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EN12464)(Calculado)

(Nominal

Teoria do navio VI

7302 CAD STP Caetano Mendes

Iluminação & Ergonomia


Licenciatura em Tecnologias Militares Navais

Docente: CFR EN-MEC Marcelino Ruivo


Alfeite

2023

I
Índice

1. Introdução......................................................................................................................7

2. Iluminação.....................................................................................................................8

2.1. Enquadramento legal/normativo............................................................................8

2.1.1. Revisão da RoHS Diretiva 2011/65/EU da UE.................................................8

2.1.2. Norma Europeia EN 15193:2008......................................................................8

2.1.3. Norma Europeia EN 12464:2021......................................................................8

2.1.4. Legislação Nacional..........................................................................................8

2.2. Enquadramento técnico e tecnológico...................................................................9

2.2.1. Fundamentos e Grandezas luminotécnicas......................................................10

2.2.2. Lâmpadas e as suas características..................................................................11

2.2.3. Luminárias e as suas características................................................................13

2.2.4. Dispositivos Auxiliares....................................................................................14

2.2.1. Grandezas consideradas no estudo luminotécnico..........................................15

2.3. Estudo Luminotécnico.........................................................................................16

2.3.1. Resultados obtidos...........................................................................................16

3. Ergonomia...................................................................................................................17

4. Conclusão....................................................................................................................18

5. Referências..................................................................................................................19

6. Anexos.........................................................................................................................20

6.1. Anexo I Valores de referência Em, UGR , U 0 e Ra para ambientes de escritório


(Norma EN12464).....................................................................................................................20

6.2. Anexo II Resultados do estudo luminotécnico....................................................21

I
UC CT304 TEORIA DO NAVIO VI XXXXXXX

Índice de Figuras

Figura 1 Iluminação adequada (esquerda) e iluminação insuficiente (direita) Fonte: (Rocha,


2018)................................................................................................................................................9
Figura 2 Fluxo Luminoso [Ø] Fonte: (Salvador, 2015) Adaptado pelo autor......................10
Figura 3 Intensidade luminosa [I] Fonte: (Salvador, 2015).................................................10
Figura 4 Iluminância Fonte: (Salvador, 2015).....................................................................10
Figura 5 Luminância Fonte: (Salvador, 2015).....................................................................11
Figura 6 Crescimento do rendimento luminoso ao longo dos anos Fonte: (Rocha, 2018). .11
Figura 7 Exemplo de como o IRC pode afetar a cor nos alimentos Fonte: (PHILIPS, 2018)
.......................................................................................................................................................12
Figura 8 relação de cor da lâmpada e nível de iluminância (Ashdown, 2015)....................13
Figura 9 Temperatura da cor em função da altura do Sol Fonte: ( Lumistrips, 2019)
adaptado pelo autor........................................................................................................................13
Figura 10 Constituição da Luminária com Ótica ou com Difusor Fonte: (PHILIPS, 2023)13
Figura 11 Curvas de distribuição luminosa de duas luminárias diferentes Fonte: (DiaLux,
2023)..............................................................................................................................................14

II
UC CT304 TEORIA DO NAVIO VI XXXXXXX

Índice de tabelas
Tabela 1 Tipos de Lâmpadas................................................................................................12
Tabela 2 Valores típicos de Em, UGR , U 0 e Ra para ambientes de escritório (Norma
EN12464).......................................................................................................................................20
Tabela 3 Resultados do Estudo Luminotécnico...................................................................21

III
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Índice de equações
Equação 1 Ângulo sólido (Ω)...............................................................................................10
Equação 2 Intensidade luminosa..........................................................................................10
Equação 3 Iluminância.........................................................................................................10
Equação 4 Rácio de uniformidade mínima..........................................................................11
Equação 5 Luminância.........................................................................................................11
Equação 6 Rendimento luminoso.........................................................................................11
Equação 7 Potência nominal de iluminação.........................................................................15
Equação 8 Densidade de potência de iluminação instalada.................................................15
Equação 9 Densidade de potência de iluminação instalada, por 100lx................................16

IV
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Resumo

V
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Lista de abreviaturas
CFL........................................................................................................Lâmpada fluorescente compacta (Compact

DEE..........................................................................................................................Desempenho energético dos ed

LED.....................................................................................................................................Lighting Emitting Diode

SCE...................................................................................................................Sistema de certificação energética d

EN...........................................................................................................................................European Standards

Lista siglas e acrónimos


A .....................................................................................................................................................Área (

DPI inst .........................................................................................................Densidade de potência de iluminação ins

DPI 100lx ...............................................................................Densidade de potência de iluminação instalada, p

E ................................................................................................................................................Iluminância (

Em ..........................................................................................................................Iluminância média mantida no es

Em req ....................................................................................................................Iluminância média requerida no es

Emin .......................................................................................................................Iluminância mínima presente no es

η.....................................................................................................................................Rendimento luminoso (

Ø ...........................................................................................................................................Fluxo luminoso (

I .........................................................................................................................................Intensidade luminosa (

L.............................................................................................................................................Luminância (

r .......................................................................................................................................................Raio (

Ra .......................................................................................................................Índice de restituição cromática (adim

TC ........................................................................................................................................Temperatura da cor (

UGR .................................................................................................................índice de encandeamento (Unified G

VI
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ρ .......................................................................................................................... Reflexividade da superfície (adim

U 0......................................................................................................................Rácio de uniformidade mínima (adi

P............................................................................................................................................Potencia elétrica (

Pc ..........................................................................................................Potência nominal total dos sistemas de cont

Ptot .............................................................................................................................Potência nominal de iluminaçã

Ω ..............................................................................................................................................Ângulo sólido (

F oc.......................................................................................................................Fator de ocupação do espaço (adim

F d........................................................................................................Fator de disponibilidade de luz natural do esp

VII
UC CT304 TEORIA DO NAVIO VI XXXXXXX

1. Introdução

No âmbito da unidade curricular CT304 – Teoria do Navio VI, do 2º semestre do 3º ano do curso de
Licenciatura em Tecnologias Militares Navais ministrado na Escola Naval, pelo regente CFR EN-MEC
Marcelino Ruivo, foi proposto a execução de um relatório, que incidisse na investigação de um tema na
área de Saúde e Segurança no Trabalho.

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2. Iluminação

2.1. Enquadramento legal/normativo

Slide 5

Reduzir o consumo de energia e a emissão de gazes com efeito de estufa é um dos objetivos dos
estados-membros da União Europeia, para tal têm vindo a emitir cada vez mais regulamentos, com vista a
promover a melhoria do desempenho energético e das condições de conforto dos edifícios.

2.1.1. Revisão da RoHS Diretiva 2011/65/EU da UE

Como consequência da revisão desta diretiva deixará de ser colocada no mercado europeu as
lâmpadas de halogéneo, lâmpadas compactas e lâmpadas tubulares florescentes ao longo do ano 2023,
sendo uma prioridade a transição para lâmpadas mais eficientes de tecnologia LED.

2.1.2. Norma Europeia EN 15193:2008

Desempenho energético dos edifícios: Exigências energéticas para iluminação

2.1.3. Norma Europeia EN 12464:2021

Iluminação em locais de trabalho: Locais de trabalho interiores. Esta norma estabelece os requisitos
mínimos para a iluminação de um local de trabalho interior e as suas áreas associadas com base na
quantidade e qualidade de iluminação. Portanto todos os projetos de iluminação devem cumprir as
orientações desta norma, no âmbito visual existem três aspetos muito importantes, o conforto visual que
contribui de forma indireta para uma melhor qualidade e produtividade do trabalho, a performance visual
permite que as pessoas sejam capazes de realizar tarefas visuais, mesmo em condições adversas e por
períodos longos e a segurança visual possibilita às pessoas detetarem e identificarem os perigos ao seu
redor com mais facilidade. Esta norma estipula os requisitos mínimos para a iluminação de um local de
trabalho e da área circundante, tendo em conta a função do edifício e da tarefa ou atividade. Na Tabela 2
está representado os valores de referência para ambiente de escritório conforme esta norma.

2.1.4. Legislação Nacional

2.1.4.1. Decreto-Lei n.º 101-D/2020, de 7 de dezembro

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Estabelece os requisitos aplicáveis a edifícios para a melhoria do seu desempenho energético e


regula o Sistema de Certificação Energética de Edifícios, transpondo a Diretiva (UE) 2018/844 e
parcialmente a Diretiva (UE) 2019/944. Tem como objetivo assegurar e promover a melhoria do
desempenho energético em fase de conceção ou renovação de edifícios, estabelecendo os requisitos
aplicáveis á sua modernização e renovação.

O nº 4 do artigo 4º refere que a metodologia de calculo para efeitos de avaliação e desempenho


energético dos edifícios (DEE) consta no Manual SCE, a partir do qual será realizada a emissão dos
certificados energéticos, o nº 5 do mesmo artigo estipula que o Manual SCE é aprovado mediante
despacho do diretor-geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG)

2.1.4.2. Despacho n.º 6476-H/2021

Despacho que aprova o Manual SCE

2.1.4.3. Manual SCE

O Manual SCE compreende a metodologia para a avaliação DEE abrangido pelo sistema de
certificação energética dos edifícios (SCE), conforme as diretivas e as normas europeias. Para esta
avaliação são consideradas várias componentes entre elas a iluminação.

2.2. Enquadramento técnico e tecnológico

A iluminação é uma necessidade humana elementar e como tal, a qualidade da mesma é decisiva,
tanto no que diz respeito ao desempenho das atividades, como na influência que exerce no estado
emocional e no bem-estar dos seres humanos. Portanto existe a necessidade da luz correta no lugar
adequado, para evitar o desconforto causado, pela iluminação insuficiente ou em excesso.

Falar sobre o espectro de luz slide 6

Sistema visual slide 9

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Figura 1 Iluminação adequada (esquerda) e iluminação insuficiente (direita) Fonte: (Rocha, 2018)

Os edifícios consomem cerca de 40% da energia a nível mundial, no caso dos edifícios comerciais
30% é consumido em iluminação (Rocha, 2018), portanto existe a necessidade de produtos com eficiência
energética. Com o evoluir da tecnologia das fontes de luz constata-se que o rendimento luminoso
aumentou significativamente nas últimas décadas, como demonstra a Error: Reference source not
foundError: Reference source not found, é um facto importante pois permite menus consumo energético,
sendo uma mais-valia para o meio ambiente.

2.2.1. Fundamentos e Grandezas luminotécnicas

O fluxo luminoso [ Ø ] caracteriza-se pela quantidade total de luz emitida por uma fonte luminosa em
todas as direções do espaço, corresponde á energia radiada por segundo sob a forma de luz em função da
sensibilidade do olho humano. A sua unidade de medida é o lm (lúmen). Como referência, um lúmen é o
fluxo gerado num ângulo sólido (Ω ) de um esterradiano por uma fonte de intensidade luminosa igual a
uma candela. (Salvador, 2015)
Equação 1 Ângulo sólido (Ω)

A
Ω= 2
( st)
r

A – Área de secção da esfera


r – Raio da esfera Figura 2 Fluxo Luminoso [Ø] Fonte: (Salvador, 2015) Adaptado
pelo autor

A intensidade luminosa [ I ] representa a totalidade do fluxo luminoso ( Ø ) emitido numa


determinada direção. A sua unidade de medida é expressa em cd (candelas).
Equação 2 Intensidade luminosa

Ø
I= (cd )
Ω
Figura 3 Intensidade 11
luminosa [I] Fonte: (Salvador,
2015)
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A iluminância [ E ] ou nível de iluminação é o fluxo luminoso ( Ø ) que incide por unidade de


superfície. A unidade de medida da iluminância é expressa em lux ¿). Como referência, um lux é a
iluminância produzido por um lúmen numa área de um metro quadrado (Salvador, 2015).
Equação 3 Iluminância

Ø
E= (lx)
A

A – Área da superfície Figura 4 Iluminância Fonte: (Salvador, 2015)

Introduzir Curva da fadiga

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O rácio de uniformidade mínima (U 0 ¿ indica o grau da uniformidade total da iluminância sobre


uma superfície (DiaLux, 2023), por exemplo o plano de trabalho. Calcula-se através do quociente entre o
Emin e o Em , os valores de referência U 0 estão estipulados na Norma EN12464, por exemplo ambiente de
escritório na Tabela 2 (Anexo I).
Equação 4 Rácio de uniformidade mínima

E min
U0= Emin – Iluminância mínima presente no espaço (lx)
Em
Em – Iluminância média mantida no espaço (lx)

A luminância [ L] ou Brilho é o quociente entre a intensidade luminosa emitida ou refletida numa


determinada direção e a área projetada da fonte num plano perpendicular a essa direção. A luminância é a
sensação de claridade ou brilho que o olho recebe de uma superfície e está diretamente ligada com a
intensidade luminosa que atinge essa superfície de reflexividade ( ρ ). A unidade de medida vem expressa
em cd /m2 (candela/metro quadrado).

Equação 5 Luminância

ρE 2
L= (cd /m )
π

ρ – Reflexividade da superfície

Figura 5 Luminância Fonte: (Salvador, 2015)

-Inserir tabelas com coeficientes de reflexão slide 19

-Incidência da Luz slide 19

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2.2.2. Lâmpadas e as suas características

Eficiência energética ou rendimento luminoso [η] relaciona o fluxo luminoso emitido ( Ø ) por uma
fonte luminosa e a potência elétrica consumida. Permite comparar as lâmpadas, quanto maior for o
rendimento melhor será a lâmpada e menos energia gastará. A unidade em que se expressa o rendimento
luminoso é o lm/W (lúmen/Watt). Na Error: Reference source not found. estão representados os vários
tipos de lâmpadas e o seu rendimento energético ao longo dos anos.
Equação 6 Rendimento luminoso

Ø
η= (lm /W )
W

W – Potencia elétrica

Figura 6 Crescimento do rendimento luminoso ao longo dos anos Fonte:


(Rocha, 2018)

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Tipos de lâmpadas
Lâmpadas Vantagens Desvantagens Utilização
Incandescência -Boa restituição cromática ( Ra ) -Fraco rendimento e está em -Utilizadas por fotógrafos
desuso
Halogénio -Rendimento superior á lâmpada -Emite calor -Iluminação decorativa
incandescente -Deixará de ser colocada no
mercado
Vapor de mercúrio -Estão em desuso -Era utilizada na iluminação
exterior.

Tubular fluorescente -Baixo custo comparado com led -Deixará de ser colocada no -Escritórios, corredores,
-Restituição cromática ( Ra ) aceitável mercado cozinhas, armazéns, salas de
aula, bibliotecas
-Bom rendimento
Fluorescente compacta -Baixo custo comparado com led -Deixará de ser colocada no -Gabinetes, wc´s, corredores,
(CFL) -Restituição cromática ( Ra ) aceitável mercado arrecadações
-Bom rendimento
Vapor de sódio de alta -Elevado rendimento -Fraca restituição cromática ( Ra ) -Iluminação exterior
pressão -Grandes armazéns
LED -Elevado rendimento -Custo superior -Pode ser utilizado na
Lighting Emitting Diode -Possibilidade de substituir as tecnologias iluminação interior e exterior
anteriores
Tabela 1 Tipos de Lâmpadas

A duração média de vida de uma lâmpada é indicada pelo fabricante e refere-se ao tempo médio
em horas até que a lâmpada deixa de emitir o fluxo luminoso.

Índice de restituição (reprodução) cromática [ Ra ou IRC ] indica a capacidade de as lâmpadas


representarem a cor, este índice quantifica a fidelidade com que as cores são reproduzidas sob o uma
determinada fonte de Luz. Compreende os valores entre 0 e 100 em que as lâmpadas com Ra =100
apresentam as cores com total fidelidade e precisão igual á luz natural. Na Tabela 2 (Anexo I) podemos
observar os valores de Ra requeridos em ambiente de escritório segundo a norma EN 12464.

Figura 7 Exemplo de como o IRC pode afetar a cor nos alimentos Fonte: (PHILIPS,
2018)

Efeito estroboscópico

Contraste

15
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Temperatura da cor [TC ] indica a aparência da cor da luz emitida pela fonte. A unidade é ( K ),
graus Kelvin. A temperatura da cor das lâmpadas pode ser comparada com a luz natural como se observa
na Error: Reference source not found, que representa a temperatura da cor em função da altura do sol
durante o dia.

A temperatura da cor das lâmpadas pode ser escolhida por vários fatores, tais como, as cores do
mobiliário da sala, da tarefa a desempenhar e também pela iluminância. A maioria dos Lighting Designers
optam por utilizar o diagrama de Kruithof Error: Reference source not found, que relaciona a temperatura
da cor com a iluminância do ambiente. Por exemplo para E = 400lux a temperatura da cor da lâmpada deve
estar entre os 3000 e 6000K, na zona de “Pleasing” que provoca uma sensação agradável.

Quente (2700- 4000K) Neutra (4000-5000K) Fria (5000-6500K)

Figura 9 Temperatura da cor em função da altura


do Sol Fonte: ( Lumistrips, 2019) adaptado pelo
autor.
Figura 8 relação de cor da lâmpada e nível de
iluminância (Ashdown, 2015)

-Efeito da cor slide 25

2.2.3. Luminárias e as suas características

As luminárias são constituídas por elementos estruturais que dão suporte á lâmpada, elementos
elétricos que ligam a lâmpada a rede elétrica e por elementos óticos que permitem distribuir a luz.

Corpo Ótica Difusor


Figura 10 Constituição da Luminária com Ótica ou com Difusor Fonte:
(PHILIPS, 2023)
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Rendimento da Luminária é a relação entre o fluxo luminoso emitido pela luminária e a soma dos
fluxos luminosos das lâmpadas que constituem o sistema.

Curvas de distribuição luminosa é a representação da intensidade luminosa em todos os ângulos


em que ela é direcionada num plano. Esta curva indica se a lâmpada ou luminária têm uma distribuição de
luz concentrada, difusa, simétrica, assimétrica. Como podemos observar na Error: Reference source not
found a imagem da esquerda apresenta a curva no plano transversal a vermelho a coincidir com a curva no
plano longitudinal a azul, logo, a distribuição da luz da luminária é simétrica em torno do eixo imaginário
onde os dois planos se intersetam, o mesmo não acontece na imagem da direita.

Figura 11 Curvas de distribuição luminosa de duas luminárias diferentes Fonte: (DiaLux, 2023)

O índice de encandeamento (UGR ) expressa a probabilidade de encadeamento direto de uma


luminária, que causa sensação de desconforto e pode limitar a visão das pessoas. Os fabricantes de
luminárias fornecem a os valores de UGR em tabelas que relacionam a geometria da divisão e a
reflexividade das superfícies. Os valores de referência UGR estão estipulados na norma EN12464, por
exemplo ambiente de escritório na Error: Reference source not found (Anexo I).

-Cintilação slide 27

-Efeito estroboscópico slide 27

-Contraste slide 30

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2.2.4. Iluminação em espaços interiores

-Tipologias de iluminação slide 33

-Computador Disposição face às fontes de luz natural slide 35

-Configuração do posto de trabalho com computador slide 37

-Iluminação Natural slide 38

-Iluminação Artificial slide 39

-Manutenção

2.2.5. Dispositivos Auxiliares

Os dispositivos auxiliares permitem o controlo e o funcionamento das lâmpadas. Como dispositivos


responsáveis pelo funcionamento, temos o exemplo dos balastros para as lâmpadas florescentes e os LED
drivers para as lampas LED, tem como função ajustar e manter a tenção nominal necessária aos terminais
da lâmpada.

No que diz respeito aos dispositivos de controlo, estes permitem uma utilização mais eficiente das
lâmpadas, existem várias soluções no mercado como por exemplo:

 Deteção de presença, as lâmpadas só ligam com a presença humana.


 Regulação da intensidade luminosa em função da luz natural, o fluxo luminoso da lâmpada é
regulado de forma automática em função da luz natural.
 Sistemas automáticos integrados (módulos programáveis) que fazem a gestão eficiente dos sistemas
de iluminação.

2.2.1. Grandezas consideradas no estudo luminotécnico

As seguintes grandezas constam no Capitulo11-Iluminação Fixa (pag.124 a 129) do Manual SCE.

Potência nominal de iluminação [ P tot ], corresponde ao somatório das potências nominais das
lâmpadas, incluindo o respetivo balastro, transformador ou driver.
19
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Equação 7 Potência nominal de iluminação

Ptot=∑ P (W ) Pi ,n – Potência nominal do conjunto lâmpada + balastro transformador ou driver, da luminária 𝑛 [W


i ,n
n
].

Fator de ocupação do espaço [𝐹𝑜𝑐], encontra-se associado à existência de sistemas de controlo de


presença humana. Nos espaços interiores dos edifícios da Escola Naval não existem estes sistemas,
portanto segundo o manual SCE considera-se F oc =1.

Fator de disponibilidade de luz natural do espaço [ F d ], encontra-se associado à existência de


sistemas de controlo, que regulam da intensidade luminosa em função do nível de luz natural. Nos espaços
interiores dos edifícios da Escola Naval não existem estes sistemas, portanto segundo o manual SCE
considera-se F d=1 .

Densidade de potência de iluminação instalada [𝐷𝑃𝐼𝑖𝑛𝑠𝑡]

Equação 8 Densidade de potência de iluminação instalada

( P tot × F oc × F d ) + Pc 2 Pc – Potência nominal total dos sistemas de controlo do espaço [W ]


DPI inst = (W /m )
Aespa ç o
Aespa ç o – Área de pavimento do espaço [m 2]

Densidade de potência de iluminação instalada, por 100 lx [ DPI 100lx ]

Equação 9 Densidade de potência de iluminação instalada, por 100lx

100 Em -Iluminância média mantida no espaço [lx ].


DPI 100lx =DPI inst × [(W /m2 )/100lx ]
Em

2.3. Estudo Luminotécnico

Com este estudo pretende-se compreender como implementar um sistema de iluminação em espaços
diferenciados e que cumpra o estipulado no Manual SCE e também, o estudo da iluminação de um espaço
em função da sua iluminação natural.

O objeto de estudo será os espaços interiores dos edifícios da Escola Naval, escolhidos conforme a
sua função.

20
UC CT304 TEORIA DO NAVIO VI XXXXXXX

O estudo luminotécnico será realizado com recurso a software DIALux que cumpre as normas EN
15193 e EN 12464-1, exigidas no Manual SCE. Este software permite o cálculo das grandezas
luminotécnicas.

Partindo das plantas dos edifícios da Escola Naval ira ser modelado os seus espaços interiores bem
como os sistemas de iluminação conforme as seguintes considerações do Manual SCE:

 O perfil horário considerado na ocupação dos espaços será o previsto para uma semana tipo,
conforme o disposto na pag.185 do Manual SCE.
 Os valores de iluminância média requerida no espaço ( Em req ), constantes na Norma EN 12464-1,
encontram-se previstos no Anexo IV – Valores de iluminância (pag.221 a 227) do Manual SCE.
 Não será considerado no cálculo da iluminância media mantida no espaço ( Em ), o contributo de
iluminação natural, móvel, de emergência, de montras, de expositores e cénica, conforme o disposto
no Capítulo 11.5.1 alínea a) da pag.128 do Manual SCE.

2.3.1. Resultados obtidos

Os resultados obtidos no Software DIAlux de estudo Luminotécnico, estão na Error: Reference


source not found (Anexo II). No ficheiro anexo está disponível o relatório DIAlux com a informação
luminotécnica dos espaços estudados.

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3. Ergonomia

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4. Conclusão

No futuro pode se fazer em estudo por forma a compreender o desempenho energético de todas as salas.

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5. Referências

Lumistrips. (26 de 07 de 2019). Temperatura de cor do LED: Explicado. Obtido de Lumistrips:


https://www.pt.lumistrips.com/lumistrips-blog/color-temperature-explained-pt/

Ashdown, I. (12 de 01 de 2015). A Pleasing Solution. The Kruithof Curve, p. 1.

Associação das Agências de Energia e Ambiente-RNAE. (2014). Iluminação Interior. Eficêincia


Energetica na Empresa. Vila nova de Gaia, Porto, Portugal: EDIÇÃO TÉCNICA E DESIGN
GRÁFICO - SFC.

DiaLux. (2023). Glossário. Software Dialux evo 11. Bahnhofsallee 18, 58507 Lüdenscheid, Deutschland
(Alemanha).

Direção Geral de Energia e Geologia. (2021). ManualSCE. Em Manual Tecnico para a Avaliaçao do
Desempenho Energético dos Edificios. Lisboa.

PHILIPS. (2018). Lighting Philips. Obtido de Desfrute de cores reais com uma lâmpada LED de IRC
elevado: https://www.lighting.philips.pt/consumer/luzes-led/desfrute-de-cores-reais-irc-de-leds

PHILIPS. (24 de 04 de 2023). Lighting Philips. Obtido de Catálogo de iluminação profissional:


https://www.lighting.philips.pt/prof

Ribeiro, T. S. (Fevereiro de 2010 de 2010). Luminotecnia Métodos de avaliação (. Dissertação realizada


no âmbito do Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores, 6-14.

Rocha, C. (11 de Outubro de 2018). EDIFÍCIOS ESCRITÓRIOS-ILUMINAÇÃO EFICIENTE DESDE O


PROJETO À OBRA . WEBINÁRIO LEDVANCE. Lisboa, Lisboa, Portugal.

Salvador, B. N. (Maio de 2015). Metodologia Integrada de Gestão de Iluminação em Edifícios de Serviços


Aplicada aos Edifícios do Campus do IST. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em
Engenharia Mecânica. Lisboa, lisboa, Portugal.

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UC CT304 TEORIA DO NAVIO VI XXXXXXX

6. Anexos

6.1. Anexo I Valores de referência Em , UGR , U 0 e Ra para ambientes de escritório (Norma


EN12464)

Ambiente Em UGR U0 Ra

Desempenho do trabalho, fotocópias, etc. 300 19 0,4 80

Escrita, digitação e leitura, processamento de dados num PC 500 19 0,6 80

Desenho técnico 750 16 0,7 80

Postos de trabalho CAD 500 19 0,6 80

Salas de conferências e reuniões 500 19 0,6 80

Secretárias de receção 300 22 0,6 80

Arquivos 200 25 0,6 80

Tabela 2 Valores típicos de Em , UGR , U 0 e Ra para ambientes de escritório (Norma EN12464)

25
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Estudo Luminotécnico

Conforme Manual SCE Valores obtidos no software DIAlux

(Calculado) (Nominal EN12464) DPI 100lx



DPI inst Altura do η Luminaria
Em req Área dire P Luminária Ø Luminária

[ ]
Quantidade
Tipo de espaço, tarefa W plano de uso
Espaço Requisitos específicos Em U0 ito (lm/W )
ou atividade RUG , max U0 RUG , max 2
[lx ] 2
[W /m ] m2 [m ] [m]
luminárias [W ] [lm]
[lx] 100 lx ¿]

Salas de trabalhos oficinais 500


Oficina (Tabela 154 do Manual SCE)
Nil

 Iluminância ao nível do
pavimento
 Uma iluminância vertical 75
Áreas de parqueamento
Garagem (Tabela 152 do Manual SCE)
elevada favorece o
reconhecimento dos rostos dos
indivíduos e, consequentemente,
o sentimento de segurança
Salas de aula práticas e 500
laboratórios Nil
(Tabela 154 do Manual SCE)
Laboratório de Trabalho de montagem – de
mini soldadora precisão, por ex. 1000
equipamentos de medição, Nil
placas de circuitos impressos
(Tabela 129 do Manual SCE)
Posto de (Tabela 138 do Manual SCE)
transformação
(Tabela 138 do Manual SCE)
Caldeiras
 A iluminação deve ser
Auditório Auditórios, salas de 500
regulável de modo a acomodar
conferências
“Serra “ (Tabela 154 do Manual SCE)
diferentes necessidades
áudio/vídeo
Escrita, dactilografia, leitura, 500
Gabinete CC processamento de dados Nil
(Tabela 144 do Manual SCE)
Escrita, dactilografia, leitura, 500
Secretaria escolar processamento de dados Nil
(Tabela 144 do Manual SCE)
Obras expostas insensíveis à Nil
 A iluminação é determinada
Museu luz
pelos requisitos da exibição
(Tabela 150 do Manual SCE)
Áreas de leitura 500
Biblioteca (Tabela 151 do Manual SCE)
Nil

Arquivar, reprografia, etc. 300


Reprografia (Tabela 144 do Manual SCE)
Nil

áreas de armazenamento com  Iluminância ao nível do 150


Paiol SAF prateleiras pavimento
(Tabela 123 do Manual SCE)
Vestuários, lavatórios,  Em cada banheiro individual 200
Wc quartos de banho, sanitários se estes forem completamente
(Tabela 120 do Manual SCE) fechados
Hall de entrada do Halls de entrada 200
Nil
edifício escolar (Tabela 154 do Manual SCE)
Áreas de circulação e 100
Corredor corredores Nil
(1º Piso DCT) (Tabela 154 do Manual SCE)

6.2. Anexo II Resultados do estudo luminotécnico

Tabela 3 Resultados do Estudo Luminotécnico 26

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