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História da Industrialização

O processo de industrialização no Brasil inicia-se tardiamente, no século XX


(após o declínio do café), durante o processo de substituições das importações.
Nessa época, os estados mais agraciados foram Rio de Janeiro, Minas Gerais
e, especialmente, São Paulo, que teve um intenso aumento populacional e um
rápido avanço da infraestrutura de serviços, telecomunicações, transporte,
energia, etc. Essa industrialização representou enorme concentração em
determinados pontos do estado. Em São Paulo, o interior ainda tem grande
presença da agropecuária; no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, ainda é forte
a presença do extrativismo: mineração de ferro, bauxita e níquel no caso
mineiro, e petróleo e gás no caso fluminense.

Ainda assim, nesses estados, existem alguns outros pólos industriais, como:
Campinas e São José dos Campos (São Paulo) e Barra Manda e Volta
Redonda (Rio de Janeiro). Na década de 1990, ocorre o processo conhecido
como “desconcentração industrial”, São Paulo continua como o grande pólo
industrial da Região Concentrada e do Brasil, contendo cerca de 30% de todo o
PIB industrial brasileiro.

Como dito, na década de 1990, ocorreu o processo de “desconcentração


industrial”, onde outros estados da Região Concentrada começam a
desenvolver sua indústria. Dessa vez, entretanto, ocorre um planejamento
estratégico de distribuição, direcionando as atividades do setor para cidade de
pequeno e médio porte (um exemplo é a Klabin em Telêmaco Borba, no
Paraná).

Graças a essa estratégia, os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande


do Sul conseguiram diminuir os gastos com as logísticas de seus produtos. As
modernizações e ampliações em seus principais portos tornaram muitas
atividades viáveis. Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e Curitiba (Paraná)
destacam-se como os principais pólos industriais nesses estados, mas ainda
merecem destaque: Blumenau e Joinville (Santa Catarina); Londrina, Maringá e
Ponta Grossa (Paraná) e Caxias do Sul, Pelotas e Santa Maria (Rio Grande do
Sul).

Nível de Industrialização nos estados

A Região Concentrada é de longe a mais industrializada dentro do modelo “Os


Quatro Brasis”. Seguindo o modelo do IBGE, a região Sudeste é a mais
industrializada e a Sul é a segunda, sendo justamente os estados dessas
regiões que compõem a região concentrada. Ainda mais, dos oito polos
industriais que entregam o chamado “Vale do Silício Brasileiro”, sete são
encontrados na Região Concentrada.
São Paulo: é o estado mais industrializado do país, pode ser dividido em
quatro pólos industriais: Região Metropolitana de São Paulo (desenvolvimento
de tecnologias e fabricação de automóveis), Vale do Paraíba (produção de
aeronaves e veículos, além de alta tecnologia, eletroeletrônicos, têxtil e
química), Campinas (automóveis, tecnologia, petroquímica e têxtil) e Região
Administrativa Central (abriga importantes empresas como: Volkswagen,
Faber-Castell e Electrolux).

Rio de Janeiro: possui um parque industrial diversificado, abrigando indústrias


metalúrgicas, siderúrgicas, químicas, de alimentos, mecânicas, editorial e de
celulose. É o maior produtor de petróleo e gás natural do país, estabelecendo
sedes de grandes empresas ligadas a esse setor, como Shell, Esso, Ipiranga e
El Paso.

Minas Gerais: terceiro maior parque industrial do país, destacando-se por


empresas do automobilismo, como a Fiat, Mercedes-Benz e Iveco. Também
abriga empresas do setor alimentício, têxtil, eletroeletrônico, mecânica,
metalúrgico, siderúrgico, construção civil e mineradoras (MG apresenta grande
riqueza mineral, por isso, é grande produtor de ouro, zinco, bauxita e minério
de ferro). Um setor que está em expansão no estado é o de biotecnologia,
onde, atualmente, existem 80 empresas instaladas.

Espírito Santo: Apesar de menos expressivo comparado aos seus vizinhos, o


Espírito Santo possui certa relevância no setor industrial, já que 34,5% da
economia do estado é composta por esse setor da economia. Destaca-se por
produtos siderúrgicos, já que é o segundo maior produtor de petróleo e gás
natural do Brasil, atrás apenas do Rio de Janeiro.

Paraná: hoje o estado reúne cerca de 24 mil indústrias, sendo um grande polo
industrial do país. Indústrias dos setores: automobilístico, metalmecânica,
cimento, cerâmica, montagem de máquinas, tecidos, frigoríficos, além de
agroindústrias de soja, milho, carne suína e madeira.

Santa Catarina: atua principalmente no setor têxtil, cerâmica e metalmecânica.


Na agroindústria, abriga as duas maiores empresas de alimentos do Brasil (que
inclusive são nativas do estado): Sadia e Perdigão. Também destacam-se
empresas da indústria de motor elétrico, indústria de compressores e
eletrodomésticos, como a Cônsul e a Brastemp.

Rio Grande do Sul: neste estado, a indústria é bem diversificada. Inicialmente,


foram desenvolvidos empresas dos setores da agroindústria e de outros
segmentos do setor primário, que foram estratificando-se para outros setores
da economia com o tempo. Hoje, destacam-se as indústrias de transformação,
alimentos, petroquímicas, máquinas, automobilística (General Motors),
implementos agrícolas, fertilizantes e calçados.
REFERÊNCIAS

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-industrializacao-brasileira.htm

https://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/o-espaco-industrial-no-brasil

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/industrializacao-regiao-
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%201920.&text=A%20Regi%C3%A3o%20Sudeste%20%C3%A9%20a,seu
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https://engajatech.com/blog/cidades-que-sao-conhecidas-como-o-vale-do-
silicio-brasileiro

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/economia-estado-sao-paulo.htm

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-economia-rio-janeiro.htm#:~:text=A
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https://brasilescola.uol.com.br/brasil/economia-minas-gerais.htm#:~:text=Minas
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https://brasilescola.uol.com.br/brasil/a-economia-espirito-santo.htm

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/economia-parana.htm

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/economia-santa-catarina.htm

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/economia-rio-grande-sul.htm

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