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CAMINHO
Indíce
1. 1.1. O que vais encontrar aqui?
Introdução
3
1 Int r o du ç ã o
5
POBRE
EMBORA RICO – OU
MODO DE SER FELIZ
7
2
Intr o du ç ã o
9
Como funciona?
ORGANIZAÇÃO DE CAMINHEIROS
A IV Secção é parte muito alegre e feliz da Fraternidade Escutista,
mas se desenvolveu já tanto que precisa de regras para sua
organização e actividades.
Mas estas regras são normas - e não regulamento.
Pretende-se que sirvam de normas de orientação, mas não que
sejam rigidamente inalteráveis. Efectivamente, toda a disciplina
escutista provém da dos próprios Caminheiros.
Felizes
Cidadãos Saudáveis
Úteis
Desafio
Partida
Serviço
Comunidade
Promessa
Cerimónia
da Partida
Caminho
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Etapa da Adesão - ‘Caminho’ Cerimónia da Partida
Nesta etapa do teu percurso, estejas tu a entrar para a AEA É outro dos momentos importantes na tua vida escutista.
ou a entrar para a IV Secção, vindo dos Séniores, vais começar a Acabaste o teu percurso na secção e no Escutismo. Espera-se
perceber o que se espera de um Caminheiro. Só assim poderás que estejas preparado para a vida adulta, apetrechado com as
jogar o “jogo” ao mesmo nível de todos os outros. ferramentas e valores que foste adquirindo na tua passagem pelo
Os caminheiros organizam-se em «Clãs» sob a direcção dum escutismo e, principalmente, nesta secção dos Caminheiros. Por
chefe. isso mesmo, serás validado pelo teu Clã para assumires o teu papel
Para ser admitido num clã, o candidato deve ter o mínimo de 18 na Sociedade.
anos, e o que não for já escuta precisa de estar disposto a entregar- Poderás continuar a dar o teu contributo para o movimento,
se à vida de campismo e de expedições ao ar livre e a cumprir a Lei enquanto Dirigente, ou então optar por fazer caminho noutras
do Escuta. Requer-se que estude a Promessa e a Lei Escutistas e a direcções.
exploração.
A ESCOLHA É SEMPRE TUA!
Promessa
Este é um momento muito importante no teu caminho.
Após a Etapa da Adesão - fase do ‘Caminho’ -, deves reflectir e
ver se te sentes preparado para assumir o compromisso de seres
Caminheiro da AEA. Colocar um lenço ao pescoço pela primeira vez
ou mudar de cor do lenço é, para cada um de nós, Escuteiros, uma
marca na nossa vida.
Desafio
Nesta última etapa do teu caminho - ‘Partida’ -, ser-te-á proposto
algo diferente: um Desafio de serviço aos outros. Um projecto
elaborado por ti, onde prestes um serviço durante 3 a 6 meses,
preferencialmente, fora do movimento.
13
3 Acolh
Envolv
i m
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e
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t
n
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15
O que se espera de mim?
Chegaste à IV Secção!
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O que é isto de escutismo?
to
um alegre divertimen
«O ESCUTISMO é ra pa rig as,
ens, rapazes e
ao ar livre, onde hom tregar-se à aventura
, en
podem, em conjunto os e mais novos, col-
ais ve lh
como irmãos m l e
o sa úd e e fe lic ida de, habilidade Manua
hend
próximo»
espírito de auxiliar o
21
Como se Organizam os caminheiros?
O Clã...
A unidade de caminheiros é o Clã.
Pondo em funcionamento o Sistema de Patrulhas como nas
restantes secções, os Caminheiros são organizados em Equipas
que, por sua vez, juntamente com a Equipa de Animação,
constituem o Clã.
São jovens de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 25
anos.
O objectivo das Equipas é fomentar a autonomia, a cooperação dos escutas, sempre que possível, decorado por ti e pelos outros
e ajudar no progresso de cada um dos seus membros. Cada elementos, onde se reúnem e onde podem guardar os vossos
elemento tem a sua co-responsabilidade no Clã. Ao existirem materiais.
Equipas mistas pretende-se que haja uma interacção educativa Estas bases devem ser administradas directamente pelos
entre os Caminheiros. Cada Equipa tem um Chefe de Equipa Caminheiros e estar abertas todas as noites para trabalhos ou
e Adjunto. O Chefe de Equipa é o representante desta e o actividades sociais.
colaborador directo com a Chefia de Clã. Se quiserem, dois ou mais clãs podem juntar-se para manterem
O Clã é animado pelo Chefe de Clã, Chefe de Clã Adjunto, uma sede com um programa comum.
Assistente e Instrutores. A sua presença deve ser discreta, mas Os elementos da Equipa elegem um Guia de Equipa - a pessoa
sempre enriquecendo os Caminheiros com as suas experiências e que faz a ligação à Equipa de Animação e representa a Equipa no
guiá-los o melhor possível. Conselho de Chefes de Equipa.
A equipa de animação é constituída por dirigentes que se O Guia de Equipa nomeia o Sub - chefe de Equipa; e os restantes
relacionarão contigo de forma diferente das outras secções, pois cargos ou funções, essenciais ao bom funcionamento da Equipa,
são todos adultos. Assim, a sua postura perante ti será a de um são atribuídos aos restantes elementos de acordo com o perfil,
irmão mais velho, alguém que não ‘faz por ti’ mas te orienta, competências e objectivos de cada um.
alguém que te ouve mas não condiciona, alguém que te suporta Outro cargo que poderá existir no Clã é o de Moderador do
nas tuas dúvidas, alguém que está próximo de ti mas te dá espaço Clã. Este é mais um elo de ligação entre as Equipas e a Equipa de
para seres tu mesmo. O seu papel será sobretudo o de ‘facilitador’ Animação, exercendo funções de liderança e de aconselhamento.
nesta passagem para a tua vida adulta autónoma. Para além disto, representa todo o Clã e coopera com todos os
Chefes de Equipa na interpretação das dificuldades e valências de
cada um dos elementos.
A Equipa... Deve ser eleito, por voto secreto individual, em Conselho de
Quando entras no Clã és integrado numa Equipa. Clã, pelo seu exemplo e responsabilidade demonstrada. O seu
Uma Equipa é formada por 5 a 8 jovens, de ambos os sexos e mandato termina no final do ano escutista no decorrer do qual foi
de diferentes idades. eleito, mas pode ser interrompido por decisão do próprio ou por
Cada Equipa tem um Patrono, uma individualidade escolhida determinação do Conselho de Chefes de Equipa.
pelos seus elementos, que a identifica e distingue dentro do Clã. O A sua existência não é obrigatória.
patrono da Equipa deve ser um santo da Igreja, um benemérito da Os Caminheiros, como se estão a preparar de forma prática para
Humanidade, um herói nacional ou um Rei ou Soba da nossa terra, a vida na sociedade, são ainda chamados a experimentar mais dois
com o qual a Equipa se identifique, conheça a sua vida e a siga cargos específicos: Secretário de Clã e Tesoureiro de Clã. Estes
como exemplo. cargos devem também ser atribuídos em Conselho de Clã.
Os Caminheiros devem dispor de sedes ou bases independentes
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Podem também adoptar ou criar, o esquema apresentado:
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experiência de uma lenta e paciente construção de ti mesmo, de terial: pode ser um suporte moral, um intercâmbio, ou mais ainda.
aprendizagem da capacidade de te comprometeres para além do Esta vivência do Serviço deve ser experimentada individualmen-
imediato. te, em Equipa e em Clã - deverão ser acções de longo termo, que
No Caminho de Emaús, Cristo ressuscitado revelou-se aos denotem uma vontade de compromisso e não apenas “mini-servi-
seus discípulos, caminhando com eles lado a lado... ços” rápidos, sem continuidade.
Entre os diversos géneros de serviço que se lembram, o de ajudar
Um caminho em grupo: a Comunidade. a dirigir Escutas ou Lobitos pode à primeira vista parecer coisa in-
significante. Mas quando se examina com atenção, vê-se que é um
Ser capaz de ajudar os outros que seguem o mesmo caminho, de dos maiores, se não o maior de entre todos.
modo a partilhar com eles os bons e os maus momentos. O Serviço é gratuito, mas quem presta Serviço enriquece. É uma
Durante o Caminho, és interpelado a avançar lado a lado com dinâmica de descoberta, vivida numa relação de amor fraterno, de
o outro. O Caminho ajuda-te a desenvolver a tua capacidade de “receber, dando-se em troca”. Servir é tornar-se apto para a missão.
acolher o outro, de o ajudar a avançar e de te deixares ajudar, de No Caminho de Emaús, Cristo serviu os seus discípulos ao lhes
partilhar com ele as alegrias e as tristezas da jornada, os esforços explicar as Escrituras...
e os momentos de descanso, os planos e as esperanças que estão
por trás da caminhada, ou que se vão esboçando durante a mesma. Um caminho para a vida: a Partida.
A Equipa é o espaço privilegiado para esta interpelação aconte-
cer, é na equipa que se vive o início da comunhão que se potencia A Partida não significa abandono mas sim continuação.
na vivência em Clã. Durante a tua vida no Clã vais, quase sem dar conta, realizar um
É com o apelo das bem-aventuranças que dás sentido a este ca- avanço progressivo para o momento da cerimónia da Partida.
minho conjunto, que se torna assim experiência de comunidade, de Esta expressa simbolicamente que ‘o acto de caminhar é mais im-
partilha, de amor e de construção da paz. portante do que o facto de chegar’. É por isso que, no final do teu’
O Clã é a tua comunidade, mas não é a única onde estás inserido; tempo de Caminheiro, quando saíres do Clã, não “chegas” ao fim
o teu crescimento deve ser feito enquanto membro do clã mas tam- do teu caminho, mas” partes”. Porque o fim de uma etapa significa
bém enquanto cidadão. Por isso, esta comunidade não pode nunca sempre o início de outra.
viver virada sobre si. A Partida é não apenas o momento em que tu te sentes pronto
No Caminho de Emaús, Cristo foi reconhecido pela fracção do para assumir os desafios da vida, mas também todo o percurso que
pão... fazes, preparando-te até esse mesmo momento.
O Clã valida e reconhece em ti, que partes, um bom testemunho
de vida de Homem Novo. Por isso, a “Partida” também é um Envio.
Um caminho com sentido: o Serviço. Como só pode haver Partida se houver quem envie, o Clã assume
essa competência, tendo em conta que, neste envio, estará presen-
Segundo o apelo das Bem-Aventuranças, a comunidade não te o próprio Espírito Santo, que te animará e dará as forças que
pode viver virada sobre si mesma. A dinâmica da caminhada é uma necessitas para a tua vida, para além deste passo.
dinâmica de descoberta, vivida numa relação de amor fraterno, de No caminho de Emaús, Cristo, “partiu”... e eles reconheceram-
“receber, dando-se em troca”: a verdadeira descoberta só é pos- n’O vivo.
sível no “serviço”.
Viver o Serviço é um compromisso de cada instante, que irás ex-
pressar ao longo do teu itinerário - o Serviço como algo de natural.
Prestar Serviço não é forçosamente um acto físico, ou um dom ma-
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Simbologia O Pão é o alimento do corpo, dado em par-
tilha e em comunhão - fruto do trabalho árduo do
Mochila homem.
Estas quatro dimensões
que o Caminheiro vive na
sua passagem pelo Clã, com
vista a preparar-se para a sua Fogo Pão
vida adulta, são coloridas por
Vara O Evangelho é o pão do espírito, anúncio da
um certo número de elemen-
Biforcada Boa Nova de Cristo - a nova Aliança.
tos com uma elevada carga
simbólica:
Tenda Evagelho
Este último, por sua vez, levá-lo-ía à grande experiência de partil- Para os Caminheiros poderem progredir e tornarem-se no ideal
har com diversas comunidades o encontro com a Fé. A sua virtude que querem atingir, constróiem uma Caminhada em que procuram
foi que, a partir da Fé, foi capaz de denunciar e de actuar, isto é, estruturar o trabalho a fazer durante um determinado intervalo de
não se ficou pelo discurso, mas foi um exemplo de compromisso e tempo. Tem um tema em redor do qual as Equipas separadamente
testemunho com a verdade que pregava. procuram fazer um trabalho dinâmico, criativo, responsável que
Para os grupos cristãos a figura de S.Paulo adquire uma dimensão promova um conjunto de factores como a educação pela acção, o
e um significado especial pelo seu testemunho de fé. A sua grande progresso individual, comunitário e social.
força provinha da sua fé num Criador, mas também em si mesmo, Podem ser utilizados recursos humanos, financeiros e materiais,
na sua própria capacidade de realizar uma missão nesta terra. Com mas sem dependência dos dois últimos. As várias Caminhadas,
humildade, mas com firmeza, defendeu os seus ideais e tomou o depois de organizadas, são apresentadas escolhendo-se uma ou
caminho dos homens livres que são capazes de entregar a sua vida aproveitando um pouco de cada uma. Esta será posteriormente en-
ao serviço dos outros. riquecida em Conselho de Chefes de Equipa. Esta Caminhada final
São Paulo foi o escolhido para ser o patrono da IV secção por a será a realizada, sendo constantemente avaliada e havendo uma
sua vida ser um excelente exemplo de “CAMINHO”. Facilmente se avaliação final.
encontram na sua caminhada de anúncio da boa nova as característi- Assim sendo, o Caminheiro ficará com um conjunto de quali-
cas do caminheiro ideal. Por ter cedo aprendido uma profissão, a de dades técnicas, morais, sociais, intelectuais, vocacionados e espir-
tecelão de tendas, por querer sair de casa para estudar e ser um fiel ituais.
seguidor da religião em que acreditava...pela grande encruzilhada As intenções de melhoria têm de ser concretizadas em objec-
da sua vida a caminho de Damasco após a qual, iluminado pelo Es- tivos mais concretos, fixados de uma forma gradual (cada vez mais
pírito Santo, escolheu seguir Cristo e anunciar a Boa Nova. Paulo foi ambiciosos garantindo a progressão) e adaptada ao momento e
um caminhante inesgotável que assumiu pessoalmente o projecto condições particulares de cada Caminheiro ou Clã.
ao qual se propôs perante os seus irmãos cristãos. A sua grande vir- Por outro lado, esta fixação de objectivos deve ser complemen-
tude foi a de anunciar e ao mesmo tempo actuar, o que quer dizer tada por um conjunto de acções que lhes dêem suporte e que
que ele não se deixou ficar pelas palavras, mas foi um exemplo de possam garantir o atingir dos mesmos.
compromisso e testemunho das palavras que pregava. A questão - chave a colocar, definidos os objectivos é: o que
tenho de fazer para alcançá-los, para torná-los realidade?
Equilibrar o natural desejo de ver os objectivos atingidos
(saudável ambição) com as condições pessoais e de vida (a reali-
dade que nos rodeia) é muito importante para que o plano esteja
preenchido de arrojo q.b., que motiva o progresso, sem se tornar
num sonho impossível e desajustado que provoca desânimo.
A Caminhada é o nome que se dá a um projecto feito pelos Cam-
inheiros. A Caminhada é do Clã, por isso deve ter a participação de
todos os Caminheiros, em todas as suas etapas. Esta é uma exce-
lente oportunidade de cresceres, aprenderes e te divertires. Atreve-
te, sê ousado, sê exigente, aventura-te!
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Elaborar uma Caminhada. vossas propostas e decidem qual delas tem ‘pernas para andar’ e
mais satisfaz as ambições do Clã;
Para elaborares uma Caminhada tens que estar ciente dos seg- Também o Enriquecimento poderá ser feito em Conselho de
uintes passos que a constituem, nos quais terás sempre um papel, Clã, numa primeira fase, embora o Conselho de Chefes de Equipa
podendo ser chamado em qualquer altura para te pronunciares em seja mais adequado para o efeito, por poder gerir melhor, através
maior ou menor grau: do sistema de patrulhas, a intervenção de todos na organização
da Caminhada.
Celebração A Organização é feita por todos, em Comissões Técnicas ou
individualmente, consoante o cargo e as tarefas que cada um as-
Organização sumiu, sendo uma óptima oportunidade para desenvolveres o teu
progresso individual.
Chegou a hora de viver a parte mais visível da Caminhada que
Realização ajudaste a escolher e a criar - a Realização.
Avaliação Depois, é altura da Avaliação, com a tua análise pessoal partilhada
em Equipa e depois em Clã. Não se trata apenas de um momento
para dizer ‘o que correu mal’, mas também a ocasião para valorizar
tudo aquilo que foi bem feito, bem preparado e bem vivido.
Escolha E por isso, a Caminhada termina com a Celebração, onde o Clã
Enriquecimento põe em comum as suas vivências e o progresso de cada um, num
ambiente festivo e de intimidade. Não raras vezes acontece que,
nesta Festa, surgem espontaneamente ideias e vontades que po-
dem dar origem a um novo rumo e a uma nova Caminhada de Clã,
Diálogo
tornando-se assim numa espiral de evolução onde, ao recomeçares
este processo, estarás num nível superior de gozo, de empenho e
maturidade.
Idealização
Quem somos?…
Foto da Equipa
(nome da Equipa, Patrono, Elementos, outras divagações…)
45
A Sede
(o que me apetece dizer sobre o meu Albergue, fotos, desenhos e outras coisas…)
47
A Primeira Caminhada
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Como escolho o meu caminho?
caminho
quero significar um
O teu Projecto Pessoal de Vida (PPV)
PPV
mento inesquecível...
O compromisso que vais assumir liga-te aos Escuteiros de todo
Objectivos o Mundo, de todos os tempos.
Pessoais Relembra, por isso, tudo aquilo por que já passaste até chegares
aqui.
Relembra bem todos os artigos da Lei do Escuta e os Princípios
do Escuta que vais prometer e cumprir daqui para a frente, todos
Acções os dias da tua vida.
Parte Fechada Concretas ... sim, porque... uma vez Escuteiro, sempre Escuteiro!
Partilhada
(de preferência)
Princípios
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Lei do Escuta
O termo Caminheiro designa um verdadeiro homem e um bom cidadão. A Lei dos O Escuta é amigo de to- Como Caminheiro reconheces que os outros, são
Caminheiros é a mesma que a dos Exploradores (Júniores e Séniores), na forma como dos e irmão de todos os como tu, filhos do mesmo Pai e menosprezas quaisquer
no sentido, mas tem de se olhar doutro ponto de observação - o do adulto. Em am- outros escutas. diferenças de opinião, casta, crença ou nacionalidade
bos os casos o princípio em que assenta a LEI DO ESCUTA exclui o Egoísmo e implica (O Escuta é amigo de todos que possa haver entre vós. Recalcas os preconceitos e
a Boa- Vontade e Auxílio aos outros. Não se trata de piedosismo, mas de orientação e irmão de todos os outros descobres-lhes os méritos; os defeitos qualquer pateta
para a virilidade. Escutas, independentemen- lhos sabe criticar. Se praticares esta caridade para com
te da classe social a que os os naturais doutros países e contribuíres para a paz e
outros pertençam). bom entendimento entre as nações, realizas o Reino de
Deus sobre a terra.
«Todos os homens são irmãos».
A Lei do Escuta tem “mais” um artigo, o 11.°, que não é escrito a saber: «O escuta
não é parvo». Mas creio que se dispensa na Lei do Caminheiro. Todavia, como tal,
precisas de lembrar-te de que na passagem da mocidade para a idade adulta já não
andas a aprender a cumprir a Lei do Escuta, mas estás a aproveitá-la para orientação
da tua vida.
61
4
P r o m e s s a
63
O dia do meu Compromisso
Chegou o dia da tua promessa…
Recebeste um lenço novo, comprometeste-te a cumprir os teus
deveres, a auxiliar os outros, a obedecer `Lei. Tens aqui espaço
para registares as tuas impressões e guardares as tuas memórias.
gue;
o r do f ogo e do san
te lenço da
c erviço e à
“Recebe es tu s iasmo no S
estimule ao en em-Novo.” Relatos na primeira pessoa
os do Hom
Chegou o dia da
que ele te p ri
tua
io , p ró
sacrifíc promessa…
coragem no Recebeste um len
ço novo,
comprometeste-
te a cumprir
os teus deveres,
a auxiliar os
outros, a obedec
er `Lei. Tens
aqui espaço para
registares
Fiz a minha Promessa no dia ______/______/_____ as tuas impressões
Chegou o dia da tua Promessa... e guarda-
res as tuas memó
Recebeste um lenço novo, assumiste o compromisso de cumprir rias.
Em ____________________________________ (local)
os teus deveres, a auxiliar os outros, a obedecer à Lei.
Fizeram promessa comigo os seguintes escuteiros
heiro
Oração do Camin
Senhor Jesus, s
astes aos homen
Relatos na primeira pessoa:
Que Vos apresent
ho vivo,
Como um camin alto,
idade que vem do
Irradiando a clar m pa nheiro,
meu Guia e Co
Dignai-Vos ser o
vida,
Nos caminhos da Emaús;
um di a o Fo st es no caminho de
Como o,
o Vosso Espírit
Iluminai-me com
scobrir
A fim de saber de iço;
sso melhor serv
O caminho do Vo ris tia ,
com a Euca
E que, alimentado m in he iros,
todos os Ca
Verdadeiro Pão de ra di çõ es da jornada,
ar da s fa di ga s e das cont
Apes convosco,
har alegremente
Eu possa camin s.
Pai e aos irmão
Em direcção ao
AMEN
65
Foto do dia da Promessa
5 69
O meu caminho
O meu Percurso
ço progressivo
o te m de ser um avan r
«O Cam in he iri sm ser norteado po
rt id a, e co m o tal, precisa de o vã o aj ud ar
para a Pa
re gr as qu e po uco a pouc
as
valores e pequen de obra que é o H
omem»
ui r um a gr an
a constr
SErviço partida
COMUNIDADe
Caminho ao outro rumo
que formamos
ao próximo ao horizonte
Intelectual Afectivo
Intelectual Intelectual Afectivo
Afectivo Social Social Social
F5 Cuidar e valorizar o seu corpo de acordo com os padrões de
saúde, revelando aprumo.
F6 Identificar e evitar, na vida quotidiana, os comportamentos de
risco relacionados com a segurança física e consumo de subs-
tâncias.
73
Carácter Espiritual
A2 Respeitar a existência de várias sensibilidades estéticas e artísti- ponsabilidades em todos os projectos que enceta, estabelecen-
cas, formando a sua opinião com sentido crítico. do prioridades e respeitando-as.
A3 Assumir a própria sexualidade aceitando a complementaridade C5 Demonstrar perseverança nos momentos de dificuldade, procu-
Homem/ Mulher e vivê-la como expressão responsável de amor. rando ultrapassá-los com optimismo.
A4 Ser capaz de identificar, compreender e expressar as suas emo- C6 Ser consequente com as opções que toma, assumindo a res-
ções, tendo em conta o contexto e os sentimentos dos outros. ponsabilidade pelos seus actos.
A5 Reconhecer e aceitar as características da sua personalidade, C7 Ser consistente e convicto na defesa das suas ideias e valores.
mantendo uma atitude de aperfeiçoamento constante. C8 Dar testemunho, agindo em coerência com o seu sistema de
A6 Valorizar as próprias capacidades, superando limitações e valores.
adoptando uma atitude positiva perante a vida.
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Físico
E7 Testemunhar que a presença de Deus no mundo dignifica a vida I7 Expressar ideias e emoções de forma lógica e criativa, adaptada
humana e a Natureza. ao(s) destinatário(s) e utilizando os meios adequados.
77
Espiritual
COMUNIDADE
ÁREA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL FÍSICO
Físico Carácter Espiritual
0 ETAPA Data
A finalidade de todo processo educativo é a liberdade da pessoa,
e a aspiração de toda pessoa é usar essa liberdade para conquistar
a felicidade. Concordando com esta afirmação, Baden-Powell repe-
Social tia continuamente que o verdadeiro sucesso é a felicidade. E acres- Intelectual Afectivo Social
0 ETAPA Data
onde se insere, intervindo de uma forma informada, respeitado-
ra e construtiva.
S3 Respeitar as regras democráticas e assumir como suas as deci-
sões tomadas colectivamente.
S4 Assumir que é parte da sociedade onde se insere, agindo numa
perspectiva de serviço libertador e de construção de futuro.
S5 Usar de empatia na forma de comunicar com os outros, demons-
trando tolerância e respeito perante outros pontos de vista.
S6 Mostrar capacidade de relacionamento e trabalho em equipa,
contribuindo activamente para o sucesso do colectivo através
do desempenho com competência do seu papel.
S7 Assumir papéis de liderança, de forma equilibrada, tendo em Carácter
conta as suas necessidades e as do grupo. Físico Carácter Espiritual
0 ETAPA Data
Para te ajudar a escolher os teus objectivos, apresentamos os
quadros seguintes, onde podes ir registando os objectivos que
escolhes para cada uma das Etapas, assim como a data em que os
atingiste. Intelectual Afectivo Social
79
COMUNIDADE Serviço
ácter Espiritual
ESPIRITUAL Físico
FÍSICO
Carácter Espiritual
INTELECTUAL afectivo
Social
Intelectual Afectivo Social Intelectual Afectivo
ácter Espiritual
81
COMUNIDADE PARTIDA
rácter Espiritual
ESPIRITUAL Físico
FÍSICO
Carácter Espiritual
INTELECTUAL afectivo
Social
Intelectual Afectivo Social Intelectual Afectivo
rácter Espiritual
83
PARTIDA
Desafio
arácter Espiritual
ESPIRITUAL
0 ETAPA Data
ctivo Social
INTELECTUAL Social
Intelectual Afectivo
0 ETAPA Data
rácter Espiritual
Carácter
ctivo Social
0 ETAPA Data
Descrição do Desafio:
Entidade, Duração, Objectivos a cumprir...
85
Última etapa nos Caminheiros! E agora?
89
3) PROJECTOS - COMO? 3.2. 1 Objectivos Gerais
“Para que estou a fazer o meu projecto?”
Estrutura de um projecto O objectivo geral é o motor do projecto, é a razão principal do
Uma das maiores dificuldades constatadas entre os caminhei- nosso trabalho. Pode traduzir-se numa acção concreta: “construir
ros em geral, é a maneira de se fazer o projecto escrito: como o uma torre”, “ auxiliar as pessoas carentes que habitam tal bairro”. Ou
apresentar correctamente? Muitos caminheiros quebram a cabe- pode visar uma província, constituindo um objectivo mais abstracto:
ça procurando normas específicas, alguns seguem regras rígidas “conhecer o PIONEIRISMO e a sua estrutura para assumir um verda-
de trabalhos escolares, e outros sentam-se à tarde em suas secre- deiro papel como caminheiro”, “estimular a criatividade “divulgar o
tárias deixando a inspiração aparecer de algum lugar. A verdade movimento escutista”, etc.
é que não existe esquema rígido a ser seguido - deves lembrar-te No objectivo geral, não se deve entrar em detalhes. Os objectivos
que não estamos a trabalhar com projectos científicos, nem com não se confundem com etapas do projecto (não interessa mostrar
trabalhos universitários. aqui como se fará, mas sim onde se quer chegar).
A abordagem aqui apresentada é apenas para te servir de su-
gestões simples na hora de montar um projecto. Isso significa que 3.2.2 Objectivos Específicos
deves sentir-te livre para alterares o que achares que deve ser al- “Ao perseguir os objectivos gerais, que outras metas poderão - e
terado. deverão - ser atingidas?”
Todavia, existe alguns tópicos que são obrigatórios e que de- Enquadram-se aqui os objectivos secundários do projecto. De-
vem constar de todos os projectos, conforme mostraremos abai- ves averiguar o que mais poderás alcançar com o plano. Se, dentre
xo. Grande parte dos exemplos foi retirada de projectos já rea- essas possibilidades, como autor do projecto quiseres eleger algu-
lizados. mas como objectivos, deverá o projecto conter os passos necessá-
rios para sua realização.
3.1 Nome Esses objectivos secundários também são chamados de “específi-
“Como será conhecido o meu projecto?” cos” porque têm vinculação específica com o objectivo geral, isto é,
O nome (ou título) do projecto não é mera formalidade. Serve só têm razão de ser uma vez que estejam relacionados ao objectivo
para facilitar a sua identificação. Desde que guarde alguma relação principal.
com o tema do projecto, o nome apropriado pode ser pesquisado
através de um verdadeiro exercício de criatividade. Por exemplo: o 3.3 Etapas
projecto para construção da sede do clã chama-se “pedra angular”; “O que será feito para atingir os objectivos do projecto?”
um projecto de culminaria “Futura Indigestão”, “Um agrupamento, Também chamado de “acções” ou “desenvolvimento”, este é o
uma promessa”…. núcleo do projecto. O objectivo é em parcelas cada uma das dificul-
dades/desafios segundo a ordem de prioridades.
3.2 0bjectivo(s) As etapas do projecto devem ser apresentadas de forma detalha-
Este é o momento em que o autor do projecto deve expor a que da. É necessário que como autor do projecto descrevas todos os
o mesmo servirá, ou seja, o que se pretende alcançar com ele. Al- passos ao pormenor e de forma crescente.
guns projectos são simples, e podem ter apenas um objectivo em Não te esqueças que o projecto deve ser adequado, necessário,
vista. Muitos objectivos são claros e directos; outros são muitas ve- eficaz e útil aos outros, dai defender-se “três qualidades” que de-
zes, consequências dos primeiros. Por isso, é interessante separá- vem estar presentes nas acções propostas:
los em dois grupos. • Adequabilidade - a linha de acção é adequada quando, reali-
zada com êxito, conduz ao efeito final desejado.
91
• Exequibilidade - ela é exequível quando é capaz de realizar
com êxito a acção pretendida, consideradas as característi- 3.4 Cronograma
cas do meio, os factores em oposição e os recursos dispo- “Quando será desenvolvido o projecto?”
níveis. A linha de acção é parcialmente exequível quando só A duração também depende da sua complexidade. Podes desen-
em determinadas condições poderá ser realizada com êxito. volver em um dia, ou em 1 ano (curta, media ou longa duração).
• Aceitabilidade - ela é aceitável quando o custo de sua realiza- Lembra-te que há muitos projectos, necessários para o cumprimen-
ção (haja sucesso ou não) pode ser tolerado. to de etapas, que já têm sua duração estipulada.
Essa duração do projecto deve ser construída em função da dura-
Pouco há mais a falar sobre a parte de desenvolvimento do pro- ção de cada uma das etapas desenvolvidas no item anterior.
jecto, porque, apesar de ser seu núcleo, é realmente a parte mais fá- Novamente, o que menos importa é como esse cronograma apa-
cil de ser feita, bastando estar atento para alguns detalhes, a seguir. recerá no texto do projecto. Há quem prefira, juntamente com cada
A complexidade das etapas depende da complexidade do pro- etapa do desenvolvimento, colocar a(s) data(s) de realização (dia
jecto como um todo. Tudo aquilo que deve ser realizado precisa de tal, ou dia tal ao outro dia) , e , após isso, calcular o tempo total de
constar nessa parte do projecto. duração do projecto. Outros fazem um cronograma em separado, e
Deves procurar prever os chamados “acidentes de percurso”. ganham uma melhor visualização, assim:
Várias vezes, nós somos criticados no nosso clã por sermos “pes- Podes utilizar quadros, tabelas, etc. Mais uma vez, vale a criativida-
simistas” - no entanto, não querendo ir buscar outro termo mais de para bem apresentares as datas.
adequado, podemos dizer que o autor do projecto deve ser um Deves ter sempre uma margem de erro. Determinadas etapas
tanto quanto pessimista, e não confiar na sorte. A “carta na manga” que têm um prazo exacto em número de dias podem vir a apre-
é fundamental! O exemplo mais comum de “falta de pessimismo” sentar problemas alheios à tua vontade, por isso é necessário que
nos planeamentos escuteiros vem de cima, literalmente: é a chu- calculemos um ou dois dias a mais. Se, no entanto, depois de feito
va. Quantas actividades, quantos acampamentos foram e são frus- o cronograma e de elaborado o projecto, os prazos não forem cum-
trados por falta de um “programa reserva”, a ser desenvolvido em pridos, isso não é o principal. O importante é realizares as etapas
caso de mau tempo... Por isso, na construção de teu projecto, uma até o fim, mesmo que os prazos não sejam cumpridos.
pergunta que jamais deves repelir é a que começa por: “Mas e se
por acaso...?” 3.5 Recursos humanos
Também nunca é demais lembrar que, de acordo com o assunto “Quem fará o quê no meu projecto?”
do projecto, deves procurar o auxílio de outras pessoas. Todavia, o É necessário apresentar uma listagem com os nomes daqueles
chefe ou dirigente que fores procurar para te ajudar deve ter bom que tomarão parte nas acções, sejam eles escuteiros ou não (às ve-
senso, a fim de te auxiliar sem interferir, ou seja, deixar-te, como au- zes, é necessária ou conveniente a actuação de um profissional, de
tor do projecto, dentro de uma grande margem de arbítrio próprio. um membro da comunidade, etc.).
É interessante sempre dar mais de uma sugestão, deixando-te a de- É, também, interessante, que cada acção mais complexa do de-
cisão final, a menos que se trate de flagrante necessidade - esse é senvolvimento tenha um responsável que não precisa de ser, neces-
o bom senso do chefe. É função de quem auxilia no projecto, ou de sariamente, o autor do projecto. Como autor, és o responsável pela
quem o avalia, verificar se o desenvolvimento está correctamente coordenação geral, mas podes delegar funções para que outros se
associado aos objectivos (isto é, se todos eles têm as metas propos- responsabilizem por uma ou mais das etapas desenvolvidas. Nesse
tas). Isso sim é importante, e o jovem realizador do trabalho deve caso, podes indicar esses responsáveis juntamente com o desenvol-
ser convenientemente alertado caso haja alguma dificuldade. vimento do projecto, ou em lista separada.
Por último: a maneira de ser colocado o desenvolvimento não é Uma estratégia eficaz para aumentares as chaves do sucesso do
mais importante que o conteúdo em si. teu projecto, principalmente se este for de longa duração, é de-
93
signares como responsáveis de cargos para cada execução, com parte de qualquer projecto:
preferências a indicar nomes. Isto é, dizer que “o tesoureiro” ou “o a) nome do projecto;
moderador” são responsáveis pela tarefa “A” ou “B” confere maior b) objectivo(s) do projecto / geral (is) e específico(s);
estabilidade ao projecto do que se as responsabilidades fossem c) etapas ( desenvolvimento) do projecto;
conferidas directamente às pessoas (Fulano” ou “Beltrano”). d) cronograma do projecto;
e) recursos humanos necessários;
3.6 Recursos materiais e financeiros f) recursos materiais e financeiros necessários;
“De que materiais vou precisar para realizar meu projecto? E g) dados do autor do projecto.
quanto terá que ser gasto?”
É necessária uma lista dos materiais necessários ao cumprimento É necessário relembrar que todo o projecto, depois de concluído
das etapas do desenvolvimento. Os recursos podem ser solicitados e realizado, deve ser avaliado, a fim de verificar se todas as etapas
junto a outras pessoas, no Agrupamento, à própria comunidade- e prazos foram cumpridos. Se não foram, devem ser discutidas as
alvo do projecto (se for o caso), ou adquiridos no mercado. Nesse razões pelas quais isso ocorreu, para que no futuro possíveis erros
último caso, então, é necessária a elaboração de um orçamento. não sejam cometidos novamente.
Deves ter o cuidado de informar a equipa de animação de da direc-
ção do Agrupamento para saberes como proceder correctamente 3.9 Outros elementos
para captar os recursos necessários: através dos recursos do pró- Como reforço do já escrito, apresentamos uma lista de elementos
prio Agrupamento, através de campanhas da Equipe/Cã, “apenas que podem constituir a arquitectura estética do projecto:
através do esforço de cada integrante da secção”, através de do- a) introdução - apropriada para aqueles que têm talento literário,
ações de material mesmo (por meio de ofícios entregues a quem e que gostariam de escrever algo mais acerca de seu projecto;
possa ajudar), etc., tudo dependendo do projecto e de cada Agru- b) local - se o projecto tiver apenas um local para seu desenvol-
pamento. vimento, podes escrever também sobre ele; se o projecto for
Se o material tiver de ser adquirido, é preciso pesquisar e analisar realizado em vários lugares, podes indicá-los juntamente com o
muito bem o preço (de preferência e no mínimo, três lugares diver- desenvolvimento, ou em uma secção em separado;
sos), e não se pode esqueça do 9.º artigo da Lei do Escuta. c) atitudes necessárias- para aqueles que se sentirem inspirados,
ou para projectos que exigirem um nível maior de concentração
3.7 Dados do autor do projecto e seriedade por parte de quem dele participar: há quem goste
“Quem é o responsável pelo projecto?” de descrever sentimentos necessários à perfeita realização do
É muito importante - e, infelizmente, não é muito comum - en- projecto: “responsabilidade”, “espírito escutista”, “paciência”...
contrar no próprio texto do projecto os dados de identificação de d) lema- muitos projectos têm um lema! Se te parecer interessante
seu autor. Além de servir para facilitar a identificação do próprio alguma ideia, podes adoptá-la por lema, assim como as patru-
projecto, o simples facto de se poder achar um nome de referên- lhas têm (ou deveriam ter) o seu;
cia facilitará também o contacto daqueles que, ao manusearem o e) antecedentes - para aquelas pessoas que utilizaram outros pro-
projecto, tiverem interesse em aproveitá-lo, discuti-lo ou mesmo jectos como fonte de auxílio, ou que se inspiraram em trabalhos
(por que não?) levá-lo adiante. Como sejam: o nome completo, o parecidos que já foram realizados, ou que utilizaram pesquisa
Agrupamento ao qual pertences, telefone, correio electrónico, ski- bibliográfica, e que quiserem mencioná-lo no projecto;
pe, facebook, etc. f) fundamentação ou diagnóstico - muitos projectos utilizam, para
fundamentar os seus objectivos , um estudo do problema em
3.8 Resumo questão, isto é , fazem um diagnóstico da situação para depois
Podes, portanto, identificar os elementos que precisam de fazer propor objectivos;
95
O meu Desafio
4- PROJECTOS - QUEM?
O projecto pode ser elaborado por um só elemento, mesmo que
para a sua realização, como será provável, seja necessário reunir
mais gente.
O mais comum, no entanto, é que, ao nível do clã, os projectos
sejam desenvolvidos por equipas ou grupos de interesse.
A figura do líder da equipa de interesse é importante, pois é ele
o responsável perante os outros. No caso de um projecto de clã
ser desenvolvido por uma equipe de interesse, quando da escritura
do projecto, o item “dados do autor do projecto”, deve ampliar-se:
além do nome e identificação do responsável (líder da equipa), é
importante que conste pelo menos o nome de cada um dos outros
componentes do grupo.
Resumidamente, o procedimento, previsto nas secções, para a es-
colha de um projecto ou mesmo discussão de um assunto deve ter
um impacto ou relevância cívica ou social e deve incluir:
Descrição do Desafio
97
6
Ao Serviço d
a
o s O ut r o s
Cid ad a n i
99
Direitos Humanos
A cidadania é normalmente ligada a ideia de direitos cívicos, que fundamentais da pessoa humana, pois o ser humano é o destinatário
são manifestações dos direitos humanos. A compreensão do âmbi- e centro da actividade económica. Os chefes de Estado estabele-
to da expressão direitos Humanos, enquanto conjunto de direitos ceram como direitos inalienáveis da pessoa humana, os seguintes:
indispensáveis à existência e realização plena do homem todo, em • O direito a igualdade de protecção perante a lei;
particular e da sociedade no geral – a que vulgarmente se conhece • A pessoa do ser humano é inviolável;
por Direitos Humanos e/ou “conjunto de normas que visam defen- • O respeito pela personalidade e capacidade jurídica do ser hu-
der a pessoa humana contra os excessos cometidos pelos órgãos mano;
do Estado”, tem sido alvo de plurímas abordagens e denominações • O direito à dignidade e do desenvolvimento de cada ser humano;
específicas. Classificações como direitos da primeira, segunda e • O direito à presunção de inocência;
terceira gerações e/ou direitos naturais e direitos artificiais fazem • O direito a cada ser humano à defesa e à escolha de um defensor
parte do catálogo de direitos ínsitos nos distintos de instrumentos de sua conveniência;
Internacionais a que somos convidados a estudar, aprofundar e di- • nenhum ser humano poderia ver a sua liberdade privada sem um
vulgar, como sejam: adequado processo de justiça;
• O direito à informação;
I. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM, • O direito à associação, desde que não atentasse contra a seguran-
de 10 de Dezembro de 1948 que o seu preâmbulo adverte “o ça e a ordem pública;
desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos condu- • O direito à reunião, desde que não atentasse contra a segurança e
ziu a barbárie que revoltam a consciência da humanidade”, a a ordem pública;
acuidade e o rigor na elaboração deste instrumento singular • O direito a residência de cada um no país de sua escolha;
no ordenamento jurídico universal despoletou um movimento • O direito à liberdade de cada um a abandonar o seu país e de
de codificação por todo o mundo: voltar quando entendesse;
II. A CONVENÇÃO EUROPEIA DOS DIREITOS DO HOMEM, de • O direito a asilo político num país de sua escolha, no caso de per-
4 de Novembro de 1950, e os seus Protocolos, a Carta Social seguição, por razões política.
Europeia, de 18 de Outubro de 1961,
III. O PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS POLÍTICOS E Carta Africana dos Direitos e Bem Estar da Criança
CIVIS, de 16 de Novembro de 1966, A CADBEC foi celebrada no dia 20 de Julho de 1990. A
IV. O PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS ECONÓMI- ideia que conduziu à celebração da CADBEC foi a de adoptar uma
COS, SOCIAIS E CULTURAIS, de 16 de Novembro de 1966, declaração que consagrasse o respeito por parte de todos os paí-
V. A CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS DO HOMEM, de ses membros da OUA, dos direitos da criança.
22 de Novembro de 1969,
VI. A ACTA FINAL DE HELSÍNQUIA, de 1 de Agosto de 1975,
VII. A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS POVOS,
DE 4 DE JULHO DE 1976, e A Carta Cultural de África
VIII.A CARTA AFRICANA DE DIREITOS DO HOMEM E DOS POVOS, A carta cultural de África foi adoptada no dia 05 de julho de 1976,
de 26 de Junho de 1981. na Cimeira de Chefes de Estado Port Louis(ilhas Mauricias).
No preâmbulo, os Chefes de Estado começaram por reconhecer
Na Carta Africana dos Direitos dos Homens e dos Povos - ideia os efeitos nefastos da dominação colonial que levaram a subjugação
que tinha sido apresentada pelo Senegales (presidente) Leopold e destruição das tradições e da cultura Africana, a aculturação e alie-
Senghor que considerava que o desenvolvimento económico e so- nação mental dos povos de África e a despersonalização do homem
cial de África estava intimamente ligado ao respeito pelos direitos africano.
101
Carta Africana da Juventude 4. As 7 principais áreas da Carta
1. Liderança e participação juvenil.
1.O que é a Carta? 2. Saúde e bem estar.
É um conjunto de princípios que englobam os direitos, liberdades 3. Educação e desenvolvimento de habilidades.
e deveres da juventude africana. 4. Meios de subsistência sustentáveis.
É o documento básico e legal que apoia o desenvolvimento de 5. Meio ambiente.
políticas, programas e actividades apropriadas. 6. Paz.
7. Responsabilidades juvenis
2. Porque precisamos da Carta?
A Carta Africana da Juventude é necessária para o desenvolvimen- 5.Assinatura, ratificação e divulgação da Carta:
to dos jovens Africanos no sentido de:
• Orientar, inspirar e validar as organizações juvenis e suas acções. 5.1. Assinatura
• Proporcionar aos Estados membros da União Africana um quadro Qualquer Estado membro da União Africana pode assinar a Carta
para políticas de desenvolvimento juvenil e suas provisões. na Sede da Comissão da União Africana através do Embaixador que
• Preparar os jovens para que possam tirar vantagens destas provisões. tenha recebido instruções do seu Governo.
5.2. Ratificação
Uma vez assinada a Carta, por qualquer que seja o membro da
União Africana, esta deverá ser adoptada pelo parlamento local, e
aplicada a nível nacional. O Estado porém deverá remeter um re-
latório à União Africana, relatando sobre a referida adopção. Este
processo indica que o Estado em questão ratificou a Carta.
No caso de a Carta ser assinada por um total mínimo de 15 Esta-
dos membros, esta será aplicada a nível continental.
INSTITUTO NACIONAL DE EMERGÊNCIA MÉDICA DE São cuidados de emergência que se dão para:
ANGOLA - INEMA 1. Socorrer os feridos ou pessoas doentes;
O Instituto Nacional de Emergência Médica de Angola, abre- 2. Evitar que as condições se tornem piores;
viadamente designado INEMA, é um instituto público que tem por 3. Ajudar as vítimas a recuperarem-se.
missão assegurar assistência pré-hospitalar e evacuação assistida
em caso de doença súbita ou acidente com compromisso vital imi-
nente, em todo o território nacional e para todas as pessoas que
necessitem deste serviço, promovendo o respeito à dignidade da
pessoa e a valorização da pessoa humana.
O INEMA foi criado, em Novembro de 2003, tendo como pres-
suposto a Lei nº 21-B/92, de 28 Agosto (Lei de Bases do Serviço
Nacional de Saúde).
PRIMEIROS SOCORROS
Prevenir acidentes é sempre a melhor solução, mas certas vezes
nem os pais conseguem evitar que as crianças brinquem com ob-
jectos e ou produtos perigosos, como fogo, prego lâmina, medica-
mentos, etc. Até mesmo os adultos, por mais que se cuidem, uma
hora ou outra acabam por se cortar, cair, enfim, se ferir-se. Por isso é
fundamental saber agir em situações de emergência.
As inundações, os deslizamentos, a erosão, a seca, são fenóme- das e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada
nos da natureza que sempre estiveram presentes na história da intensidade. Este excesso de precipitação (chuvas) faz aumentar o
humanidade. Entretanto, o rápido crescimento da população, tem caudal dos rios, originando o transbordamento do leito e a inunda-
deteriorado e contaminado o ambiente o aumento da pobreza tem ção das margens e áreas circunvizinhas.
contribuído para converter esses fenómenos naturais em calamida-
des que causam a perda de muitas vidas humanas, infra-estruturas O que é um Desabamento ou Deslizamento?
e bens materiais. É um fenómeno provocado pelo escorregamento de materiais
O trabalho conjunto e contínuo entre a Protecção Civil, Escu- sólidos, como solos, rochas, vegetação e/ou material de construção
teiros/escola/comunidade pode contribuir para a redução do ao longo de terrenos inclinados, conhecidos por encostas, penden-
impacto dos desastres. As crianças e jovens desempenham um tes ou escarpas.
papel muito importante nessa acção, informando a sua família e Os desabamentos em encostas e morros urbanos vêem ocorren-
comunidade sobre as ameaças naturais e motivando-as para uma do de uma forma frequente e alarmante nestes últimos anos, devido
“cultura de prevenção” realista e duradoura. ao crescimento desordenado das cidades, com a ocupação de áre-
É importante compreender melhor os fenómenos da natureza, as de risco, principalmente pela população carente.
os efeitos das acções humanas e as consequências de um manejo
errado do ambiente, assim como a necessidade de promover um O que é a Seca?
desenvolvimento harmonioso com a natureza. A Seca é um fenómeno climático causado pela insuficiência de
Actualmente é prioridade preparar a Nação, especialmente as precipitação (chuvas) numa determinada região por um longo pe-
comunidades, para prevenção e redução do impacto provocado ríodo de tempo.
pelas situações de desastres, tais como: os incêndios, as inunda- A seca não tem só consequências negativas, mas também tem
ções, as calemas, os desabamentos de terra, a erosão e as secas consequências de dimensão económica, social e política.
e também das epidemias como a malária, a cólera e o VIH e SIDA. O que é um incêndio?
O Governo de Angola promulgou em 23 Novembro de 2003 a É o fogo fora do controlo humano ou seja um fogo de grandes di-
Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 28/03) com o objectivo de mensões que tem como consequências a destruição de vidas huma-
prevenir a ocorrência de riscos colectivos resultantes de acidentes nas, bens materiais, devastação de florestas, campos de produção, etc.
graves, de calamidades naturais ou tecnológicos, atenuar os riscos Os incêndios podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer
colectivos de possíveis desastres, socorrer e assistir as pessoas atin- hora. Podem iniciar-se de forma espontânea ou por consequência
gidas ou em perigo eminente. de acções ou omissões humanas, mas mesmo nesse último caso, os
factores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-
O que é um desastre? Ios, facilitando a sua propagação e dificultando o seu controle.
É o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados Todo este serviço é uma espécie de combinação de Bombeiros e
pelo homem, sobre um ecossistema vulnerável, causando danos Cruz Vermelha e põe ao alcance dos Caminheiros um tipo valioso
humanos, materiais e/ou ambientais e consequentes prejuízos eco- de serviço público, tanto nas cidades como nos municípios e nas
nómicos e sociais … comunas.
Os efeitos dos desastres dependem do grau de vulnerabilidade Mas o campo de trabalho é vasto e a preparação para ele implica
da comunidade a uma determinada ameaça, ou da sua capacidade estudos e actividades várias que não só são interessantes mas tam-
de resistência. bém úteis para aqueles que a elas se entregam. Seria na verdade
um ser estranho aquele que não conseguisse encontrar entre estas
O que são Inundações? variadas actividades uma só que lhe pudesse ao menos servir de
São fenómenos naturais provocados por precipitações modera- passatempo, uma vez que a tivesse aprendido
107
Serviço de Ordem
Exemplo tirado de uma citação do livro “A caminho do Triunfo”:
«Num trágico incêndio recente, em Newhaven, Connecticut, em
que perderam a vida sete pessoas e mais de setenta e cinco se feri-
ram, os Escutas prestaram assinalados serviços.
«Em três diferentes cruzamentos obstruiu-se o tráfego, sem que
a polícia de trânsito aparecesse; vendo isto os escutas, um em cada
caso, postaram-se no meio da rua e dirigiram o trânsito debaixo de
chuva torrencial durante mais de duas horas.
«Outros escutas prestaram bom serviço auxiliando os serventes
dos hospitais a transportar rapidamente os sinistrados das salas das
operações para as enfermarias, com o que facilitaram o tratamento
rápido dos casos».
E aqui temos uma modalidade de serviço para o qual escutas e
caminheiros fariam bem em se preparar em colaboração com a po-
lícia e autoridades hospitalares da sua localidade.
109
7
Reconhe c i m e nt o
111
Acabei o meu Caminho
__/______/_____
ma de Progresso no dia ____
Completei o Siste
____ (local)
____ ________________
Em ____________
iros:
seguintes escute
resso comigo os
Acabaram o Prog
113
8
Partida
115
É hora de Partir, se sentes que estás preparado para continuar
o teu caminho.
A vivência da IV Secção foi, de certeza, extremamente rica e im-
portante no teu crescimento e, por isso mesmo, na hora de Partir, tu
consegues sentir que chegou o teu momento.
É certo que a IV Secção termina quando o escuteiro perfaz os 25
anos... Mas também é certo de que aqui não se trata tão-somente
de uma questão de idade, ou apenas de ‘largar o Clã’.
A proposta educativa da última secção da AEA envolve um cres-
cimento individual e em grupo, interior e exterior, prático e teórico,
que em mais nenhuma secção é possível de alcançar. O facto de já
te encontrares na idade adulta e em momentos de muitas escolhas
e decisões na tua vida, permite-te aceitar as propostas de cresci-
mento de forma mais ousada, sem medo.
Nas auguras e alegrias do teu Caminho, há sem dúvida cresci-
mento individual e em Clã. Muitas foram as aprendizagens - não
só técnicas ou escutistas, mas - de vida! Agora, é tempo de partir!
Partir é muito mais do que deixar o Clã... é ser validado por ele.
Partir é um acto de maturidade, assumido por ti em plena cons-
ciência.
Partir é mostrar que sim, que se é capaz, que se cresceu e que
está na hora de dar mais aos outros, tal como se recebeu até agora.
Se optares por ficar no movimento terás, certamente, a oportuni-
dade de partilhar com os escuteiros tudo o que aprendeste e viveste;
... mas se optares por sair, terás também, certamente, muitas ou-
tras oportunidades para dar mais de ti! Há toda uma comunidade
à espera do contributo de quem o quer dar. Após esta etapa de
crescimento para a vida, tu, Caminheiro que partes, estás prepa-
rado, disponível e atento a tudo aquilo que te apela a ser mais,
a dar mais, alargando sempre os teus horizontes, como tão bem
aprendeste a fazer na IV Secção.
A resistência a esta Partida pode ocorrer...
É normal, é humano custar-nos deixar algo de que gostamos tanto
e que sempre nos fez tão bem. Mas é nesta ocasião que poderás, mais
urna vez, pôr em prática a tua vivência do despojamento, da noção da
mochila que sempre te acompanha com o mínimo indispensável para
a caminhada e que te permite a despojada mobilidade, da vara que te
relembra a opção da escolha do caminho que tens de fazer, da tenda
que é levantada para logo ser montada noutro lugar.
117
para partir?
q u e es ta s preparado passo!
Achas q u e da r o primeiro
te ns Clã.
És tu que s ta ao Conselho de
ro p o
Faz a tua p
Quando? (situação
u c at iv o s e o Desafio
tivos ed
s os objec
• Terminado e o teu
ideal) ar ad o e achares qu esmo
an do te s entires p re p
to ) es tá terminado (m
• Qu ovimen
Clã (e no m feitos).
percurso no to do s o s objectivos
as
que não te
nh de 25 anos. ti valores
an do at in gi res a idade li da e re c onhece em
• Qu Clã va ro, activo na ais
Conselho de ro Caminhei
• Quando o ve rd ad ei hor e m
it u de s di gn as de u m
p ar a u m mundo mel
e at ntribuir
capaz de co
sociedade,
justo
119
Defeito Como te sentes O que deves fazer
Mas antes de saíres totalmente do Clã para a sociedade tem em IRRITABILIDADE Aborreces-te quando as Obriga-te a sorrir e ri-te da insig-
conta outras responsabilidades que podes ainda não ter vivido, mas coisas te correm mal ou os nificância relativa da irritação.
que inevitavelmente viverás, tais como: outros te dão alfinetadas? «Se tens razão, não precisas de
te irritar. Se a não tens, não po-
A Responsabilidade do Caminheiro des irritar-te».
Lembra-te de que como Caminheiro, além de te tornares melhor
FUMAR Lembra-te de que os rapa- Não fumes, quando estás com
como homem e como cidadão, estás a servir de modelo, quer o saibas
zes te imitam e o fumo lhes eles.
quer não, a rapazes do teu Agrupamento e da vizinhança.
prejudica a saúde.
Têm muito a tendência de, para si, fazerem um ídolo daquele que é
mais velho do que eles e que pela sua personalidade ou por façanha PALAVRAS FEIAS Costumas praguejar em mo- Procura assobiar, e larga o hábito.
que praticou, lhes conquistou a admiração. mentos de irritação, ou usas
E assim é que, sendo Caminheiro ou mais velho entre os teus irmãos palavras indecentes em oca-
mais novos, tens aos ombros uma responsabilidade de que a princípio siões de leviandade?
não dás conta. Podes estar a conduzir muitos rapazes para o bem ou
para o mal, conforme o que tu próprio fazes ou dizes. FROUXIDÃO E FUGA Sentes-te inclinado a deixar Arregaça as mangas e dá o
«Ser bom é coisa nobre - mas é mais nobre ensinar os outros a se- AO TRABALHO o trabalho aos outros? De ver exemplo. «Encara o pior, mas
rem bons - e dá muito menos trabalho»; é o que diz Mark Twain, mas os outros a trabalhar ou a jo- prevê o melhor.» Imita S. Jorge,
gar ou de sentir as dificulda- e mãos à obra.
tenho dúvidas a respeito da última afirmação, visto que o ensino se faz
des antes de elas chegarem?
pelo exemplo pessoal; portanto, é preciso ser cauteloso.
Tem cautela, se não por ti, ao menos por eles. MALEDICÊNCIA Costumas falar dos defeitos Procede na convicção de que
Deve haver no país muitíssimos jovens excelentes que vão sendo dos outros e ver apenas os o pior tem 5% de bom. A graça
arrastados pelas más influências que os cercam, porque nunca viram seus pontos fracos? está em o achar.
o caminho mais desimpedido; não sabem que podem, com um pe-
queno esforço próprio, elevar-se acima do meio e remar a caminho do IMPACIÊNCIA Tens aspirações impossíveis e «Com vagar e jeito se apanha
êxito. E aqui está o teu papel. suspiras pela lua - e maldizes o macaco». Quem teima vence.
Podes traçar o caminho que hão-de seguir, pelo teu procedimento, a tua sorte, quando as coisas «Persiste e vencerás». «A paciên-
em busca da amizade alegre e varonil, vida aprumada e conversa ho- te não correm como queres? cia é o segredo do êxito em qual-
nesta. quer modo de vida».
Fica atento aos teus defeitos (dos quais mostramos alguns exem-
MACAMBÚZIO Falta de sentido do cómico. Como há em tudo geralmente
plos) e procura substituí-los.
5% de bom, também há outros
5% de divertido. O conhecimen-
to deste facto ajuda- nos a ven-
cer muitos incómodos, aliás in-
sanáveis. Ensina os teus rapazes
a rir enquanto trabalham.
121
INTOLERÂNCIA Acaso serás excessivamen- Na Fraternidade escutista desa- maiores, se não o maior de entre todos.
te cioso das prerrogativas parecem todas estas distinções. Como já foi antes dito, a Nação precisa urgentemente de voluntários
da tua classe social, partido Praticai a tolerância - ensinai os ra- para a obra de educação. Além de ler, escrever e contar, há tanta coisa
político ou crença religiosa? pazes a observar os dois aspectos que os rapazes de hoje precisam de saber para triunfarem na vida.
Usa-se muitas vezes o ter- dum problema antes de tomarem
mo para disfarçar a desobe- qualquer decisão sobre ele.
Paternidade
diência, falta de lealdade e
Um dia serás pai (mãe). Terás a responsabilidade de dar ao mundo
de disciplina.
rapazes e raparigas e de lhes dares uma ajuda para começarem a vida
com êxito. Se fracassares neste ponto, ou os deixares ser levados para
INDEPENDÊNCIA O pior defeito da humani- Desenvolva-se o sentimento da a ociosidade e para a miséria serás culpado dum crime nefando. Para
dade, provoca a visão aca- responsabilidade e autodiscipli- outras responsabilidades na vida, como gerir um negócio, manobrar
nhada e contribui para o na no espírito livre de agir pelo uma máquina, ou assentar tijolos, precisa-se de aprendizagem própria.
descontentamento pessoal grupo e não por nós próprios. E no entanto, para esta missão, a maior e de mais responsabilidade, a
e industrial. Exerça-se a abnegação ou seja: de modelar a vida e a felicidade da tua própria prole, não te preparas
primeiro os outros, depois tu. de qualquer modo determinado, mas deixá-la ao acaso.
Olha ao largo.
Por intermédio do Caminheirismo, porém, poderás ter ocasião de
EGOÍSMO realizar, na verdade, alguns dos melhores e mais úteis serviços que um
É geralmente resultado do Torna os outros felizes e serás
feliz tu próprio. Vê o bem do pai pode realizar.
egocentrismo e de se tomar
a vida excessivamente a sério. que possuis, o aspecto divertido Poderás comunicar as aspirações devidas e as actividades sadias que
da vida, o esplendor, maravilhas acabam por ensinar o rapaz a «manobrar a sua canoa» e estarás em
e belezas da Natureza. Afoga a situação de o prevenir da existência dos recifes que lhe surgirão no
ambição pessoal. trajecto.
Se, anos atrás, os homens tivessem sido educados para serem pais,
DESCONTENTAMENTO Permites que as dificulda- Vê o pior, mas olha para o me- que nação diferente teríamos hoje! A massa, e não apenas a minoria,
des ou perigos dum empre- lhor. O optimismo é um tipo de teria sido criada para serem homens de carácter firme, criaturas saudá-
endimento lhe obscureçam coragem que incute confiança veis, que saberiam apreciar a vida, aproveitá-la o melhor possível e co-
as possibilidades? nos outros e leva à vitória
locar o bem dos outros à frente dos seus próprios interesses egoístas.
Olha ao largo e depois olha ain-
da mais ao largo
Reconstrução
PESSIMISMO Orgulhas-te de que a tua Vê o pior, mas olha para o me- Tens perante ti essa esplêndida ocasião de tomar parte activa na re-
opinião sobre um problema lhor. O optimismo é um tipo de construção do país em novas e melhores bases do que nunca. Mas isso
saia certa? coragem que incute confiança só se consegue servindo e não pelas lutas egoístas partidárias.
nos outros e leva à vitória Nós os mais velhos, cremos que ides fazer por ela o que é preciso e
que, esquecendo o vosso caso pessoal, trabalhareis por ela também
SABICHÃO Estás convencido de que Vê o pior, mas olha para o me- com todas as forças.
conheces tudo quanto há lhor. O optimismo é um tipo de A Partida é assim, um passo em frente no teu crescimento pessoal,
no Escutismo desde A a Z? coragem que incute confiança acrescido da necessidade de te despojares da vivência em Clã, a fa-
nos outros e leva à vitória
mília que sempre te acompanhou enquanto Caminheiro, encerrando
Serviço Nobre para Caminheiros um capítulo importante da tua vida e dando espaço para que outros
Entre os diversos géneros de serviço que se lembram, o de ajudar aprendam no teu lugar.
a dirigir Escutas ou Lobitos pode à primeira vista parecer coisa insig-
nificante. Mas quando se examina com atenção, vê-se que é um dos
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O dia da minha Partida
O dia da minha Pa
rtida
no dia
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Relatos na
Relatos
de um Caminheiro
que parte...
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Relatos
de um Caminheiro
que parte...
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E Agora? O que levas?
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