Você está na página 1de 5

Críticas a Portugal em discurso direto

Olá. Iremos apresentar-vos as críticas a Portugal em discurso direto, na obra


Os Maias. Vamos falar acerca dos cinco episódios das críticas de costumes, o
jantar no Hotel Central, as corridas no Hipódromo de Belém, o jantar na Casa
dos Gouvarinho, as redações dos jornais “A Corneta do Diabo” e “A Tarde” e o
sarau no Teatro da Trindade.
Primeiramente iremos fazer um breve resumo dos episódios, e após isso
vamos fazer um jogo em que consiste em levantarem o nome da personagem
que disse a determinada citação.

O primeiro episódio, o jantar no Hotel Central, retrata um jantar, organizado


por Ega, onde decorre uma discussão literária em que se confrontam as ideias
do Ultrarromantismo e do Realismo. Também refletem, de forma trocista, sobre
a decadência económica social e moral de Portugal, revelando a indiferença
das elites perante a situação preocupante em que o país se encontra,
mencionando a mentalidade retrógrada da mesma.

Passando para o segundo episódio, o Hipódromo de Belém trata-se de um


evento com pretensões sociais, que copia as corridas de Inglaterra e França.
Censura-se a imitação de comportamentos sociais estrangeiros e a presunção
da sociedade burguesa e fidalga portuguesa, que cultiva uma aparência altiva
de elegância, mas que se revela postiça e ridícula. Os comportamentos, o
vestuário e a decoração são artificiais, revelando provincianismo português e a
falta de civismo quando se desencadeia uma violenta discussão que chega á
agressão física.

O episódio seguinte é o jantar na Casa do Conde de Gouvarinho. Carlos e


Ega jantam na sua casa, onde se discutem questões relevantes, como a
educação das mulheres e a literatura. A conversa dos dois amigos com o conde
de Gouvarinho e com Sousa Neto, alto funcionário da instrução pública, expõe
a falta de cultura, a mediocridade das ideias e a falta de visão sobre os
problemas do país.

Os dois episódios que decorrem nas redações dos jornais A Corneta do


Diabo e A Tarde expõe os vícios do jornalismo, assim como a falta de ética dos
seus profissionais, a falta de qualidade dos textos publicados e as relações
condenáveis entre esta atividade e a política.
O último episódio decorre no sarau artístico no Teatro da Trindade, onde
critica-se a futilidade de alta sociedade lisboeta, como a reação do público á
atuação de maus oradores e de um bom músico, Cruges, que expõe a falta de
cultura das classes favorecidas.

Capítulo 6
Agora iremos passar para o segundo jogo, ... Esta primeira citação critica o
governo e o ministério, que pouco ou nada fazia para melhorar o país, apenas
pensava nos lucros através dos impostos e os juros dos empréstimos,
mostrando que havia falta de visão para o país.
Esta segunda citação critica a falta de ação e coragem do país, afirmando que
bastava os espanhóis invadirem e os portugueses fugiam.
E a última citação critica a centralização do poder em Lisboa e a falta de
dinamização do país.

Capítulo 10
A primeira citação critica estarmos sempre a copiar desportos culturais de
outro país em vez de apostarem nas atividades nacionais.
A segunda citação remete à falta de organização e contribuição para que o país
avance. Portugal não tinha a mesma diversidade de jogos, serviço militar
obrigatório, ginástica, desportos e não se mexiam para criá-los.
A terceira citação critica o comportamento das mulheres nas corridas, que
estavam isoladas e paradas com um ar aborrecido e com muito calor, devido à
roupa demasiado séria para o evento, estando a observar sem mostrar muito
interesse.
A quarta citação critica a falta de educação dos portugueses que não se sabem
comportar neste tipo de eventos. Tinham acabado de andar à pancadaria,
mostrando os seu provincianismo e maus modos. Esta personagem sente-se
particularmente incomodado, pois quem começou a confusão foi o seu primo, o
comissário D. Pedro Vargas.
A última citação serve para mostrar a futilidade das mentalidades da elite
portuguesa. Esta personagem achava que se contribuía para a civilização
fazendo roupa nova, tendo mandado fazer um casaco e um chapéu com um
véu azul.
Capítulo 12
Esta citação critica a ignorância, a falta de cultura de sousa neto, que de
alguma forma serve para criticar a incapacidade de admiração pública.
Na segunda citação, Carlos responde lhe que as pessoas passam a vida a
pedinchar, mas têm mau gosto e são exageradamente sensíveis.
Esta última citação acaba por criticar o machismo e a mentalidade retrógrada
que achava que as mulheres não deviam ter estudos nem se preocuparem com
a cultura.

Capítulo 15
A primeira citação refere a incapacidade dos governantes terem auto
criticismo. O país é mal governado e quem o governa acha que tem muito
talento.
Na segunda citação, Ega crítica a falta de qualidade jornalística evidenciando
que não tem classe separa comentários o livro de craveiro (canto da serra).
Esta última citação pretende reforçar que Portugal era um pais de
incompetentes e incultos e Melchior critica a sua falta de interesse.

Capítulo 16
A última citação critica a falta de cultura de elite que assistiu e aplaudiu ao
que Refino recitou, mas foram embora sem querer ouvir Cruges mostrando
desconhecer arte, porque Refino era artista sem qualidade que fez uma
espécie de "Sermão" sobre a Democracia, enquanto Cruges era um pianista
competente.

CRÍTICAS jogo 1
Capítulo 6:
Decadência de Portugal
Corrupção política
Incompetência profissional
Mentalidade retrógrada
Vícios da sociedade
Capítulo 10:
Provincianismo
Imitação do estrangeiro
Viver de aparências
Impotência das mulheres
Presunção da burguesia

Capítulo 12:
Falta de cultura e espírito crítico
Educação das mulheres
Ignorância e superficialidade da elite
Incapacidade governativa
Falta de visão futura para Portugal

Capítulo 15:
Falta de ética dos jornalistas
Falta qualidade dos textos jornalísticos
Falta de separação entre os interesses pessoais e a vida profissional
Corrupção profissional
Sensacionalismo

Capítulo 16:
Falta de cultura perante as artes
Falta de saber estar
Excesso do Ultrarromantismo
Excesso de emoções perante o exagero poético
Bajulação à família real

Você também pode gostar