Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO
Um fenômeno que chama atenção na física é o som característico emitido seja pelas vozes de
cada indivíduo ou sons diferentes de instrumentos que tocam uma mesma nota. Essa diferença
se dá pelo timbre, resultado do formato de uma ou combinação de ondas. O Cientista Jean
Baptiste Joseph Fourier estudou esse comportamento a fundo de formação do som e adaptou em
fórmulas matemáticas que, resumidamente, analisa o som como uma composição de ondas com
formatos mais simples de senos e cossenos. Essa análise que agregou seu nome permitiu
facilitar os cálculos para descrever ondas complexas. Fourier amplia o campo de análise que até
então estudava-se a amplitude da onda em função do tempo, como um eixo cartesiano, expande
esse eixo para um tridimensional em que o possibilita enxergar um outro plano, o eixo da
amplitude x frequência, conforme mostra a figura 01 abaixo:
1
2 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
PARTE EXPERIMENTAL
Neste experimento será estudado o som produzido por tubos, componentes de um órgão. Estes
tem formato quadrado com extremidade aberta e fechada e retangular, também com
extremidade aberta e fechada. Estes sons serão captados por um microfone, através de um bocal,
e este som será transmitido para um osciloscópio que traçará o gráfico mostrando a amplitude
no tempo. Ao salvar cada gráfico deste e exportar para o software Origin e fazendo uma análise
de sinal, escolhendo a função de Fourier consegue-se analisar o mesmo gráfico na forma
Amplitude x Frequência. Feito essas relações podemos estabelecer uma relação linear entre a
frequência e os harmônicos encontrados em cada gráfico. Com isso conseguiremos calcular o
comprimento de um terceiro tubo, através da seguinte fórmula:
n.v
f n=
2.l
(Eq.01)
onde o n indica o harmônico, v a velocidade do som e l o comprimento efetivo do tubo. É
importante lembrar que como trabalharemos com tubos abertos, e os nós das ondas estacionárias
formam-se um pouco além das extremidades do tubo será então necessária a soma do
comprimento real do tubo por dois fatores de correção, conforme a Equação 02, a seguir:
Lef =l o +∆ e + ∆b , (Eq.02) onde o
“delta e” relaciona-se com a extremidade do tubo, o “delta b” refere-se a correção na região da
boca do tubo e lo o comprimento do tubo.
Para isso utilizaremos um tubo de seção quadrada aberto e fechado, um tubo de mesmo tamanho
com seção retangular aberto e fechado, um terceiro tubo quadrado de comprimento
desconhecido, um microfone para captura do aúdio, um osciloscópio e computador com
software Origin.
A figura 02 abaixo mostra o aparato experimental que será repetido para os três tubos:
2
3 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Figura 3- Esquema da formação dos nós das ondas estacionárias em tubos abertos e fechados
3
4 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
EXPERIMENTO
4
5 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
5
6 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
6
7 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
7
8 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
8
9 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Dando um zoom na região após o 4 harmônico da figura acima foi possível encontrar mais 2
harmônicos, f5 = 2635,71 Hz e f6 = 3351,43 Hz.
9
10 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Pelo gráfico podemos observar que a frequência fundamental do tubo quadrado aberto curto
vale f1 = 752,86Hz.
Após realizar a regressão linear no gráfico acima obtemos o coeficiente angular da reta que,
em referência a equação 01,
n.v
f n= , temos que o coeficiente = v/2l, portanto
2.l
v
=521,85
2l
Considerando a velocidade do som – 340m/s no ar, temos que o comprimento do tubo vale
l=32,57 cm
ANÁLISE DO EXPERIMENTO –
Tabela 02
10
11 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Pelo gráfico podemos observar que a frequência fundamental do tubo quadrado aberto curto
vale f1 = 832,65Hz.
Após realizar a regressão linear no gráfico acima obtemos o coeficiente angular da reta que,
em referência a equação 01,
n.v
f n= , temos que o coeficiente = v/2l, portanto
2.l
v
=5 41,44
2l
Considerando a velocidade do som – 340m/s no ar, temos que o comprimento do tubo vale
l=31,39 cm
11
12 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Pelo gráfico podemos observar que a frequência fundamental do tubo quadrado aberto curto
vale f1 = 588Hz.
12
13 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Após realizar a regressão linear no gráfico acima obtemos o coeficiente angular da reta que,
em referência a equação 01,
n.v
f n= , temos que o coeficiente = v/2l, portanto
2.l
v
=270,239
2l
Considerando a velocidade do som – 340m/s no ar, temos que o comprimento do tubo vale
l=62,9 cm
l ef =l 0 +∆ e + ∆b
l ef =58+1,98+1,12=61,1cm
Valor encontrado muito próximo do valor esperado, possíveis justificativas para a discrepância
está em estimar o valor do raio a, visto que se trata de um tubo não cilíndrico.
Após soltar o carrinho trabalharemos com suas situações, com mais amortecimento e menos
amortecimento e depois analisaremos os dados:
Para o gráfico acima do oscilador cúbico mais amortecido foi extraído a seguinte tabela 01:
Tabela 01 – Oscilador cúbico mais amortecido
13
14 FÍSICA EXPERIMENTAL AII – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conclusão
O experimento teve como objetivo a observação e análise de um oscilador anarmônico, a partir
do experimento realizado foi observado as forças características atuantes no sistema, a partir dos
gráficos gerados, para os casos de menos e mais amortecimento, observou- se que conforme a
aumento do amortecimento do sistema, existe maior perda de energia, observada a partir da
queda na amplitude de oscilações, o que se era esperado de acordo com a teoria.
BIBLIOGRAFIA
14