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FICHA FORMATIVA 1

Poetas contemporâneos

GRUPO I
Educação literária
A.

Bucólica
A vida é feita de nadas:
De grandes serras paradas
À espera de movimento;
De searas onduladas
5 Pelo vento;
De casas de moradia
Caiadas e com sinais
De ninhos que outrora havia
Nos beirais;
10 De poeira;
De sombra de uma figueira;
De ver esta maravilha:
Meu Pai a erguer uma videira
Como uma mãe que faz a trança à filha.
Miguel Torga, Antologia Poética, Coimbra, p. 247.

1. Explicita a relação entre o título e o poema.


2. Indica dois sentimentos expressos pelo sujeito poético.
3. Explica a repetição da preposição “De” no início de vários versos do poema.

B.
4. Numa exposição de 130 a 170 palavras, relaciona intertextualmente o espaço retratado na poesia trovadoresca e na
poesia do século XX.

GRUPO II
Leitura | Gramática

Arouca sustentável

No final do mês de maio, com um grupo de amigos da adolescência, fui visitar os cada vez mais
famosos Passadiços do Paiva, situados no concelho de Arouca. É uma experiência libertadora que
recomendo aos leitores. Os Passadiços foram inaugurados no início do verão de 2015, tendo conhecido
um imediato sucesso, apenas interrompido por um grande incêndio florestal, em setembro passado, que
5 devorou um troço de 600 m, num percurso total de 8,7 km. Já em fevereiro deste ano, os Passadiços
reabriram, com novas medidas de gestão que melhoraram um projeto já de si notável. Com efeito,
enquanto nos primeiros meses era impossível limitar o acesso, o que colocava questões de capacidade
de carga e de segurança, agora os visitantes têm de adquirir previamente, através do sítio
www.passadicodopaiva.pt, uma entrada ao custo simbólico de um euro. Para além de uma fonte de
10
1
receita, este bilhete permite controlar o número de visitantes que não deve ultrapassar os 3500 por dia.
(…)

O mais relevante, contudo, será exaltar o significado político e ambiental dos Passadiços do Paiva,
trata-se de uma peça visível, integrada numa da mais ampla e bem estruturada estratégia de
15
desenvolvimento sustentável, liderada pela autarquia, em articulação com a sociedade civil, e em
particular com o envolvimento do tecido empresarial da zona. O nosso grupo ficou alojado numa
agradável estrutura de turismo de habitação, a quinta de Anterronde, mesmo nos arredores de Arouca.
O jovem casal de proprietários, ao pequeno-almoço, explicou-nos como a economia, incluindo a criação
de postos de trabalho, e a defesa do ambiente se articulavam de modo racional e planeado.
20
Os Passadiços devem ser integrados, como já referi, numa visão mais ampla, que envolve o
Geoparque, destinado a preservar e a valorizar a riqueza geológica da região.

Viriato Soromenho-Marques, Jornal de Letras Artes e Ideias, 22 de junho a 5 de julho de 2016, p. 29.

1. O autor do texto
A. relata uma viagem e avalia criticamente uma iniciativa autárquica.
B. descreve uma viagem realizada com a família a Arouca.
C. denuncia a falta de proteção da floresta face aos incêndios.
D. persuade os leitores a serem mais ecológicos.

2. As expressões “Com efeito” (l. 7) e “Para além de” (l. 9) contribuem para a coesão
A. gramatical referencial.
B. gramatical interfrásica.
C. gramatical frásica.
D. lexical.

3. A palavra “contudo” (l. 12) estabelece no texto uma relação de


A. causalidade.
B. finalidade.
C. oposição.
D. consequência.

4. Na opinião do autor, os Passadiços do Paiva


A. são uma das sete maravilhas de Portugal destruída pelos incêndios.
B. são uma forma insustentável de desenvolvimento do país.
C. devem integrar um projeto mais alargado de desenvolvimento sustentável da região.
D. constituem uma forma de turismo de habitação sustentável.

5. A frase “Já em fevereiro deste ano, os Passadiços reabriram, com novas medidas de gestão que melhoraram um
projeto já de si notável” (ll. 5-6) é constituída por
A. duas orações: uma subordinante e uma subordinada substantiva relativa.
B. duas orações coordenadas.
C. duas orações: uma subordinante e uma subordinada substantiva completiva.
D. duas orações: uma subordinante e uma subordinada adjetiva relativa restritiva.

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6. Na oração “enquanto nos primeiros meses era impossível limitar o acesso” (l. 7), as expressões sublinhadas
desempenham, respetivamente, funções sintáticas de
A. modificador, predicativo do sujeito e sujeito.
B. complemento oblíquo, sujeito e complemento direto.
C. modificador, predicativo do complemento direto e complemento direto.
D. modificador, sujeito e predicativo do sujeito.

7. A expressão “Os Passadiços devem ser integrados” (l. 19) apresenta um


A. valor temporal.
B. valor aspetual.
C. valor modal.
D. nenhum dos anteriores.

8. Identifica a função sintática desempenhada pela palavra sublinhada “explicou-nos” (l. 17).

9. Indica a função sintática do pronome relativo presente em “que envolve o Geoparque” (ll. 19-20).

10. Classifica a oração “que não deve ultrapassar os 3500 por dia” (ll. 10-11).

GRUPO III

Escrita
A partir da observação desta imagem, elabora um texto de opinião (180 a 240 palavras) em que te posiciones
sobre o grafíti no espaço urbano: arte ou vandalismo?
Para fundamentares o teu ponto de vista, recorre a dois argumentos, ilustrando cada um deles com um
exemplo concreto e significativo.

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FICHA FORMATIVA 2

GRUPO I
Educação literária
Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.
A. Lê o texto.
Pequena Elegia Chamada Domingo
O domingo era uma coisa pequena.
Uma coisa tão pequena
que cabia inteirinha nos teus olhos.
Nas tuas mãos
5 estavam os montes e os rios
e as nuvens.
Mas as rosas,
as rosas estavam na tua boca.
Hoje os montes e os rios
10 e as nuvens
não vêm nas tuas mãos.
(Se ao menos elas viessem
sem montes e sem nuvens
e sem rios…)
15
O domingo está apenas nos meus olhos
e é grande.
Os montes estão distantes e ocultam
os rios e as nuvens
e as rosas.
Eugénio de Andrade, Primeiros Poemas / As Mãos e os Frutos / Os Amantes sem Dinheiro,
Porto: Quasi, 2006, p. 21.

1. Com base numa interpretação global do poema, identifica as diferenças do domingo em


tempos diferentes e infere o acontecimento que terá provocado essa mudança.
2. Explicita a função dos elementos da natureza na caracterização emocional do “eu”.
3. Comenta a expressividade do recurso expressivo presente no verso “O domingo está apenas
nos meus olhos”
(v. 15).

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GRUPO II
Leitura | Gramática
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.
Escreve, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Lê o texto.

Vasco Graça Moura e a posteridade


Vasco Graça Moura (VGM) partiu a 27 de abril, há exatos dois anos. Entre 1963, ano
em que se estreia em livro com modo mudando, e 2012, data em que todos os títulos
de poesia até então publicados são recolhidos nos dois volumes de Poesia Reunida
(Quetzal), construiu uma obra monumental, feita a golpes de trabalho e de talento.
5 Muito embora consciente da valia dessa obra, não se via com a cabeça rodeada de
louros. Não obstante o reconhecimento da melhor crítica, os artigos e estudos de fôlego
que essa obra suscitou, os prémios com que foi distinguida, não obstante ainda a
consagração dos últimos anos, a multiplicarem as homenagens de sabor póstumo. (…)
Ao contrário de Jorge de Sena, um autor com quem mantém inegáveis afinidades e
10 cuja incontida fome de reconhecimento o levou a traçar um cuidado programa de
posteridade, que o zelo e o empenho de Mécia de Sena haveriam de continuar após a
sua morte, VGM, sem apostas deliberadas no futuro ou gestos de organização
calculada, não parece ter-se preocupado com a sua sobrevivência literária, tão-pouco
com o lugar a ocupar na História da Literatura. A posteridade não fazia parte da sua
15 agenda de urgências, tanto assim que reconheceu ser “péssimo a arquivar-se”. “Viver
como escritor é viver o momento”, afirmou também. (…)
No capítulo da autodepreciação, a poesia de VGM, tantas vezes associada a uma
frieza intelectual, parece estar em sintonia com a de Alexandre O’Neill, que, não por
acaso, numa clara reencenação paródica do poeta à maneira antiga, se fez fotografar
20 coroado de louros, minando a seriedade da imagem secular da glorificação. Tal como
o autor de “Um adeus português”, Vasco Graça Moura não parecia temer o juízo do
futuro. Ainda assim, achou por bem deixar importantes recados testamentários que
visam desmontar equívocos “às editoras (…)/ deixo um bom saldo a fazer, mal fiquem
meus livros no armazém:/ quem me chamava cerebral/ faça o favor de me ler bem".

Teresa Carvalho, Jornal de Letras, 27 de abril a 10 de maio de 2016, p. 12.

1. A expressão “Não obstante” (l. 5) tem um valor


A. concessivo.
B. explicativo.
C. adversativo.
D. consecutivo.

2. Vasco Graça Moura e O’Neill


A. prezam a glorificação.
B. coroam-se de louros.
C. caracterizam-se pela frieza intelectual.
D. parodiam a imortalização.

3. O antecedente do vocábulo sublinhado em “que essa obra suscitou” (l. 6) é


A. “os artigos e estudos de fôlego”.

5
B. “estudos de fôlego”.
C. “os prémios”.
D. “o reconhecimento da melhor crítica, os artigos e estudos de fôlego”.

4. Indica a função sintática da expressão “da valia dessa obra” (l. 4).

5. Classifica a seguinte oração: “que o zelo e o empenho de Mécia de Sena haveriam de


continuar após a sua morte” (ll. 10-11).

FICHA FORMATIVA 3

Educação literária
Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.
A. Lê o texto.

Identidade

Matei a lua e o luar difuso.


Quero os versos de ferro e de cimento.
E em vez de rimas, uso
As consonâncias que há no sofrimento.

5 Universal e aberto, o meu instinto acode


A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito.

Mas como as inscrições nas penedias


10
Têm maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.

TORGA, Miguel (2000). Poesia Completa. Lisboa: Dom Quixote, p. 494.

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Evidencia as duas conceções de poesia presentes na primeira estrofe. (20 PONTOS)

2. Interpreta o sentido dos versos “Universal e aberto, o meu instinto acode / A todo
o coração que se debate aflito.” (vv. 5-6). (20 PONTOS)

3. Justifica o título do poema. (20 PONTOS)

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G R U P O II (50 PONTOS)

Lê o texto.
[Nasci]
§2 Chamo-me Rómulo e nasci no dia de São João da Cruz com sete meses de gestação.
Estávamos em 1906, e era dia 24 de novembro, um sábado.
Algum tempo antes, não muito, tinha estado minha mãe em Évora, com meu pai e as minhas
duas irmãs. Iam todos a subir os degraus que encaminhavam para a portada de uma igreja. Meu
5 pai, indolente e desatento, talvez levasse a Noémia, a mais velha, pela mão, ou a deixasse seguir
sozinha. Minha mãe transportava-me no ventre e carregava ao colo com a Graciete que ia perto
dos três anos. Fiquei muito cansada – disse-me um dia quando eu já era mais alto do que ela.
Pensava ter sido essa a causa de eu ter assomado a porta do mundo dois meses antes da data
marcada. No dealbar daquele dia atrás referido, pelas cinco horas da madrugada, enquanto o
10 planeta, silenciosamente, rodava em torno do seu imaginado eixo, as mãos delicadas e firmes
da Dona Anatólia Féria de Mendonça, moradora na

Travessa do Abarracamento de Peniche, n.º 77, 4.º Andar Direito, em Lisboa, extraíam um
frágil ser humano do ventre da Rosinha, minha mãe.
Estávamos em 1906, um ano que parecerá muito distante aos viventes do século XXI, porque
os anos deles começam todos pelo algarismo 2, e aquele é dos antigos, começa em 1, é do
15 segundo milénio da era de Cristo.
Pois foi exatamente nesse ano que nasci. Reinava em Portugal o Senhor D. Carlos, casado
com a Senhora Dona Amélia de Orleans, de quem tinha dois filhos, o Manuel e o Luís Filipe,
que era o herdeiro do trono. Não chegou a sentar-se nele, na qualidade de rei, porque foi
assassinado a tiro, no Terreiro do Paço, juntamente com seu pai, tinha eu dois anos. Outros
20 dois anos mais tarde foi implantada a República, e o Manuel, que, entretanto, fora aclamado
Rei, seguiu exilado para Inglaterra. Terminara a reinação.

CARVALHO, Rómulo (2010). Memórias. Lisboa: FCG, pp. 20-21.

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.

1. O discurso pessoal está presente em


(A) “Minha mãe transportava-me no ventre” (ll. 5-6).
(B) “os anos deles começam todos pelo algarismo 2” (l. 14).
(C) “Não chegou a sentar-se nele, na qualidade de rei, porque foi assassinado a tiro” (l. 18).
(D) “Terminara a reinação.” (ll. 20-21).

3. O único segmento em que não está presente a referência a dois tempos distintos
é (5 PONTOS)
(A) “Estávamos em 1906, e era dia 24 de novembro, um sábado.” (ll. 1-2).
(B) “[…] era dia 24 de novembro, um sábado./ Algum tempo antes, não muito, tinha estado
minha mãe em Évora, com meu pai e as minhas duas irmãs.” (ll. 2-4)
(C) “Fiquei muito cansada – disse-me um dia quando eu já era mais alto do que ela” (ll. 6-7).
(D) “Estávamos em 1906, um ano que parecerá muito distante aos viventes do século XXI”
(l. 13).

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4. Entre as situações descritas nos enunciados “enquanto o planeta, silenciosamente,
rodava” e “as mãos delicadas e firmes da Dona Anatólia […] extraíam um frágil ser
humano do ventre da Rosinha, minha mãe.” (ll. 9-12)

(A) não se estabelece nenhum tipo de relação temporal.


(B) estabelece-se uma relação de anterioridade.
(C) estabelece-se uma relação de simultaneidade.
(D) estabelece-se uma relação de posterioridade.

5. O único vocábulo que deriva do mesmo étimo que “indolente” (ll. 4-5) é

(A) indolor.
(B) índole.
(C) ídolo.
(D) indomável.

6. No contexto em que ocorre, o nome “dealbar” (l. 8) significa

(A) começo.
(B) final.
(C) antevéspera.
(D) dia seguinte.

7. A expressão “Outros dois anos mais tarde” (l. 19), contribui para a coesão

(A) lexical.
(B) gramatical frásica.
(C) gramatical referencial.
(D) gramatical temporal.

8. Identifica o valor modal veiculado no enunciado “Meu pai, indolente e desatento,


talvez levasse a Noémia, a mais velha […]” (ll. 4-5).

9. Identifica a função sintática desempenhada pelo constituinte “me” em


“transportava-me” (l. 6) e “disse-me” (l. 7).

10. Classifica a oração “de quem tinha dois filhos” (l. 17).

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FICHA FORMATIVA 3

Grupo I (100 pontos)


Educação literária
A
Lê o texto.

Comunhão

Tal como o camponês, que canta a semear


A terra,
Ou como tu, pastor, que cantas a bordar
A serra
5 De brancura,
Assim eu canto, sem me ouvir cantar,
Livre e à minha altura.

Semear trigo e apascentar ovelhas


É oficiar à vida
10 Numa missa campal.
Mas como sobra desse ritual
Uma leve e gratuita melodia,
Junto o meu canto de homem natural
Ao grande coro dessa poesia.

TORGA, Miguel (2010). Poesia Completa. Lisboa: Dom Quixote, p. 362.

Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens seguintes.


1. Explicita o título do poema – “Comunhão”. (20 pontos)
2. Caracteriza o canto do sujeito poético. (10 pontos)
3. Identifica a função da poesia e o sentimento a ela associado. (10 pontos)
4. Comenta o valor expressivo da metáfora nos versos 3 a 5. (20 pontos)

Grupo II (50 pontos)

Lê o texto.

Coimbra, 21 de fevereiro de 1962 – Resposta a um inquérito de Via Latina, jornal


académico, que fez a vários escritores estas duas perguntas:
– Qual o papel da arte na vida do homem?
– Qual o papel da juventude no mundo?

5 1.ª O papel da arte na vida do homem depende do homem que se considere e da vida
que ele viva. O homem abstrato não existe; e a vida abstrata também não.
Na vida dum homem culto, sensível e livre, por exemplo, esse papel é, certamente,
considerável; na de um homem inculto, insensível e escravizado, é, evidentemente,
nulo. Teremos, pois, de concretizar. Que homem? Que vida? Trata-se dum indivíduo
10 capaz de ler, entender e sentir um poema? E a sua vida permite-lho? Que influência
poderá ter a arte no terroso dia a dia dum cavador ignorante? Ou mesmo na de um
mineiro analfabeto, sepultado desde a instrução primária na escuridão dum poço? A arte

9
é um direito do espírito, negado sistematicamente, através dos tempos, às maiorias. Por
isso, só quando a cultura das massas se fizer, e todos dispuserem da mesma liberdade
15 de anuência ou recusa às solicitações da beleza, ficaremos a saber de que ação é capaz
na existência do comum dos mortais o fulgor dum sol que até agora apenas bateu à
porta de alguns.
2.ª Quanto ao papel da juventude no mundo, igualmente teríamos de saber de que
juventude se trata e de que mundo. A interrogação refere-se à juventude universitária?
20 À proletária? À rural? E qualquer delas atua em que setor da terra? Aqui? Ali? Acolá?
Claramente que um jovem pastor que guarda ovelhas na serra não pode exercer uma
ação semelhante à do moço que estuda filosofia e se manifesta no seu jornal
académico. […]
Mas talvez possamos meter o mar numa concha e dizer, em síntese, que, rica ou pobre,
25 letrada ou analfabeta, pelo simples facto de existir, toda a juventude é como que a
consciência alarmada da velhice. E acrescentar mais isto: que o presente apenas se
justifica na esperança do futuro. E que a juventude é precisamente o futuro, na medida
em que só ela o tem nas mãos.

TORGA, Miguel (1999). Diário, Vols. IX a XVI (2.ª edição). Lisboa: Dom Quixote, pp.
997-998 [com supressões].

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.

4. As interrogações retóricas presentes nas linhas 9-12 e 19-20 têm como função
demonstrar, por parte do autor, (5 pontos)
(A) a complexidade do tema.
(B) a incredulidade face à realidade.
(C) o desinteresse pelo tema.

5. A expressão “meter o mar numa concha” (l. 24) significa (5 pontos)


(A) condensar o essencial.
(B) desviar-se da questão.
(C) mudar de assunto.

6. O enunciado iniciado por “Claramente que um jovem pastor” (l. 21) é marcado
por um valor modal (5 pontos)
(A) apreciativo.
(B) epistémico (certeza).
(C) epistémico (probabilidade).

7. Na linha 27, “que” tem um valor (5 pontos)


(A) copulativo.
(B) consecutivo.
(C) completivo.

8. Apresenta um exemplo dos processos de coesão lexical por reiteração e


substituição por antonímia utilizados nas linhas 6 a 9. (5 pontos)

9. Identifica o tipo de sequência textual predominante nas linhas 13-17. (5 pontos)

10. Explicita o valor deítico dos advérbios “Aqui? Ali? Acolá?” (l. 20). (5

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