir da compilação de opiniões daqueles que nela estão inseridos.
Lefevre e Lefevre (2014, p. 503) acrescentam que:

O Discurso do Sujeito Coletivo - é uma forma de metodologicamente


resgatar e apresentar as [representações sociais] [...] obtidas de
pesquisas empíricas. Nessas, as opiniões ou expressões individuais
que apresentam sentidos semelhantes são agrupadas em categorias
semânticas gerais, como normalmente se faz quando se trata de
perguntas ou questões abertas. O diferencial da metodologia do DSC
é que a cada categoria estão associados os conteúdos das opiniões
de sentido semelhante presentes em diferentes depoimentos, de
modo a formar com tais conteúdos um depoimento síntese, redigido
35

na primeira pessoa do singular, como se tratasse de uma


coletividade falando na pessoa de um indivíduo. (interpolação
nossa).

E pode-se depurar com mais acurácia o significado dessa metodologia que se


propõe para estudos qualiquantitativos na argumentação de Oliveira Junior,
Pacagnan e Marchiori (2013):
A metodologia do DSC preocupa-se com a criação de uma ponte
entre o senso comum e o conhecimento científico partindo da
reconstituição de um pensamento coletivo, com base na Teoria das
Representações Sociais, mediando também as perspectivas
metodológicas qualitativa e quantitativa. Isso possibilita acessar o
conhecimento e o saber rotineiros, tratando os indivíduos como
possuidores de um caráter racional e cognitivo compartilhado. De
modo objetivo, a metodologia do DSC consiste em analisar
depoimentos e demais materiais verbais que constituem seu principal
corpus, extraindo-se de cada um deles as ideias centrais ou
ancoragens a partir de expressões-chave a que se referem. (p. 6-7).

A presença de Lefevre e Lefevre (2009; 2012; 2014) é um fator a ser


clarificado nesse trabalho, uma vez que quando se fala em DSC não há como
prescindi-los na fundamentação, pois os autores são os desenvolvedores dessa
técnica de organização de dados. Ambos clarificam a ideia de que o DSC está filiado
às correntes de pensamento hodiernos que valorizam as multiplicidades,
complexidades e diferenças, atribuindo a estes fatores os mesmos pesos, pois
levam em consideração as tensões existentes entre os diferentes tipos ou categorias
de pensamento coletivo e os grupos envolvidos com determinada temática dentro de
uma dada formação sociocultural.
O DSC “é um discurso-síntese elaborado com partes de discursos de sentido
semelhante, por meio de procedimentos sistemáticos e padronizados”
(FIGUEIREDO, CHIARI E GOULART, 2013, p.130) e na sua construção lança mão
de alguns operadores, sendo eles as Expressões-Chave (ECH), Ideias Centrais (IC)
e Ancoragem.
Para Lefevre e Lefevre (2012, p.73):
As expressões-chave (ECH) são pedaços, ou trechos, ou segmentos,
contínuos ou descontínuos, do discurso que devem ser selecionados
pelo pesquisador e que revelam a essência do conteúdo do
depoimento ou discurso, ou da teoria subjacente. As ECH são
fundamentais para a construção do DSC, por isso precisam ser
adequadamente coletadas.

Ainda acrescentam que é preciso saber dosar as atitudes para não cair no
36

extremismo de selecionar quase tudo ou quase nada do material coletado. Trazem o


conceito de Ideia Central como um nome ou expressão linguística reveladora de
forma sintética e precisa dos sentidos de cada ECH dos discursos analisados e de
cada conglomerado homogêneo de ECH (ibidem).
Revelam que para compreensão do que cada uma significa é necessário
entender que as ECH são concretas, a expressão literal do que foi dito e as IC são
abstratas, aquilo que se quis dizer (ibidem).
A Ancoragem pode ser mais bem entendida quando é explicitada pelos
autores que são afirmações remetidas pelas ECH quando estas não se limitam a
apenas uma ideia central. Assim a ancoragem é percebida quando no discurso são
notórias afirmações genéricas descrevendo uma situação particular. Esse fator não
deixa lacuna para olvidar que o DSC deve ser feito com ECH e IC enquadradas
dentro da mesma categoria de análise (ibidem).
Por fim, é relevante salientar que a materialidade emergida do DSC
apresenta, segundo os autores, uma dupla representação:
[...] qualitativa, porque no DSC cada distinta opinião coletiva é
apresentada sob a forma de um discurso […] que recupera os
distintos conteúdos e argumentos que conformam a dada opinião na
escala social ou coletiva; mas a representatividade da opinião é
também quantitativa porque tais discursos têm, ademais, uma
expressão numérica e, portanto confiabilidade estatística,
considerando-se as sociedades como coletividades de indivíduos
(ibidem, p. 85).

Destarte, o caminho epistemológico que se perfaz aqui não almeja um estado


da arte a respeito do DSC, mas clarificar a possibilidade de leitura analítica sobre
elementos emergidos da subjetividade e que podem respaldar o conhecimento de
realidades até então ininteligíveis.

2.2 FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA

Metodologicamente se fundamenta esse trabalho com o delinear de seu


desenho de estudo, amostra, os critérios de inclusão e exclusão, o material a ser
utilizado e os procedimentos e análise de dados que estão abaixo relacionados.
37

2.2.1 Desenho de estudo

Severino (2007) elucida que quando se está mergulhado num processo de


pesquisa é necessário que tenhamos cuidado ao diferenciá-la quanto à abordagem,
quanto à natureza das fontes e quanto aos objetivos.
Na escolha pela abordagem entre qualitativa e quantitativa optou-se pelas
duas, constituindo-se o trabalho de uma fase quantitativa dedicada ao levantamento
socioeconômico dos alunos e uma qualitativa, uma vez que esta não se limita a uma
relação funcional de causa e efeito que só pode ser medida e apurada mediante
uma formulação matemática (SEVERINO, 2007).
Nas palavras de Godoy (1995, p. 21),
[...] a abordagem qualitativa, enquanto exercício de pesquisa, não se
apresenta como uma proposta rigidamente estruturada, ela permite
que a imaginação e a criatividade levem os investigadores a propor
trabalhos que explorem novos enfoques.

Dentro da abordagem qualiquantitativa escolhida decidiu-se pela pesquisa de


representação social com construção de um discurso do sujeito coletivo em que são
feitas
[...] uma série de operações sobre a matéria-prima dos depoimentos
individuais ou de outro tipo de material verbal (artigos de jornais,
revistas, discussões em grupo etc.), operações que redundam, ao
final do processo, em depoimentos coletivos, ou seja, constructos
confeccionados com estratos literais do conteúdo mais significativo
dos diferentes depoimentos que apresentam sentidos semelhantes.
(LEFEVRE; LEFEVRE, 2012, p. 17, grifo do autor).

Uma vez que é o que mais se enquadra dentro dos objetivos propostos pelo
trabalho.
Ainda, segundo os autores supracitados, no Discurso do Sujeito Coletivo
(DSC) o resultado final de uma pesquisa será abarcado por quantas opiniões
diferentes existirem numa determinada população e não há mais a disputa entre o
que é quantificável e o que não é, pois todos convivem harmoniosamente numa
relação de interdependência (ibidem).
No DSC alguns operadores são necessários para se manipular os dados
coletados, entre eles faz-se uso das Expressões-Chave (ECH) e Ideias Centrais (IC)
em que na primeira é possível depurar o discurso de tudo aquilo que é irrelevante,
secundário e que não contribui no sentido de deslindar os questionamentos
propostos, buscando a fixação naquilo que é considerado o âmago do pensamento,
38

a sua medula espinhal. Já na segunda consiste-se no afunilamento ainda maior das


ECH’s, precisando os diversos pensamentos individuais em conjuntos homogêneos
de ideias que representam a consciência coletiva.
Quanto à natureza das fontes a serem utilizadas para tratamento do objeto
escolhido a pesquisa escolhida foi a de campo. Segundo Severino (2007) nesse tipo
de pesquisa “o objeto é abordado em seu meio ambiente próprio. A coleta dos dados
é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim
diretamente observados, sem intervenção e manuseio por parte do pesquisador”.
Já em relação aos objetivos da pesquisa, ela se enquadra como explicativa,
uma vez que, “além de registrar e analisar os fenômenos estudados busca identificar
suas causas, seja através de aplicação de método experimental/matemático, seja
através da interpretação possibilitada pelos métodos qualitativos” (SEVERINO,
2007, p. 123).
A coleta de dados ficou a cargo do questionário que nas palavras de Gil
(2008, p. 121) pode ser definido como:
[...] a técnica de investigação composta por um conjunto de questões
que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações
sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses,
expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou
passado etc. Os questionários, na maioria das vezes, são propostos
por escrito aos respondentes. Costumam, nesse caso, ser
designados como questionários auto-aplicados. Quando, porém, as
questões são formuladas oralmente pelo pesquisador, podem ser
designados como questionários aplicados com entrevista ou
formulários. Construir um questionário consiste basicamente em
traduzir objetivos da pesquisa em questões específicas. As respostas
a essas questões é que irão proporcionar os dados requeridos para
descrever as características da população pesquisada ou testar as
hipóteses que foram construídas durante o planejamento da
pesquisa. Assim, a construção de um questionário precisa ser
reconhecida como um procedimento técnico cuja elaboração requer
uma série de cuidados, tais como: constatação de sua eficácia para
verificação dos objetivos; determinação da forma e do conteúdo das
questões; quantidade e ordenação das questões; construção das
alternativas; apresentação do questionário e pré-teste do
questionário.

No caso do trabalho de diligência que se propôs aqui, a natureza do


instrumento escolhido foi semiestruturado com questões abertas e fechadas, pois
segundo Gil (2008) as abertas possibilitam uma ampla liberdade de respostas entre
os respondentes. Nas fechadas solicita-se às pessoas que escolham dentre as
alternativas apresentadas em uma lista.
39

Corrobora Nogueira (2002, p. 2) que os questionários “têm como vantagem a


característica de explorar todas as possíveis respostas a respeito de um item [...]”.
Vale salientar, também, que todos os questionários foram entregues aos sujeitos
juntamente com um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido no qual cada um
daria ciência da participação da pesquisa e se atentariam aos objetivos da mesma e
de sua relevância para o meio científico e acadêmico.

2.2.1.1 Amostra

Gil (2008) elucida de forma clara a diferença entre universo e amostra quando
salienta que o primeiro é um conjunto de elementos revestidos de algumas
características determinadas, representado pela totalidade destes. Já amostra seria
um subconjunto do universo, isto é, estaria contida neste de forma a preservar as
mesmas características do grupo por inteiro.
Dessa forma, a amostra a ser utilizada coincide com o universo de alunos
regularmente matriculados no Curso Técnico em Enfermagem do Instituto Federal
do Norte de Minas Gerais – Campus Araçuaí no ano de 2019 através de
levantamento prévio na Secretaria de Registros Escolares do Campus.
O tipo de amostragem adotado foi por acessibilidade ou conveniência que
segundo Gil (2008, p. 94) [...] “o pesquisador seleciona os elementos a que tem
acesso, admitindo que estes possam de alguma forma, representar o universo.
Aplica-se este tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos, onde
não é requerido elevado nível de precisão”.

2.2.1.2 Critérios de inclusão

Nessa pesquisa foram incluídos todos os alunos matriculados no curso


Técnico em Enfermagem Subsequente do IFNMG – Campus Araçuaí no ano de
2019.

2.2.1.3 Critérios de exclusão

Foram excluídos da pesquisa os alunos dos demais cursos nas modalidades


subsequente, concomitante e integrada. Também ficaram alijados deste trabalho os
cursos superiores de graduação e os cursos na modalidade de Educação a
40

Distância do Campus. Vale salientar também que, se excluiu da pesquisa os alunos


menores de 18 anos como forma de prezar pela maturidade nos questionamentos.

2.2.2 Material

Para a realização da pesquisa foram utilizados materiais permanentes e


materiais de consumo.
De consumo: papel, tonner para impressora, cópias xerográficas, transporte
para o campus.
Permanentes: notebook, impressora.

2.2.3 Procedimentos

Quanto aos procedimentos empregados neste trabalho fez-se uso de


pesquisa bibliográfica durante todo o trabalho para que fossem auferidas as
contribuições dos autores constantes na literatura alvejando o embasamento teórico,
concordâncias e divergências com os dados coletados. Severino (2007, p. 122) diz
que esta pesquisa:
[...] é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente
de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros,
artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já
trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os
textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O
pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos
estudos analíticos constantes dos textos.

Foi feito uso também de pesquisa explicativa para analisar e explicar as


causas dos fenômenos (SEVERINO, 2007) e a coleta de dados através de
questionário semiestruturado com questões abertas e fechadas à luz de Gil (2008).
O escopo aqui foi capturar as representações dos sujeitos que nada mais são
do que “[...] esquemas sociocognitivos que as pessoas utilizam para emitirem, no
seu cotidiano, juízos ou opiniões; são uma forma de conhecimento, socialmente
elaborado e partilhado, de uma realidade comum a um conjunto social”
(FIGUEIREDO; CHIARI; GOULART, 2013, p. 131) e construir a partir destas o
Discurso do Sujeito Coletivo que é uma técnica que:
[...] consiste basicamente em analisar o material verbal coletado em
pesquisa que tem depoimentos como sua matéria-prima, extraindo
de cada um destes depoimentos, as ideias centrais ou ancoragens e
41

as suas correspondentes expressões chave; para com essas compor


um ou vários discursos síntese que são o discurso do sujeito coletivo.
(FIGUEIREDO; CHIARI; GOULART, 2013, p. 132).

Após a aplicação dos questionários seguiu-se, na ordem, os seguintes passos


(LEFEVRE; LEFEVRE, 2012, p. 89-90) para tabulação de dados:
I. Ler várias vezes as respostas dadas pelos sujeitos participantes;
II. Ler em particular cada resposta identificando as Expressões-Chave (ECH),
selecionar o essencial, depurar o discurso de tudo que é irrelevante, buscando ficar
com a essencial do pensamento, tal como ela aparece no discurso analisado;
III. Identificar, em cada resposta particular, as Ideias Centrais (IC) ou
ancoragens, que são expressões linguísticas que revelam e descrevem da maneira
mais sintética e precisa possível o sentido ou sentidos dos discursos analisados e de
cada conjunto homogêneo de ECH’s (que vai dar nascimento posterior ao discurso
coletivo);
IV. Analisar todas as Ideias Centrais (IC), buscando agrupar as semelhantes em
conjuntos homogêneos ou categorias. As IC são o que o pesquisado quis dizer e as
ECH como isso foi dito;
V. Nomear as categorias do conjunto homogêneo;
VI. Construir o/ou os DSC’s de cada categoria obtida na etapa 5.
Ainda acrescentam que para construir um DSC deve-se reunir num só
discurso-síntese, redigido na primeira pessoa do singular, de ECH que tem a mesma
IC ou ancoragem, obedecendo a uma esquematização clássica do tipo: começo
meio e fim, ou do mais geral para o menos geral e particular. A ligação entre as
partes do discurso deve ser feita através da introdução de conectivos como: assim,
então, logo, enfim, etc.
Acrescentou-se, ainda, nesse trabalho outra etapa que consistiu em analisar o
Discurso do Sujeito Coletivo à luz dos teóricos da Representação Social como Serge
Moscovici, Denise Jodelet, Jean-Claude Abric e outros que puderam contribuir nessa
discussão de dados coletados.

2.2.3.1 Análise dos dados

O tratamento dos dados foi feito a partir da coleta proporcionada pelos


questionários semiestruturados. De posse dos dados já coletados e organizados,
segundo as questões e as respostas dadas pelos sujeitos correspondentes a elas,
42

estas foram divididas em categorias de tratamento segundo as semelhanças entre


os grupos de questões. A quantidade de categorias foi distribuída conforme o
número de questões que compuseram o questionário. Assim, em cada categoria
foram discutidas temáticas relevantes ao deslindamento do problema em questão.
Houve discussão entre as respostas dos sujeitos e os teóricos da representação
social e outros.
A análise foi de forma individual e coletiva. Individual no sentido de que cada
sujeito entrará com respostas peculiares a partir da leitura subjetiva que fará dos
questionamentos e coletiva na direção de tentar compreender a construção da
semelhança do discurso coletivo. As informações coletadas foram descritas de forma
a contemplar o entendimento e compreensão dos sujeitos que a elas tiverem
acesso.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Devido à complexidade das análises, esta seção foi subdividida em análise


dos dados coletados em categorias de tratamento e discussão dos dados à luz dos
teóricos da representação social.
Para que se desse a materialização da primeira subdivisão (análise dos
dados), primeiro se deu a aplicação dos questionários (APÊNDICE E) em sala de
aula com a devida aquiescência da coordenadora do curso. Nesta etapa 50
(cinquenta) de um total de 58 (cinquenta e oito) regularmente matriculados
levantados previamente na Coordenação de Registros Escolares do IFNMG –
Campus Araçuaí se dispuseram a responder os questionamentos, dando ciência em
consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE C) anexado aos formulários. Assim a
adesão à pesquisa e os resultados levantados correspondem a 86% (oitenta e seis
por cento) do total de alunos regulares no curso Técnico em Enfermagem
subsequente.
O universo de alunos foram aqueles matriculados no Técnico em
Enfermagem, no ano de 2019. Destarte o IFNMG – Campus Araçuaí possui
atualmente discentes vinculados ao segundo e ao quarto período do referido curso.
Sendo importante salientar que a participação de cada sujeito estava condicionada a
sua maioridade, uma vez que o curso é ofertado na modalidade subsequente e para
ingressá-lo é necessária a conclusão do Ensino Médio.
43

Cada indivíduo nesse processo de análise teve sua identidade preservada


como forma de evitar a exposição dos sujeitos. Para tanto foram denominados
ficticiamente da palavra SUJEITO acrescida de um número de ordem que variou do
1 (um) ao 50 (cinquenta), pois corresponde à amostra de participantes dessa
pesquisa.
Os questionários constaram de 15 questões, sendo dez referentes ao aspecto
socioeconômico com temáticas concernentes ao sexo; idade; escolaridade; número
de pessoas da família e renda; instrução dos genitores e companheiros (se houver)
e ocupação profissional do discente; e cinco específicas sobre a escolha pelo curso
em questão, em que foram englobadas a escolha pessoal pela formação
subsequente; as atividades que o profissional da área em que estão se formando
executa; pontos positivos e negativos do curso e as expectativas em relação à
profissão de Técnico em Enfermagem.
Dessa forma, procedeu-se a análise das respostas obtidas em seis categorias
de tratamento para que destas pudessem emergir o/os Discurso (s) do Sujeito
Coletivo (DSC) de que trata Lefevre e Lefevre (2012) com exceção da primeira
categoria, que objetiva apenas demonstrar o perfil socioeconômico dos alunos.
Por fim, das categorias de tratamento para fins de divisão de análise por
grupo de questões, afloraram as chamadas Categorias de conjunto homogêneo por
Lefevre e Lefevre (2012), com exceção da primeira categoria que se resguardou
apenas na análise socioeconômica. Assim, ao depurar as expressões-chave dos
discursos, seguindo-se pela identificação das ideias centrais ou ancoragens,
agrupamento de conjuntos homogêneos e denominação desses conjuntos ou
categorias, foram construídos o/os DSC (s) de cada categoria.
Após essa etapa se deu a segunda subdivisão que é discussão dos dados à
luz dos teóricos da representação social.

3.1 ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS EM CATEGORIAS DE TRATAMENTO

As seis categorias de tratamento são: Categoria de tratamento 1 – Análise


socioeconômica dos discentes (referente às questões 1 a 10); Categoria de
tratamento 2 – Escolha do curso (referente à questão 11); Categoria de tratamento 3
– Impressões pessoais a respeito da profissão (referente à questão 12); Categoria
de tratamento 4 – Pontos positivos do curso (referente à questão 13); Categoria de
44

tratamento 5 – Pontos negativos do curso (referente à questão 14) e Categoria de


tratamento 6 – Expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem
(referente à questão 15).

3.1.1 Categoria de tratamento 1 – Análise socioeconômica dos discentes


(referente às questões 1 a 10).

A problemática de analisar as representações sociais dos alunos não se


dissocia de um perfil socioeconômico deles, uma vez que, segundo Lefevre e
Lefevre (2012) a pesquisa do início ao fim se caracteriza pela essência
qualiquantitativa, assim preservando a discursividade das opiniões e a
representatividade e generalização das considerações obtidas.
Nesse sentido, quando da análise dos dados coletados pode-se perceber a
predominância do sexo feminino no curso Técnico em Enfermagem com 44 (88%)
dos alunos nessa respectiva identidade de gênero e 6 (12%) do sexo masculino.
Dessa forma, o que está posto pelos dados corrobora com o que Lombardi e
Campos (2018, p. 29) ressaltam em um trabalho sobre a formação do campo
profissional na Enfermagem quando dizem que é uma:
[...] área de trabalho tradicionalmente feminina, em que o cuidar é
visto mais como uma “vocação” do que uma profissão, estando
associada a uma pressuposta “essência feminina”. Essas atividades
de cuidados com doentes, idosos e portadores de deficiências,
costumeiramente, foram desenvolvidas no âmbito doméstico, sem
remuneração, bem como na esfera profissional e pública, às vezes
de forma remunerada, muitas vezes em caráter de benemerência e
sem remuneração.

Outrossim, em relação a idade dos discentes verificou-se a prevalência de


jovens entre 18 e 25 anos, com 42 (84%) sujeitos nesse intervalo de idade, 7 (14%)
entre 26 e 39 anos e 1 (2%) pessoa acima de 40 anos.
Observou-se, assim uma composição mista nas duas turmas em relação à
faixa etária, mas que se aproximam muito quando o questionamento foi acerca da
escolaridade, no qual se percebeu em sua quase totalidade oriundas de escolas
públicas tanto no ensino fundamental como no ensino médio, ficando apenas um
sujeito (2%) com o ensino fundamental cursado parcialmente na rede particular e
outro (2%) com o ensino médio não informado, deixando essa lacuna que não pôde
ser esmiuçada.
Dessa forma, 48 (96%) dos cursistas vêm de uma trajetória completa na rede
45

pública de educação, o que nos possibilita entender que há uma continuidade


desses itinerários no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus Araçuaí
por ser também uma instituição de educação pública e com compromisso de se
adequar a realidade cultural e social e ao prosseguimento vertical dos estudos da
clientela do Vale do Jequitinhonha, conforme reza o Projeto Pedagógico do Curso
Técnico em Enfermagem (2018).
O grupo familiar também se faz importante na descrição dos sujeitos, então
se aponta que em maior parte encontrou-se acadêmicos que moram com 1 a 3
pessoas sendo 29 (58%) nessa categoria, 12 (24%) morando com 4 a 5 pessoas, 7
(14%) acima de 5 pessoas e 2 (4%) que moram só.
Esse resultado corrobora com a matéria publicada pelo jornal Estado de
Minas no dia 15 de Abril de 2018, em que o enviado especial Luiz Ribeiro reportou a
diminuição das famílias nas comunidades rurais do Vale do Jequitinhonha, não só
pelo deslocamento para conseguir trabalho, mas também com a obliteração da taxa
de natalidade, e ainda ressalta que as grandes famílias do passado vêm sendo
sucedidas por núcleos mais reduzidos.
É relevante também colocar em pauta a questão financeira dos alunos, uma
vez que a renda familiar deles se deu predominantemente em até 1 salário mínimo
(64%), 28% de 1 a 3 salários mínimos, 2% de 3 a 6 salários mínimos, 4% não
possuem renda e 2% se absteve de informar.
Essa situação não comprometeu a leitura crítica acerca das condições
econômicas, uma vez que a renda de até um salário mínimo impera sobre as demais
e isso nos faz um alerta sobre a desigualdade de renda no Vale do Jequitinhonha.
Schierholt e Silva Junior (2016, p. 18) ao fazerem um estudo sobre essa temática
nessa região perceberam que a mesma “[...] apresenta [...] índices de pobreza que a
colocam entre as mais carentes do país. Em outra perspectiva, é uma das regiões
culturalmente mais expressivas do Estado abrigando rico patrimônio, tanto em
edificações e monumentos, e formas de expressão culturais.”
A análise desse perfil também atrai para si a relevância de levantar a
escolaridade dos pais e dos companheiros (as) dos discentes, sendo estes últimos
sem qualquer indício que exponha a orientação sexual dos alunos, pois para efeitos
da pesquisa o que precisa ser extraído não envereda por estes itinerários. Assim, foi
percebível 22 (44%) dos pais com Ensino Fundamental completo e 18 (36%) das
mães nessa mesma escolaridade. Interessante apontar também que 18 (36%) dos
46

pais não concluíram a etapa em questão e 14 (28%) das mães também estão na
mesma situação.
Já em relação ao Ensino Médio, apenas 6 (12%) dos pais e 15 (30%) das
mães o possui como formação máxima. Foram relatados também que 1 (2%) e 2
(4%) dos pais e mães respectivamente são analfabetos, e 3 (6%) dos pais
encontram-se entre aqueles em que os discentes não declararam seu ciclo escolar.
Apenas 8 ( 16%) do total de 50 participantes citaram a escolaridade de seus
companheiros que pôde ser representada dentro do universo de participantes por: 1
(2%) com ensino superior incompleto, 1 (2%) com curso técnico, 5 (10%) com ensino
médio e 1 (2%) com ensino fundamental incompleto
Com a disposição dos dados emergidos quanto à escolarização dos pais e
dos companheiros, foi possível analisar mais detidamente as influências educativas
desses alunos. O meio em que estão inseridos, em sua maioria, é marcado por uma
ruptura na formação básica conforme preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (1996) que prevê em seu artigo 4º a educação básica obrigatória
da pré-escola até o ensino médio, abrangendo seus processos formativos que se
desenvolvem na vida em família, na convivência entre seus pares, no labor, nas
instituições educacionais e manifestos de afirmação cultural.
Acrescenta-se, ainda, à análise supracitada que aqueles que conseguiram
ultrapassar a educação básica e galgar outros rumos na educação superior
representam apenas 1(2%) das mães de aluno que concluiu uma pós graduação e 1
(2%) dos companheiros com ensino superior incompleto.
Para que esse raciocínio fique mais claro é necessário entender que essa
mãe em questão vem de uma família com renda até um salário mínimo e esse (a)
companheiro (a) vem de uma exceção entre os pesquisados em que a família se
situa nos 2% que tem renda de 3 a 6 salários mínimos e isso faz com que se leve
em consideração a realidade e disparidade de distribuição de renda no Vale do
Jequitinhonha, onde “existem sérios problemas de ordem social e econômica”
(NASCIMENTO, 2009, p. 2).
À guisa da finalização do levantamento socioeconômico dos alunos e de suas
famílias, se faz importante também colocar em voga aqueles que estão matriculados
no curso e que exercem atividade remunerada ou não e assim pôde-se perceber
que 40 (80%) do total pesquisado não trabalham e situam-se na faixa etária entre 18
e 46 anos, contra 10 (20%) que trabalham, mas ressalta-se que em sua maioria
47

absoluta no setor privado. Assim é notório que um número considerável de alunos


depende da renda familiar para se manter no curso independentemente de suas
respectivas idades.
Destarte, não há como olvidar a situação econômica e social dos alunos na
construção de sua formação, pois se pôde denotar claramente a prevalência de
rendas até um salário mínimo nos grupos familiares, a trajetória da educação básica
na escola pública em sua maioria e a dependência financeira da renda familiar da
maioria dos cursistas que, dentre outros aspectos analisados, chama atenção dentro
da realidade do Vale do Jequitinhonha. Região esta na qual uma instituição pública
federal como o IFNMG pode fazer a diferença e atender às demandas desses jovens
que necessitam de uma formação de qualidade para inserção no mundo do trabalho
e melhorar a suas condições de sobrevivência.

3.1.2 Categoria de tratamento 2 – Escolha do curso (referente à questão 11 –


Porque você escolheu o curso Técnico em Enfermagem subsequente?).

O Quadro 1 mostra as Expressões-Chave (ECH's) e suas respectivas Ideias


Centrais (IC’s) extraídas das respostas dos sujeitos para a questão 11 e são
apresentados os trechos originais obtidos dos questionários aplicados sem
alterações. Ressalta-se que em alguns sujeitos notou-se mais de uma ECH, que
foram transcritas segundo a ordem encontrada no discurso, o que não significa que
terão a mesma IC, pois pode ocorrer de as ECH's possuírem IC's diferentes. Optou-
se também por deixar as ECH’s e os Discursos do Sujeito Coletivo em itálico para
dar maior destaque.

QUADRO 1 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO 11
Sujeito ECH IC
Sujeito1 ECH 1...pensar em cuidar com IC 1 – Qualificação para cuidar
mais técnica das pessoas IC 2 – Humanização do cuidar
doentes... IC 3 – Influência de familiares
ECH 2... cuidado mais
humanizado aos familiares
mais velhos...
ECH 3... familiares que também
fizeram o curso e me
incentivaram bastante...
Sujeito 2 ECH 1...uma área em que IC 1 – Empregabilidade
sempre necessita de pessoas
para trabalhar...
Sujeito 3 ECH 1... gosto muito de ajudar IC 1 - Ajudar as pessoas
as pessoas... IC 2 – Diminuição do sofrimento
ECH 2 - ... diminuir o sofrimento alheio;
48

de todas os que estão ao meu IC 3 – Influência de familiares


redor...
ECH 3 - ... meu pai era técnico,
isso influenciou na minha
escolha...
Sujeito 4 ECH 1 - ...quero ter um IC 1 – Empregabilidade
emprego garantido...
Sujeito 5 ECH 1 - ... sempre gostei da IC 1 - Gosto pela área da saúde
área da saúde... IC 2 - Não pôde fazer o ensino
ECH 2 - não tenho condições superior por questões
financeiras para ir para outra financeiras
cidade fazer o curso superior...
Sujeito 6 ECH 1... admiro muito essa IC 1 - Gosto pela área.
profissão...
Sujeito 7 ECH 1... cuidar das pessoas... IC 1 – Cuidado com as pessoas
Sujeito 8 ECH 1... gosto de cuidar do IC 1 – Cuidado com o próximo
próximo...
Sujeito 9 ECH 1...Sempre foi meu IC 1 - Sempre teve esse sonho
sonho... IC 2 – Já trabalhou na área
ECH 2 – ... fiz outros cursos na IC 3 – Cuidado com o próximo
área da saúde e já trabalhei em
área que envolvia saúde...
ECH 3 -...cuidado ao próximo...
Sujeito 10 ECH 1 - ...Gosto da área da IC 1 - Gosto pela área
saúde... IC 2 - Ajudar as pessoas
ECH 2 - ...ajudar as pessoas...
Sujeito 11 ECH 1 - ... eu gosto dessa IC 1 - Gosto pela área
área... IC 2 – Ajudar o próximo
ECH 2 - sempre gostei de
ajudar o próximo...
Sujeito 12 ECH 1 - ... é um curso muito IC 1– Qualidade do curso
bom...
Sujeito 13 ECH 1 - ...sempre me interessei IC 1 - Gosto pela área
pela área... IC 2 – Sempre se viu
ECH 2 - sempre me imaginei trabalhando em hospital
trabalhando em hospital...
Sujeito 14 ECH 1 - ...é uma área que IC 1 - Gosto pela área
gosto...
Sujeito 15 ECH 1 - ... gostar da área de IC 1 - Gosto pela área
enfermagem.. IC 2 – Sempre quis este curso
ECH 2 - curso que sempre
quis...
Sujeito 16 ECH 1 - ... devido à grande IC 1 – Empregabilidade
empregabilidade...
Sujeito 17 ECH 1 - ...sempre gostei de IC 1 - Ajudar o próximo
ajudar o próximo... IC 2 - Interesse pela área
ECH 2 - interesso pela área da
saúde…
Sujeito 18 ECH 1 - ... uma excelente IC 1 – Excelência da profissão
profissão...
Sujeito 19 ECH 1 - ... me identifico com a IC 1 – Identificação com a área
área da saúde...
Sujeito 20 ECH 1 - ... é uma área que IC 1 – Gosto pela área
gosto muito... IC 2 – Falta de condições
ECH 2 - não tenho condições financeiras para fazer o curso
de pagar um curso superior... superior
Sujeito 21 ECH 1 - ...Sempre me IC 1 – Identificação com a área
identifiquei com a área da
saúde...
49

Sujeito 22 ECH 1 - ... vontade de ajudar IC 1 – Ajudar as pessoas


as pessoas...
ECH 2 - como oportunidade, IC 2 – Oportunidade de estudar
me ingressei no curso...
Sujeito 23 ECH 1 - ... ajudar o próximo... IC 1 – Ajudar o próximo
ECH 2 - ...vejo que essa área IC 2 – Identificação com a área
me identifico...
Sujeito 24 ECH 1 - ... passei no IC 1 – Oportunidade de estudar
processo...
Sujeito 25 ECH 1 - ... gostar da área da IC 1 – Gosto pela área
saúde...
Sujeito 26 ECH 1 - ... quero aperfeiçoar IC 1 – Aquisição de
mais... conhecimento
Sujeito 27 ECH 1 – cuidado com IC 1 – Cuidado com o próximo
próximo... IC 2 - Gosto pela área
ECH 2 - afinidade com a área
da saúde...
Sujeito 28 ECH 1 - ... curso que sempre IC 1 - Sempre quis fazer o
queria fazer... curso
Sujeito 29 ECH 1 - ... amo cuidar das IC 1 – Cuidado com as pessoas
pessoas...
Sujeito 30 ECH 1 - ...ter um conhecimento IC 1 – Aquisição de
a mais para lidar com idosos... conhecimento
ECH 2 - é uma área que IC 2 - Gosto pela área
gosto...
Sujeito 31 ECH 1 - curta duração em IC 1 – Duração do curso
relação a outros cursos... IC 2 - Gosto pela área
ECH 2 - ...gostar da área em
questão...
Sujeito 32 ECH 1 - ...é uma profissão que IC 1 – Trabalhar na área
eu quero seguir...
Sujeito 33 ECH 1 - Adquirir conhecimento IC 1 – Aquisição de
na área da saúde ... conhecimentos
ECH 2 - trabalhar nessa área... IC 2 - Trabalhar na área
Sujeito 34 ECH 1 - ...sempre gostar da IC 1 - Gosto pela área
área da saúde...
Sujeito 35 ECH 1 - ... é uma área que IC 1 - Gosto pela área
gosto...
Sujeito 36 ECH 1 - ...gosto da área da IC 1 - Gosto pela área
saúde...
Sujeito 37 ECH 1 - ... uma área que IC 1 - Gosto pela área
gosto...
Sujeito 38 ECH 1 - ...sempre gostei muito IC 1 - Gosto pela área
da área da saúde... IC 2 – Vocação
ECH 2 - ...confirmação da IC 3 - Oportunidade de estudar
minha vocação...
ECH 3 - ... quero fazer o curso
superior...
Sujeito 39 ECH 1 - ...facilidade de arrumar IC 1 - Empregabilidade
trabalho...
Sujeito 40 ECH 1- ... pretendia fazer o IC 1 – O curso superior de
curso superior de enfermagem Enfermagem não estava dentro
porém as minhas condições das condições financeiras.
financeiras não permitiu que eu
saísse da região...
Sujeito 41 ECH 1 - gosto da área da IC 1 - Gosto pela área
saúde....
Sujeito 42 ECH 1 - ...me identifiquei com IC 1 – Identificação com a área
o trabalho do técnico...
50

Sujeito 43 ECH 1 - ... sempre gostei da IC 1 - Gosto pela área


área da saúde... IC 2 – Oportunidade de estudar
ECH 2 - ... encontrei no IFNMG
a oportunidade de fazer o curso
voltado a área...
Sujeito 44 ECH 1 - ... área da saúde IC 1 - Gosto pela área
sempre me interessou...
Sujeito 45 ECH 1 - ...sempre gostei da IC 1 - Gosto pela área
área...
Sujeito 46 ECH 1 - ...gosto da área da IC 1 - Gosto pela área
saúde….
Sujeito 47 ECH 1 - ... gostar de algo IC 1 - Gosto pela área
relacionado na área da saúde... IC 2 – Oportunidade de estudar
ECH 2 - ... técnico em
enfermagem foi a oportunidade
que tive...
Sujeito 48 ECH 1 - ...aprofundar meus IC 1 – Aquisição de
conhecimentos... conhecimentos
Sujeito 49 ECH 1 ... o curso Técnico em IC 1 – Identificação com o
Enfermagem era o que mais curso
me identificava...
Sujeito 50 ECH 1 – ... não tinha condições IC 1 – Falta de condições
de estudar fora... financeiras para estudar fora
FONTE: O autor (2019)

Destarte, após a análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas nove
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Qualificação para o cuidar
Categoria 2 – Humanização do cuidar
Categoria 3 – Influência de familiares
Categoria 4 – Empregabilidade
Categoria 5 – Ajuda e cuidado com as pessoas
Categoria 6 – Gosto e interesse pela área
Categoria 7 – Oportunidade que teve de estudar devido a falta de condições
financeiras
Categoria 8 – Trabalhar na área
Categoria 9 – Duração e qualidade do curso
Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria de conjunto
homogêneo:

QUADRO 2 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): QUALIFICAÇÃO PARA O CUIDAR
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ...pensar em cuidar com IC 1 – Qualificação para
mais técnica das pessoas cuidar
doentes...
Sujeito 26 ECH 1 - ...quero aperfeiçoar IC 1 – Aquisição de
51

mais... conhecimento
Sujeito 30 ECH 1 - ...ter um conhecimento a IC 1 – Aquisição de
mais para lidar com idosos... conhecimento
Sujeito 33 ECH 1 - ...Adquirir conhecimento IC 1 – Aquisição de
na área da saúde ... conhecimentos
Sujeito 48 ECH 1 - ...aprofundar meus IC 1 – Aquisição de
conhecimentos... conhecimentos
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 1


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Eu escolhi o curso Técnico em Enfermagem subsequente para adquirir


conhecimento na área da saúde por pensar em cuidar com mais técnica das
pessoas doentes. Quero aprofundar e aperfeiçoar, e assim ter um conhecimento a
mais para lidar com os idosos.

QUADRO 3 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): HUMANIZAÇÃO DO CUIDAR
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 2... cuidado mais IC 2 – Humanização do cuidar
humanizado aos familiares
mais velhos...
Sujeito 3 ECH 2 - ... diminuir o sofrimento IC 2 – Diminuição do sofrimento
de todas os que estão ao meu alheio
redor...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 2


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Escolhi o curso Técnico em Enfermagem subsequente porque quero prestar


um cuidado mais humanizado aos familiares mais velhos e assim diminuir o
sofrimento de todos os que estão ao meu redor.

QUADRO 4 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): INFLUÊNCIA DE FAMILIARES
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 3... familiares que também IC 3 – Influência de familiares
fizeram o curso e me
incentivaram bastante...
Sujeito 3 ECH 3 - ... meu pai era técnico, IC 3 – Influência de familiares
isso influenciou na minha
escolha...
FONTE: O autor (2019)
52

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 3


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Escolhi o curso Técnico em Enfermagem porque tenho familiares que também


fizeram o curso e me incentivaram bastante, inclusive meu pai era técnico, isso
influenciou na minha escolha.

QUADRO 5 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): EMPREGABILIDADE
Sujeito ECH IC
Sujeito 2 ECH 1 - ...uma área em que IC 1 – Empregabilidade
sempre necessita de pessoas
para trabalhar...
Sujeito 4 ECH 1 - ...quero ter um IC 1 – Empregabilidade
emprego garantido...
Sujeito 16 ECH 1 - ... devido à grande IC 1 – Empregabilidade
empregabilidade...
Sujeito 39 ECH 1 - ...facilidade de arrumar IC 1 - Empregabilidade
trabalho...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 4


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Escolhi o curso Técnico em Enfermagem porque quero ter um emprego


garantido e é uma área em que sempre necessita de pessoas para trabalhar devido
à grande empregabilidade e facilidade para arrumar trabalho.

QUADRO 6 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 5 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): AJUDA E CUIDADO COM AS PESSOAS
Sujeito ECH IC
Sujeito 3 ECH 1 - ... gosto muito de IC 1 – Ajudar as pessoas
ajudar as pessoas...
Sujeito 7 ECH 1 - ... cuidar das IC 1 – Cuidado com as pessoas
pessoas...
Sujeito 8 ECH 1 - ... gosto de cuidar do IC 1 – Cuidado com o próximo
próximo...
Sujeito 9 ECH 3 -...cuidado ao próximo... IC 3 – Cuidado com o próximo
Sujeito 10 ECH 2 - ...ajudar as pessoas... IC 2 – Ajudar as pessoas
Sujeito 11 ECH 2 - sempre gostei de IC 2 – Ajudar o próximo
ajudar o próximo...
Sujeito 17 ECH 1 - ...sempre gostei de IC 1 – Ajudar o próximo
ajudar o próximo...
Sujeito 22 ECH 1 - ... vontade de ajudar IC 1 – Ajudar as pessoas
as pessoas...
Sujeito 23 ECH 1 - ... ajudar o próximo... IC 1 – Ajudar o próximo
Sujeito 27 ECH 1 – cuidado com IC 1 – Cuidado com o próximo
53

próximo...
Sujeito 29 ECH 1 - ... amo cuidar das IC 1 – Cuidado com as pessoas
pessoas...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 5


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Escolhi o curso Técnico em Enfermagem porque gosto muito de ajudar e


cuidar das pessoas. Amo cuidar das pessoas e tenho vontade de ajudá-las. Quero
ajudar o próximo e ter cuidado com o mesmo.

QUADRO 7 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 6 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): GOSTO E INTERESSE PELA ÁREA
Sujeito ECH IC
Sujeito 5 ECH 1 - ... sempre gostei da IC 1 – Gosto pela área
área da saúde...
Sujeito 6 ECH 1 - ... admiro muito essa IC 1 - Gosto pela área
profissão...
Sujeito 9 ECH 1 - ... Sempre foi meu IC 1 – Sempre teve esse sonho
sonho...
Sujeito 10 ECH 1 - ...Gosto da área da IC 1 – Gosto pela área
saúde...
Sujeito 11 ECH 1 - ... eu gosto dessa IC 1 – Gosto pela área
área...
Sujeito 13 ECH 1 - ...sempre me interessei IC 1 – Gosto pela área
pela área...
Sujeito 13 ECH 2 - ...sempre me imaginei IC 2 – Sempre se viu
trabalhando em hospital... trabalhando em hospital
Sujeito 14 ECH 1 - ...é uma área que IC 1 - Gosto pela área
gosto...
Sujeito 15 ECH 1 - ... gostar da área de IC 1 - Gosto pela área
enfermagem..
Sujeito 15 ECH 2 - ...curso que sempre IC 2 – Sempre quis este curso
quis...
Sujeito 17 ECH 2 - ...interesso pela área IC2 – Interesse pela área
da saúde….
Sujeito 19 ECH 1 - ... me identifico com a IC 1 – Identificação com a área
área da saúde...
Sujeito 20 ECH 1 - ... é uma área que IC 1 – Gosto pela área
gosto muito...
Sujeito 21 ECH 1 - ...Sempre me IC 1 – Identificação com a área
identifiquei com a área da
saúde...
Sujeito 23 ECH 2 - ...vejo que essa área IC 2 – Identificação com a área
me identifico...
Sujeito 25 ECH 1 - ... gostar da área da IC 1 - Gosto pela área
saúde...
Sujeito 27 ECH 2 - ...afinidade com a área IC 2 – Gosto pela área
da saúde...
Sujeito 28 ECH 1 - ... curso que sempre IC 1 - Sempre quis fazer o
queria fazer... curso
54

Sujeito 30 ECH 2 - ...é uma área que IC 2 – Gosto pela área


gosto...
Sujeito 31 ECH 2 - ...gostar da área em IC 2 – Gosto pela área
questão...
Sujeito 34 ECH 1 - ...sempre gostar da IC 1 - Gosto pela área
área da saúde...
Sujeito 35 ECH 1 - ... é uma área que IC 1 - Gosto pela área
gosto...
Sujeito 36 ECH 1 - ...gosto da área da IC 1 - Gosto pela área
saúde...
Sujeito 37 ECH 1 - ... uma área que IC 1 - Gosto pela área
gosto...
Sujeito 38 ECH 1 - ...sempre gostei muito IC 1 - Gosto pela área
da área da saúde...
Sujeito 38 ECH 2 - ...confirmação da IC 2 – Vocação
minha vocação...
Sujeito 41 ECH 1 - ...gosto da área da IC 1 - Gosto pela área
saúde...
Sujeito 42 ECH 1 - ...me identifiquei com o IC 1 – Identificação com a área
trabalho do técnico...
Sujeito 43 ECH 1 - ... sempre gostei da IC 1 – Gosto pela área
área da saúde...
Sujeito 44 ECH 1 - ... área da saúde IC 1 - Gosto pela área
sempre me interessou...
Sujeito 45 ECH 1 - ...sempre gostei da IC 1 - Gosto pela área
área...
Sujeito 46 ECH 1 - ...gosto da área da IC 1 - Gosto pela área
saúde….
Sujeito 47 ECH 1 - ... gostar de algo IC 1 – Gosto pela área
relacionado na área da saúde...
Sujeito 49 ECH 1 ... o curso Técnico em IC 1 – Identificação com o
Enfermagem era o que mais curso
me identificava...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 6


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Escolhi o curso Técnico em Enfermagem porque sempre gostei, me


identifiquei e tive afinidade com a área da saúde. É uma área que me interesso e
sempre me imaginei trabalhando em hospital. Me identifiquei com o trabalho do
técnico e com isso vejo a confirmação da minha vocação, pois, por sempre gostar da
área de enfermagem em questão e de algo relacionado na área da saúde, o curso
técnico era o que mais me identificava e o que sempre quis fazer.
55

QUADRO 8 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 7 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): OPORTUNIDADE QUE TEVE DE ESTUDAR DEVIDO À FALTA DE
CONDIÇÕES FINANCEIRAS
Sujeito ECH IC
Sujeito 5 ECH 2 - ...não tenho condições IC 2 - Não pôde fazer o ensino
financeiras para ir para outra superior por questões
cidade fazer o curso superior... financeiras
Sujeito 20 ECH 2 - ...não tenho condições IC 2 – Falta de condições
de pagar um curso superior... financeiras para fazer o curso
superior
Sujeito 22 ECH 2 - ...como oportunidade, IC 2 – Oportunidade de estudar
me ingressei no curso...
Sujeito 24 ECH 1 - ... passei no IC 1 – Oportunidade de estudar
processo...
Sujeito 38 ECH 3 - ... quero fazer o curso IC 3 - Oportunidade de estudar
superior....
Sujeito 40 ECH 1- ... pretendia fazer o IC 1 – O curso superior de
curso superior de enfermagem Enfermagem não estava dentro
porém as minhas condições das condições financeiras.
financeiras não permitiu que eu
saísse da região...
Sujeito 43 ECH 2 - ... encontrei no IFNMG IC 2 – Oportunidade de estudar
a oportunidade de fazer o curso
voltado a área...
Sujeito 47 ECH 2 - ... técnico em IC 2 – Oportunidade de estudar
enfermagem foi a oportunidade
que tive...
Sujeito 50 ECH 1 – ... não tinha condições IC 1 – Falta de condições
de estudar fora... financeiras para estudar fora
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 7


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Escolhi o curso Técnico em Enfermagem, pois não tinha condições de estudar


e pagar um curso superior. Pretendia fazer o curso superior em enfermagem, porém
as minhas condições financeiras não permitiu que eu saísse da região, uma vez que
não tenho condições financeiras para ir para outra cidade fazer o curso superior.
Quero fazer o curso superior, mas como oportunidade, ingressei no curso, passei no
processo e o técnico em enfermagem foi a oportunidade que tive. Encontrei no
IFNMG a oportunidade de fazer um curso voltado à área.

QUADRO 9 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 8 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): TRABALHAR NA ÁREA
Sujeito ECH IC
Sujeito 9 ECH 2 – ... fiz outros cursos na IC 2 – Já trabalhou na área
área da saúde e já trabalhei em
área que envolvia saúde...
Sujeito 18 ECH 1 - ... uma excelente IC 1 – Excelência da profissão
profissão...
56

Sujeito 32 ECH 1 - ...é uma profissão que IC 1 – Trabalhar na área


eu quero seguir...
Sujeito 33 ECH 2 - ...trabalhar nessa IC 2 – Trabalhar na área
área...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 8


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Escolhi o curso Técnico em Enfermagem porque quero trabalhar nessa área.


Fiz outros cursos na área da saúde e já trabalhei em área que envolvia saúde, então
sei que é uma excelente profissão e é a que quero seguir.

QUADRO 10 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 9 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 2): DURAÇÃO E QUALIDADE DO CURSO
Sujeito ECH IC
Sujeito 12 ECH 1 - ... é um curso muito IC 1– Qualidade do curso
bom...
Sujeito 31 ECH 1 - ...curta duração em IC 1 – Duração do curso
relação a outros cursos...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 9


(pertencente à Categoria de tratamento 2):

Escolhi o curso Técnico em Enfermagem porque é muito bom e tem curta


duração em relação a outros cursos.

3.1.3 Categoria de tratamento 3 – Impressões pessoais a respeito da


profissão (referente à questão 12 – Quais as atividades que você
acredita que o Técnico em Enfermagem executa?).

O Quadro 11 mostra as Expressões-Chave (ECH's) e suas respectivas Ideias


Centrais (IC’s) extraídas das respostas dos sujeitos para a questão 12 e são
apresentados os trechos originais obtidos dos questionários aplicados sem
alterações. Ressalta-se que em alguns sujeitos notou-se mais de uma ECH que
foram transcritas segundo a ordem encontrada no discurso, o que não significa que
terão a mesma IC, pois pode ocorrer de as ECH's possuírem IC's diferentes. Optou-
se também por deixar as ECH’s e os Discursos do Sujeito Coletivo em itálico para
dar maior destaque.
57

QUADRO 11 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO
12
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... Presta um cuidado IC 1 – Cuidado humanizado
humanizado... IC 2 – Realiza procedimentos
ECH 2 - ... afere sinais vitais, técnicos e administração de
administra medicamentos, medicamentos
cuida do conforto do paciente,
retirada de pontos, triagem,
banho...
Sujeito 2 ECH 1 - ... ministrar IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, aplicar e técnicos e administração de
conservar vacinas, fazer medicamentos
curativos, colher material para
executar atividades de
desinfecção e esterilização...
Sujeito 3 ECH 1 - ... aplicação de IC 1 – Realiza procedimentos
medicação, vacina, afere técnicos e administração de
sinais vitais, mobiliza medicamentos
pacientes no leito...
Sujeito 4 ECH 1 - ... auxilia os IC 1 – Auxilia outros
enfermeiros e médicos... profissionais de saúde
Sujeito 5 ECH 1 - ... Administração de IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, curativos, técnicos e administração de
aferição de P.A e sinais vitais, medicamentos
banhos em pacientes...
Sujeito 6 ECH 1 - ... acompanhamento IC 1 – Cuidados com as
direto com o paciente... pessoas
ECH 2 - ... curativo, IC 2 – Realiza procedimentos
administração de técnicos e administração de
medicamentos, aferição de P.A medicamentos
...
Sujeito 7 ECH 1 – ... Atenção e cuidado IC 1 - Cuidados com as
diretos ao paciente... pessoas
Sujeito 8 ECH 1 - ... vacinação, aferição IC 1 – Realiza procedimentos
de sinais vitais... técnicos
Sujeito 9 ECH 1 - ... aplicação de IC 1 – Realiza procedimentos
vacinas, administrar técnicos e administração de
medicamentos, curativos, medicamentos
retirada de ponto, triagem...
Sujeito 10 ECH 1 - ... Promoção, IC 1 – Promoção e prevenção
prevenção... na saúde
Sujeito 11 ECH 1 - ... administra IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, aplicar e técnicos e administração de
conservar vacinas e fazer medicamentos
curativos...
Sujeito 12 ECH 1 - ...curativo, IC 1 – Realiza procedimentos
administração de técnicos e administração de
medicamentos... medicamentos
Sujeito 13 ECH 1 - ... vacinação, aferição IC 1 – Realiza procedimentos
de sinais vitais... técnicos e administração de
medicamentos
Sujeito 14 ECH 1 - ... promoção da saúde IC 1 – Promoção da saúde
ECH 2 - ...triagem, curativo, IC 2 - Realiza procedimentos
medicação... técnicos e administração de
medicamentos
Sujeito 15 ECH 1 - ... cuida de idoso e de IC 1 – Cuidados com as
pessoas deficientes... pessoas
ECH 2 - ... administra IC 2 – Administração de
medicamentos... medicamentos
58

Sujeito 16 ECH 1 - ... higiene do IC 1 – Realiza procedimentos


paciente, arrumação do leito, técnicos e administração de
verificação de sinais vitais, medicamentos
administração de IC 2 – Cuidados com as
medicamentos, realização de pessoas
curativos, auxilia em partos e
cirurgias, presta primeiros
socorros...
ECH 2 - ... tudo relacionado ao
cuidado do paciente...
Sujeito 17 ECH 1 - ... Auxilia o paciente... IC 1 – Cuidados com as
ECH 2 - ...promoção na pessoas
saúde... IC 2 – Promoção da saúde
Sujeito 18 ECH 1 - ... cuidados com a IC 1 – Promoção da saúde
saúde, promoção e a
prevenção...
Sujeito 19 ECH 1- ... promoção à saúde, IC 1 – Promoção da saúde
prevenção...
Sujeito 20 ECH 1 - ... ministrar IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, aplicar e técnicos e administração de
conservar vacinas, fazer medicamentos
curativos, colher material para
exames laboratoriais, executar
atividades de desinfecção e
esterilização...
Sujeito 21 ECH 1 - ... Dar atenção IC 1 – Cuidados com as
especial para as pessoas... pessoas
ECH 2 - ... promoção e IC 2 – Promoção da saúde
prevenção de saúde...
Sujeito 22 ECH 1 - ... aferimento de PA, IC 1 – Realiza procedimentos
procedimento como curativo, técnicos
aplicação de soro, banho no
leito, higienização do paciente,
alimentação do paciente...
Sujeito 23 ECH 1 - ... triagem, curativo, IC 1 – Realiza procedimentos
pré-consulta, vacinação, técnicos
aferição de PA...
Sujeito 24 ECH 1 - ... aferição de PA, IC 1 – Realiza procedimentos
peso, altura, todos os sinais técnicos e administração de
vitais, curativos, administração medicamentos
de medicamentos, curativos...
Sujeito 25 ECH 1 - ... cuidados com a IC 1 – Cuidados com as
população... pessoas
ECH 2 - ... promoção de saúde IC 2 – Promoção da saúde
e prevenção de doenças...
Sujeito 26 ECH 1 - ... curativos, IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, auxilia na técnicos e administração de
recuperação do debilitado... medicamentos
ECH 2 - ... promoção e IC 2 – Promoção da saúde
prevenção em saúde...
Sujeito 27 ECH 1 - ... cuidado ao IC 1 – Cuidados com as
paciente... pessoas
ECH 2 - ... prevenção do IC 2 – Prevenção na saúde
adoecimento...
Sujeito 28 ECH 1 - ... Administração e IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, aferição de técnicos e administração de
sinais vitais, banho no leito... medicamentos
ECH 2 - ...cuidados em geral... IC 2 – Cuidados com as
pessoas
Sujeito 29 ECH 1 - ... aferição de PA, IC 1 – Realiza procedimentos
59

Peso, altura, visita domiciliar... técnicos


Sujeito 30 ECH 1 - ... banho no leito, IC 1 – Realiza procedimentos
curativo, auxilia nas atividades técnicos e administração de
do paciente quando medicamentos
necessário, administra
medicamentos...
Sujeito 31 ECH 1 - ... vacinação, IC 1 – Realiza procedimentos
curativos, aferição de sinais técnicos
vitais... IC 2 – Cuidados físicos com as
ECH 2 - ... cuidados físicos em pessoas
geral...
Sujeito 32 ECH 1 - ... punção venosa, IC 1 – Realiza procedimentos
banho no leito, administração técnicos e administração de
de medicamentos... medicamentos
Sujeito 33 ECH 1 - ... aferir sinais vitais, IC 1 – Realiza procedimentos
medicação, curativos... técnicos e administração de
medicamentos
Sujeito 34 ECH 1 - ... sinais vitais, IC 1 – Realiza procedimentos
curativos, medicação, banho, técnicos e administração de
troca de leito, vacinação... medicamentos
ECH 2 - ... cuidar do próximo... IC 2 – Cuidados com as
ECH 3 - ...dar orientação... pessoas
ECH 4 - ... auxiliar os IC 3 – Promoção da saúde
enfermeiros... IC 4 – Auxilia outros
profissionais da saúde.
Sujeito 35 ECH 1 - ... aferição de P.A, IC 1 – Realiza procedimentos
curativo, administra técnicos e administração de
medicamentos... medicamentos
Sujeito 36 ECH 1 - ... promoção da saúde IC 1- Promoção da saúde
e tratar o próximo para IC 2 – Cuidados com as
prevenção de doenças... pessoas
ECH 2 - ... ações curativas...
Sujeito 37 SEM RESPOSTA -
Sujeito 38 ECH 1 - ... realização de IC 1 – Realiza procedimentos
curativo, retirada de pontos, técnicos e administração de
banhos no leito, administração medicamentos
de medicamento, punção
venosa, aferição de sinais
vitais, pré-consulta, aplicação
de vacinas...
Sujeito 39 ECH 1 - ... cuidado à saúde... IC 1 – Cuidados com as
pessoas
Sujeito 40 ECH 1 - ... banho no leito, IC 1 – Realiza procedimentos
vacinação... técnicos
ECH 2 - ...cuidados pessoais IC 2 – Cuidados com as
dos pacientes... pessoas
Sujeito 41 ECH 1 - ... administração de IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, assistência ao técnicos e administração de
paciente, auxiliar no banho do medicamentos
paciente, vacinar, curativos,
anotação de enfermagem...
Sujeito 42 ECH 1 - ...vacinas, curativos, IC 1 – Realiza procedimentos
anotações de enfermagem, técnicos
higienização dos pacientes... IC 2 – Promoção da saúde
ECH 2 - ...orientações...
Sujeito 43 ECH 1 - ...cuidado com IC 1 – Cuidado com os doentes
pacientes acamados, cuidado IC 2 – Realiza procedimentos
com o idoso... técnicos e administração de
ECH 2 - ... aferição de sinais medicamentos
60

vitais, primeiros socorros,


cuidado com o bebê e
puérperas, realização de
curativos, administração de
medicamentos, vacinação...
Sujeito 44 ECH 1 - ... procedimentos... IC 1 – Realiza procedimentos
ECH 2 - ...ações de saúde técnicos
coletiva na comunidade, IC 2 – Promoção da saúde
visitas domiciliares...
Sujeito 45 ECH 1 - ... cuidar do próximo... IC 1 – Cuidados com o próximo
ECH 2 - ... sinais vitais, IC 2 – Realiza procedimentos
medicação, banhos... técnicos e administração de
medicamentos
Sujeito 46 ECH 1 - ... higiene dos IC 1 – Realiza procedimentos
pacientes, vacina, injeção, técnicos
anotações de enfermagem, IC 2 – Promoção da saúde
afere sinais vitais, curativo...
ECH 2 - ... orientações...
Sujeito 47 ECH 1 - ... vacinação, curativo, IC 1 – Realiza procedimentos
administração de técnicos e administração de
medicamento, aferição de medicamentos
sinais vitais, arrumação de
leito...
Sujeito 48 ECH 1 - ... cuidados de IC 1 – Cuidados com a saúde
saúde... das pessoas
Sujeito 49 ECH 1 - ... cuidar do próximo... IC 1 – Cuidados com o próximo
Sujeito 50 ECH 1 - ... administração de IC 1 – Realiza procedimentos
medicamentos, banho no leito, técnicos e administração de
curativo, aferição de sinais medicamentos
vitais...

FONTE: O autor (2019)

Destarte, da análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas quatro
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Cuidado humanizado com as pessoas
Categoria 2 – Realiza procedimentos técnicos e administração de medicamentos
Categoria 3 – Auxilia outros profissionais da saúde
Categoria 4 – Promoção e prevenção na saúde
Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria:

QUADRO 12 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 3): CUIDADO HUMANIZADO COM AS PESSOAS
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... Presta um cuidado IC 1 – Cuidado
humanizado... humanizado
Sujeito 6 ECH 1 - ... acompanhamento IC 1 – Cuidados com as
direto com o paciente... pessoas
Sujeito 7 ECH 1 – ... Atenção e cuidado IC 1 - Cuidados com as
diretos ao paciente... pessoas
Sujeito 15 ECH 1 - ... cuida de idoso e de IC 1 – Cuidados com as
pessoas deficientes... pessoas
61

Sujeito 16 ECH 2 - ... tudo relacionado ao IC 2 – Cuidados com as


cuidado do paciente... pessoas
Sujeito 17 ECH 1 - ... Auxilia o paciente... IC 1 – Cuidados com as
pessoas
Sujeito 21 ECH 1 - ... Dar atenção especial IC 1 – Cuidados com as
para as pessoas... pessoas
Sujeito 25 ECH 1 - ... cuidados com a IC 1 – Cuidados com as
população... pessoas
Sujeito 27 ECH 1 - ... cuidado ao paciente... IC 1 – Cuidados com as
pessoas
Sujeito 28 ECH 2 - ...cuidados em geral... IC 2 – Cuidados com as
pessoas
Sujeito 31 ECH 2 - ... cuidados físicos em IC 2 – Cuidados físicos
geral... com as pessoas
Sujeito 34 ECH 2 - ... cuidar do próximo... IC 2 – Cuidados com as
pessoas
Sujeito 36 ECH 2 - ... ações curativas... IC 2 – Cuidados com as
pessoas
Sujeito 39 ECH 1 - ... cuidado à saúde... IC 1 – Cuidados com as
pessoas
Sujeito 40 ECH 2 - ...cuidados pessoais dos IC 2 – Cuidados com as
pacientes... pessoas
Sujeito 43 ECH 1 - ...cuidado com pacientes IC 1 – Cuidados com os
acamados, cuidado com o idoso... doentes
Sujeito 45 ECH 1 - ... cuidar do próximo... IC 1 – Cuidados com o
próximo
Sujeito 48 ECH 1 - ... cuidados de saúde... IC 1 – Cuidados com a
saúde as pessoas
Sujeito 49 ECH 1 - ... cuidar do próximo... IC 1 – Cuidados com o
próximo
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 1


(pertencente à Categoria de tratamento 3):

Acredito que o Técnico em Enfermagem executa atividades de cuidados


pessoais aos pacientes, com a população, cuida do próximo e cuidados físicos em
geral. Presta um cuidado humanizado, faz acompanhamento com atenção e cuidado
direto com o paciente, além disso, auxilia o paciente com cuidado à saúde, com os
acamados e com o idoso. Realiza ações curativas, cuida de pessoas deficientes e
procura dar atenção especial às pessoas. Enfim, o Técnico em Enfermagem cuida
de tudo relacionado ao cuidado do paciente e cuidados em geral.

QUADRO 13 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 3): REALIZA PROCEDIMENTOS TÉCNICOS E ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 2 - ... afere sinais vitais, IC 2 – Realiza
administra medicamentos, cuida procedimentos técnicos e
62

do conforto do paciente, retirada administração de


de pontos, triagem, banho... medicamentos
Sujeito 2 ECH 1 - ... ministrar IC 1 – Realiza
medicamentos, aplicar e procedimentos técnicos e
conservar vacinas, fazer administração de
curativos, colher material para medicamentos
executar atividades de
desinfecção e esterilização...
Sujeito 3 ECH 1 - ... aplicação de IC 1 – Realiza
medicação, vacina, afere sinais procedimentos técnicos e
vitais, mobiliza pacientes no administração de
leito... medicamentos
Sujeito 5 ECH 1 - ... Administração de IC 1 – Realiza
medicamentos, curativos, aferição procedimentos técnicos e
de P.A e sinais vitais, banhos em administração de
pacientes... medicamentos
Sujeito 6 ECH 2 - ... curativo, IC 2 – Realiza
administração de medicamentos, procedimentos técnicos e
aferição de P.A ... administração de
medicamentos
Sujeito 8 ECH 1 - ... vacinação, aferição de IC 1 – Realiza
sinais vitais... procedimentos técnicos
Sujeito 9 ECH 1 - ... aplicação de vacinas, IC 1 – Realiza
administrar medicamentos, procedimentos técnicos e
curativos, retirada de ponto, administração de
triagem... medicamentos
Sujeito 11 ECH 1 - ... administra IC 1 – Realiza
medicamentos, aplicar e procedimentos técnicos e
conservar vacinas e fazer administração de
curativos... medicamentos
Sujeito 12 ECH 1 - ...curativo, administração IC 1 – Realiza
de medicamentos... procedimentos técnicos e
administração de
medicamentos
Sujeito 13 ECH 1 - ... vacinação, aferição de IC 1 – Realiza
sinais vitais... procedimentos técnicos e
administração de
medicamentos
Sujeito 14 ECH 2 - ...triagem, curativo, IC 2 – Realiza
medicação... procedimentos técnicos e
administração de
medicamentos
Sujeito 15 ECH 2 - ... administra IC 2 – Administração de
medicamentos... medicamentos
Sujeito 16 ECH 1 - ... higiene do paciente, IC 1 – Realiza
arrumação do leito, verificação de procedimentos técnicos e
sinais vitais, administração de administração de
medicamentos, realização de medicamentos
curativos, auxilia em partos e
cirurgias, presta primeiros
socorros...
Sujeito 20 ECH 1 - ... ministrar IC 1 – Realiza
medicamentos, aplicar e procedimentos técnicos e
conservar vacinas, fazer administração de
curativos, colher material para medicamentos
exames laboratoriais, executar
atividades de desinfecção e
esterilização...
Sujeito 22 ECH 1 - ... aferimento de PA, IC 1 – Realiza
procedimento como curativo, procedimentos técnicos
63

aplicação de soro, banho no leito,


higienização do paciente,
alimentação do paciente...
Sujeito 23 ECH 1 - ... triagem, curativo, pré- IC 1 – Realiza
consulta, vacinação, aferição de procedimentos técnicos
PA...
Sujeito 24 ECH 1 - ... aferição de PA, peso, IC 1 – Realiza
altura, todos os sinais vitais, procedimentos técnicos e
curativos, administração de administração de
medicamentos, curativos... medicamentos
Sujeito 26 ECH 1 - ... curativos, IC 1 – Realiza
medicamentos, auxilia na procedimentos técnicos e
recuperação do debilitado... administração de
medicamentos
Sujeito 28 ECH 1 - ... Administração e IC 1 – Realiza
medicamentos, aferição de sinais procedimentos técnicos e
vitais, banho no leito... administração de
medicamentos
Sujeito 29 ECH 1 - ... aferição de PA, Peso, IC 1 – Realiza
altura, visita domiciliar... procedimentos técnicos
Sujeito 30 ECH 1 - ... banho no leito, IC 1 – Realiza
curativo, auxilia nas atividades do procedimentos técnicos e
paciente quando necessário, administração de
administra medicamentos... medicamentos
Sujeito 31 ECH 1 - ... vacinação, curativos, IC 1 – Realiza
aferição de sinais vitais... procedimentos técnicos

Sujeito 32 ECH 1 - ... punção venosa, banho IC 1 – Realiza


no leito, administração de procedimentos técnicos e
medicamentos... administração de
medicamentos
Sujeito 33 ECH 1 - ... aferir sinais vitais, IC 1 – Realiza
medicação, curativos... procedimentos técnicos e
administração de
medicamentos
Sujeito 34 ECH 1 - ... sinais vitais, curativos, IC 1 – Realiza
medicação, banho, troca de leito, procedimentos técnicos e
vacinação... administração de
medicamentos
Sujeito 35 ECH 1 - ... aferição de P.A, IC 1 – Realiza
curativo, administra procedimentos técnicos e
medicamentos... administração de
medicamentos
Sujeito 38 ECH 1 - ... realização de curativo, IC 1 – Realiza
retirada de pontos, banhos no procedimentos técnicos e
leito, administração de administração de
medicamento, punção venosa, medicamentos
aferição de sinais vitais, pré-
consulta, aplicação de vacinas...
Sujeito 40 ECH 1 - ... banho no leito, IC 1 – Realiza
vacinação... procedimentos técnicos e
administração de
medicamentos
Sujeito 41 ECH 1 - ... administração de IC 1 – Realiza
medicamentos, assistência ao procedimentos técnicos e
paciente, auxiliar no banho do administração de
paciente, vacinar, curativos, medicamentos
anotação de enfermagem...
Sujeito 42 ECH 1 - ... vacinas, curativos, IC 1 – Realiza
anotações de enfermagem, procedimentos técnicos e
64

higienização dos pacientes... administração de


medicamentos
Sujeito 43 ECH 2 - ... aferição de sinais IC 2 – Realiza
vitais, primeiros socorros, cuidado procedimentos técnicos e
com o bebê e puérperas, administração de
realização de curativos, medicamentos
administração de medicamentos,
vacinação.
Sujeito 44 ECH 1 - ... procedimentos... IC 1 – Realiza
procedimentos técnicos
Sujeito 45 ECH 2 - ... sinais vitais, IC 2 – Realiza
medicação, banhos... procedimentos técnicos e
administração de
medicamentos
Sujeito 46 ECH 1 - ... higiene dos pacientes, IC 1 – Realiza
vacina, injeção, anotações de procedimentos técnicos
enfermagem, afere sinais vitais,
curativo...
Sujeito 47 ECH 1 - ... vacinação, curativo, IC 1 – Realiza
administração de medicamento, procedimentos técnicos e
aferição de sinais vitais, administração de
arrumação de leito... medicamentos
Sujeito 50 ECH 1 - ... administração de IC 1 – Realiza
medicamentos, banho no leito, procedimentos técnicos e
curativo, aferição de sinais administração de
vitais... medicamentos
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 2


(pertencente à Categoria de tratamento 3):

Acredito que o Técnico em Enfermagem executa atividades de aplicação e


administração de medicamentos, afere sinais vitais e P.A e também faz curativos,
triagem e vacinação. Além disso, cuida do conforto do paciente, faz a retirada de
pontos, banho, colhe material para executar atividades de desinfecção e
esterilização, mobiliza pacientes no leito, conserva vacinas, faz a higiene do
paciente, arrumação do leito, auxilia em partos e cirurgias, presta primeiros socorros,
colhe material para exames laboratoriais, faz aplicação de soro, alimenta o paciente,
auxilia na recuperação do debilitado, verifica peso, altura e faz visita domiciliar.
Também auxilia nas atividades do paciente quando necessário, faz punção venosa,
troca de leito, pré-consulta, presta assistência ao paciente, faz anotação de
enfermagem, procedimentos de injeção e cuidado com o bebê e puérperas.

QUADRO 14 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 3): AUXILIA OUTROS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
Sujeito ECH IC
Sujeito 4 ECH 1 - ... auxilia os IC 1 – Auxilia outros
65

enfermeiros e médicos... profissionais de saúde


Sujeito 34 ECH 4 - ... auxiliar os IC 4 – Auxilia outros
enfermeiros... profissionais da saúde
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 3


(pertencente à Categoria de tratamento 3):

Acredito que o Técnico em Enfermagem auxilia os enfermeiros e médicos.

QUADRO 15 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 3): PROMOÇÃO E PREVENÇÃO NA SAÚDE
Sujeito ECH IC
Sujeito 10 ECH 1 - ... Promoção, IC 1 – Promoção e prevenção à
prevenção... saúde
Sujeito 14 ECH 1 - ... promoção da IC 1 – Promoção da saúde
saúde...
Sujeito 17 ECH 2 – ...promoção na IC 1 – Promoção da saúde
saúde...
Sujeito 18 ECH 1 - ... cuidados com a IC 1 – Promoção da saúde
saúde, promoção e a
prevenção...
Sujeito 19 ECH 1- ... promoção à saúde, IC 1 – Promoção da saúde
prevenção...
Sujeito 21 ECH 2 - ... promoção e IC 1 – Promoção da saúde
prevenção de saúde...
Sujeito 25 ECH 2 - ... promoção de saúde IC 1 – Promoção da saúde
e prevenção de doenças...
Sujeito 26 ECH 2 - ... promoção e IC 2 – Promoção da saúde
prevenção em saúde...
Sujeito 27 ECH 2 - ... prevenção do IC 2 – Prevenção na saúde
adoecimento...
Sujeito 34 ECH 3 - ...dar orientação... IC 2 – Promoção da saúde
Sujeito 36 ECH 1 - ... promoção da saúde IC 1- Promoção da saúde
e tratar o próximo para
prevenção de doenças...
Sujeito 42 ECH 2 - ...orientações... IC 2 – Promoção da saúde
Sujeito 44 ECH 2 - ...ações de saúde IC 2 – Promoção da saúde
coletiva na comunidade, visitas
domiciliares...
Sujeito 46 ECH 2 - ... orientações... IC 2 – Promoção da saúde
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 4


(pertencente à Categoria de tratamento 3):

Acredito que o Técnico em Enfermagem executa atividades de promoção da


saúde e prevenção, como cuidados com a saúde, promoção à saúde, tratar o
próximo para prevenção de doenças e do adoecimento. Presta orientações nas
66

ações de saúde coletiva na comunidade e visitas domiciliares.

3.1.4 Categoria de tratamento 4 – Pontos positivos do curso (referente à


questão 13 – Quais os pontos positivos do seu curso?).

O Quadro 16 mostra as Expressões-Chave (ECH's) e suas respectivas Ideias


Centrais (IC’s) extraídas das respostas dos sujeitos para a questão 13 e são
apresentados os trechos originais obtidos dos questionários aplicados sem
alterações. Ressalta-se que em alguns sujeitos notou-se mais de uma ECH que
foram transcritas segundo a ordem encontrada no discurso, o que não significa que
terão a mesma IC, pois pode ocorrer de as ECH's possuírem IC's diferentes. Optou-
se também por deixar as ECH’s e os Discursos do Sujeito Coletivo em itálico para
dar maior destaque.

QUADRO 16 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO
13
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... Prepara para uma IC 1 – Empregabilidade
profissão em que sempre há vagas IC 2 – Qualidade do curso
no mercado de trabalho... IC 3 – Atividades práticas do
ECH 2 - ... ensino muito bom, bem curso
agradável... IC 4 – Torna as pessoas mais
ECH 3 - ... estágios... humanas
ECH 4 - ... enxergamos as
pessoas com um olhar mais
humanizado...
Sujeito 2 ECH 1 - ...ajudar o próximo, ver IC 1 – Poder ajudar o próximo
resultado de cura...
Sujeito 3 ECH 1 - ... As aulas práticas, [...]e IC 1 – Atividades práticas e
as dinâmicas que temos em salas dinamicidade
de aula...
Sujeito 4 ECH 1 - ... didáticas de ensino IC 1 – Qualidade do curso
muito boas...
Sujeito 5 ECH 1 - ... A instituição tem um IC 1 – Qualidade do curso
ensino ótimo... IC 2 - Infraestrutura
ECH 2 - ... laboratório com
equipamentos, biblioteca com
vários livros de enfermagem...
Sujeito 6 ECH 1 - ... uma boa formação... IC 1 – Qualidade do curso
ECH 2 - ... uma área que trata IC 2 – Poder ajudar o próximo
diretamente com pessoas, assim
realizando a arte de cuidar...
Sujeito 7 ECH 1 - ... Cuidar de pessoas... IC 1 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 8 ECH 1 - ... ver o mundo com olhos IC 1 – Torna as pessoas mais
diferentes... humanas
ECH 2 - ... ajudar as pessoas e IC 2 – Poder ajudar o próximo
sempre cuidar do paciente com
67

amor e carinho...
Sujeito 9 ECH 1 - ... As aulas práticas e os IC 1 – Atividades práticas do
estágios... curso
ECH 2 - ... ensinamentos de todas IC 2- Qualidade do curso
as matérias...
Sujeito 10 ECH 1 - ... conhecimento para o IC 1 – Empregabilidade
campo do trabalho...
Sujeito 11 ECH1 - ... fazer as pessoas rirem e IC 1 – Tornar as pessoas mais
também fazer elas sentirem humanas
melhor...
Sujeito 12 ECH 1 - ... coisas que fazemos em IC 1 – Busca pelo
casa errado em relação à saúde, conhecimento sistematizado
aprendemos no curso de maneira
correta...
Sujeito 13 ECH 1 - ... as explicações das IC 1 – Qualidade do curso
matérias são sempre boas...
Sujeito 14 ECH 1 - ... o que agente aprende IC 1 – Atividades práticas do
na sala de aula a gente pratica nos curso
estágios...
Sujeito 15 ECH 1 - ... sucesso de aprender IC 1 – Aprendizagem
mais...
Sujeito 16 ECH 1 - ... A instituição é de IC 1 – Qualidade do curso
qualidade, dispõe de professores IC 2 - Infraestrutura
qualificados...
ECH 2 - ... laboratório e
ferramentas necessárias para a
aprendizagem
Sujeito 17 ECH 1 - ... oportunidade de ajudar IC 2 – Poder ajudar o próximo
vidas...
Sujeito 18 ECH 1 - ... Conhecer mais a saúde IC 1 – Busca por
de si mesmo e da população... conhecimento
Sujeito 19 ECH 1 - ... O ensino é de ótima IC 1 – Qualidade do curso
qualidade... IC 2 – Empregabilidade
ECH 2 - ... nos prepara para
sermos ótimos profissionais...
Sujeito 20 ECH 1 - ... ajudar o próximo... IC 1 – Poder ajudar o próximo
ECH 2 - ... crescimento pessoal do IC 2 – Empregabilidade
profissional...
Sujeito 21 ECH 1 - ... Os professores são IC 1 – Qualidade do curso
ótimos, as matérias são fáceis de IC 2 – Atividades práticas do
entender... curso
ECH 2 - ... aulas práticas são muito
boas, os locais de estágios são
bons...
Sujeito 22 ECH 1 - ... Ajudar o próximo... IC 1 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 23 ECH 1 - ... as aulas são bem IC 1 – Qualidade do curso
explicadas e as matérias vão além
do que o curso precisa...
Sujeito 24 ECH 1 - ... Ótimos profissionais... IC1 – Qualidade do curso
ECH 2 - ... laboratórios IC 2 - Infraestrutura
apropriados....
Sujeito 25 ECH 1 - ... proporciona um vasto IC 1 – Vasto conhecimento
68

conhecimento em relação à
saúde...
Sujeito 26 ECH 1 - ... Conhecimento... IC 1 – Conhecimento
Sujeito 27 ECH 1 - ... Aprendizagem do IC 1 – Busca por
cuidado de enfermagem na conhecimento
prática... IC 2 - Empregabilidade
ECH 2 - ... boa opção de
empregabilidade da cidade e em
todas as demais...
Sujeito 28 ECH 1 - ... oportunidade de cuidar IC 1 – Poder ajudar o próximo
do próximo. Fazer através da
profissão alguém sentir melhor
pelos cuidados prestados...
Sujeito 29 ECH 1 - ... ser mais humanos, IC 1 – Tornar as pessoas mais
convívio e trabalho em equipe, humanas
muito aprendizado e troca de
conhecimento com professores
orientadores e pacientes que
cuidamos, gratidão...
Sujeito 30 ECH 1 - ... Interesse, esforço... IC 1 – Busca por
conhecimento
Sujeito 31 ECH 1 - ... empatia, ampliar IC 1 – Busca por
conhecimento sobre cuidado... conhecimento
Sujeito 32 ECH1 - ... O aprendizado... IC 1 – Aprendizagem
ECH 2 - ... os professores são IC 2 – Qualidade do curso
muito experientes... IC 3 – Tornar as pessoas mais
ECH 3 - ... aprendemos ser mais humanas
humanos...
Sujeito 33 ECH 1 - ... conhecimento IC 1 – Busca por
adquirido.. conhecimento
ECH 2 - ... ajudar o próximo... IC 2 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 34 ECH 1 - ... Aprendizado... IC 1 – Aprendizagem
ECH 2 - ... ajudar quem precisa... IC 2 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 35 ECH 1 - ... Aprendizagem... IC 1 – Aprendizagem
ECH 2 - ... poder acolher, ajudar... IC 2 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 36 ECH 1 - ... Conhecimento... IC 1 – Busca por
conhecimento
Sujeito 37 ECH 1 - ... O ensino... IC 1- Qualidade do curso
ECH 2 - ... informação e suporte IC 2 - Corpo docente
dos nossos professores... estruturado
Sujeito 38 ECH 1 - ... aprendemos a ser seres IC 1 – Tornar as pessoas mais
humanos melhores. [...] não nos humanas
prepara para sermos perfeitos,
mas sim profissionais sensíveis à
dor do outro.
Sujeito 39 ECH 1 - ... Cuidados consigo IC 1 – Poder ajudar a si
mesmo e familiares... mesmo e os outros
Sujeito 40 ECH 1 - ...Ensino de qualidade... IC 1 – Qualidade do curso
Sujeito 41 ECH 1- ... Empatia com o próximo IC 1 – Tornar as pessoas mais
ou paciente, trabalho em equipe... humanas
ECH 2 - ... ensino de ótima IC 2 – Qualidade do ensino
qualidade
69

Sujeito 42 ECH 1 - ... Empatia, trabalho em IC 1 – Tornar as pessoas mais


equipe... humanas
ECH 2 - ... absorção de IC 2 – Aquisição de
conhecimentos... conhecimento
Sujeito 43 ECH 1 - ... garante um ótimo IC 1 – Aquisição de
conhecimento, tanto na prática e conhecimento
na teoria...
Sujeito 44 ECH 1 – ...Ótimos professores, IC 1 - Qualidade do curso
qualidade ótima no que diz
respeito à parte teórica e prática...
Sujeito 45 ECH 1 - ... Ajudar as pessoas, de IC 1 – Poder ajudar o próximo
uma forma mais humanizada...
Sujeito 46 ECH 1 - ... Empatia, trabalho em IC 1 – Tornar as pessoas mais
equipe... humanas
Sujeito 47 ECH 1 - ... tratamento qualificado e IC 1 – Poder cuidar do
principalmente mais humanizado... próximo
Sujeito 48 ECH 1 - ... O conhecimento que se IC 1 – Busca por
adquire... conhecimento
ECH 2 - ... cuidado com o outro... IC 2 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 49 ECH 1 - ...Conhecimento de IC 1 – Busca por
técnicas que servem até mesmo conhecimento
para o dia a dia... IC 2 – Poder cuidar do
ECH 2 - ... contato com o próximo
próximo...
Sujeito 50 ECH 1 - ... os professores são bem IC 1 – Qualidade do ensino
dedicados e transmitem bem os
seus conhecimentos...
FONTE: O autor (2019)

Destarte, da análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas sete
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Empregabilidade
Categoria 2 – Qualidade do curso e do ensino
Categoria 3 – Atividades práticas do curso
Categoria 4 – Tornar as pessoas mais humanas
Categoria 5 – Poder ajudar o próximo
Categoria 6 – Busca por conhecimento e aprendizagem
Categoria 7 – Corpo docente estruturado e infraestrutura
Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria:

QUADRO 17 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 4): EMPREGABILIDADE
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... Prepara para uma IC 1 – Empregabilidade
profissão em que sempre há
vagas no mercado de
70

trabalho...
Sujeito 10 ECH 1 - ... conhecimento para IC 1 – Empregabilidade
o campo do trabalho...
Sujeito 19 ECH 2 - ... nos prepara para IC 2 – Empregabilidade
sermos ótimos profissionais...
Sujeito 20 ECH 2 - ... crescimento pessoal IC 2 – Empregabilidade
do profissional...
Sujeito 27 ECH 2 - ... boa opção de IC 2 – Empregabilidade
empregabilidade da cidade e
em todas as demais...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 1


(pertencente à Categoria de tratamento 4):

Os pontos positivos do meu curso é que ele nos prepara para sermos ótimos
profissionais com conhecimento para o campo de trabalho e assim permitir
crescimento pessoal do profissional. Prepara para uma profissão em que sempre há
vagas no mercado de trabalho, pois é uma boa opção de empregabilidade da cidade
e em todas as demais.

QUADRO 18 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 4): QUALIDADE DO CURSO E DO ENSINO
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 2 - ... ensino muito bom, IC 2 – Qualidade do curso
bem agradável...
Sujeito 4 ECH 1 - ... didáticas de ensino IC 1 – Qualidade do curso
muito boas...
Sujeito 5 ECH 1 - ... A instituição tem um IC 1 – Qualidade do curso
ensino ótimo...
Sujeito 6 ECH 1 - ... uma boa formação... IC 1 – Qualidade do curso
Sujeito 9 ECH 2 - ... ensinamentos de IC 2 – Qualidade do curso
todas as matérias...
Sujeito 13 ECH 1 - ... as explicações das IC 1 – Qualidade do curso
matérias são sempre boas...
Sujeito 16 ECH 1 - ... A instituição é de IC 1 – Qualidade do curso
qualidade, dispõe de
professores qualificados...
Sujeito 19 ECH 1 - ... O ensino é de ótima IC 1 – Qualidade do curso
qualidade...
Sujeito 21 ECH 1 - ... Os professores são IC 1 – Qualidade do curso
ótimos, as matérias são fáceis
de entender...
Sujeito 23 ECH 1 - ... as aulas são bem IC 1 – Qualidade do curso
explicadas e as matérias vão
além do que o curso precisa...
Sujeito 24 ECH 1 - ... Ótimos IC 1 – Qualidade do curso
profissionais...
Sujeito 32 ECH 2 - ... os professores são IC 2 – Qualidade do curso
muito experientes...
71

Sujeito 37 ECH 1 - ... O ensino... IC 1 - Qualidade do curso


Sujeito 40 ECH 1 - ...Ensino de IC 1 – Qualidade do curso
qualidade...
Sujeito 41 ECH 2 - ... ensino de ótima IC 2 – Qualidade do curso
qualidade...
Sujeito 44 ECH 1 – ...Ótimos professores, IC 1 - Qualidade do curso
qualidade ótima no que diz
respeito à parte teórica e
prática...
Sujeito 50 ECH 1 - ... os professores são IC 1 – Qualidade do ensino
bem dedicados e transmitem
bem os seus conhecimentos...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 2


(pertencente à Categoria de tratamento 4):

Os pontos positivos do meu curso é que o ensino é muito bom, bem


agradável e as didáticas são muito boas. A instituição tem um ensino ótimo e uma
boa formação, além de os ensinamentos e as explicações das matérias que são
sempre boas. A instituição é de qualidade, dispõe de professores qualificados,
ensino de ótima qualidade, os professores são ótimos profissionais e muito
experientes, as matérias fáceis de entender, as aulas são bem explicadas e as
matérias vão além do que o curso precisa. O ensino é de ótima qualidade no que diz
respeito à parte teórica e prática e os professores bem dedicados e transmitem bem
seus conhecimentos.

QUADRO 19 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 4): ATIVIDADES PRÁTICAS DO CURSO
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 3 - ... estágios... IC 3 – Atividades práticas do
curso
Sujeito 3 ECH 1 - ... As aulas práticas, IC 1 – Atividades práticas e
[...]e as dinâmicas que temos dinamicidade
em salas de aula...
Sujeito 9 ECH 1 - ... As aulas práticas e IC 1 – Atividades práticas do
os estágios... curso
Sujeito 14 ECH 1 - ... o que a gente IC 1 – Atividades práticas do
aprende na sala de aula a curso
gente prática nos estágios...
Sujeito 21 ECH 2 - ... aulas práticas são IC 2 – Atividades práticas do
muito boas, os locais de curso
estágios são bons...

FONTE: O autor (2019)


72

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 3


(pertencente à Categoria de tratamento 4):

Os pontos positivos do curso são as aulas práticas e as dinâmicas que temos


em salas de aula e os estágios. O que a gente aprende na sala de aula a gente
pratica nos estágios e as aulas práticas são muito boas, os locais de estágio são
bons.

QUADRO 20 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 4): TORNAR AS PESSOAS MAIS HUMANAS
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 4 - ... enxergamos as IC 1 – Tornar as pessoas mais
pessoas com um olhar mais humanas
humanizado...
Sujeito 8 ECH 1 - ... ver o mundo com IC 1 – Tornar as pessoas mais
olhos diferentes... humanas
Sujeito 11 ECH1 - ... fazer as pessoas IC 1 – Tornar as pessoas mais
rirem e também fazer elas humanas
sentirem melhor...
Sujeito 29 ECH 1 - ... ser mais humanos, IC 1 – Tornar as pessoas mais
convívio e trabalho em equipe, humanas
muito aprendizado e troca de
conhecimento com professores
orientadores e pacientes que
cuidamos, gratidão...
Sujeito 32 ECH 3 - ... aprendemos ser IC 1 – Tornar as pessoas mais
mais humanos... humanas
Sujeito 38 ECH 1 - ... aprendemos a ser IC 1 – Tornar as pessoas mais
seres humanos melhores. [...] humanas
não nos prepara para sermos
perfeitos, mas sim profissionais
sensíveis à dor do outro.
Sujeito 41 ECH 1- ... Empatia com o IC 1 – Tornar as pessoas mais
próximo ou paciente, trabalho humanas
em equipe...
Sujeito 42 ECH 1 - ... Empatia, trabalho IC 1 – Tornar as pessoas mais
em equipe... humanas
Sujeito 46 ECH 1 - ... Empatia, trabalho IC 1 – Tornar as pessoas mais
em equipe... humanas

FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 4


(pertencente à Categoria de tratamento 4):

Os pontos positivos do meu curso é que podemos ver o mundo com olhos
diferentes, fazer as pessoas rirem e também elas se sentirem melhor. Aprendemos
ser mais humanos, enxergamos as pessoas com um olhar mais humanizado, a ter
73

empatia com o próximo ou paciente, trabalho em equipe e convívio. Muito


aprendizado e troca de conhecimento com professores orientadores e pacientes que
cuidamos. Por fim, aprendemos a ser seres humanos melhores, e como ponto
positivo vejo que não nos prepara para sermos perfeitos, mas sim profissionais
sensíveis à dor do outro.

QUADRO 21 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 5 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 4): PODER AJUDAR O PRÓXIMO
Sujeito ECH IC
Sujeito 2 ECH 1 - ...ajudar o próximo, ver IC 1 – Poder ajudar o próximo
resultado de cura...
Sujeito 6 ECH 2 - ... uma área que trata IC 2 – Poder ajudar o próximo
diretamente com pessoas,
assim realizando a arte de
cuidar...
Sujeito 7 ECH 1 - ... Cuidar de pessoas... IC 1 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 8 ECH 2 - ... ajudar as pessoas e IC 2 – Poder ajudar o próximo
sempre cuidar do paciente com
amor e carinho...
Sujeito 17 ECH 1 - ... oportunidade de IC 2 – Poder ajudar o próximo
ajudar vidas...
Sujeito 20 ECH 1 - ... ajudar o próximo... IC 1 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 22 ECH 1 - ... Ajudar o próximo... IC 1 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 28 ECH 1 - ... oportunidade de IC 1 – Poder ajudar o próximo
cuidar do próximo. Fazer
através da profissão alguém
sentir melhor pelos cuidados
prestados...
Sujeito 33 ECH 2 - ... ajudar o próximo... IC 2 – Poder ajudar o próximo
Sujeito 34 ECH 2 - ... ajudar quem IC 2 – Poder ajudar o próximo
precisa...
Sujeito 35 ECH 2 - ... poder acolher, IC 2 – Poder ajudar o próximo
ajudar...
Sujeito 39 ECH 1 - ... Cuidados consigo IC 1 – Poder ajudar a si mesmo
mesmo e familiares... e os outros
Sujeito 45 ECH 1 - ... Ajudar as pessoas, IC 1 – Poder ajudar o próximo
de uma forma mais
humanizada...
Sujeito 47 ECH 1 - ... tratamento IC 1 – Poder cuidar do próximo
qualificado e principalmente
mais humanizado...
Sujeito 48 ECH 2 - ... cuidado com o IC 2 – Poder ajudar o próximo
outro...
Sujeito 49 ECH 2 - ... contato com o IC 2 – Poder cuidar do próximo
próximo...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 5


(pertencente à Categoria de tratamento 4):
74

Os pontos positivos do meu curso é que podemos ajudar o próximo ver


resultado de cura, pois é uma área que trata diretamente com pessoas, assim
realizando a arte de cuidar. Temos a oportunidade de ajudar vidas, cuidar do
próximo, ajudar quem precisa, poder acolher, ajudar as pessoas de uma forma mais
humanizada, ter cuidado com o outro e sempre manter contato com o próximo.
Podemos também aprender cuidados consigo mesmo e com familiares, ajudar as
pessoas e sempre cuidar do paciente com amor e carinho, oferecendo tratamento
qualificado e principalmente mais humanizado, fazendo através dessa profissão
alguém sentir melhor pelos cuidados prestados.

QUADRO 22 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 6 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 4): BUSCA POR CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM
Sujeito ECH IC
Sujeito 12 ECH 1 - ... coisas que fazemos IC 1 – Busca pelo
em casa errado em relação à conhecimento sistematizado
saúde, aprendemos no curso
de maneira correta...
Sujeito 15 ECH 1 - ... sucesso de IC 1 – Aprendizagem
aprender mais...
Sujeito 18 ECH 1 - ... Conhecer mais a IC 1 – Busca por conhecimento
saúde de si mesmo e da
população...
Sujeito 25 ECH 1 - ... proporciona um IC 1 – Vasto conhecimento
vasto conhecimento em relação
à saúde...
Sujeito 26 ECH 1 - ... Conhecimento... IC 1 – Conhecimento
Sujeito 27 ECH 1 - ... Aprendizagem do IC 1 – Busca por conhecimento
cuidado de enfermagem na
prática...
Sujeito 30 ECH 1 - ... Interesse, esforço... IC 1 – Busca por conhecimento
Sujeito 31 ECH 1 - ... empatia, ampliar IC 1 – Busca por conhecimento
conhecimento sobre cuidado...
Sujeito 32 ECH1 - ... O aprendizado... IC 1 – Aprendizagem
Sujeito 33 ECH 1 - ... conhecimento IC 1 – Busca por conhecimento
adquirido..
Sujeito 34 ECH 1 - ... Aprendizado... IC 1 – Aprendizagem
Sujeito 35 ECH 1 - ... Aprendizagem... IC 1 – Aprendizagem
Sujeito 36 ECH 1 - ... Conhecimento... IC 1 – Busca por conhecimento

Sujeito 42 ECH 2 - ... absorção de IC 2 – Aquisição de


conhecimentos... conhecimento
Sujeito 43 ECH 1 - ... garante um ótimo IC 1 – Aquisição de
conhecimento, tanto na prática conhecimento
e na teoria...
Sujeito 48 ECH 1 - ... O conhecimento que IC 1 – Busca por conhecimento
se adquire...
Sujeito 49 ECH 1 - ...Conhecimento de IC 1 – Busca por conhecimento
técnicas que servem até
mesmo para o dia a dia...
FONTE: O autor (2019)
75

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 6


(pertencente à Categoria de tratamento 4):

Os pontos positivos do meu curso é que as coisas que fazemos em casa


errado em relação à saúde, aprendemos no curso de maneira correta, inclusive
conhecimento de técnicas que servem até mesmo para o dia a dia. Assim, podemos
com interesse, esforço e empatia, ampliar conhecimento sobre o cuidado, conhecer
mais sobre a saúde de si mesmo e da população e obter aprendizagem do cuidado
de enfermagem na prática. Além disso, vejo como ponto positivo do meu curso o
sucesso de aprender mais que garante um ótimo conhecimento, tanto na prática e
na teoria e proporciona um vasto conhecimento em relação à saúde.

QUADRO 23 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 7 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 4): CORPO DOCENTE ESTRUTURADO E INFRAESTRUTURA
Sujeito ECH IC
Sujeito 5 ECH 2 - ... laboratório com IC 2 – Infraestrutura
equipamentos, biblioteca com
vários livros de enfermagem...
Sujeito 16 ECH 2 - ... laboratório e IC 2 – Infraestrutura
ferramentas necessárias para a
aprendizagem...
Sujeito 24 ECH 2 - ... laboratórios IC 2 - Infraestrutura
apropriados....
Sujeito 37 ECH 2 - ... informação e IC 2 - Corpo docente
suporte dos nossos estruturado
professores...
FONTE: O autor (2019)
DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 7
(pertencente à Categoria de tratamento 4):

Os pontos positivos do meu curso é que temos informação e suporte de


nossos professores, além de laboratórios apropriados com equipamentos e
ferramentas necessárias para a aprendizagem e biblioteca com vários livros de
enfermagem.
76

3.1.5 Categoria de tratamento 5 – Pontos negativos do curso (referente à


questão 14 – Quais os pontos negativos do seu curso?).

O Quadro 24 mostra as Expressões-Chave (ECH's) e suas respectivas Ideias


Centrais (IC’s) extraídas das respostas dos sujeitos para a questão 14 e são
apresentados os trechos originais obtidos dos questionários aplicados sem
alterações. Ressalta-se que em alguns sujeitos notou-se mais de uma ECH que
foram transcritas segundo a ordem encontrada no discurso, o que não significa que
terão a mesma IC, pois pode ocorrer de as ECH's possuírem IC's diferentes. Optou-
se também por deixar as ECH’s e os Discursos do Sujeito Coletivo em itálico para
dar maior destaque.

QUADRO 24 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO
14
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... carga horária de IC – Carga horária extensa de
estágio um pouco extensa... curso e estágios.
Sujeito 2 ECH 1 - ... Carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa de
estágios são muitas... curso e estágios.
Sujeito 3 ECH 1 - ... tempo para IC 1 – Carga horária extensa dos
realização de trabalho devido estágios.
aos estágios que temos durante
o dia...
Sujeito 4 ECH 1 - ... é muito complicado IC 1- Dificuldade em conciliar
pra quem trabalha... curso e trabalho
Sujeito 5 ECH 1 - ... quem trabalha não IC 1- Dificuldade em conciliar
pode sair do serviço para poder curso e trabalho
ir aos estágios...
Sujeito 6 ECH 1 - ...carga horária IC 1 – Carga horária extensa do
pesada... curso.
ECH 2 - ... muitas horas de IC 2 - Carga horária extensa dos
estágio... estágios.
ECH 3 - ... difícil trabalhar... IC 3 - Dificuldade em conciliar
curso e trabalho.
Sujeito 7 DESCARTADO -
Sujeito 8 ECH 1 - ... carga horária de IC 2 - Carga horária extensa dos
estágios é muito intensa... estágios.
Sujeito 9 ECH 1- ...acho a carga horária IC 1 – Carga horária extensa do
extensa... curso.
ECH 2 - ... é muito puxado IC 2 - Dificuldade em conciliar
trabalho e estágio... curso e estágio.
Sujeito 10 ECH 1 - ... Poucas aulas IC 1 – Curso cansativo.
práticas...
Sujeito 11 ECH 1 - ... carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios... estágios.
77

Sujeito 12 ECH 1 - ... carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios... estágios.
ECH 2 - ... pra quem trabalha e IC 2 - Dificuldade em conciliar
tem filhos fica muito difícil de curso, família e trabalho.
conciliar...
Sujeito 13 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágio muito extensa... estágios.

Sujeito 14 DESCARTADO -
Sujeito 15 ECH 1 - ... governo que não IC 1 – Infraestrutura, transporte e
fornece uma merenda materiais.
adequada, transportes e
materiais...
Sujeito 16 ECH 1- ... carga horária de IC 1 - Carga horária extensa de
estágio muito longa, matérias curso e estágios.
muito extensas... IC 2 - Dificuldade em conciliar
ECH 2 - ... não conseguir curso e trabalho.
conciliar trabalho com curso...
Sujeito 17 DESCARTADO -
Sujeito 18 ECH 1 - ... Nenhum... IC 1 – Estou satisfeito com o
ECH 2 - ... ser um pouco curso.
distante... IC 2 – Distância do campus
ECH 3 - ... ser um pouco ofertante.
desvalorizada essa profissão... IC 3 – Desvalorização da
profissão.
Sujeito 19 ECH 1 - ...carga horária se IC 1 - Dificuldade em conciliar
torna pesada para quem curso e trabalho.
trabalha...
Sujeito 20 ECH 1 - ...desvalorização... IC 1 – Desvalorização da
profissão.
Sujeito 21 ECH 1 - ... A carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios é muito grande... estágios
ECH 2 - ... muitas matérias para IC 1 – Carga horária extensa do
pouco tempo de estudo... curso.
Sujeito 22 DESCARTADO -
Sujeito 23 ECH 1 - ...Não vejo nenhum... IC 1 – Estou satisfeito com o
curso.
Sujeito 24 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágio muito alta... estágios.
ECH 2 - ... muitas disciplinas... IC 2 – Carga horária extensa do
curso.
Sujeito 25 ECH 1 - ... Muitas horas de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágio... estágios.
Sujeito 26 ECH 1 - ... Os estágios... IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios.
Sujeito 27 ECH 1 - ... Ainda não IC 1 – Estou satisfeito com o
encontrei... curso.
Sujeito 28 DESCARTADO -
Sujeito 29 ECH 1 - ... trabalho, que é um IC 1 - Dificuldade em conciliar
pouco difícil conciliar com curso e trabalho.
curso...
Sujeito 30 DESCARTADO -
78

Sujeito 31 ECH 1 - ...Desgaste demasiado IC 1 - Carga horária extensa de


por estágios e aulas... curso e estágios.
ECH 2 - ... sobrecarga devido a IC 2 – Distância do campus
morar em outra cidade... ofertante.
Sujeito 32 ECH 1 - ... No curso nenhum... IC 1 – Estou satisfeito com o
ECH 2 - ... o técnico é muito curso.
desvalorizado... IC 2 – Desvalorização da
profissão.
Sujeito 33 ECH 1 - ... O técnico em IC 1 – Desvalorização da
enfermagem não é valorizado... profissão
Sujeito 34 ECH 1 - ... Cansaço... IC 1 – Curso cansativo.
ECH 1 - ...a distância... IC 2 – Distância do campus
ofertante.
Sujeito 35 DESCARTADO -
Sujeito 36 ECH 1 - ... custo com ônibus... IC 1 – Transporte.
ECH 2 - ...sobrecarga... IC 2- Curso cansativo.
Sujeito 37 ECH 1 - ... Os gastos... IC 1 – Questões financeiras.
ECH 2 - ... o curso em si é bem IC 2 - Curso cansativo.
desgastante...
Sujeito 38 ECH 1 - ... Estágios... IC 1 – Carga horária extensa de
ECH 2 - ... gasto elevado com curso e estágios.
produtos necessários para o IC 2 – Questões financeiras
curso... IC 3 – Curso cansativo.
ECH 3 - ... aulas à noite que
muitas vezes causa um
desgaste extremo...
Sujeito 39 SEM RESPOSTA -
Sujeito 40 ECH 1 - ... Desgastante, turma IC 1 - Curso cansativo.
cheia... IC 1 - Carga horária extensa dos
ECH 2 - ... estágios... estágios.
Sujeito 41 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios excessiva... estágios.
Sujeito 42 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágios excessiva... estágios.
Sujeito 43 ECH 1 - ... A distância é um IC 1 – Distância.
obstáculo para conciliar o I C 2 – Curso cansativo.
estágio com o curso ...
ECH 2 - ... bastante cansativa...
Sujeito 44 ECH 1 - ... Cansativo, IC 1 – Curso cansativo.
sobrecarga de tarefas... IC 2 - Dificuldade em conciliar
ECH 2 - ... quase impossível curso e trabalho.
conciliar trabalhar e curso...
Sujeito 45 ECH 1 - ... custo com as IC 1 – Questões financeiras.
passagens...
Sujeito 46 ECH 1 - ...Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa dos
estágio... estágios.
ECH 2 - ... sobrecarga do I C 2 – Curso cansativo.
curso...
Sujeito 47 ECH 1 - ... conciliar os estágios IC 1 - Dificuldade em conciliar
com o curso principalmente pra curso e estágios.
quem mora em outra cidade...
Sujeito 48 ECH 1 - ... sobrecarga de IC 1 – Sobrecarga e dificuldade
79

estágio que dificulta conciliar em conciliar curso e estágios.


com um trabalho, dificuldade de
repor estágio perdido...
Sujeito 49 DESCARTADO -
Sujeito 50 ECH 1 - ... curso bem IC 1 – Curso cansativo.
cansativo... IC 2 – Carga horária extensa dos
ECH 2 - ... carga horária de estágios.
estágio é muito grande IC 3 - Sobrecarga e dificuldade
ECH 3 - ... difícil de conciliar em conciliar curso e estágios.
estágio e aula...
FONTE: O autor (2019)

Destarte, da análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas seis
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Carga horária extensa do curso e dos estágios
Categoria 2 – Dificuldade em conciliar curso, trabalho, estágio e família
Categoria 3 – Curso cansativo
Categoria 4 – Desvalorização da profissão
Categoria 5 – Questões financeiras, infraestrutura, transporte e distância do campus
ofertante
Categoria 6 – Estou satisfeito com o curso
Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria:

QUADRO 25 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 5): CARGA HORÁRIA EXTENSA DO CURSO E DOS ESTÁGIOS
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 - ... carga horária de IC – Carga horária extensa de
estágio um pouco extensa... curso e estágios.
Sujeito 2 ECH 1 - ... Carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa de
estágios são muitas... curso e estágios.
Sujeito 3 ECH 1 - ... tempo para IC 1 – Carga horária extensa
realização de trabalho devido dos estágios.
aos estágios que temos durante
o dia...
Sujeito 6 ECH 1 - ...carga horária IC 1 – Carga horária extensa do
pesada... curso.
Sujeito 6 ECH 2 - ... muitas horas de IC 2 - Carga horária extensa
estágio... dos estágios.
Sujeito 8 ECH 1 - ... carga horária de IC 2 - Carga horária extensa
estágios é muito intensa... dos estágios.
Sujeito 9 ECH 1- ...acho a carga horária IC 1 – Carga horária extensa do
extensa... curso.
Sujeito 11 ECH 1 - ... carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa
estágios... dos estágios.
Sujeito 12 ECH 1 - ... carga horária dos IC 1 - Carga horária extensa
estágios... dos estágios.
Sujeito 13 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa
estágio muito extensa... dos estágios.
Sujeito 16 ECH 1- ... carga horária de IC 1 - Carga horária extensa de
80

estágio muito longa, matérias curso e estágios.


muito extensas...
Sujeito 21 ECH 1 - ... A carga horária de IC 1 - Carga horária extensa
estágios é muito grande... dos estágios.
Sujeito 21 ECH 2 - ... muitas matérias IC 1 – Carga horária extensa do
para pouco tempo de estudo... curso.
Sujeito 24 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa
estágio muito alta... dos estágios.
Sujeito 24 ECH 2 - ... muitas disciplinas... IC 2 – Carga horária extensa do
curso.
Sujeito 25 ECH 1 - ... Muitas horas de IC 1 - Carga horária extensa
estágio... dos estágios.
Sujeito 26 ECH 1 - ... Os estágios... IC 1 - Carga horária extensa
dos estágios.
Sujeito 31 ECH 1 - Desgaste demasiado IC 1 - Carga horária extensa de
por estágios e aulas... curso e estágios
Sujeito 38 ECH 1 - ... Estágios... IC 1 – Carga horária extensa de
curso e estágios.
Sujeito 40 ECH 2 - ... estágios IC 1 - Carga horária extensa
dos estágios.
Sujeito 41 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa
estágios excessiva... dos estágios.
Sujeito 42 ECH 1 - ... Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa
estágios excessiva... dos estágios.
Sujeito 46 ECH 1 - ...Carga horária de IC 1 - Carga horária extensa
estágio... dos estágios.
Sujeito 50 ECH 2 - ... carga horária de IC 2 – carga horária extensa
estágio é muito grande dos estágios.

FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 1


(pertencente à Categoria de tratamento 5):

Os pontos negativos do meu curso são os estágios, muitas disciplinas e a


carga horária pesada. A carga horária de estágio é um pouco extensa, longa e muito
intensa, são muitas horas, muitas matérias para pouco tempo de estudo, o que
causa desgaste demasiado por estágios e aulas. Além da carga horária de estágios
excessiva e muito grande e matérias muito extensas, falta tempo para realização de
trabalho devido aos estágios que temos durante o dia.

QUADRO 26 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 5): DIFICULDADE EM CONCILIAR CURSO, TRABALHO, ESTÁGIO E FAMÍLIA
Sujeito ECH IC
Sujeito 4 ECH 1 - ... é muito complicado IC 1- Dificuldade em conciliar
pra quem trabalha... curso e trabalho.
Sujeito 5 ECH 1 - ... quem trabalha não IC 1- Dificuldade em conciliar
pode sair do serviço para poder curso e trabalho.
ir aos estágios...
81

Sujeito 6 ECH 3 - ... difícil trabalhar... IC 3 - Dificuldade em conciliar


curso e trabalho.
Sujeito 9 ECH 2 - ... é muito puxado IC 2 - Dificuldade em conciliar
trabalho e estágio... curso e estágio.
Sujeito 12 ECH 2 - ... pra quem trabalha e IC 2 - Dificuldade em conciliar
tem filhos fica muito difícil de curso, família e trabalho
conciliar...
Sujeito 16 ECH 2 - ... não conseguir IC 2 - Dificuldade em conciliar
conciliar trabalho com curso... curso e trabalho.
Sujeito 19 ECH 1 - ...carga horária se IC 1 - Dificuldade em conciliar
torna pesada para quem curso e trabalho.
trabalha...
Sujeito 29 ECH 1 - ... trabalho, que é um IC 1 - Dificuldade em conciliar
pouco difícil conciliar com curso e trabalho.
curso...
Sujeito 44 ECH 2 - ... quase impossível IC 2 - Dificuldade em conciliar
conciliar trabalhar e curso... curso e trabalho.
Sujeito 47 ECH 1 - ... conciliar os estágios IC 1 - Dificuldade em conciliar
com o curso principalmente pra curso e estágios.
quem mora em outra cidade...
Sujeito 48 ECH 1 - ... sobrecarga de IC 1 – Sobrecarga e dificuldade
estágio que dificulta conciliar em conciliar curso e estágios.
com um trabalho, dificuldade de
repor estágio perdido...
Sujeito 50 ECH 3 - ... difícil de conciliar IC 3 - Sobrecarga e dificuldade
estágio e aula... em conciliar curso e estágios.
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 2


(pertencente à Categoria de tratamento 5):

Os pontos negativos do meu curso se dão porque o mesmo é muito


complicado para quem trabalha, pois não se pode sair do serviço para poder ir aos
estágios, assim é difícil trabalhar. É muito puxado trabalho e estágio, conciliar
estágio e aula, trabalho com o curso. Quase impossível. Pra quem trabalha e tem
filhos, principalmente quem mora em outra cidade, fica muito difícil conciliar, uma vez
que a carga horária se torna pesada e há uma sobrecarga de estágio que dificulta
conciliar com um trabalho e também dificuldade de repor estágio perdido.

QUADRO 27 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 5): CURSO CANSATIVO
Sujeito ECH IC
Sujeito 10 ECH 1 - ... Poucas aulas IC 1 – Curso cansativo.
práticas...
Sujeito 34 ECH 1 - ... Cansaço... IC 1 – Curso cansativo.
Sujeito 36 ECH 2 - ...sobrecarga... IC 2- Curso cansativo.
Sujeito 37 ECH 2 - ... o curso em si é bem IC 2 - Curso cansativo.
desgastante...
Sujeito 38 ECH 3 - ... aulas à noite que IC 3 – Curso cansativo.
82

muitas vezes causa um


desgaste extremo...
Sujeito 40 ECH 1 - ... Desgastante, turma IC 1 - Curso cansativo.
cheia...
Sujeito 43 ECH 2 - ... bastante cansativa... I C 2 – Curso cansativo.
Sujeito 44 ECH 1 - ... Cansativo, IC 1 – Curso cansativo.
sobrecarga de tarefas...
Sujeito 46 ECH 2 - ... sobrecarga do I C 2 – Curso cansativo.
curso...
Sujeito 50 ECH 1 - ... curso bem IC 1 – Curso cansativo.
cansativo...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 3


(pertencente à Categoria de tratamento 5):

Os pontos negativos do meu curso são poucas aulas práticas, com aulas à
noite que muitas vezes causa um desgaste extremo, cansaço e sobrecarga. Em si é
bem cansativo, desgastante, turma cheia e a sobrecarga do curso e de tarefas é
bastante cansativa.

QUADRO 28 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 5): DESVALORIZAÇÃO DA PROFISSÃO
Sujeito ECH IC
Sujeito 18 ECH 3 - ... ser um pouco IC 3 – Desvalorização da
desvalorizada essa profissão... profissão.
Sujeito 20 ECH 1 -... desvalorização... IC 1 – Desvalorização da
profissão.
Sujeito 32 ECH 2 - ... o técnico é muito IC 2 – Desvalorização da
desvalorizado... profissão.
Sujeito 33 ECH 1 - ... O técnico em IC 1 – Desvalorização da
enfermagem não é valorizado... profissão.

FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 4


(pertencente à Categoria de tratamento 5):

Os pontos negativos do meu curso estão na desvalorização, pois o técnico é


muito desvalorizado, e devido ser um pouco desvalorizada essa profissão, o técnico
em enfermagem não é valorizado.
83

QUADRO 29 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 5 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 5): QUESTÕES FINANCEIRAS, INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE E DISTÂNCIA
DO CAMPUS OFERTANTE
Sujeito ECH IC
Sujeito 15 ECH 1 - ... governo que não IC 1 – Infraestrutura, transporte
fornece uma merenda e materiais.
adequada, transportes e
materiais...
Sujeito 18 ECH 2 - ... ser um pouco IC 2 – Distância do campus
distante... ofertante.
Sujeito 31 ECH 2 - ... sobrecarga devido a IC 2 – Distância do campus
morar em outra cidade... ofertante
Sujeito 34 ECH 1 - ...a distância... IC 2 – Distância do campus
ofertante.
Sujeito 36 ECH 1 - ... custo com ônibus... IC 1 – Transporte.
Sujeito 37 ECH 1 - ... Os gastos... IC 1 – Questões financeiras.
Sujeito 38 ECH 2 - ... gasto elevado com IC 2 – Questões financeiras.
produtos necessários para o
curso...
Sujeito 43 ECH 1 - ... A distância é um IC 1 – Distância.
obstáculo para conciliar o
estágio com o curso ...
Sujeito 45 ECH 1 - ... custo com as IC 1 – Questões financeiras.
passagens...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 5


(pertencente à Categoria de tratamento 5):

Os pontos negativos do meu curso são a distância, os gastos e a sobrecarga


devido a morar em outra cidade. Além disso, o governo que não fornece uma
merenda adequada, transportes e materiais, o gasto elevado com produtos
necessários para o curso, custo com passagens, com ônibus por ser um pouco
distante; e também a distância é um obstáculo para conciliar estágio com o curso.

QUADRO 30 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 6 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 5): ESTOU SATISFEITO COM O CURSO
Sujeito ECH IC
Sujeito 18 ECH 1 - ... Nenhum... IC 1 – Estou satisfeito com o
curso.
Sujeito 23 ECH 1 - ...Não vejo nenhum... IC 1 – Estou satisfeito com o
curso.
Sujeito 27 ECH 1 - ... Ainda não IC 1 – Estou satisfeito com o
encontrei... curso.
Sujeito 32 ECH 1 - ... No curso nenhum... IC 1 – Estou satisfeito com o
curso.
FONTE: O autor (2019)
84

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 6


(pertencente à Categoria de tratamento 5):

Nenhum. No curso não vejo e ainda não encontrei nenhum.

3.1.6 Categoria de tratamento 6 – Expectativas em relação ao curso (referente


à questão 15 – Quais as suas expectativas em relação à profissão de
Técnico em Enfermagem?).

O Quadro 31 mostra as Expressões-Chave (ECH's) e suas respectivas Ideias


Centrais (IC’s) extraídas das respostas dos sujeitos para a questão 15 e são
apresentados os trechos originais obtidos dos questionários aplicados sem
alterações. Ressalta-se que em alguns sujeitos notou-se mais de uma ECH que
foram transcritas segundo a ordem encontrada no discurso, o que não significa que
terão a mesma IC, pois pode ocorrer de as ECH's possuírem IC's diferentes. Optou-
se também por deixar as ECH’s e os Discursos do Sujeito Coletivo em itálico para
dar maior destaque.

QUADRO 31 - ECH’S E IC’S EXTRAÍDAS DAS RESPOSTAS DOS SUJEITOS PARA A QUESTÃO
15
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 – ... aprofundar na área de IC 1 – Aprofundar na área da
saúde, como ter o preparo para o saúde.
cuidado com técnica... IC 2 – Prosseguir estudos.
ECH 2 - ... cursar após o Técnico em
Enfermagem a Nutrição, pois
considero que é de extrema
importância para a saúde, como a
prevenção...
Sujeito 2 ECH 1 - ... Trabalhar na área... IC 1 – Trabalhar na área.
ECH 2 - ... prestar cuidado IC 2 – Prestar cuidado
humanizado... humanizado às pessoas.
Sujeito 3 ECH 1 - ... poderei atuar nas mais IC 1 – Diversidade de atuação.
diversas áreas de trabalho, desde
hospitais à escolas...
Sujeito 4 ECH 1 - ...estudar para algum IC 1 – Inserir-se no serviço
concurso público... público.
Sujeito 5 ECH 1 - ... Conseguir um serviço na IC 1 – Trabalhar na área.
área...
Sujeito 6 ECH 1 - ... Ser uma boa profissional... IC 1 – Ser um bom profissional
ECH 2 - ... poder ajudar todas as da área.
pessoas... IC 2 – Ajudar o próximo.
Sujeito 7 ECH 1 - ... Me empregar rapidamente IC 1– Atuar na área.
na área... IC 2 – Inserir-se no serviço
ECH 2 - ... um cargo público... público.
85

Sujeito 8 ECH 1 - ... me dedicar mais nos IC 1 – Ajudar o próximo.


cuidados com os idosos, pois são
quem mais precisa de ajuda...
Sujeito 9 ECH1 - ... Exercer a profissão... IC 1 – Atuar na área.
ECH 2- ... ajudar minha família... IC 2 – Ajudar a família.
Sujeito 10 ECH 1 - ...profissional bem IC 1 – Ser um bom profissional.
capacitado... IC 2 – Ajudar o próximo.
ECH 2 - ... ajudar e ouvir aqueles que
precisam...
Sujeito 11 ECH 1 - ... poder ajudar alguém, IC 1 – Ajudar o próximo.
poder fazer os pacientes alegres...
Sujeito 12 ECH 1 - ... Ser uma boa Técnica em IC 1 – Ser um bom profissional.
Enfermagem... IC 2 – Atuar na área.
ECH 2 - ... ter um emprego... IC 3 – Ajudar o próximo.
ECH 3 - ... poder ajudar o próximo...
Sujeito 13 ECH 1 - ... consiga exercer a IC 1 – Atuar na área.
profissão...
Sujeito 14 ECH 1 - ... Formar e trabalhar na IC 1 - Atuar na área.
área...
Sujeito 15 ECH 1 - ... fazer o que sempre quis... IC 1 – Realização pessoal.
ECH 2 - ... ser um ótimo profissional... IC 2 – Ser um bom profissional.
Sujeito 16 ECH 1 - ... que eu consiga cuidar e IC 1 – Ajudar o próximo.
ajudar a muitas pessoas...
Sujeito 17 ECH 1 - ... ser uma profissional IC 1 – Ser um bom profissional.
capacitada... IC 2 – Ajudar o próximo.
ECH 2 - saber ouvir e ajudar...
Sujeito 18 ECH 1 - ... crescer como um ótimo IC 1 – Ser um bom profissional.
profissional...
Sujeito 19 ECH 1 - ... ajudar muitas pessoas... IC 1 – Ajudar as pessoas.
Sujeito 20 ECH 1 - ... ser uma excelente IC 1 – Ser um bom profissional.
profissional... IC 2 – Inserir-se no serviço
ECH 2 - ... passar em um concurso público.
público... IC 3 – Aprofundar na área da
ECH 3 - ... aprender a cada dia mais... saúde.
ECH 4 - ... cuidando da dor do IC 4 – Ajudar o próximo.
próximo e ajudando no que estiver ao
meu alcance...
Sujeito 21 ECH 1 - ... me formar e exercer na IC 1 – Trabalhar na área.
área... IC 2 – Prosseguir estudos.
ECH 2 - ... fazer o curso superior de
enfermagem...
Sujeito 22 ECH 1 - ... Trabalhar na área... IC 1 – Trabalhar na área.
ECH 2- ... contribuir ativamente na IC 2 - Ajudar o próximo.
promoção, prevenção e recuperação
dos nossos pacientes...
Sujeito 23 ECH 1 - ... Melhorar em alguns IC 1 – Aprofundar na área da
pontos... saúde.
Sujeito 24 ECH 1 - ... não pretendo continuar na IC 1 – Não prosseguir na área.
área...
Sujeito 25 ECH 1 - ... trabalhar na área... IC 1 – Atuar na área.
Sujeito 26 ECH 1 - ...Conseguir uma profissão... IC 1– Atuar na área.
86

Sujeito 27 DESCARTADO -
Sujeito 28 ECH 1 - ...Não ser mais um IC 1 – Ser um bom profissional.
profissional no mercado, e sim um
profissional qualificado e
humanizado...
Sujeito 29 ECH 1 - ... Ter um bom trabalho... IC 1 – Atuar na área.
ECH 2- ... ser uma grande IC 2 – Ser um bom profissional.
profissional... IC 3 – Ter retorno financeiro.
ECH 3 - ...ser valorizada em questão
salarial...
Sujeito 30 ECH 1 - ... profissional bem aceito na IC 1 – Ser valorizado
sociedade socialmente.
Sujeito 31 ECH 1 - ... Ampliar as oportunidades IC 1 – Diversidade de atuação.
de emprego...
Sujeito 32 ECH 1 - ... Arrumar um emprego IC 1 – Atuar na área.
nessa área...
Sujeito 33 ECH 1 - ... Formar e trabalhar... IC 1 – Atuar na área.
Sujeito 34 ECH 1 - ... Ser um bom profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
ECH 2 - ... atuar na profissão... IC 2 – Atuar na área.
ECH 3 - ... ajudar a quem precisa... IC 3 – Ajudar o próximo.
Sujeito 35 ECH 1 - ... Ajudar as pessoas... IC 1 – Ajudar o próximo.
ECH 2 - ... ser um bom ser humano... IC 2 – Ser uma pessoa melhor.
ECH 3 - ... empregar na área... IC 3 – Atuar na área.
Sujeito 36 ECH 1 - ... Um bom serviço... IC 1 – Atuar na área.
ECH 2 -...aprimorar meus IC 2 – Aprofundar na área da
conhecimentos... saúde.
ECH 3 - ... mais formações e IC 3 – Prosseguir os estudos.
especializações...
Sujeito 37 ECH 1 - ... Ser um bom profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
Sujeito 38 ECH 1 - ... o cuidado mais IC 1- Prestar cuidado
humanizado aos pacientes, a humanizado às pessoas.
utilização de novos métodos que IC 2 – Valorização profissional.
ajudem no bem-estar dos pacientes... IC 3 – Atuar na área.
ECH 2 - ... que essa profissão seja
mais valorizada...
ECH 3 - ... colocar em prática todos
os meus ensinamentos...
Sujeito 39 ECH 1 - ... Conseguir um trabalho na IC 1 – Atuar na área.
área...
Sujeito 40 ECH 1 - ... poder cuidar de quem IC 1 – Ajudar o próximo.
precisa... IC 2 – Aprofundar na área da
ECH 2 - ... enriquecer meus saúde.
conhecimentos...
Sujeito 41 ECH 1 - ... Ser um bom profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
ECH 2 - ... ser mais valorizado... IC 2 – Valorização profissional.
Sujeito 42 ECH 1 - ... ser um ótimo profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
ECH 2 - ... fazer um curso superior... IC 2 – Prosseguir estudos.

Sujeito 43 ECH 1 - ... Arrumar um emprego na IC 1 – Trabalhar na área.


área... IC 2 – Valorização profissional.
ECH 2 - ... ser respeitado e
valorizado...
87

Sujeito 44 ECH 1 - ... Conseguir um emprego... IC 1 – Atuar na área.


ECH 2 - ... continuar os estudos, IC 2 – Prosseguir estudos.
realizando assim o sonho de cursar o
superior...
Sujeito 45 ECH 1 - ... fazer superior... IC 1 – Prosseguir estudos.
Sujeito 46 ECH 1 - ... Ser um bom profissional... IC 1 – Ser um bom profissional.
ECH 2 - ... trabalhar na área... IC 2 – Atuar na área.
ECH 3 - ... fazer um curso superior na IC 3 – Prosseguir estudos.
área...
Sujeito 47 ECH 1 - ... alcançar novos objetivos... IC 1 – Trilhar novos caminhos.
Sujeito 48 ECH 1 - ... entrar no mercado de IC 1 – Conseguir um trabalho.
trabalho...
Sujeito 49 ECH 1 - ... levar essa profissão para a IC 1 – Atuar na área.
vida...
Sujeito 50 ECH 1 - ... Exercer a profissão... IC 1 – Atuar na área.
ECH 2 - ... fazer um curso superior na IC 2 – Prosseguir estudos.
área da saúde...
FONTE: O autor (2019)

Destarte, da análise das ECH's e das IC's puderam ser emergidas onze
categorias de conjunto homogêneo que são:
Categoria 1 – Aprofundar na área da saúde
Categoria 2 – Prosseguir os estudos
Categoria 3 – Trabalhar na área
Categoria 4 – Ajudar e prestar cuidado humanizado às pessoas, ao próximo e à
família
Categoria 5 – Ter diversidade de atuação e trilhar novos caminhos
Categoria 6 – Inserir-se no serviço público
Categoria 7 – Ser um bom profissional
Categoria 8 – Realização pessoal
Categoria 9 – Não prosseguir na área
Categoria 10 – Valorização profissional e retorno financeiro
Categoria 11 – Ser uma pessoa melhor e valorizada socialmente na profissão

Seguem abaixo os DSC’s construídos a partir de cada categoria:

QUADRO 32 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 1 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): APROFUNDAR NA ÁREA DA SAÚDE
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 1 – ... aprofundar na área IC 1 – Aprofundar na área da
de saúde, como ter o preparo saúde
para o cuidado com técnica...
88

Sujeito 20 ECH 3 - ... aprender a cada dia IC 3 – Aprofundar na área da


mais...] saúde
Sujeito 23 ECH 1 - ... Melhorar em alguns IC 1 – Aprofundar na área da
pontos... saúde

Sujeito 36 ECH 2 - ... aprimorar meus IC 2 – Aprofundar na área da


conhecimentos... saúde

Sujeito 40 ECH 2 - ... enriquecer meus IC 2 – Aprofundar na área da


conhecimentos... saúde
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 1


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Minhas expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem são


aprimorar e enriquecer meus conhecimentos. Melhorar em alguns pontos, pois é
preciso aprender a cada dia mais e aprofundar na área da saúde, como ter o
preparo para o cuidado com técnica.

QUADRO 33 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 2 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): PROSSEGUIR OS ESTUDOS
Sujeito ECH IC
Sujeito 1 ECH 2 - ... cursar após o IC 2 – Prosseguir estudos
Técnico em Enfermagem a
Nutrição, pois considero que é
de extrema importância para a
saúde, como a prevenção...
Sujeito 21 ECH 2 - ... fazer o curso IC 2 – Prosseguir estudos
superior de enfermagem...
Sujeito 36 ECH 3 - ... mais formações e IC 3 – Prosseguir os estudos
especializações...
Sujeito 42 ECH 2 - ... fazer um curso IC 2 – Prosseguir estudos
superior...
Sujeito 44 ECH 2 - ... continuar os IC 2 – Prosseguir estudos
estudos, realizando assim o
sonho de cursar o superior...
Sujeito 45 ECH 1 - ... fazer superior... IC 1 – Prosseguir estudos

Sujeito 46 ECH 3 - ... fazer um curso IC 3 – Prosseguir estudos


superior na área...
Sujeito 50 ECH 2 - ... fazer um curso IC 2 – Prosseguir estudos
superior na área da saúde...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 2


(pertencente à Categoria de tratamento 6):
89

Minhas expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem são


fazer mais formações e especializações e fazer um curso superior na área da saúde.
Fazer curso superior na área de enfermagem ou cursar após o Técnico em
Enfermagem a Nutrição, pois considero que é de extrema importância para a saúde,
como a prevenção. Enfim, continuar os estudos, realizando assim o sonho de cursar
o superior.

QUADRO 34 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 3 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): TRABALHAR NA ÁREA
Sujeito ECH IC
Sujeito 2 ECH 1 - ... Trabalhar na área... IC 1 – Trabalhar na área
Sujeito 5 ECH 1 - ... Conseguir um IC 1 – Trabalhar na área
serviço na área...
Sujeito 7 ECH 1 - ... Me empregar IC 1– Atuar na área
rapidamente na área...
Sujeito 9 ECH1 - ... Exercer a profissão... IC 1 – Atuar na área

Sujeito 12 ECH 2 - ... ter um emprego... IC 2 – Atuar na área


Sujeito 13 ECH 1 - ... consiga exercer a IC 1 – Atuar na área
profissão...
Sujeito 14 ECH 1 - ... Formar e trabalhar IC 1 - Atuar na área
na área...
Sujeito 21 ECH 1 - ... me formar e exercer IC 1 – Trabalhar na área
na área...
Sujeito 22 ECH 1 - ... Trabalhar na área IC 1 – Trabalhar na área
Sujeito 25 ECH 1 - ... trabalhar na área... IC 2 – Atuar na área
Sujeito 26 ECH 1 - ... Conseguir uma IC 1 – Atuar na área
profissão...
Sujeito 29 ECH 1 - ... Ter um bom IC 1 – Atuar na área
trabalho...
Sujeito 32 ECH 1 - ... Arrumar um IC 1 – Atuar na área
emprego nessa área...
Sujeito 33 ECH 1 - ... Formar e trabalhar... IC 1 – Atuar na área
Sujeito 34 ECH 2 - ... atuar na profissão... IC 2 – Atuar na área

Sujeito 35 ECH 3 - ... empregar na área... IC 3 – Atuar na área


Sujeito 36 ECH 1 - ... Um bom serviço... IC 1 – Atuar na área
Sujeito 38 ECH 3 - ... colocar em prática IC 3 – Atuar na área
todos os meus ensinamentos...
Sujeito 39 ECH 1 - ... Conseguir um IC 1 – Atuar na área
trabalho na área...
Sujeito 43 ECH 1 - ... Arrumar um IC 1 – Trabalhar na área
emprego na área...
Sujeito 44 ECH 1 - ... Conseguir um IC 1 – Atuar na área
emprego...
Sujeito 46 ECH 2 - ... trabalhar na área... IC 2 – Atuar na área
Sujeito 48 ECH 1 - ... entrar no mercado IC 1 – Conseguir um trabalho
de trabalho...
Sujeito 49 ECH 1 - ... levar essa profissão IC 1 – Atuar na área
para a vida...
Sujeito 50 ECH 1 - ... Exercer a IC 1 – Atuar na área
profissão...
FONTE: O autor (2019)
90

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 3


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Minhas expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem são


me formar e exercer na área a profissão. Conseguir um trabalho, me empregar
rapidamente na área para colocar em prática todos os meus ensinamentos. Também
um bom serviço, um emprego nessa área, um bom trabalho e que eu consiga
exercer a profissão, atuar e entrar no mercado de trabalho. Enfim quero levar essa
profissão para a vida.

QUADRO 35 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 4 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): AJUDAR E PRESTAR CUIDADO HUMANIZADO ÀS PESSOAS, AO PRÓXIMO E
À FAMÍLIA
Sujeito ECH IC
Sujeito 2 ECH 2 - ... prestar cuidado IC 2 – Prestar cuidado
humanizado... humanizado às pessoas
Sujeito 6 ECH 2 - ... poder ajudar todas IC 2 – Ajudar o próximo
as pessoas...
Sujeito 8 ECH 1 - ... me dedicar mais nos IC 1 – Ajudar o próximo
cuidados com os idosos, pois
são quem mais precisa de
ajuda...
Sujeito 9 ECH 2- ... ajudar minha IC 2 – Ajudar a família
família...
Sujeito 10 ECH 2 - ... ajudar e ouvir IC 2 – Ajudar o próximo
aqueles que precisam...
Sujeito 11 ECH 1 - ... poder ajudar IC 1 – Ajudar o próximo
alguém, poder fazer os
pacientes alegres...
Sujeito 12 ECH 3 - ... , poder ajudar o IC 3 – Ajudar o próximo
próximo...
Sujeito 16 ECH 1 - ... que eu consiga IC 1 – Ajudar o próximo
cuidar e ajudar a muitas
pessoas...
Sujeito 17 ECH 2 - ...saber ouvir e IC 2 – Ajudar o próximo
ajudar...
Sujeito 19 ECH 1 - ... ajudar muitas IC 1 – Ajudar as pessoas
pessoas...
Sujeito 20 ECH 4 - ... cuidando da dor do IC 4 – Ajudar o próximo
próximo e ajudando no que
estiver ao meu alcance...
Sujeito 22 ECH 2- ... contribuir ativamente IC 2 - Ajudar o próximo
na promoção, prevenção e
recuperação dos nossos
pacientes...
Sujeito 34 ECH 3 - ... ajudar a quem IC 3 – Ajudar o próximo
precisa...
Sujeito 35 ECH 1 - ... Ajudar as pessoas... IC 1 – Ajudar o próximo
Sujeito 38 ECH 1 - ... o cuidado mais IC 1- Prestar cuidado
humanizado aos pacientes, a humanizado às pessoas
utilização de novos métodos
91

que ajudem no bem-estar dos


pacientes...
Sujeito 40 ECH 1 - ... poder cuidar de IC 1 – Ajudar o próximo
quem precisa...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 4


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Minhas expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem é


poder ajudar minha família, o próximo e muitas pessoas. Me dedicar mais nos
cuidados com os idosos, pois são quem mais precisa de ajuda. Ouvir aqueles que
precisam, ajudar o próximo cuidando da dor e ajudando no que estiver ao meu
alcance. Poder cuidar de quem precisa, prestar o cuidado mais humanizado aos
pacientes, a utilização de novos métodos que ajudem no bem-estar dos pacientes,
contribuir ativamente na promoção, prevenção e recuperação dos nossos pacientes.
Que eu possa saber ouvir e ajudar, fazer os pacientes alegres e poder ajudar todas
as pessoas.

QUADRO 36 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 5 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): TER DIVERSIDADE DE ATUAÇÃO E TRILHAR NOVOS CAMINHOS
Sujeito ECH IC
Sujeito 3 ECH 1 - ... poderei atuar nas IC 1 – Diversidade de atuação
mais diversas áreas de
trabalho, desde hospitais à
escolas...
Sujeito 31 ECH 1 - ... Ampliar as IC 1 – Diversidade de atuação
oportunidades de emprego...
Sujeito 47 ECH 1 - ... alcançar novos IC 1 – Trilhar novos caminhos
objetivos...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 5


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Minhas expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem são


ampliar as oportunidades de emprego, alcançar novos objetivos e saber que poderei
atuar nas mais diversas áreas de trabalho, desde hospitais à escolas.
92

QUADRO 37 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 6 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): INSERIR-SE NO SERVIÇO PÚBLICO
Sujeito ECH IC
Sujeito 4 ECH 1 - ...estudar para algum IC 1 – Inserir-se no serviço
concurso público... público
Sujeito 7 ECH 2 - ... um cargo público... IC 2 – Inserir-se no serviço
público
Sujeito 20 ECH 2 - ... passar em um IC 2 – Inserir-se no serviço
concurso público... público

FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 6


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Minhas expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem são


estudar para passar em algum concurso público e ter um cargo público.

QUADRO 38 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 7 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): SER UM BOM PROFISSIONAL
Sujeito ECH IC
Sujeito 6 ECH 1 - ... Ser uma boa IC 1 – Ser um bom profissional
profissional... da área
Sujeito 10 ECH 1 - ... profissional bem IC 1 – Ser um bom profissional
capacitado...
Sujeito 12 ECH 1 - ... Ser uma boa IC 1 – Ser um bom profissional
Técnica em Enfermagem...
Sujeito 15 ECH 2 - ... ser um ótimo IC 2 – Ser um bom profissional
profissional...
Sujeito 17 ECH 1 - ... ser uma profissional IC 1 – Ser um bom profissional
capacitada...
Sujeito 18 ECH 1 - ... crescer como um IC 1 – Ser um bom profissional
ótimo profissional...
Sujeito 20 ECH 1 - ... ser uma excelente IC 1 – Ser um bom profissional
profissional...
Sujeito 28 ECH 1 - ... Não ser mais um IC 1 – Ser um bom profissional
profissional no mercado, e sim
um profissional qualificado e
humanizado...
Sujeito 29 ECH 2- ... ser uma grande IC 2 – Ser um bom profissional
profissional...
Sujeito 34 ECH 1 - ... Ser um bom IC 1 – Ser um bom profissional
profissional...
Sujeito 37 ECH 1 - ... Ser um bom IC 1 – Ser um bom profissional
profissional
Sujeito 41 ECH 1 - ... Ser um bom IC 1 – Ser um bom profissional
profissional...
Sujeito 42 ECH 1 - ... ser um ótimo IC 1 – Ser um bom profissional
profissional...
Sujeito 46 ECH 1 - ... Ser um bom IC 1 – Ser um bom profissional
profissional...
FONTE: O autor (2019)
93

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 7


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Minhas expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem são


ser um bom e grande profissional, bem capacitado e um bom Técnico em
Enfermagem. Não ser mais um profissional no mercado e sim um profissional
qualificado e humanizado. Enfim, crescer como um ótimo profissional.

QUADRO 39 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 8 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): REALIZAÇÃO PESSOAL
Sujeito ECH IC
Sujeito 15 ECH 1 - ... fazer o que sempre IC 1 – Realização pessoal
quis...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 8


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Minhas expectativas em relação à profissão de Técnico em Enfermagem é


fazer o que sempre quis.

QUADRO 40 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 9 (PERTENCENTE À CATEGORIA DE


TRATAMENTO 6): NÃO PROSSEGUIR NA ÁREA
Sujeito ECH IC
Sujeito 24 ECH 1 - ... não pretendo IC 1 – Não prosseguir na área
continuar na área...

FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 9


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Não pretendo continuar na área.

QUADRO 41 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 10 (PERTENCENTE À CATEGORIA


DE TRATAMENTO 6): VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E RETORNO FINANCEIRO
Sujeito ECH IC
Sujeito 29 ECH 3 - ... ser valorizada em IC 3 – Ter retorno financeiro
questão salarial...
Sujeito 38 ECH 2 - ... que essa profissão IC 2 – Valorização profissional
seja mais valorizada...
Sujeito 41 ECH 2 - ... ser mais IC 2 – Valorização profissional
94

valorizado...
Sujeito 43 ECH 1 - ... Arrumar um IC 1 – Trabalhar na área
emprego na área
Sujeito 43 ECH 2 - ... ser respeitado e IC 2 – Valorização profissional
valorizado...
FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto homogêneo 10


(pertencente à Categoria de tratamento 6):

Ser mais valorizado em questão salarial e que essa profissão seja também,
assim, arrumar um emprego, ser respeitado e valorizado.

QUADRO 42 - CATEGORIA DE CONJUNTO HOMOGÊNEO 11 (PERTENCENTE À CATEGORIA


DE TRATAMENTO 6): SER UMA PESSOA MELHOR E VALORIZADA SOCIALMENTE NA
PROFISSÃO
Sujeito ECH IC
Sujeito 30 ECH 1 - ... profissional bem IC 1 – Ser valorizado
aceito na sociedade socialmente
Sujeito 35 ECH 2 - ... ser um bom ser IC 2 – Ser uma pessoa melhor
humano

FONTE: O autor (2019)

DSC construído com o conjunto das ECH da categoria de conjunto


homogêneo 11 (pertencente à Categoria de tratamento 6):

Ser um bom ser humano e um profissional bem aceito na sociedade.

3.2 DISCUSSÃO DOS DADOS À LUZ DOS TEÓRICOS DA REPRESENTAÇÃO


SOCIAL

A reunião de discursos-síntese para explicação de determinados


questionamentos se dá através da coleta de dados de uma coletividade respondente
tratados com várias operações até se chegar ao Discurso do Sujeito Coletivo (DSC).
Lefevre e Lefevre (2012) ao trazerem um enfoque qualiquantitativo para a
pesquisa de representação social apontam uma série de ferramentas para que se
possa emergir a materialidade do compartilhamento de ideias entre sujeitos através
da voz coletiva. Nesse sentido os autores interpelam que “o DSC consiste num
conjunto de instrumentos destinados a recuperar e dar a luz às RS, mormente as
que aparecem sob a forma verbal de textos escritos e falados, apresentando tais
95

representações sob a forma de painéis de depoimentos coletivos” (ibidem, p. 23).


Sendo assim existe uma obviedade a ser posta em evidência que é a
necessidade de clarificar a ideia de sujeito, uma vez que a própria concepção
marxista traz que “os homens fazem sua própria história” (MARX, 2011, p. 25).
Isso corrobora a unicidade e subjetividade desse conceito, que aqui transmuta
a individualidade e se rearranja na globalidade, pois ao passo que as opiniões são
diferentes porque vêm de seres com vivências, histórias e constructos inerentes ao
seu lugar de fala e da construção interna de cada ser, ao construir um discurso do
sujeito coletivo os “depoimentos são redigidos na primeira pessoa do singular, com
vistas a produzir no receptor o efeito de uma opinião coletiva expressando-se
diretamente [...] pela “boca” de um único sujeito de discurso” (LEFEVRE; LEFEVRE,
2012, p. 18).
Assim, falar em DSC é esforçar-se num projeto de trazer à tona as
manifestações pessoais que os indivíduos possuem transpostos para a globalidade
do universo participante, ou seja, fazer com que as incógnitas referentes aos
assuntos que geram inquietações sejam trazidas à tona de forma que aquela opinião
não mais represente o individual, mas sim o coletivo num movimento de resgate à
representação daquilo que se pensa.
Não é demais nesse contexto trazer uma significação para o conceito de
representação social (RS) e o que esse conceito pretende agregar nas discussões
agora propostas, pois se despontou uma gama de opiniões coletivas dos alunos do
curso Técnico em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí e não se pode
prescindir da necessidade de trazê-los à tona sob a ótica do que aquilo representa
no seu processo de escolha pelo curso.
Dessa forma, é possível inserir nesse espaço de diálogo uma elucidação
menos complexa do que seria representação social, e é o que pode ser visto nas
palavras de Sêga (2000, p.129) quando descreve que:
A representação é sempre a atribuição da posição que as pessoas
ocupam na sociedade, toda representação social é representação de
alguma coisa ou de alguém. Ela não é cópia do real, nem cópia do
ideal, nem a parte subjetiva do objeto, nem a parte objetiva do
sujeito, ela é o processo pelo qual se estabelece a relação entre o
mundo e as coisas.

Com isso, verifica-se a articulação entre o mundo e as coisas de uma forma


diferente, pois a partir do momento em que se trazem à baila as RS de um
96

determinado grupo sobre algum tema pode-se inferir que dali materializou-se um
depoimento representativo a partir do lugar de fala daqueles sujeitos.
A partir, então, desse florescer de opiniões coletivas através do rigor metódico
da técnica do DSC de Ana Maria Lefevre e Fernando Lefevre aplicada sobre os
depoimentos coletados, percebe-se a necessidade de mais uma etapa de trabalho.
Dessa vez chamando esses discursos para o debate com os teóricos da
representação social, em que é possível perceber de forma qualitativa e quantitativa
a expressão dessas opiniões no questionamento principal da descoberta dos
motivos que levam os alunos a optar pelo curso Técnico em Enfermagem na forma
subsequente.
Qualitativamente segundo Lefevre e Lefevre (2012) as opiniões ganham
corpo na expressão de um discurso e não numa tabulação percentual ou calculista
de dados, e quantitativamente é possível, após a construção dos DSC’s, fazer um
levantamento de intensidade e amplitude, conhecendo o grau de compartilhamento
e de difusão daquelas ideias no campo adotado como lócus de pesquisa.
Para ratificar os conceitos de intensidade e amplitude, os autores
supracitados dizem que a primeira “se refere ao número ou percentual de indivíduos
que contribuíram com suas expressões-chave [...] para a confecção de um dado
Discurso do Sujeito Coletivo” (ibidem, p. 82). Já a segunda “refere à medida da
presença de uma ideia ou representação social considerando o campo ou universo
pesquisado” (ibidem, p. 83).
Deve-se levar em conta, ainda, que quando Lefevre e Lefevre (2012)
referem-se ao percentual de indivíduos na construção de um DSC é relevante
esclarecer que de um mesmo indivíduo pode emergir mais de uma ECH no seu
discurso individual, e consequentemente duas ou mais ECH’s podem não ter IC’s
idênticas. Entretanto essas podem ser complementares e fazerem parte da mesma
categoria de conjunto homogêneo, assim na construção de qualquer discurso podem
aparecer duas ou mais ECH’s do mesmo sujeito, mas para efeito de contagem de
intensidade e amplitude será aferida apenas a quantidade de sujeitos que
contribuíram com as ECH’s na construção do DSC, considerando-os apenas uma
vez para aquele DSC, independentemente de quantas vezes ele apareceu dentro do
discurso.
Em se tratando dos questionamentos propostos, cinco questões de natureza
aberta às quais se elencou primeiramente como categoria de tratamento o porquê
97

da escolha pelo curso Técnico em Enfermagem pelos alunos que nele estão
matriculados. Com isso pôde-se perceber uma gama de respostas individuais, mas
que tratadas metodologicamente originaram vários DSC’s em que se pode observar
a síntese de um tratado coletivo a respeito dessa inquietação enquanto pesquisador
e profissional que acompanha pedagogicamente esse curso.
Com as respostas dos sujeitos, após o trato técnico com a sequência de
passos estabelecidos por Lefevre e Lefevre (2012), materializaram-se nove
discursos-síntese que responderam em maior e menor amplitude e intensidade a
questão proposta e nisso puderam ser resgatadas as representações sociais desses
sujeitos.
Dentre as respostas obtidas para a questão “Porque você escolheu o curso
Técnico em Enfermagem?” (categoria de tratamento 2) três categorias chamaram
atenção por estarem relacionadas com a preocupação com o outro, que foram
“Qualificação para o cuidar”, “Humanização do cuidar” e “Ajuda e cuidado com as
pessoas”, e apesar de possuírem baixas a intensidade e a amplitude conforme os
quadros 2, 3 e 6, despontam uma análise interessante no sentido de que entre
tantas hipóteses possíveis num discurso respondente, emerge também aquelas que
dizem respeito ao olhar pro outro, na perspectiva de humanizar e qualificar-se ainda
mais para poder oferecer um tratamento de qualidade para as pessoas e o interesse
na escolha pelo curso para poder ajudar e cuidar do próximo.
Isso nos faz pensar a respeito de como isso se produz nos sujeitos e como é
possível que diante da variedade de categorias de conjunto homogêneo como
“Influência de familiares” (quadro 4), “Empregabilidade” (quadro 5), “Gosto e
interesse pela área” (quadro 7), “Oportunidade que teve de estudar devido a falta de
condições financeiras” (quadro 8) e “Trabalhar na área” (quadro 9), o indivíduo
enquanto ser social possa levar o seu pensamento e força de trabalho para o
atendimento às demandas do próximo.
Bôas (2004, p. 149) nos traz uma possível explicação para essa abnegação
do próprio ser em favor do outro quando aponta que:
[...] a representação social, portanto, não é apenas produto de
situações cotidianas, mas inclusive de determinações históricas, bem
como da posição social, tanto dos indivíduos no grupo quanto do
próprio grupo, que acaba também influenciando tais situações.

Tal situação nos remete a um retrato de onde esses sujeitos se situam, pois é
preciso levar em conta que a maioria deles se encontra em situação social de
98

vulnerabilidade com maior concentração de famílias com renda de até um salário


mínimo e residência no vale do Jequitinhonha, que historicamente é conhecido como
uma região pauperizada, mas de povo acolhedor e solidário, assim em meio a tantas
necessidades pessoais, ainda se encontra tempo para pensar no bem-estar do
outro.
Percebível é que a maioria dos sujeitos contribuiu na categoria de conjunto
homogêneo “Gosto e interesse pela área” e fica claro diante das análises que nesse
discurso se encontra a maior representatividade da resposta para o porquê da opção
pelo curso técnico subsequente em enfermagem por ter maior intensidade e
amplitude. Assim o discurso construído traz de forma latente os conceitos de
afinidade e interesse que demonstram a proximidade dos alunos com a área do
curso antes mesmo que se desse a garantia de sua entrada nele.
Em contrapartida emergiram-se três categorias de conjunto homogêneo de
menor intensidade e amplitude que tiveram pequena participação dos alunos na
construção do discurso coletivo, mas que merecem destaque por dizer respeito à
humanização do cuidar, influência de familiares e duração e qualidade do curso
(quadros 3, 4 e 10). Essas categorias trazem conceitos de relevância nessa
discussão, pois se percebe também que além de humanizar o cuidar, a questão
familiar como pessoas da família que fizeram o curso e por ser um curso de curta
duração em relação aos outros despertou o interesse em escolhê-lo.
Sendo assim não se pode olvidar uma importante contribuição de Kuenzer
(2009) quando a mesma diz daqueles que não podem esperar até a finalização de
um curso superior para entrada no mercado de trabalho, pois a sua existência não
se dá fora do mundo do trabalho, sendo os cursos pós-médio uma opção para essas
pessoas.
Emerge também na construção dos discursos, três categorias de conjunto
homogêneo que chamam atenção no sentido de que à priori suspeitava-se a senso
comum que a escolha se daria majoritariamente por motivos envoltos nas questões
relacionadas à empregabilidade, a oportunidade de estudar e ao trabalho na área
(quadros 5, 8 e 9). Pelo trato científico, após a coleta dos dados e o tratamento
através da técnica do DSC a percepção se deslocou para o gosto pela área e estas
acabaram aparecendo de forma mais tímida. No entanto, mesmo assim vale a pena
destacá-las, pois, mesmo em menor amplitude e intensidade as categorias
construíram discursos que representam a coletividade.
99

O trabalho na área surgiu como categoria originadora de um discurso coletivo


e trouxe elementos como o acesso à área da saúde em tempos passados e o
conhecimento da excelência da profissão e por isso o desejo de inserir-se como
trabalhador da área. Vale salientar também que a empregabilidade como voz da
coletividade entra como a necessidade de um emprego garantido dentro de uma
região menos favorecida financeiramente e que segundo o discurso construído essa
área possui facilidade para arrumar trabalho.
Outra resposta emergida para o questionamento proposto foi a oportunidade
de estudar devido à falta de condições financeiras. Assim, o curso Técnico em
Enfermagem entra também como uma alternativa àqueles que sempre quiseram
fazer um curso na área da saúde, mas não tinham condições de estudar fora e se
manter, ou até mesmo cursar o ensino superior. Nesse sentido o curso subsequente
se dá num contexto de suprimento à carência financeira que as famílias têm de
oferecer um curso superior em outra localidade, dessa forma prestaram o exame de
seleção e encontraram no IFNMG uma oportunidade de obter uma qualificação
profissional na área pretendida.
Dentre as indagações aos alunos optou-se por levar a fundo, também, quais
as atividades que o Técnico em Enfermagem executa (questão 12 do questionário
aplicado que foi nominada de categoria de tratamento 3) e assim buscar
compreender como eles representam socialmente essas atividades nas atribuições
do profissional da enfermagem. Acredita-se que existe influência direta dessas
atividades com a escolha pelo curso.
Assim, ao emergir nas respostas dos alunos pudemos classificá-las em quatro
categorias de conjunto homogêneo e, já de antemão nota-se uma predominância
dos sujeitos em contribuírem para o discurso coletivo que diz respeito à realização
de procedimentos técnicos e administração de medicamentos (quadro 13). Vale
ressaltar que correspondem a 72% dos alunos respondentes, com alta intensidade e
amplitude dentro do campo pesquisado, dando voz a uma representação bastante
descritiva das atividades cotidianas do profissional Técnico em Enfermagem de
acordo o perfil de conclusão, destacado na 3º edição do Catálogo Nacional dos
Cursos Técnicos (2016, p. 20) do Ministério da Educação, que reza o que um
profissional dessa área técnica deve fazer:
[...] curativos, administração de medicamentos e vacinas,
nebulizações, banho de leito, mensuração antropométrica e
100

verificação de sinais vitais. Auxilia a promoção, prevenção,


recuperação e reabilitação no processo saúde-doença. Prepara o
paciente para os procedimentos de saúde. Presta assistência de
enfermagem a pacientes clínicos e cirúrgicos e gravemente
enfermos. Aplica as normas de biossegurança.

Outrossim, não se pode deixar de lado o que o coletivo diz sobre ser atividade
do técnico o cuidado humanizado com as pessoas ( quadro 12) que em outra
ocasião também aparece resposta semelhante ao que se vê na presente categoria
de tratamento 3. Aqui, o cuidado humanizado aparece como resposta a quais
atividades que o técnico executa e no outro momento (quadro 3) como resposta ao
porquê da escolha do curso técnico. Com isso foi possível perceber que a escolha
também está relacionada com as atribuições profissionais, e nenhum desses
processos, seja o escolher, quanto o exercer a profissão e passar pelo curso no
IFNMG não se dão de forma distanciada um do outro.
O curso e as atribuições profissionais não deixam de ser uma forma de
conexão entre o indivíduo e o ambiente externo, uma vez que escolher se dá
também num processo de representação de como aquilo é visto pelo mundo
exterior. Assim como acreditar que o técnico executa atividades de auxílio aos
outros profissionais de saúde (quadro 14) como enfermeiros e médicos e de
promoção e prevenção na saúde (quadro 15), incluindo orientações na saúde
coletiva e visitas domiciliares, não se dá de forma isolada do entorno social, o que
faz com que a coletividade sintetize nos seus discursos essas opiniões.
Nesse sentido, não há como não deixar de entender que representações mais
uma vez aqui são trazidas na sua subjetividade latente, uma vez que cada sujeito
carrega consigo um conjunto de símbolos e significações pertencentes ao seu
contexto de vivências externas e internas que não permite que o eu interior se
construa de forma alijada do mundo exterior.
É nesse sentido que Patriota (2007) quando elabora uma reflexão sobre as
contribuições da teoria das representações sociais na apreensão da realidade
estabelece uma conexão importante entre sujeitos e contextos, pois ao trazer Serge
Moscovici como construtor da matriz teórica das representações sociais, esclarece
que o mesmo assume um posicionamento radical de que não deve existir
distanciamento entre o interior do sujeito e o mundo externo.
Ainda, segundo a autora supracitada, “são inseparáveis sujeito, objeto e
sociedade” (ibidem, p. 10) nessa teoria de Moscovici, em que estudar
101

representações é entender os motivos de as pessoas fazerem o que sempre fazem


na sua cotidianidade, haja vista o olhar sobre essas realidades que não pode ser
revestido da ótica simplista.
Assim, fazer o que se faz, pensar o que se pensa e acreditar no que se
acredita, apesar de parecerem processos que se explicam a senso comum são
inteiramente carregados de complexidade, uma vez que devemos partir do
pressuposto de que a pluralidade de sujeitos, ideias e vivências se dá de forma a
permitir a coexistência de multiculturalidades. Aqui se pensa de uma forma, ali se
pensa de outra e nenhuma delas tem o poder de anular a outra, pois elas habitam
no mesmo espaço e é na convivência que vão surgindo os pontos de convergência
dentro das diferenças.
A esse respeito Carvalho e Arruda (2008, p. 448) tentam clarificar um pouco o
que se chama de complexo na captura das leituras das representações sociais,
quando enfatizam que as mesmas:
[...] São imagens, palavras, símbolos, ações e expressões [...]
decorrentes das atividades e interações humanas – o ser no mundo
que se faz no tempo. Assim, utilizada como expressão vaga por
diferentes correntes de pensamento, a representação em seus
múltiplos usos torna a coexistência possível (e mesmo impossível),
de acordo com o contexto histórico.

Jodelet (1986, p. 473) quando tenta fazer uma elucidação sobre o fenômeno
da representação social, seu conceito e teoria traz de forma inteligível essa
aproximação entre o sujeito e o contexto histórico, corroborando os autores
supracitados quando interpela que essas representações “antes que nada concierne
a la manera cómo nosotros, sujetos sociales, aprehendemos los acontecimientos de
la vida diária, las características de nuestro medio ambiente, las informaciones que
en él circulan, a las personas de nuestro entorno próximo o lejano.”
Percebível se torna, então, pelos autores acima, que um objetivo muito claro
da representação é tornar a coexistência possível, e quando na situação aqui
exposta, cinquenta sujeitos colocam suas opiniões em alguns questionamentos que
permeiam a descoberta pela escolha do curso Técnico em Enfermagem, é
necessário que a voz desses sujeitos seja colocada em questão, ainda que em
maior ou menor expressão.
Partindo então para uma próxima toada nesse percurso analítico e discursivo,
é preciso levantar alguns pontos que até então se encontravam na obscuridade, pois
102

se entende que levantar motivos de escolha por um determinado itinerário


profissional, requer o conhecimento do que os alunos consideram como pontos
positivos daquela etapa de formação e também os pontos negativos. Assim sendo
elencar-se-á como a coletividade se coloca a esse respeito.
Quando se trata de sujeitos, não se pode esperar uma projeção de respostas
que sejam estimadas por meios exatos de mensuração, uma vez que a subjetividade
é viva e peculiar de cada ser. Assim pontos positivos podem ser levantados nas mais
diversas vertentes pela questão da pluralidade do ser.
Destarte no que se denominou de categoria de tratamento 4, emergiram-se
uma gama de opiniões coletivas sobre as positividades do curso, mas entre elas o
que chamou bastante atenção, sem levar em conta agora a medida quantitativa da
difusão daquela resposta no campo investigado, é notar que mais uma vez se traz à
tona questões como “Empregabilidade” (quadro 17), “Tornar as pessoas mais
humanas” (quadro 20) e “Poder ajudar o próximo” (quadro 21) que cruzam
diretamente com dados discutidos acima quando do questionamento do porque da
escolha pelo curso e de quais atividades que o técnico executa.
Quando se questiona o porquê da escolha pelo curso emerge uma
coletividade dizendo que também se dá pela humanização do ato de cuidar,
empregabilidade, e também para poder ajudar as pessoas (quadros 2, 4 e 5
respectivamente). Aqui, mais uma vez aparecem as mesmas opiniões quando se
pergunta dos pontos positivos do curso, o que denota uma imbricação do processo
de escolha com o olhar daquilo que se enxerga como positivo no processo de
formação técnica e faz emergir uma passagem de Marx (2011) quando diz que a
construção da história de cada ser não se dá sob condições livres e espontâneas,
são predeterminadas principalmente pelas condições materiais.
Assim, materializam-se também discursos coletivos sobre a qualidade do
curso e do ensino (quadro 18) como um ponto positivo, o que caminha em
consonância com o que preza o Projeto Pedagógico do Curso Técnico em
Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí (2018). O projeto aponta o compromisso
da instituição em oferecer para a população do Vale do Jequitinhonha um curso de
qualidade para formar profissionais de alto gabarito para suprir a demanda regional.
Não é a toa que as representações da coletividade dizem da profissionalidade dos
professores, da qualidade da instituição e do ensino, matérias fáceis de entender
tanto da parte prática quanto teórica.
103

Houve ressalto das atividades práticas do curso (quadro 19) serem também
pontos positivos do curso, pois segundo o sujeito coletivo elas são dinâmicas e eles
aprendem tanto na sala quanto nos estágios. Vale salientar também a busca por
conhecimento e aprendizagem (quadro 22) que chama atenção pelo fato de dizer
sobre o abandono de velhas práticas e que com o curso eles puderam aprender a
forma certa de fazer não só em ambiente formal, mas também no dia a dia, e a
estruturação do corpo docente e infraestrutura da instituição (quadro 23) em
consonância do que consideram positivas as informações e suporte recebidos dos
professores e os aparelhos e livros que estão à sua disposição.
A positividade do olhar é trazida conforme a carga social que cada um traz, do
seu entorno e da sua relação consigo mesmo, do contexto social e ideológico, do
lugar de fala do indivíduo (ABRIC, 2001) e de outros tantos fatores que permeiam o
binômio sujeito-sociedade.
O lugar dos alunos do curso Técnico em Enfermagem também permite que
eles tracem um paralelo entre o que é positivo e o que também precisa melhorar e
se considera como ponto negativo do curso. Seis possíveis explicações
materializaram-se na síntese da opinião coletiva na categoria de tratamento 5, como
“Carga horária extensa do curso e dos estágios” (quadro 25), “Dificuldade em
conciliar curso, trabalho, estágio e família” (quadro 26), “Curso cansativo” (quadro
27), “Desvalorização da profissão” (quadro 28), “Questões financeiras, infraestrutura,
transporte e distância do campus ofertante” (quadro 29) e “Estou satisfeito com o
curso” (quadro 30).
A carga horária extensa acaba desmotivando os alunos, pois têm pouco
tempo para dedicar ao curso, são muitas disciplinas e a carga de estágio é longa, o
que acaba tornando o curso cansativo. As aulas à noite causam sobrecarga e acaba
sendo desgastante, e até mesmo indo ao encontro do que foi possível apurar na
categoria de tratamento 1, a análise socioeconômica demonstrou que a maioria do
alunado do curso não trabalha e depende de renda familiar para estadia no curso e
essa renda é predominantemente até um salário mínimo, o que gera suposições de
que boa parte desse alunos precisem ajudar em casa nas tarefas diárias, mas que
não foi esmiuçado aqui.
Falar em curso cansativo e carga horária longa implica em necessariamente
uma dificuldade em conciliá-lo com as outras atividades sociais como trabalho,
família e até mesmo o próprio estágio supervisionado, pois na voz coletiva é
104

complicado pra quem trabalha sair do serviço para ir aos estágios e se perde estágio
é mais difícil ainda repor. Para quem tem filhos a situação é ainda pior, e isso
novamente gera um efeito em cascata, pois ter que fazer estágio, deslocar para o
curso que fica num campus distante, envolve também questões financeiras e de
transporte.
Apontam também a sobrecarga daqueles que moram em outra cidade e os
gastos com transporte e alimentação, pois o governo não supre adequadamente as
necessidades nutricionais desses alunos com merenda adequada. Ademais,
também se leva em conta o gasto com materiais de consumo durante o curso.
Há também aqueles que dizem estar satisfeitos com o curso em menor
amplitude e intensidade e não encontram nenhum ponto negativo e os que
consideram como negativa a desvalorização da profissão, que apesar de ser uma
demanda regional, o Técnico em Enfermagem não é valorizado e a profissão
também.
Como último questionamento proposto na categoria de tratamento 6,
procurou-se deslindar as expectativas em relação à profissão de Técnico em
Enfermagem, e estas foram materializadas na construção da opinião coletiva. Onze
possíveis expectativas carregadas no bojo do alunado e que expressam um pouco
do que os sujeitos, situados no Vale do Jequitinhonha, optantes por um curso na
modalidade subsequente noturno esperam dele.
Discursos como “Aprofundar na área da saúde” (quadro 32), “Prosseguir os
estudos” (quadro 33), “Trabalhar na área” (quadro 34), “Ajudar e prestar cuidado
humanizado às pessoas, ao próximo e à família” (quadro 35), “Ter diversidade de
atuação e trilhar novos caminhos” (quadro 36), “Inserir-se no serviço público”
(quadro 37), “Ser um bom profissional” (quadro 38), “Realização pessoal” (quadro
39), “Não prosseguir na área” (quadro 40), “Valorização profissional e retorno
financeiro” (quadro 41) e “Ser uma pessoa melhor e valorizada socialmente na
profissão” (quadro 42) surgiram nesse contexto representacional como expectativas
em relação ao curso.
Dessa forma não há como deixar de elucidar cada um deles, pois se constitui
peça-chave na construção das representações sociais dos alunos a respeito da
opção pelo curso. Falar de opção significa deixar clara a posição firmada e mantida
por aquele grupo naquele momento histórico sobre determinada situação e,
conforme incita Abric (2001, p. 213):
105

[...] para que una práctica social, aún impuesta, se mantenga, es


necesario todavía que pueda, con el tiempo, ser apropiada, es decir
integrada al sistema de valores, creencias y normas, ya sea
adaptándose a él o transformándolo. Cualquier contradicción entre
las representaciones sociales y las prácticas lleva necesariamente a
la transformación de una u otra.

Logo nota-se que uma prática integrada ao sistema de valores dos sujeitos é
uma forma de representar socialmente determinada crença e o mesmo pode ser
visto quando há coerência entre o que as pessoas fazem e como elas representam
suas ações. Nesse sentido é necessário, aqui, que se torne conhecido que criar
expectativas em relação ao curso é um processo muito subjetivo que diz respeito da
relação do indivíduo com o seu lugar de fala.
Pradella (2015, s/d) deixa para efeito de exemplificação a situação da escolha
profissional a qual se torna claro que:
O jovem que "escolhe" uma carreira advém de regiões urbanas, de
classe média e aspiram a uma profissão que tem formação superior,
representando uma fração pequena da sociedade brasileira, pois
sabemos de outros tantos jovens que não possuem a mesma chance
de escolha, diante de uma realidade onde muitas vezes não chegam
ao menos a concluir o segundo grau, tendo de trabalhar naquilo que
lhes for oferecido para ajudar suas famílias a sobreviver.

Com isso, se torna perceptível que, ao trazer a aplicabilidade da situação


supracitada pela autora para o contexto aqui pesquisado, apontar em maior
amplitude e intensidade as expectativas de trabalhar na área e prestar cuidado
humanizado às pessoas, ao próximo e à família e em menor intensidade e amplitude
a realização pessoal e o desejo de não prosseguir na área estão intrinsecamente
relacionados ao seu campo de vivências e inscritos num contexto social ativo, como
pode ser visto em Moscovici (1979, p. 31-32) ao falar sobre representar socialmente
um dado elemento ou posição em que se considera:
[...] que no hay un corte dado entre el universo exterior y el universo
del individuo (o del grupo), que, en el fondo, el sujeto y el objeto no
son heterogéneos en su campo común. El objeto está inscripto en un
contexto activo, móvil, puesto que, en parte, fue concebido por la
persona o la colectividad como prolongación de su comportamiento y
solo existe para ellos en función de los medios e los métodos que
permiten conocerlo.

O desejo de aprofundar e enriquecer conhecimentos, prosseguir estudos na


área de Enfermagem e da saúde ou até mesmo Nutrição, conseguir um trabalho na
106

área, exercer a profissão e levá-la para a vida se constituem anseios da coletividade,


bem como ajudar a família, o próximo e todos que precisarem de ajuda.
Interessante apontar que conseguir um trabalho na área também emergiu na
categoria de tratamento 2 quando questionados sobre o motivo da escolha pelo
curso e agora surge como expectativa. Vale salientar, também, que a vontade de
poder ajudar as pessoas e o próximo além de ter aparecido, agora, como
expectativa, também apareceu como motivo de escolha do curso (categoria de
tratamento 2), atividade que o técnico executa (categoria de tratamento 3) e como
ponto positivo do curso (categoria 4). Com isso pode-se denotar o quão complexo se
dá esse perpassar pela formação técnica subsequente, em que o que origina a
opção ocupa simultaneamente o lugar de expectativa e de atribuição, dado a
laboriosidade que envolve o pensamento do sujeito, pois o “pensamento da
complexidade é, antes de mais nada, um desafio” (MORIN, 2015, p. 81) e,
desafiante é compreender o que se passa na subjetividade do indivíduo.
A coletividade também manifesta expectativas em relação a ter diversidade
de atuação e poder trilhar novos itinerários, alcançar novos objetivos e
oportunidades de emprego. Também se cria a esperança de ser um bom
profissional, bem capacitado e humanizado, valorizado profissionalmente, tendo
retorno financeiro e esperando que essa profissão tenha mais valorização salarial,
pois também foi apontado na categoria de tratamento 5 como ponto negativo a
desvalorização da profissão e aqui se renovam os ânimos de um futuro bem
sucedido na área profissional.
Aponta-se também com a conclusão do curso técnico a vontade de prestar
concurso público e atuar nessa área e, por fim o afã de se tornar um bom ser
humano e um profissional bem aceito na sociedade. Dessa forma não há como
deixar de ressaltar a pluralidade de anseios, desafios, motivos e expectativas
borbulhando no imaginário desses sujeitos, e pela construção dos discursos da
coletividade se pode perceber em uníssono como a representação social se torna
importante nessa discussão. Isso porque dela emerge essa relação estrutural e de
mão dupla que existe entre o ser e o seu lugar de fala, que nesse caso pôde-se
materializar na relação entre os alunos (sujeitos) e um curso Técnico em
Enfermagem no âmbito do IFNMG – Campus Araçuaí, situado em pleno coração do
Vale do Jequitinhonha.
107

4 PRODUTO EDUCACIONAL

Como produto resultante dessa investigação foi confeccionado uma Proposta


Metodológica de Recepção de Discentes conforme as regras do Programa
PROFEPT, materializada num documento intitulado de “Guia Didático de Recepção
de Discentes”, apresentado à Direção de Ensino do IFNMG – Campus Araçuaí, aos
docentes do curso Técnico em Enfermagem e aos líderes das turmas como forma de
abarcar o aluno ingressante nesse curso nas suas peculiaridades, subjetividades e
coletividades.
Vale salientar também que, o produto educacional construído não se resume
apenas ao público do curso supracitado, uma vez que, feitas as devidas adaptações,
o mesmo pode ser aplicado para outros cursos, inclusive de outras modalidades e
instituições, respeitando as especificidades de cada contexto.
Esta proposta se enquadra na categoria de material textual e se deu na forma
de um Guia didático confeccionado à luz de Zabala (1998, p. 189) a qual está em
consonância de sentido com os objetivos educativos previstos.
Esse guia
[...] não tem apenas que expor o uso e materiais propostos. Mas,
sobretudo, tem que justificar o valor desses materiais nos processos
de ensino/aprendizagem, determinando o papel de cada uma das
atividades de ensino que se propõem [...]. Portanto, tem que dizer o
que são, como se realizam e, especialmente, para que servem.
(ZABALA, 1998, p. 189).

Vale ressaltar também que esse material textual foi produzido com recursos
próprios e diagramado por profissional habilitado na área gráfica com os devidos
créditos no corpo do produto educacional. Ressalta-se ainda que o produto
escolhido está localizado dentro da grande área multidisciplinar da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES, 2016), integrando a área de
Ensino criada pela Portaria 83/2011 assinada pelo seu presidente à época.
Assim, a prática institucionalizada de recepção de alunos precisa ser pensada
a partir da realidade local de cada campus e é o que se objetivou com esse produto
educacional, que foi pontual na tentativa de guarnecer e garantir que os alunos do
curso Técnico em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí e demais cursos que
desejarem aderir a este guia sejam acolhidos com metodologia de recepção própria
e situados no seu contexto.
108

Destarte, a escolha de um guia didático se fez pela importância de os


professores conhecerem os alunos que adentram aos cursos e o mesmo ajuda a
guiar suas ações no sentido de otimizá-las, conscientizando-os de quem é esse
aluno que ali está. Permite, ainda, rever seu planejamento para que a práxis em sala
de aula atinja diretamente o aluno, na sua subjetividade de escolha por aquela
formação.
Da mesma forma a Direção de ensino, já sabendo o porquê da presença do
aluno naquele espaço torna exequível articular propostas pedagógicas que sejam
condizentes com a realidade dele.
Agora, com a disponibilização do produto espera-se que sejam reduzidas as
questões referentes à descontextualização das práticas pedagógicas e que o
ingresso dos alunos no Campus seja feito com propósito devidamente planejado,
obliterando as chances de sentimentos de alijamento por parte dos alunos e a
instituição.
O guia didático foi aplicado seguindo os preceitos do atual contexto de
vivências sociais, que por ocasião da situação de emergência em saúde pública de
importância internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde no dia 20
de janeiro de 2020 decorrente de pandemia pelo novo coronavírus (COVID – 19),
precisou ser repensado.
A Lei 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, trouxe na sua letra as medidas de
enfrentamento da situação pandêmica e a Portaria 356, de 11 de março de 2020, do
Ministério da Saúde a regulamentou, estabelecendo assim formas de
operacionalização das medidas recomendadas, com destaque para o isolamento e
quarentena.
Nesse sentido o Ministério da Educação editou a Portaria 343, de 17 de
março de 2020, autorizando a substituição em caráter excepcional das aulas
presenciais por meios digitais no período relativo à duração da pandemia, e em
seguida as portarias 345, de 19 de março de 2020, e 473, de 12 de maio de 2020,
sendo esta prorrogando o prazo que aquela estabeleceu para aplicação das
atividades letivas por meios digitais na ocasião da sua promulgação.
Subsequentemente, ocorreu a sanção da última Portaria tratando desse tema
que foi a 544, de 16 de junho de 2020, em que revogou as três portarias citadas no
parágrafo anterior e estendeu a utilização de meios digitais para substituição de
aulas presenciais até dia 31 de dezembro de 2020.
109

Assim, diante da atipicidade da atual situação do país, mais precisamente o


cenário instaurado na área da educação, a revisão da forma de aplicação do produto
educacional confeccionado a partir deste estudo dissertativo se tornou inevitável,
pois o “Guia didático” que antes se pensava em aplicar por meio de uma reunião
pedagógica entre os docentes do curso Técnico em Enfermagem, os líderes das
turmas do curso e Direção de Ensino do IFNMG – Campus Araçuaí para apreciação
e avaliação já não mais se tornava possível frente ao cenário do isolamento e da
quarentena.
Optou-se então pela disponibilização do “Guia didático para recepção de
discentes” ao público envolvido (docentes, direção de ensino e líderes de turmas)
por e-mail como sendo o meio mais formal encontrado, visto que se tratava de um
documento pedagógico de importância ímpar para o melhoramento das dinâmicas
receptivas do campus, e assim se fez.
A aplicação então foi procedida com a escrita de correio eletrônico (e-mail)
especificando os objetivos do produto em questão e sensibilizando sobre a
necessidade de apreciação crítica desses sujeitos para o possível aperfeiçoamento
do documento.
Em anexo ao e-mail foi encaminhado também um formulário de avaliação do
produto educacional (APÊNDICE B) para que os mesmos pudessem expressar suas
opiniões acerca do documento aplicado e assim emitir um juízo de valor sobre o
mesmo. Vale salientar que no referido documento foi estipulado alguns quesitos
como inteligibilidade e pertinência; qualidade do material; relevância e atendimento
às especificidades do público a quem se destina para guiar as avaliações dos
sujeitos envolvidos, bem como a liberdade de sugestões de acréscimo, correção,
retirada e comentários sobre o produto educacional.
Assim, dados os prazos de apreciação após o convite feito aos sujeitos e
recebidos os retornos de avaliação via e-mail com 67% (sessenta e sete por cento)
de participação dos mesmos, verificou-se que em quesitos como “inteligibilidade e
pertinência” e “qualidade do material apresentado” considerou-se por unanimidade
como sendo “ótimo” dentro de uma escala entre ruim, regular, bom e ótimo.
Importante ressaltar que dentro da heterogeneidade dos sujeitos consultados,
a porcentagem de participação não se deu em sua totalidade por ausência da
participação dos alunos líderes das turmas, que por motivos desconhecidos e
respeitados optaram por não apreciar e avaliar o produto, assim, leva-se em
110

consideração aqui apenas a avaliação dos docentes do curso e da direção de


ensino.
Já no quesito “relevância”, em que se considerou o acréscimo e/ou
reelaboração das representações do que se concebia como uma recepção de
alunos ingressantes a avaliação oscilou entre “ótimo” e “bom”, e no que concerne ao
atendimento às especificidades do público a quem se destina permaneceu também
essa mesma oscilação.
Os quesitos supracitados a princípio podem parecer ininteligíveis de se
compreender numa análise superficial, mas a clareza de entendimento logo se faz
quando são apontadas as sugestões dos sujeitos avaliadores, em que os mesmos
expressaram possibilidades de retirada, correção ou acréscimo.
Os professores sugeriram acrescentar momentos para que os alunos possam
relatar suas trajetórias de vida, pois já tiveram experiências anteriores com
narrativas de si que foram de grande valia para os alunos e para os mesmos
enquanto docentes também. Houve também pontuações a respeito de trazer à tona
espaços de fala sobre os contatos informais que os alunos tiveram na sua vida com
a área da saúde ou com as áreas dos cursos escolhidos, uma vez que experiências
desse tipo podem influenciar na escolha.
Outra sugestão interessante dos docentes foi acrescentar nas recepções dos
alunos alguns momentos culturais de apresentação e lazer apreciando a cultura
local para estimular a sensação de pertencimento e diálogo do campus com a
comunidade externa, bem como não se poderia olvidar a sugestão da direção de
ensino para que não só um ou outro curso seja contemplado com as atividades, mas
que pudesse ser feito um trabalho coletivo em ações futuras.
Partindo para os comentários a respeito do produto, percebe-se a sensação
de contemplação por parte dos docentes e direção de ensino no que diz respeito à
proposta metodológica, pois houve a sugestão até mesmo de incluí-la no calendário
escolar como uma prática recorrente e que seja estudada a possibilidade de o
campus como um todo abarcá-la para os outros cursos e modalidades.
Consideraram também a importância da proposta no sentido de pensar a
heterogeneidade do público que a instituição recebe e promover logo no início dos
períodos letivos a apropriação necessária dos alunos pelos cursos, podendo
contribuir para o respeito às especificidades de cada sujeito e até mesmo diminuir os
fatores de evasão escolar.
111

Ressaltaram também que a proposta se adéqua ao momento de inserção do


aluno na vida escolar, trazendo identificação inicial e fortalecendo a representação
do pertencimento. Diminui a impessoalidade do primeiro encontro, outorga voz às
narrativas que são parte importante do encontro que precisa acontecer entre o
estudante que ingressa no curso e o profissional que ele irá se tornar.
Além disso, ainda expuseram que o produto educacional já nasce com grande
mérito, por jogar luz em um público bastante invisibilizado no espaço educacional,
pois além da dimensão pedagógica, o produto contribui na dimensão socioafetiva do
fazer educativo, salientando que no que tange ao conteúdo, a robustez e a
pertinência são inegáveis.
Apontamentos da direção de ensino levam ao entendimento de que é preciso
refletir para que se possa utilizar tal produto nas atividades de recepção discente de
todos os cursos, fazendo as adaptações necessárias, e se possível, com o apoio
das comissões de recepção discente. É um trabalho importante, pois são produtos
como este que servirão de espelhos para que se tenha sucesso na acolhida e
acomodação dos alunos ingressantes, possibilitando uma interação com os demais
alunos e servidores.
Diante disso, o que permanece é a clareza de pensamento no que tange a
relevância de propostas pedagógicas precisas e pontuais no contexto da educação
profissional e tecnológica, uma vez que o atendimento às demandas daqueles que
vivem do seu trabalho não se resume apenas à aquisição de conteúdos de forma
crítica e ao domínio intelectual das técnicas. É preciso ir além e pensar que essas
etapas de formação não prescindem de uma metodologia específica na recepção do
aluno na instituição de ensino logo na incipiência do processo formativo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O mote das etapas que se concretizaram aqui se deu no intuito de deslindar


os motivos pelos quais os alunos se ancoram na escolha do curso Técnico em
Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí. O percurso se deu sob intensas
inferências, uma vez que a proposta se alicerçou na captura das representações
sociais dos sujeitos para construção de opiniões coletivas que representassem a
categoria.
Trazer para um trabalho descritivo o conceito de representação social não é
112

tarefa fácil, como pode ser vista nos escritos dos próprios teóricos da representação
social a dificuldade em transformar o que é extremamente subjetivo e peculiar em
palpável e acessível, e assim se fez toda a tessitura das análises e discussões.
Perpassando questões socioeconômicas em que se pode notar a prevalência
de famílias que vivem com até um salário mínimo num contexto em que existem
problemas históricos de ordem econômica como o Vale do Jequitinhonha, e também
do sexo feminino como alunado do curso, algumas lacunas foram sanadas e outras
foram criadas a partir da investigação realizada.
Dados extraídos de forma qualitativa e quantitativa que puderam servir de
contraponto para uma análise mais detida de quais sujeitos se propôs a pesquisar e
o universo em que estão inseridos, para então compreender que existe relação
direta do lugar de fala de cada um com a forma que representam socialmente suas
opiniões.
Os Discursos do Sujeito Coletivo, originados a partir do agrupamento das
ideias comuns dos indivíduos, representam a coletividade no modo de dizer e
expressar seu posicionamento a partir das questões colocadas que serviram de
base para o levantamento dos motivos que levam à escolha por uma formação
técnica subsequente e as representações nas quais os alunos se ancoram para
essa escolha.
Outrossim, as particularidades e subjetividades que levam ao caminho
escolhido ocupam lugar privilegiado na descoberta da representação do grupo sobre
o seu processo de escolha pelo curso. Assim, é relevante que não se perca aquilo
que os mesmos dizem e aquilo que querem dizer com cada opinião que constrói um
discurso coletivo a partir de uma categoria de conjunto homogêneo, que nada mais é
do que uma possibilidade de resposta grupal para aquele questionamento.
Destarte, quando se pergunta o motivo da escolha do curso Técnico em
Enfermagem surgem várias possibilidades de respostas. Conforme análise e
discussão durante o trabalho, as respostas foram desde motivos como qualificação e
humanização para o cuidar, influência da família, empregabilidade e gosto pela área,
a vontade trabalhar na área, o afã de cuidar das pessoas, até mesmo a duração do
curso que se torna atrativa e a oportunidade que tiveram de estudar devido a falta de
condições financeiras de cursar o ensino superior, seja na área específica de
enfermagem, ou da saúde.
Coexistente ao motivo da escolha emergem questões como atribuições
113

profissionais do Técnico em Enfermagem, pontos positivos e negativos do curso


expectativas em relação à formação que conduzem o itinerário percorrido a uma
gama de possibilidades. Considerando, assim a pluralidade dos sujeitos que
compõem o campo pesquisado e as diferenças e semelhanças entre eles apesar de
notar-se uma ligação considerável entre o que se diz e as circunstâncias sob as
quais se diz.
O processo de captação das representações sociais então se deu num
caminho o qual puderam ser encontradas inúmeras formas de conceber aquilo que
foi dito. Tal resultado registra a impossibilidade de tratar o campo das opiniões
coletivas como monolítico e impenetrável, haja vista que a singularidade dos sujeitos
também deixa traços marcantes quando são abordados de forma conjunta.
Não se pode então fechar uma unicidade de motivos que levam à escolha
pelo curso em questão, uma vez que além da opção, as atribuições são fatores que
têm relevância nesse itinerário de pesquisa. Isso porque se representa
coletivamente que atividades como o cuidado humanizado com as pessoas, a
realização de procedimentos técnicos e administração de medicamentos, o auxílio a
outros profissionais da saúde e a promoção e prevenção na saúde fazem parte do
dia a dia do Técnico em Enfermagem quando se opta por essa profissão.
Ademais, pontos positivos do processo de formação como empregabilidade,
qualidade do ensino e do curso, as atividades práticas, a humanização das pessoas,
a ajuda ao próximo, a busca por conhecimento e a estruturação do corpo docente e
da instituição contrapõem-se à carga horária extensa, dificuldades de conciliação
com outras atividades, o cansaço, a desvalorização da profissão, a distância do
campus e a situação financeira dos discentes, criando assim uma linha tênue entre a
razão de um processo de escolha e o que ela acarreta de positivo e de negativo.
Não se pode olvidar, também, que ao escolher se cria expectativas em
relação ao mote daquela escolha e a representação social dela se deu sob leituras
múltiplas do que se espera de um processo de formação, como o aprofundamento
na área da saúde, o prosseguimento dos estudos, o afã de trabalhar na área e
ajudar as pessoas. Ter o curso como uma possibilidade de trilhar novos caminhos e
um deles talvez seja a inserção no serviço público ou apenas ser uma pessoa
melhor e bem aceita na sociedade como profissional e ser um bom profissional com
retorno financeiro também são esperados. Salienta-se, ainda, a passagem pelo
curso como realização pessoal e também outro polo opinativo sobre a não
114

permanência na área da saúde e tudo isso representado socialmente por uma


coletividade.
Chega-se então a um ponto da discussão em que é preciso deixar claro que a
complexidade da escolha não poderia acarretar um discurso simplista que a
explicasse pela via de mão única. Os sujeitos na sua singularidade apesar de
emergirem categorias de conjunto homogêneo de elucidações para os
questionamentos, carregam consigo um emaranhado de impressões subjetivas que
compõem a coletividade da representação social. Essas impressões implicam
diretamente na correlação entre indivíduo, lugar de fala e vivências que são internas
e externas e da necessidade de considerar que os sujeitos abarcam consigo uma
multiplicidade de fatores que compõem o seu discurso e este não se dá de forma
alijada do seu contexto social.
Diante disso, ainda que a coletividade tenha expressado discursos-síntese a
respeito dos vários questionamentos propostos é necessário conceber que a opção
pela formação técnica subsequente se dá por inúmeros motivos, que certamente
não prescindem da contextualização e do entendimento de que onde há uma gama
de seres e contextos é inexistente a possibilidade de consubstanciação de opiniões,
ainda que estas sejam coletivas.

5.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

A partir do contexto analisado foi clara a percepção de que o trabalho com


subjetividades é algo que transcende os limites da quantificação. O olhar do
pesquisador, nesse momento, volta-se para a particularidade do sujeito, mas não o
considerando isolado de um contexto social, e isso durante muito tempo foi
considerado alijado do respaldo acadêmico por se tratar de ciências humanas.
Como foi visto pelos inúmeros discursos, nos mais diferentes contextos de
perguntas que é necessário humanizar-se, não importa nesse momento a aplicação
pragmática disso, mas o rearranjo do ser humano para o atendimento às
necessidades e demandas do outro numa perspectiva de alteridade.
Sem qualquer pretensão de firmar um diagnóstico ou chancelar um resultado
que seja definitivo, não poderia como pesquisador revestir-me dessa vaidade, pois é
irrefutável o fato de que se os meus sujeitos são seres humanos, a mudança é
115

constante, pois o pensamento é vivo e não se constitui de forma alguma um campo


monolítico.
Dessa forma, os resultados que aqui se registram deixam claro um ponto de
vista de um grupo de sujeitos em um determinado momento histórico, o que não
impede que em trabalhos futuros esse ponto de chegada que hoje se corporeifica
seja ponto de partida para outros trabalhos que queiram aprofundar-se na escolha
pela formação técnica subsequente como problema a ser esmiuçado em novas
roupagens.

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março de 2020. Altera a Portaria MEC nº 343, de 17 de março de 2020. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 19 mar. 2020. p.1.
116

BRASIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria nº 473, de 12 de


maio de 2020. Prorroga o prazo previsto no § 1º do art. 1º da Portaria nº 343, de 17
de março de 2020. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 maio 2020. p.55.

BRASIL. Ministério da Educação. Gabinete do Ministro. Portaria nº 544, de 16 de


junho de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em
meios digitais, enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus - Covid-
19, e revoga as Portarias MEC nº 343, de 17 de março de 2020, nº 345, de 19 de
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ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
121

APÊNDICE A – PRODUTO EDUCACIONAL

Produto: Guia Didático para Recepção de Discentes


Finalidade: Ressignificar as práticas de recepção de discentes, com a observação
de que a mesma pode ser adaptada para outros cursos que não somente os
técnicos subsequentes, estendendo-se também a outros tipos e modalidades dentro
e fora da instituição pesquisada.
Por que aplicar esse PE na EPT: Pela necessidade de pensar a recepção de
discentes a partir da realidade local de cada campus e cada curso, na tentativa de
guarnecer e garantir que os alunos, seja de qual curso for, sejam acolhidos com
metodologia de recepção própria e situados no seu contexto com as devidas
adequações necessárias.
Bases teóricas que o sustentam: A sustentação teórica desse produto vem da
necessidade de atendimento às necessidades daqueles que vivem do trabalho
conforme Acácia Zeneida Kuenzer (2009) em sua obra “Ensino Médio: construindo
uma proposta para os que vivem do trabalho”, e tem esse fator como preponderante
na escolha de um itinerário profissional, assim optou-se pela confecção do Guia
didático à luz das ideias de Antoni Zabala (1998) registradas no livro de sua autoria
“A prática educativa: como ensinar” em que o mesmo preconiza a importância da
utilização de atividades que expressem não só seu valor objetivo, mas porque
existem e para que servem.
Onde foi aplicado: O produto resultante foi aplicado aos professores do curso
Técnico em Enfermagem do IFNMG – Campus Araçuaí, à Direção e Ensino e aos
líderes das turmas do curso. A escolha por estes sujeitos se deu pelo fato de a
pesquisa ter sido feita com os alunos do curso em questão e a partir das
materialidade dos discursos coletados pôde-se confeccionar a proposta do produto
aplicável na recepção futura de alunos que adentram ao curso Técnico em
Enfermagem subsequente e também aos outros cursos que desejarem utilizar o guia
didático, fazendo as devidas adaptações á sua realidade e ao seu público alvo.
Link para o produto educacional:
http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/574992
122

APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO PRODUTO

PONTOS A SEREM AVALIADOS CONCEITOS ATRIBUÍDOS


( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
1 Inteligibilidade e Pertinência
Refere-se à qualidade do material ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
2
apresentado
Relevância - O Guia Didático
acrescentou e/ou reelaborou as ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
3
representações do que se tinha sobre
uma recepção de alunos
A proposta do Guia Didático atende às
4 especificidades do público a quem se ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
destina
5 Sugestões de acréscimo, retirada ou correção.

6 Comentários sobre o produto educacional.

Gerson Avelino Fernandes Pereira e Ramony Maria da Silva Reis Oliveira agradecem pela
avaliação do produto educacional.
123

APÊNDICE C – CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


– PROFEPT
INSTITUIÇÃO ASSOCIADA: INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS
GERAIS – CAMPUS MONTES CLAROS
________________________________________________________________
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPAÇÃO EM
PESQUISA
Título da pesquisa: A OPÇÃO PELA FORMAÇÃO TÉCNICA SUBSEQUENTE:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM
ENFERMAGEM DO IFNMG – CAMPUS ARAÇUAÍ
Instituição promotora: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Campus
Araçuaí
Patrocinador: Financiamento próprio
Coordenador: Gerson Avelino Fernandes Pereira, sob a orientação da Professora
Doutora Ramony Maria da Silva Reis Oliveira

Atenção: Antes de aceitar participar desta pesquisa, é importante que o responsável


pela Instituição leia e compreenda a seguinte explicação sobre os procedimentos
propostos. Esta declaração descreve o objetivo, metodologia/ procedimentos,
benefícios, riscos, desconfortos e precauções do estudo. Também descreve os
procedimentos alternativos que estão disponíveis e o seu direito de interromper o
estudo a qualquer momento. Nenhuma garantia ou promessa pode ser feita sobre os
resultados do estudo.

1- Objetivo: Verificar os motivos que permeiam a escolha dos alunos pelo curso
Técnico em Enfermagem do IFNMG — Campus Araçuaí, buscando compreender as
representações sociais que os alunos ancoram-se para a escolha deste curso.
2- Metodologia/procedimentos: A pesquisa utilizada será de abordagem qualitativa
e quantitativa, com levantamento de dados socioeconômicos na fase quantitativa e,
na qualitativa optou-se pela construção da representação social dos alunos. Serão
aplicados questionários semiestruturados para coleta de dados, todos com o devido
termo de consentimento livre e esclarecido. Para análise, serão construídos os
discursos do sujeito coletivo à luz de teóricos como Lefevre e Lefevre, Abric, Jodelet
e Moscovici.
3- Justificativa: É necessário que os próprios alunos se conheçam como sujeitos e
não só se coloquem na posição de estudantes na sua perspectiva individual, mas
124

que essa peculiaridade possa transpor-se ao coletivo, oferecendo aos colegas, ao


corpo docente da instituição, e a comunidade escolar e acadêmica a oportunidade
de saber quem é esse jovem que ali está através de suas motivações que cercaram
sua escolha antes que a mesma fosse concretizada, e é nesse intuito que a
proposta de trabalho aqui apresentada se justifica. Através do estudo do discurso
dos alunos do curso Técnico em Enfermagem do IFNMG — Campus Araçuaí
pretende-se colher suas representações com indagações para que possam, na
liberdade da escrita elucidar as razões que no cenário atual os movem a acessar e
permanecer num curso de formação técnica na modalidade subsequente.
4- Benefícios: Esta pesquisa possibilitará que das análises e discussões relevantes
que forem feitas resultem dados que possam se converter em mecanismos de
enriquecimento e revisão das propostas pedagógicas da instituição foco dessa
pesquisa e ainda se tornar ponto de partida para outras instituições que vivem
situações análogas desenvolverem suas investigações no intuito de conhecer o
público que recebem.
5- Desconfortos e riscos: É preciso que a pesquisa se comprometa com o máximo
de benefícios e o mínimo de riscos ou danos é o que reza a Resolução 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde. Nesse sentido, segundo o inciso II.22 da mesma é
possível compreender que risco de pesquisa é a “possibilidade de danos à dimensão
física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em
qualquer pesquisa e dela decorrente”. Assim os riscos que essa pesquisa oferece
são ínfimos, uma vez que se tomará todo cuidado para que sejam preservadas as
identidades dos sujeitos que participarão da pesquisa como respondente dos
questionários bem como a imagem da instituição onde se dará todo o processo será
inteiramente respeitada.
6- Danos: Procurou-se reduzir ao máximo os danos que podem ocasionar essa
pesquisa, sendo assim, acredita-se que apenas possíveis desconfortos ao
responderem aos questionamentos podem surgir.
7- Metodologia/procedimentos alternativos disponíveis: Os alunos serão
abordados numa perspectiva de campo, em que o pesquisador irá até eles para
explicar os objetivos do trabalho e sensibilizá-los para responder aos
questionamentos.
8- Confidencialidade das informações: As identidades serão preservadas e no
trato das informações serão fornecidos nomes fictícios.
125

9- Compensação/indenização: A participação na pesquisa é de livre iniciativa, logo


os alunos estarão aptos a decidir pela sua participação ou não, visto que pelo
delineamento optou-se por incluir apenas aqueles maiores de idade. Quanto à
indenização, não está prevista nenhuma compensação financeira aos participantes,
sendo sua participação estritamente de forma voluntária.
10- Outras informações pertinentes: Não se aplica.
11- Consentimento: Li e entendi as informações precedentes. Tive oportunidade de
fazer perguntas e todas as minhas dúvidas foram respondidas a contento. Este
formulário está sendo assinado voluntariamente por mim, indicando meu
consentimento para participar nesta pesquisa, até que eu decida o contrário.
Receberei uma cópia assinada deste consentimento.
_____________________ _______________________ __________
Nome do participante Assinatura do participante Data
_____________________ _______________________ __________
Nome da testemunha Assinatura da testemunha Data
_____________________ _______________________ __________
Nome do coordenador da pesquisa Assinatura do coordenador da pesquisa Data

ENDEREÇO DO PESQUISADOR: Fazenda do Meio Pé da Serra, S/N, BR 367, Km


278, Araçuaí-MG.

TELEFONE: (38) 3218 – 7399


126

APÊNDICE D – APRESENTAÇÃO DA PESQUISA

INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS – CAMPUS MONTES


CLAROS
MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA – PROFEPT

APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
Prezado aluno (a),
Sou acadêmico do curso de Mestrado Profissional em Educação Profissional
e Tecnológica – PROFEPT do IFNMG – Campus Montes Claros e estou
desenvolvendo uma pesquisa intitulada “A OPÇÃO PELA FORMAÇÃO TÉCNICA
SUBSEQUENTE: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DOS ALUNOS DO CURSO
TÉCNICO EM ENFERMAGEM DO IFNMG – CAMPUS ARAÇUAÍ” cujo objetivo é
verificar os motivos que permeiam a escolha do curso Técnico em Enfermagem do
IFNMG – Campus Araçuaí pelos alunos matriculados no mesmo, buscando
compreender as subjetividades impressas na mesma através do discurso individual
e coletivo.
Nesse sentido convido você a participar dessa pesquisa, sabendo que sua
contribuição é de extrema importância.
Conto com sua colaboração e desde já agradeço seu empenho e esforço.

Orientadora: Profª. Dra. Ramony Maria da Silva Reis Oliveira


Mestrando: Gerson Avelino Fernandes Pereira
E-mail: gerson.pereira@ifnmg.edu.br
127

APÊNDICE E – QUESTIONÁRIO

Parte 1 – Das questões socioeconômicas


1 – Qual sua idade?______________________
2 – Sexo: _______________________________
3 – Instituição em que cursou o ensino fundamental:
a) Rede pública de ensino
b) Rede particular de ensino
c) Uma parte na rede pública e outra na rede particular
4 - Instituição em que cursou o ensino médio:
a) Rede pública de ensino
b) Rede particular de ensino
c) Uma parte na rede pública e outra na rede particular
5 – Quantas pessoas moram com você?_________________________
6 - Qual sua faixa etária?
( ) Menos de 25 anos de idade
( ) Entre 25 e 30 anos de idade
( ) Entre 31e 40 anos de idade
( ) Entre 41 e 50 anos de idade
( ) Acima de 50 anos de idade
7 - Somando a sua renda com a renda das pessoas que moram com você,
quanto é, aproximadamente, a renda familiar mensal? (Marque apenas uma
resposta)
( ) Nenhuma renda.
( ) Até 1 salário mínimo
( ) De 1 a 3 salários mínimos
( ) De 3 a 6 salários mínimos
( ) De 6 a 9 salários mínimos
( ) Mais de 10 salários mínimos
8 - Quantidade de pessoas que vivem da renda familiar (incluindo você)
( ) uma ( ) duas ( ) três ( ) quatro ( ) cinco ou mais pessoas.
9 - Qual é o grau de instrução do seu pai, mãe e companheiro (a):
(Ensino Fundamental, Ensino médio, Ensino superior, Pós-graduação)
Pai: _______________________________________________________________
128

Mãe:______________________________________________________________
Companheiro:______________________________________________________
10 – Você trabalha?
( ) sim ( ) não
Onde?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Qual função ou cargo assume:
_________________________________________________________________
Parte 2 – Das questões concernentes à escolha pelo curso técnico
subsequente
11 – Porque você escolheu o Curso Técnico em Enfermagem subsequente?

12 – Quais as atividades que o Técnico em Enfermagem executa?

13 – Quais os pontos positivos do seu curso?

14 – Quais os pontos negativos do seu curso?

15 – Quais as suas expectativas em relação à profissão de Técnico em


Enfermagem?

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