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UNIVERSIDADE LICUNGO
Departamento de Ciências e Tecnologias
Curso: Licenciatura em Informática-4º Ano/Laboral
Cadeira: Estudos Contemporâneos/ Metodologia de Projectos Informáticos

Albertino Moniz
Ambrósio André Atanásio
Danilo Juvêncio Mário
Nelson Uzer

Princípios de Avaliação de um Projecto Informático

Quelimane
2023
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Albertino Moniz
Ambrósio André Atanásio
Danilo Juvêncio Mário
Nelson Uzer

Princípios de Avaliação de um Projecto Informático

Trabalho de carácter avaliativo, a er


entregue no Departamento de Ciências
e Tecnologias da Universidade
Licungo, sub-orientacao do Docente:

Msc. Timóteo Samo

Quelimane

2023

Índice
Introdução...................................................................................................................................4
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Objectivos...................................................................................................................................5

Geral............................................................................................................................................5

Específicos..................................................................................................................................5

Metodologia................................................................................................................................5

Quadro teórico............................................................................................................................6

Princípios de avaliação de um projecto informático...................................................................6

Conceitos básicos.......................................................................................................................6

Avaliação....................................................................................................................................6

Projecto Informático...................................................................................................................6

Princípios de avaliação de um projecto informático...................................................................6

Critérios de avaliação..................................................................................................................7

Avaliar um software....................................................................................................................8

Responsáveis e Artefactos..........................................................................................................8

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia...............................................................................................................................12
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1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa tem como tema Princípios de avaliação de um projecto
informático partindo do ponto de vista de que a avaliação consiste numa procura sistemática
de resposta sobre as intervenções de desenvolvimento e pode ser realizada em diferentes
momentos ao longo do ciclo do projecto. A avaliação pode ainda enfatizar um conjunto de
questões, mas, independentemente de cada questão, implica recolher, analisar, interpretar e
disseminar informação. Destina-se a determinar a relevância e o grau de consecução dos
objectivos, bem como a eficiência, eficácia, impacto e sustentabilidade em termos de
desenvolvimento. Uma avaliação deve fornecer informações credíveis e úteis e, ainda,
permitir que as lições aprendidas sejam incorporadas no processo de decisão dos beneficiários
e dos doadores.
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2. Objectivos

2.1. Geral
 Descrever os Princípios de avaliação de um projecto informático.

2.2. Específicos
 Identificar detalhadamente os passos para avaliação de um projecto informático;
 Distinguir os objectivos centrais da avaliação de um projecto informático.

3. Metodologia
Para a realização deste trabalho usou-se método bibliográfico e o tipo de pesquisa foi
exploratória, onde se buscou usar dos meios para trazer conteúdo dentro de uma perspectiva
objectiva.
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4. Quadro teórico

4.1. Princípios de avaliação de um projecto informático

4.2. Conceitos básicos

Avaliação
Segundo BAMBERGER (2000) Um princípio ou processo de avaliação é compreendido pela
aplicação de actividades sucessivas ou paralelas que geram resultados, conduzidas por um
conjunto de responsáveis. Estas actividades são baseadas em informações fornecidas por estes
responsáveis ou por outras actividades do conjunto, de forma a produzir um sistema
encadeado.

Projecto Informático
Os projectos informáticos são projectos que são feitos num dia ou demoram anos a completar.
Os projectos de tecnologias de informação envolvem a utilização de hardware, software e/ou
redes para criar um produto, serviço ou resultado.

Princípios de avaliação de um projecto informático

Os princípios de avaliação de um projecto informático são:


Ética na avaliação. O sucesso no desempenho das avaliações está ligado à utilização
da abordagem correcta, à selecção de um avaliador competente e dedicado a fazer um
trabalho de forma diligente e a assegurar que os resultados são precisos, úteis e
exequíveis. A conduta ética exige competência no serviço prestado, integridade nas
relações com os detentores de interesse;
Responsabilização no desempenho e resultados apresentados. Princípios gerais a
serem seguidos:
Métodos sistemáticos Elaborar instrumentos de recolha de informação, utilizando
métodos adequados e técnicas apropriadas, demonstrando níveis técnicos elevados;
Validar a informação usando várias medidas e fontes de informação eficazes no
contexto do âmbito da avaliação.
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Competência  Assegurar a formação, capacidades e experiência no âmbito da


equipa de avaliação, necessárias para responder aos requisitos da avaliação, Trabalhar
sempre dentro dos limites da experiência e competência, Esforço contínuo no sentido
de melhorar as capacidades metodológicas; e práticas.
Integridade  Fazer prova inquestionável dos níveis de capacidade e conhecimento,
Informar tão cedo quanto possível de qualquer conflito de interesses existente ou
potencial;
Avisar a Organização de qualquer questão significativa e/ou conclusões que não
estejam directamente relacionadas com os termos de referência. Respeito Garantir o
cárter confidencial da informação e o anonimato.
Adotar as estratégias necessárias para evitar que os avaliadores locais sejam vistos
como críticos da sua sociedade;

Critérios de avaliação
De acordo com o CAD/OCDE, os critérios base de qualquer avaliação são os seguintes:
Relevância – Medida segundo a qual os objectivos de uma intervenção de desenvolvimento
correspondem às expectativas dos beneficiários, às necessidades do país, às prioridades
globais, às políticas dos parceiros e dos doadores. Confere se as actividades e os resultados da
intervenção estão em linha com os programas estabelecidos e correspondem de forma
adequada às necessidades identificadas.
Eficácia – medida segundo a qual os objectivos da intervenção de desenvolvimento foram
atingidos, ou se espera serem alcançados, tendo em consideração a sua importância relativa.
Mede em que medida a ajuda atinge os seus objectivos. É, assim, a relação entre os objectivos
pretendidos e os resultados alcançados.
Eficiência – Medida segundo a qual os recursos são convertidos em resultados da forma mais
económica. Se há uma boa relação custo-benefício. Mede a produtividade da intervenção, no
sentido em que ela será tanto mais eficiente quanto conseguir atingir os seus objectivos ao
menor custo possível.
Impacto – Efeitos a longo prazo, positivos e negativos, primários e secundários, induzidos
por uma intervenção de desenvolvimento, directa ou indirectamente, previstos ou não. Mede
as consequências globais do projecto, programa ou política sobre o contexto em questão.
Sustentabilidade – Continuidade em relação aos benefícios resultantes de uma intervenção
de desenvolvimento, após a sua conclusão. Medir a probabilidade dos benefícios perdurarem
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no longo prazo. Visa saber em que medida os grupos alvo podem e querem apropriar-se dos
resultados dessa intervenção.

Avaliar um software
Significa analisar não só suas características de qualidade técnica.
Segundo Campos (1994 apud FRESCKI, 2008, p. 18) na avaliação de um software
educacional devem ser levados em consideração os seguintes aspectos:
 Funcionalidade
➔ Manutenibilidade: são as características e técnicas de um software, referente à facilidade,
precisão, além da capacidade de ser actualizado de maneira fácil.
➔ Portabilidade: Refere-se à característica das aplicações serem executáveis em diferentes
plataformas.
➔ Operacionalidade: Relacionado a possibilidade do usuário operar e controlar o software.
➔ Eficiência: tempo de execução e os recursos envolvidos são compatíveis com o nível de
desempenho do software.
 Confiabilidade conceitual
➔ Integridade: Referente a precisão das informações e ao grau de segurança e protecção
delas.
➔ Robustez: É a capacidade do software funcionar mesmo em condições anormais.
➔ Adequabilidade: O conjunto de funcionalidades deve ser adequado às necessidades do
usuário.
➔ Adequação ao ambiente: O conjunto de conteúdos deve ser adequado ao contexto no qual
o aluno está inserido.

Responsáveis e Artefactos
Três entidades parcitipam do processo de avaliação como responsáveis, são eles:
requisitante, coordenador da avaliação e especialista.
O requisitante é o cliente que solicita a avaliação de um determinado produto de software.
Este requisitante pode ser, por exemplo, um indivíduo ou organização que planeja
desenvolver um novo produto de software ou melhorar um produto existente; ou uma entidade
que pretende adquirir ou reutilizar um produto de software existente, previamente
desenvolvido. A aplicação do processo de avaliação irá oferecer ao requisitante como produto
final uma visão geral do grau de qualidade de um sistema sob o ponto de vista da
característica Funcionalidade e suas sub-características descritas no tópico anterior.
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O coordenador da avaliação é o indivíduo responsável por gerenciar a execução do processo


de avaliação. Além de actuar como interface entre o requisitante e o especialista, o
coordenador da avaliação realiza os ajustes necessários para instanciação do processo dado o
produto de software a ser avaliado e o domínio de aplicação específico ao qual o software se
relaciona.
Por sua vez, o especialista é um indivíduo que possui conhecimento do negócio onde o
software encontra-se inserido. O especialista deve possuir experiência na realização de
actividades ligadas ao domínio da aplicação e conhecer as normas e os padrões que actuam
neste domínio.
Em cada actividade do processo de avaliação, informações são fornecidas como entrada e
produzidas como saída. Estas informações devem estar documentadas em artefactos, descritos
a seguir:
Solicitação de Avaliação de Produto – Documento com informações do requisitante
e do produto a ser avaliado, assim como descrição de suas principais funcionalidades.
Também devem estar contidos os objectivos e requisitos de avaliação, além dos
documentos a serem fornecidos para a avaliação.
Especificação de Requisitos de Software – Documento de requisitos do software que
descreve as funcionalidades que o sistema oferece para atender as necessidades
explícitas identificadas.
Documentação do Usuário – Artefacto que descreve como é dada a utilização do
sistema, como, por exemplo, manual do usuário, página de ajuda na Internet ou
mecanismo de ajuda em tempo real.
Questionário para Entrevista com Especialista – Modelo com algumas perguntas-
padrão e outras que serão adicionadas dependendo das características do produto. As
perguntas do questionário são elaboradas com o objectivo de captar o perfil e o grau
de proficiência do especialista para a tarefa ou actividade na qual o sistema deve ser
usado.
Normas e Padrões da Área do Produto – Listagem de normas e padrões da área do
produto. Estes documentos devem servir de apoio ao especialista em suas actividades
de avaliação e fornecer ao Compromisso do coordenador da avaliação uma base de
informações sobre o domínio de aplicação.
Termo de Especialista – Contrato de sigilo e não divulgação do processo de
avaliação, dos resultados da análise e de informações do produto avaliado.
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Programa Executável – Versão executável do software no qual será efectuada a


avaliação.
Modelo de Relatório do Especialista – Modelo de como deverá ser formatado o
relatório produzido pelo especialista e quais informações o mesmo deve conter.
Plano de Avaliação – Documento composto dos requisitos da avaliação, da descrição
do porte do produto, da definição dos componentes avaliados, das métricas a serem
colectadas, dos métodos de avaliação a serem utilizados, dos recursos necessários, do
cronograma de acções a serem realizadas e do orçamento do processo de avaliação.
Relatório de Avaliação do Especialista – Documento contendo o resultado da
avaliação do especialista e suas observações.
Relatório Final de Avaliação – Documento que contempla os resultados da avaliação
do especialista juntamente com os dados de acompanhamento da avaliação.
A produção ou fornecimento de tais artefactos deve ser dado pelas entidades
participantes da avaliação. A Tabela a baixo, relaciona os artefactos acima descritos a seus
respectivos responsáveis:
Artefacto Responsável
Solicitação de Avaliação de Produto Requisitante
Especificação de Requisitos de Software Requisitante
Documentação do Usuário Requisitante
Questionário para Entrevista com Especialista Coordenador da Avaliação
Normas e Padrões da Área do Produto Especialista
Termo de Compromisso do Especialista Especialista
Modelo de Relatório do Especialista Coordenador da Avaliação
Programa Executável Requisitante
Plano de Avaliação Coordenador da Avaliação e Especialista
Relatório de Avaliação do Especialista Coordenador da Avaliação e Especialista
Relatório Final de Avaliação Coordenador da Avaliação

5. Conclusão
Conclusivamente notamos que os princípios de avaliação de um projecto informático ou
processo de avaliação são compreendidos pela aplicação de actividades sucessivas ou
paralelas que geram resultados, conduzidas por um conjunto de responsáveis. Estas
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actividades são baseadas em informações fornecidas por estes responsáveis ou por outras
actividades do conjunto, de forma a produzir um sistema encadeado. O resultado de uma
actividade consiste em informações que podem compor o resultado final do processo de
avaliação e que também podem ser utilizados por outras actividades do processo.

6. Bibliografia
http://ec.europa.eu/europeaid/evaluation/methodology/egeval/methods/mth_obs_en.htm
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https://www.unfpa.org/webdav/site/global/shared/documents/Evaluation_branch/Methodolog
y%20%20September%202013/Handbook%20entire%20document%20final%2011.29.2013pd
http://www.civicus.org/new/media/Monitoring%20and%20Evaluation.pdf
BAMBERGER, M., 2000, Integrating quantitative and qualitative research in development
projects, World Bank, Washington.
BANCO MUNDIAL, 1999, Impact evaluation; a note on concepts and methods.
http://ciatlibrary.ciat.cgiar.org/paper_pobreza/082.pdf
BANCO MUNDIAL, 2000, Evaluating the impact of development projects on poverty – a
handbook for practitioners.
http://siteresources.worldbank.org/INTISPMA/Resources/handbook.pdf
BANCO MUNDIAL, 2001, International program for development evaluation training
(IPDET) – Modules 1 – 12. BANCO MUNDIAL, 2002, A user´s guide to poverty and social
impact analysis.

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