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121-91
SALVADOR – BAHIA
Abril – 2013
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por
Jairo Jamerson Correia de Andrade
Departamento de Geofı́sica
do
Instituto de Geociências
da
Universidade Federal da Bahia
Comissão Examinadora
RESUMO
Entre 1998 e 1999, uma área do municı́pio de Capim Grosso, região semi-árida do
Estado da Bahia, foi estudada por meio do método geofı́sico da eletrorresistividade, na
técnica da sondagem elétrica vertical (SEV) e arranjo Schlumberger de eletrodos. Os dados
foram adquiridos em campo por um estudante vinculado ao CPGG - Centro de Pesquisa
em Geofı́sica e Geologia, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a CPRM - Serviço
Geológico do Brasil, os quais não foram processados ou interpretados e foram cedidos para
este trabalho. Na aquisição, foram feitas 43 sondagens, sendo que 19 destas formam uma
linha que constitui o perfil principal e outras SEVs espalhadas pela área que podem ser
agrupadas em linhas que interseccionam este perfil. A aquisição foi realizada de modo
que os dados fossem tratados unidimensionalmente (1D) com o software RESIST 1.0, que
está em desuso atualmente. Este trabalho compreende a análise dos dados e uma possı́vel
implementação destes para o processamento bidimensional (2D). Este trabalho está dividido
em duas etapas, a primeira consiste na manipulação e processamento dos dados 1D, com o
auxı́lio do software IPI2win v. 2.1, adaptando-os, posteriormente, para um processamento
2D no software RES2DINV; e a segunda na interpretação dos dados processados para o
imageamento do substrato da região.
iv
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ABSTRACT
Between 1998 and 1999, an area of Capim Grosso city, semi-arid region of Bahia, the
technique of vertical electrical sounding (VES) and Schlumberger electrode array were stud-
ied by the method of geophysical resistivity. Field data were acquired by a student linked to
CPGG - Research Center for Geophysics and Geology, Federal University of Bahia (UFBA)
and CPRM - Geological Survey of Brazil, which have not been processed or interpreted and
were given to this work. In acquisition, 43 surveys were made, and 19 of these form a line
which is the main profile and other VES’s all over the area that can be grouped into lines
that intersect this profile. The acquisition was made so that data were processed as one-
dimensional (1D) with RESIST 1.0 software, which is not used often currently. This work
comprises data analysis and a possible implementation for two-dimensional (2D) processing.
This work is divided into two stages, the first is the handling and processing of 1D data
with the aid of software IPI2win v. 2.1, adapting them to a 2D processing in more modern
software, like RES2DINV, and the second part is the interpretation of the processed data
for imaging the substrate in region.
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ÍNDICE
RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . iv
ABSTRACT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
ÍNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vi
ÍNDICE DE FIGURAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ix
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
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3.6 Interpretação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
CAPÍTULO 4 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
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ÍNDICE DE TABELAS
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ÍNDICE DE FIGURAS
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INTRODUÇÃO
A região nordeste é uma região castigada pela seca, existem locais em que este problema
é crı́tico, como por exemplo, regiões do interior da Bahia denominadas, “polı́gono das secas”,
com o clima árido e semi-árido, passando por longos perı́odos de estiagem. O “polı́gono das
secas”apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidade de chuvas,
no tempo e no espaço. Nesse cenário, a escassez de água constitui um forte entrave ao
desenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, a subsistência da população. A ocorrência
cı́clica das secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e remontam aos
primórdios da História do Brasil.
Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regiões, através de uma
gestão integrada dos recursos hı́dricos superficiais e subterrâneos. Entretanto, a carência de
estudos de abrangência regional, fundamentais para a avaliação da ocorrência e da potenciali-
dade desses recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando
uma gestão eficiente. Além disso, as decisões sobre a implementação de ações de convivência
com a seca exigem o conhecimento básico sobre a localização, caracterização e disponibilidade
das fontes de água superficiais e subterrâneas.
Este trabalho utiliza os métodos elétricos, na técnica de SEV com o arranjo Schlumber-
ger de eletrodos, mais especificamente, foi feita uma análise e processamento 1D, devido aos
dados coletados, então foi realizada uma conversão dos dados para a plataforma 2D, visando
a implementação deste dados, visto a eficiência funcionalidade desta plataforma e ajustando
as necessidades atuais.
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CAPÍTULO 1
1.1 Localização
A sede municipal tem altitude de 420 metros e coordenadas geográficas 11o 230 0000 de
latitude sul e 40o 010 0000 de longitude oeste. O acesso a partir de Salvador é efetuado pelas
rodovias pavimentadas BR-324 e BR-116 num percurso total de 268 km (Figura 1.1)
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A área municipal (Pessoa, 1979), faz parte do “polı́gono das secas”, apresentando tipo
climático semi-árido e pluviosidade média anual na faixa de 400 a 800 mm e longos perı́odos
de estiagem. Seus tipos de solo variam de latossolos vermelho-amarelados a planossolos
eutróficos, com trechos de neossolos. A vegetação, em sua maior parte, é formada de caatinga
arbórea aberta (com palmeiras), passando a contato caatinga-floresta estacional. A drenagem
principal está representada pelo rio Itapicuru-Mirim, limitando o norte da área; além do rio
do Peixe, que foi represado para formar o açude de mesmo nome. Predominam na paisagem
municipal as formas topográficas assemelhadas a planaltos de baixas altitudes, constituindo
tabuleiros interioranos.
1.3 Geologia
A Suı́te São José do Jacuı́pe constitui em uma associação de rochas máficas e ul-
tramáficas metamorfizadas, representadas por noritos, gabros, peridotitos e piroxenitos. Cor-
pos granitoides do Proterozóico Inferior compostos de sienitos, granitos e monzonitos, ocor-
rem alojados no Complexo Caraı́bas. Por fim, na parte extremo ocidental da área ocorrem os
terrenos de idade arqueana do Complexo Mairı́ representado por ortognaisses migmatı́ticos
e gnaisses kinzigı́ticos (Melo et al, 1995). A figura 1.2 mostra o mapa geológico da região.
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CAPÍTULO 2
Aspectos Teóricos
O efeito da porosidade na resistividade das rochas foi bastante estudado por Archie
na primeira metade do século passado, resultando em uma fórmula bastante conhecida que
relaciona as resistividades da rocha (ρ) com a da água de formação (ρw ), a saturação em
água (Sw ) e a porosidade (φ) da seguinte forma:
onde a, m e n são constantes. Podemos definir ainda o fator de formação (F) como sendo
ρ/ρw . Como vemos na fórmula 2.1, porosidade e resistividade da rocha são inversamente
proporcionais. O mesmo acontece com saturação e resistividade da rocha (Archie, 1942).
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elétrico. Essa é a razão pela qual a argilosidade aumenta a condutividade das rochas.
ρI
V (r) = (2.2)
2πr
Mede-se a diferença de potencial (∆VM N ) entre dois pontos M e N causado por um
fluxo de corrente (I) transmitida a terra por uma fonte através de dois eletrodos de corrente
A e B, sendo adotado para A (entrada) um sinal positivo e para B (saı́da) um sinal negativo,
conforme ilustra a figura 2.1. Os potenciais em M e N podem ser representados pelas
expressões (2.3) e (2.4).
ρI ρI ρI 1 1
VM = − = − (2.3)
2πAM 2πBM 2π AM BM
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ρI ρI ρI 1 1
VN = − = − (2.4)
2πAN 2πBN 2π AN BN
∆VM N = VM − VN (2.5)
ρI 1 1 1 1
∆VM N = − + − (2.6)
2π AM BM BN AN
Esta expressão pode ser rearrumada para termos o valor da resistividade em função dos
demais parâmetros.
−1
2π∆VM N 1 1 1 1
ρ= − + − (2.7)
I AM BM BN AN
ou
∆VM N
ρ=K (2.8)
I
2π
K= 1 1 1 1
(2.9)
AM
− BM
+ BN
− AN
10
Há uma variedade de arranjos existentes, cada qual possuindo vantagens e desvanta-
gens em relação aos outros. Estas vantagens e desvantagens estão relacionadas a resolução
ou capacidade de discriminação (na vertical e na horizontal), a profundidade de exploração,
a velocidade do levantamento (ou praticidade na aquisição dos dados), ao espaço disponı́vel
para expansão dos eletrodos e as limitações tecnológicas dos equipamentos. Com base nestas
caracterı́sticas e nos objetivos do estudo a ser realizado é que definimos o arranjo a ser utili-
zado no levantamento. Dentre a grande variedade de arranjos existentes, os mais conhecidos
e testados são os seguintes: Schlumberger, Wenner, Dipolo-Dipolo e Polo-Dipolo.
a2
b
K=π − (2.10)
b 4
Substituindo na expressão para ρa :
a2
∆V b
ρa = π − (2.11)
I b 4
11
∞
1 − G1 e−2λZ1
Z
ρ1 I 1
V1 = + Jo (λr)dλ (2.12)
2π r 0 1 + G1 e−2λZ1
1 − ( ρi+1
ρi
)Fi
Gi = (2.13)
1 + ( ρi+1
ρi
)Fi
1 − Gi+1 e−2λhi+1
Fi = (2.14)
1 + Gi+1 e−2λhi+1
Fn−1 = 1 (2.16)
Gn = 0 (2.17)
Z ∞
1 − G1 e−2λZ1
a 1
ρa,S = ρ1 1+ + (a − b/2) − 1 Jo (λ(a − b/2))dλ
b 2 0 1 + G1 e−2λZ1
Z ∞ ! (2.18)
1 − G1 e−2λZ1
a 1
− − (a + b/2) − 1 Jo (λ(a + b/2))dλ
b 2 0 1 + G1 e−2λZ1
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2.5 Inversão
(J T J + uF )d = J T g
onde F = f xf xT + f zf z T
u = fator de amortecimento.
g = vetor discrepância.
Uma vantagem deste método é que o fator de amortecimento e nivelamento dos filtros
podem ser ajustados de acordo com os diferentes tipos de dados.
O modelo 2D usado por este programa divide a área subsuperficial em blocos retan-
gulares (Figura 2.3). O objetivo deste programa é determinar a resistividade dos blocos
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retangulares a partir da resistividade aparente, que produzirão uma pseudoseção que con-
corda com os valores reais. Para Wenner e Schlumberger, a espessura da primeira camada
dos blocos é fixado em 0,5 vezes o espaçamento de eletrodos. Para as matrizes pólo-pólo,
dipolo-dipolo e pólo-dipolo, a espessura é ajustada para cerca de 0,9, 0,3 e 0,6 vezes o
espaçamento entre os eletrodos, respectivamente. A espessura de cada camada subsequente
é normalmente mais profunda cerca de 10%. O método basicamente tenta reduzir a diferença
entre a resistividade aparente e os valores o calculados e medidos, ajustando a resistividade
dos blocos do modelo.
CAPÍTULO 3
3.1 Aquisição
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Figura 3.1: Disposição das SEVs (Sistema Universal Transverso de Mercator - UTM - SAD-
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16
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M= Cargabilidade aparente,
Os valores AB/2 adquiridos foram os seguintes: 1,6; 2,0; 2,5; 3,2; 4,0; 5,0; 8,0; 10,0;
13,0; 16,0; 20,0; 25,0; 32,0; 40,0; 50,0; 80,0; 100,0; 130,0 (metros). Com embrenhagens, que
ocorriam nos AB/2 de 13,0; 16,0; 20,0, fazendo a transição do MN/2 de 0,5 para 5,0. O
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software aceita, para leitura, valores de AB/2, Electrode Spacing, formando uma malha com
crescimento linear por múltiplos inteiros deste espaçamento, isto para o caso de arranjos
especı́ficos, como o Scchlumberger.
3.3 Inversão 1D
Os dados das SEVs foram invertidos através do programa IPI2win (Geoscan-M Ltda).
O IPI2Win é projetado para realizar inversões 1D automáticas em dados de SEVs e/ou
polarização induzida (IP), as curvas de dados são interpretadas ao longo de um único perfil
sem a necessidade de introdução de um modelo inicial, é preciso apenas discriminar o número
mı́nimo de camadas.
Como pode-se observar na figura 3.1, a linha principal foi definida pelas sondagens SEV-
01 até a SEV19. Os dados de resistividades aparentes foram processados utilizando software
IPI2win, distribuı́do pela Geoscan-M Ltda. Através de um sistema semi-automático de ajuste
para a modelagem na forma de camadas planas e horizontais, este software realiza inversões
unidimensionais dos dados de resistividade aparente e polarização induzida. A seguir estão
apresentadas as curvas de resistividade aparente e suas respectivas inversões 1D.
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21
22
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Segundo Sato, 2002 as curvas de resistividade aparente de três camadas são tipificadas
de acordo com a relação entre as resistividades das três camadas. Assim,
25
Com o auxı́lio do software CorelDRAW X6, ao final da inversão 1D, é possı́vel utilizar
os resultados das inversões para traçar uma seção (Figura 3.13), possibilitando uma melhor
visualização.
Ainda na figura 3.1 pode-se localizar a linha secundária que intersecciona a linha prin-
cipal, esta é determinada pelas sondagens, SEV-36, SEV-15, SEV-40, SEV-39, SEV37. A
seguir estão apresentadas as curvas de resistividade aparente e suas respectivas inversões 1D.
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Com os resultados das inversões 1D das 43 SEVs espalhadas pela região de estudo e a
utilização do software Surfer, é possı́vel mapear a profundidade do topo do embasamento, e
plotar imagens, em 2 e 3 dimensões, deste.
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das sondagens neste local. Há ainda uma excelente correspondência deste mapeamento com
as seções das linhas estudadas.
Após uma leitura cuidadosa no tutorial do RES2DINV descobriu-se que Software aceita
uma entrada geral de dados, o Model Boundary General, independente do arranjo, necessi-
tando apenas das coordenadas dos AB/2, MN/2 e dos valores das resistividades aparente.
Esta tornou-se a melhor escolha a ser feita para a implementação dos dados ao programa,
adotando-se um sistema de coordenadas baseado nas distâncias entre as SEVs. Os valores
da implementação dos dados para a linha principal, utilizando o Model Boundary General e
identificando o arranjo é mostrado na figura 3.20.
Onde na primeira linha descreve-se o tı́tulo, e nas demais linhas sucessivamente; Elec-
trode Spacing, modelo de entrada dos dados (Model Boundary General ), arranjo (Schlum-
berger), tipo de medida(0 para resistividade aparente ou 1 para resistência real), número de
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Devido aos valores de AB/2 sofrerem uma grande variação, de 1,6 a 130m, com Electrode
Spacing de 0,4, o software ficou preso a valores de resistividades próximos as sondagens, com
tendência a camadas curvas nos centros das SEVs, dificultando a interpolação lateral. Foi
necessária a eliminação dos pontos referentes aos AB/2 de 1,6; 2,5; 3,2 e 5,0, admitindo o
valor do electrode Spacing de 1,0. Refazendo a análise para o Model Boundary General. A
figura 3.22 mostra os novos resultados:
Nota-se claramente que há uma tendência a horizontalização das camadas. Ainda há
valores pequenos de AB/2, que não podem deixar de ser utilizados, visando investigações
nas camadas mais rasas.
O software também identifica, no dado de entrada, qual o arranjo foi utilizado para
gerar as pseudo-secções e inversões, possibilitando ao processamento uma melhor definição
de sua inversão, a figura 3.23, mostra este resultado.
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Notando a eficiência da exclusão dos pontos de AB/2 (1,6; 2,5; 3,2 e 5,0) nos dados
da linha principal, na secundária, a inversão foi realizada diretamente sem estes pontos, os
resultados para o Model Boundary General sem a informação do arranjos Schulumberger,
são mostrados na figura 3.24 e contendo a informação do arranjo na figura 3.25.
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3.6 Interpretação
As figuras 3.13 e 3.27 representam as interpretações das seções do perfil principal para
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inversão 1D e 2D, respectivamente, um paralelo dos dois perfis é mostrado na figura 3.28 a
seguir.
No lado esquerdo da seção, até aproximadamente a SEV-10 há uma boa concordância
tando do perfil das inversões 1D, como do perfil da inversão 2D, isto mostra que a imple-
mentação dos dados funciona e é eficiente. Já na região entre as SEVs; SEV-10 e SEV-17
há uma discordância nas profundidades das camadas, principalmente nos topos do embasa-
mento, no perfil da inversão 2D é sugerido que o embasamento aflora em 3 pontos da linha,
isto está em total coerência com o mapa geológico, (Figura 1.2) visto no capı́tulo 1 deste
trabalho e que é mostrado mais detalhadamente na figura 3.29, onde são destacadas as lo-
calizações dos centros das SEVs da linha principal. Apesar de ter uma boa representação de
onde estão localizados os altos e baixos do embasamento, o perfil das inversões 1D, mostrou-
se limitado para definir as possı́veis profundidade, principalmente do topo do embasamento,
isto mostra que a implementação dos dados 1D para inversão 2D, não é só funcional e efici-
ente, mas sim, como previsto, ela é melhor que a inversão 1D. No lado direito, referente as
SEVs SEV-18 e SEV-19 volta a haver concordância entre os perfis.
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O mesmo procedimento para delimitação das camadas pode ser feito na seção do perfil
secundário, (Figura 3.24) o resultado é mostrado a seguir.
37
As figuras 3.17 e 3.31 representam as interpretações das seções do perfil secundário para
inversão 1D e 2D, respectivamente, um paralelo dos dois perfis é mostrado na figura 3.31 a
seguir.
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Nesta caso os dois perfis tem uma boa concordância em toda a sua extensão, apesar
de novamente haver uma pequena diferença na profundidade do topo de embasamento, mas
devido a distância entre as SEVs, torna-se muito delicado tirar conclusões definitivas de
uma interpretação referente a outra, visto que no caso 1D, as resposta das resistividades das
inversões, e suas respectivas camadas, são ligadas, sem levar em conta possı́veis varições late-
rais entre as sondagens, já no caso da 2D, as distâncias entre as sondagens, em alguns casos,
chega a ser maior que a maior abertura dos eletrodos AB do arranjo utilizado, isto significa
que existem interpolações realizadas entre distâncias que nem foram realmente investigadas.
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CAPÍTULO 4
Conclusão
Certificamos que os dados de uma aquisição 1D, SEV, com o auxı́lio do software
RES2DINV, podem sofrer uma conversão para utilização na inversão 2D, a implementação
mostrou-se mais eficaz para o modelo de entrada de dados Model Boundary General, mas
existem limitações desta implementação enquanto a distância entre as SEVs, quanto maior a
distância, menor a qualidade do produto da inversão, este problema pode ser agravado se os
valores da abertura dos eletrodos AB sofrerem grandes variações de forma não linear. Para
até 7 interações o software apresentou resultados satisfatórios, o tempo médio gasto para
cada inversão era de 3 horas e o erro, na maioria dos casos, foi menor que 1%.
Recomendo a utilização desta implementação em regiões onde foram feito estudos 1D,
sobre uma nova ótica, 2D, para dados reais de sondagem elétrica vertical com distâncias entre
as SEVs inferiores a metade da maior abertura dos eletrodos AB, ou seja, distância entre
as SEVs deve ser menor que o maior AB/2 da aquisição, caso as sondagens ultrapasse este
limite, indico a intercalação de SEVs de forma a ajustar-se as condições que apresentaram
sucesso, este resultado obteve êxito para o arranjo Schlumberger. Como o trabalho limitou-
se a este arranjo, nada pode-se afirmar sobre outros arranjos. Esta implementação, pode
reduzir custo de uma resposta 2D, já que não haverá necessidade de uma nova investigação
numa região que já foi estudada com SEVs.
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Agradecimentos
Muito grato ao Sr.João José Santos Costa, por toda colaborações desprendida no de-
correr deste trabalho.
Agradeço a minha avó, pais, irmão, tios e primos (Maiquele e Milena, especialmente)
por todo apoio dado em todos os momentos.
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APÊNDICE A
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