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1.2.

Método da análise econômica


DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE
IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO  Do ponto de vista técnico, a seleção das tubulações de um
CONVENCIONAL sistema de irrigação deve receber tanta consideração
quanto a solução hidráulica do problema.
(Cont. IV - Análise Econômica)
 O dimensionamento baseado na análise econômica
consiste em determinar, para cada condição, os diâmetros
com os quais o somatório do custo anual fixo com o custo
Aula 39 - Irrigação e Drenagem – UFSJ/CSL anual variável seja mínimo.
Prof. João Carlos F. Borges Jr.

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1.2. Método da análise econômica 1.2. Método da análise econômica

CUSTO FIXO ANUAL CUSTO FIXO ANUAL

CAF  C  R FRC 1  i n i
FRC 
1  i n  1
CAF = custo anual fixo
C = valor do investimento
R = valor de resgate do equipamento, ao final do período de vida útil Em que i = taxa anual de juros (decimal) e n = vida útil do
FRC = fator de recuperação do capital equipamento (anos)

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1.2. Método da análise econômica 1.2. Método da análise econômica

CUSTO FIXO ANUAL CUSTO VARIÁVEL ANUAL


 O valor do resgate do equipamento, para o caso de  Corresponde aos custos anuais de energia, operação e
tubulações, é normalmente considerado igual a 10% do manutenção do sistema.
valor inicial, podendo ser considerado nulo quando se estão
comparando diferentes diâmetros.  Como se estão comparando diferentes diâmetros para uma
mesma condição, normalmente considera-se somente o
custo da energia.
CAF  C FRC

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1.2. Método da análise econômica 1.2. Método da análise econômica
 Bernardo et al. (2008) apresentam metodologias para análise
CUSTO VARIÁVEL ANUAL econômica:
 O custo de operação e manutenção para as tubulações varia  Método das tentativas
em torno de 0,5% do valor inicial; para motores em torno de  Método das tentativas simplificado
2% e para bombas em torno de 4%.  Método de Keller

 Para comparação de diferentes diâmetros pode-se desprezar  Técnicas com critérios para avaliação de projetos também
custos de operação e manutenção. podem ser empregadas, utilizando critérios como valor
presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR), payback,
relação benefício-custo, dentre outros.

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1.2. Método da análise econômica

 No livro texto é apresentado um exemplo aplicado a uma


área de 70 ha, considerando-se as seguintes condições:

 Área em nível;

 Aspersores usados serão do modelo A, com espaçamento de 24 x


24 m, pressão de serviço de 3,5 atm e vazão 1,55 L/s (por
aspersor).

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1.2. Método da análise econômica 1.2. Método da análise econômica

 Para uma vida útil de 10 anos e taxa de juros de 10% ao ano


(i = 0,1 a.a.), FRC = 0,1628

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1.2. Método da análise econômica

 O custo unitário da potência (CP) é calculado como:

CP =NHA CE

UC UC
CP=1.500 h 0,05 = 75
CV h CV
Em que
NHA = número de horas trabalhada pelo sistema, CE = custo unitário da
energia (tarifa) e η = eficiência OBS: CV ano é uma medida de energia. https://www.cemig.com.br/atendimento/valores-de-tarifas-e-servicos/
(06/07/2022)

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TARIFA NOTURNA 1.2. Método da análise econômica

 A potência (Pot) a ser fornecida pelo motobomba para


compensar a perda de carga pode ser calculada pela
São registradas duas leituras,
equação:
sendo uma para consumo de
DIA (P = PONTA) e a outra para Q hf
consumo à NOITE (F = FORA Pot =
DE PONTA). η 75

 em que Q é a vazão (L/s), hf é a perda de carga (m) e η é a


eficiência do motobomba
 OBS considerando peso específico da água igual a 1.000 kgf/m3.
http://www.cemig.com.br/pt-br/atendimento/Paginas/Tarifa-Noturna.aspx (10/2015)

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1.2. Método da análise econômica 1.2.1. Método das tentativas

 O custo anual da perda de carga (CAPC) será em cada


trecho será:

CAPC=CP Pot

UC Q hf
CAPC = 75
CV η 75

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1.2.2. Método das tentativas simplificado

 É uma simplificação do método anterior e consiste em


determinar o custo total anual por 100 m de tubulação dos
diversos diâmetros para cada vazão que ocorrerá nos
diferentes segmentos.

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1.2.2. Método das tentativas simplificado


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Albuquerque, P. E. P; Durães, F. O. M. (editores). Uso e manejo de irrigação.


21.ed. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. 528p.
 Allen, R.G.; Pereira, L.S.; Raes, D.; Smith, M. Crop evapotranspiration -
Guidelines for computing crop water requirements. Rome: F.A.O., 1998. 300p.
Paper 56.
 Bernardo, S.; Soares, A.A.; Mantovani, E.C. Manual de irrigação. 7.ed. Viçosa:
UFV, Imprensa Universitária, 2005. 611p.
 Keller, J.; Bliesner, R.D. Sprinkle and trickle irrigation. New York: Avibook, 1990,
649p.

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