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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

Pós-Graduação em Engenharia Ambiental

Resumo de artigo
Remediação Química

Profº Rafael Andrette


Alícia Maria Tatar do Nascimento
RA: 617102308

São Paulo - junho/2017


Remediação de um solo contaminado com petróleo por oxidação química

Texto original dos autores: Vivian Andrade Graciano et al.


Publicado por: Revista Bras. Ciênc. Solo, v.36, n.5. p.1656-1660, out./nov. 2012.

Um dos principais responsáveis pelo impacto na qualidade do solo e das águas


subterrâneas é a indústria do petróleo. O autor coloca que o solo é o destino de muitos
compostos poluentes provenientes desse setor, que alteraram o equilíbrio e os ciclos
naturais, e são considerados carcinogênicos e genotóxicos, o que faz com que a
recuperação desse solo seja tratada de forma rápida e completa. O petróleo é constituído
por substâncias tóxicas, recalcitrantes e por esse motivo, as técnicas de biorremediação e
fitorremediação são inadequadas, motivo pelo qual os autores realizaram um estudo
comparativo com diversas técnicas de remediação por oxidação química.
Para este estudo, uma amostra de solo foi coletada na cidade de Nova Friburgo – RJ. O
material foi seco, peneirado e guardado em ambiente seco ao abrigo da luz.
Posteriormente, a amostra foi contaminada com petróleo em laboratório, a uma
concentração de 5.000 mg kg-1 solo, valor aproximado ao que é encontrado em solos
contaminados acidentalmente em derrames de petróleo, como no caso da REPAR –
Refinaria Getúlio Vargas, citado pelos autores.
Os autores utilizaram diferentes técnicas para o ensaio de remediação química do solo
contaminado, entre eles os métodos convencionais, onde utilizaram os íons do KMnO 4
(permanganato de potássio) como agente oxidante e os processos oxidativos avançados,
onde utilizaram diferentes reagentes para produzir o radical hidroxila (-OH -), que é
altamente oxidante e pouco seletiva, com destaque para os reagentes de Fenton, que
produzem o radical hidroxila a partir da catálise do H 2O2 (peróxido de hidrogênio ou água
oxigenada) com íons de ferro em meio ácido e foto-Fenton, que conta com a adição da luz
artificial ou solar. Fizeram também a aplicação de K 2S2O8 (persulfato de potássio), que por
ação da temperatura, luz ou catálise por metais (Fe ou Ag), produz o radical –SO 4- como
agente oxidante.
O ensaio foi realizado submetendo 5 gramas da amostra à 15 mL da solução oxidante em
triplicata, mantidas sob agitação e fotoirradiação com luz germicida e foram feitas quatro
leituras em espectrômetro de fluorescência, com intervalos de 30 minutos.
Os autores concluíram que a reação mais eficiente foi a de foto-Fenton, reduzindo 99,33%
da carga poluidora em 120 minutos. O segundo melhor resultado foi obtido com a
aplicação do reagente K2S2O8, que degradou 93,85% dos poluentes em 180 minutos. O
processo Fenton, a aplicação de H2O2 e a reação com KMnO4 reduziram,
respectivamente, 86,98%, 70,51% e 76,58% da carga poluidora em 180 minutos. Além de
não apresentarem bons resultados, os reagentes H 2O2 e KMnO4 apresentam
desvantagens. O H2O2 é instável em altas temperaturas e o KMnO 4 deixa resíduos de Mn
no solo.
Esse estudo é de extrema importância para demostrar as diferenças entres os métodos
mais comuns utilizados na remediação química de solos contaminados por petróleo,
levando em consideração tempo de reação e eficiência, sem maiores danos ao meio
ambiente.

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