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Capítulo 4 ................108
Módulo 13 ............ 116
AT
Capítulo 5 ................122
222 Módulo 14 ...........135
M
Módulo 15 ...........140
a
Módulo 16 ...........144
S
C
SO
FÍ
S
RE
FOOTTOO/SHUTTERSTOCK
Neste tópico, aplicaremos as leis de Newton aos movi- à massa, ao quadrado da velocidade escalar e inversamente
mentos circulares, especialmente os circulares e uniformes proporcional ao raio da trajetória.
221
sempre para o centro da trajetória. velocidade (v) em metros por segundo (m/s);
Nessas condições, a força resultante é perpendicular ao raio (R) em metros (m).
vetor velocidade e recebe o nome de força centrípeta (FFC). Lembrando da segunda lei de Newton, em que FR = m ⋅ a,
e comparando com a equação da força centrípeta, Fc = m· v ,
2
Centro da curva
R
podemos perceber que o termo v corresponde à acelera-
2
R
ção escalar, que será denominada aceleração centrípeta.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
ac
Fc = m· v
2
R
Fc v
No setor 222, módulo 15, aprofundaremos o nosso co-
nhecimento sobre essa aceleração.
A força centrípeta não é uma das quatro forças fundamentais Sobre as quatro forças fundamentais
da natureza. Ela é simplesmente o nome dado a qualquer força da natureza, leia:
ou resultante de forças que estejam apontadas para um ponto Acesse: <http://www.if.ufrgs.br/tex/
fixo no centro de uma curva. Várias forças podem ser chamadas fis01043/20032/Humberto/index.html>.
de força centrípeta: a tração em um fio, a força gravitacional,
a força magnética, a força elétrica, a força de atrito etc.
110
Nas curvas, com velocidade constante, a resultante das forças no carro aponta para o centro da curva.
Vamos dividir o estudo da dinâmica das trajetórias curvas em três partes: curvas horizontais, curvas sobrelevadas e curvas
EMI-15-10
verticais.
ALEX_PO / SHUTTERSTOCK
4
Na figura, temos uma representação esquemática das
forças que agem em um automóvel, descrevendo um movi-
221
mento circular com velocidade de módulo constante em uma
curva plana (a parte de fora da curva está no mesmo nível da
parte de dentro).
Física
fa
R
P
Em uma curva plana, a força de atrito aponta para o centro da curva.
111
R
Sendo N = P = m ⋅ g, temos: T
v 2 FR R
m· máx.
= µe ⋅ m ⋅ g ⇒ v máx. = µe ·R·g
R
P
Vejamos mais dois exemplos: Na figura, temos a ilustra-
ção de um corpo preso por um fio, descrevendo uma trajetória
circular na horizontal, de raio R, com velocidade constante, A resultante das forças peso e tração aponta para o centro da curva.
sobre uma mesa.
Observe, no triângulo de forças, que: LIVRO DO PROFESSOR
T
R θ
Fio T P
FR
FR
⇒ Fc = P ⋅ tg θ ⇒ m ⋅ v = m ⋅ g ⋅ tg θ
2
As forças peso e normal foram omitidas, pois elas se equilibram. tg θ =
P R
Desprezando-se o atrito entre o corpo e a mesa, a força de A velocidade v com que o corpo de massa m gira na traje-
tração no fio é a força centrípeta. Assim, temos: tória circular é dada por:
T = Fc ⇒ T = m ⋅ v
2
EMI-15-10
R v = R·g·tg θ
F
Física
B. Curvas sobrelevadas R
θ
Numa curva sobrelevada, em que a parte de fora da curva
é mais alta que a parte de dentro, é possível um carro efetuar P
a curva independentemente do atrito estático, fundamental
no caso da curva plana. Observe, no triângulo de forças, que:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
θ P
m·
R g·tg θ
P N
APRENDER SEMPRE 17
FR 01.
FR Um carro deve fazer uma curva de 200 m de raio, sem
v2
tg θ = ⇒ Fc = P ⋅ tg θ ⇒ m ⋅ = m ⋅ g ⋅ tg θ derrapar, a uma velocidade máxima de 90 km/h (25 m/s).
P R
Considere g = 10 m/s² e tg 17º = 0,31.
A velocidade v com que o carro descreve a curva, sem de- a. Sendo a pista horizontal (pista plana), determine
LIVRO DO PROFESSOR
Resolução
a. Para uma pista horizontal, o coeficiente de atrito es-
tático é obtido na expressão:
vmáx. = µe ·R·g ⇒ (25)² = µe ⋅ 200 ⋅ 10 ⇒ µe = 0,31
b. Para uma pista sobrelevada, o ângulo de inclinação
é obtido na relação:
v = R·g·tg θ ⇒ (25)² = 200 ⋅ 10 ⋅ tg θ ⇒ tg θ = 0,31
EMI-15-10
4
Vamos iniciar com o pêndulo simples, no qual um corpo
de massa m, preso por um fio de comprimento L, descreve
(
T = m· v + g
2
)
221
uma curva oscilando verticalmente sob a ação da aceleração L
da gravidade, conforme mostra a figura.
PATRICIA HOFMEESTER/123RF
g
Física
R
v
m
FR
Fc = T − P ⇒ m ⋅ v = T − m ⋅ g
2
Com um pêndulo simples, Foucault
L comprovou a rotação da Terra.
113
Vejamos, agora, as valetas e as lombadas.
NAYLOR OLIVEIRA
LIVRO DO PROFESSOR
Nas ruas e nas estradas, as valetas e as lombadas funcionam como redutores de velocidade. Na figura seguinte, temos a ilus-
tração de um carro passando por uma valeta (ponto B) e por uma lombada (ponto C). Ambas são arcos de circunferência de raio R .
R C
A
R
B
EMI-15-10
Nas valetas e nas lombadas, a força resultante sobre o veículo não é nula.
trajetória curva. Assim, a resultante das forças que agem globo da morte consiste em uma gaiola de forma esférica,
sobre ele é diferente de zero, aponta para o centro da curva no interior da qual uma pessoa pilotando uma moto realiza
221
FR
P
R
m· g + v
Fc = NB − P ⇒ m · v = NB − m ⋅ g ⇒ NB = m
R
2
R( 2
)
Ponto C:
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
NC
ac
P No ponto mais alto da trajetória, as forças peso e normal
são orientadas verticalmente para baixo, e a força centrípeta é
( )
dada por:
m· g – v
2
Fc = P − NC ⇒ m · v = m ⋅ g − NC ⇒ NC = m
2
FC = P + N ⇒ m · v = m ⋅ g + N
2
R R R
Quanto menor a velocidade da moto, menor a intensidade
Nas lombadas, dependendo do módulo da velocidade, da força normal. Para uma velocidade mínima (vmín.), a moto
existe a possibilidade de o veículo perder o contato com o deve passar pelo ponto mais alto sem trocar forças com a pis-
piso. Se isso acontecer, a força normal é zero e a velocidade ta, ou seja, a força normal será zero. Fazendo N = 0 na expres-
do veículo é dada por: são anterior, obtemos a velocidade mínima:
v2 v 2mín.
114
APRENDER SEMPRE 18
01.
A massa de um piloto e sua moto é igual a 120 kg. Eles giram em um círculo vertical, dentro de uma gaiola esférica de raio
LIVRO DO PROFESSOR
5,0 m, e passam pelo ponto mais alto com velocidade de 36 km/h (10 m/s). Considere g = 10 m/s².
a. Calcule a intensidade da força com que a moto pressiona a parede da gaiola, no ponto mais alto da trajetória.
b. Qual é a velocidade mínima com que a moto pode passar pelo ponto mais alto da trajetória sem cair?
Resolução
a. No ponto mais alto da trajetória, a intensidade da força normal (força de contato entre a moto e a parede da gaiola) é
dada por:
v2
m· = m·g + N → N = m· v –g
R R
2
( )
N = 120· (
10
5
2
)
–10 ⇒ N = 1 200N
221
da curva, a força seria de 5 400 N, ou seja, 9 vezes o seu
MARCIO JOSE BASTOS SILVA / SHUTTERSTOCK
R1
Física
R2
2. Organizador gráfico
A. Aplicações das leis de Newton
115
Aplicações das
leis de Newton
LIVRO DO PROFESSOR
Trajetórias Trajetórias
retilíneas curvilíneas
Elevadores
Curvas verticais
Plano inclinado
EMI-15-10
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Exercícios de Aplicação
01. 02.
Um corpo de massa 10 kg descreve uma trajetória circu- Um carro de 1 000 kg de massa descreve uma curva
Física
lar de raio 2,0 m com velocidade constante de 5,0 m/s. A esse num plano horizontal com velocidade constante de 72 km/h
respeito, julgue as afirmativas a seguir. (20 m/s). O trecho AB, mostrado na figura, é uma vista de cima
I. De acordo com a 1a lei de Newton, a resultante das for- de um arco circular de raio 100 m.
ças que agem nesse corpo é nula, pois a velocidade é
constante. A
II. A intensidade da força centrípeta sobre o corpo é 125 N.
III. O vetor velocidade do corpo é constante.
a. Somente I é correta.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
b. Somente II é correta.
c. I, II e III são corretas.
d. Somente I e II são corretas.
B
e. Somente II e III são corretas.
Resolução
Analisando as afirmativas, temos: Para o trajeto AB, determine:
I. Incorreta. Sendo a trajetória curva, existe força resul- a. as forças que agem no carro nesse trecho;
tante diferente de zero: força centrípeta. b. o módulo da resultante das forças no carro.
m·v 2 10·(5)2
II. Correta. FC = = → FC = 125 N Resolução
R 2
a. As forças que agem no carro são: peso, normal e de
III. Incorreta. O vetor velocidade é variável na direção e no atrito. As forças peso e normal se equilibram e a força
sentido. de atrito é a força centrípeta do movimento.
Alternativa correta: B m·v 2 1000·(20)2
b. FC = = ⇒ FC = 4 000 N
R 100
116
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-10
4
Na Fórmula Indy, utilizam-se circuitos ovais com pistas O raio de curvatura para que o veículo faça a curva com
superelevadas, isto é: inclinadas por um certo ângulo θ com velocidade de 360 km/h = 100 m/s, sem depender do atrito,
deve ser:
221
relação à horizontal. Esta geometria garante que, para uma
curva com determinado raio de curvatura Rc, exista uma velo- v = R· g·tg 30°
cidade máxima de segurança vmáx. com a qual um veículo não v2
Rc =
desgarra do asfalto, mesmo que seus pneus percam o atrito g·tg 30°
com a pista. Admitindo que, em certo ponto da pista onde 1002
Rc =
os veículos podem atingir vmáx. = 360 km/h, a inclinação seja 10·0,58
θ = 30°, qual será a melhor aproximação para o raio de curva- Rc = 1 724 m
Física
tura Rc associado a esta região? Admita g = 10 m/s2.
a. Rc = 577 m Alternativa correta: D
b. Rc = 1 154 m Habilidade
c. Rc = 1 414 m Prever e avaliar situações, utilizando as leis de Newton,
d. Rc = 1 732 m que envolvam movimentos circulares.
e. Rc = 2 000 m
117
gravidade.
A C
v
R B
Neste módulo, que trata das aplicações das leis de New- Existem alguns aplicativos para celulares que, em forma-
ton às trajetórias curvas, demos ênfase às trajetórias circu- to de games, servem para colocar em prática os conhecimen-
lares com velocidade constante em módulo (MCU). Destaca- tos sobre a dinâmica do movimento circular.
mos os seguintes pontos básicos: Nesses games, os alunos devem construir e testar suas
Em todos os casos tratados, deve haver uma força resul- montanhas-russas.
tante − força centrípeta − orientada para o centro da trajetória. Crazy Roller Coaster.
Física
EMI-15-10
4
Da teoria, leia o tópico 1. 09. UEA-AM
221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Um carro pode fazer uma curva plana e horizontal segun-
do os dois traçados mostrados na figura, vistos de cima. Os
dois traçados são arcos de circunferência, sendo que, no tra-
06. Fuvest-SP çado 2, o raio de curvatura é quatro vezes o raio de curvatura
O pêndulo de um relógio é constituído por uma haste rígi- do traçado 1.
da com um disco de metal preso em uma de suas extremi-
dades. O disco oscila entre as posições A e C, enquanto a outra Traçado 1
Física
extremidade da haste permanece imóvel no ponto P. A figura
a seguir ilustra o sistema. A força resultante que atua no disco
quando ele passa por B, com a haste na direção vertical, é:
P Traçado 2
119
em desenvolver veículos espaciais com o objetivo de
promover o turismo espacial. Nesse caso, um foguete
07. FGV-SP modificado impulsiona o veículo de modo que ele entre em órbita ao
Em um dia muito chuvoso, um automóvel, de massa m, redor da Terra. Admitindo-se que o movimento orbital é
trafega por um trecho horizontal e circular de raio R. Prevendo circular e uniforme em um referencial fixo na Terra, julgue as
situações como essa, em que o atrito dos pneus com a pis- afirmativas a seguir e dê como resposta a soma dos números
ta praticamente desaparece, a pista é construída com uma correspondentes às corretas.
sobrelevação externa de um ângulo α, como mostra a figura. 01. Em órbita, o peso de cada passageiro é nulo.
A aceleração da gravidade no local é g. 02. Uma força centrífuga atua sobre cada passageiro, for-
mando um par ação-reação com a força centrípeta.
Carro visto
04. O peso de cada passageiro atua como força centrí- LIVRO DO PROFESSOR
de frente
R
peta. Por isso, o passageiro é acelerado para o cen-
tro da Terra.
Pista
08. A aceleração de cada passageiro é nula, pois o mo-
vimento é uniforme.
16. A força centrípeta altera o vetor velocidade de cada
passageiro.
α
11.
a. Quais as forças que agem no carro nas condições dadas? Um automóvel de massa 1 200 kg passa pelo ponto mais
b. Explique como as forças que agem no carro alteram alto de uma lombada com velocidade de 36 km/h (10 m/s).
a velocidade dele. Sabendo-se que o formato da lombada é um arco de circunfe-
rência de raio 120 m e que g = 10 m/s², determine, no ponto
08. de altura máxima:
Um carro percorre uma curva de raio 100 m, com veloci- a. o módulo da força resultante no carro;
EMI-15-10
dade 20 m/s. Sendo a massa do carro 900 kg, calcule a inten- b. o módulo da força de compressão que o carro exerce
sidade da força centrípeta. sobre o piso da lombada.
Nos parques de diversões, o chapéu mexicano é uma es- Um veículo qualquer recebe o nome de camionete quan-
pécie de carrossel onde as pessoas descrevem movimentos do o compartimento de carga se encontra separado do local
221
circulares uniformes (MCU) sentadas em cadeiras suspensas em que ficam os passageiros e a carga total no compartimen-
por cordas, presas numa roda que gira horizontalmente, como to não pode passar de 3,5 toneladas. Imagine que um veículo
mostra a figura. camionete de 0,8 tonelada esteja carregando a carga máxi-
ma e com 3 passageiros que, juntos, pesam 0,2 tonelada.
Quando esse veículo passa por uma depressão na estrada
de raio 100 m como mostra a figura a seguir, com velocidade
de 72 km/h, a força de reação, em N, da estrada sobre o veí-
Física
culo corresponde a:
R = 100 m
LEONARD ZHUKOVSKY/SHUTTERSTOCK
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
a. 1,8 · 104
b. 4,5 · 104
Disponível em: <www.correiodeuberlandia.com.br>. c. 5,4 · 104
d. 6,3 · 104
Durante o MCU, o esquema das forças atuantes em um e. 7,3 · 104
dos trechos sobre cada pessoa, considerada um ponto mate-
rial e desprezada a resistência do ar, é o da alternativa: 14. UEA-AM
a. T O macaco-barrigudo é um primata encontrado na floresta
amazônica, principalmente na parte inundada da floresta, ao
norte dos rios Negro e Solimões. A figura mostra um desses
macacos, com 10 kg, brincando pendurado em um cipó inex-
P tensível preso a um galho, descrevendo uma circunferência
120
P
θ
c. T
F
LIVRO DO PROFESSOR
15. Mackenzie-SP
P No trecho de estrada ilustrado, a curva pontilhada é
um arco circular e o raio da circunferência que o contém
e. T mede 500 m. A placa sinaliza que a velocidade máxima
permitida, ao longo dessa linha, é 90 km/h. Considerando
F
a segurança da estrada e admitindo-se que essa veloci-
dade máxima possa ocorrer independentemente do atri-
EMI-15-10
4
ximadamente: interna e 24,0 m na parte externa. A circunferência da pista
varia de 113,1 m na parte interna e 150,8 na parte externa.
221
Admita que a massa do conjunto bicicleta + atleta é de 80 kg.
(Dados: sen 45° = cos 45 ° = 0,7; tan 45° = 1,0)
REPRODUÇÃO
Física
θ
121
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-10
Desde que a primeira embarcação foi construída há mais de 10 000 anos, o transporte marítimo tem sido fun-
damental para a indústria e o comércio em todo o mundo.
Apesar de avanços no transporte aéreo e comunicações, as embarcações ainda representam um papel essen-
cial na economia global.
Atualmente, o volume de carga seca mundial é transportado via navios de carga – com o carregamento de con-
têineres de aço de 12 metros de comprimento e 4 metros de altura.
Construído para carregar 4 000 contêineres, o OOCL Shenzhen, de Hong Kong facilmente recebe o título de
maior meio de transporte já construído. Com 323 metros de comprimento, ele é apenas um metro menor do que a Torre
Eiffel em Paris. Pesando 100 000 toneladas, o motor do Shenzhen é mil vezes mais poderoso do que o motor de um carro de
família. Sua hélice, de 85 toneladas, gira a 200 rpm – 20 a 30 vezes mais lento do que um motor de carro. Ele administra uma
velocidade máxima de 25 nós (46,5 km/h) com total capacidade.
De acordo com Hinrichs e Kleinbach, a energia é um dos principais constituintes da sociedade mo-
derna. Ela é necessária para se criar bens a partir dos recursos naturais e para fornecer muitos dos servi-
ços dos quais temos nos beneficiado. O desenvolvimento econômico e os altos padrões de vida são pro-
cessos complexos que compartilham um denominador comum: a disponibilidade de um abastecimento
adequado e confiável de energia. A modernização do Ocidente, passando de uma sociedade rural para
Física
outra, urbana e rica, foi possível pela utilização de tecnologia moderna baseada em uma ampla série de
avanços científicos energizados por combustíveis fósseis. Eventos políticos, começando com o embargo
do petróleo em 1973 e continuando com a Revolução Iraniana de 1979 e a Guerra do Golfo Pérsico de
1991, fizeram com que muitas pessoas passassem a atentar para o quanto a energia é crucial para o fun-
cionamento cotidiano de nossa sociedade. As longas filas para comprar gasolina e os frios invernos com
racionamento de gás natural na década de 1970 ainda são memórias tristes para algumas pessoas. As
crises energéticas dos anos 1970 foram quase completamente esquecidas na década de 1980. Contudo,
aquela década trouxe uma crescente preocupação com o nosso ambiente. Inquietações relacionadas
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
com o aquecimento global, a chuva ácida e os resíduos radioativos ainda nos perseguem hoje em dia, e
cada um desses temas está relacionado com a forma como usamos a energia.
HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin. Energia e meio ambiente. Tradução da 3a edição norte-americana. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003, p. 1.
Atualmente, a nossa dependência de energia é muito Julius R. Mayer (1814-1878) e James P. Joule (1818-1889),
grande. Quase tudo o que fazemos envolve ou está relaciona- ficou estabelecido, na década de 1850, um dos princípios fun-
do à energia. Atividades como acender uma lâmpada, tomar damentais da Física, o princípio da conservação da energia:
um banho, fazer um café, utilizar uma condução para a escola a energia não pode ser criada nem destruída, apenas trans-
ou para o trabalho são apenas alguns aspectos do nosso coti- formada.
diano que dependem de energia.
MUZHIK / SHUTTERSTOCK
Ao longo da história, o homem vem cada vez mais utilizando
energia. Até o século XIX, o consumo praticamente se manteve
constante, mas, a partir do século XX, o consumo de energia cres-
ceu exponencialmente, conforme mostra o gráfico seguinte.
124
TWh
Consumo de energia
900 – 950
690
I IX XIX
2. Fontes de energia
19
19
19 0
1965
20 5
LIVRO DO PROFESSOR
00
7
00
ca de novas fontes de energia, em especial aquelas que não As plantas utilizam luz solar, água e gás carbônico para produzir
afetam o meio ambiente. Graças aos trabalhos de físicos como glicose e gás oxigênio, no processo denominado fotossíntese.
5
chega à Terra deve ser igual àquela que sai da Terra para que a temperatura do nosso planeta permaneça constante. Se chega
mais energia do que sai, temos um aquecimento global; se sai mais energia do que chega, temos um resfriamento do planeta.
221
Nessas condições, é importante não poluir o ar para que esse equilíbrio seja mantido. Pesquisas efetuadas por diversos
cientistas indicam que estamos passando por um "ligeiro" aquecimento global.
Vejamos, então, as principais fontes de energia disponíveis:
a. Sol – Fonte de energia limpa que deve durar mais alguns bilhões de anos. Em nosso país, vem crescendo muito o aproveitamen-
to da energia solar para aquecimento da água utilizada nas residências por meio de placas coletoras, conforme mostra a figura.
Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Casa com placas de captação de energia solar, pode ser usada para gerar eletricidade ou aquecer diretamente a água em reservatórios.
125
De acordo com a figura seguinte, que mostra a repartição da oferta interna de energia no Brasil em 2011 e classificadas em fon-
tes renováveis e não renováveis, ainda continuamos dependentes do petróleo e seus derivados que perfazem um total de 38,6%.
LIVRO DO PROFESSOR
5
Leia o texto sobre energia eólica.
221
Acesse: <http://planetasustentavel.abril.
com.br/noticia/desenvolvimento/problemas-
energias-limpas-eolica-solar-636269.shtml>.
A. Formas de energia
A energia pode ser encontrada em diversas formas:
mecânica, elétrica, térmica, luminosa, química, sonora etc.
Física
Essas diferentes modalidades de energia são intercambiá-
veis, isto é, podem ser transformadas de um tipo a outro, de
acordo com o princípio da conservação da energia.
A energia mecânica, tema que será desenvolvido neste
capítulo, pode ser subdividida em cinética e potencial.
A energia cinética é a energia associada ao movimento
de um corpo. Dizemos, então, que todo corpo em movimento
possui energia, denominada energia cinética.
YURAZAGA/SHUTTERSTOCK
A energia cinética de um corpo depende da
massa e da velocidade desse corpo.
127
dado momento, pode ser utilizada para a produção de movi-
mento, ou seja, é transformada, no todo ou em parte, em ener-
gia cinética.
Basicamente, podemos armazenar energia mecânica na
forma de energia potencial de duas formas:
1. utilizando o campo gravitacional da Terra. Nessas con-
dições, todo corpo que se encontra a uma altura h aci- Capacitores usados para armazenar energia elétrica.
ma do solo possui energia potencial gravitacional em
relação ao solo (figura A); Outra forma de energia potencial muito utilizada é a
2. utilizando as deformações produzidas em corpos química, ela pode ser encontrada na biomassa, no petróleo,
elásticos. Neste caso, temos energia potencial elásti- nas pilhas ou baterias etc. LIVRO DO PROFESSOR
ca (figura B).
ENRICO MARONE / PULSAR IMAGENS
PAUL BRENNAN / SHUTTERSTOCK
energia potencial gravitacional e, à medida que eles descem, eles No Brasil, cresce cada vez mais a extração submarina de
transformam parte dessa energia potencial em energia cinética. petróleo, do qual se obtém, por exemplo, a gasolina.
Acesse: <http://www.megacurioso.com.br/
polemica/22027-o-que-queima-mais-calorias-
fazer-sexo-lavar-a-louca-ou-subir-escadas-.htm>.
za denominada trabalho.
O trabalho ( ) está
sempre associado a uma força (F ) e
As moléculas orgânicas da cana (biomassa) podem a um deslocamento (d). Vamos tratar de dois casos: o traba-
ser usadas na produção de etanol e açúcar. lho realizado por uma força constante e o trabalho realizado
por uma força de módulo variável.
SIRIKORN TECHATRAIBHOP / SHUTTERSTOCK
Todas as substâncias são constituídas de átomos, que, Ao puxar o trenó, os cachorros aplicam forças que realizam trabalho.
em muitas situações, formam moléculas. Em todas as fases
da matéria, sólida, líquida ou gasosa, os átomos estão em A. Trabalho de uma força constante
movimento, o que caracteriza uma agitação térmica. A essa Para que haja realização de trabalho sobre um corpo, é ne-
agitação térmica associamos uma energia térmica, caracte- cessário que, sobre ele, atue uma força ao longo de um des-
rística de todas as substâncias. locamento e que essa força tenha participação efetiva nesse
128
Um beijo romântico rápido queima entre uma e três calorias pois cos 90º = 0. Neste caso, a força não provoca variação de
e um beijo de um minuto pode gastar até 26 calorias. energia do corpo.
5
(N), deslocamento em metro (m) e trabalho em joule (J).
F
221
F
d F d d
Física
B. Trabalho de uma força variável
Suponha que na, figura anterior, do homem puxando o carrinho com a criança, a intensidade da força variasse ao longo do
deslocamento, conforme a figura seguinte:
F
Nessas condições, não podemos utilizar a expressão F ⋅ cos θ ⋅ d para o cálculo do trabalho, pois o valor de F varia.
O método utilizado para o cálculo do trabalho é o método gráfico. O trabalho é, numericamente, igual à área da figura, confor-
me ilustrado acima. Assim, temos:
T =N Área
O valor da área de uma figura qualquer (retângulo, triângulo, trapézio etc.) é sempre positivo, mas o trabalho pode ser nega-
tivo. Neste caso, a representação gráfica da intensidade da força em função do deslocamento utiliza o IVo quadrante, conforme
figura.
129
0 d
Neste caso, o trabalho da força será numericamente igual ao valor da área da figura, porém com o sinal negativo.
C. Trabalho resultante
Vamos considerar que, durante o deslocamento de um corpo, agem simultaneamente sobre ele diversas forças, como mos-
tra a figura a seguir.
LIVRO DO PROFESSOR
F1 F2
F3 d
F4
Corpo em movimento sob a ação de quatro forças.
Observe que as forças F2 e F3 atuam a favor do deslocamento e realizam trabalho motor; a força F1 atua contra o desloca-
mento e realiza trabalho resistente, e a força F4 não realiza trabalho, pois é perpendicular ao deslocamento.
Para o cálculo do trabalho resultante das quatro forças, temos duas opções:
• Calculamos a força resultante e aplicamos a equação TR = FR ⋅ cos θ ⋅ d;
• Calculamos o trabalho de cada uma das forças e efetuamos a soma algébrica dos resultados:
TR = T1 + T2 + T3 + T4.
EMI-15-10
Um bloco de 5,0 kg é arrastado sobre uma superfície forças F e Fa realizam trabalho. As forças N e P não
horizontal por uma força F1 também horizontal, cujo módu- realizam trabalho, pois são perpendiculares ao des-
lo varia com o deslocamento segundo o gráfico. locamento horizontal. Assim,
temos:
• Como o módulo da força F1 é variável, o trabalho
F (N) realizado por ela é dado pela área do trapézio, con-
forme mostra a figura a seguir.
40
Física
F (N)
40
0 10 20 d (m)
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
TR = TF + TA ⇒ TR = 600 + (−250)
P TR = 350 J
4. Energia cinética
De acordo com a 1a lei de Newton para os movimentos, a GYN9037 / SHUTTERSTOCK
tendência de um corpo em repouso é continuar em repouso.
Então, o que é necessário para fazer um corpo, inicialmente
LIVRO DO PROFESSOR
energia cinética em relação ao solo, mas não em relação ao No Sistema Internacional (SI), as unidades utilizadas são:
automóvel. massa em kg, velocidade em m/s e energia cinética em joule (J).
5
sa de um corpo, dobra-se a energia cinética, mas se dobrar- dade para qualquer que seja o movimento do corpo.
mos a velocidade de um corpo, a energia cinética quadruplica.
221
Esse é um fator fundamental que todo motorista deve conhe-
cer ao dirigir um automóvel. APRENDER SEMPRE 20
Na tabela a seguir, temos a distância percorrida por um 01.
carro até parar, a partir da velocidade inicial indicada. Um automóvel de massa 1 000 kg tem sua velocidade
Velocidade (km/h) 40 60 80 100 120
aumentada de 36 km/h para 72 km/h devido à ação de uma
força constante e paralela ao deslocamento do automóvel.
Distância (m) 8,2 18,1 32,8 52,3 76,6 Nesse intervalo, o automóvel percorreu 100 m. Nessas
Física
Quatro Rodas condições, determine:
a. a variação de energia cinética do automóvel;
Observe, na tabela, que quando se dobra a velocidade, b. o módulo da força constante.
por exemplo, de 40 km/h para 80 km/h, a distância percorri-
da pelo carro até parar quadruplica, passando de 8,2 m para Resolução
32,8 m. Esses dados, obtidos experimentalmente, podem ser a. Temos que 36 km/h = 10 m/s e 72 km/h = 20 m/s.
explicados por meio de um teorema denominado teorema da A energia cinética inicial do automóvel é:
energia cinética, que veremos a seguir.
131
Ao longo da distância d, a força aplicada através dos
freios (força resultante) realiza trabalho resistente. Portanto, 5. Energia potencial gravitacional
temos uma redução na energia cinética do automóvel desde Para o cálculo da energia potencial gravitacional vamos
o valor inicial até zero. Essa variação de energia cinética é precisar do trabalho realizado pela força peso. Vejamos algu-
exatamente igual ao trabalho realizado pela força resultante. mas possibilidades.
Acompanhe o desenvolvimento. Quando um corpo desloca-se horizontalmente, a
De acordo com a definição de trabalho e como a força re- força peso do corpo não realiza trabalho, pois, sendo o
sultante possui a mesma direção e sentido contrário do movi- deslocamento horizontal
e a força peso vertical, o ângulo
mento do automóvel, podemos escrever: entre os vetores F e d é 90º.
TR = FR ⋅ cos 180º ⋅ d ⇒ TR = −FR ⋅ d = −m ⋅ a ⋅ d Vejamos, então, como calcular o trabalho da força peso LIVRO DO PROFESSOR
De acordo com a equação de Torricelli: quando o deslocamento deixa de ser horizontal. Inicialmen-
v 20 – v 2 te, vamos considerar um corpo de massa m que cai de uma
v 2 = v 20 –2·a·d ⇒ a·d = altura h em relação ao solo, num local onde a aceleração da
2
gravidade é g, conforme mostra a figura.
Substituindo na expressão, obtemos:
m· v 2 m· v 20
TR = –m·
v 20 – v 2
⇒ TR = –
2 2 2
As duas parcelas entre parênteses representam a ener- P
gia cinética final e a energia cinética inicial. Portanto:
Observação
EMI-15-10
• O teorema da energia cinética garante que o trabalho O deslocamento d do corpo até atingir o solo é igual à altura h.
da força resultante em um corpo é igual à variação
lho realizado pela força peso é: cial gravitacional, pois sua altura em relação ao solo au-
TP = P ⋅ cos 0° ⋅ d ⇒ TP = m ⋅ g ⋅ h menta. Como há transferência de energia para o corpo,
221
Se o deslocamento do corpo for para cima, ou seja, do solo deve haver a realização
de um trabalho. Esse trabalho é
até o ponto de altura h, o trabalho da força peso é dado por: realizado pela força F ao longo do deslocamento h. Dize-
TP = P ⋅ cos 180° ⋅ d ⇒ TP = m ⋅ g ⋅ h mos, então, que o trabalho da força F fornece energia ao
corpo, que se manifesta na forma de energia potencial gra-
d=h vitacional. Assim, escrevemos:TF = EPG ⇒ TP = EPG
EPG = m ⋅ g ⋅ h
Física
Mas, no triângulo retângulo de cateto h e hipotenusa d, temos: b. Qual a variação de energia potencial gravitacional
sen α = h ⇒ (2) dos tijolos?
d
Substituindo (2) na expressão do trabalho (1), obtemos: Resolução
TP = P ⋅ h ⇒ TP = m ⋅ g ⋅ h Como não há variação de energia cinética, o trabalho
Portanto, o trabalho da força peso depende somente do des- realizado pela força do guindaste é igual, em módulo, ao
nível vertical h e não depende da trajetória seguida pelo corpo. trabalho da força peso dos tijolos. Assim, temos:
Forças cujo trabalho não depende da trajetória seguida TF = TP = m ⋅ g ⋅ h
pelo corpo, como o exemplo da força peso, são chamadas TF = 50 ⋅ 10 ⋅ 15
de forças conservativas. Além da força peso, as forças TF = 7 500 J
LIVRO DO PROFESSOR
elástica e elétrica são exemplos de forças conservativas. A variação de energia potencial gravitacional dos tijolos é:
Quando apenas a força conservativa realiza trabalho, te- ∆EPG = EPG(final) − EPG(inicial) ⇒ ∆EPG = m ⋅ g ⋅ h − 0
mos exclusivamente transformação de energia cinética em ∆EPG = 50 ⋅ 10 ⋅ 15 ⇒ ∆EPG = 7 500 J
energia potencial, ou transformação de energia potencial em
energia cinética.
Como citado no início deste capítulo, a energia potencial
é a energia armazenada em um sistema que pode ser utili- 6. Energia potencial elástica
zada, a qualquer momento, para a realização de trabalho. Na Do mesmo modo como procedemos no tópico anterior,
mecânica, estudamos as duas formas de energia potencial: para o cálculo da energia potencial elástica, vamos precisar
gravitacional e elástica. do trabalho realizado pela força elástica.
Vejamos a energia potencial gravitacional. Para ele- Vamos partir do fato de que molas deformadas (traciona-
var um corpo, por exemplo, do solo até uma altura h, com das ou comprimidas) armazenam energia. Assim, durante a
velocidade constante, devemos aplicar uma força, cujo elongação ou compressão de uma mola, a força elástica reali-
módulo seja, inicialmente, ligeiramente maior que o mó- za trabalho. Esse trabalho é armazenado na mola na forma de
dulo da força peso do corpo, para iniciar o movimento. energia potencial elástica.
EMI-15-10
Uma vez em movimento, para velocidade constante, te- Como exemplo, vamos considerar uma mola horizontal,
mos: F = P = m ⋅ g. fixa em uma de suas extremidades, e tendo a outra extremida-
5
rado contra a mola produzindo uma deformação x, conforme na fase de compressão (ou elongação) ou na fase de restitui-
mostra a figura. ção. Assim, podemos escrever:
221
k· x 2
T Fel = ±
2
Usamos o sinal (+) na fase de restituição, ou seja, quan-
do a mola retorna a sua posição de equilíbrio (deformação
nula) e usamos o sinal (−)na deformação da mola, ou seja,
x quando a mola é comprimida ou esticada a partir da posição
Física
de equilíbrio.
Na figura seguinte, temos a ilustração da mola comprimi- Voltando à primeira figura, devemos observar que, à me-
da e a força elástica (Fel) que a mola aplica no bloco. dida que o bloco vai comprimindo a mola, a energia potencial
elástica vai sendo armazenada nela, energia essa que será
usada na fase de restituição da mola com a força elástica rea-
Fel lizando trabalho. Assim, a energia potencial elástica armaze-
nada na mola é exatamente igual ao trabalho realizado pela
força elástica até a mola voltar ao seu comprimento original.
133
a. a energia potencial elástica armazenada na mola
0 quando deformada;
x d
b. a velocidade adquirida pelo bloco após se separar
O trabalho da força elástica é, numericamente, igual à área A.
da mola.
Observe, no gráfico, que a intensidade da força elástica Resolução
é máxima para x = 0 (mola comprimida) e vai diminuindo à a. A energia potencial elástica da mola é dada por:
medida que a mola retorna ao seu comprimento original. O k·x2 2000·(0,2)2
trabalho realizado pela força elástica é dado por: Epe = ⇒ Epe = ⇒ EPE = 40 J
2 2
T Fel =N A =
x·k·x k·x2
=
b. Como a força elástica é a única que realiza trabalho LIVRO DO PROFESSOR
2 2 e sendo ela conservativa, toda a energia potencial
Nessa expressão, k é a constante elástica da mola, dada elástica da mola é transformada em energia cinéti-
em N/m, x é a deformação, em metro, e T é o trabalho, em ca do bloco, no ponto de separação. Assim, temos:
joule. m·v 2 5·v 2
EC = ⇒ 40 = ⇒ v = 4,0 m/s
De modo geral, como o trabalho é uma grandeza escalar, 2 2
o trabalho da força elástica pode ser positivo (trabalho motor)
EMI-15-10
e ser pod
e
pod ser
Física
Energia, trabalho
e potência
TRIFF / SHUTTERSTOCK; RICARDO AZOURY / PULSAR IMAGENS; ENRICO MARONE / PULSAR IMAGENS
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
é o caso dos
Renovável Não renovável
como
Combustíveis
fósseis
Energia das ondas
como
provém da
Energia solar
Petróleo
Biomassa
Carvão Decomposição de
animais e plantas,
Energia geotérmica
que se transformam
Gás natural
em matéria orgânica
ajudam na
Energia das marés
Biogás Contaminação
do meio
134
ambiente
Energia eólica
LIVRO DO PROFESSOR
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
EMI-15-10
5
Fontes de energia
221
Exercícios de Aplicação
01. 03.
Uma bola de borracha, solta de um ponto situado a 5,0 m A tabela a seguir apresenta alguns exemplos de proces-
Física
de altura em relação ao solo, choca-se contra ele e retorna até sos, fenômenos ou objetos em que ocorrem transformações
um ponto situado a 4,0 m de altura. Explique as transforma- de energia. Nessa tabela, aparecem as direções de transfor-
ções de energia que ocorrem na descida e na subida da bola, mação de energia. Por exemplo, o termopar é um dispositivo
desprezando a resistência do ar. onde energia térmica se transforma em energia elétrica.
Resolução De
Em Elétrica Química Mecânica Térmica
Na descida, a energia potencial gravitacional diminui e a
energia cinética aumenta. Assim, nesta etapa, temos trans- Elétrica Transformador Termopar
135
do soltas, impulsionam a pedra.
Resolução
De acordo com o princípio da conservação de energia, em
CLEARVIEWSTOCK / SHUTTERSTOCK
LIVRO DO PROFESSOR
A economia moderna depende da disponibi- Segundo dados do Balanço Energético Nacional de 2008,
lidade de muita energia em diferentes formas, do Ministério das Minas e Energia, a matriz energética brasileira
para funcionar e crescer. No Brasil, o consumo é composta por hidrelétrica (80%), termelétrica (19,9%) e eólica
total de energia pelas indústrias cresceu mais (0,1%). Nas termelétricas, esse percentual é dividido conforme o
de quatro vezes no período entre 1970 e 2005. combustível usado, sendo: gás natural (6,6%), biomassa (5,3%),
Enquanto os investimentos em energias limpas derivados de petróleo (3,3%), energia nuclear (3,1%) e carvão
e renováveis, como solar e eólica, ainda são in- mineral (1,6%). Com a geração de eletricidade da biomassa,
Física
cipientes, ao se avaliar a possibilidade de insta- pode-se considerar que ocorre uma compensação do carbono
lação de usinas geradoras de energia elétrica, liberado na queima do material vegetal pela absorção desse ele-
diversos fatores devem ser levados em conside- mento no crescimento das plantas. Entretanto, estudos indicam
ração, tais como os impactos causados ao am- que as emissões de metano (CH4) das hidrelétricas podem ser
biente e às populações locais. comparáveis às emissões de CO2 das termelétricas.
RICARDO. B. e CAMPANILI, M. Almanaque Brasil Socioambiental. MORET, A. S.; FERREIRA, I. A. As hidrelétricas do Rio Madeira e os impactos
Instituto Socioambiental. São Paulo, 2007. Adaptado. socioambientais da eletrificação no Brasil.
Revista Ciência Hoje. V. 45, n. 265, 2009. Adaptado.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Em uma situação hipotética, optou-se por construir uma No Brasil, em termos do impacto das fontes de energia no
usina hidrelétrica em região que abrange diversas quedas crescimento do efeito estufa, quanto à emissão de gases, as
d’água em rios cercados por mata, alegando-se que causaria hidrelétricas seriam consideradas como uma fonte:
impacto ambiental muito menor que uma usina termelétrica. a. limpa de energia, contribuindo para minimizar os efei-
Entre os possíveis impactos da instalação de uma usina hi- tos deste fenômeno.
drelétrica nessa região, inclui-se: b. eficaz de energia, tomando-se o percentual de oferta e
a. a poluição da água por metais da usina. os benefícios verificados.
b. a destruição do hábitat de animais terrestres. c. limpa de energia, não afetando ou alterando os níveis
c. o aumento expressivo na liberação de CO2 para a at- dos gases do efeito estufa.
mosfera. d. poluidora, colaborando com níveis altos de gases de
d. o consumo não renovável de toda água que passa pe- efeito estufa em função de seu potencial de oferta.
las turbinas. e. alternativa, tomando-se por referência a grande emis-
e. o aprofundamento no leito do rio, com a menor depo- são de gases de efeito estufa das demais fontes ge-
sição de resíduos no trecho de rio anterior à represa. radoras.
Seu espaço
136
EMI-15-10
5
Da teoria, leia os tópicos 1 e 2. Calcule a fração aproveitada na forma de energia elétrica
221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento em relação à energia recebida como radiação solar.
08. ENEM
06. Os carrinhos de brinquedos podem ser de vários tipos.
A figura mostra a representação esquemática simplifica- Dentre eles, há os movidos a corda, em que uma mola em seu
da do funcionamento de uma usina hidrelétrica. interior é comprimida quando a criança puxa o carrinho para
trás. Ao ser solto, o carrinho entra em movimento enquanto a
Física
mola volta à sua forma inicial.
Reservatório
O processo de conversão de energia que ocorre no carri-
nho descrito também é verificado em:
a. um dínamo.
Duto
b. um freio de automóvel.
Palheta c. um motor a combustão.
d. uma usina hidrelétrica.
e. uma atiradeira (estilingue).
09. ENEM
137
solar é responsável pela manutenção do ciclo da água, pela
movimentação do ar, e pelo ciclo do carbono que ocorre através IstoÉ, nº 1 864, set./2005, p. 69. Adaptado.
da fotossíntese dos vegetais, da decomposição e da respiração
dos seres vivos, além da formação de combustíveis fósseis. Com o projeto de mochila ilustrado anteriormente, pre-
tende-se aproveitar, na geração de energia elétrica para
acionar dispositivos eletrônicos portáteis, parte da energia
Proveniente do Sol
200 bilhões de MW desperdiçada no ato de caminhar. As transformações de
energia envolvidas na produção de eletricidade enquanto
uma pessoa caminha com essa mochila podem ser assim
esquematizadas:
Aquecimento Evaporação Aquecimento Absorção LIVRO DO PROFESSOR
do solo da água do ar pelas plantas Movimento da mochila
Energia Energia I
Energia Petróleo, potencial
potencial gás e
(chuvas) carvão Energia II
Usinas hidrelétricas Usinas termoelétricas As energias I e II, representadas no esquema anterior, po-
100 000 MW 400 000 MW
dem ser identificadas, respectivamente, como:
a. cinética e elétrica.
b. térmica e cinética.
Eletricidade c. térmica e elétrica.
EMI-15-10
Suponha que você seja um consultor e foi contratado A figura a seguir ilustra uma gangorra de brinquedo fei-
para assessorar a implantação de uma matriz energética em ta com uma vela. A vela é acesa nas duas extremidades e,
221
um pequeno país com as seguintes características: região inicialmente, deixa-se uma das extremidades mais baixa
plana, chuvosa e com ventos constantes, dispondo de pou- que a outra. A combustão da parafina da extremidade mais
cos recursos hídricos e sem reservatórios de combustíveis baixa provoca a fusão. A parafina da extremidade mais baixa
fósseis. da vela pinga mais rapidamente que na outra extremidade.
De acordo com as características desse país, a matriz O pingar da parafina fundida resulta na diminuição da massa
energética de menor impacto e risco ambientais é a baseada da vela na extremidade mais baixa, o que ocasiona a inversão
na energia: das posições.
Física
3. Um automóvel em que a bateria constitui a fonte de Observe a situação descrita na tirinha a seguir..
energia para ligar o motor de arranque, acender os fa-
róis e tocar a buzina etc.
4. Na usina hidroelétrica, onde a queda-d’agua armaze-
nada em uma represa passa pela tubulação fazendo
girar uma turbina e seu movimento de rotação é trans-
mitido a um gerador de eletricidade.
5. Na usina térmica, onde a queima do carvão ou petró-
leo (óleo combustível) provoca a vaporização da água
LIVRO DO PROFESSOR
gia térmica, que se transforma em cinética e, por sua d. cinética em energia potencial elástica.
vez, transforma-se em elétrica. e. gravitacional em energia cinética.
5
O debate em torno do uso da energia nuclear para produ- ar e atrito), para que o salto atinja a maior altura possível,
ção de eletricidade permanece atual. Em um encontro inter- ou seja, o máximo de energia seja conservada, é necessá-
221
nacional para a discussão desse tema, foram colocados os rio que:
seguintes argumentos: a. a energia cinética, representada na etapa I, seja total-
I. Uma grande vantagem das usinas nucleares é o fato mente convertida em energia potencial elástica repre-
de não contribuírem para o aumento do efeito estufa, sentada na etapa IV.
uma vez que o urânio, utilizado como “combustível”, b. a energia cinética, representada na etapa II, seja total-
não é queimado, mas sofre fissão. mente convertida em energia potencial gravitacional,
II. Ainda que sejam raros os acidentes com usinas nu- representada na etapa IV.
Física
cleares, seus efeitos podem ser tão graves que essa c. a energia cinética, representada na etapa I, seja total-
alternativa de geração de eletricidade não nos permite mente convertida em energia potencial gravitacional,
ficar tranquilos. representada na etapa III.
A respeito desses argumentos, pode-se afirmar que: d. a energia potencial gravitacional, representada na eta-
a. o primeiro é válido e o segundo não é, já que nunca pa II, seja totalmente convertida em energia potencial
ocorreram acidentes com usinas nucleares. elástica, representada na etapa IV.
b. o segundo é válido e o primeiro não é, pois de fato há quei- e. a energia potencial gravitacional, representada na eta-
ma de combustível na geração nuclear de eletricidade. pa I, seja totalmente convertida em energia potencial
139
b. Eólica, pois a geografia do local é própria para a capta-
ção desse tipo de energia.
Atleta corre com a vara Atleta apoia a vara no chão c. Nuclear, pois o modo de resfriamento de seus siste-
mas não afetaria a população.
Etapa III Etapa IV d. Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a energia solar
que chega à superfície do local.
e. Hidrelétrica, pois o rio que corta o município é sufi-
ciente para abastecer a usina construída.
LIVRO DO PROFESSOR
Atleta atinge certa altura Atleta cai no colchão
EMI-15-10
Exercícios de Aplicação
01. 03. IFSP
A intensidade da força resultante que age sobre um bloco Para empurrar seu cortador de gramas, o Sr. Joel exerce
Física
varia com o deslocamento, conforme o gráfico mostrado na uma força constante de intensidade 120 N sobre as hastes
figura. de seu aparelho, que são retas e estão inclinadas em 60° em
relação à direção horizontal.
FR (N)
50
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
25
0 2 4 6 8 10 x (m)
Sabendo-se que a força resultante possui a mesma dire- Sabendo que a força exercida tem a mesma direção das
ção e sentido do deslocamento, determine o trabalho realiza- hastes, que sen 60° = 0,87 e cos 60° = 0,5, se o cortador de
do pela força resultante nos primeiros 6,0 m do deslocamento. gramas percorrer uma distância de 2 m sobre o solo horizon-
tal, a força que o Sr. Joel exerce sobre ele realiza um trabalho,
Resolução
em J, igual a:
De acordo com o gráfico, no deslocamento de 0 a 6,0 m, a a. 120
intensidade da força resultante é constante. Portanto, o traba- b. 150
lho realizado por ela nesse deslocamento vale: c. 174
TR = F · cos 0º · d ⇒ TR = 50 · 1 · 6,0 ⇒ TR = 300 J d. 209
e. 240
140
Resolução
02. A direção da força exercida forma 60º com a direção ho-
Com base nos dados da questão anterior, calcule o traba- rizontal do deslocamento. Assim, o trabalho realizado pela
lho realizado pela força resultante entre as posições x1 = 6 m força vale:
e x2 = 10 m. TR = F · cos 60º · d ⇒ TR = 120
0,5 · 2 ⇒ TR = 120 J
Entre as posições x1 = 6 m e x2 = 10 m, a intensidade da
Alternativa correta: A
força resultante é variável. Nessas condições, o trabalho é
dado pela área do trapézio formado pela linha do gráfico com Habilidade
LIVRO DO PROFESSOR
o eixo horizontal no intervalo considerado. Calcular o trabalho mecânico de forças de diferentes na-
B+b 50 + 25 turezas.
T= ·h ⇒ T = ·(10 − 6) ⇒ T = 150 J
2 2
EMI-15-10
5
04. UECE (a)
221
Em um corredor horizontal, um estudante puxa uma mochila de rodinhas de 6 kg pela haste, que faz 60º com o chão. A força
aplicada pelo estudante é a mesma necessária para levantar um peso de 1,5 kg, com velocidade constante. Considerando a
aceleração da gravidade igual a 10 m/s2, o trabalho, em joule, realizado para puxar a mochila por uma distância de 30 m é:
a. zero c. 389,7
b. 225,0 d. 900,0
05. UFAC
Física
Considere as figuras (a), (b) e (c) e julgue as afirmativas a seguir.
(c) F
(a)
141
essa movimentação, as forças com as quais ele sustenta a barra de pesos não realizarão trabalho, independentemente do
cansaço do atleta.
Seu espaço
Sobre o módulo • as condições para que o trabalho seja motor, resisten-
Neste módulo, que trata do trabalho realizado por uma te ou nulo e as suas relações com a energia;
força, é importante ressaltar alguns pontos básicos: • o método gráfico para o cálculo do trabalho no caso de
• o trabalho como medida das transformações ou varia- força variável.
ções de energia; É importante mencionar que alguns exercícios exploram LIVRO DO PROFESSOR
• força e deslocamento são grandezas vetoriais, mas o o trabalho da força peso. Sugerimos, conforme resolução em
trabalho é uma grandeza escalar. Trata-se do produto anexo, que, em todos os casos, o cálculo seja feito a partir da
escalar de dois vetores; definição de trabalho.
EMI-15-10
Da teoria, leia o tópico 3. na corda uma força F que forma um ângulo θ com a direção
221
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento vertical, como mostra a figura. O trabalho realizado pela resul-
tante das forças que atuam na caixa – peso e força da corda
—, quando o centro de massa da caixa é elevado, com veloci-
06. UFRR dade constante v, desde a altura ya até a altura yb , é:
Observe o gráfico abaixo (força x deslocamento). A força,
em newton, possui a mesma direção e sentido do desloca- y
mento x, em metro.
Física
F (N)
g
yb
θ
3
ya F
m
2
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
x
3 6 8 x (m)
a. nulo
Calcule o trabalho realizado pela força F entre 0 e 8 m. b. F · (yb – ya).
c. m ·g · (yb – ya).
07. d. F · cos θ · (yb – ya).
O gráfico seguinte mostra como varia a intensidade de m ⋅ v2
uma força resultante de direção constante que atua em um e. m · g · (yb – ya) + .
2
corpo, inicialmente em repouso.
F (N) 10. PUC-MG
20 O trabalho feito pela força centrípeta (FC) sobre uma
partícula de massa m, que se move em movimento circular
uniforme num círculo de raio r com velocidade de módulo
v, vale:
12 a. F · r
0
142
4 8 d (m) b. F · 2π · r
c. zero
d. F · v
–20
11. UESC-BA modificado
Sobre um corpo, inicialmente em repouso em um plano
horizontal sem atrito, atua uma força horizontal de direção e
Determine o trabalho realizado pela força F no desloca- sentido constantes, cuja intensidade varia com a distância
mento de 0 a 12 m. percorrida, de acordo com o gráfico.
LIVRO DO PROFESSOR
08.
F (N)
Um corpo está sendo arrastado sobre uma superfície ho-
rizontal não lisa, em movimento uniforme. Considere as afir-
40
mações a seguir:
I. O trabalho da força de atrito é nulo.
II. O trabalho da força peso é nulo. 20
III. A força que arrasta o corpo é nula.
10
Dentre as afirmações:
a. é correta I, somente.
b. é correta II, somente. 2 4 6 d (m)
c. correta III, somente.
d. são corretas I e II. Julgue as afirmativas a seguir e dê como resposta a soma
e. são incorretas I, II e III. dos números correspondentes às corretas.
01. O trabalho realizado pela força F, entre as posições 0
09. Fuvest-SP e 2 m, é 40 J.
EMI-15-10
Usando um sistema formado por uma corda e uma rol- 02. Entre 2 m e 4 m, a força F realiza trabalho motor e en-
dana, um homem levanta uma caixa de massa m, aplicando tre 4 m e 6 m realiza trabalho resistente.
5
e, na posição 6 m, é mínimo. Em um trecho do trajeto entre São Paulo e Fortaleza, um
08. O trabalho realizado pela força F, entre as posições avião desloca-se horizontalmente com velocidade constante
221
2 m e 4 m, é 60 J. sob a ação das seguintes forças: peso (P ), vertical para baixo;
16. O trabalho total, entre 0 e 6 m, vale 150 J. força de sustentação (FS ), vertical para cima; resistência do
ar (A ), horizontalpara a esquerda e força propulsora gerada
12. PUC-RJ pelas turbinas (Fp ), horizontal para a direita. Explique quais
forças realizam trabalho e estabeleça a relação entre os tra-
balhos realizados pelas forças para um deslocamento d.
Bloco B
Física
15. FEI-SP modificado
Bloco A
Para a construção de um estádio novo para a Copa de
Base imóvel
2014, foram usadas vigas pré-moldadas de concreto de mas-
sa m = 5 000 kg. Estas vigas foram elevadas por guindaste
Dois blocos de um mesmo material são colocados so- desde o chão até a altura de 20 m, onde foram apoiadas sobre
bre uma base imóvel, como mostra a figura. O bloco A, de pilares pré-existentes. Qual é o trabalho que o guindaste fez
massa MA = 10,0 kg, está preso à base por uma cola, en- para elevar cada viga?
quanto o bloco B, de massa MB = 5,0 kg, está livre sobre o a. 1,50 MJ
143
trabalho da força de sustentação que atua sobre o esquilo ao dão como resultados, respectivamente:
longo desse deslocamento é de: a. T1 = – m · g · h; T2 = m · g · h
a. 50 J b. T1 = – m · g; T2 = m · g
b. –200 J c. T1 = T2
c. –20 J d. T1 = m · g; T2 = – m · g
d. –25 J e. T1 = 0 (zero); T2 = 0 (zero)
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-10
Energia cinética
221
Exercícios de Aplicação
01. 03. Uncisal-AL
Um corpo de massa 10 kg possui, em relação ao solo, Antônio faz o carro entrar na curva, em A, a uma velocidade
Física
uma energia cinética de 4 500 J. Qual é a velocidade desse de 54 km/h e sair dela, em B, a 18 km/h. Lembrando que sua
corpo? massa é de 70 kg, a variação da energia cinética de Antônio,
em joules, é de:
Resolução
a. –700
m· v 2 10· v 2 b. –1 260
EC = ⇒ 4 500 = ⇒ v = 30 m/s
2 2 c. –7 000
d. –7 875
e. –102 060
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
02.
Resolução
Um objeto de 5,0 kg, inicialmente em repouso, sofre a
ação de uma força resultante de 50 N. Determine a velocidade Sendo 18 km/h = 5 m/s e 54 km/h = 15 m/s, a variação de
do objeto após percorrer 10 m sob a ação dessa força. energia cinética de Antônio é:
m·v 2 m·v 20 70
Resolução ∆E C = – ⇒ EC = ⋅ [(5)2 –(15)2 ]
2 2 2
De acordo com o teorema da energia cinética, temos: ∆EC = –7000 J
m·v 2 Alternativa correta: C
TR = ∆EC ⇒ FR · cos 0º · d =
2 Habilidade
5·v 2
50 · 1 · 10 = Relacionar trabalho e energia cinética, utilizando-os em
2
situações reais.
v = 10 2 m/s
Exercícios Extras
144
v (m/s)
LIVRO DO PROFESSOR
30
10
0 10 20 40 t (s)
Considerando um veículo de 1 500 kg de massa deslo-
cando-se a 64 km/h, o trabalho realizado no impacto é de: Qual é o trabalho realizado sobre o caminhão no intervalo
a. 237 J de 10 s a 20 s?
b. −237 J
c. 237 kJ
EMI-15-10
d. −237 kJ
e. 237 MJ
5
Sobre o módulo Na web
221
Neste módulo, que trata da energia cinética, o ponto fun- O simulador a seguir pode ser empregado
damental é o teorema da energia cinética que relaciona o tra- para trabalhar a teoria.
balho da força resultante com a variação de energia cinética. Acesse: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/
É importante salientar que, em relação às questões apresen- simulation/energy-skate-park>.
tadas para discussão em aula e trabalho extraclasse, somen-
te em duas questões utilizamos mais de uma força agindo no
corpo em estudo: as questões 11 e 16.
Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Exercícios Propostos
Da teoria, leia os tópicos 3 e 4A.
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento
07. PUC-MG
145
Uma força horizontal de 5,0 N atua sobre um objeto de massa 3,0 kg, movendo-o através da distância de 6,0 m ao longo de
uma superfície horizontal, com atrito desprezível. A variação da energia cinética do objeto é, em joules, igual a:
a. 6,0
b. 30
c. 15
d. 90
08.
Durante um treino, um jogador de futebol pratica lançamentos. A figura mostra três trajetórias da bola em três lançamentos,
todos do mesmo ponto.
LIVRO DO PROFESSOR
y (m)
I II III
1
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
x (m)
Observe que, nos três lançamentos, a altura atingida pela bola é a mesma, mas, no terceiro, a bola cai mais longe do ponto
de lançamento. Sabendo-se que o movimento parabólico da bola pode ser entendido como a composição de dois movimentos
EMI-15-10
simultâneos, um na vertical (uniformemente retardado na subida e acelerado na descida) e outro na horizontal (uniforme), em
qual dos três a energia cinética no lançamento é maior? Justifique sua resposta.
O setor de transporte, que concentra uma grande par- volta, o ônibus espacial tem velocidade de cerca de 8 000 m/s,
cela da demanda de energia no país, continuamente busca e sua massa é de aproximadamente 90 toneladas. Qual é sua
221
10.
Uma esfera de massa 2,0 kg rola com velocidade de
5,0 m/s sobre uma mesa horizontal de 1,0 m de altura. Ao
término da mesa, a bola cai em queda livre. Determine a 0 10 20 30 t (s)
energia cinética com que a bola atinge o solo. Considere
g = 10 m/s².
vB (m/s)
11. UESC-BA modificado
Um pedreiro, acidentalmente, deixa cair um tijolo de
2,0 kg, a partir do repouso, do alto de um prédio em constru-
ção de 20 m de altura. Sabendo-se que o tijolo atinge o solo
com velocidade de 15 m/s, explique se, durante a queda, a Carro B
força de atrito realizou trabalho. Considere g = 10 m/s². 20
146
12. PUC-RJ
Seja um corpo de massa M = 100 kg deslizando sobre um
plano horizontal com velocidade inicial v = 20,0 m/s. Calcule o
módulo do trabalho T da força de atrito necessário para levar
o objeto ao repouso. 0 10 20 30 t (s)
a. T = 20 kJ d. T = 200 kJ
b. T = 2 000 kJ e. T = 100 kJ
c. T = 10 kJ Determine o trabalho resultante em cada um dos carros
para o intervalo de tempo de 0 a 30 s.
13. Acafe-SC
LIVRO DO PROFESSOR
Em 2011, o Atlantis realizou a última missão dos ônibus de gravidade de Marte, neste trecho, constante e
espaciais, levando quatro astronautas à Estação Espacial In- igual a gMarte = 4 m/s2.
5
Energia potencial gravitacional – Trabalho da força peso
221
Exercícios de Aplicação
01. 03.
Uma bola de futebol de massa m = 500 g encontra-se em Um ônibus de massa m movimenta-se por uma estrada
Física
repouso sobre um apoio de 2,0 m de altura, conforme figura. de montanha. O ônibus parte do alto e desce uma altura h até
Considere g = 10 m/s². a base da montanha. Durante a descida, o motorista mantém
os freios acionados de modo que a velocidade é mantida
constante durante todo o trajeto. Em relação à energia ciné-
Bola
tica e à energia potencial gravitacional do ônibus, em relação
Apoio à base da montanha, julgue as afirmativas a seguir e assinale
a alternativa correta.
I. Durante a descida, a variação de energia cinética do
147
b. Na queda, a força peso da bola realiza trabalho motor, II. Incorreta. A energia potencial gravitacional do ônibus,
que é dado por: em relação à base da montanha diminui.
TP = m · g · h = Epg ⇒ TP = 10 J III. Incorreta. A força peso do ônibus realiza trabalho motor.
Alternativa correta: A
Habilidade
02. Uespi modificado
Utilizar o conceito de energia mecânica para previsão de
Uma pessoa de peso 500 N desce de elevador do décimo movimentos reais em situações em que ela se conserva.
andar de um edifício até o térreo. Se o décimo andar encon-
tra-se 30 m acima do andar térreo, determine a variação de
energia potencial gravitacional dessa pessoa, em relação ao
térreo. LIVRO DO PROFESSOR
Resolução
Em relação ao andar térreo, a energia potencial gravita-
cional da pessoa no 10o andar é:
Epg = m · g · h ⇒ Epg = P · h = 500 · 30 ⇒ Epg = 15 000 J
No andar térreo, a energia potencial gravitacional da pes-
soa é zero. Assim, a energia potencial gravitacional dessa
pessoa diminuiu 15 000 J. Portanto, a variação da energia
potencial gravitacional é −15 000 J.
EMI-15-10
Uma criança de 20 kg brinca em um escorregador de O bloco A mostrado na figura está fixo no solo. Uma esfe-
1,2 m de altura, partindo do repouso do ponto mais alto, che- ra, B, de massa 500 g, é solta do repouso e atinge o final da
gando posteriormente no solo. Sabendo que durante o deslo- rampa com velocidade de 4,0 m/s. Sabe-se que a rampa é um
camento da criança só ocorrem forças conservativas e consi- arco de circunferência de raio 1,0 m. Tomando-se como refe-
derando g = 10 m/s², a energia cinética, em joule, com que a rência o término da rampa, calcule a energia potencial gravi-
criança chega ao solo é igual a: tacional da esfera no alto da rampa e sua energia cinética ao
a. 120 abandonar a rampa. Considere g = 10 m/s².
Física
b. 360
C B
c. zero g
d. 240
e. 480
A
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Seu espaço
Sobre o módulo • a relação entre o trabalho da força peso e a energia po-
Neste módulo, desenvolvemos os conceitos de trabalho tencial gravitacional.
da força peso e energia potencial gravitacional e, para que os Na web
alunos adquiram habilidades que possibilitem as resoluções O simulador a seguir pode ser empregado
das questões propostas, devemos enfatizar os seguintes as- para trabalhar a teoria.
pectos: Acesse: <https://phet.colorado.edu/sims/
• a associação do trabalho de uma força conservativa mass-spring-lab/mass-spring-lab_
com a transformação integral de energia potencial pt_BR.html>.
gravitacional em energia cinética e de energia cinética
em energia potencial gravitacional;
148
Exercícios Propostos
Da teoria, leia o tópico 5. 08.
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento Um bloco de massa m, inicialmente em repouso, é solto
de um ponto A, seguindo a trajetória ABC, conforme mostra a
figura.
06. Unicid-SP modificado
Em uma montanha-russa, um carro com passageiros
LIVRO DO PROFESSOR
m
parte do repouso no ponto superior da pista a 24,2 m de
altura do solo horizontal e, após uma curta viagem, chega A C
ao nível do solo, sendo amortecido em um tanque com
água, parando em seguida. Considerando que, antes do
amortecimento da água, toda a energia potencial gravi-
tacional do carro no alto da montanha foi transformada B
em energia cinética, calcule a velocidade com que o carro
atinge a água. Considere g = 10 m/s². Julgue as afirmativas a seguir e dê como resposta a soma
dos números correspondentes às corretas.
07. UFPR 01. Se existir atrito entre o bloco e a superfície de apoio,
Uma pessoa de 80 kg, após comer um sanduíche com a energia potencial gravitacional do bloco em relação
600 kcal de valor alimentício numa lanchonete, decide ao ponto B permanece constante.
voltar ao seu local de trabalho, que fica a 100 m acima do 02. Na existência de atrito, o bloco não atinge o ponto C.
piso da lanchonete, subindo pelas escadas. Considerando 04. Se o peso for a única força atuante no bloco, este
que 1 kcal = 4 200 J, determine a porcentagem da energia atinge o ponto C.
EMI-15-10
ganha com o sanduíche que será gasta durante a subida. 08. No ponto B, a energia cinética do bloco é máxima.
Considere g = 10 m/s². 16. De A até B, a força peso realiza trabalho resistente.
5
Para um atleta da modalidade "salto com vara" realizar um vel vertical entre o plano horizontal que contém A e o
salto perfeito, ele precisa correr com a máxima velocidade e que contém B.
221
transformar toda sua energia cinética em energia potencial, para
elevar o seu centro de massa à máxima altura possível. Um ex- 13. Mackenzie-SP
celente tempo para a corrida de velocidade nos 100 metros é de Uma pedra de massa 400 g é abandonada do repouso do
10 s. Se o atleta, cujo centro de massa está a uma altura de um ponto A do campo gravitacional da Terra. Nesse ponto, a energia
metro do chão, num local onde a aceleração da gravidade é potencial gravitacional da pedra é 80 J. Essa pedra, ao passar
de 10 m/s2, adquirir uma velocidade igual a de um recordista dos por um ponto B, tem energia potencial gravitacional igual a 35 J.
100 metros, ele elevará seu centro de massa a uma altura de: A velocidade da pedra, ao passar pelo ponto B, foi de:
Física
a. 0,5 metros. c. 6,0 metros. a. 15 m/s d. 25 m/s
b. 5,5 metros. d. 10,0 metros. b. 20 m/s e. 27,5 m/s
c. 22,5 m/s
10.
Uma bola com massa de 400 g é lançada verticalmente para 14. Unicamp-SP
baixo com velocidade de 10 m/s de um ponto situado a 5,0 m A importância e a obrigatoriedade do uso do cinto de
do solo. A bola bate no solo e retorna, na mesma trajetória, atin- segurança nos bancos dianteiros e traseiros dos veícu-
gindo a altura máxima correspondente ao ponto de lançamen- los têm sido bastante divulgadas pelos meios de comu-
149
Para transportar algumas caixas de massas 30 kg a um Uma partícula de massa 1,0 kg cai de uma altura H = 10 m,
nível mais alto, elas são colocadas na posição A sobre uma choca-se contra o solo e retorna a uma altura h. Se durante o
superfície inclinada, recebem impulso inicial e sobem livres choque com o solo a partícula perde 10% de sua energia poten-
de qualquer tipo de resistência, até atingir a posição B. Uma cial gravitacional inicial, a altura h que ela atinge será de:
dessas caixas não recebeu o impulso necessário e parou a. 9 m c. 1 m
1,6 m antes da posição pretendida. b. 8 m d. 0,9 m
16. UFPE
1,6 m Uma criança, que está brincando com blocos cúbicos
B idênticos, constrói as configurações compostas de três blo-
cos mostradas na figura. Cada bloco tem aresta a = 10 cm e LIVRO DO PROFESSOR
massa m = 100 g. A criança pode até perceber intuitivamen-
te que a configuração A é mais estável do que a B, mas não
consegue quantificar fisicamente essa estabilidade. Para tal,
A 30° é necessário determinar a diferença de energia potencial gra-
vitacional ∆U = UB – UA entre as duas configurações. Qual é o
valor de ∆U, em unidades de 10–2 joules?
Adotando g = 10 m/s2, sen 30° = 0,50 e cos 30° = 0,87,
com relação à energia mínima que faltou ser fornecida em A Configuração B
para que a caixa chegasse ao ponto B, ela:
m
a. pode ser calculada e vale 240 J.
b. pode ser calculada e vale 480 J.
Configuração A m
c. não pode ser calculada, pois não se conhece a veloci-
dade inicial da caixa em A.
m m m m
d. não pode ser calculada, pois não se conhece a distân-
EMI-15-10
cia entre A e B.
Exercícios de Aplicação
01. 02. FMJ-SP modificado
Um bloco de massa 100 g, apoiado em uma superfície ho- Um brinquedo de tiro ao alvo utiliza a energia armazena-
Física
rizontal sem atrito, comprime uma mola horizontal de cons- da em uma mola para lançar dardos. Para carregar o lançador
tante elástica 500 N/m. A compressão da mola é 10 cm. de dardos, um garoto aplica uma força F progressivamente
a. Determine a energia potencial elástica armazenada na maior até que a mola encontre a trava.
mola.
b. Liberando-se o sistema, a mola empurra o bloco. Qual
a velocidade do bloco ao perder contato com a mola,
se toda a energia potencial elástica da mola é transfe-
rida para o bloco?
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Resolução
a. A energia potencial elástica armazenada na mola vale:
k·x2 500·(0,1)2
Epe = ⇒ Epe = ⇒ Epe = 2,5 J O gráfico indica como varia a força no processo de coloca-
2 2
ção do dardo no lançador até seu travamento, quando a mola
b. A velocidade do bloco é dada por:
é comprimida de 6,0 cm.
m·v 2 0,1·v 2
EC = Epe ⇒ = Epe ⇒ = 2,5
2 2 F (N)
v ≈ 7,1 m/s
100
50
150
0 3 6 ∆ x (cm)
F·∆ x 100·0,06
TF = ⇒ TF = ⇒ TF = 3,0 J
2 2
b. A energia potencial elástica armazenada na mola é
igual ao trabalho realizado pela força F na compressão
de 6,0 cm. Assim:
Epe = TF ⇒ Epe = 3,0 J
EMI-15-10
5
Em um ensaio técnico para determinar a resistência de um Com base no gráfico e de acordo com a semelhança de
material elástico a forças de tração, aplicaram-se sobre o mate- triângulos, a força F que corresponde a L = 16 cm, vale:
221
rial forças de diferentes intensidades, e foi medida a deformação 80 18–10
= ⇒ F = 60 N
do material para cada uma delas. Com os valores obtidos, foi F 16–10
construído o gráfico a seguir, que mostra como variou o compri- A energia potencial elástica armazenada no material é igual,
mento do material, L, em função da força aplicada sobre ele, F. em módulo, ao trabalho realizado pela força F. Assim, temos:
F (N) F·∆ x 60·0,06
Epe = TF = ⇒ Epe = ⇒ Epe = 1,8 J
2 2
80 Alternativa correta: E
Física
Habilidade
Utilizar o conceito de energia mecânica para a previsão
de movimentos reais em situações em que ela se conserva.
151
Exercícios Extras
04. UFSJ-MG F (N)
Um menino construiu uma arma de brinquedo com uma B
mola e um pequeno pedaço de cano. Ele fixou o pedaço de 60
cano na horizontal e comprimiu a mola de uma distância
de 4 cm a partir de sua posição de equilíbrio. Uma bolinha de
plástico de massa 5 g foi introduzida pelo cano. Se desprezar- A
LIVRO DO PROFESSOR
mos o atrito entre a bolinha e o cano, sendo a constante da 30
mola k = 8 N/cm, a velocidade com que a bolinha de plástico
sairá do cano quando o menino liberar a mola será de:
a. 160 m/s c. 1,6 m/s
b. 0,16 m/s d. 16 m/s
0 5 6 x (cm)
05. UFU-MG modificado
Na atualidade, têm-se difundido exercícios de alonga- a. Supondo que, para o exercício com as pernas, sejam
mento e respiração conhecidos como pilates. Algumas das necessárias molas “mais firmes”, ao passo que, para
atividades são realizadas em aparelhos específicos, muitos os braços, utilizem-se molas “mais maleáveis”, avalie
dos quais empregam molas em seu funcionamento. O gráfi- se a forma como elas estão empregadas nos respec-
co abaixo revela a intensidade de força F que age sobre as tivos instrumentos está correta ou não e explique sua
molas, devido à deformação (x). No instrumento para exercí- resposta.
cios com as pernas, a mola se comporta segundo a curva A, b. Para uma mesma deformação, qual das duas mo-
EMI-15-10
ao passo que, em outro, para exercitar os braços, a mola se las, A ou B, armazena maior quantidade de energia
comporta segundo a curva B. potencial?
Exercícios Propostos
07.
Uma espingarda de pressão possui uma mola de cons- 30°
tante elástica k. A mola está comprimida de 10 cm e, ao ser
acionada, dispara um projétil de massa 100 g com velocidade
de 100 m/s. Determine a constante elástica da mola, conside- Adote a base horizontal do plano inclinado como referên-
EMI-15-10
rando que toda a energia potencial elástica da mola é transfe- cia, julgue as afirmativas a seguir e dê como resposta a soma
rida para o projétil na forma de energia cinética. dos números correspondentes às corretas.
5
bloco-mola é somente potencial gravitacional. Nesse caso, pode-se afirmar que a razão |TP| / |Tel| é igual a:
02. Na posição de compressão máxima da mola, a energia
221
do sistema bloco-mola é somente potencial elástica. Figura 1 Figura 2
04. No instante em que o bloco choca-se contra a mola,
toda a energia potencial gravitacional do bloco trans-
formou-se em energia cinética.
08. Devido à existência somente de forças conservativas,
a mola empurra o bloco de volta para a posição inicial. g
16. No instante em que o bloco choca-se contra a mola,
Física
parte da energia potencial gravitacional inicial do bloco
transformou-se em energia potencial elástica da mola.
09. Favip-PE 20 cm
Em uma feira, um vendedor utiliza um dinamômetro, ou
balança de peixeiro, para pesar mercadorias. Quando não
está sendo utilizada, a mola da balança encontra-se relaxa-
da. A figura a seguir ilustra a pesagem de uma mercadoria a. 0,2. b. 1 c. 2 d. 4 e. 20
153
b. 2 J e. 1 000 J armazenada na tira é de:
c. 100 J a. 8 J
b. 10 J
10. c. 11 J
Um bloco de massa m está em repouso preso a uma mola d. 12,5 J
de constante elástica k, sobre uma superfície horizontal com e. 15 J
atrito, conforme mostra a figura.
13. UFU-MG modificado
k
Um aluno entusiasmado com os conceitos de física que
m aprendeu em sala de aula decide testar seus conhecimentos.
Para isso, ele juntou dois carrinhos de brinquedo de massa LIVRO DO PROFESSOR
m1 e m2, respectivamente, e uma mola de massa desprezível
Sabendo-se que o comprimento da mola é maior que seu com- com constante k. Colocou o conjunto em uma superfície plana
primento normal (sem deformação), assinale a alternativa correta. e comprimiu a mola do seu comprimento de equilíbrio x0 até
a. A força elástica da mola é, em módulo, igual à força de atrito. o comprimento x, amarrando os carrinhos com uma corda de
b. Devido o repouso, a energia potencial elástica da mola massa desprezível, deixando o conjunto em repouso, como
é nula. mostrado na figura a seguir. Em um dado instante a corda é
c. A força elástica da mola realiza trabalho resistente. cortada, liberando os carrinhos para se mover livremente, já
d. Como a mola está deformada, o bloco não pode estar que a mola não está presa nos carrinhos.
em repouso.
11. Asces-PE m1 m2
Um bloco de peso 20 N é solto do repouso na situação
mostrada na figura 1, em que a mola ideal de constante elásti-
ca 200 N/m está relaxada. A figura 2 ilustra o bloco após descer
EMI-15-10
uma distância vertical de 20 cm. Sejam |TP| e |Tel| os módu- Em relação a esses dados são feitas as seguintes afir-
los dos trabalhos realizados pelas forças peso do bloco e elás- mações.
(carrinhos + mola) está armazenada na mola. cidade do trem e a constante elástica da mola forem
II. Cortando-se a corda, a energia potencial elástica da duplicadas.
221
mola transfere-se para os carrinhos na forma de ener- Estão corretas apenas as afirmativas:
gia cinética. a. I, II e IV.
III. Cortando-se a corda, a força elástica da mola realiza b. I, III e IV.
trabalho somente sobre o bloco de massa m1. c. I e II.
Estão corretas somente: d. III e IV.
a. I. c. IIII e II. e. II e III.
b. II. d. I e III.
Física
16. Unisa-SP
14. FEI-SP Um bloco de massa m está sobre um piso plano hori-
Em uma competição de tiro ao prato, um prato de 300 g zontal sem atrito. Uma mola de constante elástica k e de
está disposto em um dispositivo vertical, junto a uma mola massa desprezível está presa à parede e ao bloco. O ponto O
de constante elástica k = 1 200 N/m e comprimida em 30 cm. corresponde à posição de relaxamento o bloco. Em um dado
Quando a mola é liberada, o prato é impulsionado para cima. momento, o bloco é puxado horizontalmente até o ponto A,
Qual é a máxima altura que o prato atinge a partir de sua po- distendendo a mola de um comprimento L. O bloco é mantido
sição inicial? em repouso no ponto A, conforme indicado na figura.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
15. UFPB O A
Em uma estação ferroviária, ao final da linha do trem, é
colocada uma mola de segurança para evitar o choque do L
trem com a parede, caso ocorra um problema com os freios
do trem. Na ocorrência de uma colisão do trem com a mola, Após o bloco ser solto do ponto A, desprezando-se a re-
considera-se que: sistência do ar ao movimento, a expressão matemática que
• o trem se desloca com velocidade constante antes do representa o módulo da velocidade máxima atingida pelo
choque com a mola; bloco é:
• o trilho e a mola estão dispostos horizontalmente;
• os atritos envolvidos são desprezíveis. a. L ⋅ k
Nessas circunstâncias, o engenheiro responsável pela 2 m
154
EMI-15-10
AT 222
Capítulo 3 ................156
Módulo 7 .............162
M
Módulo 8 .............165
a
Módulo 9 .............170
sic
Fí
UÍ
Q
O
BI
O
LP
IS
GE H
O
L
FI
S
C
SO
FÍ
S
RE
s
Neste capítulo, iremos estudar, entre outros itens, o trabalho do físico e
matemático Evangelista Torricelli (1608-1647). Ele atuou em praticamente to-
das as áreas da Física e trouxe muitas contribuições à Matemática. Em Mecâni-
ca, ele continuou os estudos de Galileu sobre o movimento de projéteis. Entre
suas contribuições, demonstrou que, em um gráfico de espaço em função do
tempo, a tangente do ângulo θ da reta suporte em um ponto qualquer é nume-
ricamente igual à velocidade instantânea. θ
t
será possível calcular o deslocamento mesmo não sabendo tipo, que fornecem duas velocidades, mas não são movi-
o valor da aceleração. mentos uniformemente variados. A tendência é querer apli-
Imagine um móvel deslocando-se com aceleração cons- car a equação anterior, o que não pode ser feito.
tante e diferente de zero. No tempo t1, sua velocidade é v1 e,
no tempo t2, sua velocidade é v2.
vm =
( v 2 + v1 )
2
v
vm =
(100 + 60)
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
2
v2 v m = 160
2
v m = 80 km/h
v1
A Essa resposta está completamente errada, pois esse
movimento não é um movimento uniformemente variado.
t1 t2 t Resolução correta
Esta é a maneira correta de calcular a velocidade
Você aprendeu no módulo anterior que o deslocamento média.
escalar (∆s) é numericamente igual à área do trapézio des-
tacada de verde. Calcule os tempos em cada metade do trajeto.
(B + b) ⋅ (h)
∆s =
2 ∆t1
∆S1 = d ∆t2
( v + v ) ⋅ (t − t ) ∆S2 = d
158
∆s = 2 1 2 1
2
∆S = 2d
( v + v ) ⋅ ∆t
∆s = 2 1
2
∆s1 ∆s2
∆t1 = ∆t2 =
v1 v2
∆s = ( v 2 + v1 ) ∆t1 = d ∆t2 = d
∆t 2 60 100
LIVRO DO PROFESSOR
∆t = ∆t1 + ∆t
∆t2
Estudamos no módulo 3 que a velocidade escalar média d
∆t = + d
é definida como o deslocamento escalar dividido pelo interva- 60 100
∆t = 8d
lo de tempo v m = ∆s 300
∆t
Assim: ∆ss = 2d
3
Conheça um pouco mais sobre a
vida de Evangelista Torricelli
222
Acesse: <http://www.fem.unicamp.
br/~em313/paginas/person/torricel.htm>.
APRENDER SEMPRE 24
Física
01.
Um móvel se movimenta em trajetória retilínea, partindo
da posição s0 = 40 m, com velocidade inicial de v0 = –20 m/s
e aceleração constante a = +5 m/s2. Qual a velocidade esca-
lar instantânea do móvel ao passar pela posição s = 10 m?
COLEÇÃO PRIVADA, LONDRES, INGLATERRA
Resolução
Observe que, a priori, não conhecemos o tempo gasto
159
v − v0 +
t= , substituindo esse termo na equação da posição:
a 10 40 (m)
a ⋅ t2 a ⋅ t2
s = s0 + v 0 ⋅ t + ⇒ ∆s = v 0 ⋅ t + Como a aceleração é contrária à velocidade inicial, a ve-
2 2
) ( )
v − v0 2 locidade do móvel diminui até ele parar e, depois, o acelera de
v − v0 a ⋅ a
∆s = v 0 ⋅ ( a
+
2
volta. O móvel, portanto, passa duas vezes pela posição 10 m,
uma na ida (–10 m/s) e outra na volta (+10 m/s).
v ⋅ v 0 − v 02 a( v 2 − 2 ⋅ v ⋅ v 0 + v 20 )
∆s = + Agora, se quisermos saber a velocidade do móvel ao
LIVRO DO PROFESSOR
a 2 ⋅ a2
v ⋅ v 0 − v 0 v − 2 ⋅ v ⋅ v 0 + v 20
2 2 passar pelo espaço 90 m, teremos:
∆s = + v2 = v02 + 2∙a∙(s – s0)
a 2⋅a
2 ⋅ v ⋅ v 0 − 2 ⋅ v 02 + v 2 − 2 ⋅ v ⋅ v 0 + v 20 v2 = (–20)2 + 2 ∙5 ∙(90 – 40)
∆s = v2 = 400 + 500
2⋅a
v2= 900
2 ⋅ a ⋅ ∆s = v 2 − v 20
v = 900
v 2 = v 20 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s v = ± 30 m/s
O móvel passa uma única vez pela posição 90 m e a
favor da orientação da trajetória.
v 2 = v 20 + 2 ⋅ a ⋅ ∆s
v=0 vo a
+
Essa equação é muito útil para calcular a velocidade 10 40 90 (m)
final de um móvel em MUV, ou o seu deslocamento, quando
EMI-15-30
S
Repouso vBA
A B
S
avaliação errada da velocidade relativa. Na maioria das vezes, não nos interessa o sinal da veloci-
dade relativa e, sim, o seu módulo. Para simplificar a escrita,
Em Física, podemos medir essa velocidade relativa de chamaremos o módulo da velocidade relativa de vrel. Assim,
forma bem objetiva. Imagine dois veículos A e B se movi- podemos dizer que:
mentando em uma trajetória qualquer, em movimento uni- |vAB| = |vBA| = vrel
forme, com velocidades escalares instantâneas de módulos
vA = 100 km/h e vB = 120 km/h, na mesma direção e em sen- Essa simplificação é muito útil na resolução de proble-
tidos opostos, conforme a figura abaixo. mas envolvendo encontro ou ultrapassagens de veículos, a
ser estudado no módulo 10.
vA vB
LIVRO DO PROFESSOR
vAB = vA – vB vA vB
A B
3
01. 02.
222
Dois corpos, A e B, movimentam-se segundo a trajetória Dois corpos, A e B, movimentam-se segundo a trajetória
descrita pela figura a seguir, com velocidades escalares de descrita pela figura a seguir, com velocidades escalares de
módulos vA = 15 m/s e vB = 10 m/s. Determine: módulos vA = 25 m/s e vB = 15 m/s. Determine:
a. a velocidade relativa do corpo A em relação ao corpo B; a. a velocidade relativa do corpo A em relação ao cor-
b. a velocidade relativa do corpo B em relação ao corpo A; po B;
c. o módulo da velocidade relativa. b. a velocidade relativa do corpo B em relação ao cor-
vA vB po A.
Física
A B vA vB
S A B
Resolução
vA = + 15 m/s S
vB = + 10 m/s
a. vAB = vA – vB Resolução
vAB = 15 – 10 vA = + 25 m/s
4. Organizador gráfico
A. Cinemática escalar II
CREATIVA/SHUTTERSTOCK
161
usar usar
Funções do MUV
us a
r
r
a
us
s = s0 + v 0 · t +
a·t2 v 2 = v 02 + 2 · a · ∆ s LIVRO DO PROFESSOR
2
v = v0 + a · t ∆s (v 2 + v1 )
=
Função horária ∆t 2 Equação de
do espaço Torricelli
Função horária Velocidade média
da velocidade no MUV
Quando não tiver
O deslocamento A aceleração
EMI-15-30
Apenas
Tema Tópico Subtópico Subtópico destaque texto Características
Exercícios de Aplicação
01. 03.
Um veículo partindo do repouso, leva 6,0 s para percorrer Em um posto de combustível na cidade de São Paulo, um
Física
90 m, em movimento uniformemente variado. A velocidade motorista foi abastecer o carro e, ao sair para pagar a conta, es-
final do veículo é de: queceu-se de puxar o freio de mão. Em consequência, o carro
a. 5,0 m/s desceu de ré, atravessou a avenida e atropelou um pedestre.
b. 10 m/s Suponha que você seja o perito que deve obter o máximo
c. 15 m/s de informações sobre o caso. Usando imagens da câmera de
d. 20 m/s segurança do posto, você descobre o tempo de descida do
e. 30 m/s carro e, no local do acidente, mede a distância percorrida por
ele, em linha reta. Assinale a alternativa correta, consideran-
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Resolução
do que, durante o movimento, a aceleração tenha se mantido
v0 = 0 constante e a distância percorrida tenha sido de 50 metros.
∆t = 6,0 s a. Em 7 s, a velocidade do carro estava entre 50 e
∆s = 90 m 55 km/h.
v=? b. Em 7 s, a velocidade do carro estava entre 14 e
v +v 15 km/h.
v m = ∆s = 1 2 c. Em 10 s, a velocidade do carro estava entre 65 e
∆t 2
90 = 0+ v ⇒ v = 180 70 km/h.
6 2 6 d. Em 10 s, a velocidade do carro estava entre 18 e
v = 30 m/s 22 km/h.
e. Em 12 s a velocidade do carro estava entre 60 e
Alternativa correta: E
65 km/h.
Resolução
a. Correta
∆s = v1 + v 2
162
∆t 2
50 = 0 + v 2
02. 7 2
v 2 ≈ 14 m/s = 50,4 km/h
Um objeto se move de acordo com a seguinte equação
horária: s = 5 · t2 + 2 · t + 3. Determine a velocidade escalar
média deste objeto entre os instantes 0 e 2 s. b. Incorreta. Está entre 14 e 15 m/s.
c. Incorreta
Resolução
s0 = 5 · t2 + 2 · t + 3 Para t1 = 2 s 50 = 0 + v 2
LIVRO DO PROFESSOR
10 2
Para t0 = 0 s1 = 5 · 22 + 2 · 2 + 3 v 2 = 20 m/s = 72 km/h
s0 = 5 · 02 + 2 · 0 + 3 s1 = 20 + 4 + 3
s0 = 3 m s1 = 27 m d. Incorreta. Está entre 18 e 22 m/s.
e. Incorreta
v m = ∆s = 27 − 3 = 24 = 12m/ s
∆t 2 − 0 2 50 = 0 + v 2
v m = 12m/s 12 2
v 2 ≈ 8,3 m/s = 30 km/h
Alternativa correta: A
Habilidade
Calcular tempo de percurso, velocidade, aceleração ou
deslocamentos no movimento uniformemente variado, utili-
zando linguagem descritiva, algébrica e/ou gráfica.
EMI-15-30
3
04. Durante a decolagem, um avião partindo do repouso deve
222
Um aeroporto precisa ser reformado para receber viagens atingir a velocidade de 360 km/h no final da pista. Para que
internacionais. Para isso, sua pista será aumentada de 1,7 mil isso seja possível, o avião deve acelerar de modo constante
metros para 2,6 mil metros. durante:
a. 52,0 segundos na pista antiga.
b. 34,0 segundos na pista antiga.
c. 26,0 segundos na pista nova.
d. 17,0 segundos na pista antiga.
Física
e. 14, 4 segundos na pista nova.
05.
Um automóvel percorre a distância entre São Paulo e São
José dos Campos (90 km) com velocidade média de 60 km/h;
SENOHRABEK/SHUTTERSTOCK
Seu espaço
Sobre o módulo
Esse módulo tem o intuito de demonstrar como relacionar o deslocamento escalar com o tempo sem a necessidade de
conhecer o valor da aceleração.
Alertar o aluno de que a equação deduzida na aula só vale para movimento uniformemente variado.
163
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-30
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento 08. A velocidade média do móvel entre 1,0 s e 3,0 s é de
5,0 m/s.
16. A velocidade do móvel no instante t = 4 s é nula.
06. Cesgranrio-RJ
Um automóvel, partindo do repouso, leva 5,0 s para per- 11.
correr 25 m, em movimento uniformemente variado. A veloci- Uma mãe se distrai por um momento e o carrinho de seu
dade final do automóvel é de: bebê desce e cai na linha do metrô. Nesse momento, a com-
Física
a. 5,0 m/s d. 20 m/s posição está com velocidade de 20 m/s e a 300 metros da
b. 10 m/s e. 25 m/s criança. Calcule o máximo tempo que o maquinista tem para
c. 15 m/s parar a composição, considerando a aceleração constante.
que a bala levou no bloco, se a distância total percorrida em mesma 10 s após com velocidade escalar de 10 m/s. O com-
seu interior foi igual a 10 cm? primento da ponte é:
a. 150 m d. 60 m
08. UFTM-MG b. 120 m e. 30 m
Desejando aumentar a velocidade para 25 m/s sem pro- c. 90 m
duzir desconforto aos passageiros, um motorista mantém
seu carro sob movimento retilíneo uniformemente variado 13.
por 10 s enquanto percorre um trecho de 200 m da estrada. Um motorista viajando a uma velocidade de 60 km/h acio-
A velocidade que o carro já possuía no momento em que se na os freios e percorre, a partir daí, uma distância d até parar.
decidiu aumentá-la era, em m/s: Se a velocidade inicial do movimento, antes de o freio ser acio-
a. 5 d. 12 nado, fosse de 120 km/h, qual seria a distância percorrida, no
b. 8 e. 15 caso de a desaceleração ser a mesma nas duas situações?
c. 10 Considere a aceleração constante durante a frenagem.
a. 2d b. 3d c. 4d d. 5d e. 6d
09.
Um carro desloca-se numa rodovia retilínea com velo- 14. Aman-RJ
164
cidade constante de 72 km/h. Num determinado instante, o Um carro está desenvolvendo uma velocidade constante
motorista do carro avista um animal parado no meio da estra- de 72 km/h em uma rodovia federal. Ele passa por um trecho
da a 100 m de distância. Imediatamente, ele aciona os freios da rodovia que está em obras, onde a velocidade máxima
produzindo uma desaceleração constante durante 4 segun- permitida é de 60 km/h. Após 5 s da passagem do carro, uma
dos. Pode-se afirmar que o motorista: viatura policial inicia uma peerseguição, partindo do repouso
a. não consegue evitar a colisão com o animal. e desenvolvendo uma aceleração constante. A viatura se des-
b. consegue parar o carro exatamente na frente do animal. loca 2,1 km até alcançar o carro do infrator. Nesse momento, a
c. consegue parar o carro a 100 m do animal. viatura policial atinge a velocidade de:
d. consegue parar o carro a 60 m do animal. a. 20 m/s d. 38 m/s
e. consegue parar o carro a 40 m do animal. b. 24 m/s e. 42 m/s
LIVRO DO PROFESSOR
c. 30 m/s
10. UEPG-PR
O gráfico a seguir representa a posição de um móvel que se 15.
desloca ao longo de uma reta, com aceleração constante, em Um carro viaja durante 1 h a 100 km/h, depois passa
função do tempo. Sobre este evento, assinale o que for correto. a viajar a 80 km/h durante 1h30 e, finalmente, passa a
120 km/h durante 30 min. Calcule a sua velocidade escalar
s (m)
média nesse trajeto.
16. Fuvest-SP
20 Uma moto de corrida percorre uma pista que tem o formato
aproximado de um quadrado com 5 km de lado. O primeiro lado
10 é percorrido a uma velocidade escalar média de 100 km/h, o
segundo e o terceiro a 120 km/h e o quarto a 150 km/h. Qual a
0 4,0 8,0 t (s) velocidade escalar média da moto nesse percurso?
a. 110 km/h d. 140 km/h
EMI-15-30
3
Equação de Torricelli
222
Exercícios de Aplicação
01. UEPB
Leia a tirinha a seguir para responder à questão.
Física
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Coitado do Cascão!!! Quase era atropelado. Por sorte o carro estava a uma velocidade de 36 km/h e foi possível o motorista
frear bruscamente, provocando no carro uma aceleração de – 2,0 m/s2 e parar o carro, evitando atropelá-lo. Nessas circunstân-
cias, qual é a distância percorrida em metros, pelo carro, no instante em que o motorista pisa no freio até parar?
a. 25 b. 28 c. 16 d. 18 e. 20
Resolução
v 2 = v 20 + 2 a⋅ ∆s
( )
2
0 = 36 − 2⋅2⋅ ∆s ⇒ ∆s = 25 m
3,6
Alternativa correta: A
165
02. Vunesp
Um veículo está rodando à velocidade de 36 km/h, numa estrada reta e horizontal, quando o motorista aciona o freio. Supon-
do que a velocidade do veículo se reduz uniformemente à razão de 4 m/s em cada segundo a partir do momento em que o freio
foi acionado, determine:
a. o tempo decorrido entre o instante do acionamento do b. a distância percorrida pelo veículo nesse intervalo de
freio e o instante em que o veículo para; tempo.
Resolução Resolução
v = v0 + a ⋅ t v2 = v02 + 2 ⋅ a ⋅∆s LIVRO DO PROFESSOR
0 = 10 + (–4) ⋅ t 0 = 102 + 2 ⋅ (–4) ⋅∆s
t = 2,5 s ∆s = 12,5 m
v (m/s)
10
0 2,5 t (s)
Um móvel se desloca a partir do repouso e percorre 500 metros, atingindo a velocidade de 20 m/s, em movimento uniforme-
mente variado. O gráfico que melhor representa esse movimento é:
222
a. a (m/s)2 d. v (m/s)
20 20
Física
0 50 t (s) 0 50 t (s)
b. s (m) e. v (m/s)
500
20
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
0 50 t (s) 0 50 t (s)
c. s (m)
500
0 50 t (s)
Resolução
a. Incorreta
166
v2 = v02 + 2 ⋅ a ⋅∆s
202 = 0 + 2 ⋅a⋅500
a = 0,4 m/s2
b. Incorreta. No MUV, o gráfico é uma parábola.
c. Incorreta. A aceleração é positiva, portanto a concavidade é voltada para cima.
d. Correta
v = v0 + a ⋅ t
20 = 0 + 0,4 ⋅ t
LIVRO DO PROFESSOR
t = 50 s
e. Incorreta. A aceleração é positiva, portanto o gráfico é crescente.
Alternativa correta: D
Habilidade
Utilizar funções matemáticas de primeiro e segundo graus para descrever movimentos.
EMI-15-30
3
04. d. 30 m/s na gota 3.
222
Em um experimento, um carrinho parte do repouso e au- e. 26 m/s na gota 4.
menta sua velocidade com aceleração constante de 10 m/s2.
Por meio de um sistema de gotejamento, foi formado um ras- 05. UFSCar-SP
tro com as gotas, conforme a figura. Uma partícula se move em uma reta com aceleração
constante. Sabe-se que, no intervalo de tempo de 10 s,
0 1 2 3 4 ela passa duas vezes pelo mesmo ponto dessa reta, com
velocidades de mesmo módulo, |v| = 4,0 m/s, em sentidos
Física
5m 15 m 25 m 35 m opostos. O módulo do deslocamento e o espaço percorrido
pela partícula, nesse intervalo de tempo, são, respectiva-
Sabendo que o carrinho partiu do repouso no momento mente:
em que sai a gota zero, podemos afirmar que a velocidade do a. 0,0 m e 10 m
carrinho será de: b. 0,0 m e 20 m
a. 5 m/s na gota 0. c. 10 m e 5,0 m
b. 5 m/s na gota 1. d. 10 m e 10 m
c. 10 m/s na gota 2. e. 20 m e 20 m
Na web
Para mais informações, leia o artigo:
A equação de Torricelli e o estudo do movimento
retilíneo uniformemente variado (MRUV),
disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?pid=S1806-11172010000400007&script=sci_
arttext>. Acesso em: 1 jul. 2014.
167
O vídeo a seguir mostra o experimento de Torricelli
que levou à dedução da sua equação. É possível fazer
a demonstração em aula usando uma garrafa PET.
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=8w2BVcKS9rA>. Acesso em: 1 jul. 2014.
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-30
Da teoria, leia o tópico 2. pelo cruzamento antes que a primeira lâmpada ver-
222
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento melha se acenda, pois está a 400 m do semáforo.
III. Se um motorista que trafega à velocidade constante
de 36 km/h perceber, a 25 m de distância do semáfo-
06. ro, que as lâmpadas vermelhas estão acesas, ele terá
Um vagão ferroviário, deslocando-se com velocidade de imprimir uma desaceleração constante mínima de
v = 30 m/s, é desacelerado até o repouso com aceleração 2 m/s2 para que o carro pare até o semáforo.
constante. O vagão percorre 100 m antes de parar. Qual a ace- Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s)
Física
3
nal, a aceleração do corpo, sabendo-se que se manteve cons-
tante durante todo o movimento, é igual a:
222
a. 0,05 m/s2 d. 2,00 m/s2
b. 0,10 m/s 2
e. 2,50 m/s2
c. 1,00 m/s 2
15. Fuvest-SP
A velocidade máxima permitida em uma auto-estrada é
de 110 km/h (aproximadamente 30 m/s) e um carro, nessa
Física
velocidade, leva 6 s para parar completamente. Diante de um
posto rodoviário, os veículos devem trafegar no máximo a
36 km/h (10 m/s). Assim, para que carros em velocidade má-
xima consigam obedecer ao limite permitido, ao passar em
frente do posto, a placa referente à redução de velocidade
deverá ser colocada antes do posto, a uma distância, pelo
menos, de:
a. 40 m d. 90 m
169
quência de figuras a seguir. tância dF.
LIVRO DO PROFESSOR
EMI-15-30
Velocidade relativa
222
Exercícios de Aplicação
01. 03. UEM-PR modificado
Dois automóveis, A e B, movimentam-se em uma pista Aves migratórias que vivem nas regiões da tundra e da
Física
retilínea com velocidades escalares de módulos va = 30 m/s e taiga deslocam-se do hemisfério Norte para o hemisfério Sul
vb = 12 m/s, como indicado na figura a seguir. Determine: durante o inverno, que é um período de escassez alimentar.
Nesse contexto, assinale o que for correto.
va vb
a. As aves migratórias pertencem à classe Aves, e a equa-
A B ção d = v ⋅ t (d é a distância percorrida, v é a velocidade
S
e t é o tempo gasto para percorrer a distância d) pode
ser aplicada ao movimento dessas aves durante o
a. a velocidade relativa do corpo A em relação ao corpo B; processo de migração, independentemente do tipo
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
mento uniforme.
b. Incorreta. A velocidade durante toda a migração não é
constante.
c. Correto. vrel = 60 – 60 = 0 km/h
MARIELA GUIMARAES/CORBIS/LATINSTOCK
Alternativa correta: C
Habilidade
Calcular tempo de percurso, velocidade, aceleração ou
deslocamentos no movimento uniformemente variado, utili-
Supondo que o caminhão trafegava a 90 km/h e o carro a
zando linguagem descritiva, algébrica e/ou gráfica.
120 km/h, qual foi a velocidade relativa na colisão?
a. 1,33 km/h d. 210 km/h
b. 30 km/h e. 10 800 km/h
c. 120 km/h
Resolução
Estando as velocidades em sentidos opostos, a velocida-
de relativa é:
vrel = |vcaminhão| + |vcarro|
vrel= 90 + 120
vrel = 210 km/h
EMI-15-30
Alternativa correta: D
3
04. a. sempre multiplicada por 2, independentemente das
222
Entre janeiro e abril deste ano, das 278 mor- velocidades de cada um.
tes em acidentes de trânsito nas rodovias fede- b. a soma dos módulos das velocidades de cada um.
rais do Paraná, cerca de 37% foram em aciden- c. a subtração dos módulos das velocidades de cada um.
tes do tipo “colisão frontal”. As ultrapassagens d. a multiplicação dos módulos das velocidades de cada
indevidas, assim como o excesso de velocidade, um.
e. a média aritmética das velocidades de cada um.
são duas das maiores causas de acidentes com
mortes neste mesmo período.
Física
05.
Disponível em: <http://blogs.diariodepernambuco.com.br/
Dois pontos materiais encontram-se distanciados de
mobilidadeurbana/2012/06/um-terco-dos-acidentes-nas-
200 m um do outro, apresentando funções horárias
rodovias-sao-de-colisoes-frontais/>. Acesso em: 1 jun. 2013
s1 = – 30 + 18 · t e s2 = 170 + 14 · t, em relação a um mes-
As colisões frontais são tão letais porque a velocidade re- mo referencial. Determine a velocidade relativa do ponto 1
lativa entre dois automóveis é: em relação ao ponto 2.
Na web
Pode-se usar esse simulador de velocidade relativa para complementar a aula.
Acesse: <http://www.phy.ntnu.edu.tw/oldjava/relativeVelocity/relativeVelocity-port.html>. Acesso em: 1 jul. 2014.
Exercícios Propostos
171
Da teoria, leia o tópico 3. b. a velocidade relativa do corredor B em relação ao cor-
Exercícios de tarefa reforço aprofundamento redor A;
c. a velocidade relativa do corredor B em relação ao poste C.
vA vB 6 A B
A C
Determine:
EMI-15-30
c. 3,0 m/s
13.
A tabela a seguir mostra a velocidade de alguns animais Qual a velocidade relativa das duas caixas no tempo de
na natureza. 3 segundos?
Animal Velocidade (km/h)
Dados:
Falcão 300 FThiago = 10 N
Guepardo 120 FLuzia = 8 N
Leoa 78 Massa das caixas
mThiago = 10 kg
Coiote 72
mLuzia = 4 kg
Zebra 60 Despreze o atrito entre o solo e as caixas.
EMI-15-30