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“OS MAIAS” 8

A CRÓNICA DE COSTUMES

A educação (cap III) – ver folha à parte

- critica-se a educação à portuguesa

O Jantar no Hotel Central (cap. VI – pp. 156-176) - Carlos vê pela 1ª vez Mª Eduarda

- Critica-se o estado deplorável das finanças públicas; o eterno endividamento do país e a consequente
necessidade de reformas extremas e radicais, de que Ega é o defensor mais convicto.
- Critica-se uma sociedade dominada por valores tradicionais, a que se opõe uma nova geração (
Alencar e Ega discutem de forma acesa).

As Corridas de Cavalos (Cap. X – pp. 307-341) – Depois das corridas, Carlos recebe um bilhete de
Mª Eduarda
- Apresenta-se uma visão caricatural da sociedade lisboeta, que num desesperado esforço de
cosmopolitização resolve promover um espetáculo que nada tem a ver com a tradição cultural do
país.
- Critica-se a tendência dos portugueses para imitar aquilo que se fazia no estrangeiro e que se
considerava como sinal de progresso, apesar de não haver uma identificação com aquilo que se
importava . (Daí o desinteresse generalizado, o espaço inadequado, o vestuário ridículo, etc.)

O Jantar dos Gouvarinho (cap. XII) – pp. 388-402) -


- Conclui-se do atraso intelectual do país e dos valores sociais degradados que o definem ( Daí a
estreiteza de pontos de vista do conde de Gouvarinho (já tinha passado por vários ministérios); a
ignorância e a falta de inteligência de Sousa Neto (oficial superior da Instrução Pública); a
incompetência dos políticos; a educação das mulheres.

Os Jornais ( cap. XV pp. 530-533, 571-579) – Publicação do artigo de Dâmaso e subsequente


publicação da carta de retratação
- verifica-se a decadência do jornalismo português, pois os jornais deixam-se corromper, motivados
por interesses económicos, ou evidenciam uma parcialidade comprometedora, originada por motivos
políticos.
- Critica-se o jornalismo corrupto e desprovido de ética, ávido de assuntos escabrosos e escandalosos.

O Sarau no Teatro da Trindade (cap. XVI – pp 586-617) – Entrega do cofre a Ega, por parte do
Guimarães.
- Evidencia-se o gosto convencional e antiquado dos portugueses, dominados por valores caducos,
enraizados num sentimentalismo educacional e social ultrapassados. Verifica-se a total ausência de
espírito crítico da alta burguesia e da aristocracia nacionais e a sua falta de cultura.
- Daí:
. o apreço e a admiração pela linguagem oca, impregnada de artificialismos barrocos e ultra-
românticos de Rufino;
. a total falta de sensibilidade estética para apreciar o verdadeiro talento de Cruges, o fiasco da noite;
. a ausência da família real num espetáculo de beneficência;
. o sentimentalismo exagerado de Alencar associado a um patriotismo eloquente, defendendo a
República, essa “aurora” que viria com Deus.

O Passeio Final (cap. XVIII – pp. 696-707) – Dez anos após a ação central
- Constata-se a sensação de total imobilismo da sociedade portuguesa; o provincianismo dessa
sociedade; a aceitação do fracasso e do desencanto (por parte de Carlos e Ega); a falta de fôlego
nacional para acabar os grandes empreendimentos; a imitação do estrangeiro; a decadência dos
valores genuínos.
- Daí que :
. a estátua de Camões simbolize a glória perdida;
. a Avenida simbolize o esforço inglório do progresso;
. os bairros antigos simbolizem a decadência atual, mas também aquilo que é genuíno;
. o Ramalhete simbolize o fim dos Maias.

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