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1 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Material de Consulta para os Alunos

3º Tópico – Linguagens de Programação

Linguagem de programação é um conjunto de informações, especialmente desenvolvidas,


utilizadas como meio de comunicação entre a máquina e o usuário.
As linguagens de acesso à programação do CLP são divididas em dois grupos:
Linguagem de Alto Nível e Linguagem de Baixo Nível.

3.1 – Linguagens de alto nível

São linguagens relativamente de fácil compreensão, que não exigem um conhecimento


muito aprofundado em informática. Dentre elas, podemos citar:
Basic → Linguagem evoluída do Fortran e que adota palavras de fácil compreensão de
origem inglesa.

COBOL → Linguagem muito adotada para processar bancos de dados comerciais.

Ladder → Linguagem que tem sua aparência no formato de uma escada, isto é, duas
barras verticais e diversas linhas horizontais.

FBD (Function Block Diagram - Linguagem de Blocos Lógicos) → Linguagem baseada


em representação através dos blocos lógicos digitais e exige um bom conhecimento de
eletrônica digital.

4.2 – Linguagens de baixo nível

São linguagens que exigem do programador um conhecimento mais profundo em


informática. Dentre elas, podemos citar:
Assembly → Linguagem que, basicamente, substitui valores em bits bruto por símbolos
chamados mnemônicos.
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Linguagem de máquina → Linguagem que utiliza os bits (0 e 1), que são limitados pela
capacidade da CPU no computador. Cada 8 bits denominamos de 1 byte; e cada 1.024
byts, de 1 kbyte.

C+ → Inicialmente, foi criada para ser aplicada no sistema operacional UNIX. É uma
linguagem de simples compreensão.

4.3 – Programação em Ladder

Neste tópico vamos demonstrar algumas ferramentas necessárias para a elaboração de


programas em LADDER utilizando o CLP da WEG Clic02 Edit, modelo 10 HR-A.
O primeiro passo é abrir o programa e escolher a opção “Novo programa em Ladder”,
conforme a figura a seguir.

Barra de Menu Fixa

Com isso abrirá a seguinte tela.


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Barra de Ferramentas do
Menu Principal

Barra de Ferramentas
do LADDER
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Vamos iniciar um novo projeto clicando em ARQUIVO>NOVO ou diretamente no ícone da


Barra de Ferramentas do Menu Principal e depois escolha o modelo CLW-02/10HR-A.
Ao abrir a Caixa de Diálogo veremos todas as características do CLP, tais como: tensão
de alimentação, quantidades e tipo de entradas, quantidade e tipos de saídas, etc.
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Ao clicar em OK abrirá a Planilha de Programação em LADDER.

4.3.1 – FUNÇÕES DE INSTRUÇÕES BÁSICAS


Nesta etapa usaremos a “instrução de entrada” e a “instrução de saída”.
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 SAÍDA NORMAL: Ao habilitarmos à entrada a saída será ativada e ao


desabilitarmos, a mesma entrada, a saída será desativada.

Depois de escrever o programa, bastar clicar na tecla RUN na Barra de Ferramentas do


Menu Principal. Ao clicar na tecla 0 do I1 da Caixa de Diálogo do lado esquerdo você
estará habilitando a entrada e, simultaneamente, ativando a carga.
Quando você clicar na tecla X do I1 da Caixa de Diálogo você estará desabilitando a
entrada e, simultaneamente, desativando a carga.
Você poderá ter uma melhor visão rodando o simulador através da seqüência de
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comandos EDIÇÃO>TECLAS DE FUNÇÃO.

Quando você clicar na chave correspondente a entrada I1, ela será habilitada e a saída
Q1 será ativada e quando você clicar novamente na chave I1, a entrada será desabilitada
e a saída Q1 será des
 SAÍDA EM SET/RESET: Ao habilitarmos uma entrada a saída será ativada,
mesmo que você desabilite essa entrada a saída continuará ativada. Você só
poderá desativar essa saída habilitando outra entrada.
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 SAÍDA PULSANTE: Neste caso, sensor deve ser do tipo “sem retenção”. Ao
habilitarmos a entrada a saída será ativada e quando reabilitarmos a mesma
entrada, a saída será desativada.

 CONTATO DIFERENCIAL: Quando habilitamos a entrada, mesmo mantendo


nesse estado, o contato dará apenas um pulso na saída.

 CONTATO MARCADOR, VIRTUAL OU MOMENTÂNEO: É um “relé virtual” quage


apenas dentro do CLP, sendo utilizado para executar diversas tarefas.
No exemplo a seguir, ele está servindo com ele de ligação entre os contatos I3 e
I4, devido ao fato de que em cada linha de programação só posso colocar 3
entradas.
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4.3.2 – INSTRUÇÕES DE APLICAÇÕES

4.3.2.1 – TEMPORIZADORES
Ativam a saídas, após um determinado intervalo de tempo programado, quando a entrada
for habilitada.
Na figura a seguir, temos a janela de acesso aos modos e ajustes dos temporizadores.

 MODO 1 – RETARDO NA ENERGIZAÇÃO: Ativa a saída, após um determinado


intervalo de tempo ajustado pelo usuário, ao habilitarmos a entrada, sendo que o
reset é efetuado pela própria entrada.

 MODO 2 – RETARDO NA ENERGIZAÇÃO COM RESET : Semelhante ao modo 1,


sendo que o reset é executado ao habilitarmos outra entrada.
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 MODO 3 – RETARDO NA DESENERGIZAÇÃO: Ao habilitarmos a entrada a saída


será ativada e quando desabilitamos a entrada, o temporizador será disparado
desativando a entrada após o tempo programado. O reset é executado habilitando
outra entrada.

 MODO 4 – RETARDO NA DESENERGIZAÇÃO NO FLANCO DE SUBIDA: Ao


habilitarmos a entrada, nem a saída e nem o temporizador são ativados. Ao
desabilitarmos a entrada a saída é ativada e, simultaneamente, o temporizador é
disparado, desativando a saída após o tempo programado.
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 MODO 5 – OSCILADOR SIMÉTRIICO: Ao habilitarmos a entrada, o temporizador


ativará e desativará a saída, alternadamente, em tempos simétricos e o reset é
feito na própria entrada.

 MODO 6 – OSCILADOR SIMÉTRICO COM RESET: Idem modo 5 com reset


sendo executado ao habilitarmos outra entrada.

 MODO 7 (6P) – OSCILADOR ASSIMÉTRICO: Ao habilitarmos a entrada o


temporizador ativará e desativará a saída, alternadamente, em tempos diferentes
para a condição “ON-OFF”, com reset na própria entrada.
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4.3.2.2 – RTC (RELÓGIO EM TEMPO REAL)


O CLP pode ativar e desativar as suas saídas em horários pré-definidos pelo usuário,
além de repetir essa programação todos os dias, num determinado dia da semana, num
determinado mês, etc.

 Modo 1 : A saída será acionada todos os dias no intervalo de tempo programado.


Exemplo: Se for programado na terça-feira pra ativar a saída as 08:00 e desativar
as 17:00, repetirá a operação na quarta-feira, na quinta-feira, etc.
Se programar pra ativar na terça-feira as 22:00 e desativar na quarta-feira as
05:00, repetira a operação de quarta-feira pra quinta-feira, de quinta-feira pra
sexta-feira, etc.

 Modo 2: A saída só será ativada no intervalo de tempo programado. Exemplo: Se


for programado pra ativar a saída na terça-feira de 12:00 as 15:00, só na próxima
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terça-feira que a saída será ativada novamente.


Se for programado pra ativar a saída na terça-feira as 20:00 e desativar a saída na
quinta-feira as 07:00, só na próxima terça-feira a saída será novamente ativada.

 Modo 3: A saída será ativada em um determinado dia, mês e ano e desativada em


outro determinado dia, mês e ano. Exemplo: Ativar no dia 17/06/08 e desativar no
dia 23/11/08.
Ativar no dia 07/03/08 e desativar no dia 11/08/09.

 Modo 4: No dia e horário programado, a saída receberá um pulso rápido. Exemplo:


Dar um pulso na saída na quinta-feira, as 22h: 20 min: 30 seg.
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4.3.2.3 – RELÉ DE CONTAGEM


Essa ferramenta ativa a saída quando recebe um determinado números de pulsos na
entrada.

 MODO 1: A saída é ativada quando o contador recebe um determinado número de


pulsos da entrada, sendo que o contador fica travado no valor de ajuste, mesmo se
continuar a receber pulsos de contagem.
Se o contato de ajuste da direção estiver desligado, a contagem será crescente.
Caso contrário, isto é, se estiver ligado, a contagem será decrescente.
O contador será “resetado” através da habilitação de outra entrada.
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 MODO 2: Idem modo 1, só que o contador não trava ao atingir o valor ajustado.

 MODO 3: É similar ao modo 1 exceto que o ultimo pode relembrar o valor após ser
desligado e continuar a contar quando for ligado novamente.

 MODO 4: É similar ao contador modo 2 exceto que o ultimo pode relembrar o valor
gravado após ser desligado e continuar a contagem após ser ligado novamente.

4.4 – Alguns exemplos de programa em Ladder

4.3.1 – ALARME D EPRIMEIRA FALHA


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O objetivo do programa é memorizar a primeira falha dentre três possíveis falhas


existentes no processo.
O funcionamento consiste na idéia de que na entrada da primeira falha as outras duas
linhas serão abertas, ou seja, a primeira que entra inibe a entrada das outras duas falhas
retardatárias. O circuito memoriza a informação através do “selo”. A informação de
primeira falha permanece armazenada até que seja “resetado” o circuito com a
energização do endereço I4.
Observação: as três falhas estão relacionadas respectivamente aos endereços I1, I2 e I3.

4.3.2 – ANUNCIADOR DE ALARMES

O objetivo do programa é sinalizar através do endereço Q4 (sinal sonoro), a existência de


uma falha; qualquer das três falhas poderá disparar o alarme sonoro, este alarme será
reconhecido pelo operador no instante que o endereço de entrada I4 for energizado pelo
botão de reconhecimento.
A variável M2 (bit interno) concentra um “NAND” lógico entre as três falhas em questão e
comunica esta condição a outros pontos do programa.
M1 é a variável que indica a presença do reconhecimento dado pelo operador no instante
do alarme, esta variável apresenta um contato normal fechado em série com o ramo
principal de Q4 (sinal sonoro), a finalidade é desligar o sinal sonoro. A variável M1
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permanecerá verdadeira até que todas as falhas sejam reparadas, então, o sistema irá
retornar ao ponto de partida.
As saídas Q1, Q2 e Q3 são indicações luminosas das falhas ocorridas.

Observação 1: O termo variável verdadeira significa variável com conteúdo igual a “1”,
caracterizando a energização do ponto em questão.
Observação 2: Na ausência de falhas, os endereços dos contatos I1, I2 e I3 estão
normalmente energizados e somente em caso de falha recebem o conteúdo igual a “1”.
Esta estratégia facilita a identificação de um possível mau contato, ou rompimento de
cabo.
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Bibliografia

https://pt.wikipedia.org/wiki/Controlador_l%C3%B3gico_program%C3%A1vel – último
acesso em 08/08/2018 às 16h43min.

https://profrafaelrs.wordpress.com/2012/11/27/arquitetura-do-clp/ - últimoacesso em
08/08/2018 às 16h57min.

http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasivan/AULACLP.pdf - último acesso em 08/08/2018


às 22h20min.

https://slideplayer.com.br/slide/1816683/ - último acesso em 08/08/2018 às 22h55min.

http://www.politecnica.pucrs.br/professores/tergolina/Automacao_e_Controle/APRESENT
ACAO_-_Aula_03_Sensores_Industriais.pdf - último acesso em 20/08/2018 às 14h43min.

https://www.mecanicaindustrial.com.br/374-para-que-servem-os-atuadores/ - último
acesso em 20/08/2018 às 15h14min.

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