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Prof.

Libânio Pinheiro
Prof. Winston Zumaeta

Projeto Estrutural de Edifícios sem Uso


de Software Comercial

Módulo 4 – Dimensionamento das


armaduras das lajes maciças

Agosto / 2020
www.wlcursos.com.br

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Módulo 4
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Aula 1 – Diâmetros e espaçamentos das barras

Esta aula trata de diâmetros e espaçamentos das barras. Serão atendidas as


especificações da ABNT NBR 6118:2014. O diâmetro máximo (item 20.1) é h/8, sendo h a
altura da laje. Assim, como exemplo:

h = 10 cm: ϕmáx = h/8 = 10/8 = 1,25 cm ⇒ ϕmáx = 12,5 mm

- Usual para lajes comuns de edifícios: ϕmáx = 10 mm;

- Diâmetro mínimo: usual ϕ ≥ 5 mm (em telas soldadas há ϕ menores).

Portanto, em geral, usam-se ϕ de 5 mm a 10 mm. Quanto as armaduras principais


(calculadas para resistir momento fletor), considera-se:

- Negativas;

- Positivas na direção do menor vão, nas lajes com λ > 2;

- Positivas nas duas direções, para λ ≤ 2.

O espaçamento máximo para armaduras principais (item 20.1) é smáx = 2 h ou 20 cm


(o menor valor). Portanto, para h ≥ 10 mm temos smáx = 20 cm (armaduras principais). As
armaduras secundárias podem ser de distribuição e de borda.

Armaduras de distribuição:

- Positivas na direção do maior vão, para λ > 2;

- Negativas perpendiculares às principais (posicionamento das barras principais, na


execução da obra, até a concretagem).

Armaduras negativas de bordas sem continuidade: Barras negativas para evitar


grandes fissuras nas ligações entre lajes e vigas do contorno.

Quanto ao espaçamento máximo para armaduras secundárias, smáx = 33 cm. Já o


espaçamento mínimo:

- Não é especificado para armaduras de laje;

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- Adotado por razões construtivas (número de barras, dimensão do agregado e passagem


de vibrador);

- É usual adotar smín = 10 cm (mas podem ser adotados valores menores).

Sugestões para espaçamentos (lajes comuns):

- 10 cm a 20 cm para armaduras principais (resistir momento);

- 20 cm a 33 cm para armaduras secundárias (de distribuição e de borda);

- Para espaçamentos muito grandes: adotar diâmetro menor;

- Para espaçamentos muito pequenos: adotar diâmetro maior.

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Exercícios propostos

1) Por que é necessário o uso de armaduras negativas em vínculos de lajes


com as vigas do contorno?

Porque o uso de tais barras negativas evita o aparecimento de grandes fissuras nestas
ligações.

1) Podemos adotar um espaçamento de 7 cm entre as armaduras de lajes? Porquê?

Sim, porque não há uma limitação normativa que estabeleça um espaçamento mínimo para
as armaduras de lajes, então este limite mínimo é definido por razões construtivas, sejam
elas o número de barras, a dimensão do agregado graúdo do concreto ou a passagem do
vibrador.

3) Analise as seguintes proposições e marque o que for correto:

1 – O diâmetro máximo das armaduras de uma laje de altura h = 10 cm é 1,25 mm; ( )

2 – Lajes com ℓ𝑥 2 vezes menor que o ℓ𝑦 recebem armaduras positivas nas duas direções;
( )

3 – O espaçamento máximo de armaduras de laje é definido pelo menor valor entre h e 20


cm; ( )

4 – O diâmetro máximo das armaduras de lajes é dado por h/8. ( )

Resposta: ( ); (X); ( ); (X).

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Aula 2 – Taxas de armadura mínima

Esta aula trata de taxas de armadura mínima. De acordo com a Norma (ABNT NBR
6118:2014):

ρ = As /Ac

Para seções retangulares:

Ac = b h

Quando conhecida a taxa de armadura fazemos:

As = ρ b h

Segundo a Tabela 17.3, item 17.3.5.2.1 da Norma, para seção retangular:

- fck ≤ 30 MPa → ρmín = 0,15 %

- fck > 30 MPa → ρmín de acordo com Tabela 17.3

Tabela 17.3 da Norma (Adaptada para classes até C50):

Taxas mínimas para armadura de flexão em seções retangulares:


𝐟𝐜𝐤 (MPa) 20 a 30 35 40 45 50
mín (%) 0,15 0,164 0,179 0,194 0,208
Esses valores de 𝐦í𝐧 pressupõem o uso de aço CA-50, d/h = 0,8, 𝐜 = 1,4 e 𝐬 = 1,15.

Caso esses fatores sejam diferentes, 𝐦í𝐧 deve ser recalculado.

Como indicado no rodapé da tabela, pressupõem-se:

- Aço CA-50, c = 1,4 e s = 1,15;

- d/h = 0,8 → d = 0,8 h;

- d → distância do CG da armadura de tração até a face oposta da seção.

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Para valores diferentes de aço, c , s e d/h, o mín deve ser recalculado com base no
valor de cálculo do momento fletor mínimo, dado por:

Md,mín = 0,8 W0 fctk,sup

W0 → Módulo de resistência da seção bruta de concreto, relativo à fibra mais tracionada.


Para seção retangular, é dado por:

W0 = b h²/6

Segundo o item 8.2.5 da Norma:

- fctk,sup = 1,3 fctk,m

- fctk,m= 0,3 fck 2/3 (para concretos de classe até C50)

- fctk,sup = 1,3 ∙ 0,3 fck 2/3

- fctk,sup = 0,39 fck 2/3 (fck em MPa)

Concreto C25:

fctk,sup = 0,39 fck 2/3 = 0,39 ∙ 252/3 = 3,334 MPa = 0,3334 kN/cm²

Para faixa de laje com b = 100 cm, h = 10 cm:

W0 = bh²/6 = 100 ∙ 10²/6 = 1667 cm³

Md,mín = 0,8 W0 fctk,sup = 0,8 ∙ 1667 ∙ 0,3334 = 445 kN.cm

Cálculo da armadura → aulas 4 e 5 deste Módulo (Tabelas Gerais – Tabela 1.1):

Md = 445 kN.cm e d = 8 cm

k c = bd²/md = 100 ∙ 8²/445 = 14,4

As,calc = k s Md /d = 0,024 ∙ 445 / 8 = 1,33 cm²

ρ = As /Ac = 1,33 / (100 ∙ 10) ≅ 0,13 % < 0,15 %

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Portanto:

ρmín = 0,15 %, como indicado na tabela da Norma, para C20 a C30.

Concreto C50:

fctk,sup = 0,39 fck 2/3 = 0,39 ∙ 502/3 = 5,293 MPa = 0,5293 kN/cm²

Md,mín = 0,8 W0 fctk,sup= 0,8 ∙ 1667 ∙ 0,5293 = 706 kN.cm

Md = 706 kN.cm e d = 8 cm

Cálculo da armadura → aulas 4 e 5 deste Módulo (Tabelas Gerais – Tabela 1.1):

k c = bd²/md = 100 x 8²/706 = 9,1

As,calc = k s Md /d = 0,0235 ∙ 706 / 8 = 2,08 cm²

𝜌 = As /Ac = 2,08 / (100 ∙ 10) ≅ 0,208 % > 0,15 %

Portanto:

ρmín = 0,208 %, como indicado na tabela da Norma, para C50.

Observações:

- A rigor, nas lajes maciças, d/h < 0,8 → maior taxa de armadura mínima;

- Em geral, essa maior taxa de armadura mínima não é considerada.

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Exercícios propostos

1) Explique o que são o 𝒇𝒄𝒕𝒌,𝒔𝒖𝒑 , o 𝒇𝒄𝒕𝒌,𝒎 , o 𝑾𝟎 , o 𝑴𝒅,𝒎í𝒏 e o 𝝆𝒎í𝒏 .

O 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 é a resistência do concreto à tração superior, o 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑚 é a resistência do concreto


à tração no seu valor médio, o 𝑊0 é o módulo de resistência da seção bruta de concreto
relativo a fibra mais tracionada, o 𝑀𝑑,𝑚í𝑛 é o momento fletor mínimo no seu valor de cálculo
e o 𝜌𝑚í𝑛 é a taxa de armadura mínima, que quando necessário, pode ser calculada com o
uso dos termos anteriores.

2) Pode-se admitir, sem um cálculo prévio, que um concreto de classe C40 terá
um valor de taxa de armadura mínima superior à mesma taxa de um concreto de
classe C30? Porquê?

Sim, porque um concreto de resistência mais alta permite que as taxas de armadura
mínima, definidas em função da segurança, possam também ser elevadas.

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Aula 3 – Áreas de armadura mínima

Esta aula tratará de áreas de armadura mínima. Sua finalidade é garantir ductilidade
ao elemento estrutural, com ruptura após fissuração visível e grandes deformações. Se:

As,calc < as,mín → Adotar as = as,mín

Antes de calcular armaduras, considerar uso de armaduras mínimas, pois evita


trabalho desnecessário de calcular armaduras com taxas menores que as mínimas.
Armaduras mínimas dependem de ρmín e da finalidade da armadura (negativa, positiva, de
distribuição ou de borda).

Para os valores mínimos de armaduras (elementos estruturais sem protensão),


usamos a tabela 19.1 (item 19.3.3.2) da Norma (Tabela adaptada):

Armaduras negativas principais  ≥ mín

Armaduras negativas de bordas sem continuidade  ≥ 0,67𝐦í𝐧

Armaduras positivas de lajes armadas nas duas


 ≥ 0,67𝐦í𝐧
direções ( ≤ 2)
Armadura positiva (principal) de lajes armadas em
 ≥ 𝐦í𝐧
uma direção ( > 2)
𝐀𝐬 /s ≥ 20 % da arm. principal
Armadura positiva secundária (distribuição) de
𝐀𝐬 /s ≥ 0,90 cm2/m
lajes armadas em uma direção ( > 2) (*)
 ≥ 0,5𝐦í𝐧

 = 𝐀𝐬 /(𝐛𝐰 h)
(*) Podem ser adotadas também para armadura negativa de distribuição
Armadura negativa principal e positiva principal para 𝛌 > 2:  ≥ 𝐦í𝐧

fck ≤ 30 MPa, taxa mínima  = mín= 0,15 %

Para h = 10 cm:

as1,min = mín bh = (0,15/100) ∙ 100 ∙ 10 = 1,50 cm²/m

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Armaduras negativas de borda e armaduras positivas para 𝛌 ≤ 2

Tabela 19.1 da Norma especifica:  ≥ 0,67 mín

fck ≤ 30 MPa, h = 10 cm

as2,min = 0,67 mín bh = 0,67 (0,15/100) ∙ 100 ∙ 10 = 1,00 cm²/m (nas duas direções)

Armaduras de distribuição positivas para 𝛌 > 2 e negativas

fck ≤ 30 MPa, h = 10 cm

as3,min deve atender o maior dos três valores:

0,2 as,princ

0,90 cm²/m

0,5 mín bh = 0,5 (0,15/100) ∙ 100 ∙ 10 = 0,75 cm²/m

Barras para armaduras mínimas (h = 10 cm)

Tabela 1.4a (Tabelas Gerais, Pinheiro et al.)

as1,min = 1,50 cm²/m (s ≤ 20 cm)

ϕ 5 c/ 13 (1,51 cm²/m) ou ϕ 6,3 c/ 20 (1,56 cm²/m)

as2,min = 1,00 cm²/m (s ≤ 20 cm)

ϕ 5 c/ 20 (0,98 cm²/m)

as3,min = 0,90 cm²/m (s ≤ 33 cm)

ϕ 5 c/ 22 (0,89 cm²/m) ou ϕ 6,3 c/ 33 (0,95 cm²/m).

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Exercícios propostos

1) Para que serve a taxa de armadura mínima?

Ela existe para garantir uma ruína dúctil da estrutura. No estado limite último, a ruína
ocorre com fissuração visível e grandes deformações. Se a armadura for menor que a
mínima, não haverá aço suficiente para o escoamento dessa armadura é a ruína será frágil.

2) A área de aço adotada pode ser inferior ao valor de área de aço calculada?

Sim. Recomenda-se que essa diferença seja de menos de 5%.

3) Por que é uma recomendação que se considere o uso de armadura mínima


antes mesmo de se calcular a armadura necessária para uma determinada laje?

Porque essa prática evita um trabalho desnecessário, quando pode-se determinar


que uma laje necessite apenas de armadura mínima através dos valores de esforços aos
quais a lajes esteja submetida.

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Aula 4 – Cálculo das armaduras negativas

Esta aula tratará do cálculo das armaduras negativas. Usaremos a tabela 1.1, sobre
flexão simples, a tabela 1.4a, sobre bitolas e espaçamentos (tabela cm²/m) e o desenho
unifilar com os momentos fletores das lajes, disponíveis nos seguintes links:

Baixe aqui a Tabela 1.1 - Flexão simples - kc e ks

Baixe aqui a tabela de bitolas e espaçamentos (tabela cm²/m)

Baixe aqui o desenho unifilar com os momentos fletores das lajes

Em geral, é necessária armadura superior para:

- m’ em pelo menos uma direção (vínculo L6-L7)

- m’ em duas ou mais direções (L1-L2, L1-L3)

- Borda de laje em uma direção (esquerda L3, direita L5) ou em duas (esquerda L1 e
embaixo L1)

- Confecção de malha com a armadura principal ou a de borda

Devem ser evitadas três camadas de barras:

No seguinte desenho, a armadura de borda à esquerda da L1 e a armadura do


vínculo L1 – L2 podem ficar por cima da armadura superior da L1, de forma a evitar três
camadas de armadura.

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Assim:

- Escolher direção (horizontal ou vertical) com barras por cima ou por baixo;

- Se possível, colocar por cima as barras da direção com maiores momentos fletores.

Neste projeto: armadura vertical por cima (maior d).

(Vínculo L7-L5): m’k = 902 kN.cm/m; m’d = 1263 kN.cm/m; (c = 2,5 cm);

Admitir, inicialmente, ϕ = 10 mm = 1 cm. Em geral, é o maior diâmetro usado em


lajes de edifícios.

d = h – c – ϕ/2 (barras principais: mais perto da face tracionada da laje)

k c = bd²/md e k s = as,calc ∙ d/md definidos na Tabela 1.1 (Tabelas Gerais)

Para h = 10 cm e c = 2,5 cm, obtém-se:

d = h – c – ϕ/2 = 10 – 2,5 – 0,5 = 7,0 cm

k s = as,calc ∙ d/md → as,calc = k s ∙ md /d

k c = bd²/md = 100 ∙ 7,0² / 1263 = 3,9 (Tabela 1.1, C25, CA-50): k s = 0,025

as,calc = k s ∙ md /d = 0,025 ∙ 1263 /7,0 = 4,51 cm²/m

Tabela 1.4a: ϕ 10 c/ 17 cm

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as,e= 4,62 cm²/m > as1,min= 1,50 cm²/m

s = 17 < 20 cm: ϕ 10 c/ 17 cm é armadura adequada

Se resultar s > 20 cm, diminuir diâmetro para obter s ≤ 20 cm. Se for encontrado s <
10 cm, adotar ϕ maior e refazer cálculo com novo valor de altura útil d.

Vínculo seguinte L1-L2: m’k = 691 kN.cm/m; m’d = 967 kN.cm/m;

m’d = 967 kN.m/m < m’d = 1263 kN.m/m (por baixo)

Como 967 < 1263, com ϕ 10 resultaria s > 20 cm. Com ϕ 8 obtém-se:

d = 6,1 cm, as,calc = = 3,96 cm²/m, ϕ 8 c/ 12,5, as,e = 4,02 cm²/m > as1,min

O procedimento é análogo para demais momentos. Quando resultar em as,calc <


as1,min , a armadura necessária (as,nec) passa a ser:

as1,min = 1,50 cm²/m, ϕ 6,3 c/ 20 cm, as,e = 1,56 cm²/m

É o caso do vínculo L4-L5 e dos demais com momentos menores.

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Exercícios propostos

1) Quando devemos usar armadura superior?

Ela existe para combater, em geral, momentos fletores negativos em uma, duas ou mais
direções da laje, e em bordas de laje em uma direção ou em duas.

2) Por que se deve evitar que sejam dispostas 3 camadas de armadura


negativa?

Porque o valor da altura útil da armadura mais baixa, na terceira camada, resultaria em
taxas de armadura superiores do que se necessitaria na situação em que esta armadura
estivesse na 1ª camada, cujo arranjo é possível.

3) Descreva o roteiro de cálculo da área de aço e do espaçamento usando


tabelas.

Deve-se definir primeiro o valor da altura útil, e em seguida, com o valor de momento fletor
de cálculo, usa-se a tabela 1.1 para definir o 𝑘𝑐 e o seu respectivo 𝑘𝑠 . Com este, calcula-se
o valor de área de aço por metro. O espaçamento é finalmente definido através da tabela
1.4a, que usa o valor de área de aço calculada para indicar o valor da bitola e do
espaçamento por metro de laje.

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Aula 5 – Tabela de cálculo das armaduras negativas

Esta aula tratará da tabela de cálculo das armaduras negativas. As expressões para
cálculo da altura útil das armaduras são:

ϕsup
dsup = h – c –
2

ϕinf
dinf = h – c – ϕsup –
2

Tabela para cálculo das armaduras negativas:

MOMENTO m'k m'd 𝛟 d kc ks as,cal as,nec 𝛟 c/s as,e

L1 - L2 (H)
691 967 8 6,1 3,8 0,025 3,96 3,96 8 c/ 12,5 4,02
L6 - L7 (H)

L3 – L4 (H) 54 76 6,3 6,185 50,3 0,023 0,28 1,50 6,3 c/ 20 1,56

L4 – L5 (H) 90 126 6,3 6,185 30,4 0,023 0,47 1,50 6,3 c/ 20 1,56

LE – L3 (V)
80 112 6,3 7,185 46,1 0,023 0,36 1,50 6,3 c/ 20 1,56
L3 – L1 (V)
L7 – L4 (V)
58 81 6,3 7,185 63,7 0,023 0,26 1,50 6,3 c/ 20 1,56
L4 – L2 (V)
L7 – L5 (V)
902 1263 10 7,0 3,9 0,025 4,51 4,51 10 c/ 17 4,62
L5 – L2 (V)

Barras verticais (V) por cima, horizontais (H) por baixo; (a) 𝐚
𝐬𝟏,𝐦𝐢𝐧 = 𝟏, 𝟓 𝐜𝐦𝟐 /𝐦

Onde:

- m’k e m’d em kN.cm/m;

- ϕ diâmetros das barras em mm e as em cm²/m;

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- Demais unidades em kN e cm;

- Colunas com m’k e m’d = 1,4 m’k (kN.cm/m), 𝛾𝑓 = 1,4.

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Aula 6 – Armadura de distribuição e de borda

Esta aula tratará da armadura de distribuição e de borda. A armadura de


distribuição dos momentos negativos deve respeitar à área mínima as3,mín dada pelo
maior dos valores:

- 0,2 as,princ

- 0,5 as,mín (0,75 cm²/m)

- 0,90 cm²/m

No vínculo L7-L5: 0,2 ∙ 4,62 = 0,92 cm²/m. Portanto, neste e nos demais vínculos,
as3,mín = 0,90 cm²/m

Há dois valores possíveis de as,𝑒 :

ϕ 5 c/ 22 (as,𝑒 = 0,91 cm²/m)

ϕ 6,3 c/ 33 (as,𝑒 = 0,95 cm²/m)

Quanto a armadura de borda: pelo item 19.3.3.2 da ABNT NBR 6118:2014, as


armaduras negativas em bordas sem continuidade que tenham ligação com elementos de
apoio (vigas, por exemplo), junto às vigas do contorno do edifício ou de aberturas internas,
deve-se dispor de armadura negativa de borda, conforme a tabela 19.1 desta norma.

Tabela 19.1 (aula anterior): ρ ≥ 0,67 ρmin (fck ≤ 30 MPa e h = 10 cm)

Então, temos:

as2,mín = 0,67 ρmin bh = 0,67 (0,15/100) ∙ 100 ∙ 10 = 1,00 cm²/m

A norma não especifica s máximo, logo pode ser adotado ϕ 5 c/ 20 (0,98 cm²/m). O
comprimento da barra será de 0,15 % de ℓx a partir da face do apoio, onde ℓx é o menor
vão da laje. Este valor será usado no cálculo do comprimento das barras de borda em aula
futura.

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Aula 7 – Cálculo das armaduras positivas

Esta aula tratará do cálculo das armaduras positivas, onde será usado o desenho
unifilar dos momentos compatibilizados:

Na direção dos maiores momentos positivos (mx ou my ):

ϕinf
dinf = h – c –
2

Que é a altura útil das barras positivas inferiores, que resistirão ao momento maior.
Exemplo: L5 com mky = 610 kN.cm/m > mkx = 395 kN.cm/m, ou seja, mdy = 854 kN.cm/m
> mdx = 553 kN.cm/m. Atentar que o mdy = 854 kN.cm/m é pouco menor que 967 kN.cm/m
(m’d para L1-L2, ϕ 8 c/ 14 – armadura negativa).

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Como λ = 1,19 < 2, a armadura mínima é as2,min = 1,00 cm²/m (nas duas direções).
Para λ > 2, a armadura mínima seria as1,min = 1,50 cm²/m.

Na L5, mdy = 854 kN.cm/m (armadura por baixo), supondo ϕ 8 mm:


dinf = h – c – ϕinf/2 = 10 – 2,5 – 0,8/2

dinf = 7,1 cm; k c = 5,9; k s = 0,025; as,calc = 3,01 cm2/m;  8 c/ 16 (por baixo)
as,e = 3,14 cm2/m > as2,min = 1,00 cm2/m ( = 1,19 < 2)
Teremos que o segundo maior momento positivo é mxd = 553 kN.cm/m (L5, por
cima) e a altura útil para barras positivas por cima será menor (momento menor). O d será:

dsup = h – c – ϕinf – ϕsup /2

Na L5, com mxd = 553 kN.cm/m (por cima), ϕinf = 0,8 cm e supondo ϕsup = 0,63 cm:

dsup = h – c – ϕinf – ϕsup / 2 = 10 – 2,5 – 0,8 – 0,63/2 → dsup = 6,385 cm

k c = 7,4, k s = 0,024, as,calc = 2,08 cm2/m,  6,3 c/ 15

as,e = 2,08 cm²/m > as2,min = 1,0 cm2/m ( = 1,19 < 2)

Igual procedimento é feito para os demais momentos positivos (valores


decrescentes). Quanto aos momentos e armaduras ( < 2; as2,min = 1,00 cm2/m):

mkx = 344 kN.cm/m (L1), ϕ 6,3 c/ 19 (as,e = 1,64 cm2/m), por baixo

mky = 342 kN.cm/m (L1), ϕ 6,3 c/ 18 (as,e = 1,73 cm2/m), por cima

mkx = 319 kN.cm/m (L2), ϕ 6,3 c/ 20 (as,e = 1,56 cm2/m), por baixo

Para esses três momentos, resultam as,calc > as2,min = 1,00 cm2/m. Quando resultar
as,calc < as2,min , adota-se as2,min. Exemplo:

mky = 194 kN.cm/m (L2, por cima), as,calc = 0,93 cm2/m, as,nec= 1,00 cm2/m

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Adota-se  5 c/ 19 (as,e = 1,03 cm2/m), por cima. Se houvesse momentos menores e


 < 2, deveria ser adotada essa mesma armadura:  5 c/ 19. Para  > 2, se resultar as <
as1,min , adota-se as1,min = 1,50 cm2/m.

É o caso de mx nas lajes L3 e L4. Para my com  > 2, devemos adotar armadura de
distribuição. No caso da L3 e L4:

as3,min = 0,90 cm2/m, espaçamento máximo de 33 cm

Adotou-se  5 c/ 21, as,e = 0,93 cm2/m. Também poderia ser adotado  6,3 c/ 33,
as,e = 0,95 cm2/m.

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Exercícios propostos

1) Por que se posicionam as barras na parte inferior na direção de maior


momento fletor?

Para que a seção tenha uma altura útil maior e seja mais eficiente para resistir a
estes momentos.

2) Qual o motivo de se iniciar o cálculo das áreas de aço necessárias a partir


do maior valor de momento fletor do pavimento?

Isso é feito para se ter um controle dos momentos fletores de valor mais baixo que
já se sabe que resultariam em valores de armadura mínima, sendo um procedimento que
evita trabalhos desnecessários de cálculo de armadura.

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Aula 8 – Tabela de cálculo das armaduras positivas

Esta aula tratará da Tabela de cálculo das armaduras positivas. As expressões para
cálculo da altura útil das armaduras são:

ϕinf
dinf = h – c –
2

ϕsup
dsup = h – c – ϕinf −
2

Tabela para cálculo das armaduras positivas:

MOMENTO mk md  d kc ks as,cal as,nec  c/s as,e

L1 = L6 mx (V) 344 482 6,3 7,185 10,7 0,024 1,61 1,61 6,3 c/ 19 1,64

 = 1,21 my (H) 342 479 6,3 6,555 9,0 0,024 1,75 1,75 6,3 c/ 18 1,73

L2 = L7 mx (V) 319 447 6,3 7,185 11,5 0,024 1,49 1,49 6,3 c/ 20 1,56

 = 1,31 my (H) 194 272 5 6,62 16,1 0,023 0,93 (b) 1,00 5 c/ 19 1,03

L3 mx (V) 40 56 6,3 7,185 92,2 0,023 0,13 (a) 1,50 6,3 c/ 20 1,56

 = 2,36 my (H) 9 13 5 6,62 337,1 0,023 0,05 (c) 0,90 5 c/ 21 0,93

L4 mx (H) 51 71 6,3 6,685 62,9 0,023 0,24 (a) 1,50 6,3 c/ 20 1,56

 = 3,94 my (V) 13 18 5 7,125 292,0 0,023 0,06 (c) 0,90 5 c/ 21 0,93

L5 mx (H) 395 553 6,3 6,385 7,4 0,024 2,08 2,08 6,3 c/ 15 2,08

 = 1,19 my (V) 610 854 8 7,1 5,9 0,025 3,01 3,01 8 c/ 16 3,14
(1) Barra direção vertical por baixo
(a) as1,min = 1,50 cm²/m
(b) as2,min = 1,00 cm²/m
(c) as3,min = 0,90 cm²/m

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Autores

Prof. Libânio Pinheiro


1. Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, EESC-
USP, em 1972.
2. Engenheiro Projetista de Estruturas de Concreto Armado, de 1974 a 1984.
3. Professor de Estruturas de Concreto na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, PUCCamp,
SP, de 1976 a 1984.
4. Mestre em Engenharia de Estruturas pela EESC-USP, em 1981.
5. Professor de Estruturas de Concreto na Faculdade de Engenharia Civil de São José do Rio Preto,
SP, em 1981.
6. Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, de 1981 a 2018, em Dedicação Exclusiva
desde 1985, onde ministrou aulas na pós-graduação desde 1987, para alunos de Mestrado e de Doutorado.
7. Doutor de Engenharia de Estruturas pela EESC-USP, em 1988.
8. Pesquisador Associado da Universidade Estadual da Pennsylvania, PENN STATE, em State College, EUA, onde
desenvolveu programa de Pós-Doutorado, de setembro de 1989 a agosto de 1990.
9. Coordenador de Pesquisa do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, de 1990 a 1993, onde
também foi Coordenador de Graduação, de 1998 a 2003, e Coordenador da Disciplina Estágio em Estruturas, de 1999 a
2005.
10. Pesquisador do CNPq, de 1994 a 2005, e Coordenador de Grupo de Pesquisa do CNPq, sobre Estruturas de
Concreto, até 2010.
11. Membro do Comitê Técnico 301 do IBRACON, de 2004 a 2010.
12. Membro do Conselho de Coeditores da Revista IBRACON de Estruturas (IBRACON Structural Journal), de 2004 a
2006, e do Comitê Científico do Congresso Brasileiro do Concreto, em 2004, 2005, 2013 e 2014.
13. No Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, foi pioneiro em pesquisas sobre: teoria das
charneiras plásticas aplicada a projetos de lajes de edifícios, alvenaria estrutural, concreto de alta resistência,
pavimentos de concreto (pavimentação), elementos estruturais de polímeros reciclados, lajes alveolares e concreto com
poliestireno expandido, EPS.
14. Nesse Departamento, desenvolveu também pesquisas sobre: concreto armado, estruturas de edifícios e lajes e
paredes de concreto pré-moldado.
15. Sobre os temas relacionados nos dois itens anteriores, orientou dezenas de alunos de Iniciação Científica, Mestrado
e Doutorado, de 1986 a 2017.
16. Ao longo da carreira como pesquisador, publicou mais de uma centena de trabalhos, no Brasil e no Exterior, a
maioria junto com seus alunos de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado.
17. Atualmente trabalha com cursos on-line sobre Estruturas de Concreto.

Prof. Winston Zumaeta


1. Engenheiro Civil pela Universidade Federal do Amazonas, UFAM, em 2008.
2. Licenciado em Matemática pela mesma Instituição, no mesmo ano.
3. Especialista em Projeto de Estruturas de Concreto para edifícios pela Faculdade de Engenharia
São Paulo, FESP, em 2011.
4. Especialista em Didática de Ensino Superior pela Universidade Nilton Lins, UNINILTON LINS, em
2013.
5. Mestre em Engenharia de Estruturas pela USP, em 2011.
6. Doutor em Engenharia de Estruturas pela USP, em 2017.
7. Desde fevereiro de 2008, vem trabalhando com projetos de estruturas de concreto para edifícios
utilizando o software TQS.
8. Representante da empresa TQS Informática desde o dia 23 de março de 2011.
9. Foi coordenador de projetos na SECOPE Engenharia até fevereiro de 2015, onde teve a oportunidade de participar
de diversos projetos estruturais de edificações, entre eles: Edifício da Fametro, Edifício Terezina 275, Condomínio
Privilege, Edifício Green View, Edifício The Office, Edifício Smart, Bumbódromo, Condomínio Family, Hospital (HUGV),
residências, etc.
10. Atualmente é instrutor de cursos do software TQS e cursos sobre estabilidade global de edifícios na cidade de
Manaus, e é professor no curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, atuando na área de
Estruturas, Mecânica das Estruturas e Estruturas de Concreto.

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