Você está na página 1de 45

Ana Patrícia Alves de Brito Formiga

Tempo de validade de esterilização de


materiais de uso para saúde e eventos
relacionados: uma revisão integrativa

FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU)
MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR

Recife
2014
Ana Patrícia Alves de Brito Formiga

Tempo de validade de esterilização de


materiais de uso para saúde e eventos
relacionados: uma revisão integrativa

Trabalho apresentado ao curso MBA de


Gestão em Saúde e Controle de
Infecção, da Faculdade Método de São
Paulo, como requisito para obtenção do
título de Especialista.
Orientador: Ms. Paulo Emanuel Silva

Recife – PE
2014

2
Formiga, Ana Patrícia Alves de Brito

F822t
Tempo de validade de esterilização de materiais de uso para saúde e eventos
relacionados: Uma revisão integrativa. [manuscrito] / Ana Patrícia Alves de
Brito Formiga.

36f.,enc.

Orientador: Paulo Emanuel Silva

Monografia: Faculdade Método de São Paulo

Bibliografia: f. 32 - 35

1. Tempo de validade de esterilização 2. Materiais de uso para saúde e


eventos I. Título
CDU: (043.2)

3
Francisca de Sousa Barreto Maia

Tempo de validade de esterilização de


materiais de uso para saúde e eventos
relacionados: uma revisão integrativa

FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU)
MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR

Recife
2014
Francisca de Sousa Barreto Maia

Tempo de validade de esterilização de


materiais de uso para saúde e eventos
relacionados: uma revisão integrativa

Trabalho apresentado ao curso MBA de


Gestão em Saúde e Controle de
Infecção, da Faculdade Método de São
Paulo, como requisito para obtenção do
título de Especialista.
Orientador: Ms. Paulo Emanuel Silva

Recife – PE
2014

2
Maia, Francisca de Souza Barreto

M186t
Tempo de validade de esterilização de materiais de uso para saúde e eventos
relacionados: Uma revisão integrativa. [manuscrito] / Francisca de Souza
Barreto Maia

36f.,enc.

Orientador: Paulo Emanuel Silva

Monografia: Faculdade Método de São Paulo

Bibliografia: f. 32 - 35

1. Tempo de validade de esterilização 2. Materiais de uso para saúde e


eventos I. Título
CDU: (043.2)

3
Denyse Luckwü Martins

Tempo de validade de esterilização de


materiais de uso para saúde e eventos
relacionados: uma revisão integrativa

FACULDADE MÉTODO DE SÃO PAULO


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO (LATO SENSU)
MBA GESTÃO EM SAÚDE E CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR

Recife
2014
Denyse Luckwü Martins

Tempo de validade de esterilização de


materiais de uso para saúde e eventos
relacionados: uma revisão integrativa

Trabalho apresentado ao curso MBA de


Gestão em Saúde e Controle de
Infecção, da Faculdade Método de São
Paulo, como requisito para obtenção do
título de Especialista.
Orientador: Ms. Paulo Emanuel Silva

Recife – PE
2014

2
Martins, Denyse Luckwü

M343t
Tempo de validade de esterilização de materiais de uso para saúde e
eventos relacionados: Uma revisão integrativa. [manuscrito] / Denyse
Luckwü Martins

36f.,enc.

Orientador: Paulo Emanuel Silva

Monografia: Faculdade Método de São Paulo

Bibliografia: f. 32 - 35

1. Tempo de validade de esterilização 2. Materiais de uso para saúde e


eventos I. Título
CDU: (043.2)

3
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Distribuição da amostra de acordo com o título do artigo e ano de 20


publicação

Quadro 2: Distribuição da amostra de acordo com o periódico publicado e 21


número de autores por artigo

Quadro 3: Distribuição da amostra de acordo com as características 23


metodológicas

Quadro 4: Distribuição da amostra de acordo com objetivo do estudo 24

Quadro 5: Distribuição da amostra de acordo com a população estudada 25

Quadro 6: Distribuição da amostra de acordo com os critérios de inclusão e 27


exclusão

4
RESUMO
FORMIGA, Ana Patrícia Alves de Brito. Tempo de validade de esterilização de
materiais de uso para saúde e eventos relacionados: uma revisão integrativa. 2014.
38f. Monografia (MBA de Gestão em Saúde e Controle de Infecção) - Faculdade
Método de São Paulo, Recife – PE.
A esterilização de materiais médico-hospitalares é o processo de destruição de todas as
formas de vida microbiana, sejam bactérias, vírus e fungos, mediante a aplicação de
agentes físicos, químicos e físico-químicos. Observando-se que existem poucos estudos
que afirmam que o prazo de validade dos produtos estéreis esteja relacionado a eventos,
desenvolveu-se uma pesquisa do tipo bibliográfica, com enfoque na revisão integrativa,
cujo objetivo foi conhecer a produção de conhecimento da enfermagem brasileira
atrelada à temática: tempo de validade de materiais esterilizados em autoclaves de vapor
saturado sob pressão e eventos relacionados, por meio de uma revisão integrativa. A
pesquisa foi realizada em fontes bibliográficas de periódicos online, através dos sites da
Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) - Centro Latino Americano e do Caribe em
Informação em Ciências à Saúde; Scientific Eletronic Library Online (SciELO),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da Saúde (LILACS), Portal
Evidencias (Biblioteca COCHRANE) e IBECS. Estabeleceram-se como população os
artigos publicados versando acerca dos eventos relacionados ao tempo de validade de
materiais estéreis. E, como amostra, os artigos que atenderam aos seguintes critérios de
inclusão: estar apresentado em texto completo na versão em português; encaixarem-se
nas palavras chaves: validade, esterilização, eventos, artigos publicados em periódicos
online entre o período de 2004 a 2013. Foram encontrados no banco de dados da
Medline 430 artigos a partir das palavras chaves preconizadas, entretanto quando
submetidos aos critérios de inclusão e exclusão apenas um artigo foi selecionado para
este estudo. No banco de dados da LILACS foram encontrados 105 artigos, que após
serem submetidos aos critérios estabelecidos nenhum deles se enquadrou nos objetivos
deste estudo. No banco de dados da IBECS foram encontrados 78 artigos que não se
enquadraram nos critérios preestabelecidos, no banco de dados da COCHRANE foram
encontrados 03 artigos que não foram contemplados nos critérios de inclusão e
exclusão; no banco de dados da Scielo foram encontrados 192 artigos dos quais foram
selecionados 02 artigos que se enquadraram nos critérios deste estudo. Em uma
avaliação inicial, o banco de dados construído para esse estudo revela que foram
encontrados 808 artigos, dos quais apenas 03 realizaram estudos acerca dos eventos
relacionados ao tempo de validade de materiais estéreis. Com este estudo foi percebido
que, apesar de ser um assunto de relevância para profissionais que atuam direta ou
indiretamente no processo de esterilização, o mesmo encontra-se com literatura aquém
de sua importância, já que foram encontrados poucos artigos que versam acerca do
assunto. A pesquisa realizada pode contribuir para que os responsáveis pelo
processamento dos artigos em CME repensem suas práticas e revejam os prazos de
validade estabelecidos em suas instituições, pois o estudo permitiu verificar que não há
necessidade de prazos de validade extremamente curto, e o prolongamento da validade
pode contribuir para aumentar a vida útil dos artigos, diminuição da carga de trabalho e
consequentemente diminuição do estresse no âmbito da CME.

5
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 6

2. OBJETIVOS 9

2.1 OBJETIVO GERAL 9

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO 9

3. REVISÃO DE LITERATURA 10

4. METODOLOGIA 16

4.1 TIPO DE PESQUISA 16

4.2 LOCAL DA PESQUISA 17

4.3 ETAPAS DA REVISÃO INTEGRATIVA 17

4.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA 17

4.5 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS 18

4.6 ASPECTOS ÉTICOS 18

5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 19

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 30

REFERÊNCIAS 32

APÊNDICE 36

6
1. INTRODUÇÃO

E xistem diversos métodos de esterilização de materiais odonto-médico-


hospitalares no mercado, no entanto neste estudo se dará prioridade ao
processamento dos materiais para esterilização com a utilização de autoclaves a vapor,
por estarem presentes no cotidiano nos mais diversos seguimentos da sociedade que
necessitam de controle de infecção como: clínicas odontológicas, unidades hospitalares
privadas ou públicas e postos de saúde.
Para versar acerca da esterilização faz-se necessário a compreensão e a
diferenciação de alguns termos, a exemplo do significado da esterilização propriamente
dita e o significado de esterilidade. Neste contexto, Penna e Machoshvili (2006)
definem esterilização como o processo que visa destruir todas as formas de vida com
capacidade de desenvolvimento durante os estágios de conservação e de utilização do
produto, sendo o estado de conservação aquele que tem a capacidade de manter as
características do produto durante a vida útil de armazenamento, ou seja, a vida de
prateleira à temperatura ambiente.
Portanto, a manutenção do nível de esterilidade a ele conferido garante o
prolongamento da vida útil de prateleira e depende das operações de pré-esterilização,
esterilização e pós-esterilização; a esse termo se refere ao nível de segurança, capaz de
impedir o desenvolvimento das formas sobreviventes ao processo de esterilização
durante a conservação e a utilização do produto.
Nesse sentido, faz-se necessário ressaltar que a manutenção da esterilidade dos
materiais depende de algumas condições como: embalagem e manipulação adequadas
dos materiais, acondicionamento e transporte deles. Segundo a RDC nº 15/2012, data
limite de uso do produto esterilizado se refere ao prazo estabelecido em cada instituição,
baseado em um plano de avaliação da integridade das embalagens, fundamentado na
resistência das embalagens, eventos relacionados ao seu manuseio (estocagem em
gavetas, empilhamento de pacotes, dobras das embalagens), condições de umidade e
temperatura, segurança da selagem e rotatividade do estoque armazenado
(www.anvisa.gov.br/hotsite/.../rdcs/RDC%20Nº%2015-2012.pdf.).

7
Penna e Machoshvili (2006) acrescentam que os métodos de esterilização
permitem assegurar níveis de esterilidade compatíveis com as características exigidas
em produtos farmacêuticos, médico-hospitalares e alimentícios. Entretanto o método
escolhido depende da natureza e da carga microbiana presente no artigo a ser
esterilizado, portanto o calor, a filtração, a radiação e o óxido de etileno podem ser
citados entre os diversos agentes esterilizantes.
Entretanto, Penna (1994) afirma que o calor não é somente o agente mais usado,
como também o mais econômico e mais fácil de controlar, sendo o calor úmido mais
efetivo do que o calor seco, em função do uso de temperaturas mais baixas e um curto
período de tempo para garantir o nível de esterilidade proposto.
Penna, Machosvili e Baston (1994) ressaltam que, no método de esterilização em
que se emprega o calor úmido, na forma de vapor saturado, o agente responsável pelo
aquecimento é a água saturada, ao qual corresponde valores de pressão e temperaturas
definidos, assim como a completa remoção de ar da câmara de esterilização assegura ao
sistema atingir a temperatura de esterilização à pressão correspondente, indicada no
manômetro do equipamento.
Para Nagaroto e Penna (2006) o vapor saturado sob pressão é o procedimento de
esterilização de materiais mais seguro realizado em autoclaves, cuja ação combinatória
da temperatura, pressão e umidade, provoca a destruição dos micro-organismos
promovendo a termocoagulação e desnaturação das proteínas da estrutura genética
celular.

1.1 Hipótese
Existem poucos estudos que afirmam que o prazo de validade dos produtos
estéreis esteja relacionado a eventos.

1.2 Justificativa e problema da pesquisa


Segundo Graziano (2003), um material recém–esterilizado pode vir a se
contaminar bem antes do prazo de validade estabelecido, dependendo das embalagens
utilizadas e das condições posteriores à esterilização.
Para a autora supracitada, a manutenção da esterilidade não depende do método
de esterilização, pois os micro-organismos que foram destruídos dentro do pacote na

8
esterilização não irão crescer, pois não há geração espontânea. A mesma autora
considera que a manutenção da esterilidade depende da embalagem, da selagem, das
condições ambientais próximas ao material. Por exemplo: se pontiagudos, volumosos e
de formatos irregulares que possam danificar as embalagens e da manipulação destes.
Neste sentido, a contaminação dos produtos esterilizados está relacionada a eventos
(event-related) e não ao tempo (time-related).
Diante desta contextualização, surgiu o seguinte questionamento: o que a
enfermagem brasileira tem investigado acerca do prazo de validade dos produtos
estéreis relacionado a eventos?
No intuito de alcançar respostas a este questionamento, foram traçados os
objetivos.

9
2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL:

Conhecer a produção de conhecimento da enfermagem brasileira atrelada à


temática: tempo de validade de materiais esterilizados em autoclaves de vapor saturado
sob pressão e eventos relacionados, por meio de uma revisão integrativa.

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO:

Realizar um resgate na literatura sobre as investigações desenvolvidas acerca


dos eventos relacionados ao tempo de validade de materiais esterilizados em autoclaves
de vapor saturado sob pressão, no período de 2004 a 2013, em periódicos online da
enfermagem.

10
3. REVISÃO DE LITERATURA

N este capítulo, foi realizada uma revisão de literatura para fundamentar o


arcabouço histórico sobre o qual versa o tema. Neste sentido, foram
elencados dois tópicos considerados essenciais para contemplar este propósito, sendo
eles: História da esterilização, Esterilização a vapor saturado sob pressão.

3.1 História da esterilização

Ao se falar em esterilização, pode-se perceber que a partir da descoberta dos


microrganismos, cuja evolução histórica culminou em contribuições para a minimização
das infecções hospitalares, levaram a descobertas para a idealização das autoclaves no
combate a estes “seres” que causam danos ao ser humano. Neste sentido, para um
melhor esclarecimento, faz-se necessário um resgate histórico acerca das infecções
hospitalares, para que se compreenda a importância do processo de esterilização.
Nesta perspectiva, Fernandes, Fernandes e Ribeiro (2000) ressaltam que foi na
Idade Média que se iniciaram as suspeitas de que alguma coisa “sólida” pudesse
transmitir doenças de um indivíduo a outro. Sendo que, em 546, Francastorius defende a
teoria de que certas doenças eram transmitidas através de corpúsculos que ele
denominou de semente da moléstia e que essas sementes transitavam de um corpo a
outro através do contato direto ou através de roupas e objetos.
A partir desta observação, Rodrigues (1997) relata que o mecanismo de
transmissão das doenças infecciosas foi descrito de três modos: por contato direto, pelo
simples contato como a escabiose, tuberculose e hanseníase; por contato indireto, pelos
fômites como roupas e objetos e por transmissão a distância; sem contato direto e sem
fômites, como na peste e na varíola.
Já no século XVIII, de acordo Santos (1997), pensava-se em maneiras de se
evitar a propagação das doenças, porém os hospitais possuíam péssimas condições de
higiene, ambientes insalubres e desconfortáveis, onde vários pacientes ocupavam as
mesmas esteiras de palha, possibilitando a disseminação de microrganismos de um
paciente a outro.

11
Neste contexto, só a partir do século XIX, é que se percebe claramente que
importantes contribuições são dadas ao estudo das infecções hospitalares no que se
refere a sua epidemiologia e prevenção. Sendo ressaltado também neste período a
existência da suscetibilidade individual e a influência do ambiente para o
desenvolvimento das doenças, além de outros fatores para a instalação de um processo
infeccioso, enfatizando a interação de três fatores: o agente, o hospedeiro e o meio
ambiente (PEREIRA; MORYA, 1995).
A partir desta reflexão, pode-se identificar a evolução histórica das doenças
infecciosas e seus mecanismos de controle. Entretanto, com a evolução da tecnologia,
antimicrobianos foram sendo aperfeiçoados, técnicas modernas de assistência foram
sendo desenvolvidas e o tratamento das doenças assumiu alta complexidade (PELCZAR
JUNIOR; CHAN e KRIEG, 1996).
O avanço dos estudos sobre microbiologia apontou, então, novos rumos nessa
área, assim como os métodos para combatê-los em nível hospitalar. Neste sentido, os
métodos de controle que levaram a criação das autoclaves por Pasteur e Charles
Chamberland, em 1883, demonstrando que a esterilização pelo calor era de eficácia
superior (RODRIGUES, 1997; PELCZAR JUNIOR; CHAN; KRIEG, 1996), passou
por processos como pulverização do ar da sala cirúrgica com ácido fênico e a utilização
de ácido carbólico para desinfecção do instrumental.
O processo de esterilização possui menos de duzentos anos. Com a descoberta
da bactéria e a busca da morte microbiana muito se evoluiu no campo microbiano e
consequentemente no processo de esterilização (LEITE, 2008).
Até o início da década de 40, a limpeza, preparo e armazenamento dos materiais
eram realizados pela equipe de enfermagem das próprias unidades. A dinâmica do
serviço era descentralizada. Em meados da década de 50, surgiram os Centros de
Materiais Parcialmente Centralizados e a CME semicentralizada na qual parte dos
instrumentos e materiais começou a ser preparada e esterilizada em um único local.
Com o avanço tecnológico e a evolução do edifício hospitalar,
especificadamente na CME - a partir das últimas décadas do século XX - surgiu a
necessidade de um aprimoramento das técnicas e dos processos de limpeza, preparo,
esterilização e armazenamento de materiais e roupas (LEITE, 2008).

12
3.2 Esterilização a vapor saturado sob pressão

O calor úmido, vapor saturado sob pressão, é um processo de esterilização


amplamente utilizado em produtos para saúde termorresistentes, em grande parte das
instituições de saúde no Brasil e no mundo. Tem como vantagens: rápido aquecimento,
destruição rápida dos esporos microbianos, fácil controle de qualidade, ausência de
resíduos tóxicos e economia (PADOVESE; QUELHAS; NAKAMURA, 2010;
SOBECC, 2009).
Devem ser dotadas de várias propriedades, dentre as quais a de permeabilidade
ao ar e ao agente esterilizante, secagem do conteúdo e barreira microbiana eficaz. Essas,
além de propiciarem a esterilização, promovem a proteção dos produtos de condições
adversas durante o transporte e armazenamento e possibilita a abertura asséptica
(SOBECC, 2009; ALARCON et al., 2005).
Existem dois métodos de esterilização que permitem esterilizar artigos
resistentes a altas temperaturas: calor úmido sob pressão (autoclave) e calor seco
(estufa) (SOBECC, 2009).
O mecanismo de esterilização pelo vapor saturado sob pressão está relacionado
com o calor latente e o contato direto com o vapor, promovendo a coagulação das
proteínas. Calor latente é o calor que um corpo “recebe” sem variação de temperatura e
sim de estado físico. O vapor sob pressão, ao entrar em contato com a superfície fria dos
materiais colocados na autoclave, se condensa liberando o calor latente, que é o
responsável pela desnaturação irreversível está fundamentada nessa troca de calor entre
o meio e o objeto a ser esterilizado (KALIL; COSTA, 1994; GRAZIANO, 2003).
Para que ocorra o contato do vapor com o material, há a necessidade da remoção
do ar presente na câmara, pois sendo o ar um bom isolante térmico, impedirá a
penetração do vapor nos materiais, reduzindo a eficácia ou impossibilitando o processo
de esterilização (BRASIL, 1995; GRAZIANO, 2003).
O vapor pode ser obtido em vários estados físicos, sendo os mais comuns: o
vapor saturado, que é a camada mais próxima da superfície líquida, encontra-se no
limiar do estado líquido e gasoso, podendo apresentar-se seca ou úmida; o vapor úmido,
este é normalmente formado quando o vapor carrega a água que fica nas tubulações; e o

13
vapor superaquecido é o vapor saturado submetido a temperaturas mais elevadas
(ROMANO; QUELHAS, 2002).
Para a esterilização, o tipo de vapor utilizado é o vapor saturado seco, uma vez
que o vapor úmido tem um excesso de água que torna úmidos os materiais dentro da
esterilizadora, já o vapor superaquecido é deficiente de umidade necessária para a
esterilização. O vapor saturado seco é capaz de circular por convecção permitindo sua
penetração em materiais porosos. Para a produção do vapor é necessário cuidado com a
água utilizada, visto que deve estar livre de contaminantes em concentração que possa
interferir no processo de esterilização, danificar o aparelho ou os produtos a serem
esterilizados (NIEHEUS, 2004).
A esterilização por vapor saturado é realizada em um equipamento denominado
“autoclave”, utilizando-se de três parâmetros essenciais: tempo, temperatura/pressão e
qualidade de vapor para obtenção do resultado. As autoclaves evoluíram de simples
vasos de pressão com drenagem de ar por gravidade, operados manualmente, a
aparelhos com câmaras de alto vácuo, totalmente automáticos, com registro do tempo,
temperatura e condições do ciclo (FELTRIN, 2003).
A busca de modelos de autoclaves mais aperfeiçoadas que permitam a máxima
remoção de ar tem sido uma preocupação constante (GRAZIANO, 2003). As autoclaves
podem ser classificadas, quanto a sua disposição, em verticais (sentido de maior
extensão da câmara) ou horizontais (ROMANO; QUELHAS, 2002). Segundo a forma
como é feita a drenagem do ar (etapa inicial do ciclo), as autoclaves podem ser
gravitacional ou pré-vácuo (NIEHEUS, 2004).
Nas autoclaves verticais, o ar é removido por gravidade, assim quando o vapor é
admitido na câmara, o ar no interior desta, que é mais frio (mais denso), sai por uma
válvula na superfície inferior da câmara. Nesse processo, pode ocorrer a formação de
bolhas de ar no interior do pacote, o que impede a esterilização. Para que o vapor
penetre em todos os materiais, o tempo deve ser mais longo, tornando o ciclo mais
demorado (SOBECC, 2009). Pode ocorrer a permanência de ar residual neste processo,
sendo a esterilização comprometida principalmente para materiais densos ou porosos.
Estas autoclaves não são adequadas, pois dificultam a circulação do vapor, a drenagem
do ar e a penetração do vapor devido à distribuição dos pacotes a serem esterilizados,
que ficam sobrepostos (NIEHEUS, 2004).

14
Quanto às autoclaves horizontais, o ar é removido pela formação de vácuo, antes
da entrada de vapor (pré-vácuo). A remoção ocorre por meio de bomba de vácuo ou do
sistema Venturi contido no equipamento, o ar é removido dentro dos pacotes a serem
esterilizados e da câmara. Esse processo pode ser único, com apenas um pulso ou
fracionado, com três ou mais ciclos pulsáteis, o que favorece a drenagem do ar e a
penetração mais rápida do vapor dentro dos pacotes (SOBECC, 2009). As autoclaves
hospitalares pré-vácuo são projetadas para esterilizar artigos que oferecem grande
desafio quanto à remoção de ar da câmara interna, como no caso dos artigos de
densidade, contendo têxteis (MARTINHO, 2007).

3.3 Tempo de validade

Data de validade ou prazo de validade (time-related) é o prazo de validade


tradicionalmente empregado para determinar a validade da esterilização. (GRAZIANO
2003).
Segundo Kovach e Taylor (1995) a manutenção do prazo de validade de
esterilização está relacionada a eventos (event-related) dependendo dos seguintes
fatores: qualidade da embalagem utilizada na esterilização; condições de transporte dos
pacotes e práticas de manuseio para produtos esterilizados.
Graziano (2011) corrobora com Kovach e Taylor (1995), quando consideram
que a manutenção da esterilidade depende da embalagem, da secagem, das condições
ambientais próximas ao material (se pontiagudo, volumoso e de formatos irregulares
que possam danificar as embalagens) e da manipulação. Neste sentido, os autores
inferem que a contaminação dos produtos esterilizados está relacionada a eventos
(event-related) e não ao tempo (time-related).
Embora a boa embalagem confira ao material a proteção necessária para
manutenção da validade do produto, vários aspectos devem ser considerados, já que a
validade da esterilização está diretamente relacionada às condições de armazenamento e
intensidade do manuseio, assim o transporte e qualidade das embalagens devem ser
cuidadosos, levando em consideração os parâmetros de custo e qualidade (ISO 2006
APUD APCIH 2010).

15
Outros eventos são destacados por Graziano (2011), a exemplo de observar se o
pacote caiu no chão, se teve manuseio inapropriado para saber o seu conteúdo, se o
pacote foi aberto e fechado novamente, carregado junto ao corpo ou debaixo dos braços,
preso por elásticos ou barbantes ou ainda, se o pacote foi guardado em gavetas
apertadas, empilhado ou colocado sobrepeso.

16
4. METODOLOGIA

egundo Andrade (2009), metodologia é um conjunto de métodos ou


S caminhos que são percorridos na busca do conhecimento, acrescenta ainda
com uma citação do pensador e filósofo francês Descartes, expondo que é possível
chegar à certeza por intermédio da razão.
O autor acima citado afirma ainda que pelo raciocínio pode-se chegar a
conclusões verdadeiras, desde que o pesquisando em partes, começando-se pelas
preposições mais simples e evidentes até alcançar, por deduções lógicas, a conclusão
final.

4.1 TIPO DE PESQUISA

Esta pesquisa foi do tipo bibliográfica, com enfoque na revisão integrativa. No


que se relaciona a pesquisa bibliográfica Amaral (2007) afirma que este tipo de pesquisa
é fundamental, na medida em que a mesma dará embasamento teórico no qual se
baseará o trabalho. O autor acrescenta que em uma pesquisa bibliográfica é constituída
por algumas etapas, sendo elas: levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de
informações relacionadas à pesquisa.
Já para Marconi e Lakatos (2006), este tipo de pesquisa possui o intuito de
colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado
sobre determinado assunto, inclusive conferências de debates que tenham sido
transcritos de alguma forma, quer publicados ou gravados.
Quanto à revisão integrativa Silveira; Gerhardt (2009) ressalta que esta emerge
como uma metodologia que proporciona a síntese do conhecimento e a incorporação da
aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática.
Para Sousa, Silva e Carvalho (2010) a revisão integrativa é uma síntese rigorosa
de todas as pesquisas relacionadas a uma questão específica, enfocando
primordialmente estudos experimentais, comumente ensaios clínicos randomizados. Os
autores acrescentam ainda que a revisão integrativa é a mais ampla abordagem
metodológica referente às revisões, permitindo a inclusão de estudos experimentais e

17
não experimentais para uma compreensão completa do fenômeno analisado, pois
combina também dados da literatura teórica e empírica, além de incorporar um vasto
leque de propósitos a exemplo de definição de conceitos, revisão de teorias e evidên-
cias, e análise de problemas metodológicos de um tópico particular.

4.2 LOCAL DA PESQUISA

O universo investigado foi constituído por fontes bibliográficas de periódicos


online. Através dos sites da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) - Centro
Latino Americano e do Caribe em Informação em Ciências à Saúde; Scientific Eletronic
Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciência da
Saúde (LILACS), Portal Evidencias (Biblioteca COCHRANE) e IBECS.

4.3 ETAPAS DA REVISÃO INTEGRATIVA

De acordo com Mendes, Silveira e Galvão (2008) para concretização da revisão


integrativa se torna necessário a inclusão de alguns passos, sendo eles:
1º) identificação do tema e seleção da hipótese ou questão de pesquisa para a elaboração
da revisão integrativa;
2º) estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/ amostragem ou
busca na literatura;
3º) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/categorização
dos estudos;
4º) avaliação dos estudos incluídos na revisão integrativa;
5º) interpretação dos resultados;
6º) apresentação da revisão/síntese do conhecimento.

4.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Para atender uma das etapas da revisão integrativa proposta pelos autores acima
citados, estabeleceram-se como população os artigos publicados versando acerca dos
eventos relacionados ao tempo de validade de materiais estéreis. E, como amostra, os

18
artigos que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: estar apresentado em texto
completo na versão em português; encaixarem-se nas palavras chaves: validade,
esterilização, eventos, artigos publicados em periódicos online entre o período de 2004 a
2013.

4.5 INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS

Foi construído um roteiro para consolidação de uma base de dados como


preconiza Souza, Silva e Carvalho (2010) em que os autores afirmam que, para uma
revisão integrativa se faz necessário construir um instrumento capaz de assegurar que a
totalidade dos dados relevantes seja extraída, minimizar o risco de erros na transcrição,
garantir precisão na checagem das informações e servir como registro.

4.6 ASPECTOS ÉTICOS

Apesar do estudo não ter uma ligação direta com seres humanos, os
pesquisadores respeitaram a Resolução COFEN 311/2007, que trata do código de ética
dos profissionais de Enfermagem (COFEN, 2007).

19
5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS

N este capítulo, estão apresentados e discutidos os dados levantados durante


a coleta, os quais foram catalogados e agrupados, formando um banco de
dados para facilitar a análise. Neste sentido, foram construídas tabelas e
quadros como forma de apresentação.
Vale ressaltar que os dados foram agrupados em duas etapas, em que na primeira
encontram-se os dados que identificam os artigos através das seguintes variáveis: título
de artigo, título do periódico, número de autores e suas respectivas titulações, ano de
publicação do artigo e sua fonte de localização.
Na segunda etapa estão apresentados e analisados os artigos quanto às variáveis
metodológicas apresentadas pelos autores dos artigos.

5.1 Caracterização dos artigos

Foram encontrados no banco de dados da Medline 430 artigos a partir das


palavras chaves preconizadas, entretanto quando submetidos aos critérios de inclusão e
exclusão apenas um artigo foi selecionado para este estudo. No banco de dados da
LILACS foram encontrados 105 artigos, que após serem submetidos aos critérios
estabelecidos nenhum deles se enquadrou nos objetivos deste estudo. No banco de
dados da IBECS foram encontrados 78 cujos artigos não se enquadraram nos critérios
preestabelecidos, no banco de dados da COCHRANE foram encontrados 03 artigos que
não foram contemplados nos critérios de inclusão e exclusão; no banco de dados da
Scielo foram encontrados 192 artigos dos quais foram selecionados 02 artigos que se
enquadraram nos critérios deste estudo.
Em uma avaliação inicial, o banco de dados construído para esse estudo revela
que foram encontrados 808 artigos, dos quais apenas 03 realizaram estudos acerca dos
eventos relacionados ao tempo de validade de materiais estéreis. Neste sentido, a seguir
se encontram a apresentação e discussão dos resultados apresentados nos artigos que
serviram de base para este estudo específico.

20
Quadro 1: Distribuição da amostra de acordo com o título do artigo e ano de publicação
TÍTULO DO ARTIGO ANO DE
PUBLICAÇÃO
Artigos esterilizados em vapor úmido: validação do sistema de 2004
guarda
Avaliação da manutenção da esterilidade de materiais úmidos 2010
/molhados após a esterilização a vapor e armazenado por 30 dias.
Temperatura e umidade no armazenamento de materiais 2012
autoclavados: revisão integrativa

No quadro 1, percebe-se que a preocupação dos estudiosos acerca dos eventos


relacionados à esterilidade dos artigos após o processo de esterilização iniciou no ano de
2004, entretanto parece ser um estudo que necessita de maior divulgação entre os
próprios pesquisadores e entre os profissionais que trabalham em CME, já que desde a
primeira publicação apenas mais dois estudos foram divulgados em periódicos de
renome nacional até o momento da realização deste estudo.
Os artigos selecionados baseiam-se na preocupação inerente à manutenção da
esterilidade em três princípios importantes, ou seja, o tempo que o material deve ser
utilizado, garantindo que o artigo está livre de contaminantes; a umidade em alguns
pacotes esterilizados e a temperatura e umidade no local de armazenamento.
De qualquer modo, Neves et al (2004) consideram que algumas variáveis
interferem no processamento dos artigos passíveis de esterilização a exemplo da
limpeza, invólucro, adequação do artigo ao processo de esterilização, temperatura,
tempo de exposição ao processo de esterilização, acondicionamento, armazenamento,
qualificação pessoal, manutenção do processo de esterilização etc. Além do controle
destas variáveis, disponibiliza-se de parâmetros seguros que nos comprovam a
esterilização dos artigos.
Embora Molina (1997) e o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001) recomendem
que cada instituição deva estabelecer o seu período de validade de esterilização
obedecendo aos registros e normatização de prazos de validade, os autores ressaltam
que ainda não há um consenso a esse respeito. Diante este fato Neves et al (2004)
acrescentam que existem dificuldades em determinar o tempo durante o qual pode

21
utilizar-se os artigos esterilizados, principalmente, em unidades que ainda não
conseguem obedecer a todas as recomendações para o processamento e guarda destes
artigos.
Ainda no que se refere ao tempo de permanência do artigo estéril até o seu uso, o
estudo de Neves et al (2004) apontam que, se torna necessário que as instituições
realizem o controle rigoroso das limpeza do artigo, enxágue, secagem, embalagem,
monitoramento do ciclo de esterilização, condições de armazenamento, uso de
paramentação restrita ao local de guarda, limpeza da área de guarda em dois tempos ou
seja, terminal e concorrente.
Os resultados mostraram também que a esterilidade do material manteve-se num
tempo superior ao recomendado pela literatura e praticado pelos dois hospitais, que é de
sete dias. Vale ressaltar que variáveis importantes como climatização da sala de guarda
e invólucros adequados, recomendados para a embalagem não foram observadas na
rotina das duas unidades. As autoras acreditam que a consideração de mais estas
variáveis possa aumentar ainda mais o tempo de guarda dos artigos esterilizados.
De acordo ainda com os estudos, inferem-se os tempos pudessem ser
prolongados caso houvesse instrumentais suficientes para teste. Observou-se que em
nenhum dos tempos avaliados num período de 0, 7, 15, 20 e 25 dias, houve crescimento
de microrganismos nas amostras coletadas, evidenciado pela manutenção translúcida
dos caldos de cultura, devido à não turvação dos meios de cultura não houve
necessidade de repique em placas de ágar sangue.

Quadro 2: Distribuição da amostra de acordo com o periódico publicado e número de


autores por artigo.
PERIÓDICO NÚMERO DE AUTORES
Revista Brasileira de Enfermagem 5
Revista Latino-Americana de Enfermagem 2
Revista da Escola de Enfermagem - USP 2

Visualiza-se no Quadro 2 que os estudos acerca dos eventos relacionados ao


tempo de validade de materiais estéreis foram publicados nas Revistas Brasileira de

22
Enfermagem, Latino-Americana de Enfermagem e Revista da Escola de Enfermagem -
USP.
A Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn), criada em 1932, é o órgão oficial
de publicação da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). Tem periodicidade
bimestral e sua finalidade é divulgar a produção científica das diferentes áreas do saber
que sejam do interesse da Enfermagem, incluindo a que expresse o projeto político da
Associação. É o mais antigo periódico da Enfermagem brasileira. Seu primeiro título foi
"Annaes de Enfermagem", de 1932 até 1941, sendo chamado de "Anais de
Enfermagem" de 1946 até 1954, quando passou a ter o título atual. A abreviatura de seu
título é Rev Bras Enferm, que deve ser usada em bibliografias, notas de rodapé e em
referências e legendas bibliográficas (http://www.scielo.br/revistas/reben/paboutj.htm).
As bases de dados que indexam artigos publicados na REBEn incluem: BDENF
(Base de Dados em Enfermagem); CINAHL (Cumulative Index to Nursing & Allied
Health Literature); CUIDEN (Base de dados da Fundacíon Index - España); DOAJ
(Directory of Open Access Journals); LATINDEX (Sistema Regional de Informação em
Linha para Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal);
LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde); MEDLINE /
International Nursing Index; PERIÓDICA (Índice de Revistas Latino-americanas em
Ciências); Redalyc (Red de Revistas Científicas de América Latina y El Caribe, España
y Portugal); SciELO (Scientific Electronic Library Online); SJR (SCImago Journal &
Country Rank); SCOPUS; SIIC Data Bases (Sociedad Iberoamericana de Información
Cientifica); Ulrich’s International Periodicals Directory
(http://www.scielo.br/revistas/reben/paboutj.htm).
A Revista Latino-Americana de Enfermagem é editada pela Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da
Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Desenvolvimento da Pesquisa em
Enfermagem, e tem como missão publicar resultados de pesquisas de enfermagem e
áreas afins que contribuam para o avanço do conhecimento científico e para a prática
profissional. Tem uma periodicidade bimestral e iniciou sua circulação em janeiro de
1993. A Rev. Latino-Am. Enfermagem tem como idiomas de publicação o inglês na
versão impressa e inglês, português e espanhol na versão online
(http://ead.eerp.usp.br/rlae/).

23
A Revista da Escola de Enfermagem da USP é um periódico bimestral, com o
objetivo de publicar artigos empíricos ou teóricos inéditos que representem um avanço
significativo para o exercício profissional ou para os fundamentos da Enfermagem.
Desde seu primeiro número em 1967 apresentada no suporte impresso a Revista da
Escola de Enfermagem da USP, tem sido um dos principais meios de divulgação do
conhecimento na área de Enfermagem no Brasil. É indexada em bases de dados
nacionais e internacionais. Seu Conselho Editorial, que tem caráter consultivo, é
constituído por pesquisadores em Enfermagem de nacionalidade e origem institucional
diversificados, e é o principal responsável pela qualidade do conteúdo da revista.
A partir de 31 de outubro de 2008 a Revista implantou o Sistema SciELO de
Publicação onde os autores poderão fazer a submissão dos artigos diretamente no
sistema e acompanhar todo o processo de publicação dos artigos submetidos, resultando
em maior agilidade na edição da publicação. Tal periódico tem como missão fomentar a
produção e a disseminação do conhecimento da Enfermagem e áreas correlatas, tendo
como foco a interlocução internacional para o avanço da ciência Enfermagem.
A Revista da Escola de Enfermagem da USP está classificada como
Internacional “A2” pelo programa QUALIS/CAPES e em 2012 teve seu terceiro fator
de impacto publicado pelo JCR (0.387), correspondente a indexação no Web of Science
(http://www.ee.usp.br/site/Index.php/paginas/mostrar/1419/2094/147).

Quadro 3: Distribuição da amostra de acordo com as características metodológicas


ARTIGO DELINEAMENTO DO
ESTUDO
Artigos esterilizados em vapor úmido: validação do sistema Experimental
de guarda
Avaliação da manutenção da esterilidade de materiais Experimental
úmidos /molhados após a esterilização a vapor e (laboratorial e
armazenado por 30 dias. randomizada)
Temperatura e umidade no armazenamento de materiais Revisão integrativa
autoclavados: revisão integrativa

24
De acordo com o Quadro 3, dentre os estudos realizados acerca dos eventos
relacionados ao tempo de validade de materiais estéreis, dois estudos (66,6%) eram do
tipo experimental e um (33,4%) foi do tipo revisão integrativa.
Uma pesquisa é um processo sistemático para a construção do conhecimento
humano, gerando novos conhecimentos, podendo também desenvolver, corroborar,
reproduzir, refutar, ampliar, detalhar, atualizar, algum conhecimento pré-existente,
servindo basicamente tanto para o indivíduo ou grupo de indivíduos que a realiza
quanto para a sociedade na qual esta se desenvolve. A pesquisa como atividade regular
também pode ser definida como o conjunto de atividades orientadas e planejadas pela
busca de um conhecimento (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa).
Segundo Gil (1999), o delineamento experimental consiste em determinar um
objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as
formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
Revisão Integrativa ou Revisão Sistemática é uma revisão que ao contrário da
revisão tradicional segue um protocolo pré-estabelecido que deva orientar todo o
processo de revisão, da identificação do problema, passando pela busca de informação
ao relatório final
(http://www.bu.ufsc.br/design/ModuloAvancadoPesquisaIntegrativa2011oficial.pdf).
Revisão integrativa é um método de pesquisa utilizado desde 1980, no âmbito da
Prática Baseada em Evidências (PBE), que envolve a sistematização e publicação dos
resultados de uma pesquisa bibliográfica em saúde para que possam ser úteis na
assistência à saúde, acentuando a importância da pesquisa acadêmica na prática clínica.
O principal objetivo da revisão integrativa é a integração entre a pesquisa científica e a
prática profissional no âmbito da atuação profissional
(http://www.seabd.bco.ufscar.br/referencia/o-que-e-revisao-integrativa/).

Quadro 4: Distribuição da amostra de acordo com objetivo do estudo


ARTIGO OBJETIVO(S)
Artigos esterilizados em vapor - Descrever as condições da esterilização dos
úmido: validação do sistema de artigos processados pelo método de vapor saturado
guarda sob pressão em dois hospitais da Secretaria Estadual
de Saúde de Goiás.
25
- Identificar o tempo de validade da esterilização.
Avaliação da manutenção da - Avaliar a manutenção da esterilidade dos materiais
esterilidade de materiais molhados/úmidos, após terem sido submetidos ao
úmidos /molhados após a processo de esterilização pelo vapor e armazenados
esterilização a vapor e por intervalo de 30 dias.
armazenado por 30 dias.
Temperatura e umidade no Identificar e analisar os fundamentos teóricos que
armazenamento de materiais levaram ao estabelecimento de parâmetros para T° e
autoclavados: revisão UR do ambiente do setor de guarda de materiais
integrativa esterilizados como possíveis fontes de
contaminações dos materiais armazenados.

Observa-se no Quadro 4, os objetivos dos artigos que foram selecionados para


este estudo especifico, os quais se enquadraram nos critérios de inclusão.
Em uma conceituação de objetivo, Richardson (1999) afirma que os artigos
podem ser apresentados em geral e específico, sendo que os objetivos gerais definem,
de modo geral, o que se pretende alcançar com a realização da pesquisa, enquanto que
os objetivos específicos definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o
objetivo geral.
Em uma análise dos objetivos apresentados pelos autores, percebe-se uma
perfeita sintonia entre os objetivos estabelecidos e os referidos títulos dos artigos, fato
que deve ser observado por todos os pesquisadores ou profissionais que desejem
enveredar na área da pesquisa.

Quadro 5: Distribuição da amostra de acordo com a população estudada


ARTIGO POPULAÇÃO AUTORES
Artigos esterilizados em vapor Dois hospitais públicos da NEVES, et al,
úmido: validação do sistema de Secretaria Estadual de 2004.
guarda Saúde em Goiânia-Goiás
Avaliação da manutenção da Caixas de instrumental MORYA, G. A. de
esterilidade de materiais úmidos cirúrgico submetidas ao A.; GRAZIANO,

26
/molhados após a esterilização a processo de esterilização K. U. ;2010.
vapor e armazenado por 30 dias.
Temperatura e umidade no Artigos publicados nas BRUNA, C. Q. de
armazenamento de materiais bases de dados MEDLINE, M.; GRAZIANO,
autoclavados: revisão integrativa PUBMED e LILACS K. U.; 2012.

O quadro 5 revela a população e a amostra dos artigos selecionados para este


estudo. Neste sentido, percebe-se uma variação diferenciada no que diz respeito aos
aspectos inerentes à população escolhida para os referidos estudos.
Deste modo os aspectos escolhidos pelos autores variaram desde a população
que teve como foco o próprio hospital até artigos já publicados através de uma revisão
integrativa. No que se refere à população referente aos hospitais no artigo publicado por
Neves et al (2004) o critério estabelecido pelos autores está pautado na observação das
condições de esterilização e na identificação do tempo de esterilidade, portanto para os
autores só haveria condições da realização do estudo envolvendo o hospital como um
todo, já que de acordo com os próprios autores cada instituição dever estabelecer o
tempo de validade dos artigos esterilizados de acordo com as condições de
armazenamento.
No artigo publicado por Morya e Graziano (2010), a população delimitada foram
as caixas de instrumentais já que as autoras visavam observar se as mesmas
permaneciam estéreis na presença de umidade após o processo de esterilização. Neste
estudo as autoras estabeleceram dois grupos de estudo, compondo uma amostra de 40
caixas cirúrgicas divididas em dois grupos, sendo 20 para o grupo controle e 20 caixas
foram selecionadas aleatoriamente, que durante o processo o ciclo era interrompido na
fase de secagem, todas as caixas dos dois grupos foram contaminadas externamente
com Serratia marcescens e armazenadas por um período de 30 dias. Após esse período
as caixas foram analisadas e em ambos os grupos, foi percebido que não houve
contaminação, levando as autoras a concluírem que a umidade não favorece a
proliferação de microrganismo.
No artigo de Bruna e Graziano (2012), a população foi todos os artigos
publicados nas bases de dados MEDLINE, PUBMED e LILACS, e manuais e guias das
sociedades responsáveis por elaborar recomendações para CME, bem como a

27
legislações vigentes, utilizando os descritores do MESH. Nesta busca, as autoras
encontraram 109 artigos, entretanto após os critérios de inclusão a amostra foi composta
por sete (07) artigos que versavam acerca da análise da temperatura e umidade no
armazenamento de materiais autoclavados. O que mostra que este tipo de estudo, ainda
está sendo pouco divulgado e estudado pelos pesquisadores da área.

Quadro 6: Distribuição da amostra de acordo com os critérios de inclusão e exclusão

ARTIGO CRITERIOS DE INCLUSÃO CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Artigos -Bandejas esterilizadas na Não se aplica


esterilizados em primeira carga do período
vapor úmido: matutino e armazenadas no setor
validação do de guarda até a realização dos
sistema de testes;
guarda - Bandejas submetidas ao
processo de limpeza, o preparo,
a esterilização e guarda dos
pacotes que seguiram
rigorosamente a rotina das
unidades estudadas;
- Bandejas identificadas para
possibilitar sua manutenção na
área de guarda até o momento da
semeadura para não serem
usadas nos procedimentos
cirúrgicos de rotina.

Avaliação da - Caixas aleatoriamente Caixas que não se incluíram no


manutenção da sorteadas como grupo grupo controle nem no grupo
esterilidade de experimental e submetidas à teste.
materiais esterilização pelo vapor,
úmidos interrompendo-se o ciclo no
/molhados após início da fase de secagem.

28
a esterilização a - caixas para constituírem o
vapor e grupo do controle negativo que
armazenado por foram submetidas a um ciclo
30 dias. completo de esterilização (pré-
vácuo, tempo de
exposição/esterilização e
secagem).

Temperatura e Descritores do Medical Subject Artigos que não se referiam a


umidade no Headings Section (MESH): armazenamento de material
armazenamento fatores de tempo, instrumentos esterilizado, que não se
de materiais cirúrgicos, esterilização, caracterizavam como estudos
autoclavados: embalagem de produtos, primários, que não relatavam
revisão temperatura e umidade. condições de T° e UR na área de
integrativa guarda de materiais autoclavados
ou que não se referiam a produtos
para a saúde.

Avaliando o Quadro 6, quanto aos critérios de inclusão e exclusão, percebe-se


que no primeiro artigo o critério de inclusão para a pesquisa se aplicava às bandejas que
foram esterilizadas na primeira carga e armazenadas no setor de guarda até a realização
dos testes, assim como, as que foram submetidas ao processo de limpeza, preparo,
esterilização e guarda de acordo com as rotinas já estudadas e as que foram identificadas
para possibilitar a sua manutenção na área de arsenal até o momento da semeadura da
pesquisa evitando assim serem confundidas com as bandejas de rotina dos
procedimentos cirúrgicos. Nessa pesquisa não houve critérios de exclusão.
No segundo artigo os critérios de inclusão foram caixas escolhidas
aleatoriamente e submetidas à esterilização a vapor tendo seu ciclo interrompido no
início da fase de secagem obtendo assim o grupo controle e caixas que foram
submetidas também a processo de esterilização com ciclo completo obtendo-se assim
um grupo negativo para análise dos dados. Para a mesma pesquisa foram excluídas
caixas que não se incluíam nem no grupo controle nem no grupo negativo.

29
O terceiro e último artigo traz uma pesquisa de revisão integrativa onde se
verificaram os descritores do Medical Subject-Headings Section (MESH) sendo os
mesmos estabelecidos como critérios de inclusão, dentre eles foram incluídos os fatores
de tempo, instrumentos cirúrgicos, esterilização, embalagem de produtos, temperatura e
umidade e como critério de exclusão os artigos que não se referem a armazenamento de
material esterilizado, que não se caracterizavam como estudos primários, que não
relatavam as condições de temperatura umidade relativa na guarda de materiais ou
mesmo que não se referiam a produtos da saúde.

30
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo proporcionou um amplo conhecimento acerca dos eventos relacionados


à manutenção dos artigos esterilizados, no entanto foi percebido também que, apesar de
ser um assunto de relevância para profissionais que atuam direta ou indiretamente no
processo de esterilização, o mesmo encontra-se com literatura aquém de sua
importância, já que foram encontrados poucos artigos que versam acerca do assunto,
onde neste estudo, inicialmente foram encontrados 808 artigos que versavam sobre
conteúdos inerentes ao processo de esterilização, no entanto só foram encontrados três
que se encaixaram nos objetivos deste estudo.
Considera-se que o assunto abordado necessita de divulgação no âmbito
hospitalar, para que todos os profissionais das mais diversas áreas de atuação que
utilizam artigos processados em CME tenham conhecimento sobre a manutenção da
esterilidade, para que dessa forma saibam se o artigo está ou não em condições de uso, e
dessa forma não tenham que recorrer ao gerente do CME, reprovando ou recusando-se a
usar determinados artigos.
Assim como estes profissionais necessitam ter conhecimento acerca dos eventos
adversos na guarda desses artigos, para que desta forma mantenham a esterilidade dos
mesmos e conscientize os demais profissionais, pois desta forma estarão contribuindo
para a minimização das infecções hospitalares, e garantindo que o cliente receberá um
tratamento livre da preocupação da garantia do artigo que será utilizado durante o sua
estadia para a assistência cabível.
Infere-se a partir deste levantamento bibliográfico que este estudo pode
contribuir para que os responsáveis pelo processamento dos artigos em CME repensem
suas práticas e revejam os prazos de validade estabelecidos em suas instituições, pois
este estudo permitiu verificar que não há necessidade de prazos de validade
extremamente curto, e o prolongamento da validade pode contribuir para aumentar a
vida útil dos artigos, diminuição da carga de trabalho e consequentemente diminuição
do estresse no âmbito da CME. Logicamente que se devem repeitar os critérios de
avaliação dos pacotes confeccionados, entre eles também sua integridade, ou seja,
realizar o trabalho de forma consciente, pois o ator principal é o paciente que receberá

31
os cuidados ficando os profissionais em papel coadjuvante mais de extrema importância
no cenário, já que este trabalha em detrimento do paciente visando a melhor forma de
assistência.

32
REFERÊNCIAS

ALARCON, C. D. P. et al. Contêineres rígidos: avaliação do usuário. Rev. SOBECC,


v. 10, n. 2, 2005. Disponível em: <http://novo.sobecc.org.br/artigo/artigo_102.pdf>.
Acesso em: 18 abr. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de


Atenção Básica. Política nacional de atenção básica. Normas e Manuais Técnicos.
Série Pactos pela Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; v. 4, 2006.

_______. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


Consulta pública n. 34, 3 jun. 2009. Dispõe sobre o funcionamento de serviços que
realiza o processamento de produtos para a saúde e dá outras providências.
Disponível em: <www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5b26720-1-0%5d.pdf.>.
Acesso em: 25 abr. 2013.

_______. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


Resolução – RDC nº 15, de 15 de março de 2012. Dispõe sobre requisitos de boas
práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências.
Disponível em: www.anvisa.gov.br/hotsite/.../rdcs/RDC%20Nº%2015-2012.pdf.
Acesso em: 23 de maio.

_______. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Orientações gerais


para central de esterilização. Brasília (DF): 2001. 54 p.

_______. Ministério da Saúde. Segurança no ambiente hospitalar. Brasília, 1995.

_______. Conselho Nacional de Saúde. Diretrizes e Normas Regulamentadoras de


Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Resolução de 1996. Informes Epidemiológicos
do SUS. n. 2, suplemento 3, 1996.
COFEN. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem. Resolução 311 em 12 de maio de 2007.

COSTA, L. F. V.; FREITAS, M. I. P. Reprocessamento de artigos críticos em unidades


básicas de saúde: perfil do operador e ações envolvidas. Rev. bras. Enferm, v.62, n.6,
2009. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672009000600002>. Acesso
em: 26 abr. 2013.

FELTRIN, R. Reprocessamento de equipamentos eletromédicos (eem): uma


abordagem sobre endoscópios e transdutores de pressão sanguínea. 2003 Dissertação
(Mestrado em Engenharia Elétrica). Universidade federal de Santa Catarina,
Florianópolis,2003.

33
GRAZIANO, K. U. Processo de limpeza, desinfecção e esterilização de artigos
Odonto-médico-hospitalares e cuidados com o ambiente de centro cirúrgico. In:
LACERDA, R. A. Controle de infecção em centro cirúrgico: fatos, mitos e
controvérsias. São Paulo: Atheneu, 2003.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

http://www.scielo.br/revistas/reben/paboutj.htm

http://ead.eerp.usp.br/rlae/

http://www.ee.usp.br/site/Index.php/paginas/mostrar/1419/2094/147

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa

http://www.bu.ufsc.br/design/ModuloAvancadoPesquisaIntegrativa2011oficial.pdf

http://www.seabd.bco.ufscar.br/referencia/o-que-e-revisao-integrativa/

KALIL, E.M; COSTA, A.J.F.da Desinfecção e Esterilização. Acta Ortop. Bras.1994

LEITE, F. B. Central de material esterilizado projeto de reestruturação e


ampliação do hospital regional de Francisco Sá. Engenheira Civil. Atua como técnica
da Coordenação Geral de Urgência e Emergência CGUE do Ministério da Saúde.
Especialista em Arquitetura de Sistemas de Saúde pelo Centro Universitário Euro
americano – UNIEURO, 2008.

MARTINHO, M.A.V. Eficácia dos Integradores Químicos X Indicadores Biológicos


no monitoramento dos ciclos de esterilização a vapor: revisão sistemática da
literatura.2007. Dissertação (Mestrado em Saúde do Adulto). Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo,São Paulo,2007.

MOLINA, E. Centro de material. In: Rodrigues EAC, Medonça JS, Amarante JMB,
Alves Filho MB, Grinbaum RS, Richtmann R. Infecções hospitalares: prevenção e
controle. São Paulo: Sarvier;1997.669 p.p.491-98.

NIEHEUS,R.C. Autoclaves Verticais: uma proposta de sistema para garantia do


processo de esterilização.2004. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica).
Universidade federal de Santa Catarina, Florianópolis,2004.

NOVAES, H. M. D. Avaliação de programas, serviços e tecnologias em saúde. Rev


Saúde Pública, 2000; n. 34, v. 5, p. 547-59. Disponível em:
http://www.revsaudepublica.htlm. Acesso em: 28/ab/2013.

PENNA, T. C. V; NOGAROTO, S. L. Desinfecção esterilização. São Paulo: Atheneu,


2006.
34
PENNA, T.C.V.; MACHOSHVILI, I. A. Esterilização térmica. Conceitos 11 Básicos da
Cinética de Morte Microbiana. Revista Farmácia Bioquímica. Universidade São
Paulo, p. 1-5, 2006. Disponível em: http://www.revfamaciabioquimica.com.br.htlm.
Acesso em 27/abr/2013

PENNA, T. C. V.; MACHOSHVILI, I. A., BASTON, L. M. Importância da


Autoclave em Lactário Hospitalar. Laes & Haes, São Paulo, v. 16, n. 91, 1994.

PENNA, T. C. V. Validação de Processos de Esterilização I. Conceitos Básicos Laes


& Haes, São Paulo, v. 15, n. 88, 1994.

PEREIRA, M. S.; MORYA, T. M. Infecção Hospitalar: estrutura básica de vigilância e


controle. Goiânia: AB, 1995.

PELCZAR JUNIOR, M. J.; CHAN, E. C. S.; KRIEG, N. R. Microbiologia: conceitos e


aplicações. São Paulo: Makron Books, 1996.

PINTER, M.G.; GABRIELONI, M.C.; Central de Material e Esterilização. In:


FERNANDES A.T.; FERNANDES M.O.,RIBEIRO N., editores. Infecção Hospitalar e
suas Interfaces na Área da Saúde. São Paulo: Atheneu, 2000.

PADOVESE, M. C.; QUELHAS, M. C.; NAKAMURA, M. H. Y. Métodos físicos de


esterilização. In: PADOVEZE, M. C.; GRAZIANO, K. U. Limpeza, desinfecção e
esterilização de artigos em serviços de saúde. São Paulo: APECIH; 2010. p. 108-25.

PEREIRA, M. C. O. Preparo, embalagem, transporte e armazenagem. In: Padoveze


MC, Graziano KU. Limpeza, desinfecção e esterilização de artigos em serviços de
saúde. São Paulo: APECIH; 2010. p. 83-107.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social. Métodos e Técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

RODRIGUES, E. A. C. Infecções Hospitalares: prevenção e controle. São Paulo:


Sarvier, 1997.

ROMANO,J.C; QUELHAS, M.C.F. Tipos de Esterilização. Campinas,São Paulo:


Universidade Estadual de Campinas,2002. Disponível em:<
http:www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/tipos.htm>. Acesso em: 18 Abr. 2013.

SANTOS, N. Q. Infecção Hospitalar: uma análise Histórico-Crítica. Florianópolis:


UFSC, 1997.

SALES S. M. M.; Central de Material Esterilizado. In: OLIVEIRA, A.C.;


ALBUQUERQUE, C.P.; Rocha, L.C.M.; Infecções Hospitalares: abordagem,prevenção
e controle. Rio de Janeiro:Medsi,1998.

SOBECC - Sociedade brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgicos. Recuperação


anestésica e centro de material e esterilização. Manual de práticas recomendadas da
sobecc. 2ªed. São Paulo, 2003.
35
_______.Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico. Recuperação
Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Práticas recomendadas. São Paulo:
SOBECC, 2009.

36
APÊNDICE

37
INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS

1. IDENTIFICAÇÃO DO ARTIGO

1.1 Título do artigo:

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

1.2 Título do periódico:___________________________________________________

1.3 Número de autores:____________________________________________________

1.4 Titulação dos autores:

( ) Graduando(s) ( ) Graduado(s) ( ) Especialista(s) ( ) Mestre(s) ( ) Doutor(es) (


) Pós Doutorado

Ano de publicação:

( ) 2008 ( ) 2009 ( ) 2010 ( ) 2011 ( ) 2012

Fonte de localização do artigo:______________________________________________

2. CARACTERÍSTICAS METODOLÓGICAS

Delineamento do estudo

( ) Quantitativo ( ) Qualitativo ( ) Quanti-qualitativo ( ) Relato de experiência

( ) Revisão integrativa ( ) Revisão de literatura ( )


Outros___________________________

Fonte da pesquisa (se aplicável)

( ) TCC ( ) Dissertação ( ) Tese

38
Objetivo ou questão de investigação:

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

População:
__________________________________________________________________

Amostra:
___________________________________________________________________

Critérios de inclusão:

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

Critérios de exclusão:

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

39

Você também pode gostar