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Curso de NR 10 Básico-Reciclagem

Apostila para acompanhamento das aulas

NR-10 Richard Balilla


RICHARD BALILLA

• ELETRICISTA INDUSTRIAL
• TÉCNICO ELETRÔNICO
• ENGENHEIRO ELETRICISTA
• ENGENHEIRO DE TELECOM
• ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
INTRODUÇÃO

• O QUE É UMA NR
• COMO SURGIRAM AS NR´S
• QUANTAS SÃO AS NR´S
• NR 10
NR

• Trata-se do conjunto de requisitos e procedimentos relativos


à segurança e medicina do trabalho, de observância
obrigatória às empresas privadas, públicas e órgãos do
governo que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho
COMO SURGIRAM AS NR´S

Cenário nacional antes das NR´s


• Número de acidentes elevado
• Ambientes de trabalho precários
• Na década de 1970, a cada sete empregados, um sofria acidente de trabalho
• Grande crescimento econômico
• Informalidade nos contratos laborais
• Organização Internacional do Trabalho (OIT)
• Em 1978, através da Portaria nº 3.214, foram aprovadas 28
• No entanto, atualmente, temos 36.
NR 10

• Esta Norma Regulamentadora-NR estabelece:


• Os requisitos e condições mínimas para a
implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos
• Garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores
que, direta ou indiretamente, interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade.
NR 10
Esta NR se aplica:
• As fases de geração
• Transmissão
• Distribuição
• Consumo
Incluindo as etapas de:
• Projeto
• Construção
• Montagem
• Operação
• Manutenção
• Quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades

* observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis
Apresentação

• A região nordeste continua sendo a região com o maior número de


acidentes, apesar de não ser a região com a maior população.

Porque?
• O desconhecimento dos riscos que a eletricidade oferece
• Descaso com a eletricidade
• Fiscalização e renda pequenas
• Falta de profissionais qualificados
• Instalações de baixa qualidade e inseguras
Apresentação

• O contato com partes energizadas da instalação pode:


• Fazer com que a corrente elétrica passe pelo seu corpo, que produz:
• Choque
• Queimaduras externas e internas
• Lesões físicas
• Traumas psicológicos
• Muitas vezes ocasiona óbito
• Incêndios originados por falhas ou desgaste das instalações elétricas.
• O fato de a eletricidade estar tão presente na vida gera descaso

*Como resultado, recebeu um forte estímulo para mudar a partir de dezembro de 2004, quando
passou a vigorar a revisão da NR-10 de 1978.
Apresentação

Sob a ótica da NR-10 as tensões são classificadas como:

• Extrabaixa tensão: abaixo de 50VCA ou 120 VCC


• Baixa tensão: superior a 50VCA e 120VCC
• Alta tensão : superior a 1.000 VCA ou 1.500 VCC
Riscos em instalações e serviços com
eletricidade

• Há diferentes tipos de riscos devido aos efeitos da


eletricidade no ser humano e no meio ambiente.
Os principais são o choque elétrico, o arco
elétrico, a exposição aos campos
eletromagnéticos e o incêndio.

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Choque elétrico)

• Com o domínio da ciência da eletricidade, temos hoje diversos benefícios


• Mas também, vários problemas de ordem operacional, sendo o mais grave o
choque elétrico.
O choque elétrico:

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• Se caracteriza pelo fluxo de elétrons que circula quando existe um caminho,
denominado circuito elétrico
• É estabelecido entre dois pontos com potenciais elétricos diferentes (DDP)
• Por exemplo:
• um condutor energizado e a terra, se você encostar em ambos
simultaneamente formará o circuito elétrico e permitirá que a corrente circule
por intermédio de seu corpo

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Choque elétrico)

Tipos de choques elétricos


• O corpo humano, com relação a sua característica orgânica à
passagem da corrente, é uma impedância elétrica composta por
uma resistência elétrica, associada a um componente com
comportamento levemente capacitivo.
• O choque elétrico pode ser dividido em duas categorias:

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Choque elétrico)

Descarga eletrostática:
É o efeito capacitivo
presente nos mais
diferentes materiais e
equipamentos com os
quais o homem
convive (Estática)

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Choque elétrico)

Choque dinâmico Ocorre quando se faz contato


com um elemento energizado.
Acontece por:
• Toque acidental ou
• Toque em partes condutoras
próximas aos equipamentos e
instalações, energizadas
acidentalmente por defeito

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(fissura ou rachadura na
isolação).

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Choque elétrico)

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Choque elétrico)

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Choque elétrico)

Resistência elétrica do corpo humano


• Entre 100 000 ohms e 600 000 ohms, com a pele seca e
sem cortes
• Entretanto quando está úmida, pode atingir até 500 ohms
• Já na parte interna do corpo de 300 a 500 ohms

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Choque elétrico)

Efeitos do choque no indivíduo


O choque elétrico provoca os efeitos
relacionados a seguir:
• Parada respiratória
• Parada cardíaca

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• Necrose da pele
• Alteração no sangue
• Perturbação do sistema nervoso.
• Sequelas em vários órgãos do corpo humano.
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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Arco elétrico)

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Arco elétrico)

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Roupa típica de proteção contra arco e queimaduras
Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Arco elétrico)

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Riscos em instalações e serviços com
eletricidade (Campos eletromagnéticos)

Campos eletromagnéticos
• O termo campo indica que em um determinado espaço existe uma força que
pode ser responsável pelo movimento de corpos nele inseridos. O campo
gravitacional da lua, que determina a subida da maré, é um exemplo do conceito
de campo. Além do campo gravitacional, temos o campo elétrico, o magnético e
eletromagnético.

• O campo elétrico se caracteriza pela presença de corpos eletrizados, ou seja, ao


redor de corpos eletrizados existe uma região que irá exercer força elétrica em

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outros corpos inseridos na mesma região. O valor do campo depende da
distância em relação ao corpo eletrizado é e medido em Volts/metro.

• O campo magnético se caracteriza pela presença de um fluxo magnético,


provocado por imãs ou eletroímãs, em uma determina região. O fluxo magnético
consegue magnetizar corpos metálicos nele inseridos determinando o
aparecimento de forças de origem magnética.

• O fluxo magnético ou campo magnético é medido em Tesla ou em Gauss.


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Riscos em instalações e serviços com
eletricidade (Campos eletromagnéticos)

Exemplo:
Raio:
• A corrente do raio sofre variação no tempo, ela cria campos elétricos e magnéticos no espaço
ao redor do canal de corrente entre a nuvem e o solo.
• As manifestações dos dois campos são sentidas nas linhas elétricas ou de telecomunicações
próximas, evidenciando que o campo se propaga no ar. (tensões induzidas)

Dois efeitos ocorrem nos seres humanos a partir dos campos eletromagnéticos:
• O campo elétrico provoca a formação de uma carga sobre a superfície da pele
• O magnético causa fluxo de correntes circulando em todo corpo. Normalmente estes efeitos
não são prejudiciais ao seres humanos, mas, quando muito intensos, podem ocorrer
disfunções em implantes eletrônicos (marca passo e dosadores de insulina) e a circulação de
correntes em próteses metálicas, a ponto de provocar aquecimento intenso, o que acarreta
lesões internas.

*A indução elétrica. Esse fenômeno pode ser particularmente importante quando há diferentes
circuitos próximos uns dos outros.
Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

• Riscos adicionais
• São considerados como riscos adicionais aqueles
que, além dos elétricos, são específicos de cada
ambiente ou processo de trabalho e que, direta ou
indiretamente, possam afetar a segurança e a

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saúde dos que trabalham com eletricidade.

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

Ambientes confinados
• Locais com acesso e movimentação de pessoas
enormemente dificultados;
• Reduzida ou nenhuma ventilação/iluminação e, com a
presença de vapores que podem causar intoxicação.
• Nessas atividades que exponham os trabalhadores a riscos
de asfixia, explosão, intoxicação e doenças do trabalho
devem ser adotadas medidas especiais de proteção, a saber:
• a) Treinamento e orientação para os trabalhadores
• b) Nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os
trabalhadores não poderão realizar suas atividades sem um
programa de proteção respiratória; 27
Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

• c) deve ser precedida de inspeção prévia e elaboração de ordem


de serviço com os procedimentos a serem adotados;

• d) monitoramento permanente de substância que cause asfixia,


explosão e intoxicação, realizado por trabalhador qualificado sob
supervisão de responsável técnico;

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• e) proibição de uso de oxigênio para ventilação de local
confinado;

• f ) garantir de forma permanente a renovação contínua do ar;

• g) sinalização com informação clara e permanente 28


Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

• h) uso de cordas ou cabos de segurança e pontos fixos para amarração


que possibilitem meios seguros de resgates;
• i) acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis
• j) a cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores, pelo menos 2 (dois) devem
ser treinados para resgate;
• k) manter ao alcance dos trabalhadores ar mandado e/ou equipamento

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autônomo para resgate;
• l) no caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação
prévia antes da execução do trabalho.

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

Áreas classificadas
• Áreas sujeitas à formação (ou existência) de uma atmosfera explosiva
pela presença normal ou eventual de gases/vapores inflamáveis ou
poeiras/fibras combustíveis.

• Tais áreas, também chamadas de ambientes explosivos, são


classificadas conforme normas internacionais, e de acordo com a
classificação exigem a instalação de equipamentos e/ou interfaces que
atendam às exigências prescritas nas mesmas.

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

• As áreas classificadas normalmente cobrem uma zona cujo limite é onde o gás ou
gases inflamáveis estarão tão diluídos ou dispersos que não poderão apresentar
perigo de explosão ou combustão.
• Segundo as recomendações da IEC 79-10, as áreas são classificadas em:
• Zona 0 área na qual uma mistura de gás/ar, potencialmente explosiva, está
presente continuamente ou por grandes períodos de tempo;
• Zona 1 área na qual a mistura gás/ar, potencialmente explosiva, pode estar

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presente durante o funcionamento normal do processo;
• Zona 2 área na qual uma mistura de gás/ar, potencialmente explosiva, não está
normalmente presente. Caso esteja, será por curtos períodos.

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Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

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EN-Electrical Apparatus for Potentially Explosive Atmospheres 32
Riscos em instalações e serviços
com eletricidade (Riscos adicionais)

Condições atmosféricas
Umidade
• Todo trabalho em equipamentos energizados só deve ser iniciado com boas condições
meteorológicas, não sendo assim permitidos trabalhos sob chuva, neblina densa ou ventos.

• Para determinar a condição de umidade favorável ou não com a utilização do termo


higrômetro ou umedecendo levemente com um pano úmido a superfície de um bastão de

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manobra e aguardar durante aproximadamente 5 minutos. Desaparecendo a película de
umidade, há condições seguras para execução dos serviços.

• A existência de umidade no ar propicia a diminuição da capacidade disrruptiva do ar,


aumentando assim o risco de acidentes elétricos.

• Os equipamentos isolados a óleo não devem ser abertos em condições de umidade elevada
Técnicas de análise de riscos

Conceitos básicos
Perigo
• Uma ou mais condições físicas ou químicas com possibilidade de causar
danos às
• pessoas, à propriedade, ao ambiente ou uma combinação de todos.
Risco

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• Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana, resultante da
combinação entre a frequência da ocorrência e a magnitude das perdas ou
danos (consequências).
• O risco também pode ser definido através das seguintes expressões:
• » combinação de incerteza e de dano;
• » razão entre o perigo e as medidas de segurança;
• » combinação entre o evento, a probabilidade e suas consequências.
• A experiência demonstra que geralmente os grandes acidentes são causados
por eventos pouco frequentes, mas que causam danos importantes. 34
Técnicas de análise de riscos

Análise de riscos
• É a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa (qualitativa ou
quantitativa) dos riscos, baseada na engenharia de avaliação e técnicas
estruturadas para promover a combinação das frequências e
consequências de cenários acidentais.

Avaliação de riscos
• É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e os compara
com os critérios de tolerabilidade previamente estabelecidos.

Gerenciamento de riscos
• É a formulação e a execução de medidas e procedimentos técnicos e
administrativos que têm o objetivo de prever, controlar ou reduzir os riscos
existentes na instalação industrial, objetivando mantê-la operando dentro
dos requerimentos de segurança considerados toleráveis.
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Técnicas de análise de riscos

Principais técnicas para a identificação dos riscos/perigos


Análise preliminar de riscos
• Método de estudo preliminar e sumário de riscos, normalmente
conduzido em conjunto com o grupo de trabalhadores expostos, com o
objetivo de identificar os acidentes potenciais de maior prevalência na
tarefa e as características intrínsecas destes.
• É um método de estudo de riscos realizado durante a fase de

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planejamento e desenvolvimento de um determinado processo, tarefa
ou planta industrial, com a finalidade de prever e prevenir riscos de
acidentes que possam acontecer durante a fase operacional e de
execução da tarefa.

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO
ELÉTRICO (Desenergização)

• É um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e


controladas destinadas a garantir a efetiva ausência de tensão no
circuito, trecho ou ponto de trabalho durante todo o tempo de
intervenção e sob controle dos trabalhadores envolvidos.

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Desenergização)

Seccionamento
É a ação da interrupção da alimentação elétrica em um equipamento ou circuito.
A interrupção é executada com a manobra local ou remota do respectivo dispositivo de
manobra, geralmente o disjuntor alimentador do equipamento ou circuito a ser isolado

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Desenergização)

Impedimento de reenergização
É o processo pelo qual se impede o religamento acidental
do circuito desenergizado. Este impedimento pode ser feito
por meio de bloqueio mecânico, como por exemplo:
• Em seccionadora de alta tensão, utilizando cadeados que
impeçam a manobra de religamento pelo travamento da haste de
manobra.
• Retirada dos fusíveis de alimentação do local.
• Travamento da manopla dos disjuntores por cadeado ou lacre.
• Extração do disjuntor quando possível.

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO
ELÉTRICO (Desenergização)

Constatação de ausência da tensão


Usualmente, por meio de sinalização luminosa ou de voltímetro instalado no próprio
painel, deve-se verificar a existência de tensão em todas as fases do circuito.

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Aterramento temporário)

• Aterramento temporário
• A instalação de aterramento temporário tem como finalidade a equipotencialização dos
circuitos desenergizados, ou seja, ligar eletricamente ao mesmo potencial, no caso ao
potencial de terra

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO
ELÉTRICO (Equipotencialização)

Equipotencialização
• É o conjunto de medidas que visa minimizar as diferenças de
potenciais entre componentes de instalações elétricas de
energia e de sinal (telecomunicações, rede de dados, etc.),
prevenindo acidentes com pessoas e baixando a níveis
aceitáveis os danos tanto nessas instalações quanto nos

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equipamentos a elas conectados.

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO
ELÉTRICO (Equipotencialização)

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Seccionamento automático da alimentação)
Seccionamento automático da alimentação
• No sistema de proteção contra choques elétricos (contatos indiretos) por seccionamento
automático da alimentação, as massas devem ser ligadas a condutores de proteção,
compondo uma “rede de aterramento”, e “um dispositivo de proteção deve seccionar
automaticamente a alimentação do circuito por ele protegido sempre que uma falta (falha)
entre parte viva e massa der origem a uma tensão de contato perigosa”.

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Seccionamento automático da alimentação)

• Dispositivo de proteção a corrente diferencial-residual – DR


Princípio de funcionamento
O DR opera em função do campo magnético resultante da circulação
da corrente pelos condutores de alimentação dos circuitos elétricos.
Nesses circuitos as correntes estão defasadas entre si e os campos
magnéticos ao redor dos condutores de alimentação, desde que não
exista fuga (vazamento), se anulam, ou seja, o seu valor é
praticamente nulo.

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Seccionamento automático da alimentação)

A situação é análoga se alguma pessoa vier a tocar uma parte viva do circuito protegido:
a porção de corrente que irá circular pelo corpo da pessoa provocará igualmente
um desequilíbrio na soma vetorial das correntes – a diferença, então, é detectada pelo
dispositivo diferencial, tal como se fosse uma corrente de falta à terra
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Seccionamento automático da alimentação)
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por extrabaixa tensão)

Proteção por extrabaixa tensão


É comum o emprego da tensão de 24 V para condições de trabalho desfavoráveis, como
trabalho em ambientes úmidos.

Tais condições são favoráveis a choque elétrico nestes tipos de ambiente, pois a resistência do
corpo humano é diminuída e a isolação elétrica dos equipamentos fica comprometida.

Equipamentos de solda empregados em espaços confinados, como solda em tanques,


requerem que as tensões empregadas sejam baixas.

A proteção por extrabaixa tensão consiste em empregar uma fonte da baixa tensão ou uma
isolação elétrica confiável, se a tensão extrabaixa for obtida de circuitos de alta tensão.

A tensão extrabaixa é obtida tanto através de transformadores isoladores como de baterias e


geradores.
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por barreiras e invólucros)

Proteção por barreiras e invólucros


São destinados a impedir todo contato com as partes vivas da instalação
elétrica, ou melhor, as partes vivas devem estar no interior de invólucros ou
atrás de barreiras.

As barreiras e invólucros devem ser fixados de forma segura e também


possuir robustez e durabilidade suficiente para manter os graus de proteção e
ainda apresentar apropriada separação das partes vivas. As barreiras e
invólucros podem:
1-Impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as partes vivas
2- garantir que as pessoas sejam advertidas de que as partes
acessíveis através da abertura são vivas e não devem ser tocadas
intencionalmente.
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por barreiras e invólucros)
Exemplo
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por isolamento das partes vivas)
Proteção por isolamento das partes vivas
Isolamento elétrico é a ação destinada a impedir todo contato com as partes
vivas da instalação elétrica.
As partes vivas devem ser completamente recobertas por uma isolação que
só possa ser removida através de sua destruição. O isolamento pode ser
destruído por sobretensões transitórias, que provocam uma descarga
elétrica no isolamento que, por sua vez, causa sua ruptura (perfuração)

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por colocação fora de alcance)

Proteção parcial por colocação fora de alcance


A colocação fora de alcance destina-se somente a impedir os contatos
involuntários com as partes vivas.

Quando há o espaçamento, este deve ser suficiente para que se evite que
pessoas circulando nas proximidades das partes vivas possam entrar em
contato com essas partes, seja diretamente ou por intermédio de objetos
que elas manipulem ou transportem.

A seguir podemos verificar um exemplo de proteção parcial por colocação


fora do alcance em uma subestação.
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por colocação fora de alcance)
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por colocação fora de alcance)
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por colocação fora de alcance)
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
(Proteção por separação elétrica)

Proteção por separação elétrica


Proteção por separação elétrica – Tratada na NBR 5410:2004, consiste em separar o circuito de
tal forma que suas partes vivas não devem ser conectadas, em nenhum ponto, a um outro
circuito, à terra ou a um condutor de proteção.

A proteção por separação elétrica pode ser realizada pelos seguintes meios:
1- Transformador de separação de segurança

2- Grupo motor-gerador com enrolamentos que forneçam uma separação equivalente à de um


transformador.

3- Circuitos eletricamente separados podem alimentar um único ou vários equipa mentos.


A situação ideal é aquela em que temos um único equipamento conectado ao circuito. Sua
massa não deve ser aterrada. Com vários equipamentos alimentados pelo mesmo circuito, estes
devem ser ligados entre si por condutores de eqüipotencialidade, não aterrados.
Equipamentos de Proteção Coletiva

O Estrado ou Tapete Isolante Elétrico é um EPC utilizado em cabinas de força


(primárias, secundárias e subestações) e em frente a painéis elétricos como CCM
(Centro de Comando de Motores) e deve ter compatibilidade com a tensão máxima
de trabalho do ambiente.
Adicionalmente cita a necessidade de inspeção e testes de acordo com
regulamentações específicas ou prescrições do fabricante. A norma de segurança da
NBR 14 039 da ABNT – especifica o formato da área coberta por pisos de isolação
elétrica (Estrados ou Tapetes) e as ASTM D -149-97 e ASTM D -1048-05
regulamenta o processo de testes do material isolante

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Equipamentos de Proteção Coletiva

Cada metro de piso isolante elétrico é submetido a teste de


rigidez dielétrica e, se aprovado, recebe etiqueta de
conformidade – modelo abaixo:

O número de rastreamento da etiqueta está vinculado a laudo individual de cada


estrado ou tapete de isolação elétrica e acompanha o fornecimento. – O serviço de
ensaio é feito por laboratório especializado e laudo assinado por técnico responsável
e inscrito no CREA. A validade do laudo de isolação elétrica é de 1 ano, a partir do
ensaio.
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Equipamentos de Proteção Coletiva

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Equipamentos de Proteção Coletiva

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Equipamentos de Proteção Coletiva

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Equipamentos de Proteção Coletiva

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Equipamentos de Proteção Coletiva

• As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a


desenergização elétrica e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão
de segurança. Se isso não for possível, devem ser utilizadas outras
medidas de proteção coletiva, como:
• Isolação das partes vivas
• Obstáculos
• Barreiras

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• Sinalização
• Sistema de seccionamento automático de alimentação
• Bloqueio do religamento automático.

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Equipamentos de Proteção Individual

Equipamentos de Proteção Individual


• Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva
forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes, devem ser adotados equipamentos
de proteção individual (EPIs) específicos e adequados às atividades
desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR-6.
• As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, considerando-se,
também, a condutibilidade, a inflamabilidade e as influências eletromagnéticas.

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• É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou
em suas proximidades, principalmente se forem metálicos ou que facilitem a
condução de energia.

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Equipamentos de Proteção Individual

• O EPI deve ser usado quando:


• Não for possível eliminar o risco por outros meios
• For necessário complementar a proteção coletiva

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Equipamentos de Proteção Individual

• Óculos de segurança
• Equipamento destinado à proteção contra elementos que venham a prejudicar a visão, como,
por exemplo, descargas elétrica.
• Só quem já sofreu com irritação nos olhos, devido a fragmentos de partículas solidas (pó) ou
líquidas (químicas ou orgânicas) conhece a dor de cabeça que isso pode trazer.
• Existem trabalhos que proporcionam grandes riscos e que exigem proteção extra para os
olhos.
• Alguns trabalhos produzem resíduos sólidos ou líquidos, químicos ou orgânicos, que não são
apropriados para cair nos olhos do trabalhador.

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Equipamentos de Proteção Individual

Exemplos de riscos que sua visão corre:


• Risco ocular Físico: Este risco é caracterizado pela possibilidade de partículas
sólidas caírem nos olhos. Ou, quando há manuseio de objetos perfuro cortantes,
que possam vir a perfurar os olhos do trabalhador.
• Um exemplo bastante comum de risco físico tanto na vida profissional, quanto na
doméstica, são as partículas de pó que se soltam da parede, ou da madeira,

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quando se utiliza a furadeira. Para evitar este tipo de problema use óculos de
proteção.

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Equipamentos de Proteção Individual

• Risco ocular Químico:


Queda de substâncias químicas nos olhos.
• Outra situação que gera risco aos olhos é durante pintura com pincel ou, mais
ainda, com compressores. O líquido da tinta possui uma química muito forte
que pode não só irritar, como danificar a visão. Logo, para evitar queimadura
química por produtos como solventes orgânicos, tintas, graxas e óleos, use

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sempre óculos de proteção adequado.

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Equipamentos de Proteção Individual

• Risco ocular biológico: Queda de sustâncias orgânicas que possam


contaminar a área dos olhos, com vírus ou bactérias e causar doenças.
• Os acidentes de trabalho com sangue, por exemplo, em laboratório são
potenciais contaminantes biológicos. Em caso de acidente deste tipo, o
trabalhador deve ser levado à emergência médica para receber intervenções
imediatas contra HIV, hepatite B e outros. Para evitar este tipo de problema use
óculos de proteção.

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• Caso algo atinja seus olhos lembre-se de nunca esfregar, se houver dor,
ardência ou queimação, considere o acidente muito grave e mantenha os olhos
fechados, coloque uma bandagem e procure o pronto socorro mais próximo
imediatamente.

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Equipamentos de Proteção Individual

Capacetes de segurança
• Equipamento destinado à proteção contra quedas de objetos e contatos
acidentais com as partes energizadas da instalação. O capacete para uso em
serviços com eletricidade deve ser da classe B (submetido a testes de rigidez
dielétrica a 20 kV)
• Com a função de para proteger a cabeça contra impactos externos diversos, o
capacete de proteção é um dos equipamentos de proteção individual essenciais
para a manutenção da vida dos profissionais. Geralmente composto de polietileno

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de alta densidade, o dispositivo diminui o impacto causado pela queda de objetos
na região do crânio ou pela projeção da cabeça sobre algum objeto sólido.
• Eles devem atender a norma NBR 8221:2003

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Equipamentos de Proteção Individual

Capacetes de segurança
• Capacete classe A
• Peça única composta por polipropileno de alta densidade e sem porosidade, usualmente o
capacete classe A possui adaptador para lanterna. Muito utilizado na área da construção
civil, este modelo também é indicado para trabalhos em altura, como resgate, alpinismo e
em ambientes florestais. Sua utilização em trabalhos com rede elétrica é contraindicado.
• Capacete classe B

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• Os capacetes Classe B são muito parecidos em forma e composição aos de Classe A.
Porém, possuem maior rigidez dielétrica e tensão elétrica aplicada em sua composição,
sendo adequado à atividades ligadas ao manuseio de rede elétrica. Este modelo se
subdivide em: aba total (Tipo I), aba frontal (Tipo II) ou sem aba (Tipo III).

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Equipamentos de Proteção Individual

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Equipamentos de Proteção Individual

Luvas isolantes
DEFINIÇÕES Luva Isolante de Borracha – Equipamento de Proteção Individual destinado a
prover a proteção das mãos, contra riscos elétricos, conforme ABNT NBR 16295.
CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO • As luvas isolantes de borracha em conjunto com a luva
protetora de couro são utilizadas para proteção das mãos contra contatos diretos e indiretos
por todos os empregados devidamente capacitados por treinamento específico em atividades
que ofereçam risco de choque elétrico.
• O cuidado e o uso adequado são essenciais para a segurança do empregado
• Devem ser inspecionados visualmente sempre que utilizados;
• É proibido o uso de adornos ou objetos cortantes
• Compostos químicos, especialmente a base de petróleo, podem danificar as luvas isolantes

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Equipamentos de Proteção Individual

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Equipamentos de Proteção Individual

Luvas isolantes
Luvas de borracha isolantes BT e AT

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Equipamentos de Proteção Individual

Calçados (botinas, sem biqueira de aço)

Equipamento utilizado para minimizar as consequências de contatos com partes


energizadas, as botinas são selecionadas conforme o nível de tensão de isolação e
aplicabilidade(trabalhos em linhas energizadas ou não).
Devem ser acondicionadas em local apropriado, para a não perder suas
características de isolação.

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Devem seguir a ABNT NBR ISO 20347:2015

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Equipamentos de Proteção Individual
Deve seguir a ABNT NBR 15835:2010
Equipamento destinado à proteção contra queda de pessoas, sendo obrigatória sua utilização em trabalhos
acima de 2 metros de altura.
Pode ser basicamente de dois tipos:
abdominal e de três pontos (paraquedista).
Para o tipo paraquedista, podem ser utilizados trava-quedas instalados em cabos de aço ou flexível fixados
em estruturas a serem escaladas.

Cinturão de segurança

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Equipamentos de Proteção Individual

Protetores auriculares
Equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos prejudiciais à audição.
Para trabalhos com eletricidade, devem ser utilizados protetores apropriados, sem
elementos metálicos.
Deve seguir a Norma- ANSI S12.6 - 2008 - Método B

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Equipamentos de Proteção Individual
Máscaras/respiradores
Equipamento destinado à utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e
poeiras. Deve obedecer a NBR 13716:1996
Obs.: Para a adequada utilização do equipamento de proteção respiratória, devem ser
observadas as recomendações da fundação Jorge Duprat figueiredo de segurança e medicina
do trabalho -Fundacentro, contidas na publicação intitulada "programa de proteção respiratória
- recomendações, seleção e uso de respiradores", além do disposto nas normas
regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho.

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Equipamentos de Proteção Individual

Legislação específica
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) apresenta artigos específicos sobre os EPIs:
“Art. 166 – A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, Equipamento de Proteção
Individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas
de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados.
“Art. 167 – O EPI só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do
Ministério do Trabalho.”
A Norma Regulamentadora nº 6, ao tratar dos equipamentos de proteção individual, estabelece as obrigações
do empregador:

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a) adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f ) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
g) comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade observada.

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NORMAS ABNT

Normas ABNT
No Brasil, as normas técnicas oficiais são aquelas desenvolvidas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto Nacional de
Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO). Essas normas são o resultado de
uma ampla discussão de profissionais e instituições, organizados em grupos de
estudos, comissões e comitês.
A sigla NBR que antecede o número de muitas normas significa Norma Brasileira
Registrada.
A ABNT é a representante brasileira no sistema internacional de normalização,
composto de entidades nacionais, regionais e internacionais. Para atividades com
eletricidade, há diversas normas, abrangendo quase todos os tipos de instalações e
produtos.

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NORMAS ABNT

NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão

NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão, de 1,0 kV a 36,2 kV

NBR 5418 – Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas

NBR 5419 – Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas

NBR 6151 – Classificação dos Equipamentos Elétricos e Eletrônicos quanto à Proteção


contra os Choques Elétricos

NBR 13534 – Instalações Elétricas em Ambientes Assistenciais de Saúde – Requisitos


para a Segurança

NBR 13570 – Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público – Requisitos


Específicos

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Regulamentação do MTE

Habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos profissionais

Profissional qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico na área


elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino

Profissional legalmente habilitado: aquele previamente qualificado e com registro no


competente conselho de classe.

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Trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições
simultaneamente:
a) seja treinado por profissional habilitado e autorizado;
b) trabalhe sob a responsabilidade de um profissional habilitado e autorizado.

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Rotinas de trabalho

Procedimentos de trabalho
• Procedimento é uma “sequência de operações a serem desenvolvidas para realização de um
determinado trabalho, com a inclusão dos meios materiais e humanos, medidas de
segurança e circunstâncias que impossibilitem a sua realização”.

• A NR-10 define que os procedimentos devem “conter, no mínimo, objetivo, campo de


• aplicação, base técnica, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas
• de controle e orientações finais”.

• A norma padroniza que os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde


e a autorização de que trata o item 10.8 devem ter a participação em todo o processo de
desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho (SEESMT) quando houver.

• Um procedimento de trabalho deve ser elaborado por profissional qualificado e aprovado por
profissional habilitado no tocante à aprovação técnica e de segurança e saúde.

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Rotinas de trabalho

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Rotinas de trabalho

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Rotinas de trabalho

Procedimentos de desenergização
Toda empresa deve elaborar, aprovar e divulgar (distribuir) o procedimento de desenergização
obedecendo à sequência indicada a seguir:
a) Seccionamento – Confirmar se o circuito desligado é o alimentador do circuito a ser
executada a intervenção, mediante a verificação dos diagramas elétricos e folha de
procedimentos.

b) Impedimento de reenergização – Verificar as medidas de impedimento de reenergização


aplicadas, que sejam compatíveis ao circuito em intervenção, como:
abertura de seccionadoras, retirada de fusíveis, afastamento de disjuntores de barras, relés de
bloqueio, travamento por chaves, utilização de cadeados.

c) Constatação da ausência de tensão – É feita no próprio ambiente de trabalho através de:


instrumentos de medições dos painéis (fixo) ou instrumentos detectores de tensão.
Verificar se os EPIs e EPCs necessários para o serviço estão dentro das normas vigentes e se
as pessoas envolvidas estão devidamente protegidas.
Rotinas de trabalho

d) Instalação de aterramento temporário – Verificar a instalação do aterramento


temporário quanto à perfeita equipotencialização dos condutores do circuito ao referencial de
terra, com a ligação destes a esse referencial com equipamentos apropriados.

e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada –


Verificar a existência de equipamentos energizados nas proximidades do circuito ou equipamento
a sofrer intervenção, verificando assim os procedimentos, materiais e EPIs necessários para a
execução dos trabalhos, obedecendo à tabela de zona de risco e zona controlada. A proteção
poderá ser feita por meio de obstáculos ou barreiras, de acordo com a análise de risco.

f) Instalação da sinalização de impedimento de energização – Confirmar se foi feita a instalação


da sinalização em todos os equipamentos que possam vir a energizar o circuito ou equipamento
em intervenção. Na falta de sinalização de todos os equipamentos, esta deve ser providenciada.

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MEDIDAS DE CONTROLE
Aterramento de proteção (PE)
• A proteção contra contatos indiretos proporcionada em parte pelo equipamento e em parte
pela instalação é aquela Cpicamente associada aos equipamentos classe I. Um equipamento
classe I tem algo além da isolação básica: sua massa é provida de meios de aterramento, isto
é, o equipamento vem com condutor de proteção (condutor PE, ou “fio terra”) incorporado
ou não ao cordão de ligação, ou então sua caixa de terminais inclui um terminal PE para
aterramento. Essa é a parte que toca ao próprio equipamento.
• A parte que toca à instalação é ligar esse equipamento adequadamente, conectando-se o PE
do equipamento ao PE da instalação, na tomada ou caixa de derivação – o que pressupõe
uma instalação dotada de condutor PE, evidentemente (e isso deve ser regra, e não exceção);
e garanCr que, em caso de falha na isolação desse equipamento, um disposiCvo de proteção
atue automaCcamente, promovendo o desligamento do circuito.
MEDIDAS DE CONTROLE
A secção mínima do condutor de proteção (PE) deve obedecer aos valores
estabelecidos na tabela abaixo
MEDIDAS DE CONTROLE
Aterramento por razões combinadas de proteção e funcionais
• Quando for exigido um aterramento por razões combinadas de proteção e funcionais, as
prescrições relativas às medidas de proteção devem prevalecer.

Esquemas de ligação de aterramento


em baixa tensão:
Esquema TN-S
O condutor neutro e o condutor de proteção
são separados ao longo de toda a instalação.
MEDIDAS DE CONTROLE
Esquema TN-C-S

As funções de neutro e de condutor


de proteção são combinadas em um único
condutor em uma parte da instalação
MEDIDAS DE CONTROLE
Esquema TN-C

As funções de neutro e de condutor


de proteção são combinadas em um
único condutor ao longo de toda a
instalação.
MEDIDAS DE CONTROLE
Esquema TT

Possui um ponto de alimentação


diretamente aterrado, estando as massas
da instalação ligadas a eletrodos de
aterramento eletricamente distintos
do eletrodos de aterramento da
alimentação.
MEDIDAS DE CONTROLE
Esquema IT

Não possui qualquer ponto da alimentação


diretamente aterrado, estando aterradas as
massas da instalação.
MEDIDAS DE CONTROLE
Esquemas de Ligação de Aterramento em Média Tensão
A NBR 14039:2005 diz que as massas devem ser ligadas a condutores de proteção
para cada esquema de aterramento (apresentados a seguir) e destaca que massas
simultaneamente acessíveis devem ser ligadas à mesma rede de aterramento
individualmente, por grupo ou coleCvamente.
Segundo a norma NBR 14039:2003, são considerados os esquemas de
aterramento para sistemas trifásicos comumente uClizados, descritos a seguir,
sendo estes classificados conforme a seguinte simbologia:
Primeira letra – situação da alimentação em relação à terra:
T = um ponto de alimentação (geralmente o neutro) diretamente aterrado;
I = isolação de todas as partes vivas em relação à terra ou aterramento de um
ponto através de uma impedância.
MEDIDAS DE CONTROLE
Segunda letra – situação das massas da instalação elétrica em relação à terra:
T = massas diretamente aterradas, independentemente do aterramento eventual de
ponto de alimentação;
N = massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado (em corrente
alternada, o ponto aterrado é normalmente o neutro).
.
MEDIDAS DE CONTROLE
Terceira letra – situação de ligações eventuais com as massas do ponto de
alimentação:
R = as massas do ponto de alimentação estão ligadas simultaneamente ao
aterramento do neutro da instalação e às massas da instalação;
N = as massas do ponto de alimentação estão ligadas diretamente ao aterramento do
neutro da instalação, mas não estão ligadas às massas da instalação;
S = as massas do ponto de alimentação estão ligadas a um aterramento eletricamente
separado daquele do neutro e daquele das massas da instalação
MEDIDAS DE CONTROLE
Esquema TNR

O esquema TNR possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas


da instalação e do ponto de alimentação ligadas a esse ponto através de condutores de
proteção. Nesse esquema, toda corrente de falta direta fase-massa é uma corrente de
curto-circuito.
MEDIDAS DE CONTROLE
Esquemas TTN e TTS

TTN TTS

Os esquemas TTx possuem um ponto da alimentação diretamente


aterrado, estando as massas da instalação ligadas a eletrodos de
aterramento eletricamente disCntos do eletrodo de aterramento do
ponto de alimentação
MEDIDAS DE CONTROLE
• São considerados dois Cpos de esquemas, TTN e TTS, de acordo com a
disposição do condutor neutro e do condutor de proteção das massas do
ponto de alimentação, a saber:
• a) esquema TTN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção das
massas do ponto de alimentação são ligados a um único eletrodo de
aterramento;
• b) esquema TTS, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção das
massas do ponto de alimentação são ligados a eletrodos de aterramento
disCntos.
MEDIDAS DE CONTROLE
Esquemas ITN, ITS e ITR
• Os esquemas ITx não possuem qualquer ponto da alimentação
diretamente aterrado ou possuem um ponto da alimentação aterrado
através de uma impedância, estando as massas da instalação ligadas a
seus próprios eletrodos de aterramento.

ITN ITS ITR


MEDIDAS DE CONTROLE
• Nesse esquema, a corrente resultante de uma única falta fase-massa não deve ter
intensidade suficiente para provocar o surgimento de tensões de contato perigosas.
• São considerados três Cpos de esquemas, ITN, ITS e ITR, de acordo com a disposição do
condutor neutro e dos condutores de proteção das massas da instalação e do ponto de
alimentação, a saber:
• a) Esquema ITN, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção das massas do ponto
de alimentação são ligados a um único eletrodo de aterramento e as massas da instalação
ligadas a um eletrodo disCnto;
• b) Esquema ITS, no qual o condutor neutro, os condutores de proteção das massas do ponto
de alimentação e da instalação são ligados a eletrodos de aterramento disCntos;
• c) Esquema ITR, no qual o condutor neutro, os condutores de proteção das massas do ponto
de alimentação e da instalação são ligados a um único eletrodo de aterramento.
Documentação de instalações elétricas

Todas as empresas estão obrigadas a manter diagramas unifilares das instalações


elétricas com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos
e dispositivos de proteção.
Devem ser mantidos atualizados os diagramas unifilares das instalações elétricas
com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e
dispositivos de proteção.
Os estabelecimentos com potência instalada igual ou superior a 75 kW devem

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constituir Prontuário de Instalações Elétricas, de forma a organizar o memorial.
Proteção e combate a incêndios

Objetivo da NR23
O objetivo central dessa norma é fazer com que sejam adotados procedimentos
adequados que garantam a saúde e segurança das pessoas, proteção do
patrimônio e prevenção de danos que podem ser causados no entorno de empresas
e estabelecimentos devido à ocorrência de incêndios de menor ou maior proporção.

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Proteção e combate a incêndios

23.1 Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em


conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.

23.1.1O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações


sobre:
a)utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b)procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c)dispositivos de alarme existentes.

23.2 Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas


de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com
rapidez e segurança, em caso de emergência.
Proteção e combate a incêndios

23.3 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas


por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.

23.4 Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a
jornada de trabalho.

23.5 As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento


que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento

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PRIMEIROS SOCORROS

• Primeiros Socorros ou atendimento pré-hospitalar?


• Embora oficialmente o termo apareça no programa oficial do treinamento I (curso básico) do
anexo II do texto da Norma Regulamentadora (N.R.) nº 10, prestar ‘primeiros socorros’ já há
algum tempo não é uma expressão que, efetivamente, venha representar a ação à qual todos os
colaboradores autorizados estão obrigados a estarem aptos, de acordo com o subitem 10.12.2 da
Norma.
• Tudo porque o termo é correlato àquele que realiza socorro em nível profissional, como
atividade fim.
Referências bibliográficas

ABNT. NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão, 2004. 209 p.

ABNT. NBR 14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 13,2 kV, 2003. 65 p.

ABNT. NBR 6533: Estabelecimento de segurança aos efeitos da corrente elétrica


percorrendo o corpo humano.

ABNT. NBR 6146: Graus de proteção.

BLUMENSCHEIN, Quintiliano Avelar. Perigos da eletricidade. 1989.

CENELEC. EN 50014: Electrial apparatus for potentially explosive atmospheres.


General requeriments.
CREDER, Hélio. Instalações elétricas. Rio de Janeiro: LTC Editora S.A., 2002.

ELETROPAULO. INO 056/85. São Paulo, 1985.

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FERREIRA, Vitor Lúcio. Eletricidade industrial. Impress Gráfica, 2004.

FILHO, Silvério Visacro – Aterramentos elétricos.

HUBSCHER, J. Klave H. Curso elementar eletrotécnica. 1999.

IEC. Norma 60479: Efeitos de corrente elétrica no corpo humano.

KINDERMANN, Geraldo. Choque elétrico. Porto Alegre: Ed. Sagra Luzato, 2000.
LUNA, Aelfo Marques. Os perigos da eletricidade. Recife. CHESF/DC, 1987.

REIS, Jorge Santos; FREITAS, Roberto. Segurança e eletricidade. São Paulo:


Fundacentro, 1980.

SENAI/DN. Manuais de segurança. Brasília, 1999.

SENAI/BA. Segurança em eletricidade. Salvador, 1999


109
SOUZA, José Rubens Alves de. Guia da NBR 5410: Instalações elétricas em baixa tensão.
São Paulo: Eletricidade moderna, 2001.

Vallandro, Luiz Paulo Correa. Segurança no sistema elétrico de potência – Distribuição de Energia Elétrica. Rio Grande do Sul: SENAI, 2006.

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