Traduzido do Inglês para o Português - www.onlinedoctranslator.
com
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–
509 DOI 10.1007/s11367-016-1028-6
ACV PARA SISTEMAS DE ENERGIA E PRODUTOS ALIMENTARES
Impactos ambientais do ciclo de vida e custos da produção e consumo
de cerveja no Reino Unido
David Amienyo1&Adisa Azapágico1
Recebido: 20 de março de 2015 /Aceito: 2 de janeiro de 2016 /Publicado online: 2 de fevereiro de 2016
# The Author(s) 2016. Este artigo é publicado com acesso aberto em Springerlink.com
Abstrato
PropósitoO consumo global de cerveja está crescendo
constantemente e recentemente atingiu 187,37 bilhões de litros por
ano. O Reino Unido ficou em 8º lugar no mundo, com 4,5 bilhões de
litros de cerveja produzidos anualmente. Este artigo considera os
impactos ambientais do ciclo de vida e os custos da produção e
consumo de cerveja no Reino Unido, que são atualmente
desconhecidos. A análise é realizada para duas unidades funcionais:
(i) produção e consumo de 1 litro de cerveja em casa e (ii) produção
e consumo anual de cerveja no Reino Unido. O limite do sistema é
deberço ao túmulo.
MétodosOs impactos do ciclo de vida foram estimados
seguindo as diretrizes da ISO 14040/44; a metodologia de
custeio do ciclo de vida é congruente com a abordagem LCA.
Os dados primários foram obtidos de um fabricante de cerveja;
os dados secundários são provenientes dos bancos de dados
CCaLC, Ecoinvent e GaBi. GaBi 4.3 foi usado para modelagem
LCA e os impactos ambientais foram estimados de acordo com
o método CML 2001.
Resultados e discussãoDependendo do tipo de embalagem
(garrafas de vidro, latas de alumínio e aço), 1 l de cerveja
requer, por exemplo, 10,3–17,5 MJ de energia primária e 41,2–
41,8 l de água, emite 510–842 g de CO2eq. e tem o ciclo de vida
Editor responsável: Almudena Hospido
Material eletrônico complementarA versão online deste artigo (doi:10.1007/
s11367-016-1028-6) contém material complementar, que está disponível
para usuários autorizados.
* Adisa Azapágico
adisa.azapagic@manchester.ac.uk
1 produzidos em 2014 (BBPA2015), tornando-se o maior setor de bebidas
Escola de Engenharia Química e Ciências Analíticas, Universidade
de Manchester, Sala C16, The Mill, Sackville Street, M13 9PL
Manchester, Reino Unido
custos de 12,72–14,37 pence. Extrapolando os resultados para o
consumo anual de cerveja no Reino Unido se traduz em uma demanda
de energia primária de mais de 49.600 TJ (0,56% do consumo de energia
primária do Reino Unido), consumo de água de 1,85 bilhões de
hectolitros (5,3% da demanda do Reino Unido), emissões de 2,16 mt CO2
eq. (0,85 % das emissões do Reino Unido) e os custos do ciclo de vida de
£ 553 milhões (3,2 % do valor de mercado da cerveja no Reino Unido). A
produção de matérias-primas é o principal hotspot, contribuindo de 47 a
63% para os impactos e 67% para os custos do ciclo de vida. A
embalagem agrega de 19 a 46% aos impactos e 13% aos custos.
ConclusõesA cerveja em latas de aço tem os menores impactos em cinco
das 12 categorias de impacto consideradas: demanda de energia
primária, esgotamento de recursos abióticos, acidificação, toxicidade
marinha e de água doce. A cerveja engarrafada é a pior opção para nove
categorias de impacto, incluindo aquecimento global e demanda de
energia primária, mas tem o menor potencial de toxicidade humana. A
cerveja em latas de alumínio é a melhor opção para a destruição da
camada de ozônio e poluição fotoquímica, mas tem os maiores
potenciais de toxicidade humana e marinha.
Palavras-chaveCerveja . Das Alterações Climáticas . Impactos ambientais .
Avaliação do ciclo de vida. Custos do ciclo de vida. Embalagem
1. Introdução
O consumo global de cerveja vem crescendo constantemente nas
últimas décadas e em 2012 atingiu 187,37 bilhões (109) litros (Kirin2014),
equivalente a 568 bilhões de garrafas de 33 cl. A China é o maior país
consumidor de cerveja do mundo, com 23,6% de participação no
mercado global, seguida pelos EUA, com cerca de metade disso. O Reino
Unido ocupa o 8º lugar (Kirin2014) com 4,5 bilhões de litros de cerveja
alcoólicas do país (Fig.1). Metade do total de cerveja produzida no Reino
Unido é consumida no comércio
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509
Outros, 9%
Vinho, 28%
Cerveja, 43%
Espíritos e
licores, 20%
Figura 1Setor de bebidas alcoólicas do Reino Unido por valor (Nota-chave2009)
outlets (bares, restaurantes e outros locais de entretenimento) e a
outra metade é comprada fora do comércio (lojas sem licença,
supermercados e outros retalhistas) para consumo doméstico
(BBPA2015). O mercado de cerveja do Reino Unido valia £ 17,12
bilhões (preço de venda no varejo) em 2013 (Nota-chave2014).
Existem vários estudos de impactos ambientais do ciclo de vida
da cerveja produzida em diferentes países, incluindo a Austrália
(Narayanaswamy et al.2004), Grécia (Koroneos et al.2005), Itália
(Cordella et al.2008), Espanha (Hospido et al.2005), Japão (Takamoto
et al.2004) e EUA (Climate Conservancy2008). Alguns estudos
consideraram a produção de cerveja em regiões inteiras, incluindo
os países nórdicos (Talve2001), Europa e América do Norte (BIER
2012). As suposições e limites do sistema nos estudos variam
amplamente, levando a diferenças significativas nos impactos. Por
exemplo, de acordo com Talve (2001), a produção agrícola de
ingredientes da cerveja contribui com quase 80% para os impactos
ambientais (ponderados), seguida pelos transportes (8%) e
produção de materiais auxiliares (6%) e cerveja (5%). Por outro lado,
Koroneos et al. (2005) descobriram que a produção de garrafas foi a
que mais contribuiu (até 94%) para os impactos, enquanto Hospido
et al. (2005) relataram que a produção de embalagens, assim como
o cultivo de ingredientes e o transporte foram responsáveis pela
maior parcela dos impactos. A inclusão de diferentes impactos
ambientais e os métodos usados para estimá-los também variam
entre os estudos, o que dificulta comparações cruzadas. Sem
surpresa, o potencial de aquecimento global (GWP) é considerado
em todos os estudos, mas os resultados variam amplamente, não
apenas entre diferentes estudos, mas também dentro de um
estudo. Por exemplo, BIER (2012) estimou o GWP da cerveja na
Europa em 139,6 g CO2eq./garrafa de 33 cl e da América do Norte a
319,4 g CO2lata de alumínio eq./35,5 cl, mais do que um fator de
dois de diferença. O estudo constatou que, para a cerveja europeia,
o malte de cevada contribuiu com 39% para o GWP, seguido pela
produção de cerveja (25%), garrafa de vidro e transporte (13%
cada). Na América do Norte, a lata de alumínio representou 41% do
impacto total, seguida pelo malte (33%), cerveja
493
produção (12%) e transporte (8%). O GWP em todos os
estudos variou de 400–1475 g CO2eq./l de cerveja.
Até onde sabemos, não há estudos de impactos ambientais da
produção e consumo de cerveja no Reino Unido. A única informação que
existe é que em 2003/2004 o setor cervejeiro do Reino Unido contribuiu
com 0,96 % para as emissões de GEE do Reino Unido (Garnett2007) e
cerca de 470.000 toneladas1de resíduos de embalagens domésticas
(Jenkin2010). Os outros impactos permanecem em grande parte
desconhecidos. Portanto, este artigo se propõe a estimar os impactos
ambientais do ciclo de vida da produção e consumo de cerveja no Reino
Unido. Além dos impactos, o estudo também considera os custos do
ciclo de vida (LCC) na cadeia produtiva da cerveja. Até onde sabemos,
este é o primeiro estudo de LCC para cerveja globalmente.
A próxima seção detalha a metodologia e os dados
utilizados. Isso é seguido na seção3pela discussão dos
resultados, incluindo comparações com alguns dos estudos
mencionados e possíveis oportunidades de melhoria. As
conclusões estão resumidas na seção4.
2 Metodologia
Os impactos ambientais da cerveja foram estimados por
meio da avaliação do ciclo de vida (LCA), de acordo com a
metodologia ISO 14040 e 14044 (ISO2006a,b). O LCC foi
avaliado seguindo a abordagem de Hunkeler et al. (2008) e
Swarr et al. (2011). O seguinte está incluído nas estimativas:
LCCCerveja¼CRMºCrelações públicasºCPºCTºCC ð1º
onde:
LCCCervejacustos do ciclo de vida da produção de 1 l de cerveja (£/l) C
RM custos de matérias-primas (£/l) Crelações públicascustos de produção de
cerveja (£/l) CPcustos de embalagem (£/l)
CTcustos de transporte de matérias-primas, embalagens, cerveja
para o varejista e resíduos pós-consumo (£/l)
CCcustos de eliminação de resíduos pós-consumo (£/l)
2.1 Definição de objetivo e escopo
O objetivo do estudo é estimar os impactos ambientais do ciclo de
vida e os custos da cerveja produzida e consumida no Reino Unido.
O estudo está dividido em duas partes: primeiro, os impactos e
custos são estimados no nível do consumidor com o objetivo de
fornecer informações ao consumidor sobre os impactos ambientais
e custos do consumo de cerveja. Para esses propósitos, a unidade
funcional é definida como oprodução e consumo de 1 litro de
cerveja em casa.A segunda parte do estudo
1Esta estimativa inclui cidra.
494 Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509

considera os impactos e custos do consumo anual de cerveja no Reino
Unido, com o objetivo de informar a indústria e os formuladores de
políticas sobre a contribuição total da cerveja para a economia do Reino
Unido e os impactos ambientais. Para esta parte da análise, a unidade
funcional é definida comoprodução e consumo anual de cerveja no
Reino Unido.
O estudo ao nível do consumidor está relacionado com o
consumo off-trade, enquanto o estudo setorial considera os
mercados on-trade e off-trade. Primeiro nos concentramos na
unidade funcional no nível do consumidor; os pressupostos e
resultados para a análise setorial são discutidos na Seção3.6.
Como mostrado na Fig.2, o limite do sistema do estudo no nível
do consumidor é deberço ao túmulo,compreendendo as seguintes
etapas:
& matérias-primas: cultivo de cevada e lúpulo, produção de
malte de cevada, fabricação de hidróxido de sódio, ácido
sulfúrico, dióxido de carbono e outros materiais auxiliares;
& fabricação: insumos de eletricidade e materiais para a produção de
cerveja, incluindo preparação e moagem de grãos, fermentação,
carbonatação, armazenamento, filtração e enchimento;
& embalagens: insumos materiais e energéticos para a fabricação de
garrafas de vidro (com tampas de aço e engradados de papelão
multipack em que normalmente se vende cerveja engarrafada),
latas de alumínio e aço;
& varejo e consumo: armazenamento refrigerado de cerveja no
varejista (somente como parte da análise de sensibilidade) e
resíduos pós-consumo gerados após o consumo;

MATÉRIAS-PRIMAS E EMBALAGEM
AUXILIARES
Garrafas de vidro

Cevada
tampas de aço

lúpulo
Cartão
Levedura

Latas de alumínio
Terra de diatomáceas

latas de aço
hidróxido de sódio

Ácido sulfúrico

Ácido fosfórico
TRANSPORTE

Combustível
Dióxido de carbono
GESTÃO DE RESÍDUOS

óleo combustível leve

Tratamento de água poluída
Reciclando

Aterro

Eletricidade PRODUÇÃO E ENCHIMENTO

(grade do Reino Unido)
malte de cevada

Preparo e moagem do grão

Fermentação
Água
Carbonatação e armazenamento

Filtração e enchimento

Águas residuais
Outras operações

TRANSPORTE TRANSPORTE

Combustível Combustível

VAREJO E CONSUMO
Resíduos de embalagens
Refrigeração (varejo)*

Figura 2O ciclo de vida da cerveja considerado neste estudo. [*Refrigeração no varejista considerada apenas como parte da análise de sensibilidade]
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509
& gestão de resíduos: tratamento de águas residuais do processo
de produção de cerveja, reciclagem e eliminação de fluxos de
resíduos em processo e pós-consumo; e
& transporte: todo o transporte de materiais de embalagem, cerveja e
resíduos.
Estão excluídos da análise:
& produção de embalagens secundárias e terciárias para as latas
por falta de dados; além disso, sua contribuição para o GWP
total da cerveja foi considerada insignificante (<1%) em um
estudo da indústria cervejeira (BIER2012) de modo que se
supõe que sua contribuição para outros impactos também
seria pequena;
& transporte do consumidor para o varejista devido a incertezas
associadas à alocação de impactos à cerveja em relação a
outros itens adquiridos na mesma época; isso também é
congruente com o padrão PAS 2050 (BSI2011); refrigeração da
& cerveja em casa, assumindo que a cerveja é consumida logo
após a compra; mesmo que a refrigeração fosse considerada, o
efeito nos resultados seria insignificante, pois não há
vazamento de refrigerante dos refrigeradores domésticos e a
eletricidade consumida por litro de cerveja durante a suposta
refrigeração de curto prazo seria pequena; e copos ou outros
& recipientes nos quais o consumidor possa beber a cerveja, pois
estes também serão utilizados para outros fins.
2.2 Dados e premissas
Dados de produção primária foram obtidos de um fabricante de
cerveja. Isso inclui os materiais e energia utilizados para a produção
de cerveja, bem como modos de transporte e distâncias ao longo
da cadeia de abastecimento. Os dados de fundo foram
provenientes do CCaLC (2013), Ecoinvent (2010), ILCD (2010) e GaBi
(PE Internacional2010) bancos de dados. Quando relevante, os
dados foram adaptados para refletir o mix de energia do Reino
Unido. Os custos foram obtidos de várias fontes, incluindo a
literatura e análises de mercado. Mais detalhes sobre os dados de
inventário e suas fontes para cada estágio do ciclo de vida são
fornecidos nas próximas seções.
2.2.1 Matérias-primas
Como mostrado na Tabela1, os principais ingredientes para a produção de
cerveja são cevada, lúpulo, água e fermento, bem como dióxido de carbono
para carbonatação. Materiais auxiliares usados durante a fermentação, como
hidróxido de sódio, ácido sulfúrico, ácido fosfórico e terra de diatomáceas
também são incluídos na análise. O dióxido de carbono emitido durante a
fermentação da cerveja é capturado e liquefeito; os dados do inventário do
ciclo de vida para este último foram obtidos do Ecoinvent (2010) base de
dados. Os dados de inventário para todos
495
outras matérias-primas e auxiliares também são da Ecoinvent. Os dados
do inventário do ciclo de vida da cevada cultivada no Reino Unido não
estão disponíveis, de modo que os dados europeus médios,
provenientes da Ecoinvent, foram usados. Isso é apropriado, pois o
Reino Unido importa cevada da UE (HMRC2014). Os dados de estoque de
lúpulo também não estão disponíveis, de modo que os dados da cevada
foram usados como substitutos.
Os custos das matérias-primas indicados na Tabela1foram
obtidos de várias fontes, incluindo DECC (2013), o Conselho de
Desenvolvimento de Agricultura e Horticultura do Reino Unido
(HGCA2013), Global Water Intelligence (2011) e análise do
mercado de commodities.
2.2.2 Produção e envase de cerveja
O processo de produção da cerveja começa com a cevada maltada
sendo moída em um pó grosso conhecido como grist. A cevada maltada
é obtida por imersão e drenagem dos grãos de cevada para iniciar a
germinação da semente. A germinação ativa enzimas que convertem
amido e proteínas em açúcares e aminoácidos (Palmer1999). O grão é
então seco em um forno e armazenado para uso na fabricação de
cerveja. O grão é transferido para um grande recipiente conhecido como
mash tun, onde é amassado com água quente. Os açúcares do malte se
dissolvem na água para produzir o licor chamado mosto doce, que é
fervido com lúpulo em grandes recipientes conhecidos como cobres.
Após filtração e resfriamento do mosto, ele é misturado com levedura e
colocado em um recipiente de fermentação onde a levedura metaboliza
os açúcares do mosto para produzir álcool e dióxido de carbono. O
tempo necessário para este processo varia de alguns dias a cerca de 10
dias, dependendo da cepa de levedura, parâmetros de fermentação e
perfil de sabor (Galitsky et al. 2003). A adição de dióxido de carbono e a
filtração são realizadas antes do enchimento da cerveja em garrafas e
latas. A eletricidade, vapor e ar comprimido consumidos durante o
processo de produção e envase estão resumidos na Tabela2para os
diferentes tipos de embalagens considerados neste estudo. Os custos de
eletricidade do Reino Unido foram obtidos do portal de energia da UE
(EU2013); o custo do ar comprimido é da BCAS (2007).
2.2.3 Embalagem
Os materiais de embalagem estão resumidos na Tabela1. A cerveja no
Reino Unido é vendida principalmente em três tipos e tamanhos de
embalagens: garrafas de vidro de 0,33 l e latas de alumínio e aço de 0,44
l. As garrafas de vidro normalmente são vendidas em caixas de papelão
multiembalagem. Presume-se que as garrafas contenham 85% de vidro
reciclado com base na situação do Reino Unido para recipientes de vidro
colorido (British Glass 2007). Diferentes porcentagens de vidro reciclado
também são consideradas posteriormente no artigo para examinar o
efeito desse parâmetro nos impactos ambientais. As tampas das
garrafas são feitas de aço. Presume-se que as latas de alumínio e aço
contenham 48 e 62% de metal reciclado, respectivamente (EAA2008;
Defra 2009). A alocação de impactos para reciclagem de materiais foi
496 Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509

tabela 1 Dados de inventário para bruto

materiais e embalagens entradas Valor por Custo por litro de
litro de cerveja cerveja (£ pence/l)

Matérias primas e auxiliaresa

Cevada 73 g 1.15
Água (processo) 8,43 litros 1.12
lúpulo 1,3 g 2.81
Levedura 21g 0,64
Terra de diatomáceas 1,7 g 5 × 10−2
Hidróxido de sódio (50%) Ácido 9g 0,27
fosfórico (50%) Ácido sulfúrico 2g 0,11
(63%) Dióxido de carbono 2,5 g 3,43 × 10−2
(líquido) Óleo combustível leve 30g 0,22
b 0,04 litros 2.72
Embalagem

Garrafas de vidro (0,33 l) 691 g 1.6

Garrafa (85% de conteúdo reciclado)c 636,4 g 2,44 × 10−3
Tampa da garrafa (aço)d 6,1 g 0,3
Caixa multiembalagem (papelão)a 48,5 g
e
Latas de alumínio (0,44 l) 36 g 2.7
Corpo da lata (48% de conteúdo reciclado)c 29,9 g –
Extremidades da lata (liga de alumínio 100% virgem)c 6,1 g
e
Latas de aço (0,44 l) 76,0 g 1,0
Corpo da lata (62% de conteúdo reciclado)c 69,9 g –
Acabamento em lata (liga de alumínio 100% virgem)c 6,1 g

aAs quantidades de materiais e combustíveis são do fabricante e os dados do inventário de ciclo de vida são da Ecoinvent (2010)

b Usado para gerar vapor para o processo de produção

cDados de inventário de ciclo de vida do CCaLC (2013) base de dados

dDados de inventário de ciclo de vida do Gabi (PE International2010) base de dados

eInclui todos os componentes da lata

realizado de acordo com a abordagem de conteúdo reciclado. Isso processo são considerados e somados aos impactos totais das
significa que apenas os impactos dos materiais virgens foram embalagens. Os dados de custo para os materiais de
levados em consideração, enquanto os impactos do material embalagem foram estimados com base nos preços de caco de
reciclado são livres de impacto. Isso é apropriado, pois o conteúdo vidro, metal e papelão recuperados da WRAP (2014). Os custos
reciclado no material e suas respectivas taxas de reciclagem são as de embalagem não incluem os custos de fabricação das
mesmas neste caso. No entanto, os impactos da reciclagem garrafas e latas por falta de dados.

2.2.4 Refrigeração de varejo

mesa 2 Eletricidade e outras utilidades usadas para produção de cerveja e
enchimento

Para o caso base, assume-se que a cerveja é armazenada em

entradas Valor por Custo por litro de
condições ambientais no varejista. No entanto, uma certa
litro de cerveja cerveja (£ pence/l)
proporção de cerveja geralmente é refrigerada e isso é considerado
Eletricidade (garrafas)a 0,121 kWh 0,93 como parte da análise de sensibilidade para o GWP, pois afeta
Eletricidade (latas)a 0,115 kWh 0,89 principalmente esse impacto. As seguintes suposições foram feitas
Vaporb 0,006 MJ – para refrigeração (Tabelas3e4):
a
Ar comprimido 0,01 Nm3 0,02

aAs quantidades de insumos são do fabricante e os dados do inventário de

& o refrigerante é R404 com GWP de 3860 kg CO2eq./
ciclo de vida são da Ecoinvent (2010). Nm3: volume de ar na pressão e kg (IPPC/TEAP2005);
temperatura padrão & carga de refrigerante é estimada em 3,5 kg/kW (DEFRA
bA partir de óleo combustível leve listado como material auxiliar na Tabela1 2007; Tassou et ai.2008);
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509 497

Tabela 3Consumo de eletricidade durante a refrigeração comercial

Embalagem Mostrar Consumo elétricob Eletricidade quantidade de bebidac Consumo de eletricidade por GWP
tipo de armárioa (kWh/m2.dia) consumo (l/m2TDAd) litro de cervejae(Wh/l.h) (g CO2eq./l.dia)
(kWh/m2.h)

Garrafa de vidro RVC3 13.8 0,58 70,6 8.2 119

Lata de alumínio RVC3 13.8 0,58 106,9 5.4 78
lata de aço RVC3 13.8 0,58 106,9 5.4 78

aRVC3: unidade condensadora remota, vertical, refrigerada

bDados de Tassou et al. (2008)

cEstimado dividindo-se o volume total de cerveja no expositor refrigerado (317 l para as garrafas de vidro e 480 l para as latas de alumínio e aço) pelo
TDA (4,489 m2)
dTDA:área total de exibição

eEstimado dividindo o consumo de eletricidade do expositor refrigerado pelo volume de cerveja

& taxa anual de vazamento de refrigerante é assumida em 15% Inteligência (2011). Os custos de reciclagem estão incluídos nos
(Tassou et al.2008; US EPA2011); custos dos materiais de embalagem (WRAP2011).
& a área total de exibição da unidade de refrigeração é de 4,489 m2
(BSI2005); 2.2.6 Transporte
& a bebida é armazenada na unidade de refrigeração por 24 h antes de ser

vendida; Os modos de transporte e as distâncias ao longo da cadeia de

& o GWP da eletricidade do Reino Unido é de 0,604 kg CO2eq./
kWh (Ecoinvent2010); e
& o custo da eletricidade é £0,077 por kWh (DECC2014a).
2.2.5 Gestão de resíduos
Como mostrado na Tabela5, todos os fluxos de resíduos relevantes foram
considerados, incluindo efluentes da cervejaria e embalagens de resíduos
pós-consumo. Os efluentes da cervejaria são tratados em estação de
tratamento de efluentes; para a eliminação de resíduos de embalagens, foram
assumidas as opções médias de gestão de resíduos do Reino Unido. Observe
que, ao contrário de alguns países, as garrafas de vidro de cerveja não podem
ser devolvidas no Reino Unido. Os custos do aterro sanitário foram fornecidos
pela Hogg (2012), enquanto os custos de tratamento de águas residuais foram
estimados com base em dados da Global Water
abastecimento são mostrados na Tabela6. A distância de transporte da
cevada (200 km) foi fornecida pelo fabricante. Na ausência de dados de
transporte para as outras matérias-primas, supõe-se também que sejam
transportadas à mesma distância que a cevada. Uma distância de 100
km foi assumida para a entrega de cerveja aos varejistas. Os custos de
transporte das matérias-primas são considerados incluídos nos custos
mostrados na Tabela1. Para o transporte dos materiais de embalagem
para a cervejaria e da cerveja para os varejistas, a análise de custo é
baseada na quantidade de combustível consumida, que foi estimada a
partir do modelo LCA com base nas distâncias. O custo do combustível
(diesel) é assumido em £ 1,13/l (EU2013).
2.2.7 Qualidade e incerteza dos dados
Para avaliar a incerteza nos dados e resultados, uma avaliação da
qualidade dos dados foi realizada seguindo o CCaLC (2014)

Tabela 4Vazamento de refrigerante

durante a refrigeração de varejo Embalagem Volume de cerveja Perdas de refrigeranteb Perdas de refrigerante por GWPdpor litro
refrigeradoa(l/ano) (kg/ano) litro de cervejac(mg/l.dia) de cerveja (g/l)

Vidro (0,33 l) 115.705 1.05 9 34,74

Alumínio (0,44 l) 175.200 1.05 6 23.16
Aço (0,44 l) 175.200 1.05 6 23.16

aAssumindo 317 l para as garrafas de vidro e 480 l para as latas de alumínio e aço na unidade de refrigeração; ver nota c na Tabela
3

bEstimado multiplicando as perdas anuais de refrigerante (15%) pela carga de refrigerante (3,5 kg/kW) e a potência da
unidade de refrigeração (2 kW)
cEstimado dividindo as perdas anuais de refrigerante pelo volume total de cerveja resfriada anualmente

dEstimado multiplicando as perdas de refrigerante por litro por dia pelo GWP de R404A (3860 kg CO2eq./kg)
498 Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509

Tabela 5 Gestão de resíduos

Desperdício Opção de gestão de resíduos quantidade por litro Custo por litro de
de cerveja (g/l) cerveja (£ pence/l)

Garrafas de vidro 85% reciclado, 15% aterrado 95,5 0,36

tampas de garrafa de aço 100% aterrado 6.1 0,02
caixotes de papelão 100% aterrado 48,5 0,18
Lata de alumínio (corpo) 48% reciclado, 52% aterrado 17.3 0,08
Lata de alumínio (extremidades) 100% aterrado 3.5 –
Lata de aço (corpo) 62% reciclado, 38% aterrado 26,8 0,11
Lata de aço (extremidades) 100% aterrado 3.2 –
Efluentes da cervejaria Tratamento de água poluída 6997 1.17

Os dados do inventário do ciclo de vida são do ILCD (2010) e Gabi (PE Internacional2010) bancos de dados

metodologia, que é descrita em detalhes na SeçãoS1no Material
Suplementar Eletrônico. Com base nos cinco critérios considerados
(idade dos dados, origem geográfica, fonte, integridade e
reprodutibilidade, confiabilidade e consistência), estima-se que a
qualidade dos dados do LCA seja alta e a qualidade dos dados do
LCC seja média. Portanto, os resultados do LCA podem ser
considerados de alta e os achados do LCC de média certeza. Para
obter detalhes completos sobre a avaliação da qualidade dos
dados, consulte a SeçãoS2no Material Suplementar Eletrônico.
seção e seguido pelos outros impactos ambientais na seção3.2.
Esses resultados são comparados com outros estudos na seção3.3.
As possibilidades de redução dos impactos são exploradas na seção
3.4e os custos do ciclo de vida são discutidos na seção
3.5. Em seguida, os resultados setoriais com base na produção
anual de cerveja no Reino Unido são discutidos na Seção3.6.
3.1 Potencial de aquecimento global

Como mostrado na Fig.3, o GWP de 1 l de cerveja em garrafas de

vidro é estimado em 842 g CO2eq. O impacto da cerveja em latas de
3 Resultados e discussão alumínio e aço é menor: 575 e 510 g CO2eq., respectivamente.
Como também pode ser observado na figura, a embalagem é o
Software GaBi 4.3 LCA (PE International2010) foi usado para modelar o principal foco, contribuindo entre 35% (para latas de aço) e 55%
sistema e o CML 2001 (Guinée et al.2001) foi seguido o método de (garrafas de vidro). Isso se deve principalmente ao CO2emissões
avaliação de impacto para estimar os impactos ambientais. As seguintes provenientes da produção de materiais de embalagem.
categorias de impacto são consideradas: GWP, potencial de depleção A contribuição de matérias-primas e auxiliares utilizados no
abiótica (ADP), potencial de acidificação (AP), potencial de eutrofização processo de fabricação de cerveja varia de 24% (para garrafas de
(EP), potencial de toxicidade humana (HTP), potencial de ecotoxicidade vidro) a 39% (para latas de aço), principalmente por causa das
aquática marinha (MAETP), potencial de ecotoxicidade aquática de água emissões de óxido nitroso do cultivo de cevada e do processamento
doce (FAETP) , potencial de ecotoxicidade terrestre (TETP), potencial de intensivo de energia do malte de cevada. A participação de
destruição do ozono (ODP), potencial de criação de oxidantes diferentes matérias-primas no GWP total é mostrada na Fig.4,
fotoquímicos (POCP). Além das categorias de impacto CML, também sendo a cevada maltada o principal contribuidor (57 %), seguida do
foram estimadas as demandas primárias de energia e água. Esses dióxido de carbono liquefeito (11 %) e do fuelóleo leve (10 %). A
resultados são discutidos abaixo. Eles são apresentados primeiro para a contribuição do dióxido de carbono usado para a carbonatação se
unidade funcional de 1 l de cerveja, começando com o GWP no próximo deve à energia consumida para sua purificação e liquefação. Devido
à suposta origem biogênica do dióxido de carbono, sua liberação
durante o estágio de uso não é considerada na análise. De qualquer
Tabela 6 Modos de transporte e distâncias ao longo da cadeia de abastecimentoa
forma, a liberação de CO2da cerveja é uma questão complexa que
Material Transporte Distância Custo por litro de depende de muitos fatores, incluindo a temperatura da cerveja (que
modo (km) cerveja (£ pence/l) afeta a solubilidade do CO2) e se é bebido imediatamente após a
abertura ou mais tarde (Tran et al.sem data). Portanto, mesmo que
Matérias-primas e auxiliares Caminhão (40 t) 200 –b
a origem do CO2fosse de origem fóssil, não seria possível
Embalagem Caminhão (32 t) 200 0,20
determinar com precisão sua quantidade liberada da cerveja
Cerveja (para varejistas) Caminhão (32 t) 100 0,10
durante o consumo.
Resíduos de embalagens Caminhão (32 t) 100 0,10
Como também indicado na Fig.3, a produção de cerveja causa entre

aTodos os dados de inventário de ciclo de vida para transporte rodoviário são do banco de 9 % (garrafa) e 14 % (lata de aço) do PAG, principalmente por causa da
dados GaBi (PE International2010) eletricidade utilizada no processo. Observe que o dióxido de carbono
bCustos de transporte incluídos nos custos de matérias-primas (Tabela1) biogênico liberado durante a fermentação da cerveja não é
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509 499

Fig. 3Potencial de aquecimento global 900

842 Garrafa de vidro (0,33 l) Lata de alumínio (0,44 l) Lata de aço (0,44 l)
(GWP) da cerveja para diferentes
800
embalagens, mostrando também a
contribuição de diferentes estágios do ciclo 700
de vida
600 575

GWP (g CO2 eq./litro)

510
500 464

400

300
244
200 199 199
200 178

100 76 73 73 77
49 49
25 9 10
0
Total Embalagem Matérias-primas produção de cerveja Desperdício Transporte
gerenciamento

considerado. O restante do GWP é devido ao gerenciamento de Os resultados na Fig.5indicam que o armazenamento

resíduos (9–10%) e transporte (2–3%). refrigerado no varejo adiciona entre 15% (lata de alumínio) e 18%
(garrafa, sem embalagem secundária) ao PAG total da cerveja. Isso
é baseado nos dados da Tabela3: durante o armazenamento
3.1.1 Efeito do armazenamento refrigerado no GWP presumido de 1 dia, a eletricidade usada para resfriar a cerveja em
garrafas gera 119 g de CO2eq. e para isso em latas 78 g CO2eq./l de
Conforme mencionado anteriormente, no caso base, assumimos cerveja. O vazamento de refrigerante adiciona mais 35 e 23 g de CO
que a cerveja não é refrigerada no varejista. No entanto, uma certa 2eq./l, respectivamente (Tabela4), aumentando o GWP total da
proporção de cerveja é sempre refrigerada em varejistas do Reino cerveja engarrafada de 722 g CO2eq./l (sem embalagem secundária,
Unido para conveniência do consumidor. Portanto, esta seção ver Fig.6) para 876 g CO2eq./l (Fig.5). O impacto da cerveja enlatada
considera o efeito do armazenamento refrigerado no varejista. O sobe de 575 para 676 g CO2eq./l para alumínio e de 501 a 611 g CO2
foco está no GWP, pois esse impacto provavelmente será o mais eq./l para latas de aço. Portanto, a refrigeração de varejo tem um
afetado, principalmente devido ao consumo de eletricidade durante efeito significativo no GWP e deve ser minimizada. Em vez disso,
a refrigeração e ao vazamento de refrigerante. Uma vez que as seria melhor para os consumidores resfriar a cerveja em casa por
garrafas de cerveja são normalmente refrigeradas como garrafas um curto período de tempo antes do consumo (normalmente uma
individuais sem a embalagem secundária (caixa de papelão), esta hora é suficiente, com a cerveja em lata resfriando mais rápido do
embalagem é excluída de consideração neste caso. que engarrafada), pois os refrigeradores domésticos

Fig. 4Contribuição de matérias- Levedura lúpulo

Ácido sulfúrico
0,2% 10% 0,3%
primas e auxiliares para o potencial
Ácido fosfórico
de aquecimento global 2%

Terra de diatomáceas
2%
Água
2%

hidróxido de sódio
5% Cevada maltada
57%

óleo combustível leve

10%

carbono liquefeito
dióxido
11%
500 Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509

Fig. 5Potencial de aquecimento global 1000

da cerveja em diferentes embalagens, 876 Garrafa de vidro (0,33 l) Lata de alumínio (0,44 l) Lata de aço (0,44 l)
900
incluindo a contribuição da
refrigeração no varejista. [O varejo 800
inclui impactos da eletricidade para 676
700

GWP (g CO2 eq./litro)

refrigeração e vazamento de 611
600
refrigerante conforme as Tabelas3e4.
Exclui-se a embalagem secundária 500
para garrafas de vidro]
400 371

300 244
178 200 199 199
200 154
101 101
100 76 73 73
51 49 49
24 9 10
0
Total Embalagem Matérias-primas Varejo produção de cerveja Desperdício Transporte
gerenciamento

não vazam refrigerantes e são mais eficientes em termos de energia, principalmente Como pode ser observado a partir da Fig.6, a cerveja
se for praticado armazenamento de curto prazo. embalada na lata de aço tem os menores impactos para cinco
das 12 categorias de impacto: PED, ADP, AP, MAETP e FAETP. A
cerveja em lata de alumínio é a melhor opção para ODP e
3.2 Outros impactos ambientais POCP, mas também tem o maior HTP e MAETP. Os dois últimos
são cinco e três vezes maiores, respectivamente, do que a
Os resultados para os outros impactos ambientais são mostrados próxima melhor opção, cerveja na lata de aço. HTP é devido a
na Fig.6. Conforme mencionado anteriormente, os impactos da emissões de hidrocarbonetos poliaromáticos da fabricação de
embalagem secundária não foram avaliados para as latas de latas de alumínio, enquanto MAETP é principalmente de
alumínio e aço (anéis plásticos multipack) por falta de dados. emissões de fluoreto de hidrogênio, também do processo de
Portanto, para comparar os impactos da cerveja em diferentes fabricação de latas. A garrafa de vidro, por outro lado, é a
embalagens de forma equivalente, os impactos da cerveja em melhor opção para o HTP, mas menos favorável para oito
garrafas de vidro são apresentados para dois casos: com e sem a categorias de impacto (além do GWP): PED, ADP, AP, EP, FAETP,
embalagem secundária (caixa de papelão multipack). Para TETP, ODP e POCP. Isso ocorre independentemente de a
completar, os resultados também são mostrados para o GWP. embalagem secundária ser ou não

9
8.42

Garrafa de vidro (com embalagem secundária) Frasco de vidro (sem embalagem secundária) Lata de alumínio lata de aço
7,85

8
7.22

7.05

6,80
6.45

7
6.42

5,96
5.87
5.74

6
5.10

4,92
4,74
4,69

4.44

5
4.18
4.18

4.11
4.12

3,65

3,50

4
3.47

3.30
3.36
3.13

3.10

3,00
2.92

2,78
2.72
2.66

2.63
2.61
2.59

3
2.39
2.42

2.27
2.13

1,98

1,88

1,76
1,75
1,57

2
1.13
1.03

0,40

1
0,23
0,22

0
GWP x 100 DEP x 10 WD x 10 (l)ADP (g Sb AP (g SO2 EP (gPO4 HTP (kg MAETP x FAETP x 10 TETP (g ODP x 10 POCP x100
(g CO2 eq.) (MJ) eq.) eq.) eq.) DCB eq.) 100 (kg (g DCB eq.) DCB eq.) (µg R-11 (mg C2H4
DCB eq.) eq.) eq.)

Fig. 6Impactos ambientais da cerveja para diferentes opções de embalagem. [Todos
os impactos expressos por 1 l de cerveja.PEDdemanda de energia primária,WD
demanda de água,ADPpotencial de depleção abiótica,PApotencial de acidificação,PE
potencial de eutrofização,HTPpotencial de toxicidade humana, MAETPpotencial de
ecotoxicidade aquática marinha,FAETPaquático de água doce
potencial de ecotoxicidade,TETPpotencial de ecotoxicidade terrestre,ODPpotencial
de destruição do ozônio,POCPpotencial de criação de oxidantes fotoquímicos. DCB
diclorobenzeno. Os valores escalados devem ser multiplicados com o fator mostrado
entre parênteses para obter os valores originais]
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509 501

considerado ou não. Os impactos da cerveja engarrafada
sem a embalagem secundária são menores entre 1%
(depleção de elementos) e 14% (GWP). Há pouca diferença
entre as opções de embalagem em relação à demanda de
água, já que a grande maioria da água é usada para cerveja
e não para a produção de embalagens.
As contribuições relativas aos impactos de diferentes estágios do
ciclo de vida são mostradas na Fig.7(a–c) para as três embalagens
opções. As matérias-primas e embalagens são os principais pontos críticos da
cerveja para todas as três opções. As matérias-primas contribuem em média
de 47% (garrafas) a 63% (latas de aço) e as embalagens de 19% (latas de aço) a
46% (garrafas) para os impactos. Para a cerveja em lata de aço, a produção de
cerveja também é um dos principais contribuintes para o POCP,
representando 57% desta categoria. Isso se deve principalmente às emissões
de óxido de nitrogênio e dióxido de enxofre no ciclo de vida da eletricidade
usada para produzir aço.

Fig. 7Contribuição de diferentes estágios Matérias-primas Embalagem produção de cerveja Transporte Gestão de resíduos
do ciclo de vida para o
Demanda de energia primária
impactos ambientais da cerveja em
Demanda de água
diferentes embalagens
Depleção abiótica

acidificação
Eutrofização
Toxicidade humana

Ecotoxicidade aquática marinha

Ecotoxicidade aquática de água doce

ecotoxicidade terrestre

destruição do ozônio

Criação de oxidantes fotoquímicos

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

a)Garrafa de vidro (0,33 l)

Matérias-primas Embalagem produção de cerveja Transporte Gestão de resíduos

Demanda de energia primária

Demanda de água

Depleção abiótica

acidificação
Eutrofização
Toxicidade humana

Ecotoxicidade aquática marinha

Ecotoxicidade aquática de água doce

ecotoxicidade terrestre

destruição do ozônio

Criação de oxidantes fotoquímicos

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

b)Lata de alumínio (0,44 l)

Matérias-primas Embalagem produção de cerveja Transporte Gestão de resíduos

Demanda de energia primária

Demanda de água

Depleção abiótica

acidificação
Eutrofização
Toxicidade humana

Ecotoxicidade aquática marinha

Ecotoxicidade aquática de água doce

ecotoxicidade terrestre

destruição do ozônio

Criação de oxidantes fotoquímicos

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

c)Lata de aço (0,44 l)

502
A contribuição para os impactos da gestão e transporte de
resíduos é pequena entre os tipos de embalagem (~1%).
3.3 Comparação dos impactos com outros estudos
Conforme discutido no “Introdução”, uma série de estudos têm
considerado os impactos ambientais do ciclo de vida da cerveja
produzida em diferentes partes do mundo. Alguns deles são
comparados com os impactos estimados no estudo atual. No entanto, a
comparação só é possível para um número limitado de estudos devido
aos diferentes métodos de impacto do ciclo de vida utilizados por
diferentes autores.
Para o GWP, apenas quatro estudos estimaram os resultados de
acordo com o método CML e estes são comparados com o estudo
atual na Fig.8. Como pode ser observado, os resultados variam
amplamente entre os estudos, de 400 a 1.475 g CO2eq./l de cerveja.
Com os valores GWP entre 510 e 876 g CO2eq./l, as estimativas no
presente estudo caem bem dentro dessa faixa. As variações nos
resultados relatados em diferentes estudos devem-se a vários
fatores, incluindo diferentes localizações geográficas, tipos de
embalagens e taxas de reciclagem, processos incluídos nas
análises, modos de transporte e distâncias na cadeia de
abastecimento, bem como métodos de alocação. Não obstante
essas diferenças, todos os estudos constataram que a fabricação de
embalagens e matérias-primas são os principais contribuintes para
o GWP, respondendo por 18 a 78% e 6 a 42% do total,
respectivamente. Em comparação, no estudo atual, a embalagem
contribui entre 19 e 46% e as matérias-primas com 47 e 63%.
A comparação dos outros impactos com a literatura é mais
restrita, pois apenas um estudo usou o método CML
(Narayanaswamy et al.2004) para estimar os impactos. Como
1600
Matérias-primas
1400
produção de cerveja
Embalagem
1200 Varejo
Gestão de resíduos
1000
GWP (g CO2 eq./litro)
Transporte
800
785
575
600
400
400
200
0
BIER (2012) Estudo atual 2 Koroneos et al.
estudo 1 (2005)
Fig. 8Comparação do potencial de aquecimento global (GWP) com outros estudos
[Todos os resultados expressos por 1 l de cerveja] BIER (2012) estudo 1: cerveja
europeia, garrafa de vidro com 64 % de caco de vidro, 30 vezes reutilizada. Estudo
atual 1: garrafa de vidro, inclui caixa de papelão multiembalagem. Estudo atual 2:
lata de alumínio. Estudo atual 3: garrafa de vidro, inclui
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509
pode ser observado na Fig.9, há uma concordância razoavelmente
boa (apesar dos fatores influenciadores mencionados acima) nos
resultados, exceto para o PA que é maior no estudo de
Narayanaswamy et al. Como os resultados neste último são
fornecidos apenas de forma agregada, não é possível discernir as
razões dessa diferença. Outra diferença significativa pode ser
notada para o HTP, particularmente para a cerveja em latas de
alumínio estimada no presente estudo. Conforme discutido
anteriormente, o HTP é particularmente alto devido às emissões de
hidrocarbonetos poliaromáticos da fabricação de latas;
Narayanaswamy et al. considerou apenas os impactos médios para
garrafas de vidro e latas de alumínio para que os resultados do
estudo atual sejam mais específicos.
3.4 Oportunidades de melhoria
Os resultados deste estudo sugerem que os principais hotspots no
ciclo de vida da cerveja são as matérias-primas e embalagens. O
maior contribuinte para os impactos do primeiro é o malte de
cevada e do segundo, a garrafa de vidro. Portanto, devem ser
direcionados para possibilitar maiores melhorias na cadeia de
suprimentos.
Existem muitas opções tecnológicas que podem ser implementadas
para aumentar a eficiência da produção de cevada, incluindo agricultura
de precisão para reduzir o uso de fertilizantes e aumentar a eficiência
energética da secagem da cevada maltada. O último pode ser alcançado
usando uma proporção maior de energia renovável, substituindo os
combustíveis fósseis no processo de secagem da cevada. No entanto,
devido à falta de dados desagregados sobre a cevada, não é possível
quantificar o efeito disso nos impactos ambientais. Em vez disso,
voltamos nossa atenção para as opções de melhoria relacionadas às
garrafas de vidro.
1475
1350
842 867 876
Estudo atual 1 BIER (2012) Estudo atual 3 Narayanaswamy Clima
estudo 2 e outros (2004) conservação
(2008)
refrigeração no varejo. BIER (2012) estudo 2: cerveja norte-americana, lata de
alumínio com 52% de taxa de reciclagem e 62% de conteúdo reciclado;
Narayanaswamy et al. (2004): garrafa de vidro e lata de alumínio (média),
inclui etapas de varejo e uso; disponível apenas o impacto total. Conservação
do Clima (2008): garrafa de vidro, inclui etapas de varejo e uso]
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509
5,80
5 Estudo atual (lata de aço)
3,65
4
2.92
3
2.13
1,75
2 13h30
1.13
1.03
0
PED x 10 (MJ) AP (g SO2 eq.)
Fig. 9Comparação dos impactos ambientais (exceto o GWP) com outros estudos. [Todos os resultados expressos por 1 l de cerveja. Para obter os nomes completos das categorias de impacto,
consulte a legenda da Fig.6. Os valores para PED devem ser multiplicados pelo fator mostrado entre parênteses para obter os valores originais]
Uma delas seria a introdução de garrafas retornáveis no Reino Unido.
Um estudo sobre garrafas de cerveja retornáveis em Portugal constatou que
a redução dos impactos está dependente da percentagem de garrafas
devolvidas e do número de vezes que a garrafa pode ser reutilizada (Mata e
Costa2001). Por exemplo, com 50% de reaproveitamento e até seis ciclos de
reuso, a garrafa retornável teve impactos menores para a maioria das
categorias consideradas, exceto para eutrofização e destruição da camada de
ozônio. Com 85% de reaproveitamento, a contribuição das garrafas
retornáveis foi maior que a das não retornáveis para todos os impactos
ambientais. Outro estudo baseado no Reino Unido (Amienyo et al.2013)
considerou a reutilização de garrafas de vidro para refrigerantes
carbonatados (CSD) e constatou que, ao reutilizar a garrafa apenas uma vez, o
PAG do refrigerante seria reduzido em cerca de 40%. Maiores economias no
GWP poderiam ser alcançadas aumentando o número de reutilizações,
embora os benefícios não sejam tão significativos após a segunda reutilização
e gradualmente se estabilizem após cerca de oito reutilizações. Os resultados
desse estudo também sugeriram que, se as garrafas de vidro fossem
reutilizadas três vezes, o PAG da bebida embalada em garrafas de vidro seria
comparável ao embalado em latas de alumínio. O estudo concluiu que havia
um caso claro de reutilização de garrafas entre uma e cinco vezes,
dependendo da economia. No entanto, a introdução de garrafas reutilizáveis
de cerveja (ou qualquer outra) no Reino Unido exigiria uma infraestrutura
completamente nova, incentivos financeiros e mudança de comportamento,
todos os quais não são triviais. Atualmente, não há planos para fazer essa
mudança no Reino Unido.
Além das garrafas retornáveis, aumentar a participação da
cerveja em lata pode ser considerado como uma medida para
reduzir os impactos da cerveja, principalmente as latas de aço, pois
têm impactos menores do que as garrafas de vidro e embalagens
de alumínio (ver Fig.6). O uso de latas de aço levaria a uma redução
na maioria dos impactos, variando de 12% para o EP e POCP a 54%
para o FAETP; o GWP seria menor em 39%. No entanto, o HTP
aumentaria 41% e, se fossem usadas latas de alumínio, 88%,
também com o MAETP sendo 48% maior.
503
Estudo atual (garrafa de vidro)
Estudo atual (lata de alumínio)
Narayanaswamy et al. (2004)
2.72
2.42
2.39
1,98
1,80
0,44
0,40
0,23
EP (g PO4 eq.) HTP (kg DCB eq.)
A percepção do consumidor também é um fator que deve ser levado em
consideração quando se pensa em uma possível mudança de embalagem,
pois muitos acreditam que a cerveja engarrafada tem melhor qualidade
(Wilcox et al. 2013), enquanto alguns acreditam que as latas, principalmente
as de alumínio, podem alterar o sabor da cerveja ou representar um risco à
saúde (Blanco et al. 2010). Além disso, os impactos econômicos e sociais na
indústria de embalagens de vidro teriam que ser ponderados em relação aos
benefícios ambientais.
Portanto, consideramos abaixo as duas opções a seguir que
atualmente podem ser mais viáveis: aumento do conteúdo de vidro
reciclado e redução do peso das garrafas.
3.4.1 Conteúdo de vidro reciclado
No setor cervejeiro do Reino Unido, aumentar o conteúdo reciclado
de garrafas de vidro foi identificado como uma iniciativa chave para
melhorar a sustentabilidade ambiental (Dalton2011). Para examinar
o efeito da reciclagem do vidro nos impactos ambientais, foi
considerada uma faixa de 0 a 100% de conteúdo de vidro reciclado.
A partir dos resultados na Fig.10, pode-se observar que, para cada
10% de aumento na quantidade de vidro reciclado, o GWP é
reduzido em cerca de 3%, o que representa uma economia de 24 g
de CO2eq./l de cerveja. A economia se deve ao menor consumo de
energia na fabricação das garrafas e à menor quantidade de
resíduos pós-consumo enviados para aterros sanitários. Para as
outras categorias de impacto ambiental (exceto demanda de água),
cada aumento de 10% no conteúdo de vidro reciclado resulta em
economias que variam de 0,5% (EP) a 2% (ADP). Por outro lado, se
nenhum vidro fosse reciclado, o GWP seria 19,5% maior do que o
atual (com 85% de conteúdo reciclado).
3.4.2 Ponderação da garrafa
Além de aumentar o conteúdo reciclado, a redução do peso das
garrafas de vidro é outra área de foco importante para a bebida
504 Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509

0% RC 75% CR 85% RC (caso base) 95% CR 100% CR

12

10 10h45

9.07
8.66
8.42
8.18
8.07

8.01

7.87
7,85
7.71
7.64
8

6,93
6,80
6.68
6.62
5,65
6

5.10
4,95
4,92
4,89
4,89
4,86
4,74
4,65
4.62
4.18
4.18
4.18
4.18
4.18

4.16
3.71

3,67
3,65
3,58
3,55

3,40
3.36
3.32
3.31

3.26
4

3.02
3,00
2,95
2,94
2.84
2.74
2.72
2.71
2,70
1,96
1,78
1,75
1,73
1,71

0,26
0,23
0,23
0,23
0,23
0
GWP x 100 DEP x 10 WD x 10 (l) ADP (g Sb AP (g SO2 EP (gPO4 HTP (kg MAETP x FAETP x 10 TETP (g ODP x 10 POCP x
(g CO2 eq.) (MJ) eq.) eq.) eq.) DCB eq.) 100 (kg (g DCB eq.) DCB eq.) (µg R-11 100 (mg
DCB eq.) eq.) C2H4 eq.)

Fig. 10Efeito nos impactos ambientais do conteúdo reciclado (RC) em garrafas de categorias, veja a legenda da Fig.6. Os valores escalados devem ser
vidro. [Todos os impactos expressos por 1 l de cerveja. Embalagem secundária para multiplicados com o fator mostrado entre parênteses contra o impacto
garrafas de vidro está incluída. Para nomes completos do impacto relevante para obter os valores originais]

setor de embalagens (Pão de Bolo2011) e várias empresas
cervejeiras multinacionais, incluindo AB InBev e Heineken,
conseguiram reduções de peso de garrafa de 7 a 25%
(WRAP2011).
Os resultados deste estudo sugerem que a redução do peso das
garrafas de vidro em 10% resulta em economia de GWP de 5% ou
40 g de CO2eq./l de cerveja (Fig.11). A economia decorre do menor
consumo de energia e material para a fabricação de garrafas de
vidro e redução dos impactos do transporte. Para as outras
categorias de impacto ambiental (exceto demanda de água),
cada aumento de 10% no conteúdo de vidro reciclado resulta em
economias que variam de 0,5% (EP) a 7% (MAETP).
3.5 Custos do ciclo de vida
Como mostrado na Fig.12, os custos do ciclo de vida da cerveja embalada em
garrafas de vidro e latas de alumínio são próximos, estimados em 14,12 e
14,37 pence/l, respectivamente. Isso ocorre porque as latas de alumínio são
mais caras de fabricar, mas os custos de enchimento e gerenciamento de
resíduos são maiores para as garrafas de vidro, de modo que o total

Caso base 10% mais leve 20% mais leve 30% mais leve

9
8.42
8.02

7,85
7.74
7.62

7.59

8
7.46
7.21

6,80

7
6.47
6.11
5.74

6
4,92
4,74

4,68

5
4,49

4.44
4.25

4.21
4.18
4.18
4.18
4.18

3,98

3,65

4
3,49

3.36
3.31
3.16

3.13

3,00
2,90

2.82
2.72
2,70
2.67

2.67
2,65

2.64

3
2.48
1,75
1,68
1.61
1.54

1
0,23
0,22
0,20
0,19

0
GWP x 100 (g PED x 10 (MJ) WD x 10 (l) ADP (g Sb eq.) AP (g SO2 EP (gPO4 HTP (kg DCB MAETP x 100 FAETP x 10 (g TETP (g DCB ODP x 10 (µg POCP x 100
CO2 equivalente) eq.) eq.) eq.) (kg DCB eq.) DCB eq.) eq.) R-11 eq.) (mg C2H4 eq.)

Fig. 11Efeito sobre os impactos ambientais da redução do peso das garrafas de vidro. [Todos legenda para a Fig.6. Os valores escalados devem ser multiplicados com o
os impactos expressos por 1 l de cerveja. Embalagem secundária para garrafas de vidro está fator mostrado entre parênteses contra o impacto relevante para obter os
incluída. Para nomes completos das categorias de impacto, consulte valores originais]
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509
Fig. 12Custos do ciclo de vida da 18
cerveja para diferentes tipos de
16
14.12
14h37
embalagens. [Os custos expressos por
12.72
1 l de cerveja. O transporte exclui o
14
custo de transporte de matérias-
primas que estão incluídas na etapa
12
LCC (pence/litro)
de matérias-primas]
10
4
2
0
Total
custa quase igual. O LCC das latas de aço é menor, estimado em 12,72
pence/l. Em comparação, um litro de cerveja é vendido nas lojas por £ 1
a £ 4, dependendo do tipo, qualidade, varejista e região, com um preço
médio de varejo de £ 1,83 (HMRC2013). A cerveja enlatada costuma ser
mais barata que a engarrafada, principalmente por dois motivos: a
qualidade da cerveja e a percepção do consumidor, conforme
mencionado anteriormente. No entanto, o preço de varejo da cerveja
inclui a taxa de álcool do governo de 18,74 pence por cada porcentagem
de álcool, portanto, para uma cerveja típica com 5% de álcool, isso
equivale a 93,70 pence/l (Governo do Reino Unido2014). O preço de
varejo também inclui o IVA de 20% e uma margem de varejo
(desconhecida). Assim, assumindo o custo médio LCC de 12,31 pence
para cerveja engarrafada e enlatada (excluindo a gestão de resíduos
pós-consumo), o custo total com o imposto sobre o álcool e IVA é de
cerca de £ 1,27/l. Isto sugere uma diferença entre o preço médio de
venda a retalho e os custos totais da cerveja, com o imposto sobre o
álcool e o IVA incluídos, de £0,56/l de cerveja. No entanto, esses
resultados devem ser usados apenas como um guia, pois os dados de
custo usados aqui são genéricos e podem não refletir necessariamente
os custos totais. Além disso, conforme mencionado anteriormente, os
custos de embalagem podem estar subestimados, pois incluem apenas
os custos de materiais de embalagem, excluindo os custos de fabricação
de garrafas e latas.
O principal contribuinte para o LCC são as matérias-primas,
somando entre 63% (garrafa de vidro e lata de alumínio) e 72% (lata
de aço) ao total. Tal deve-se principalmente aos custos da cevada,
do lúpulo, da água de processo e do fuelóleo leve, que representam
86 % dos custos das matérias-primas. O próximo maior contribuinte
de custo é a embalagem, variando de 8% para latas de aço, 13%
para garrafas de vidro e 19% para latas de alumínio. Isto está de
acordo com a contribuição para os impactos ambientais, que
também se devem em grande parte às matérias-primas e às
embalagens (ver secção3.2). Os restantes custos devem-se à gestão
de resíduos (9–12%), seguido da produção de cerveja (6–7%) e
transporte (3%).
505
Garrafa de vidro Lata de alumínio lata de aço
9.11
9.11
9.11
2.66
1,90
1,74
1.29
1.25
0,97
0,93
0,91
0,91
0,44
0,44
0,44
Matérias-primas Embalagem produção de cerveja Desperdício Transporte
gerenciamento
3.6 Impactos ambientais e custos da produção e consumo
de cerveja no Reino Unido
Nesta seção, discutimos os impactos ambientais e os custos da
cerveja produzida e consumida no Reino Unido. Os impactos e
custos foram estimados aumentando os resultados de 1 litro de
cerveja para a produção anual do Reino Unido.
Conforme mencionado na Introdução, cerca de 4,5 bilhões de litros
de cerveja foram produzidos em 2014 no Reino Unido, dos quais 14,6%
foram exportados (Nota-chave2014). Além da cerveja produzida no
Reino Unido, 19,7% da cerveja foi importada, com um saldo global de
importações e exportações de cerca de 5%. Portanto, para simplificar,
consideramos toda a cerveja produzida no Reino Unido para ser
consumida no país, excluindo as importações e exportações.
Do volume total de cerveja produzida, cerca de 2,26 bilhões de litros
foram vendidos no mercado off-trade do Reino Unido e 2,24 bilhões de
litros nos pontos de venda (BBPA2015). A maior parte da cerveja off-
trade (cerca de 72%) é embalada em latas e o restante em garrafas de
vidro (Nota Chave2010). Não há dados específicos sobre a participação
de mercado entre as latas de alumínio e aço usadas para cerveja, mas,
segundo a Alupro (2015), 90% das latas de bebidas no Reino Unido são
feitas de alumínio; portanto, este percentual é assumido aqui, sendo
10% das latas de aço.
Para a cerveja no comércio, não há dados sobre o volume vendido
em chope (em tonéis ou barris), engarrafado ou enlatado. Os únicos
dados disponíveis referem-se ao valor dos diferentes tipos de cerveja no
comércio, o que indica que cerca de 90% é vendida como chope e os
restantes 10% como cerveja engarrafada e enlatada (AB InBev e Bar-
Expert,sem data). Portanto, assume-se que esses percentuais
correspondem aproximadamente ao volume de chope e cerveja
embalada, respectivamente, para as estimativas do mercado on-trade.
Os tonéis ou barris usados para o chope não são considerados, pois
são reutilizados muitas vezes. A refrigeração da cerveja nos pontos de
venda também foi excluída devido à falta de dados. Além disso, não há
dados sobre a participação dos engarrafados e
506 Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509

cerveja em lata no mercado de consumo, assumindo-se a mesma
percentagem do mercado de consumo (73 % enlatada e 27 %
engarrafada). Para a cerveja em lata, é feita a mesma suposição no que
diz respeito à participação de mercado entre as latas de alumínio e de
aço que para o mercado de varejo (90 e 10%, respectivamente).
Os impactos ambientais totais anuais e LCC da produção e
consumo de cerveja no Reino Unido são mostrados na Fig.13. Os
custos anuais do ciclo de vida são estimados em cerca de £ 553
milhões, o que representa 3,2% do valor total de mercado da
cerveja de 17,12 bilhões estimado pela Key Note (2014). Portanto,
com base nessas estimativas, o valor adicionado no setor cervejeiro
parece ser muito significativo.
Em relação aos impactos ambientais, o consumo de água é
estimado em 1,853 bilhões de hectolitros, ou 5,3% da quantidade
real de água consumida no Reino Unido anualmente (3,51 trilhões
de litros a 150 l por dia per capita (Defra2008)). Para mais contexto,
isso equivale a 74.120 piscinas olímpicas ou 60% do volume de
Windermere, o maior lago da Inglaterra. O consumo de energia
primária é equivalente a 0,56% do consumo de PED do Reino Unido
de 8,62 milhões de TJ (DECC2104b). O GWP total é de 2,16 milhões
de toneladas de CO2eq./ano, contribuindo com 0,85% para GEEs
gerados pelo consumo de bens e serviços produzidos no Reino
Unido, estimado em 255 milhões de toneladas de CO2
eq. (Defra2013a). Esses achados são congruentes com Garnett (2007)
que estimou que a cerveja contribuiu com 0,96% para as emissões de
GEE do Reino Unido de 179 mt CO2eq. em 2003/2004.
É mais difícil contextualizar os outros impactos, mas uma
comparação pode ser feita com um estudo anterior dos autores
sobre o consumo de refrigerantes carbonatados (CSD) no Reino
Unido (Amienyo et al.2013). Os resultados na Fig.14mostram que os
impactos do consumo anual de cerveja são em média 45% maiores
do que os do refrigerante, apesar do consumo do
sendo este último 30% superior ao da cerveja. A diferença no GWP entre
cerveja e refrigerante é de 31%. No entanto, a maior diferença é
encontrada para os potenciais de ecotoxicidade de água doce e marinha
(92 e 80%, respectivamente). Isso se deve principalmente aos maiores
impactos das matérias-primas utilizadas para a produção de cerveja do
que aquelas utilizadas para refrigerantes. Por outro lado, a menor
diferença entre as duas bebidas é para a toxicidade humana (11%). A
razão para isso é que a principal fonte desse impacto do refrigerante é a
embalagem, enquanto para a cerveja são tanto as matérias-primas
quanto a embalagem - embora muito mais embalagens sejam usadas
anualmente para o refrigerante do que para a cerveja (6,4 contra 2,5
bilhões de litros ), o HTP total do processo de produção de cerveja e sua
embalagem ainda superam os impactos da embalagem de refrigerantes.
Também pode ser visto na Fig.13que o mercado de cerveja off-trade é o
principal contribuinte para a maioria dos impactos, incluindo o HTP (86%),
MAETP (79%) e GWP (67%). Também contribui com 58% para os custos do ciclo
de vida. Isso se deve em grande parte às embalagens usadas no setor de
varejo, principalmente as latas de alumínio, que contribuem com 48% a 93%
dos impactos da cerveja fora do comércio. A cerveja engarrafada é o segundo
maior contribuinte para os impactos da cerveja off-trade. No setor de
consumo no comércio, o chope é o principal contribuinte para a maioria dos
impactos (62-91%), principalmente por causa de sua alta participação de
mercado. A única exceção é o HTP para o qual a cerveja em lata de alumínio é
o principal destaque, contribuindo com 58%. Conforme mencionado
anteriormente, isso se deve às emissões de hidrocarbonetos poliaromáticos
na produção de latas.
Esses resultados podem fornecer evidências úteis que podem servir
de base para a indústria cervejeira e iniciativas de sustentabilidade
lideradas pelo governo. Um exemplo deste último é encontrado para a
indústria de refrigerantes carbonatados, com a iniciativa Defra
destinada a reunir evidências para o desenvolvimento de um

2000 Off-trade (garrafas de vidro) On- Off-trade (latas de alumínio) Fora do comércio (latas de aço)
1853
trade (cerveja de pressão) On-trade (garrafas de vidro) No comércio (latas de alumínio)
1800
No comércio (latas de aço)
1616
1600
1487

1400
1283
1217
1200 1098
1082
1020
1000

800

600 553
496
360
400
275
216
200

0
GWP x 10^4 PED x 100 WD x 10^6 ADP x 10 (t AP x 10 (t PE x 10 (t HTP X 10^4 MAETP x FAETP x TETP x 100 ODP x 100 POCP (t LCC (milhões
(tCO2 (TJ/ano) (hl/ano) Sb eq./ano) SO2 eq./ano) PO4 eq./ano) (tDCB 10^6 (tDCB 100 (tDCB (tDCB (g R-11 C2H4 eq./ano) £/ano)
eq./ano) eq./ano) eq./ano) eq./ano) eq./ano) eq./ano)

Fig. 13Impactos ambientais do ciclo de vida e custos da produção e consumo anual de para Fig.6. Os valores escalados devem ser multiplicados com o fator mostrado
cerveja no Reino Unido. [Os resultados referem-se ao consumo anual de 4,5 bilhões de litros entre parênteses contra o impacto relevante para obter os valores originais]
de cerveja. Para nomes completos das categorias de impacto, veja a legenda
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509 507

1800 Cerveja refrigerantes carbonatados

1616
1600
1487

1400
1283
1217
1200
1098 1082
1021 1020
1000 923
847
800
682
591
600
496
429
400 360
313 321
275
216
200 150
95
54
0
GWP x 10^4 PED x 100 ADP x 10 (t AP x 10 (t PE x 10 (t HTP X 10^4 MAETP x FAETP x TETP x 100 ODP x 100 POCP (t
(tCO2 (TJ/ano) Sb eq./ano) SO2 eq./ano) PO4 eq./ano) (tDCB 10^6 (tDCB 100 (tDCB (tDCB (g R-11 C2H4 eq./ano)
eq./ano) eq./ano) eq./ano) eq./ano) eq./ano) eq./ano)

Fig. 14 Comparação dos impactos ambientais do consumo no Reino Unido de nomes das categorias de impacto, veja a legenda da Fig.6. Os valores escalados
cerveja e refrigerantes carbonatados. [Os resultados referem-se ao consumo anual no Reino devem ser multiplicados com o fator mostrado entre parênteses contra o impacto
Unido de 4,5 bilhões de litros de cerveja e 6,4 bilhões de litros de refrigerantes. Os relevante para obter os valores originais.]
resultados para o último são de Amienyo et al. (2013). para completo

roteiro de sustentabilidade para o setor (Defra2013b), o que
motivou nosso trabalho anterior sobre os impactos desse setor
(Amienyo et al.2013).
4. Conclusões
Este artigo apresentou e discutiu os impactos ambientais do ciclo
de vida e os custos da produção e consumo de cerveja no Reino
Unido. Os resultados foram estimados para duas unidades
funcionais: 1 litro de cerveja e o consumo anual de 4,5 bilhões de
litros. Por exemplo, estima-se que 1 litro de cerveja acondicionada
em garrafas de vidro consuma 17,5 MJ de energia primária e gere
842 g de CO2eq. emissões. Em comparação, a cerveja em lata de
alumínio requer 11,3 MJ de energia primária e emite 574 g de CO2
eq. enquanto a das latas de aço utiliza 10,3 MJ de energia primária e
produz 510 g de CO2eq. Extrapolando esses resultados para o
consumo anual de cerveja no Reino Unido, obtém-se uma demanda
de energia primária de mais de 49.600 TJ e um potencial de
aquecimento global de 2,16 milhões de toneladas de CO2eq. O
primeiro contribui com 0,56% da demanda total de energia do
Reino Unido e o último com 0,85% das emissões de GEE do
consumo de bens e serviços produzidos no Reino Unido.
Os custos do ciclo de vida da cerveja em garrafas de vidro e latas de
alumínio são próximos, estimados em 14,12 e 14,37 pence/l,
respectivamente; para a cerveja em lata de aço, os LCC são equivalentes
a 12,72 pence/l. Extrapolado para o consumo anual de cerveja, os custos
do ciclo de vida totalizam cerca de £ 553 milhões por ano, ou 3,2% do
valor total de mercado da cerveja com base no preço de venda no
varejo.
Os resultados sugerem que a produção de matérias-primas é o principal
ponto crítico no ciclo de vida da cerveja, contribuindo em média
47% (vidro) a 63% (aço) para os impactos ambientais totais do ciclo
de vida. Para os custos do ciclo de vida, esta contribuição é
estimada em média em 67 % para a cerveja nos três tipos de
embalagem. A produção de embalagens é o próximo contribuinte
mais significativo para os impactos ambientais, adicionando em
média 19% (aço) a 46% (vidro) aos impactos. Para os custos do ciclo
de vida, a produção de embalagens é também o segundo
contribuinte mais significativo, representando em média 13 %,
enquanto a gestão de resíduos e a produção de cerveja
representam 10 e 7 %, respetivamente.
As descobertas também indicam que aumentar a reciclagem e
reduzir o peso das garrafas de vidro levaria a benefícios ambientais.
Por exemplo, cada aumento de 10% na quantidade de vidro
reciclado reduziria o GWP em cerca de 3%. Isso representa uma
economia de 24 g de CO2eq./l ou cerca de 16.700 toneladas de CO2
eq. anualmente. A economia para os outros impactos varia de 0,5%
(EP) a 2% (ADP). Da mesma forma, uma redução de 10% no peso
das garrafas de vidro resultaria em uma economia de 5% nas
emissões de GEE (40 g CO2eq./l ou cerca de 27.800 toneladas
anuais). A economia em outras categorias de impacto varia de 1%
(EP) a 7% (MAETP).
Outras reduções nos impactos e custos também podem ser
alcançadas com a redução do consumo de cerveja. Atualmente, o Reino
Unido consome cerca de 70 l de cerveja per capita por ano. Uma
redução de 10% no consumo anual, ou 12 litros a menos por pessoa,
levaria a uma economia de 10% nos impactos ambientais e nos custos
do ciclo de vida. Por exemplo, o GWP seria reduzido em 22.000 t CO2eq.,
demanda de energia primária em cerca de 5.000 TJ/ano e custos de ciclo
de vida em £ 55 milhões. No entanto, reduzir o consumo de álcool (ou
qualquer outra coisa) é uma questão complexa, pois requer uma
mudança comportamental e cultural. No entanto, em uma tentativa de
limitar a ingestão de álcool para a saúde
508
razões, o governo recomenda um limite máximo de 2 a 3 unidades
de álcool por dia para mulheres e 3 a 4 unidades para homens. Há
poucas evidências de que essas recomendações estejam sendo
seguidas, mas com referência particular à cerveja, seu consumo
caiu 23% nos últimos 10 anos. Pode haver muitas razões para isso,
incluindo uma mudança para outras bebidas alcoólicas, mas a
implicação disso é que os impactos ambientais do consumo de
cerveja também foram reduzidos em uma porcentagem
semelhante na última década. No entanto, eles poderiam
simplesmente ter sido transferidos para outro lugar devido ao
reboteefeito, seja através do aumento do consumo de outras
bebidas ou outroscompensatórioAtividades. Essas são questões
complexas e inter-relacionadas para as quais não há soluções
simples – ao contrário, elas devem ser abordadas como parte de
uma estratégia geral para reduzir o consumo em todas as áreas.
Embora essa estratégia seja difícil devenderpara o consumidor e,
mais criticamente, para o eleitor político, é difícil ver como o Reino
Unido pode atingir sua ambiciosa meta de reduzir as emissões de
GEE em 80% até 2050, sem mencionar outros impactos ambientais,
a menos que abordemos a questão de não apenas o que
consumimos, mas também quanto.
AgradecimentosEste trabalho foi financiado pelo UK Engineering and
Physical Sciences Research Council, EPSRC (concede no. EP/F003501/1 e
EP/K011820/1). Este financiamento é reconhecido com gratidão. Os
autores também agradecem ao Dr. Harish Jeswani, da Universidade de
Manchester, por sua ajuda na coleta e interpretação de alguns dados.
Acesso livreEste artigo é distribuído sob os termos da Licença
Internacional Creative Commons Attribution 4.0 (http://
creativecommons.org/licenses/by/4.0/), que permite uso, distribuição e
reprodução irrestritos em qualquer meio, desde que você dê o devido
crédito ao(s) autor(es) original(is) e à fonte, forneça um link para a
licença Creative Commons e indique se foram feitas alterações.
Referências
AB InBev e Bar-Expert (sem data) Um mundo de cerveja: insights de mercado. AB
Inbev e Bar-Expert.www.bar-expert.co.uk/admin_assets/content/
content_files/public/beer/market-insights.pdf
Alupro (2015) Fatos sobre embalagens de alumínio. a embalagem de alumínio
organização de reciclagem,www.alupro.org.uk/aluminium-and-
thecarbon-economy/aluminium-packaging-facts/.
Amienyo D, Gujba H, Stichnothe H, Azapagic A (2013) Ciclo de vida en-
impactos ambientais de refrigerantes carbonatados. Avaliação do Ciclo de Vida
Int J 18:77–79
BBPA (2015) Barômetro trimestral da cerveja no Reino Unido: movendo o total anual de cerveja
vendas. Associação Britânica de Cervejas e Pubs, Londres
BCAS (2007) BCAS Fact Sheet No. 010: O custo do ar comprimido.
British Compressed Air Society, julho de 2007.www.bcas.org.uk/files/
pdffiles/16.pdf
BIER (2012) Pesquisa da pegada de carbono da cerveja. Indústria de bebidas
mesa redonda ambiental,www.bieroundtable.com/files/Beer%
20Final%20DEP.pdf
Blanco CA, Sancho D, Caballero I (2010) Teor de alumínio em cervejas
e efeitos sequestrantes de silício. Food Res Int 43:2432–2436
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509
British Glass (2007) Relatório de Sustentabilidade 2007.www.britglass.org.uk/
Industry/Recycling.html
BSI (2005) Armários de exposição refrigerados - parte 2: classificação, requisitos
condições de teste. British Standards Institution, London BSI (2011)
Especificação publicamente disponível PAS 2050:2011. Especificação
para a avaliação das emissões de gases com efeito de estufa do ciclo de vida
de bens e serviços. British Standards Institution, Londres Cakebread D (2011)
Inovação em embalagens de bebidas: uma visão global.
drinkspack 11: reduzindo o impacto ambiental da cadeia de
fornecimento de bebidas. Programa de Ação de Resíduos e Recursos
(WRAP), Londres
CCaLC (2013) CCaLC v3.0 Software e banco de dados.www.ccalc.org.uk
CCaLC (2014) Manual CCaLC.www.ccalc.org.uk
Climate Conservancy (2008) A pegada de carbono da cerveja âmbar de pneu gordo.
The Climate Conservancy, Palo Alto,www.newbelgium.com/Files/
the-carbon-footprint-of-fat-tire-amber-ale-2008-public-dist-rfs.pdf
Cordella M, Tugnoli A, Spadoni G, Santarelli F, Zangrando T (2008)
LCA de uma cerveja lager italiana. Avaliação do Ciclo de Vida Int J 13:133–139
Dalton D (2011) Embalagem de vidro e sustentabilidade. pacote de bebidas 11: re-
reduzir o impacto ambiental da cadeia de fornecimento de bebidas.
Programa de Ação de Resíduos e Recursos (WRAP), Londres
DECC (2013) Preços trimestrais de energia: março de 2013. Departamento de
Energia e Mudanças Climáticas, Londres
DECC (2014) Preços trimestrais de energia: março de 2014. Departamento de
Energia e Mudanças Climáticas, Londres
DECC (2104b) Consumo de energia no Reino Unido (2014) Departamento de
Energia e Mudanças Climáticas, Londreshttps://www.gov.uk/
government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/
337452/ecuk_chapter_1_overall_factsheet.pdf
Defra (2007) Programa de transformação do mercado, BNCR: 36: emissões diretas
concentração de gases refrigerantes. Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e
Assuntos Rurais, Londres
Defra (2008) Água futura: a estratégia de água do governo para a Inglaterra.
Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais, Londres Defra (2009)
Aproveitando ao máximo as embalagens: uma estratégia para uma economia de baixo carbono
economia. Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais,
Londres
Defra (2013a) Pegada de carbono do Reino Unido 1997–2011. Departamento de
Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais, Londres
Defra (2013b) Evidências para apoiar o desenvolvimento de uma sustentabilidade
roteiro para refrigerantes: relatório da fase 2. Departamento de Meio
Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais, Londres
EAA (2008) Relatório de perfil ambiental para o alumínio europeu
indústria. European Aluminium Association, Bruxelas Ecoinvent
(2010) Ecoinvent v2.2 Database. Dübendorf, Suíça,
Centro Suíço de Inventários do Ciclo de Vida.www.ecoinvent.ch EU (2013)
Portal de energia da Europa. Comissão Europeia, Bruxelas Galitsky C, Martin
N, Worrell E, Lehman B (2003) Eficiência energética
oportunidades de melhoria e redução de custos para as cervejarias.
Universidade da California, Berkeley
Garnett T (2007) O álcool que bebemos e sua contribuição para o Reino Unido
emissão de gases de efeito estufa. Food Climate Research Network Global
Water Intelligence (2011) Tarifas globais de água continuam subindo
Tendência.www.globalwaterintel.com/archive/12/9/market-profile/
global-water-tariffs-continue-upward-trend.html
Guinée JB, Gorrée M, Heijungs R, Huppes G, Kleijn R, van Oers L,
Wegener Sleeswijk A, Suh S, Udo de Haes HA, de Bruijn H, van Duin
R, Huijbregts MAJ (2001) Avaliação do ciclo de vida, um guia
operacional para os padrões ISO. Kluwer, Dordrecht
HGCA (2013) Centro de dados de mercado. Agricultura e Horticultura
Conselho de Desenvolvimento, Kenilworth,http://data.hgca.com/archive/
future.asp
HMRC (2013) Ficha informativa sobre álcool 2012–2013. HM Receita e
Alfândega, Reino Unido,https://www.uktradeinfo.com/Statistics/Pages/
TaxAndDutyBulletins.aspx
Avaliação do Ciclo de Vida Int J (2016) 21:492–509
HMRC (2014) Volume de cevada importado de países da UE para a
Reino Unido (Reino Unido) da temporada 2002/03 a 2013/14. HM
Revenue and Customs, Reino Unido,http://www.statista.com/statistics/
298981/barley-uk-imports-from-eu-united-kingdom/
Hogg D (2012) Custos para Gestão de Resíduos Municipais na UE: Final
Reporte à Direcção-Geral do Ambiente, Comissão Europeia.
Eunomia Research and Consulting em nome de Ecotec
Research and Consulting
Hospido A, Moreira MT, Feijoo G (2005) Análise ambiental da cerveja
Produção. Int J Agric Resour Gov Ecol 4(2):152–162 Hunkeler D,
Lichtenvort K, Rebitzer G (eds) (2008) Environmental life
custeio do ciclo. SETAC, Pensacola
ILCD (2010) Banco de dados internacional de ciclo de vida, European Joint Research
Centro.http://lca.jrc.ec.europa.eu/lcainfohub/datasetArea.vm IPPC/
TEAP (2005) Relatório especial: protegendo a camada de ozônio
e o sistema climático global. Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas, Genebra,www.ipcc.ch/pdf/special-reports/
sroc/sroc_full.pdf
ISO (2006a) ISO 14040 – Gestão ambiental – avaliação do ciclo de vida
avaliação – princípios e estrutura. Organização Internacional de
Normalização, Genebra
ISO (2006b) ISO 14044 – Gestão ambiental – avaliação do ciclo de vida
avaliação – requisitos e orientações. Organização Internacional de
Normalização, Genebra
Jenkin N (2010) Vinho e mudanças climáticas: embalagem e transporte. Varejo
programa. Programa de Ação de Resíduos e Recursos (WRAP),
Londres,www.climatechangeandwine.com/conferencias/conf8/8_
1.pdf
Nota Chave (2009) Market Review 2009: Mercado de Bebidas. Nota principal,
Richmond upon Thames, Reino Unido
Key Note (2010) Relatório de Mercado de Embalagens (Alimentos e Bebidas) 2010. Key Note
Nota, Richmond upon Thames, Reino Unido
Nota principal (2014) Breweries and the Beer Market Update 2014. Nota principal,
Richmond upon Thames, Reino Unido
Kirin (2014) Consumo global de cerveja por país em 2012. Kirin Beer
Relatório da Universidade, 28 de janeiro de 2014.
www.kirinholdings.co.jp/english/news/2014/0108_01.html
Koroneos C, Roumbas G, Gabari Z, Papagiannidou E, Moussiopoulos N
(2005) Avaliação do ciclo de vida da produção de cerveja na Grécia. J Clean
Prod 13(4):433–439
509
Mata TM, Costa CAV (2001) Avaliação do ciclo de vida de diferentes reutilizações
porcentagens para cerveja de vidro. Avaliação do Ciclo de Vida Int J 6(5):307–319
Narayanaswamy V, Berkel R, Altham J, McGregor M (2004) Aplicação
de avaliação do ciclo de vida para aumentar a ecoeficiência das cadeias de
suprimentos de grãos. Curtin University of Technology, Perth
Palmer J (1999) Como fazer cerveja.http://www.howtobrew.com/section1/
capítulo3.html
PE Internacional (2010) Software Gabi 4.3 LCA.www.gabi-software.
com
Swarr T, Hunkeler D, Klöpffer W, Pesonen HL, Ciroth A, Brent A,
Pagan R (2011) Custo do ciclo de vida ambiental: um código de prática.
Avaliação do Ciclo de Vida Int J 16(5):389–391
Takamoto Y, Mitani Y, Takashio M, Itoi K, Muroyama K (2004) Vida
análise de inventário de ciclo de um processo de produção de cerveja. Tech Q
Master Brew Assoc Am 41(4):363–365
Talve S (2001) Avaliação do ciclo de vida de uma cerveja lager básica. Int J Ciclo de Vida
Avaliação 6:293–298
Tassou S, Hadawey A, Marriott D (2008) Impactos dos gases de efeito estufa nos alimentos
varejo. Relatório para o Departamento de Meio Ambiente. Alimentos e
Assuntos Rurais, Reino Unido,http://randd.defra.gov.uk/Document.aspx?
Document= FO0405_8189_FRP.pdf
Tran M, Wan C, Manyapu M, Scott A, Mendez A, Keifer O (sem data)
Efeito das mudanças de temperatura e do manuseio da cerveja na
quantidade de dióxido de carbono liberado quando derramada.https://
Scholarblogs.emory.edu/eurj/files/2014/05/CO2Paper_Final.pdf
Governo do Reino Unido (2014) Imposto sobre compras e serviços.https://www.gov.
uk/tax-on-shopping/alcohol-tabacco
US EPA (2011) Proteção da Camada de Ozônio: Programas Regulatórios — Vazamento
Reparar.www.epa.gov/ozone/title6/608/leak.html
Wilcox BR, Cruz GCY, Neal JA Jr (2013) Os consumidores podem provar os diferentes
diferença entre cervejas enlatadas e engarrafadas? J Culinary Sci Technol
11(3):286–297
WRAP (2011) Portal de Conhecimento de Mercado. Ação de Resíduos e Recursos
Programa, (WRAP), Londres.www2.wrap.org.uk/recycling_ industry/
market_information/market_knowledge_portal/index.html
WRAP (2014) Portal de Conhecimento de Mercado. Ação de Resíduos e Recursos
Programa, (WRAP), Londres.www.wrap.org.uk/content/
marketknowledge-portal-1