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Sistemas Fotovoltaicos

Sistemas Fotovoltaicos
Aula 24
Inspeção, Ensaios e
Avaliação de Desempenho
Sistemas Fotovoltaicos

ABNT NBR 16274:2014


Estabelece as informações e a documentação mínimas que devem ser compiladas
após a instalação de um sistema fotovoltaico conectado à rede.
Partes da norma:
- Requisitos de documentação do sistema
- Inspeção e verificação
- Ensaios de categoria 1
- Ensaios de categoria 2
- Ensaios adicionais
- Avaliação de desempenho
- ANEXOS A até F
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Terminologia
Verificação: medidas por meio das quais a conformidade da instalação elétrica
com as normas pertinentes é verificada.
Inspeção: exame de uma instalação elétrica utilizando todos os sentidos, a fim
de verificar a correta seleção e montagem adequada dos equipamentos
elétricos.
Ensaio de comissionamento: realização de medições em uma instalação elétrica,
por meio das quais seu correto funcionamento é comprovado.
Ensaio de avaliação do desempenho: realização de medições em um sistema
fotovoltaico conectado à rede, por meio das quais seu desempenho é avaliado.
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Terminologia
Curva IV é o gráfico que relaciona a corrente
(I) e a tensão de saída (V) do módulo
fotovoltaico. Já a curva PV é o gráfico que
relaciona a potência (P) e a tensão (V) de
saída do módulo. A Isc (short circuit –
corrente de curto-circuito ) é a máxima
corrente elétrica que o módulo pode
fornecer. O Voc (open circuit – tensão de
circuito aberto) é a máxima tensão que o
módulo pode fornecer. A Imp (maximum
power – corrente de máxima potência) é a
corrente que o módulo fornece quando
opera no seu ponto de máxima potência. A
Vmp (tensão de máxima potência) é a tensão
que o módulo apresenta nos seus terminais
quando opera no seu ponto de máxima
potência.
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Documentação do sistema
Com relação à documentação do sistema, a norma prevê a divisão em:
✓ Dados do sistema
✓ Diagramas
✓ Folhas de dados técnicos
✓ Informações do projeto mecânico
✓ Informações de operação e manutenção
✓ Resultados dos ensaios e dados do comissionamento
✓ Resultados dos ensaios de avaliação de desempenho
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Verificação inicial e periódica


Segundo a norma IEC 60364-6:
Verificação inicial:
- ocorre logo após a conclusão de uma nova instalação, acréscimos ou
modificações de instalações existentes.
- deve incluir a comparação dos resultados com os requisitos da série IEC 60364 e
IEC 60364-7-712, em particular, foram cumpridos.
Verificação periódica:
- verifica se a instalação e todos os seus equipamentos permanecem em
condições satisfatórias para o uso.
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Inspeção
A inspeção deve preceder os ensaios de comissionamento e é feita antes da
energização da instalação. Deve ser realizada segundo os requisitos da IEC 60364-6.
Devem ser incluídas na inspeção:
• Inspeção do sistema c.c.
• Proteção contra sobretensão/choque elétrico
• Inspeção do sistema c.a.
• Etiquetagem e identificação
• Instalação mecânica
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Ensaios de Comissionamento
Temos dois regimes de ensaio, juntamente com uma série de ensaios adicionais
que também podem ser realizados uma vez que a sequência-padrão está
completa.
a) categoria 1 - conjunto padrão de ensaios que deve ser aplicado a todos os
sistemas.
b) categoria 2 - sequência expandida de ensaios que assume que todos os ensaios
da categoria 1 já foram realizados.
c) Ensaios adicionais - ensaios suscetíveis de aplicação, quer devido a um pedido
de um cliente específico quer como um meio de detecção de falhas quando
outros ensaios ou anomalias operacionais sugerirem um problema que ainda não
foi identificado.
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Procedimentos de ensaio
Categoria 1
Os ensaios seguintes devem ser realizados em todos os sistemas:
• ensaio do(s) circuito(s) c.a. segundo os requisitos da IEC 60364-6;
• continuidade da ligação à terra e/ou dos condutores de ligação equipotencial;
• ensaio de polaridade;
• ensaios funcionais;
• ensaio da(s) caixa(s) de junção;
• ensaio de corrente da(s) série(s) fotovoltaica(s) (curto-circuito ou operacional);
• ensaio de tensão de circuito aberto da(s) série(s) fotovoltaica(s);
• ensaio de resistência de isolamento do(s) circuito(s) c.c.
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Ensaio da caixa de junção


O objetivo é garantir que todas as séries fotovoltaicas estão conectadas corretamente.
O procedimento do ensaio é como segue:
a) colocar apenas os fusíveis negativos
b) medir a tensão de circuito aberto da primeira série fotovoltaica, positivo para o
negativo, e assegurar que é um valor esperado;
c) deixar uma ponta de prova no polo positivo da primeira série fotovoltaica ensaiada e
colocar a outra ponta no polo positivo da série fotovoltaica seguinte. Com a referência
comum negativa, a tensão medida deve ser próxima de zero;
d) continuar as medições nas séries fotovoltaicas subsequentes, usando o primeiro
circuito positivo como a conexão comum de medição;
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Ensaio da caixa de junção

V
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Ensaio da caixa de junção

V
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Ensaio da caixa de junção

V
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Medição de corrente da
Série fotovoltaica
O propósito de um ensaio de medição da corrente de uma série fotovoltaica é
verificar se não há falhas graves na fiação do arranjo fotovoltaico.
Dois métodos de ensaio são possíveis para fornecer informações sobre o
funcionamento correto da série fotovoltaica:
a) Ensaio de curto-circuito
b) Ensaio operacional
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Ensaio de curto-circuito
Condições:
• A corrente Isc de cada série deve ser medida utilizando aparelhos adequados
• A interrupção de correntes de curto-circuito das séries é potencialmente perigosa,
e um procedimento de ensaio adequado deve ser seguido.
• Os valores medidos devem ser comparados com os valores esperados. O ensaio não
se destina a avalição de desempenho do sistema.
• Para sistemas com múltiplas séries fotovoltaicas idênticas e onde há condições de
irradiância estáveis, as medições de corrente em séries fotovoltaicas individuais
devem ser comparadas. Estes valores devem ser os mesmos (tipicamente dentro de
5 % para condições de irradiância estáveis).
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Ensaio de curto-circuito
Procedimentos:
• Assegurar que todas as séries fotovoltaicas estão isoladas umas das outras e que
todos os dispositivos de seccionamento e meios de desconexão estejam abertos.
• Um curto-circuito temporário deve ser introduzido na série fotovoltaica em ensaio
mediante o uso de um instrumento de ensaio com função de medição de corrente
de curto-circuito, um cabo de curto-circuito temporariamente ligado a um
dispositivo de seccionamento em carga já existente ou uma “caixa de ensaio de
curto-circuito”.
• Deve ser assegurado que o instrumento de ensaio tem capacidade de medição de
corrente e tensão superior à máxima Isc e à máxima Voc possíveis.
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Ensaio de curto-circuito

A corrente de curto-circuito
pode ser medida utilizando-
se um alicate-amperímetro,
um amperímetro em série
com o circuito ou um A
instrumento de ensaio com
função de medição de
corrente de curto-circuito.
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Medição da tensão de circuito aberto


A finalidade da medição de Voc da série, dentro da sequência de ensaios do regime de
ensaio categoria 1, é verificar se as séries de módulos estão corretamente conectadas e,
especificamente, se o número esperado de módulos está conectado em série.
A leitura de tensão de circuito aberto da série fotovoltaica deve, então, ser avaliada para
garantir que corresponde ao valor esperado (tipicamente dentro de 5 %) por meio de uma
das seguintes maneiras:
a) comparar com o valor esperado obtido na folha de dados técnicos do módulo;
b) medir Voc em um único módulo e, em seguida, utilizar este valor para calcular o
valor esperado para a série fotovoltaica;
c) para sistemas com múltiplas séries idênticas e quando houver condições de
irradiância estáveis, as tensões entre as séries fotovoltaicas podem ser comparadas;
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Medição da tensão de circuito aberto


A tensão de circuito aberto de
cada série fotovoltaica deve ser
medida utilizando um aparelho
de medição apropriado. Isto
deve ser feito antes do
fechamento de qualquer chave V
ou instalação dos dispositivos de
proteção contra sobrecorrente
das séries fotovoltaicas (se for o
caso).
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Ensaio de resistência de isolamento do arranjo


fotovoltaico
Circuitos c.c. de arranjos fotovoltaicos estão vivos durante o dia e, ao contrário de um
circuito c.a. convencional, não podem ser isolados antes de realizar este ensaio.
Recomenda-se que as seguintes medidas básicas de segurança sejam seguidas:
a) limitar o acesso à área de trabalho;
b) não tocar e tomar medidas para evitar que quaisquer outras pessoas toquem em
qualquer superfície metálica ou na parte de trás do módulo ou nos terminais do módulo
com qualquer parte do corpo ao realizar o ensaio de isolamento;
d) sempre que o dispositivo de ensaio de isolamento é energizado, há tensão na área de
ensaio. O equipamento deve ter capacidade de autodescarga automática;
e) roupas/equipamento de proteção pessoal apropriadas devem ser utilizadas.
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Ensaio de resistência de isolamento do arranjo


fotovoltaico: Método de ensaio
O ensaio deve ser repetido para cada arranjo fotovoltaico, no mínimo. Também é
possível ensaiar séries fotovoltaicas individuais, se necessário.
Dois métodos de ensaio são possíveis:
a) método de ensaio 1 - ensaio entre o negativo do arranjo fotovoltaico e a terra,
seguido de um ensaio entre o positivo e a terra;
b) método de ensaio 2 - ensaio entre a terra e o curto-circuito do positivo e do
negativo do arranjo fotovoltaico.
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Ensaio de resistência de isolamento do arranjo


fotovoltaico: Método de ensaio

Quando a estrutura de
suporte estiver ligada à
terra, a ligação à terra
pode ser em qualquer
ponto de terra adequado
ou na estrutura do
arranjo fotovoltaico.
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Ensaio de resistência de isolamento do arranjo


fotovoltaico: Procedimentos
O dispositivo de ensaio de resistência de isolamento deve ser conectado entre a terra e o(s)
cabo(s) do arranjo fotovoltaico, conforme seja apropriado para o método de ensaio adotado.
A resistência de isolamento, medida com a tensão de ensaio indicada na Tabela, é satisfatória
se cada circuito possuir uma resistência de isolamento não inferior ao valores abaixo:

Valores mínimos de
resistência de isolamento
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Procedimentos de ensaio
Categoria 2
➢ Medição da curva IV do arranjo fotovoltaico
a) medidas de Voc e Isc do arranjo fotovoltaico;
b) medição da potência do arranjo fotovoltaico;
c) identificação de defeitos nos módulos/arranjos ou problemas de sombreamento.
➢ Inspeção do arranjo fotovoltaico com câmera IR
Visa detectar variações de temperatura anormais em módulos em operação devido a:
a) células reversamente polarizadas,
b) falha do diodo de by-pass,
c) falha de conexões com solda, conexões ruins e outras condições que levam a altas
temperaturas localizadas durante a operação.
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Medição da curva IV - Voc e Isc


Um ensaio de curva IV é um método alternativo aceitável para medir tanto a
tensão de circuito aberto (Voc) quanto a corrente de curto-circuito (Isc) de uma
série fotovoltaica ou arranjo fotovoltaico.
Quando um ensaio de curva IV é realizado, ensaios separados de Voc e de Isc não
são necessários, desde que o ensaio de curva de IV seja realizado no momento
adequado do regime de ensaio categoria 1 alíneas e) e f) na sequência).

Exemplo de tela
com a curva I-V
do I-V500w da
ht-instruments
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Medição da curva IV
Potência do arranjo fotovoltaico
Dadas condições adequadas de irradiância, um ensaio de curva IV fornece um meio para
medir se a potência nominal de um arranjo fotovoltaico coincide com a de placa.
Medições da potência de séries e arranjos fotovoltaicos devem ser realizadas em
condições de irradiância de pelo menos 700 W/m2, medida no plano dos módulos.

Exemplos de telas
do I-V500w da
ht-instruments

Após a conclusão do ensaio, o valor de máxima potência medido deve ser corrigido para
as condições padrão de ensaio (STC) caso o equipamentos não tenha esta funcionalidade.
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Medição da curva IV - Identificação de defeitos ou


sombreamento
A forma de uma curva IV pode fornecer informações valiosas sobre o arranjo
fotovoltaico em ensaio. Defeitos, incluindo os seguintes, podem ser identificados:
a) células/módulos danificados(as);
b) diodos de by-pass curto-circuitados;
c) sombreamento localizado;
d) descasamento de parâmetros (mismatch) entre módulos;
e) a presença de resistência paralela excessiva em células/módulos/arranjos
fotovoltaicos.
f) resistência série excessiva.
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Medição da curva IV - Identificação de defeitos ou


sombreamento
Interpretação das formas de curvas IV

Anexo C
Figura 1
NBR 16274
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Medição da curva IV – Interpretação


Variação 1 - Variação de corrente
Uma série de fatores pode ser responsável pela diferença entre a corrente
esperada e a corrente medida, como:
✓ Causas devido ao arranjo fotovoltaico
✓ Causas devida à modelagem
✓ Causas devido à medição
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Medição da curva IV – Interpretação


Variação 2 – Declive mais acentuado
Uma variação da inclinação na parte superior da curva IV é provavelmente devido a
duas causas:
a) caminhos de shunt nas células fotovoltaicas
Correntes de shunt pode aparecer devido a defeitos localizados na célula ou nas
interconexões entre células
b) descasamento da Isc dos módulos
Diferenças de Isc entre os módulos de uma série fotovoltaica podem ocorrer devido
a discrepâncias de fabricação ou a certas situações de sombreamento.
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Medição da curva IV – Interpretação


Variação 3 - Degraus na curva
Degraus na curva IV são indícios de descasamento entre diferentes áreas do arranjo
fotovoltaico ou do módulo em ensaio. O desvio da curva indica que os diodos de
by-pass estão conduzindo e que alguma corrente está sendo desviada da série de
células protegida pelo diodo (esta série é incapaz de passar a mesma corrente de
outras séries).
Isto pode ocorrer devido a vários fatores, incluindo:
a) o arranjo fotovoltaico ou o módulo parcialmente sombreado;
b) célula/módulo fotovoltaico danificado(a);
c) diodo de by-pass curto-circuitado.
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Medição da curva IV – Interpretação


Variação 3 - Degraus na curva
Exemplo de diodo de by-pass curto-circuitado:
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Medição da curva IV – Interpretação


Variação 4 - Declive menos acentuado
A inclinação da parte final da curva IV entre o ponto de máxima potência de tensão
(Vm) e Voc é influenciada pela resistência série do circuito a ser ensaiado.
Um aumento desta resistência irá reduzir a inclinação da curva nesta porção.
Possíveis causas do aumento da resistência série incluem:
a) danos ou falhas na fiação do arranjo fotovoltaico (ou cabos insuficientemente
dimensionados);
b) falhas nas interconexões dos módulos ou arranjos fotovoltaicos (conexões ruins);
c) aumento da resistência série do módulo.
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Medição da curva IV – Interpretação


Variação 5 - Variação de Voc
Para a variação de tensão de circuito aberto, possíveis causas de uma tensão
reduzida ou elevada incluem:
a) número errado de módulos na série fotovoltaica;
b) temperatura de célula diferente da utilizada no modelo;
c) sombreamento significativo e uniforme em toda a célula/módulo/série
fotovoltaica;
d) diodo de by-pass totalmente em condução/curto.
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Inspeção do arranjo fotovoltaico com
câmera infravermelha
A finalidade de uma inspeção com câmara infravermelha (IR) é detectar variações
de temperatura anormais em módulos em operação no campo
Tais variações de temperatura podem indicar problemas dentro dos módulos e/ou
de arranjos fotovoltaicos, como:
• células reversamente polarizadas,
• falha do diodo de by-pass,
• falha de conexões com solda, conexões ruins e outras condições que levam a
altas temperaturas localizadas.
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Inspeção do arranjo fotovoltaico com
câmera IR – Procedimento de ensaio
Para uma inspeção com câmera IR, deve-se atentar para:
• arranjo fotovoltaico deve estar no modo de operação normal (rastreamento de
máxima potência).
• a irradiância no plano do arranjo fotovoltaico deve ser superior a 600 W/m2.
• condições de céu devem ser estáveis para assegurar que haverá corrente
suficiente para fazer com que as diferenças de temperatura sejam perceptíveis.
• verificar cada módulo do arranjo, com especial atenção para os diodos de
bloqueio, caixas de junção, conexões elétricas ou qualquer outra parte que
apresenta uma diferença de temperatura perceptível em relação ao seu entorno.
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Inspeção do arranjo fotovoltaico com


câmera IR – Interpretação
Os seguintes itens descrevem problemas típicos que podem ser identificados
durante um ensaio com câmera IR:
a) variações bruscas de temperatura:
• módulos com anomalia térmica
b) pontos quentes (hotspots):
• diodo de by-pass: sombreamento, detritos sobre o módulo protegido pelo
diodo ou mal funcionamento do diodo/módulo
• conexões entre cabos dos módulos: conexão está frouxa, corroída ou oxidada
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Inspeção do arranjo fotovoltaico com


câmera IR – Interpretação
Exemplos:

Fonte: Testo.com Fonte: Noctula.pt


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Manutenção Preditiva
A manutenção preditiva é FUNDAMENTAL!

Ela tem o objetivo de reduzir o risco de avarias no sistema gerador.


Na estrutura de fixação são importantes:
– Verificação de oxidação;
– Inspeção e alinhamento da mesa (usina de solo);
– Verificação dos grampos de fixação;
– Amostragem e verificação do torque das conexões e parafusos;
– Verificação do aterramento.
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Manutenção Preditiva
Na string box, você deve:

– Verificar conectores dos cabos DC;


– Verificar os cabos de entradas e os prensa cabos;
– Verificar sinais de superaquecimento e arco elétrico;
– Verificar os terminais e o isolamentos termo retrátil;
– Verificar o aperto correto contra surto;
– Verificar o aterramento;
– Fazer o reaperto.
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Manutenção Preditiva
Já nos cabos e conectores você deve:
– Verificar os conectores MC4 das strings;
– Verificar os terminais dos cabos de baixa tesão CC;
– Realizar inspeção termográfica dos terminais dos cabos de baixa tensão CC (string
box e inversor);
– Teste de isolamento dos cabos de baixa tensão CC
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Manutenção Preditiva
E nos inversores você deve:

– Verificar o ambiente físico (caso esteja num ambiente hostil é importante verificar
como está o ambiente ao redor do mesmo (se há muita incidência de calor, se tem
algo algum objeto ou estrutura bloqueando ele…);
– Limpeza do ventilador, grade, trocador de calor, filtro;
– Inspeção geral quanto à danos ou rompimentos;
– Verificar vedações e presença de umidade;
– Verificar sinais de sobreaquecimento e arcos elétricos;
– Medir a tensão com multímetro;
– Verificar proteções elétricas;
– Verificar a integridade da entrada de cabos e prensa cabos;
– Verificar e registrar a versão do firmware.
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Manutenção Preditiva
Já no caso dos módulos fotovoltaicos as manutenções preditivas são:

– Verificação da parte traseira quanto à danos;


– Verificação das células quanto à delaminação, quanto às rachaduras, oxidação,
bolhas, corrosão;
– Verificação da moldura;
– Verificação da proteção mecânica (vidro);
– Verificação dos isolamentos e conexão dos cabos;
– Análise da caixa de conexão e diodo by-bass;
– Análise da Curva IxV.
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Manutenção Preventiva
Um dos itens mais importantes nesta manutenção é a limpeza dos módulos
fotovoltaicos.
Folhas, galhos, serragem, fuligem, dejetos de aves e outros pequenos animais,
poeira, poluição além de outros tipos de partículas podem estar presentes nos
módulos fotovoltaicos.
E qual a interferência do acúmulo de sujeira?
Em primeiro lugar, a curto prazo a sujeira depositada sobre as células fotovoltaicas
dos módulos pode reduzir a produção de energia. As perdas geralmente chegam
à 20% da geração.
Já a longo prazo, dependendo do tipo de resíduo acumulado, pode ocorrer
manchas nos módulos fotovoltaicos, surgimento de fungos e corrosão, reduzindo
assim sua vida útil.
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Manutenção Preventiva
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Como fazer Limpeza nos módulos FV?


A chuva dá uma ajudinha!
Porém, ainda é necessário ter uma limpeza manual periódica.
Em locais com muita chuva pode-se fazer a limpeza 1 ou 2 vezes por ano.
Já locais que não há muita chuva, o ideal é acompanhar o que tem próximo ao seu
sistema para ver se não tem emissão de algum tipo de fuligem ou alguma poeira
que possa prejudicar a geração do sistema. Se houver vai ter que fazer uma limpeza
mais frequente.
A limpeza manual do sistema de energia solar não exige mão de obra especializada,
podendo ser realizada pela empresa instaladora do sistema ou pelo próprio
usuário, seguindo é claro alguns critérios de segurança.
A principal regra de segurança é realizar a limpeza apenas quando o sistema estiver
totalmente desligado, preferencialmente em dias de temperatura amena ou
nublados e sem chuva.
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Produtos de Limpeza
É aconselhável utilizar apenas água e um pano limpo ou uma esponja limpa com
cerdas macias.
Contudo, não se recomenda utilizar produtos químicos, abrasivos e pressurizador
com jato direto, para evitar danos à superfície dos módulos fotovoltaicos.
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Posição
Não se apoie ou faça força sobre os módulos. A limpeza do sistema deve ser feita
suavemente e, de preferência, do chão, por meio de um acessório longo que
alcance até a altura dos módulos.
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Custo de Manutenção
Já o custo de manutenção dos módulos fotovoltaicos é baixa, pode ser realizado
pelo próprio usuário ou por uma empresa qualificada. O custo é de
aproximadamente 0,5% ao ano do valor inicial do sistema.
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Manutenção Preventiva

O inversor, deve ser substituído por volto do 13º ao 15º ano de uso.
E, no caso dos módulos, quando algum estiver no seu fim da vida útil, deteriorado e
com baixos rendimentos é necessário a substituição do mesmo.

No caso das estruturas de fixação, string box, cabos e conectores caso exista
necessidade também pode ocorrer a substituição dos mesmos.

O usuário em hipótese alguma pode desmontar o sistema por conta própria. Essa
manutenção deve ser realizada por empresas especializadas no assunto de energia
solar.
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Manutenção Corretiva
Quando as manutenções preventivas e preditivas estão OK, o seu sistema
fotovoltaico estará funcionando.

Tais manutenções além de reduzir os custos com eventuais reparos ou reposição de


peças, aumentam o aproveitamento da energia solar e ampliam a vida útil do
sistema.

Mantendo as ações de limpeza e inspeção periódicas, os custos com a manutenção


de sistema solar fotovoltaico tornam-se praticamente nulos.
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Normas
ABNT NBR 16274:2014
Sistemas fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos mínimos para documentação,
ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho

ABNT NBR 16690:2019


Instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos — Requisitos de projeto

ABNT NBR 5410:2004


Instalações elétricas de baixa tensão.

ABNT NBR 5419-1:2015


Proteção contra descargas atmosféricas

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