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Definição 19
Se 𝐴𝐵𝐶 é um triângulo, seus ângulos 𝐴𝐵 𝐶, 𝐵𝐶 𝐴 e 𝐶Â𝐵 são
Teorema do ângulo chamados ângulos internos ou simplesmente ângulos do
triângulo. Os suplementos destes ângulos são chamados de
externo
ângulos externos do triângulo.
Proposição 11
Todo ângulo externo de um triângulo mede mais do que
qualquer dos ângulos internos a ele não adjacentes.
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Proposição 12 Corolário 1
A soma das medidas de quaisquer dois ângulos internos de Todo triângulo possui pelo menos dois ângulos internos
um triângulo é menor que 180°. agudos.
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Corolário 2 Exercício
Se duas retas distintas 𝑚 e 𝑛 são perpendiculares a uma Prove que se um triângulo tem dois ângulos externos
terceira, então 𝑚 e 𝑛 não se interceptam. congruentes, então ele é isósceles.
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Definição 20 Proposição 13
Duas retas que não se interceptam são ditas paralelas. Por um ponto fora de uma reta passa exatamente uma reta
perpendicular à reta dada.
Demonstração:
(Unicidade)
(Existência) Sejam 𝑚 uma reta, 𝐴 um ponto fora
desta reta e 𝐵 um ponto de 𝑚. Consideremos, por absurdo, que existam duas retas distintas
Caso 𝐴𝐵 seja perpendicular a 𝑚, a construção está passando pelo ponto 𝐴 perpendiculares a 𝑚. Assim, teríamos
terminada. um triângulo com dois ângulos retos – o que é impossível pelo
Caso contrário, consideramos um outro ponto 𝐶 em corolário 1 da proposição 12.
𝑚. Construímos um ângulo com a semirreta 𝑆 ∎
no semiplano oposto a 𝐴, congruente a 𝐴𝐵 𝐶. Neste ângulo construído, no
lado que não contém 𝐶, consideramos o ponto 𝐴′, tal que 𝐵𝐴′=𝐵𝐴. Traçando
a reta 𝐴𝐴′, temos o ponto 𝑂 em 𝑚. Pelo critério LAL, temos 𝐴𝐵𝑂=𝐴′𝐵𝑂, pois
𝐴𝐵=𝐴′𝐵, 𝐴𝐵 𝑂 = 𝑂𝐵 𝐴′ e 𝐵𝑂=𝐵𝑂. Assim, 𝐴𝐵 𝑂 = 𝐴′𝐵 𝑂 . Pelo axioma A3,
temos que 𝐴𝑂𝐴 = 𝐴Ô𝐵 + 𝐵Ô𝐴′. Então, 𝐴Ô𝐵 = 𝐵Ô𝐴 = 90°.
Definição 21 Definição 22
Dado um ponto 𝐴 e uma reta 𝑚, a perpendicular a 𝑚 Dado um triângulo 𝐴𝐵𝐶, diremos que o lado 𝐵𝐶 opõe-se ao
passando por 𝐴 intercepta 𝑚 em um ponto 𝑃 chamado pé ângulo  ou, de maneira equivalente, que o ângulo  é oposto
da perpendicular baixada do ponto 𝐴 a reta 𝑚. Se 𝑄 é ao lado 𝐵𝐶.
qualquer outro ponto de 𝑚, o segmento 𝐴𝑄 é dito ser
oblíquo relativamente a 𝑚.
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Demonstração:
Proposição 14 Parte 1: A proposição 9 diz que se, em um triângulo 𝐴𝐵𝐶, tem-se dois
ângulos congruentes, então o triângulo tem dois lados congruentes
Se dois lados de um triângulo não são congruentes, então (triângulo isósceles). Pela sua contrapositiva, temos que se o triângulo
seus ângulos opostos não são congruentes e o maior ângulo não tem dois lados congruentes, então ele não terá dois ângulos
é oposto ao maior lado. congruentes.
Parte 2: Seja o triângulo 𝐴𝐵𝐶, tal que 𝐵𝐶 < 𝐴𝐶. Devemos mostrar que
𝐶Â𝐵 < 𝐶𝐵 𝐴. Proposição 15
Se dois ângulos de um triângulo não são congruentes, então
os lados que se opõem a estes ângulos têm medidas
Marquemos na semirreta 𝑆 um ponto 𝐷, tal que 𝐶𝐷 = 𝐵𝐶. Como distintas e o maior lado opõe-se ao maior ângulo.
𝐵𝐶 < 𝐴𝐶, então 𝐶𝐷 < 𝐴𝐶, ou seja, o ponto 𝐷 está entre 𝐴 e 𝐶. Assim,
𝑆 divide o ângulo 𝐶𝐵 𝐴. Portanto, 𝐶𝐵 𝐴 > 𝐶𝐵 𝐷.
Como o triângulo 𝐶𝐵𝐷 é isósceles e 𝐶𝐷 = 𝐵𝐶, segue que 𝐶𝐵 𝐷 = 𝐶𝐷 𝐵.
Ainda, 𝐶𝐷 𝐵 é ângulo externo do triângulo 𝐴𝐵𝐷. Pela proposição 11,
𝐶𝐷 𝐵 > 𝐶𝐴𝐵.
Temos: 𝐶𝐴𝐵 < 𝐶𝐷 𝐵 = 𝐶𝐷 𝐵 < 𝐶𝐵 𝐴
∎
Demonstração:
Parte 1: Pela proposição 8, em um triângulo isósceles, os ângulos da base
são congruentes. Pela sua contrapositiva, se os ângulos da base não são
Proposição 16
congruentes, então o triângulo não é isósceles. Em todo triângulo, a soma dos comprimentos de dois lados
Parte 2: Seja o triângulo 𝐴𝐵𝐶, tal que  < 𝐵 . Devemos mostrar que 𝐵𝐶 < é menor do que o comprimento do terceiro lado.
𝐴𝐶. Observe que há três possibilidades: 𝐵𝐶 < 𝐴𝐶, 𝐵𝐶 > 𝐴𝐶 ou 𝐵𝐶 = 𝐴𝐶
Caso 𝐵𝐶 = 𝐴𝐶 , teríamos pela proposição 8, que  = 𝐵 , o que é
impossível.
Caso 𝐵𝐶 > 𝐴𝐶, pela proposição 14 teríamos  > 𝐵 , o que é impossível.
Portanto, 𝐵𝐶 < 𝐴𝐶. ∎
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Demonstração:
Dado o triângulo 𝐴𝐵𝐶, mostraremos que 𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 > 𝐴𝐶. Marquemos
um ponto 𝐷 na semirreta 𝑆 , tal que 𝐴𝐷 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐷.
Proposição 17 (desigualdade triangular)
Como 𝐴𝐷 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐷 também, temos 𝐵𝐶 = 𝐵𝐷. Assim, o triângulo 𝐵𝐶𝐷 Dados três pontos distintos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 do plano, tem-se que
é isósceles e B𝐶 𝐷 = 𝐵𝐷 𝐶. Como 𝐵 está entre 𝐴 e 𝐷, 𝐴𝐶 𝐷 > 𝐵𝐶 𝐷 = 𝐴𝐶 ≤ 𝐴𝐵 + 𝐵𝐶. A igualdade ocorre se, e somente se, 𝐵
B𝐷 𝐶 = 𝐴𝐷 𝐶. pertence ao segmento 𝐴𝐶.
No triângulo 𝐴𝐶𝐷, temos então que 𝐴𝐷 > 𝐴𝐶 , pela proposição 15.
Portanto, 𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 > 𝐴𝐶.∎
Demonstração:
De acordo com a definição 15, se três pontos distintos não são colineares,
então eles determinam um triângulo. Nesse caso, aplica-se a proposição
Proposição 18
16, isto é, 𝐴𝐶 < 𝐴𝐵 + 𝐵𝐶. Sejam 𝑎, 𝑏 e 𝑐 três números positivos. Suponha que
Caso eles estejam alinhados, podemos ter 𝐴∗𝐵∗𝐶, 𝐵∗𝐴∗𝐶 ou 𝐴∗𝐶∗𝐵. |𝑎 − 𝑏| < 𝑐 < 𝑎 + 𝑏
Então pode-se construir um triângulo cujos lados medem 𝑎, 𝑏 e
𝑐.
Demonstração:
Traçamos uma reta e nela marcamos dois pontos 𝐴 e 𝐵, de modo que
𝐴𝐵 = 𝑐 . Com centro do compasso no ponto 𝐴, traçamos uma
Definição 23
circunferência de raio 𝑏 e com centro em 𝐵, traçamos uma circunferência Um triângulo que possui um ângulo reto é chamado
de raio 𝑎. Essas circunferências não se encontram se 𝑐 > 𝑎 + 𝑏 ou se 𝑐 < triângulo retângulo. O lado oposto ao ângulo reto é
|𝑎 − 𝑏| .Como temos |𝑎 − 𝑏| < 𝑐 < 𝑎 + 𝑏 , então elas se encontram, chamado hipotenusa e os outros dois lados são
determinando o ponto 𝐶. Assim, está formado o triângulo 𝐴𝐵𝐶 com lados denominados catetos.
medindo 𝑎, 𝑏 e 𝑐.
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Referências
BARBOSA, João Lucas Marques. Geometria euclidiana plana.11. ed. Rio de
Janeiro, RJ: Sociedade Brasileira de Matemática, 2012. 260 p. (Coleção do
professor de Matemática).