Drenagem subterrânea

 Parâmetros de dimensionamento:

DRENAGEM AGRÍCOLA  Tipo de dreno e de sistema

(Cont. 2)
Aula 54
Disciplina: Irrigação e Drenagem
Prof. João Carlos F. Borges Jr.
Campus Sete Lagoas - CSL
 Capacidade de descarga do sistema
 Condutividade hidráulica
 Profundidade mínima do lençol freático
 Profundidade de dreno
 Espaçamento dos drenos

Drenagem subterrânea Espaçamento e profundidade dos drenos

 Parâmetros de dimensionamento:
 São os principais parâmetros de dimensionamento,
dependendo do tipo de solo, da quantidade de água a ser
 Tipo de dreno e de sistema
drenada, da linha de efeito útil da drenagem e da
 Capacidade de descarga do sistema profundidade do solo a se drenar.
 Condutividade hidráulica
 Profundidade mínima do lençol freático
 Profundidade de dreno
 Espaçamento dos drenos

Espaçamento e profundidade dos drenos Espaçamento e profundidade dos drenos

Espaçamento e profundidade dos drenos
 A maioria dos métodos para dimensionamento foram
desenvolvidos para condição de regime permanente, quando
a quantidade de água que entra na área é igual à quantidade
evapotranspirada mais a retirada da drenagem (lençol
freático estático).
Espaçamento e profundidade dos drenos
 Veremos dois métodos para determinação do espaçamento
e profundidade dos drenos:
 Direto
 Indireto
 Modelagem computacional tem surgido como opção para o
dimensionamento de sistemas de drenagem (ex.: MCID;
DRAINMOD).
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método direto – determinação in loco
Espaçamento e profundidade dos drenos
 Situações com regime permanente raramente ocorrem na
prática.
 Entretanto, considerando que a solução para regime
permanente é muito mais simples do que para regime não-
permanente e que sempre se dimensiona para os períodos
críticos, pode-se assumir que durante o período crítico a
situação é semelhante à do regime permanente, justificando
a aplicação dos métodos para estas situações.
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método direto – determinação in loco
 Consiste na determinação in loco da linha de efeito útil de
drenagem do solo, que deve ser determinada na área a ser
drenada, por meio da instalação de um dreno aberto.
 Na direção perpendicular ao dreno aberto instala-se uma
série de poços para verificação da profundidade do lençol
freático.
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método direto – determinação in loco
 Após a instalação dos drenos o lençol freático deve ficar um
pouco abaixo do valor verificado no teste de campo, devido
ao efeito somado de dois drenos adjacentes.
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 Existem várias equações e ábacos para estimar o
espaçamento dos drenos em função do tipo de solo,
quantidade de água a ser drenada, profundidade do dreno,
da camada impermeável, etc.
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 Equações:
 Donnan ou da elipse
 Hooghoudt ou da elipse modificada
 Ernst
 Kirkham
 USBR
 Kraijenhoff van de Leur – Maasland
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 Para determinado tipo de solo e profundidade de dreno, os
parâmetros necessários para determinar o espaçamento dos
drenos são a quantidade de água a ser drenada da área (q)
e a profundidade mínima do lençol freático (H).
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 Equações:
 Donnan ou da elipse
 Hooghoudt ou da elipse modificada
 Ernst
 Kirkham
 USBR
 Kraijenhoff van de Leur – Maasland
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 A escolha da equação deve ser baseada na adequação da
mesma às condições da área, considerando-se, por exemplo,
limitações físicas.
 As eq. de Donnan e Hooghoudt são aplicáveis nas regiões
em que o lençol freático está em equilíbrio com a chuva ou
irrigação – regime permanente.
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 A quantidade de água a ser drenada da área (q) é
determinada em função da distribuição média da chuva e a
profundidade mínima do lençol freático (H) é determinada em
função do solo, cultura e do cultivo a serem empregados na
área (critério de drenagem).
Espaçamento e profundidade dos drenos Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto Método indireto
 Equação da elipse ou de Donnan:
 Equação da elipse ou de Donnan:

 Utilizada para determinar o espaçamento entre drenos

abertos ou valetas em áreas planas, com camada
impermeável pouco profunda.

Espaçamento e profundidade dos drenos Espaçamento e profundidade dos drenos

Método indireto Método indireto
 Equação da elipse ou de Donnan:  Equação da elipse ou de Donnan:
Foto: Prof. João Carlos F. Borges Jr.
Área drenada no estado da PB.

L

4K 0 h 2  2 h D 
q

Espaçamento e profundidade dos drenos Espaçamento e profundidade dos drenos

Método indireto Método indireto
 Equação da elipse ou de Donnan:
 Equação da elipse ou de Donnan:

 Para que o lençol freático seja estável, o valor da quantidade

de água a ser drenada deverá ser igual à quantidade de água
que infiltra na área devido à chuva e, ou irrigação (q).
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 Equação da elipse ou de Donnan:
 O valor de q em m/dia corresponde a m3/m2 de área drenada
por dia.
 Solução:
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 Equação da elipse ou de Donnan:
 É baseada nas hipóteses de que as linhas de fluxo são
horizontais e de que a velocidade de movimentação da água no
solo é proporcional ao gradiente hidráulico do lençol freático.
 Tais hipóteses são comumente atendidas satisfatoriamente em
situações reais, desde que se observem certas condições:
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 Exemplo de cálculo de vazão captada por dreno:
 Em um sistema de drenagem com drenos paralelos espaçados
em 30 m, com comprimento de 90 m, cuja lâmina de água
drenada é 0,005 m/dia, calcule a vazão por dreno e a vazão
por unidade de área.
 Solução:
 L = 30 m
 C = 90 m
 q = 5 mm/dia = 0,005 m/dia
 A = C L = 2700 m2 = 0,27 ha
 Q = q * A = 13,5 m3/dia
 Q é a vazão de drenagem por um dreno, que drena uma área de
0,27 ha
 A vazão por unidade de área = QA = Q/A = 50 m3/(ha dia)
 QA = 0,579 L/(ha s) = 0,208 L/(m2 h)
Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto
 Equação da elipse ou de Donnan (condições):
 Profundidade do lençol freático e quantidade de água drenada
são estáveis (regime permanente).
 Fluxo predominantemente na direção horizontal (solos
estratificados ou com camada impermeável a pequena
profundidade: D < 2P)
 Para drenos abertos e em casos especiais para drenos
cobertos com envelopes.
 Drenos laterais paralelos.
Espaçamento e profundidade dos drenos Espaçamento e profundidade dos drenos
Método indireto Método indireto
 Equação da elipse ou de Donnan:

(Ferreira, 2003)

(Ferreira, 2003)

Espaçamento e profundidade dos drenos Espaçamento e profundidade dos drenos

Método indireto Método indireto
 Exemplo para Equação de Donnan:
 Exemplo para Equação de Donnan:

 Determinar o espaçamento a ser usado em um sistema de

drenagem de uma área úmida, com as seguintes condições:

 Dreno tipo valeta, com profundidade igual a 1,2 m.

 Profundidade de camada impermeável de 2,2 m.



Profundidade mínima desejada do lençol freático de 0,5 m.
Condutividade hidráulica do solo = 100 cm/dia. L

4K 0 h 2  2 h D 
 Lâmina de água a ser drenada de 6 mm/dia. q

Espaçamento e profundidade dos drenos  Solução:

Método indireto
 Solução: 
4K 0 h 2  2 h D  
 
4 1 0, 72  2*0, 7 * 1
 Listagem de dados e conversão de unidades. L 0, 006
q

 P = 1,2 m.
 P + D = 2,2 m.
 D = 2,2 – 1,2 = 1 m
 H = 0,5 m.
L  35, 5 m
 h = P – H = 1,2 – 0,5 = 0,7 m
 K0 = 100 cm/dia = 1 m/dia
 q = 6 mm/dia = 0,006 m/dia
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Bernardo, S.; Soares, A.A.; Mantovani, E.C. Manual de irrigação. 8.ed.

Viçosa: UFV, Imprensa Universitária, 2008.
 Borges Júnior, J.C.F. Modelo computacional para dimensionamento e
manejo de sistemas de drenagem agrícola. Viçosa: UFV, 2000. 103p.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) - Universidade
Federal de Viçosa, 2000.
 Ferreira, P.A. Drenagem de terras agrícolas. Viçosa: UFV. 209p. 2003.
 Drainmod Manual.