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Visita Institucional

Consuelo Szczerepa Lopes


cslopes@mppr.mp.br
O que é?
-Procedimento técnico-operativo a partir do
qual o Assistente Social, por iniciativa
própria ou por solicitação - Promotor(a) de
Justiça – desloca-se até uma instituição
para conhecer a realidade de atendimento
e prestação de serviços a um dado
segmento de uma política pública;

-Análise Institucional/Serviço (Carta de


Serviço);
O que é?
-Uso da observação, coleta de dados,
entrevistas, análises de documentos,
dentre outros;

-O instrumento se coloca a serviço do


usuário e de seus direitos sociais;

-Permite aprofundar o conhecimento da


realidade e desenvolver análise dos
impactos sociais.
Por que fazer?

 Levantar elementos/informações sobre a


realidade institucional (aproximação);
 Análise quantitativa e qualitativa do serviço
ofertado;
 Verificar se o atendimento prestado respeita
os padrões estabelecidos em lei;
 Contribuir na construção de metodologias de
atendimento que respeitem direitos.
Etapas

1 – Planejamento: busca de informações


sobre as motivações da visita, sobre
informações preliminares da mesma,
demandas judiciais;
2 - Condições de realização: agendamento
de veículo, agendamento de dia e horário,
comunicação aos agentes institucionais (a
não comunicação somente nos casos de
inspeção);
Etapas

3 – Realização da visita

O que

Por que CONHECER

Como
Etapas

A realização da Visita Institucional engloba


um conjunto de documentos formais,
pessoas, rotinas, infraestrutura, recursos,
hábitos, cultura local, relação de poder,
perfil do usuário, o não dito, dentre outros.
Etapas
Instrumento da Visita (pontos importantes):

-Identificação (nome, endereço, responsáveis);

-Situação Legal/documentação (Natureza jurídica, Corpo


Bombeiro, VISA, Planos de Trabalho, Inscrição Conselhos);

-Capacidade de Atendimento (público alvo, demanda


reprimida, atende para além da capacidade);

-Recursos Humanos (quantidade, formação, carga horária);


Etapas
-Recursos Materiais (veículo, condições imóvel, dependências
adequadas, acessibilidade, segurança, privacidade);

-Recursos Financeiros (convênios públicos, recursos próprios,


doações);

-Atividades e Serviços Prestados (lazer, cultura,


educacional, física, de saúde, ocupacional, religiosa, sociofamiliar,
comunitárias);

-Articulação de trabalho em rede (há fluxos e protocolos


de atendimento, direito à convivência familiar e comunitária).
Sujeitos Contatados

Na Instituição
 Diretoria
 Equipe profissional
 Usuários
Fora da instituição
 Gestão Municipal
 Conselhos de Direitos e Políticas
Públicas
Relatório da Visita

 Ação profissional + pensamento


analítico

 Análise de documentos e outras fontes


(textos, leis, atas ...)
Relatório da Visita

Partes Constituintes

-Identificação
-Relatório Descritivo
-Considerações Técnicas (análise interpretativa
a partir do referencial teórico)
-Sugestões de Encaminhamentos (por
segmento)
Instituições Visitadas
 Equipamentos Públicos: CRAS, CREAS,
Unidades de Saúde, CAPS, Hospitais,
Escolas;

 Entidades de atendimento e acolhimento para


crianças e adolescentes, pessoas com
deficiência, pessoas idosas, população em
situação de rua, dependentes químicos;

 Cadeias e Penitenciária, CENSE,


Semiliberdade.
Autonomia Profissional

O/a assistente social possui autonomia no seu


exercício profissional, o que significa liberdade
na escolha dos instrumentos a serem utilizados
para o atendimento das demandas
apresentadas, baseando-se nas dimensões
teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-
operativas do Serviço Social.
Em tempos de pandemia

 Em relação ao trabalho do Serviço


Social, as/os profissionais devem decidir
com autonomia (preferencialmente de
forma coletiva) sobre a forma de
atendimento mais adequada em cada
situação, de modo a atender às
orientações, assim como proteger a
saúde do/a profissional e do/a
usuário/a.
Em tempos de pandemia
 Caso decidam por atendimentos por
videoconferência, estes devem ter
caráter absolutamente excepcional,
considerando a particularidade deste
momento.
 Considerar a qualidade do serviço prestado e
a garantia dos preceitos ético-profissionais,
em especial no que se refere ao sigilo
profissional.
(Nota do CFESS sobre o exercício
profissional diante da pandemia do
Coronavírus).
Alternativas a visita institucional
• Entrevistas virtuais ou contatos telefônicos com
profissionais da instituição/serviço, com usuários e
seus familiares, com representantes de outros órgãos
que também acompanhem a instituição/serviço;
• Análise de documentos referentes à
instituição/serviço, tanto aqueles disponibilizados pela
mesma, quanto por outros órgãos fiscalizatórios;
• Análise de dados oficiais disponibilizados em canais
de transparência, quando houver;
• Outros instrumentais que considerar pertinentes.
Referência

- A Dimensão Técnico Operativa do


Serviço Social. Revista Conexão
Geraes. Cress/MG. Nº 3. Ano 2. 2013.
Disponível em:
http://www.cress‐mg.org.br/arquivos/Revi
sta‐3.pdf ;

- CFESS – Conselho Federal de Serviço


Social (org.). O

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