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PLACA DE ORIFÍCIO

• Definição e Descrição

São medidores que utilizam o princípio de pressão diferencial para


medir a vazão instantânea.

Consiste em uma placa precisamente perfurada, a qual é


instalada perpendicularmente a parede da tubulação.

É essencial que as bordas do orifícios estejam sempre


perfeitas.

Possuem alta perda de carga.

De todos os elementos primários inseridos em uma tubulação a placa


de orifício é a mais simples, de menor custo e, portanto, a mais
empregada.
PLACA DE ORIFÍCIO
• Definição e Descrição
Os tipos mais comuns de placas de orifício são:
Com entrada cônica Com bordo quadrante Concêntrica
Líquidos e gases com Fluxo com nº de
Permite a medição de
alta viscosidade, Reynolds entre 5000 –
fluxo nos dois sentidos.
provocando nº de 10000. Nesta faixa, o
NÃO recomendada
Reynolds baixo coeficiente de descarga é
para fluidos sujos, se
Para se reduzir bastante constante.
inevitável, montar em
resistência a fricção São utilizados para
linha vertical com fluxo
fluidos sujos e/ou
ascendente.
pesados.
Excêntricas Orifício segmental

Previne o depósito de Mesmas aplicações do


partículas no caso de orifício do tipo
fluidos sujos. excêntrico.
Pode ser montada em Orifício é um segmento
linhas verticais ou de círculo, de diâmetro
horizontais. igual a 98% do diâmetro
do tubo.
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• Princípio de funcionamento
Introduz-se uma O fluxo é obrigado a mudar
restrição localizada na de velocidade e,
tubulação onde a consequentemente, provocar
medição deve ser feita; um diferencial de pressões;

Essa restrição é provocada por um O diferencial de


orifício feito em uma placa de pouca pressões é proporcional
espessura adequadamente colocada a vazão do fluido.
no tubo;

Perfil do escoamento ao passar por uma placa de orifício (DELMÉE,1983)


PLACA DE ORIFÍCIO
• Desenvolvimento da equação para medida de vazão aplicando a equação de Bernoulli
→ Caso I – Escoamentos incompressíveis:
A equação da continuidade é dada por:
Qv – vazão volumétrica
(1) S – área A equação de Bernoulli NÃO
v – velocidade do fluido pode ser aplicada diretamente
para escoamentos reais, pois a
A equação de Bernoulli é dada por: velocidade média do fluido não
v – velocidade do fluido é igual em todos os pontos.
p – pressão Logo, é necessário introduzir o
(2) ρ – massa específica coeficiente de descarga (Cd),
h – altura do trecho

Em um trecho horizontal, a parcela “gh” se anula.


Isolando v2 na equação (1), substituindo na equação (2) e
rearranjando obtém-se: Verifica-se que a velocidade do
β – d/D
E – 1/√(1- β^4) fluido v1 pode ser determinada
D – diâmetro na seção (1) conhecendo os seguintes dados:
(3)
d – diâmetro na seção (2) ✔ Diâmetros das seções (1) e (2);
✔ Pressão diferencial (p1 e p2);
✔ Massa específica (ρ).
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• Desenvolvimento da equação para medida de vazão aplicando a equação de Bernoulli
As equações do coeficiente de descarga Cd segundo as
normas ISO 5167 e AGA3 são mostradas no quadro
comparativo abaixo:

Os coeficientes de descarga dos elementos deprimogênios são


função do tipo de elemento primário, da posição das tomadas
de pressão, do diâmetro da linha (D), do valor de β e do
número de Reynolds (RD).
PLACA DE ORIFÍCIO
• Desenvolvimento da equação para medida de vazão aplicando a equação de Bernoulli
A vazão mássica real, em kg/s, é dada por: → Caso II – Escoamentos compressíveis:
Para fluidos reais, a correção do equacionamento pode ser
(8) obtida multiplicando-se as expressões das vazões
Os princípios apresentados foram usados para a padronização volumétricas ou mássicas por um fator de expansão
de medidores por obstrução, onde os coeficientes de isentrópico ε, função de β, ∆P e K, da forma:
descarga Cd e de vazão K são conhecidos empiricamente e
tablados em função do número de Reynolds e do diâmetro (9)
interno dos tubos. Os valores de ε variam segundo a norma de medição adotada
e também em relação aos pontos de tomada de pressão
diferencial sobre o medidor. Pela norma ISSO 5167/98 seu
valor é dado por:

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• Desenvolvimento da equação para medida de vazão aplicando a equação de Bernoulli
→ Conclusão:
De posse da diferença de pressão, para uma dada tomada de pressão escolhida, a vazão é dada pelas equações (7) e (8) para
escoamentos incompressíveis, e (9) para compressíveis.
Segundo Delmée, 1983, o coeficiente de vazão K pode ser calculado por fórmulas empíricas ou encontrado em tabelas.

Gráfico de K em função do no de Reynolds, para diferentes


razões de diâmetro β, para uma leitura de pressão montada em
canto do flange. (FOX e MCDONALD, 1995)
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• Exemplo:

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