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UNIVERSIDADE KIMPA VITA

VII REGIÃO ACADÉMICA

ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA DO CUANZA NORTE

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE INFORMÁTICA DE

GESTÃO

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA INFORMÁTICO PARA GESTÃO DE


PROCESSAMENTO SALARIAL DO POSTO DE ABASTECIMENTO DA
PUMANGOL EM NDALATANDO

Autor: Tavares Augusto Maria de Fátima

Tutor: MSc. Bendito dos Anjos

Co-tutor: Lic. Pedro Xavier Inosa André

Trabalho apresentado para obtenção do grau de Licenciatura em


Informática de Gestão.

Ndalatando, Dezembro de 2018.


UNIVERSIDADE KIMPA VITA

VII REGIÃO ACADÉMICA

ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA DO CUANZA NORTE

DEPARTAMENTO DE ENSINO E INVESTIGAÇÃO DE INFORMÁTICA DE

GESTÃO

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA INFORMÁTICO PARA GESTÃO DE


PROCESSAMENTO SALARIAL DO POSTO DE ABASTECIMENTO DA
PUMANGOL EM NDALATANDO

Comissão do júri

Presidente: ________________________________________

1º Vogal: ________________________________________

2º Vogal: ________________________________________

Secretário: ______________________________________

Trabalho apresentado para obtenção do grau de Licenciatura em


Informática de Gestão.

Ndalatando, Dezembro de 2018.


ÍNDICE

DEDICATÓRIA ........................................................................................................... i

AGRADECIMENTOS ................................................................................................ ii

SIGLAS .................................................................................................................... iii

FIGURAS ................................................................................................................. iv

RESUMO................................................................................................................... v

ABSTRACT .............................................................................................................. vi

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1

CAPÍTULO I. MARCO TEÓRICO SOBRE SISTEMAS INFORMÁTICOS E GESTÃO


FINANCEIRA............................................................................................................. 8

1.1. Sistema .............................................................................................................. 8

1.1.1. Componentes do sistema ................................................................................ 8

1.2. Informação ......................................................................................................... 9

1.3. Sistemas de Informações Gerenciais ................................................................. 9

1.3.1. Benefícios dos Sistemas de Informação gerenciais ...................................... 11

1.4. Gestão .............................................................................................................. 12

1.4.1. Gestão financeira .......................................................................................... 13

1.5. Tecnologias de Desenvolvimento da Aplicação ............................................... 13

1.5.1. Microsoft Visual C# ....................................................................................... 13

1.5.2. SQL ............................................................................................................... 14

1.6. Ferramentas de Desenvolvimento da aplicação ............................................... 14


1.6.1. Visual Studio 2010 ........................................................................................ 14

1.6.2. Interface e Regra de Negócio........................................................................ 15

1.6.3. Connection String .......................................................................................... 15

1.6.4. ReporterViewer ............................................................................................. 16

1.6.5. Repositório Microsoft Office Acess 2007 ....................................................... 16

CAPÍTULO II. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO DO EXISTENTE. ...................... 18

2.1. Breve historial sobre o posto de abastecimento da Pumangol ......................... 18

2.2. Missão .............................................................................................................. 19

2.3. Objectivo .......................................................................................................... 19

2.4. Valores ............................................................................................................. 19

2.5. Organograma Geral da Pumangol – PA Ndalatando ....................................... 20

CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO DAS FUNCIONALIDADES DA APLICAÇÃO .... 21

3.1. Diagramas ou esquemas do sistema ............................................................... 21

3.1.1. Esquema de Base de Dados ......................................................................... 21

3.1.2 Diagramas de Casos de uso .......................................................................... 21

3.2. Descrição dos Casos de Uso ........................................................................... 22

3.3. Análise de Requisitos ....................................................................................... 24

3.3.1. Requisitos Funcionais ................................................................................... 24

3.3.2. Requisitos não Funcionais ............................................................................ 25

3.4. Metodologia de desenvolvimento da aplicação ................................................ 26


3.4.1. Paradigma de desenvolvimento de software ................................................. 26

3.5. Implementação da aplicação ............................................................................ 27

3.6. Apresentação das Funcionalidades da Aplicação ............................................ 27

Conclusões.............................................................................................................. 39

Recomendações ..................................................................................................... 40

Referências Bibliográficas ……………………………………………………………...vii


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os membros da minha família, especialmente a minha


filha Elisandra de Fátima.

i
AGRADECIMENTOS

Os meus agradecimentos estendem-se a Deus pela saúde, paz e aos meus queridos
docentes da Escola Superior Politécnica do Cuanza Norte, ao Digníssimo Decano
Pedro Vita PhD, ao Chefe do Departamento de Informática de Gestão Cristovão
João Zua PhD, Por estes serem os pilares que suportaram o meu saber enquanto
estudante, aos meus colegas, aos meus amigos em geral, aos meus pais Augusto
Mussango e Elisa Paulo, Victoria Augusto, Daniel Augusto, Suzana Augusto,
Cristiano Augusto, Carla Linea, Rufino Neto.

Olhando isso como dever que na qual cumpri com muita satisfação, agradecendo
aqueles que estiveram disponíveis, que me ajudaram neste projecto, que
contribuíram de modo directo e significativo e orientaram-me na elaboração desta
monografia, os meus tutores MSc. Bendito dos Anjos e o Engenheiro Pedro Xavier
Inosa André pelo empenho e rigor.

ii
SIGLAS

BLL: Business Logic Layer

C#: C sharp

C++: C Plus Plus

DAL: Data Acess Layer

GB: Gigabyte

IBM: International Business Machines

NET: Network (Internet)

PDF: Portable Document Format

RAD: Desenvolvimento de Aplicações Rápidas

RAM: Random Acess Memory

RF: Requisito Funcional

RNF: Requisito Não Funcional

RUP: Rational Unified Process

UI: User Interface

UML: Linguagem de Modelagem Unificada

XP: Experience

iii
FIGURAS

Fig. 1 – Organograma geral da Pumangol.. …………………………………………….20

Fig. 2 – Esquema de Base de Dados ……………………………………………………21

Fig. 3 – Diagrama de caso de uso do sistema ………………………………………….22

Fig. 4 – Tela de configuração do sistema ……………………………………………….27

Fig. 5 – Tela de configuração …………………………………………………………….28

Fig. 6 – Tela de cadastro dos dados pessoais …………………………………………28

Fig. 7 – Tela de selecção de funcionário ……………………………………………….29

Fig. 8 – Tela de cadastro de usuários …………………………………………………..30

Fig. 9 – Tela de login ………………………………………………………………………30

Fig. 10 – Tela principal do sistema …………………………..…………………………..31

Fig. 11 – Tela de cadastro de funções/categorias ……………………………………..32

Fig. 12 – Tela de cadastro de funcionários ……………………………………………..33

Fig. 13 – Tela dos funcionários da Pumangol …………………………………………33

Fig. 14 – Tela de criação de salário.……………………………………..………………34

Fig. 15 – Tela de processamento salarial ……………………………………………….34

Fig. 16 – Tela de folha de remunerações para a empresa ……………………………35

Fig. 17 – Tela de folha de remunerações para o banco ………………………………36

Fig. 18 – Tela de folha de remunerações para o INSS ………………………………..37

iv
RESUMO

O aspecto primordial deste trabalho é o desenvolvimento de um sistema informático


para gestão salarial, sendo que o principal objectivo é desenvolver um sistema
informático para gestão de processamento salarial do posto de abastecimento da
Pumangol em Ndalatando, e tem como objectivos específicos, analisar a bibliografia
e fundamentos correspondentes ao marco teórico relacionados à gestão comercial,
para analisar as melhores práticas e ferramentas a aplicar na solução do trabalho,
diagnosticar a gestão e operatividade (processos e fluxo de dados) da informação
relacionada com o processo de pagamentos salariais do posto de abastecimento da
Pumangol em Ndalatando e implementar o sistema informático para gestão de
processamento salarial do posto de abastecimento da Pumangol em Ndalatando. O
trabalho está constituído por três capítulos, o primeiro capítulo faz uma abordagem
do marco teórico sobre sistemas informáticos e gestão financeira, o segundo
capítulo faz a apresentação da aplicação e caracterização do estudo do existente, já
no terceiro e último capítulo faz-se uma descrição metodológica do estudo.

Palavras-chave: Salarial, Gestão, Posto de abastecimento, Pumangol, Sistema.

v
ABSTRACT

The main aspect of this work is the development of a computer system for salary
management. The main objective is to develop a computer system for the
management of the salary processing of the Pumangol filling station in Ndalatando,
with the specific objectives of analyzing the bibliography and theoretical frameworks
related to commercial management, to analyze the best practices and tools to be
applied in the work solution, to diagnose the management and operation (processes
and data flow) of the information related to the salary payment process of the
Pumangol in Ndalatando and implement the computer system for the management of
salary processing of the Pumangol filling station in Ndalatando. The work consists of
three chapters, the first chapter takes an approach to the theoretical framework on
computer systems and financial management, the second chapter presents the
application and characterization of the study of the existing, already in the third and
final chapter a description is made of the study.

Keywords: Salary, Management, Supply point, Pumangol, System.

vi
INTRODUÇÃO

No Cuanza Norte, a Pumangol existe a cinco anos, desde o dia 11 de Dezembro de


2013, sendo uma companhia multinacional de petróleo, verticalmente integrada em
midstream e downstream. As actividades no sector de downstream incluem os
processos de distribuição, comercialização a granel e a retalho de uma gama de
produtos refinados derivados do petróleo e processo de gestão dos recursos
humanos, no sector de midstream, incluem os processos de fornecimento,
armazenamento, e transporte de uma gama de produtos derivados do Petróleo.

Os sistemas informáticos representam um conjunto de meios técnicos e


tecnológicos, que unem-se com vista a permitir o tratamento automatizado ou
simplificado das informações. Com o evoluir dos tempos, tem sido indispensável a
utilização destes sistemas no dia-a-dia do ser humano em todas as suas actividades
administrativas e não só, pois, de acordo as mais diversas actividades realizadas
pelo ser humano, também existe no mínimo um sistema informatizado capaz de
suprir as necessidades relativas ao mesmo (Quintas, 2013).

Além do pagamento salarial mensal dos funcionários deste posto de abastecimento,


existem outras operações salariais que são realizadas, tais como: o incrimento de
subsídios (férias, transporte, abono familiar), bem como o cálculo de impostos (IRT,
INSS e faltas).

Os procedimentos manuais em uso para a realização destas operações, têm-se


apresentado lentos e muito trabalhosos, influenciando na capacidade de resposta às
mais diversas necessidades da gerência e dos funcionários.

Há um grande defíce em elaborar mensalmente as tabelas salariais dos funcionários


do posto de abastecimento da Pumangol em Ndalatando, maioritariamente esses
procedimentos são feitos manualmente na área dos recursos humano e variam
desde o levantamento do número de faltas, o cálculo de IRT, INSS até a emissão da
folha salarial dos funcionários para a sua posterior entrega a agência bancária.

1
Problema científico

Como melhorar a gestão de processamento salarial do posto de abastecimento da


pumangol em Ndalatando?

Hipótese de investigação

Com o desenvolvimento e a devida implementação de um sistema informático para a


gestão de processamento salarial do posto de abastecimento da Pumangol em
Ndalatando, será possível melhorar o processamento salarial dos funcionários
afectos a esta instituição e consequentemente a realização e emissão de balanços
das efectividades mensalmente.

Objectivos

O problema apresentado, remete a um estudo a fim de:

Objectivo geral

Desenvolver um sistema informático para gestão de processamento salarial do posto


de abastecimento da Pumangol em Ndalatando.

Objectivos específicos

 Analisar a bibliografia e fundamentos correspondentes ao marco teórico


relacionados à gestão financeira, para analisar as melhores práticas e
ferramentas a aplicar na solução do trabalho.

 Diagnosticar a gestão e operatividade (processos e fluxo de dados) da


informação relacionada com o processo de pagamentos salariais do posto de
abastecimento da Pumangol em Ndalatando.

 Propôr a implementação do sistema informático para gestão de


processamento salarial do posto de abastecimento da Pumangol em
Ndalatando.

2
Objecto de estudo

Mediante a abordagem a ser desenvolvido nessa pesquisa, o nosso objecto de


estudo versa nos recursos humano do posto de abastecimento da Pumangol em
Ndalatando.

Importância do estudo

A referida aplicação permitirá realizar de forma rápida e eficiente os principais


aspectos que formam parte do processo de cadastramento dos funcionários, registro
das faltas, cálculos de IRT, INSS, emissão da efectividade mensalmente do posto de
abastecimento da Pumangol e muitos outros mais processos realizados na empresa
em estudo. Desta, a importância do estudo, versa na inovação tecnológica que terá
no posto de abastecimento da Pumangol, como também para a comunidade
académica, afim de servir como fonte de futuras pesquisas e estudos.

Justificativa

A informação é um factor crucial na gestão administrativa e/ou comercial por ser um


recurso decisivo e indispensável tanto no contexto interno como no relacionamento
com o exterior, pois actua como método facilitador na busca e no registo das
informações dos processos de tomada de decisão nos diversos ambientes
organizacionais.

O uso da linguagem de programação desktop para o desenvolvimento da aplicação


de gestão de processamento salarial do posto de abastecimento da pumangol em
Ndalatando, no caso do C#, se dá principalmente pela vantagem que esta linguagem
oferece, de acordo com Deitel (2005), uma delas é que é orientado a objecto (OO).

Delimitação e Limitação

O presente trabalho científico foi desenvolvido no período de Abril à Novembro do


ano 2018. Este trabalho visa apresentar o desenvolvimento de uma aplicação de
gestão salarial, a aplicação em questão será apresentada a Escola Superior

3
Politécnica do Cuanza Norte e implementado no posto de abastecimento da
Pumangol em Ndalatando.

Para a realização deste trabalho, foram estudados os conceitos que tangem o


desenvolvimento de uma aplicação comercial, principalmente os conceitos de
linguagem de programação C# que nos ajudou a estruturar este trabalho, bem como
as ferramentas utilizadas para o desenvolvimento da aplicação, e em consideração a
aplicação específica serão abordados três capítulos a citar:

1º- Capítulo: Marco teórico sobre sistemas informáticos e gestão financeira

2º- Capítulo: Apresentação da Aplicação e Caracterização do Estudo do Existente

3º- Capítulo: Descrição metodológica do estudo

Tipo de Pesquisa

Pesquisa qualitativa, que segundo Severino (2000) considera que a pesquisa


qualitativa é utilizada, sobretudo para descobrir e refinar as questões de
investigação. Esse enfoque está baseado em métodos de colecta de dados sem
medição númerica, como as descrições e as observaçõe. Regularmente, questões
surgem como parte do processo de investigação, que é flexível e se move entre os
eventos e sua interpretação, entre as respostas e o desenvolvimento da teoria. Seu
propósito consiste em reconstruir a realidade, tal como é observada pelos autores de
um sistema social predefinido. Muitas vezes é chamado de holístico, porque
considera o todo, sem reduzi-lo ao estudo de suas partes.

Segundo Prodanov & Freitas (2013):

Pesquisa qualitativa: É voltada para os aspectos de qualidades, ou seja, subjectivos.


É uma análise onde não se utiliza atributos numéricos e não se mensura os dados.
Na pesquisa qualitativa o resultado depende do esforço intelectual do pesquisador,
ele encontra a conclusão, faz análise dos dados buscando conceitos, princípios e os
significados das coisas.

4
Para fazer a identificação do tipo de pesquisa que se utiliza no trabalho, é preciso
primeiramente se perguntar se haverá necessidade de tabulações numéricas. Se
não houver necessidade a pesquisa irá se caracterizar como qualitativa. Se a
pesquisa for qualitativa e houver a necessidade de resultados estatísticos para
complementar a tarefa, a pesquisa será essencialmente quali-quantitativa, devido a
sua característica mista.

“O papel do investigador, neste enfoque, sendo o principal instrumento de recolha de


dados, assume-se como observador participante em todo o processo investigativo”
(Prodanov & Freitas, 2013).

Área e local de estudo

Local, refere-se ao contexto em que se colocará em prática o estudo. Segundo a


magnitude da investigação pode abrangir um país (exemplo o caso de um senso
nacional), uma zona geográfica, quer seja urbana ou rural, uma instituição como:
uma escola, um hospital, uma fábrica ou empresa, etc (Alvarenga, 2012).

A presente pesquisa foi realizada no posto de abastecimento da Pumangol em


Ndalatando.

Quanto à área de estudo, este abrangiu a de aplicações informáticas.

Tipo de investigação

Usou-se um enfoque descritivo, que procura especificar as propriedades, as


características e os perfis importantes de pessoas, grupos, comunidades ou
qualquer outro fenómeno que se submeta às dimensões ou componentes do
fenómeno a ser investigado. Do ponto de vista científico, descrever é coletar dados
(para os investigadores qualitativos, coletar informações). Num estudo descritivo
selecciona-se uma série de questões e coleta-se informação sobre cada uma delas,
para assim (vale a redundância) descrever o que se investiga (Prodanov & Freitas,
2013).

5
Técnica de observação

“É uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos


na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e
ouvir, mas também em examinar fatos ou ferramentas que se deseja estudar”. É
também presente em todo e qualquer estudo, pois fornece informações de inúmeras
perspectivas e qualidades. A observação depende do olhar sensível e curioso do
investigador que mantém uma postura aberta ao observado, procurando não
influenciar sua percepção e seu registo, pois deve estar livre de interpretações e
concentrar-se à finalidade da descrição da realidade, mais fiel possível (Sanchez,
2006, p. 30).

Tipo de observação

Observação estruturada

Neste tipo de observação, realiza-se em condições controladas para se responder a


propósitos, que foram anteriormente definidos. Requer planeamento e necessita de
operações específicas para o seu desenvolvimento.

Quanto à participação do observador

Participante

Na abordagem por “Observação participante” há que realçar que os objectivos vão


muito além da mera descrição dos componentes de uma situação, permitindo a
identificação do sentido, a orientação e a dinâmica de cada momento. Face à inter-
subjectividade presente em cada momento, a observação em situação permite e
facilita a apreensão do real, uma vez que estejam reunidos aspectos essenciais em
campo. Esta técnica implica que o observador participa directamente, é dizer,
participa nas actividades com o grupo objecto da investigação. O observador chega
a fazer parte do grupo (Alvarenga, 2012).

6
Observação participante é uma investigação caracterizada por interacções sociais
intensas, entre investigador e sujeitos, no meio destes, sendo um procedimento
durante o qual os dados são recolhidos de forma sistematizada.

Ainda de acordo com (Sanchez, 2006, p. 33), “Observação participante, consiste na


participação real do pesquisador com a comunidade ou grupo”.

Em geral são apontadas duas formas:

 Natural - o observador pertence à mesma comunidade ou grupo que


investiga;

 Artificial - o observador integra-se ao grupo com a finalidade de obter


informações.

Nesta pesquisa, foi aplicada a forma artificial porque os observadores integraram-se


no contexto a fim de obterem informações precisas.

7
CAPÍTULO I. MARCO TEÓRICO SOBRE SISTEMAS INFORMÁTICOS E GESTÃO
FINANCEIRA

Neste capítulo é apresentado temáticas relacionadas aos conceitos de sistemas,


informação, gestão salarial e os conceitos relacionados às tecnologias e ferramentas
de desenvolvimento do sistema.

1.1. Sistema

Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que,


conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objectivo e efectuam
determinada função (Peixoto, 2017).

Mediante a abordagem de Quintas (2013), sistema também pode ser definido como
um conjunto de partes que forma um todo. Ele é um conjunto de componentes que
interagem para alcançar um objectivo comum.

1.1.1. Componentes do sistema

Segundo Peixoto (2017), afirma que um sistema possui os seguintes componentes:

Objectivos: Razão de existência do sistema se refere tanto aos objectivos dos


usuários do sistema quanto aos do próprio sistema.

Entradas: Sua função é fornecer ao sistema o material, a energia e a informação


para a operação ou processo.

Processo de transformação: possibilita a transformação de um insumo (entrada) em


um produto, serviço ou resultado (saída).

Saídas: resultados do processo de transformação. Devem ser coerentes com os


objectivos do sistema e tendo em vista o processo de controle e avaliação, devem
ser quantificáveis, de acordo com os critérios e parâmetros previamente fixados.

Controles e avaliação: para verificar se as saídas estão coerentes com os objectivos


estabelecidos.

8
Retroalimentação – feedback: processo de reintrodução da saída sob a forma de
informação. o objectivo é reduzir as discrepâncias ao mínimo, bem como propiciar
uma situação em que o sistema se torne auto-regulador.

1.2. Informação

Segundo Amoral (2007, p. 9), Informação é um conjunto de dados que, quando


fornecido de forma e a tempos adequados, melhora o conhecimento da pessoa que
o recebe, ficando ela mais habilitada a desenvolver determinada actividades ou
tomar determinada decisão.

Informação é o dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões (Peixoto,


2017).

Em termo geral os dados são factos. Se depois de elaborados passam a ter


significado para uma pessoa, transformam se em informação.

A informação é a apresentação activa desses factos e resulta de um certo tipo de


transformação operada pelo computador sobre os dados. Os dados são factos
registados e recolhidos de várias fontes. Informação significa o que uma pessoa
atribui a um dado (López, 2013).

O propósito básico da informação é o de habilitar a empresa a alcançar seus


objectivos pelo uso eficiente dos recursos disponiveis, nos quais se inserem
pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, dinheiro, além da própria informação.

A informação representa a consolidação do poder na empresa, desde o momento de


posse de dados básicos que são transformados em informações, até a possibilidade
de optimizar conhecimentos técnicos e domínio de políticas, bem como a maior
especialização e consequente respeito profissional ao executivo considerado.

1.3. Sistemas de Informações Gerenciais

Segundo Lopes (1997, p. 21) defende que, um sistema de informação é uma


combinação estruturada de informação, recursos humanos, tecnológicos de

9
informação e práticas de trabalho, organizado de forma a permitir o melhor
atendimento dos objectivos da organização.

Um sistema de informação é um sistema de actividade humana social que pode


envolver ou não a utilização de computadores. (Peixoto, 2017)

Segundo López (2013, p. 9) Sistema de informação é um sistema que reúne,


guarda, processa e faculta informação relevante para organização de modo que a
informação é acessível e útil para aqueles que a querem utilizar incluindo gestores,
funcionários e/ou clientes.

Segundo Quintas (2013) os sistemas de informação podem ser:

- Sistemas de informação de contabilidade;

- sistemas de controlo de existências (stocks);

- Sistemas de apoio à navegação;

- Sistemas de apoio a vendas;

- Sistemas de apoio a profissões liberais.

Sistema de informação gerencial é o processo de transformação de dados em


informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando
ainda, a sustentação administrativa para optimizar os resultados esperados.
(Peixoto, 2017)

O sistema de informação gerêncial dá suporte às funções de panejamento, controle


e organização de uma empresa, fornecendo informações seguras e em tempo hábil
para tomada de decisão. O sistema de informação gerencial é representado pelo
conjunto de subsistemas, visualizados de forma integrado e capaz de gerar
informações necessárias ao processo decisório (Afonso, 2015).

10
1.3.1. Benefícios dos Sistemas de Informação gerenciais

Para Peixoto (2017), os sistemas de informção gerenciais possuem muitos


benefícios, das quais destaca:

- Redução dos custos das operações;

- Melhoria no acesso às informações, propiciando relatórios mais precisos e rápidos,


com menor, esforço;

- Melhoria na produtividade, tanto sectorial, quanto global;

- Melhoria nos serviços realizados e oferecidos quer sejam eles internos à empresa,
mas principalmente os externos à empresa;

- Melhoria na tomada de decisões, através do fornecimento de informações mais


rápidas e precisas;

- Estímulo de maior interação entre os tomadores de decisão;

- Fornecimento de melhores projeções e simulações dos efeitos das decisões;

- Melhoria na estrutura organizacional, por facilitar o fluxo de informações;

- Melhoria na estrutura de poder, propiciando maior poder para aqueles que


entendem e controlam cada parte do sistema considerado;

- Redução do grau de centralização das decisões na empresa;

- Melhoria na adaptação da empresa para enfrentar os acontecimentos não


previstos, a partir das constantes mutações nos factores ambientais ou externos;

- Melhor interacção com os fornecedores, possibilitando, em alguns casos, a


consolidação de parcerias;

- Melhoria nas atitudes e nas actividades dos profissionais da empresa;

- Aumento do nível de motivação e de comprometimento das pessoas envolvidas;

11
- Redução de funcionários em actividades burocráticas;

- Redução dos níveis hierárquicos.

1.4. Gestão

Gestão é o acto de administrar, de gerir. Gestão é ainda sinônimo de administração,


gerenciamento, direcção.

O conceito de gestão é usado amplamente no campo empresarial, em diferentes


sectores; dentro de cada um dos sectores, gestão é o acto de gerenciar os recursos
de fora eficiente para que as metas pré-estabelecidas sejam alcançadas (Rios,
2014).

A partir desta base, o grupo encarregado da gestão precisa ainda ter acesso a todas
as informações sobre a área da empresa que deve gerir para poder planejar as
estratégias que levem a empresa aos resultados esperados.

Foi o engenheiro Henry Fayol que, no início do século XX, criou a teoria da gestão
administrativa, aplicável a empresas de quaisquer porte.

Segundo Rios (2014), apoia a teoria de Fayol, afirmando que a gestão empresarial é
dividida em seis funções:

- gestão administrativa;

- gestão financeira;

- gestão comercial;

- gestão de segurança;

- gestão de contabilidade;

- gestão de produção.

12
1.4.1. Gestão financeira

Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos para maximizar a


riqueza ou valor total de um negócio. Mais especificamente, maximizar a riqueza
significa obter lucro mais elevado possível ao menor risco (Gitman, 2002).

Segundo Gitman (2002) afirma ainda que, finanças é a arte e a ciência de


administrar fundos, ou seja, é todo dinheiro aplicado em activos que em contra
partida gera uma quantia igual à aplicada gerado por algum tipo de financiamento.
Finanças nada mais é do que a grande responsável na manipulação de fontes
monetárias, ou seja, tudo que expressar valor.

Segundo Gitman (2002), diz que: a Área de finanças está muito mais complexa e
avança a passos rápidos actualmente. Os mercados financeiros estão voláteis.

O administrador financeiro tem a obrigação de se especializar constantemente, pois


ferramentas utilizadas a três, seis meses ao mais receitas de sucesso e as melhores
fontes de recursos (Martins & Neto, 2013).

1.5. Tecnologias de Desenvolvimento da Aplicação

1.5.1. Microsoft Visual C#

C# (C Sharp) é uma linguagem orientada a objetos, e apresenta uma visão mais


integrada das funções e dados. Seus resultados são produtos mais estáveis e de
melhor qualidade além de seu processo de desenvolvimento permitir um melhor
entendimento do sistema e do seu ambiente. A ferramenta ainda conta com um
ótimo sistema de Debug que facilita em muito a detecção de erros e auxilia no
entendimento de como o aplicativo funciona. O sistema foi desenvolvido em 3
camadas: Camada de acesso à dados ou Data Acess Layer (DAL), Camada de
regras de negócio ou Business Logic Layer (BLL) e Camada de interface do usuário
ou User Interface (UI) (Chacon, 2015).

Segundo Sharp (2008, p.19), o C# pode ser definido como:

13
O Microsoft Visual C# é uma linguagem poderosa, mas simples, voltada
principalmente para os desenvolvedores que criam aplicativos utilizando o Microsoft
.NET Framework. Ela herda grande parte dos melhores recursos do C++ e Microsoft
Visual Basic e pouco das inconsistências e anacronismos, resultando em uma
linguagem mais limpa e lógica.

O Visual C# é um ambiente visual, orientado a objetos que tem por finalidade


desenvolver aplicações rapidamente para o Windows XP e Vista. Estas aplicações
podem ser de propósitos gerais. Usando o Visual C#, você pode criar eficientes
aplicações Windows com o mínimo de codificação manual (Chacon, 2015).

O Visual C# disponibiliza uma extensa biblioteca de componentes reutilizáveis e um


ambiente de ferramentas RAD (Desenvolvimento de Aplicações Rápida) (Chacon,
2015).

1.5.2. SQL

Para se utilizar, administrar, e trabalhar com um banco de dados é utilizada uma


linguagem padrão, que a maior parte dos SGBD aceitam. Essa linguagem é a SQL
(Structured Query Language-Linguagem de Consulta Estruturada) (Lauesen, 2011).

A SQL é um conjunto de declarações que são utilizadas para acessar os dados


utilizando gerenciadores de banco de dados. Apesar de nem todos os gerenciadores
utilizarem a SQL a maior parte deles aceitam suas declarações. A SQL pode ser
utilizada para todas as atividades relativas a um banco de dados, podendo ser
utilizada pelo administrador de sistemas, pelo DBA, por programadores, sistemas de
suporte à tomada de decisões e outros usuários finais (Coelho, 2011).

1.6. Ferramentas de Desenvolvimento da aplicação

1.6.1. Visual Studio 2010

O Microsoft Visual Studio 2010 é um conjunto abrangente de ferramentas e serviços


para o desenvolvimento de aplicativos, ele abrange diversas linguagens de
programação como Visual Basic, Visual C#, Visual C++, etc.

14
Deitel (2005, p.13), argumenta na direção de que o framework .NET apresenta boas
características de portabilidade e flexibilidade:

A arquitetura que pode existir em várias plataformas, ampliando ainda mais a


portabilidade dos programas .NET. Além disso, a estratégia .NET envolve um novo
processo de desenvolvimento de programas que pode mudar a maneira de como
eles são escritos e executados, levando a uma maior produtividade.

O Visual Studio é uma ferramenta moderna, robusta, ela atende as necessidades da


linguagem C# no qual será desenvolvida o sistema e tem diversos elementos visuais
no qual é seu forte.

1.6.2. Interface e Regra de Negócio

Uma regra de negócio é uma condição que deve ser satisfeita quando uma
actividade de negócios está sendo executada. Uma regra pode impor uma política
de negócios, tomar uma decisão ou inferir novos dados a partir de dados existentes.

Usando o IBM® Integration Designer, é possível compor soluções de negócios


integrativas sem qualificações de programação, a criação e o desenvolvimento de
regras de negócios em um ambiente de programação gráfica.

É necessário entender os conceitos chave sobre regra de negócios

1.6.3. Connection String

A string de conexão é um texto que passam as informações necessárias para o


banco de dados estabelecer uma conexão com a aplicação. Obviamente precisa do
endereço (normalmente inclui a porta) onde está o banco.

Connection string que em português significa cadeia de conexão, é uma string que
especifica informações sobre uma fonte de dados e os meios de se conectar a ela.
Ele é passado em código para um driver ou provedor subjacente para iniciar a
conexão. Embora comumente usado para uma conexão de banco de dados, a fonte
de dados também pode ser uma planilha ou um arquivo de texto (Bot, 2016).

15
1.6.4. ReporterViewer

ReporterViewer é um controle livremente redistribuível que permite incorporar


relatórios em aplicativos desenvolvidos usando o .Net Framework. Os relatórios são
projectados com simplicidade de arrastar e soltar usando o Report Designer incluído
no Visual Studio (Got Reporterviewer, 2005).

O controle ReportViewer oferece os seguintes benefícios:

 Processa dados de forma eficiente. O mecanismo de relatórios incorporado


no ReportViewer pode realizar operações como filtragem, classificação,
agrupamento e agregação.
 Suporta uma variedade de maneiras para apresentar dados. Pode apresentar
dados como listas, tabelas, gráficos e matrizes (também conhecidas como
tabelas de referência cruzada).
 Adiciona apelo visual. Pode especificar fontes, cores, estilos de borda,
imagens de plano de fundo, etc. para tomar relatório visualmente atraente.
 Permite interactividade nos relatórios. Pode ter secções recolhíveis, mapa de
documentos, marcadores, classificação interactiva, etc. em seu ralatório.
 Suporta formatação condicional. Pode incorporar expressões no relatório para
alterar o estilo de exibição dinamicamente com base nos valores de dados.
 Suporta impressão e visualização de impressão.
 Suporta exportação para os formatos Excel, Word e PDF. (Exportação do
Word no Visual Studio 2010 e superior).

1.6.5. Repositório Microsoft Office Acess 2007

O Access 2007 é o programa de banco de dados que faz parte do pacote de


escritório Office 2007, da Microsoft. Com o software, o usuário pode criar diversas
aplicações, como um pequeno controle de estoque, lista de livros, cadastro de
clientes, registros de aulas, entre outros. Nele o usuário pode fazer instruções
básicas para criar e usar tabelas, relatórios, formulários e consultas para as suas
aplicações no Access 2007 (Lauesen, 2011).

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O Microsoft Access é um software para desenvolviento de banco de dados
relacional. Em um banco de dados relacional, o usuário organiza os dados em
tabelas relacionadas entre sí. Cada tabela é um conjunto de dados sobre um
assunto especifico, como aluno, curso, disciplina, professor, sala de aula, etc. Utilizar
uma tabela separada para cada assunto significa armazenar os dados somente uma
vez, o que torna o banco de dados mais eficente e reduz os erros de entrada de
dados. O banco de dados Access é constituido de sete objectos: Tabelas,
Consultas, Formulários, Relatórios, Macros e Módulos (Coelho, 2011).

17
CAPÍTULO II. CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO DO EXISTENTE.

Neste capítulo se descreve o historial e os principais objectivos da entidade em


estudo, desde a sua missão, visão e valores.

2.1. Breve historial sobre o posto de abastecimento da Pumangol

A Puma Energy Internacional é uma companhia Multinacional de petróleo,


verticalmente integrada em midstream e downstream. Formada em 1997 na América
Central, que tem expandido as suas actividades alcançando crescimento rápido, e
hoje é uma das maiores empresas independentes no sector de downstream,
presente em mais de 32 países, com mais de 1000 trabalhadores, e 2000 postos de
trabalho direitos.

As actividades no sector de downstream incluem os processos de Distribuição, e


Comercialização a granel e a retalho de uma gama de produtos refinados derivados
do petróleo.

No sector de midstream, incluem os processos de Fornecimento, Armazenamento, e


Transporte de uma gama de produtos derivados do Petróleo.

A Pumangol entrou no Mercado Angolano em 2004 e estabeleceu parceria com a


Sonangol, na sua aspiração estratégica de investir, reabilitar e liberalizar a sua
indústria de comercialização e distribuição de produtos petrolíferos. Actualmente a
Pumangol tem quatro áreas de negócio, nomeadamente a Pumangol Retalho, que
opera as bombas de combustível, a Pumangol Industrial, que vende combustível às
indústrias, a Pumangol Bunkering, que abastece combustível aos navios e a
Angobetumes, que armazena e distribui betume.

A Pumangol construiu estruturas vitais em 18 províncias do país, incluindo


instalações de armazenamento a granel, um programa de uma rede de retalho de
cerca de 78 bombas de combustível em todo o país.

No Cuanza Norte, a Pumangol existe a 5 anos, desde o dia 11 de Dezembro de


2013.

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2.2. Missão

Nossa estratégia está baseada em cinco pilares principais:

- Expandir para mercados com alta demanda por produtos petrolíferos

- Desenvolver infra-estrutura de armazenamento e terminais estratégicos

- Integrar transporte e armazenamento

- Maximizar nosso conhecimento sobre a integração do midstream e downstream

- Manter a confiança dos atores locais

2.3. Objectivo

Nossos principais objectivos a seguir são, orientar nossos esforços para alcançar o
crescimento económico e apoiar o desenvolvimento social através da criação de
empregos e oportunidade de desenvolvimento de carreira, contribuir na melhoria da
qualidade de vida das populações actuando com responsabilidade civil e social
mantendo altos níveis de saúde, segurança e meio ambiente.

2.4. Valores

Manter um comportamento ético e responsável nas relações com clientes,


funcionários, fornecedores, concorrentes, orgãos governamentais e comunidade;

Receptividade às mudanças, encarando-as como oportunnidade e não como


problemas, e adoptando como ferramenta as inovações e a melhoria contínua da
gestão da qualidade.

19
2.5. Organograma Geral da Pumangol – PA Ndalatando

Fig. 1 – Organograma geral da Pumangol – Fonte: Concepção própria

20
CAPÍTULO III. APRESENTAÇÃO DAS FUNCIONALIDADES DA APLICAÇÃO

3.1. Diagramas ou esquemas do sistema

3.1.1. Esquema de Base de Dados

Fig. 2 – Esquema de base de dados do sistema – Fonte: Elaboração própria

3.1.2 Diagramas de Casos de uso

Os diagramas de caso de uso são utilizados para demonstrar as relações dos atores
do sistema.

Segundo Guedes (2011, p.30), O diagrama de casos de uso é o diagrama mais


geral e informal da UML, utilizado normalmente nas fases de levantamento e análise
de requisitos do sistema, embora venha a ser consultado durante todo o processo
de modelagem e possa servir de base para outros diagramas. Apresenta uma
linguagem simples e de fácil compreensão para que os usuários possam ter uma
idéia geral de como o sistema irá se comportar. Procura identificar os atores
(usuários, outros sistemas ou até mesmo algum hardware especial) que utilizarão de
alguma forma o software, bem como os serviços, ou seja, as funcionalidades que o
sistema disponibilizará aos actores.

21
Os Casos de Uso são identificados em um diagrama comportamental que mostra
uma interacção, dando ênfase à organização estrutural de objectos que enviam e
recebem mensagens. Estes representam um modelo que contém muita acção
apresentada como caso de uso a cada um deles define uma das acções que podem
ser tomadas pelos usuários de um sistema (Magela, 2006).

Na sequência, serão apresentados os casos de uso do sistema, ora desenvolvido.

Fig. 3 – Diagrama de caso de uso do sistema – Fonte: Elaboração própria

O Diagrama conforme ilustra a seguir na figura 2, representa as atribuições do actor


do sistema (funcionários que utilizarão o software), e com as suas funções.

3.2. Descrição dos Casos de Uso

1. Cadastro de Usuários

Actor: Gerente

22
Descrição: Este procedimento consiste em cadastrar todas as pessoas que usarão a
aplicação. Inclui inserção e alteração.

2. Cadastro de Funções

Actor: Gerente

Descrição: cadastro das funções ou categorias que os funcionários desempenham


para a definição dos salários base bem como o IRT de cada função. Inclui inserção e
alteração.

3. Cadastro de Funcionários

Actor: Gerente

Descrição: controlo de todos os funcionários da organização que beneficiam do


pagamento salarial a partir do sistema. Inclui inserção e alteração.

4. Cadastro de Salários

Actor: Usuário/Gerente

Descrição: controlo sequencial de todos os salários que são processados,


relativamente a designação do salário, a data de processamento e o usuário que
procedeu a tal processamento em caso de autorização superior. Inclui inserção e
alteração.

5. Cadastro de Pagamentos Salariais

Actor: Usuário/Gerente

Descrição: controlo de todos os pagamentos salariais efectuados aos funcionários.


Inclui inserção e alteração.

6. impressão das folhas de salário

Actor: Usuário/Gerente

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Descrição: actividade que resulta da extensão ao processamento de pagamentos
salariais, relativamente a folha geral de pagamentos, a folha para o banco e a folha
para a Direcçao Provincial do Instituto Nacional de Segurança Social.

3.3. Análise de Requisitos

Para Rodriguez, (2015, p. 30) em primeiro lugar, os requisitos definem o que um


software vai realizar. Portanto, é de fundamental importância durante todo
desenvolvimento do software. Na Engenharia de sistemas e engenharia de software,
análise de requisitos engloba todas as tarefas que lidam com investigação, definição
e escopo para definir um sistema.

Para Sommerville (2007, pag. 82), requisitos são vistos como uma declaração
abstrata, de alto nível, de uma função que o sistema deve fornecer ou de uma
restrição do sistema.

3.3.1. Requisitos Funcionais

Os requisitos funcionais são o verdadeiro alvo da análise de requisitos porque são


eles que fornecem o que deve ser construído. Os requisitos funcionais definem uma
função de um sistema software Eles podem ser manipulação de dados e
processamento e outras funcionalidades específicas que definem o que um sistema
será capaz de realizar. (Sommerville, 2007).

Segundo Sommerville (2007), define requisitos funcionais como, declarações de


funções que o sistema deve fornecer como o sistema deve reagir a entradas
específicas e como deve se comportar em determinadas situações. Entretanto,
listamos os Requisitos funcionais do software:

RF1. Cadastro de Usuarios

RF2. Cadastro de Funções

RF3. Cadastro de Funcionários

RF4. Cadastro de Salários

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RF5. Cadastro de pagamentos salariais

RF6. Definição de configurações

RF7. Impressão de Folhas de salário

3.3.2. Requisitos não Funcionais

Magela (2006, p. 93) Define requisitos não funcionais, os requisitos que restringem a
forma como os requisitos fornecerão seus serviços e se comportarão durante a
execução do software que está sendo produzido.

Os requisitos não funcionais, também são referidos como requisitos de qualidades,


incluindo tantas limitações no produto performance interface de usuário
confiabilidade, segurança interoperabilidade como limitações no processo de
desenvolvimento, custo e tema (Silva, 2008).

Entretanto, os requisitos não funcionais do sistema desenvolvido são:

 RNF- 1: O sistema deverá permitir o controlo de acesso por login e senha.

 RNF- 2: O sistema deverá realizar login de acesso.

 RNF- 3: O sistema irá permitir segurança dos dados e das informações.

 RNF- 4: O sistema permitirá confiabilidade, desempenho, permeabilidade.

 RNF- 5: O sistema permitirá licenciamento trimestral, semestral e anual.

 RNF- 6: Um Computador

 RNF- 7: Sistema Operativo Windows 7 Ultimate

 RNF- 8: Microsoft Visual Studio 2010

 RNF- 9: Microsoft Office 2007 (Acess)

25
3.4. Metodologia de desenvolvimento da aplicação

A metodologia pode ser definida como o conjunto de critérios e métodos utilizados


para se construir um saber seguro e válido (Silva & Da Silveira, 2008). Ela define a
maneira como o estudo se desenvolverá para buscar alcançar uma resposta ao
problema de investigação (Sakamoto & Da Silveira, 2014).

3.4.1. Paradigma de desenvolvimento de software

Uma metodologia para o desenvolvimento de software compreende os processos a


seguir sistematicamente para idealizar, implementar e manter um produto de
software, desde que surge a necessidade do produto até que cumprimos o objectivo
pelo qual foi criado (Luck, 2004, p. 10).

A metodologia utilizada foi a Metodologia RUP (Rational Unified Process) com base,
a documentação elementos de conteúdo, implementado na primeira fase de
desenvolvimento de software, os requisitos funcionais principais documentação
modelos empregado na referida instituição.

No RUP, a forte integração com o UML é notório ao longo de todo o processo, mas
importa referir que o UML e o RUP têm âmbitos de intervenção distintos. O UML é
uma linguagem de modelação, enquanto o RUP é uma metodologia completa de
desenvolvimento de sistema de informação.

Segundo Abraham (2006, p. 57): Metodologia RUP é o um conjunto de módulos ou


elementos de conteúdo, que descrevem o que vai se produzir, as habilidades
necessárias requeridas e a explicação passo a passo descrevendo como se seguem
os objectivos de desenvolvimento.

Esta metodologia contempla as seguintes fases:

 Fase de iniciação: define-se o alcance do projeto.

 Fase de elaboração: analisam-se as necesidades do negócio em maior

detalhe e se define seus princípios arquitetônicos.

 Fase de construção: cria-se o desenho da aplicação e o código fonte.

26
 Fase de transição: entrega-se o sistema aos usuários.

3.5. Implementação da aplicação

Para implementação da aplicação em um ambiente de trabalho, serão necessários


que se atendam os seguintes requisitos básicos:

Quanto à arquitectura de Hardware e Software, deve ter as seguintes características


mínimas:

 Processador Intel Core 2 duos.


 Sistema Operativo: Windows 7 ou superior.
 Arquitectura x32 ou x64 bits do Sistema Operativo.
 Memória RAM: 1GB, no mínimo.
 Disco Duro. Com um armazenamento livre de 250GB.
 Net. Framework 4.7 no mínimo.

3.6. Apresentação das Funcionalidades da Aplicação

1. Tela de configuração

Fig. 4 – Tela de configuração do sistema – Fonte: Concepção própria

27
1.2. Tela de Configuração

Fig. 5 – Tela de configuração – Fonte: Concepção própria

Tela onde se configuram os dados da organização e os dados sobre os impostos a


segurança social.

2. Tela de cadastro dos dados pessoais

Fig. 6 – Tela de cadastro dos dados pessoais – Fonte: Concepção própria

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Tela onde se cadastram os dados pessoais dos funcionários da organização ou
usuários do sistema.

2.1. Tela de selecção de funcionário

Fig. 7 – Tela de selecção de funcionário – Fonte: Concepção própria

29
3. Tela de cadastro de usuários

Fig. 8 – Tela de cadastro de usuários – Fonte: Concepção própria

Tela onde se definem os dados de login e senha dos usuários do sistema.

30
4. Tela de login

Fig. 9 – Tela de login – Fonte: Concepção própria

É na tela anterior onde se efectua o login para o controlo de acesso ao sistema.

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5. Tela principal do sistema

Fig. 10 – Tela principal do sistema – Fonte: Concepção própria

Ambiente principal do sistema. Composto por um menu superior para configuração e


três menus laterais para acesso aos menus de funcionários, usuários e para o
acesso a folha de pagamento de salários.

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6. Tela de cadastro de funções/categorias

Fig. 11 – Tela de cadastro de funções/categorias – Fonte: Concepção própria

Tela acedida a partir da tela de cadastro de funcionários, tela onde se definem as


categorias que os mais diversos funcionários ocupam para se determinar o salário
base e o IRT de cada categoria.

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7. Tela de cadastro de funcionários

Fig. 12 – Tela de cadastro de funcionários – Fonte: Concepção própria

Tela onde se cadastram todos os funcionários que irão beneficiar de processamento


salarial a partir do aplicativo.

8. Tela dos funcionários

Fig. 13 – Tela dos funcionários da Pumangol – Fonte: Concepção própria

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9. Tela de criação de salário

Fig. 14 – Tela de criação de salário – Fonte: Concepção própria

Tela onde se define o salário a ser processado.

10. Tela de processamento salarial

Fig. 15 – Tela de processamento salarial – Fonte: Concepção própria

Tela onde se processam os salários dos mais diversos funcionários. Onde ocorre o
cruzamento entre o funcionário e o salário no âmbito de um determinado mês.

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11. Folha de remunerações para a empresa

Fig. 16 – Tela de folha de remunerações para a empresa– Fonte: Concepção própria

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12. Folha de remunerações para o banco

Fig. 17 – Tela de folha de remunerações para o banco– Fonte: Concepção própria

37
13. Folha de remunerações para a segurança social INSS

Fig. 18 – Tela de folha de remunerações para o INSS– Fonte: Concepção própria

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Conclusões

Após a apresentação do estudo feito, chegou-se às seguintes conclusões:

Em função das diversas pesquisas bibliográficas, nos possibilitou assim


contextualizar o marco teórico e aplicar as melhores práticas e ferramentas na no
desenvolvimento do trabalho.

Através do diagnóstico da gestão e operatividade da informação relacionada com o


processo de pagamentos salariais do posto de abastecimento da Pumangol, foi
possível identificar os requisitos funcionais e não funcionais, os casos de uso e
identificar os problemas que existiam possibilitando o desenvolvimento da aplicação.

Alcançou-se os objectivos preconizados com a implementação do sistema


informático para gestão dos processamentos salariais do posto de abastecimento da
Pumangol tornando possível a melhoria nos processos outrora feitos manualmente.

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Recomendações

A ideia de construir este sistema de gestão foi amplamente positiva, pois a partir dos
testes realizados puderam-se observar vários pontos de melhoria para a ferramenta
desenvolvida. Dentre elas estão: integridade das informações dos processamentos
salariais realizada no posto de abastecimento da Pumangol em Ndalatando;

A aplicação apesar de implementada, tem um prazo de usabilidade de três meses,


para que a empresa possa avalia-la. Recomenda-se que a compra da licença do
sistema e a mesma traz diversas novidades, como é o caso dos cálculos de IRT,
INSS e os números de faltas dos funcionários, facultando assim aos principais
usuários do sistema, a elaboração automática das folhas salariais. É também
recomendada a rede dos postos de abastecimento da Pumangol a nível nacional à
aquisição deste sistema para facilitar nos processos que foram ilustradas
anteriormente.

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