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MANUAL DO

CAMINHO
Indíce
1. 1.1. O que vais encontrar aqui?
Introdução

2. 2.1. Como funciona?


Regras

3. 3.1. Que se espera de mim?


Acolhimento 3.2. O que tenho de fazer?
Envolvimento
3.3. O que é isto do escutismo?
3.4. Como se organizam os Caminheiros?
3.5. Qual a mística dos Caminheiros?
3.6. Como vivem as actividades?
3.8. Como escolho o meu caminho?

FICHA TÉCNICA 3.9. Estou pronto para o meu compromisso?

Título: Manual do Caminho - Caminheiros 4. 4.1. O dia do meu compromisso


Autor: AEA - Departamento Nacional IV Secção Promessa
Revisão: AEA – Secretariado Nacional para o Programa de Jovens
Design Gráfico:
Impressão: 5. 5.1. O meu caminho
Ano: 2012 Progresso 5.2. Última Etapa nos Caminheiros! E agora?
Depósito Legal:
ISBN: 6. 6.1. Direitos Humanos
Ao Serviço dos
Outros
6.2. Corpo de Emergência
Cidadania 6.3. Protecção Civil
Edição:

7. 7.1. Acabei o meu percurso


Reconhecimento
Associação de Escuteiros de Angola

Apoio: CORPO NACIONAL DE ESCUTAS 8. 7.2. É hora de partir


A Partida 7.3. E agora? O que levas?

3
1 Int r o du ç ã o
5
POBRE
EMBORA RICO – OU
MODO DE SER FELIZ

Uma excursão de can


oa é como uma viage
m da vida.
re pilotagem.
O que vais encontrar aqui?
dar algumas ideias sob
Um veterano deveria
apenas a Felicidade.
O verdadeiro triunfo é a como um jogo
felicidade: encarar a vid
Eis dois passos para a O que é ser Caminheiro?
e irradiar Amor.
am uma fraternidade
mplo dum povo feliz.
Os birmanes dão exe rm
plesmente prazer nem
efeito da riqueza.
« O s Ca m inh eir os fo
A felicidade não é sim e o gozo passivo
iço »
do Ar Livre e do Serv
trabalho activo do qu
É mais o resultado do
do prazer. ual na viagem da
e do teu esforço individ
O teu triunfo depend
vida.
escolhos perigosos.
E da tua fuga a certos ação escolar, é
Ser Caminheiro é ser ‘muita coisa’ e ter a humildade de ser ‘quase
e continua a educ
A auto-educação, qu nada’.
necessária. É saber que se pode viver num livro de aventuras em cada dia. É
Avança confiante. saber que a nossa vida é uma história de “Era uma vez... “, em que
oa.
Dirige a tua própria can o herói é o Homem-Novo e onde, no final, há sempre o recomeçar
de uma nova aventura.
É ser artesão de um Mundo Novo, forjando em si mesmo - e nos
outros - uma nova mentalidade, aderindo a novos valores para viver
o presente, construindo o amanhã.
“Ser mais” e não” ter mais”, é o critério das acções e o rumo da
caminhada.
O Caminheiro é peregrino num mundo de instalados, o seu lema
é servir e a sua felicidade passa por fazer felizes os outros.

Os caminheiros formam uma fraternidade do Ar Livre para Servir.


São viandantes da Via Pública e campistas dos bosques, capazes
de tratarem de si, mas capazes também de prestarem auxílio aos
outros. São de facto uma Secção mais velha da obra dos Escutas-
jovens de mais de dezoito anos de idade.
Os quatro objectivos principais da educação escutista são de-
senvolver os seguintes pontos
Carácter e inteligência.
Habilidade Manual e Aptidão.
Saúde e robustez.
Serviço do Próximo e Civismo.
Inseparável. ... É o que este caderno deve ser para ti.
Estas páginas deverão acompanhar o teu caminho, durante a
Como Caminheiro terás o prazer de adquirir os muitos e variados
vida no Clã. Tem informação sobre a secção, mas existe sobre-
conhecimentos que te auxiliarão a ter gosto pela vida e a apreciar a
tudo para ir sendo enriquecido com as tuas experiências, notas,
camaradagem da Fraternidade no Campismo.
recordações...
Mais do que um manual de Caminheiros, é O TEU manual, o
manual do teu CAMINHO! Ser Caminheiro é, sobretudo, ser feliz!

7
2
Intr o du ç ã o
9
Como funciona?
ORGANIZAÇÃO DE CAMINHEIROS
A IV Secção é parte muito alegre e feliz da Fraternidade Escutista,
mas se desenvolveu já tanto que precisa de regras para sua
organização e actividades.
Mas estas regras são normas - e não regulamento.
Pretende-se que sirvam de normas de orientação, mas não que
sejam rigidamente inalteráveis. Efectivamente, toda a disciplina
escutista provém da dos próprios Caminheiros.

OBJECTIVO: O Fim do Caminheirismo é a Fraternidade e o


Serviço do Próximo.

O fim da educação Caminheira é auxiliar os jovens a tornar-se

Felizes
Cidadãos Saudáveis
Úteis

e dar a cada um a possibilidade de se preparar para uma carreira


que lhe seja útil.

O Escutismo deve ser vivido como um “jogo”. Como tal, há regras


também no Escutismo, que te ajudam a delinear o teu caminho e
a “jogar” de forma igual e justa, para ti e para todos os que jogam
contigo.
O esquema que se segue retrata o caminho natural que cada
Caminheiro percorre na IV Secção. Cada uma das 4 etapas deste
caminho será explicada nos capítulos seguintes mas, para já, repara
no esquema que resumidamente te apresentamos, para perceberes
de um modo geral como é que todo este “jogo” funciona.

Desafio

Partida
Serviço
Comunidade
Promessa

Cerimónia
da Partida
Caminho

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Etapa da Adesão - ‘Caminho’ Cerimónia da Partida
Nesta etapa do teu percurso, estejas tu a entrar para a AEA É outro dos momentos importantes na tua vida escutista.
ou a entrar para a IV Secção, vindo dos Séniores, vais começar a Acabaste o teu percurso na secção e no Escutismo. Espera-se
perceber o que se espera de um Caminheiro. Só assim poderás que estejas preparado para a vida adulta, apetrechado com as
jogar o “jogo” ao mesmo nível de todos os outros. ferramentas e valores que foste adquirindo na tua passagem pelo
Os caminheiros organizam-se em «Clãs» sob a direcção dum escutismo e, principalmente, nesta secção dos Caminheiros. Por
chefe. isso mesmo, serás validado pelo teu Clã para assumires o teu papel
Para ser admitido num clã, o candidato deve ter o mínimo de 18 na Sociedade.
anos, e o que não for já escuta precisa de estar disposto a entregar- Poderás continuar a dar o teu contributo para o movimento,
se à vida de campismo e de expedições ao ar livre e a cumprir a Lei enquanto Dirigente, ou então optar por fazer caminho noutras
do Escuta. Requer-se que estude a Promessa e a Lei Escutistas e a direcções.
exploração.
A ESCOLHA É SEMPRE TUA!

Promessa
Este é um momento muito importante no teu caminho.
Após a Etapa da Adesão - fase do ‘Caminho’ -, deves reflectir e
ver se te sentes preparado para assumir o compromisso de seres
Caminheiro da AEA. Colocar um lenço ao pescoço pela primeira vez
ou mudar de cor do lenço é, para cada um de nós, Escuteiros, uma
marca na nossa vida.

Etapas do Progresso - ‘Comunidade’, ‘Serviço’ e ‘Partida’


Em cada uma das três etapas deste percurso, todo o Escuteiro
deve crescer Física, Intelectual, Social, Afectiva, Espiritualmente e ao
nível do Carácter. É esta a proposta da AEA, para todas e cada uma
das etapas.
E é a proposta que te fazemos: seres mais e melhor e, sobretudo,
seres tu a criar o teu próprio caminho.

Desafio
Nesta última etapa do teu caminho - ‘Partida’ -, ser-te-á proposto
algo diferente: um Desafio de serviço aos outros. Um projecto
elaborado por ti, onde prestes um serviço durante 3 a 6 meses,
preferencialmente, fora do movimento.

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3 Acolh
Envolv
i m
i
e
m
n
e
t
n
o
t o
15
O que se espera de mim?
Chegaste à IV Secção!

O que se espera de ti é que te empenhes e trabalhes para ser


Caminheiro. Deves tentar conhecer e entender como funciona
esta secção e, principalmente, o TEU CLÃ. É importante conhecer
a sua história, quem lá esteve e quem lá está, como funciona, as
características que o tornam único e diferente dos outros, dentro
das semelhanças com outros clãs de escuteiros...
Então, no fundo, o que se espera, depois de estares integrado
algum tempo nesta secção, é que saibas responder a algumas
perguntas:
• Como se Organiza a IV Secção?
• Quais os Símbolos e qual a Mística dos Caminheiros?
• Conheces a vida de S. Paulo e do Patrono do teu Clã?
• Já sabes trabalhar e viver em Equipa e no Clã?
• Já conheces os objectivos educativos que te são propostos?
• Conheces o livro “A Caminho do Triunfo”?
• Sabes o que é o PPV? Já fizeste o teu?
• Sabes o que se espera de ti enquanto Caminheiro?
• Sabes a Lei e os Princípios do escuta?

O que tenho que fazer?


Estás a começar uma nova etapa na tua vida e no Escutismo,
onde TU é que escolhes como fazer o teu caminho!
Depois de compreenderes o sistema de progresso pessoal
e de conheceres os Objectivos Educativos Finais, escolhes o
teu caminho, optando por aquilo que são os teus interesses e
capacidades, seguindo o caminho por onde achas que deves
apostar para crescer mais e mais consistentemente.
Deves assumir e cumprir as tuas escolhas, com o compromisso
e com a Palavra de Honra de escuteiro, nunca esquecendo a Lei e
Princípios do Escuta.

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O que é isto de escutismo?
to
um alegre divertimen
«O ESCUTISMO é ra pa rig as,
ens, rapazes e
ao ar livre, onde hom tregar-se à aventura
, en
podem, em conjunto os e mais novos, col-
ais ve lh
como irmãos m l e
o sa úd e e fe lic ida de, habilidade Manua
hend
próximo»
espírito de auxiliar o

O escutismo é um jogo, uma viagem de descoberta, um modo


de vida…
O termo” Escutismo” acabou por assumir o significado de ‘sis-
tema de «educação para a vida» e de preparação para a cidada-
nia’, um movimento que pretende, pela vivência com os teus pares,
na Natureza, fazer-te despontar o espírito do ar livre, fraternidade
e serviço, melhorando o teu nível de envolvimento e compreensão,
preparando-te para seres um adulto autónomo e responsável.
É um convite verdadeiro a substituir o egoísmo pelo serviço,
tornando-te individualmente capaz, com o fim de aproveitares essa
capacidade também para servir os teus semelhantes.
A proposta de Baden-Powell é que cada jovem agarre - ele próprio
- a sua emancipação, que conduza e impulsione a sua própria canoa.

«O ESCUTISMO é um movimento cuja


finalidade é educar a próxima geração como
cidadãos úteis e de vistas largas. A nossa
intenção é formar Homens e Mulheres que
saibam decidir por si próprios, possuidores de
três dons fundamentais:
Saúde, Felicidade e Espírito de Serviço.»

O Escutismo ajuda a desenvolveres-te em termos afectivos, físi-


cos, intelectuais, sociais, espirituais e de carácter, através de acti-
vidades próprias, envoltas em imaginários ricos e vivendo a mística
da secção, partilhadas em Equipa e Clã.
O Escutismo proporciona-te assim uma educação global, de
modo a ficares preparado para seres um cidadão participativo e res-
ponsável, na tua comunidade.
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O Escutismo - Movimento Mundial

O Escutismo nunca parou de crescer desde que foi fundado em


1907, tendo duplicado o seu efectivo nos últimos 30 anos. É uma
fraternidade mundial, um organismo que, na prática, não olha a
diferenças de classe, crença, país ou cor.
O Escutismo abrange mais de 216 países e territórios e é coorde-
nado pela Organização Mundial do Movimento Escutista (OMME
ou WOSM, em inglês). É devido a esta dimensão, à escala mundial,
que tens a forte possibilidade de fazer actividades internacionais e
conhecer outros jovens e outras culturas. Aí, terás a oportunidade
de sentir a ‘magia’ única de pertencer a este grande movimento,
de estar em comunhão com milhões de outras pessoas, de parti-
lhar os mesmos ideais, os mesmos símbolos, de ter vivências que
reconheces como tuas embora sejam desempenhadas por outros
escuteiros, com percursos paralelos ao teu.

Associação de Escuteiros de Angola - AEA

A AEA é uma associação de juventude sem fins lucrativos, não­


política, e não-governamental, destinada à formação integral de
jovens, com base no método criado por Baden-Powell e nas direc-
tivas gerais e específicas da Organização Mundial do Movimento
Escutista.
A AEA afirma-se como efectivo movimento da sociedade civil,
podendo os seus associados efectivos professar qualquer religião
reconhecida pelo Estado, nos termos da Lei.
O método escutista tem por finalidade o desenvolvimento inte-
gral e paulatino da pessoa humana, ao nível da sua personalidade
e maturidade.
A AEA está implantada em mais de 200 Agrupamentos locais
em todas as províncias de Angola, apoiada numa rede de Estrutu-
ras de Núcleo e Regionais, tendo como executivo nacional a Jun-
ta Central, que assegura a gestão e a implementação das políticas
gerais e sectoriais da AEA.

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Como se Organizam os caminheiros?
O Clã...
A unidade de caminheiros é o Clã.
Pondo em funcionamento o Sistema de Patrulhas como nas
restantes secções, os Caminheiros são organizados em Equipas
que, por sua vez, juntamente com a Equipa de Animação,
constituem o Clã.
São jovens de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 25
anos.
O objectivo das Equipas é fomentar a autonomia, a cooperação dos escutas, sempre que possível, decorado por ti e pelos outros
e ajudar no progresso de cada um dos seus membros. Cada elementos, onde se reúnem e onde podem guardar os vossos
elemento tem a sua co-responsabilidade no Clã. Ao existirem materiais.
Equipas mistas pretende-se que haja uma interacção educativa Estas bases devem ser administradas directamente pelos
entre os Caminheiros. Cada Equipa tem um Chefe de Equipa Caminheiros e estar abertas todas as noites para trabalhos ou
e Adjunto. O Chefe de Equipa é o representante desta e o actividades sociais.
colaborador directo com a Chefia de Clã. Se quiserem, dois ou mais clãs podem juntar-se para manterem
O Clã é animado pelo Chefe de Clã, Chefe de Clã Adjunto, uma sede com um programa comum.
Assistente e Instrutores. A sua presença deve ser discreta, mas Os elementos da Equipa elegem um Guia de Equipa - a pessoa
sempre enriquecendo os Caminheiros com as suas experiências e que faz a ligação à Equipa de Animação e representa a Equipa no
guiá-los o melhor possível. Conselho de Chefes de Equipa.
A equipa de animação é constituída por dirigentes que se O Guia de Equipa nomeia o Sub - chefe de Equipa; e os restantes
relacionarão contigo de forma diferente das outras secções, pois cargos ou funções, essenciais ao bom funcionamento da Equipa,
são todos adultos. Assim, a sua postura perante ti será a de um são atribuídos aos restantes elementos de acordo com o perfil,
irmão mais velho, alguém que não ‘faz por ti’ mas te orienta, competências e objectivos de cada um.
alguém que te ouve mas não condiciona, alguém que te suporta Outro cargo que poderá existir no Clã é o de Moderador do
nas tuas dúvidas, alguém que está próximo de ti mas te dá espaço Clã. Este é mais um elo de ligação entre as Equipas e a Equipa de
para seres tu mesmo. O seu papel será sobretudo o de ‘facilitador’ Animação, exercendo funções de liderança e de aconselhamento.
nesta passagem para a tua vida adulta autónoma. Para além disto, representa todo o Clã e coopera com todos os
Chefes de Equipa na interpretação das dificuldades e valências de
cada um dos elementos.
A Equipa... Deve ser eleito, por voto secreto individual, em Conselho de
Quando entras no Clã és integrado numa Equipa. Clã, pelo seu exemplo e responsabilidade demonstrada. O seu
Uma Equipa é formada por 5 a 8 jovens, de ambos os sexos e mandato termina no final do ano escutista no decorrer do qual foi
de diferentes idades. eleito, mas pode ser interrompido por decisão do próprio ou por
Cada Equipa tem um Patrono, uma individualidade escolhida determinação do Conselho de Chefes de Equipa.
pelos seus elementos, que a identifica e distingue dentro do Clã. O A sua existência não é obrigatória.
patrono da Equipa deve ser um santo da Igreja, um benemérito da Os Caminheiros, como se estão a preparar de forma prática para
Humanidade, um herói nacional ou um Rei ou Soba da nossa terra, a vida na sociedade, são ainda chamados a experimentar mais dois
com o qual a Equipa se identifique, conheça a sua vida e a siga cargos específicos: Secretário de Clã e Tesoureiro de Clã. Estes
como exemplo. cargos devem também ser atribuídos em Conselho de Clã.
Os Caminheiros devem dispor de sedes ou bases independentes
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Podem também adoptar ou criar, o esquema apresentado:

Reuniões da Equipa - Os elementos da Equipa reúnem no seu


canto, na Sede, ou noutro local à escolha, desde que seja adequado
REUNIÃO DE TRIBO CONSELHO DE GUIAS CONSELHO DE CLÃ
ao que se pretende, sob a coordenação do Chefe de Equipa ou
Todos os elementos Chefes de Equipa e Todos os elementos do Sub-Chefe, para tratar de assuntos relativos aos interesses
da Equipa Chefes de Clã do Clã e Equipa de individuais de cada Caminheiro ou da Equipa. As decisões são
Animação tomadas democraticamente. Estas Reuniões de Equipa acontecem
Semanal (no mínimo) Poderá ter também:
sempre que for necessário, no mínimo semanalmente.
Sub-chefes de Equipa Caminheiros
Íntima e privada e restante Equipa de > voto deliberativo
Animação Conselho de Chefes de Equipa - Reúne os Chefes de Equipa,
Base da vida do Clã Noviços/Aspirantes juntamente com o Chefe de Clã. Podem também participar Sub-
Mensal > voto consultivo Chefes e restantes elementos da Equipa de Animação. O Conselho
Propostas para
de Chefes de Equipa é uma reunião que deverá acontecer
a Caminhada Órgão executivo: Trimestral
(no mínimo) mensalmente ou pelo menos Quinzenalmente. Este Conselho
Moderador do Clã, é responsável pela resolução dos problemas e assuntos gerais do
Órgão consultivo Clã. É aqui que se tomam as decisões mais importantes da vida
Secretário e do Clã e onde os Chefes de Equipa transmitem a opinião e ideias
Tesoureiro Moderador
da Equipa aos restantes presentes. Também é neste Conselho que
(Caminheiros)
Trata dos assuntos o Chefe de Equipa recebe as informações para levar, para a sua
gerais do Clã Eleição da Caminhada Equipa.
Este Conselho é dirigido pelo Moderador do Clã. Quando
Progresso das Tribos Elaboração da Carta este não está designado, quem dirige a reunião é um Chefe de
e dos elementos de Clã
Equipa escolhido para o efeito, devendo esta tarefa ser assumida
Enriquecimento Propostas para rotativamente entre os elementos do Conselho, de reunião para
da Caminhada o Conselho de reunião.
Agrupamento Durante este Conselho, deve haver um elemento que exerça
a função de secretário, para que todas as decisões fiquem
Admissão à Promessa
devidamente registadas. Se não existir um, esta deve ser também
Aprovação da uma função rotativa entre todos os membros.
Caminhada
Conselho de Clã - Reúne todos os elementos do Clã: os
Assuntos de ordem Caminheiros, Noviços, Aspirantes e toda a Equipa de Animação.
disciplinar
É nessa ocasião que se tomam algumas decisões importantes,
outros… tais como a apresentação e escolha da Caminhada, e se procede
à sua avaliação. É o momento de dar sugestões para melhoria do
andamento do Clã; é onde se discutem as necessidades que o Clã
tem, enquanto ‘um todo’, para poder levar a cabo alguma tarefa
determinada.
Os Caminheiros investidos têm voto deliberativo, enquanto os
Noviços e Aspirantes têm voto consultivo.
O Chefe de Clã apenas tem direito de veto.
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Qual a mística dos Caminheiros?
• Caminheiros «A vida no Homem Novo». A construção da Igreja de Cristo,
• Noviços sinal de maturidade e fé, projecta o Homem para o mundo. Como
Conselho • Aspirantes cristão, és chamado a ser «sal da terra», «luz do mundo» e «fermento
de Cla • Dirigentes na massa», assumindo um lugar activo na construção dos «novos
céus e da nova terra».
O Reino de Deus, cuja lei está patente nas Bem-Aventuranças, é
a vida com e em Cristo - o Homem Novo: essa será então a meta a
alcançar pelo Caminheiro.
Conselho O ideal do Caminheirismo é o símbolo do “Homem Novo”,
de Chefes baseado no projecto das Bem-Aventuranças, é a Fraternidade
de Equipa e o Serviço. O Homem Novo, sendo livre e responsável procura
Reuniões desenvolver o Mundo, baseado num conceito de Paz e Justiça,
de Equipa ajudando tudo e todos que o rodeiam, tentando evitar as
• Chefes de equipa
dependências do Mundo em que se insere e procurando Servir
• Equipa de Animação
sempre que possível. Tem de ter a capacidade de fazer opções, de
• Caminheiros se comprometer e empenhar, de partilhar e dar. Nunca é estático
• Noviços mas sim dinâmico.
• Aspirantes Como Caminheiro, deverás estar consciente para assumir
integralmente o ideal do “Homem Novo”. Entende que a “novidade”
não consiste na adesão permanente às “últimas modas”, mas sim na
descoberta, aprofundamento e assumpção dos valores genuínos
que estão ligados à própria natureza do Homem e que, por isso
mesmo, te poderão fazer ser mais feliz.
Não procures no entanto uma felicidade ligada a coisas efémeras
(dinheiro, fama, prazer, vício...) mas sim a verdadeira Felicidade,
aquela que tem como referência a “novidade radical das Bem-
Aventuranças”.
Poderá parecer estranho que, num tempo como o que hoje se
vive, de modernidade e extraordinários avanços em todos os
campos, em que o progresso parece não ter limites, seja necessário
mergulhar no interior de ti mesmo para encontrares algo
verdadeiramente inovador: a vontade de amar, o gosto de fazer,
a necessidade de partilhar, o desejo de viver, o prazer de Servir, a
satisfação de sentir, a emoção do criar.
Mas, de facto, estes valores não se encontram ‘fora de nós’: fazem
parte do nosso Ser Divino, que encontramos no interior de cada
um de nós, e que nos torna - a todos e a cada um - mais próximos e
semelhantes à imagem de Deus.
A proposta que te é feita não é meramente “romântica” - é uma
proposta concreta, destinada a ser vivida por cada um, todos os
27
dias: na tua escola, no teu trabalho, com os teus amigos, com a tua Bem-Aventuranças - O Sermão da Montanha
família, etc.
Dentro do teu mundo, estarás assim a ser artesão de um mundo novo. O Sermão da Montanha, referido pelo evangelista Mateus, é extra-
ordinário pelo facto de resumir, em poucas linhas, tudo o que há
Ideal: o “Homem Novo”. de mais importante para um cristão - o que ele deve ‘saber ser’ e
‘saber fazer’.
O protótipo do Homem-Novo é Cristo, o Homem Jesus Cristo pregou este sermão no cimo de um monte, localizado
descido do Céu, que a si próprio se identifica na costa norte do mar da Galileia, perto da cidade de Cafarnaum,
no primeiro ano da Sua pregação pública.
como «...o Caminho, Verdade e Vida.» (Jo, 14, 6)
Enunciou assim as 9 Bem-Aventuranças
O Homem Novo respeita a vida em todas as suas formas e
manifestações.
espírito,
os os pobres de
• O Homem Novo respeita e cuida do seu corpo.
« Be m -a ve nt ur ad
.
o reino dos céus
• O Homem Novo vive a vocação do amor como um dar-se
porque deles é e ch or am ,
os qu
mutuamente e partilhar uma mesma caminhada.
Bem-aventurados .
nsolados
• O Homem Novo filho de um mesmo pai, Deus, e assim todos
porque serão co
os mansos,
os Homens são seus irmãos.
Bem-avent ur ad os
a terra.
• O Homem Novo sabe que os Homens se salvam em
porque herdarão de de justiça,
comunhão: a fraternidade, a solidariedade e a partilha são os
ur ad os os qu e têm fome e se
Bem-avent
ciados.
caminhos da salvação.
porque serão sa os,
os misericordios
• O Homem Novo participa no desenvolvimento do mundo, na
Bem-avent ur ad os
ão misericórdia.
construção da Justiça e da Paz.
porque alcançar ração,
os puros de co
• O Homem Novo coloca-se ao lado dos pobres, dos
desprotegidos, dos marginalizados, das vítimas da violência e Bem-aventurados
Deus.
porque verão a res,
os os pacificado
da injustiça.
Bem-avent ur ad
de Deus.
amados filhos
• O Homem Novo é livre e responsável, arriscando esses valores
na busca de novos caminhos e soluções de futuro. porque serão ch pe rseguidos por ca
usa da
ur ad os os
Bem-avent dos Céu
deles é o Reino
• O Homem Novo está atento às conquistas da ciência e da
técnica, vendo nelas apenas instrumentos que têm de dominar justiça, porque
ha causa,
e utilizar com discernimento.
so is quando, por min
Bem-avent ur ad os ndo, disserem
• O Homem Novo vive o despojamento como exigência de
e vo s pe rs eguirem e, menti
vos insultar em Alegrai-vos
liberdade e como um testemunho de caridade.
ra vó s po r causa de mim.
todo mal co nt mpensa
• O Homem Novo prefere a liberdade de criar do que a
gr an de se rá a vossa reco
e exultai, po rq ue os profetas
escravidão de consumir.
is ta m bé m as sim perseguiram
no Céu; po ateus 5:1-12).
tes de vós» (M
• O Homem Novo vive a vida como uma constante opção
norteada da sua fé. que existiram an
• O Homem Novo é enfim, um Homem comprometido com
estes valores, empenhando-os na sua vivência e em todos os
momentos da sua vida.
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As bem-aventuranças poderão ser difíceis de entender à primeira A actualidade dos Seus critérios mostra bem que é possível viver-
leitura, pois valorizam comportamentos e valores de certo modo an- mos a Sua Palavra nos dias de hoje, sem deixarmos de ser jovens
tagónicos aos que a sociedade nos habituou a valorizar. e modernos, sem deixarmos de aproveitar a vida e o mundo, no
Ser “bem-aventurado” significa: ser “feliz”. melhor que têm para nos oferecer.

Assim, poderias perfeitamente dizer: “Felizes os pobres de espíri-


to... “ ou “Felizes os que choram...” em qualquer uma das bem-aven- As Dimensões do Caminheirismo
turanças, que não lhes alterarias o sentido com que foram escritas.
As bem-aventuranças ensinam-nos um revolucionário caminho O teu itinerário como Caminheiro vive-se em torno de quatro di-
para a felicidade, a que aspira todo o ser humano. Não a felicidade mensões que adquirem um valor simbólico: Caminho, Comunida-
como o mundo a vê e propõe: material e efémera... mas a verdadei- de, Serviço e Partida.
ra felicidade, através de um verdadeiro ‘renascimento espiritual’ e Estas dimensões dão nome às etapas do teu progresso, mas são
modo de estar na Vida. muito mais do que palavras: são 4 dimensões que deverás ter
Como? Jesus opta por fazer um discurso positivo e afirmativo, sempre presentes na tua vida de Caminheiro, independentemente
nunca usando a palavra ‘não’, nunca referindo proibições e castigos, da fase do teu caminho pessoal.
mas subentendendo sempre uma linguagem de Amor. Assim, em cada etapa deverás dar enfoque à dimensão do mes-
Mostra-nos o caminho largo, em contraponto ao caminho estrei- mo nome, sem nunca negligenciar nenhuma das outras.
to interpretado e vivido à luz das antigas escrituras. É um itinerário de progressão pessoal, de tomada de consciên-
Falando assim, reforça a influência positiva dos cristãos na socie- cia das possibilidades de crescimento, de pensamento, que se te
dade e afirma que os Seus ensinamentos, ao invés de abolir, com- oferece na vida em Clã e na vida de cada dia.
plementam os dez Mandamentos do Antigo Testamento. No final deste itinerário, estás a franquear as portas da vida adulta,
As bem-aventuranças são, no fundo, um programa de vida cristã livre e responsável, prestes a tomar a Vida nas tuas mãos.
e abrem-nos o caminho para uma vida em Cristo, com Cristo e para
Cristo. Um percurso pessoal: o Caminho.
Mostram-nos ser possível ser feliz, sendo simples, castos, puros
nos pensamentos; sendo atentos à nossa espiritualidade e vivência O Caminho evoca o ritual da viagem...
interior; sendo sóbrios e gratos à Terra que será nossa herança; sen- Na IV Secção, és desafiado a escolher um itinerário de descoberta
do justos e observadores, delicados e leais aos outros e aos ideais e de acção que te leva a tornares-te construtor de um Mundo Novo.
que tomamos como nossos. O Caminho, em que se reflectem as várias escolhas que o Ca-
minheiro tem que fazer, tendo este a capacidade de aceitar as al-
Todos estes elementos fazem parte da nossa lei do Escuta, re- terações que podem ocorrer, de compreender o essencial para si
paraste? próprio.
O Caminho significa então, a abertura, a largueza de vistas, o
apelo do horizonte, a capacidade de aceitar a mudança, de viver
na própria mudança; é também um espaço de vida despojada, de
rejeição do supérfluo, de atenção ao essencial: graças a isto, este
Caminho dos Caminheiros é, tal como o dos Peregrinos, um teste-
munho de vida cristã.
Finalmente, o Caminho é um lugar de perseverança, de

31
experiência de uma lenta e paciente construção de ti mesmo, de terial: pode ser um suporte moral, um intercâmbio, ou mais ainda.
aprendizagem da capacidade de te comprometeres para além do Esta vivência do Serviço deve ser experimentada individualmen-
imediato. te, em Equipa e em Clã - deverão ser acções de longo termo, que
No Caminho de Emaús, Cristo ressuscitado revelou-se aos denotem uma vontade de compromisso e não apenas “mini-servi-
seus discípulos, caminhando com eles lado a lado... ços” rápidos, sem continuidade.
Entre os diversos géneros de serviço que se lembram, o de ajudar
Um caminho em grupo: a Comunidade. a dirigir Escutas ou Lobitos pode à primeira vista parecer coisa in-
significante. Mas quando se examina com atenção, vê-se que é um
Ser capaz de ajudar os outros que seguem o mesmo caminho, de dos maiores, se não o maior de entre todos.
modo a partilhar com eles os bons e os maus momentos. O Serviço é gratuito, mas quem presta Serviço enriquece. É uma
Durante o Caminho, és interpelado a avançar lado a lado com dinâmica de descoberta, vivida numa relação de amor fraterno, de
o outro. O Caminho ajuda-te a desenvolver a tua capacidade de “receber, dando-se em troca”. Servir é tornar-se apto para a missão.
acolher o outro, de o ajudar a avançar e de te deixares ajudar, de No Caminho de Emaús, Cristo serviu os seus discípulos ao lhes
partilhar com ele as alegrias e as tristezas da jornada, os esforços explicar as Escrituras...
e os momentos de descanso, os planos e as esperanças que estão
por trás da caminhada, ou que se vão esboçando durante a mesma. Um caminho para a vida: a Partida.
A Equipa é o espaço privilegiado para esta interpelação aconte-
cer, é na equipa que se vive o início da comunhão que se potencia A Partida não significa abandono mas sim continuação.
na vivência em Clã. Durante a tua vida no Clã vais, quase sem dar conta, realizar um
É com o apelo das bem-aventuranças que dás sentido a este ca- avanço progressivo para o momento da cerimónia da Partida.
minho conjunto, que se torna assim experiência de comunidade, de Esta expressa simbolicamente que ‘o acto de caminhar é mais im-
partilha, de amor e de construção da paz. portante do que o facto de chegar’. É por isso que, no final do teu’
O Clã é a tua comunidade, mas não é a única onde estás inserido; tempo de Caminheiro, quando saíres do Clã, não “chegas” ao fim
o teu crescimento deve ser feito enquanto membro do clã mas tam- do teu caminho, mas” partes”. Porque o fim de uma etapa significa
bém enquanto cidadão. Por isso, esta comunidade não pode nunca sempre o início de outra.
viver virada sobre si. A Partida é não apenas o momento em que tu te sentes pronto
No Caminho de Emaús, Cristo foi reconhecido pela fracção do para assumir os desafios da vida, mas também todo o percurso que
pão... fazes, preparando-te até esse mesmo momento.
O Clã valida e reconhece em ti, que partes, um bom testemunho
de vida de Homem Novo. Por isso, a “Partida” também é um Envio.
Um caminho com sentido: o Serviço. Como só pode haver Partida se houver quem envie, o Clã assume
essa competência, tendo em conta que, neste envio, estará presen-
Segundo o apelo das Bem-Aventuranças, a comunidade não te o próprio Espírito Santo, que te animará e dará as forças que
pode viver virada sobre si mesma. A dinâmica da caminhada é uma necessitas para a tua vida, para além deste passo.
dinâmica de descoberta, vivida numa relação de amor fraterno, de No caminho de Emaús, Cristo, “partiu”... e eles reconheceram-
“receber, dando-se em troca”: a verdadeira descoberta só é pos- n’O vivo.
sível no “serviço”.
Viver o Serviço é um compromisso de cada instante, que irás ex-
pressar ao longo do teu itinerário - o Serviço como algo de natural.
Prestar Serviço não é forçosamente um acto físico, ou um dom ma-
33
Simbologia O Pão é o alimento do corpo, dado em par-
tilha e em comunhão - fruto do trabalho árduo do
Mochila homem.
Estas quatro dimensões
que o Caminheiro vive na
sua passagem pelo Clã, com
vista a preparar-se para a sua Fogo Pão
vida adulta, são coloridas por
Vara O Evangelho é o pão do espírito, anúncio da
um certo número de elemen-
Biforcada Boa Nova de Cristo - a nova Aliança.
tos com uma elevada carga
simbólica:

Tenda Evagelho

A Tenda, transportada na mochila, é sinal da tua


A Vara bifurcada é, antes de tudo, apoio e com- mobilidade da prontidão para te pores em marcha
panhia no caminho do Caminheiro. Ao ser bifurca- e te ‘fazeres ao largo’. Ao ser montada, demonstra
da, torna-se expressão das encruzilhadas do cam- a necessidade de paragem temporária, de des-
inho, quando tens de fazer escolhas ou renovar as canso, para reflectir e interiorizar os acontecimen-
tuas opções e decisões, na rota que entendes seg- tos da jornada. A tenda é também sinal de acolhi-
uir; é assim o sinal de que te comprometes, a cada mento aos outros - a presença de Deus no meio
momento, a optar pelo projecto das Bem-Aven- do seu povo.
turanças. «…um bom caminheiro escolhe sempre
o bem, mesmo a custa de sacrifícios…»

O Fogo, sinal da descida do Espírito Santo, é


dinamizador do amor e força que nos ajuda a con-
A Mochila convida a pores-te a caminho, a ar-
cretizar o evangelho nas palavras e gestos, a tran-
riscar, a decidir se queres ou não empreender esta
sição das trevas para a luz.
viagem que te pode levar longe. É neste caminhar
É o fogo que te ilumina e aquece durante a tua
com mochila às costas, que descobres o que é útil
caminhada, que te conforta no corpo e na alma.
e o que é supérfluo, o que te faz penar e o que te
impele para a frente, a diferença entre o essencial
e o acessório.
Como na mochila só se deve levar o essencial
para a jornada, do seu conteúdo fazem simboli-
camente parte o Pão, o Evangelho e a Tenda. A
mochila torna-se assim o teu suporte neste Cam-
inho - simbolizando o teu desprendimento e a tua
determinação de ir sempre mais além, de forma
autónoma.
35
O Patrono: Saulo de Tarso …São Paulo porque o havia feito um crente responsável e consequente com
os seus princípios. Mas cedo descobriu que os seus méritos e seus
S. Paulo é ícone da universalidade da Igreja: transmite-nos que a serviços não eram o que contavam para Deus; a sua fé não era
salvação, que Cristo anuncia, tem como destinatários os homens e mais do que um fanatismo humano e a sua segurança de crente,
mulheres de todos os tempos, lugares e culturas. um orgulho dissimulado. Paulo viu-se a si mesmo um pecador, vio-
Com S. Paulo, aprendes a dialogar com todas as pessoas, no re- lento e rebelde mas ao mesmo tempo compreendeu que Deus
speito pela diferença e pelo ritmo de cada um, mas na afirmação acolhe, entende, perdoa.
de um só caminho para a salvação: Cristo Jesus. Desta maneira, Paulo descobriu um novo caminho baseado em
Sem medo de o afirmar, assumes o teu lugar activo na socie- Cristo, transformando-se num instrumento de propagação da igre-
dade, procurando dar o contributo para que o Homem se realize ja. Foi um grande proclamador da palavra de Cristo, trabalho que
plenamente, de acordo com o projecto de Deus. realizou visitando inúmeras cidades e comunidades, convertendo-
A vida em Cristo - o Homem Novo, é a meta para a qual camin- se num animador constante das mesmas, através das suas epís-
has, até que possas dizer um dia, como S. Paulo,. tolas.
Paulo foi um homem sólido, intransigente e impetuoso, e
ao mesmo tempo, um irmão, um amigo para os seus com-
panheiros.
Foi um gigante, um homem fora de série, e ao mes-

«já não sou eu que vivo;


mo tempo, um homem como nós, que duvida, vacila,
busca, sofre, se encoleriza, protesta contra a doença,

é Cristo que vive em mim»


contra a injustiça, contra a incompreensão. Um resist-
ente, um homem de acção, mas também um homem
de reflexão.
(Gal 2,20). Um atleta que se esforça por ganhar a corrida,
custe o que custar, e que nos quer arrastar a nós
atrás dele. Um homem de fogo, entusiasta, devo-
rado por uma imensa paixão.
É por todas estas razões e não só pelas suas quali-
Paulo de Tarso, o “apóstolo dos gentios” nasceu na cidade de dades de santo, ou de seguidor de Cristo, que o con-
Tarso, entre os anos 15 e 5 a.C. De acordo com os costumes da sua sideramos o nosso modelo de Fé.
época, tinha como nomes; Saulo para o mundo judeu e Paulo para Paulo foi pioneiro em ideias como a divulgação
o mundo Romano, nome que definitivamente adoptaria quando se da mensagem a todo o mundo e não só ao povo
converteu ao Cristianismo. eleito. Além disso foi um caminhante inesgotável,
Desde jovem tinha sentido a necessidade de se dedicar ao que assumiu pessoalmente a tarefa que propôs aos
serviço de Deus e por isso se dirigiu a Jerusalém para estudar a seus irmãos de comunidade.
religião com os melhores mestres do seu tempo. O interesse pelas Num momento da sua vida viu-se confrontado com
coisas de Deus fê-lo esquecer-se da busca de uma esposa. dois caminhos: o terreno - que lhe pedia que servisse
Os judeus encarregaram-no da difícil tarefa de eliminar das suas Roma, perseguindo os cristãos - e o espiritual - que lhe
comunidades a doutrina cristã. Paulo dirigiu então a repressão con- oferecia um caminho cheio de obstáculos e dissabores,
tra os seguidores de Cristo, fazendo-o de uma forma muito dura. mas que lhe dava a oportunidade de fazer uma desco-
Até esse momento Paulo sentia-se bem e dava graças a Deus berta do seu próprio interior.
37
Como viver as Actividades?

Este último, por sua vez, levá-lo-ía à grande experiência de partil- Para os Caminheiros poderem progredir e tornarem-se no ideal
har com diversas comunidades o encontro com a Fé. A sua virtude que querem atingir, constróiem uma Caminhada em que procuram
foi que, a partir da Fé, foi capaz de denunciar e de actuar, isto é, estruturar o trabalho a fazer durante um determinado intervalo de
não se ficou pelo discurso, mas foi um exemplo de compromisso e tempo. Tem um tema em redor do qual as Equipas separadamente
testemunho com a verdade que pregava. procuram fazer um trabalho dinâmico, criativo, responsável que
Para os grupos cristãos a figura de S.Paulo adquire uma dimensão promova um conjunto de factores como a educação pela acção, o
e um significado especial pelo seu testemunho de fé. A sua grande progresso individual, comunitário e social.
força provinha da sua fé num Criador, mas também em si mesmo, Podem ser utilizados recursos humanos, financeiros e materiais,
na sua própria capacidade de realizar uma missão nesta terra. Com mas sem dependência dos dois últimos. As várias Caminhadas,
humildade, mas com firmeza, defendeu os seus ideais e tomou o depois de organizadas, são apresentadas escolhendo-se uma ou
caminho dos homens livres que são capazes de entregar a sua vida aproveitando um pouco de cada uma. Esta será posteriormente en-
ao serviço dos outros. riquecida em Conselho de Chefes de Equipa. Esta Caminhada final
São Paulo foi o escolhido para ser o patrono da IV secção por a será a realizada, sendo constantemente avaliada e havendo uma
sua vida ser um excelente exemplo de “CAMINHO”. Facilmente se avaliação final.
encontram na sua caminhada de anúncio da boa nova as característi- Assim sendo, o Caminheiro ficará com um conjunto de quali-
cas do caminheiro ideal. Por ter cedo aprendido uma profissão, a de dades técnicas, morais, sociais, intelectuais, vocacionados e espir-
tecelão de tendas, por querer sair de casa para estudar e ser um fiel ituais.
seguidor da religião em que acreditava...pela grande encruzilhada As intenções de melhoria têm de ser concretizadas em objec-
da sua vida a caminho de Damasco após a qual, iluminado pelo Es- tivos mais concretos, fixados de uma forma gradual (cada vez mais
pírito Santo, escolheu seguir Cristo e anunciar a Boa Nova. Paulo foi ambiciosos garantindo a progressão) e adaptada ao momento e
um caminhante inesgotável que assumiu pessoalmente o projecto condições particulares de cada Caminheiro ou Clã.
ao qual se propôs perante os seus irmãos cristãos. A sua grande vir- Por outro lado, esta fixação de objectivos deve ser complemen-
tude foi a de anunciar e ao mesmo tempo actuar, o que quer dizer tada por um conjunto de acções que lhes dêem suporte e que
que ele não se deixou ficar pelas palavras, mas foi um exemplo de possam garantir o atingir dos mesmos.
compromisso e testemunho das palavras que pregava. A questão - chave a colocar, definidos os objectivos é: o que
tenho de fazer para alcançá-los, para torná-los realidade?
Equilibrar o natural desejo de ver os objectivos atingidos
(saudável ambição) com as condições pessoais e de vida (a reali-
dade que nos rodeia) é muito importante para que o plano esteja
preenchido de arrojo q.b., que motiva o progresso, sem se tornar
num sonho impossível e desajustado que provoca desânimo.
A Caminhada é o nome que se dá a um projecto feito pelos Cam-
inheiros. A Caminhada é do Clã, por isso deve ter a participação de
todos os Caminheiros, em todas as suas etapas. Esta é uma exce-
lente oportunidade de cresceres, aprenderes e te divertires. Atreve-
te, sê ousado, sê exigente, aventura-te!

A Caminhada do Clã tem o tamanho dos sonhos dos Camin-


heiros que a compõem.

39
Elaborar uma Caminhada. vossas propostas e decidem qual delas tem ‘pernas para andar’ e
mais satisfaz as ambições do Clã;
Para elaborares uma Caminhada tens que estar ciente dos seg- Também o Enriquecimento poderá ser feito em Conselho de
uintes passos que a constituem, nos quais terás sempre um papel, Clã, numa primeira fase, embora o Conselho de Chefes de Equipa
podendo ser chamado em qualquer altura para te pronunciares em seja mais adequado para o efeito, por poder gerir melhor, através
maior ou menor grau: do sistema de patrulhas, a intervenção de todos na organização
da Caminhada.
Celebração A Organização é feita por todos, em Comissões Técnicas ou
individualmente, consoante o cargo e as tarefas que cada um as-
Organização sumiu, sendo uma óptima oportunidade para desenvolveres o teu
progresso individual.
Chegou a hora de viver a parte mais visível da Caminhada que
Realização ajudaste a escolher e a criar - a Realização.
Avaliação Depois, é altura da Avaliação, com a tua análise pessoal partilhada
em Equipa e depois em Clã. Não se trata apenas de um momento
para dizer ‘o que correu mal’, mas também a ocasião para valorizar
tudo aquilo que foi bem feito, bem preparado e bem vivido.
Escolha E por isso, a Caminhada termina com a Celebração, onde o Clã
Enriquecimento põe em comum as suas vivências e o progresso de cada um, num
ambiente festivo e de intimidade. Não raras vezes acontece que,
nesta Festa, surgem espontaneamente ideias e vontades que po-
dem dar origem a um novo rumo e a uma nova Caminhada de Clã,
Diálogo
tornando-se assim numa espiral de evolução onde, ao recomeçares
este processo, estarás num nível superior de gozo, de empenho e
maturidade.
Idealização

Começa com a Idealização do que pretendes fazer, seguido


pelo Diálogo que deverás ter em Equipa, para poderes tanto entu- Na Caminhada é imprescindível:
siasmar como ficar entusiasmado, com as ideias postas em comum; • Viver em Clã e viver em Equipa – respeitar a Carta de Clã, assumir
por uma questão prática, antes mesmo da idealização da Camin-
responsabilidades;
hada, talvez seja adequado escolher-se em Clã qual a duração do
período que se pretende para a sua realização. • Descobrir-se, progredir pessoalmente com o apoio dos outros;
Depois da idealização e do vosso diálogo ter chegado a um • Ter abertura ao mundo – agir no seio da Sociedade;
consenso, preparem-se para apresentar a ideia da Equipa ao Clã - • Cultivar o Espírito de Serviço.
podem aqui dar largas à vossa imaginação e originalidade. Afinal,
tudo é um Jogo!
A Escolha da Caminhada é feita em Conselho de Clã, onde todas
as equipas fazem essa mesma apresentação, e onde discutem as
41
Participa na Caminhada!

Tens de identificar os aspectos e assuntos da Caminhada que


te interessam, que queres aprender ou desenvolver, de modo a te
propores fazê-los quando houver a distribuição de tarefas no Clã.
Por vezes, terás que realizar tarefas que ninguém pediu, mas que
são necessárias para a realização da Caminhada.
A Caminhada será verdadeiramente tua, se te empenhares ao
máximo da tua disponibilidade.

A Caminhada, uma construção colectiva!

A Caminhada terá êxito se, em Clã e em Equipa, cada um de vós


sentir confiança nos outros Caminheiros. Deverá também ser tido
em conta os desejos de todos. Sem dúvida, será necessário nego-
ciar, fazer compromissos, encontrar ideias comuns. É essencial, de
modo a que cada um tenha espaço para crescer.

A Caminhada é o teu motor de progressão pessoal!

Não esqueças os teus objectivos pessoais, bem como os objec-


tivos educativos que escolheste e delineaste no teu PPV. Propõe
alguns dos teus objectivos, de modo a integrá-los na Caminhada.
Esta servirá também para te permitir adquirir novos conhecimen-
tos, novas competências, novas atitudes. Aproveita!

O Caminho não será sempre direito


A Caminhada terá altos e baixos, curvas e contra-curvas, até mes-
mo paragens. Poderá ser desencorajante, mas estes momentos fazem
parte da Caminhada. Ultrapassá-los far-te-á mais forte. A ti e ao Clã.

O Caminho será movimentado


Na tua Equipa e Clã viverás momentos de entusiasmo e de satisfação,
mas também desacordos, desacertos e falta de motivação. Tudo isto faz
parte do Caminho, tendo presente que as coisas, por si, não são boas
nem são más: encara-as como oportunidades para crescer, que têm o
valor que lhes quiseres dar. Quantas vezes algo que te parece negativo
num momento, se revela de grande valor positivo, mais tarde. Mas o
importante é analisar as coisas e discutir em Equipa ou Clã o que for de
discutir, pois só assim encontrarão em conjunto uma solução.
43
A minha vivência no Clã ...

Quem somos?…
Foto da Equipa
(nome da Equipa, Patrono, Elementos, outras divagações…)
45
A Sede

(o que me apetece dizer sobre o meu Albergue, fotos, desenhos e outras coisas…)

47
A Primeira Caminhada

(o que vivi, como vivi, o que fizemos, fotos, ideias loucas…)

49
Como escolho o meu caminho?
caminho
quero significar um
O teu Projecto Pessoal de Vida (PPV)

«Por ‘caminho’ não


de…»
ao acaso, sem finalida
Esta conjugação de palavras pode parecer assustadora - projecto
pessoal de vida. Seria loucura, ou pelo menos utópico, pensar que
consigo ‘hoje’, projectar de uma só vez toda a minha vida, para de-
pois acertar exactamente naquilo que projectei.
És tu que escolhes o teu caminho e o que queres fazer nele. Ca- Este é um projecto muito mais ousado, porque é obrigatoria-
minhar implica sempre fazer escolhas. Optar de uma forma cons- mente dinâmico.
ciente e equilibrada é crescer. Dinâmico, porquê?
A possibilidade de fazer escolhas é o expoente máximo da nos- Porque a nossa vida não é estanque, logo o nosso PPV também
sa liberdade enquanto Homens e filhos de Deus.... Um convite a não o pode ser, tem que ir acompanhando o nosso crescimento e
ser “mais”, em cada dia. as nossas vivências.
Nesta altura da tua vida, já deves conhecer-te, sabes aquilo em Porque se, no início, tudo nos parece muito vago e indefinido,
que acreditas, sabes aquilo que te move, sabes o que queres fazer, com o passar do tempo vamos conseguindo especificar, com mais
tens os teus sonhos... As tuas decisões são pautadas pelo rumo lucidez, o que queremos para nós e para nossa vida.
que queres dar à tua vida. Porque o PPV está intimamente ligado com o teu progresso den-
Como Caminheiro, preparas-te assim para entrar na última fase do tro da secção e, consequentemente, com os outros e o seu próprio
percurso que a A.E.A tem para te propor, nesta IV Secção. És tu que progresso.
escolhes o caminho que queres fazer, sabendo que não estás sozi-
nho e que no final estarás mais perto do ideal do Homem-Novo. Mas afinal o que é isto do PPV?
Propomos-te que faças o teu crescimento ao nível Físico, Intelectu-
al, Social, Afectivo, Espiritual e acima de tudo ao nível do Carácter... Para começar, é um convite a parar e a fazer uma análise cuida-
É esta a proposta! Aceitas o desafio? da de tudo aquilo que constitui a tua vida: a família, os amigos, a
Escolhe o teu caminho tendo em vista o objectivo final de to- escola, o emprego, Deus, o namoro, a tua relação contigo e com os
dos… a Felicidade! outros... enfim: tudo! Tudo isto são exemplos de meios em que te
podes apoiar no desenvolvimento das acções proejadas no teu PPV.
O que te é proposto, então? Um método para o desenvolvimento do indivíduo que se fun-
damenta em duas acções simples: traçar objectivos pessoais para
Que, em três etapas, te disponhas a cumprir todo o sistema de o futuro e aferir regularmente o alcance desses objectivos (avaliar,
progresso. redefinir).
Em cada etapa, das que atrás já referimos, terás de escolher, no O PPV é particularmente importante para um Caminheiro uma vez
mínimo, dois objectivos de cada área de desenvolvimento em que ele tomou a opção de fazer o caminho - o PPV espelha as suas
que sintas necessidade de progredir, bem como definir acções opções, é a sua Carta de Caminho, o mapa que ele próprio dese-
concretas para cumprires esses objectivos. Assim será feito em to- nhou para chegar onde aspira.
das as etapas, até concluíres o teu caminho no Clã. O conteúdo do PPV não é determinado por nenhum programa
Então, antes de mais, a primeira coisa a fazeres será reunir com educativo ou mística e não existe ninguém que o possa fazer pelo
a tua Equipa de Animação, para que te esclarecerem quanto aos Caminheiro - é pessoal e diferente de indivíduo para indivíduo por-
objectivos apresentados, ajudarem nas tuas escolhas e validarem que apenas o Caminheiro pode definir as suas aspirações e planos
se já tens um ou mais objectivos cumpridos de alguma forma, de para o futuro.
entre todos os objectivos de todas as áreas. Depois desta análise, pega numa caneta e neste Caderno ou
51
numa folha de papel e ensaia traçar objectivos para a tua vida... quência, para ires tomando consciência do teu crescimento - pelo
podes traçar pequenas metas, projectos a longo prazo e grandes menos uma vez em cada Caminhada ou sempre que achares neces-
sonhos... As coisas grandes vão-se operando nas pequenas, por sário. Rever o percurso feito e verificar que correcções devem ser
isso, se conseguires ir cumprindo as pequenas metas a que te pro- feitas: posso manter o percurso escolhido? E as etapas que tinha
puseste, estarás cada vez mais perto do grande sonho. planeado? Que ajustes devo fazer?
Experimenta coisas próximas de ti, no sentido em que seja algo que A Caminhada é uma oportunidade de concretizar alguns dos ob-
conheças ou que esteja ao teu alcance; coisas possíveis de serem re- jectivos do PPV; É uma experiência concreta de vivência do PPV.
alizadas, no sentido de teres consciência da tua própria realidade e do Quanto mais concretos tenham sido os objectivos previamente
que te rodeia; e... pouco de cada vez, no sentido de que cada grande fixados mais fácil se tornará fazer a sua avaliação. Este é um mo-
caminhada começa com o primeiro passo, e um só de cada vez. mento fundamental na progressão pessoal ou do grupo.
O PPV é sobretudo uma ferramenta, para te ajudar a definir o teu
caminho para a Felicidade - numa aproximação diária ao ideal do A elaboração do PPV
Homem-Novo!
Podes usar várias formas de produzir o PPV - escrito (em papel
Como funciona na prática? ou em suporte electrónico), filmado em áudio, inscrito na vara de
caminheiro, desenhado… A imaginação é o limite!
Quando escreveres o teu PPV deves ter em conta que ele será É importante, contudo, haver um registo do PPV.
constituído por duas partes: O PPV é um projecto para a Vida, com marcos intermédios.
Uma parte aberta, onde deverão estar bem visíveis os objectivos O Caminheirismo é o tempo oportuno para pensá-lo, enrique-
educativos a que te propões, assim como as acções concretas que cê-lo e iniciar a sua concretização - é um tempo de Caminho até à
vais realizar para os cumprires. Esta parte será partilhada com o altura da Partida.
Chefe de Clã e o restante Clã, uma vez que poderão existir objecti- É na Partida que o PPV de facto se define: é esta a altura em tudo
vos comuns com outros Caminheiros, na mesma fase de Caminhada irá começar. Até aqui terá sido apenas uma preparação - é este o
- tornando-nos a todos simultaneamente ‘actores’ e ‘observadores’ sentido do Envio.
- e assim mais responsáveis uns pelos outros dentro do Clã; o con- Embora seja individual, podes elaborá-lo ao mesmo tempo que
junto de todos os PPV’s dos Caminheiros servirá de base à Carta de os outros caminheiros dentro de dinâmicas de grupo proporciona-
Clã, precisamente por enquadrar uma vivência posta em comum. das pelo Chefe do Clã, mas pela própria natureza a do PPV, é lógico
Uma parte fechada, onde estarão os teus objectivos mais íntimos. que deves fazê-lo na altura que achares mais conveniente.
Esta parte não estará visível a todos, mas deves partilhá-la, preferen- A promessa é um momento de opção, a adesão ao projecto do
cialmente com o Chefe de Clã ou com outro adulto da tua confiança, Homem Novo.
que te consiga ir acompanhando e orientando, servindo-te como O PPV é uma forma de ir concretizando ainda que aos poucos,
‘fiel de balança’ relativamente aos objectivos a que te propões. este ideal.
O PPV deve conter projectos de acção a realizar em todas as áreas Existe uma relação evidente entre PPV e Sistema de Progresso
de desenvolvimento pessoal. que está no facto de ambos pretenderem fomentar o progresso
Existem 6 áreas principais de desenvolvimento: Física, Intelectu- pessoal. O Sistema de Progresso por abranger uma série de provas
al, Espiritual, Social, Afectiva e o Carácter. de progresso nas mais variadas áreas é um instrumento muito práti-
Todas as dimensões da vida do Caminheiro estão contempladas co para a concretização do PPV.
nestas 6 áreas: a escola, a profissão, a família, os amigos... fazendo do Após a Partida o PPV manterá a sua importância. Continuará a
PPV um instrumento bastante completo e útil ao progresso pessoal. ser um processo ou uma forma de estar na vida, pensando sobre
Ambas as partes do teu PPV devem ser revistas com alguma fre- ela, avaliando, definindo metas e formas de as atingir.
53
A Carta de Clã cessitam de os repetir, contudo).
Outras condicionantes que se recomenda serem tidas em aten-
É um código de valores abrangentes, uma carta de intenções, ção passam pelo conteúdo dos planos dos diferentes níveis da As-
atitudes e acções feita em conjunto pelo Clã, dando relevo aos sociação (Agrupamento, núcleo, Região, Nacional) e do Plano Pas-
aspectos que são importantes para cada um dos elementos que o toral juvenil do teu credo.
constitui, através da análise e integração dos PPV’s de cada Cami-
nheiro, criando assim a especificidade muito própria da Carta de Como te deves comprometer perante a carta de clã?
cada Clã.
Dependendo da dinâmica de elaboração da carta e da sua forma,
Quais deverão ser os conteúdos de uma carta de clã? o compromisso pode ser uma assinatura, uma foto, um pedaço da
carta ou ... ,
Deve focar as necessidades do teu Clã, deve ter propostas de A vivência deste tipo de experiências no Clã, prepara-te para a
acções concretas que favoreçam o crescimento do Clã, bem vida em Comunidade. É mais uma das riquezas do Caminheirismo
como os chamados elementos de sonho. Todos estes aspectos de- no contexto da sua missão de educador e da sua intenção de dotar
vem, como é natural, ser tidos em conta nas Caminhadas a propor. a sociedade de jovens activos, intervenientes e capazes de harmo-
É um compromisso colectivo do Clã, mas deves assumi-lo como nizar a vivência de diferentes ideais e razões numa Comunidade.
sendo um compromisso teu. O objectivo é promover a ligação/evidenciar/reforçar o vín-
A Carta de Clã é elaborada no Conselho de Clã e deve estar ex- culo de cada Caminheiro à Carta de Clã.
posta em lugar visível na Sede. Porque é importante a carta de clã?
Como o Clã também está em crescimento constante, a Carta de Por vários motivos. Por exemplo:
Clã deve ser revista e renovada periodicamente. - Por potenciar o progresso do grupo;
A Carta de Clã é diferente de grupo para grupo e única dentro - Por ser um compromisso de todos enquanto grupo;
de um grupo, traduzindo os interesses do grupo e as ambições de - Por reforçar o trabalho de grupo e a relação entre as pessoas
crescimento do Clã. (é um elemento congregador).
Ela deve ser afixada na sede para que possa ser vista e recorda-
da por todo o Clã, sempre que há reuniões ou actividades. Estando Como se relaciona a carta de clã e a caminhada?
afixada qualquer pessoa que visite a Sede pode conhecer um pou-
co aquele Clã através da sua Carta de Clã. A Caminhada deve responder às intenções e necessidades iden-
tificadas na Carta de Clã. Ainda que o conteúdo da Carta possa ser
Que planos / orientações / condicionantes devem ter-se em demasiado abrangente para ser abordado ou tido em conta numa
conta na elaboração da carta do Clã? só Caminhada, é essencial que em cada Caminhada se dêem pas-
sos no sentido de o cumprir e se façam os possíveis para sempre
A maior condicionante é que o conteúdo da carta seja decidi- segui-lo no que respeita aos valores e código de conduta eventu-
do de comum acordo com todos aqueles que a deverão cumprir/ almente referidos.
seguir - todos os elementos do Clã, desde os aspirantes e noviços
aos caminheiros investidos e Chefes de Clã. Também deves ter em
atenção o conteúdo dos planos dos diferentes níveis da Associação
(Agrupamento, núcleo, Região, Nacional) e do Plano Pastoral Juve-
nil da tua confissão.
Deve ser respeitada a Lei do Escuta e seus Princípios (não ne-
55
Estou pronto para o meu compromisso?
Chegaste ao momento da “Promessa”, altura em que vais ter
que tomar uma decisão.
Parte Aberta Deves perguntar a ti próprio se queres aderir sem reservas a este
Partilhada com: grande Movimento e se queres ser Escuteiro de alma e coração.
- Equipa Já estiveste uns meses integrado numa Equipa e no Clã, já parti-
- Chefe de Clã cipaste em Caminhadas, enfim... já tens uma ideia de como podes
Objectivos viver, partilhar e crescer.
Educativos Agora, cabe-te optar. Esta deve ser uma decisão tua, pensada
por ti, sem interferências de ninguém. A Promessa é um acto indi-
vidual, um momento único, que nunca irás esquecer ao longo da
tua vida. Analisa-te bem e vê se estás pronto para viver este mo-

PPV
mento inesquecível...
O compromisso que vais assumir liga-te aos Escuteiros de todo
Objectivos o Mundo, de todos os tempos.
Pessoais Relembra, por isso, tudo aquilo por que já passaste até chegares
aqui.
Relembra bem todos os artigos da Lei do Escuta e os Princípios
do Escuta que vais prometer e cumprir daqui para a frente, todos
Acções os dias da tua vida.
Parte Fechada Concretas ... sim, porque... uma vez Escuteiro, sempre Escuteiro!
Partilhada
(de preferência)
Princípios

1º - O Escuta orgulha-se da sua fé e por ela orienta toda a sua vida.


2º - O Escuta é filho de Angola e bom cidadão.

3º - O dever do Escuta começa em casa.

57
Lei do Escuta
O termo Caminheiro designa um verdadeiro homem e um bom cidadão. A Lei dos O Escuta é amigo de to- Como Caminheiro reconheces que os outros, são
Caminheiros é a mesma que a dos Exploradores (Júniores e Séniores), na forma como dos e irmão de todos os como tu, filhos do mesmo Pai e menosprezas quaisquer
no sentido, mas tem de se olhar doutro ponto de observação - o do adulto. Em am- outros escutas. diferenças de opinião, casta, crença ou nacionalidade
bos os casos o princípio em que assenta a LEI DO ESCUTA exclui o Egoísmo e implica (O Escuta é amigo de todos que possa haver entre vós. Recalcas os preconceitos e
a Boa- Vontade e Auxílio aos outros. Não se trata de piedosismo, mas de orientação e irmão de todos os outros descobres-lhes os méritos; os defeitos qualquer pateta
para a virilidade. Escutas, independentemen- lhos sabe criticar. Se praticares esta caridade para com
te da classe social a que os os naturais doutros países e contribuíres para a paz e
outros pertençam). bom entendimento entre as nações, realizas o Reino de
Deus sobre a terra.
«Todos os homens são irmãos».

A honra do Escuta Como Caminheiro não há tentação, por forte ou secre-


Inspira confiança. ta que seja, que te leve a praticar uma acção má ou me-
(A honra do Escuta está em nos limpa, embora mínima. Não renegarás a promessa
merecer confiança). que uma vez fizeste. O Escuta é delicado e Como os cavaleiros de antanho, sendo Caminheiro,
«A palavra dum Caminheiro vale pela sua assinatura.» respeitador. és, naturalmente, delicado e atencioso para com as mu-
«A verdade, só a verdade para o Caminheiro». (O Escuta é cortez). lheres, velhos e crianças. Mais do que isso, és delicado
até para com os adversários.
«Todo aquele que tem razão não precisa de exaltar-
se; quem não a tem não pode dar-se a isso».
O Escuta é leal. Como bom cidadão pertences a uma equipa que joga
(O Escuta é leal aos seus ofi- honradamente para bem do conjunto. Podem confiar
ciais, aos pais, aos patrões em ti o Escutismo, os teus amigos e camaradas de traba-
e aos que trabalham sob as lho, os teus patrões ou empregados, que sabem que fa-
O Escuta protege as - Hás-de reconhecer a solidariedade com os outros
suas ordens). rás quanto puderes em seu benefício - mesmo que não
plantas e os animais. seres que Deus criou e, como tu, foram colocados no
sejam o que tu querias que fossem. Mais, és também
(O Escuta é amigo dos mundo para gozarem por algum tempo o prazer da exis-
leal a ti mesmo; não rebaixarás a tua dignidade jogando
Animais). tência. Maltratar um animal é, pois, contrariar o Criador.
sordidamente; nem faltarás ao auxílio que deves a ou-
«O Caminheiro há de ser magnânimo».
tros homens e a uma mulher muito menos.

O Escuta é obediente. Como Caminheiro adaptas-te à disciplina e colocas-te


O Escuta é útil e pratica - Como caminheiro o teu objectivo supremo é SERVIR. (O Escuta cumpre as pronto e gostosamente ao serviço da autoridade consti-
diariamente uma boa Sempre se pode confiar em que estarás pronto a sacri- ordens de seus pais, do tuída para o bem comum. A sociedade mais disciplinada
acção. ficar tempo, comodidades ou, sendo preciso, a própria Guia de Patrulha ou do é a mais feliz, mas é preciso que a disciplina venha de
(O dever do Escuta é ser útil vida, pelos outros. Chefe do Grupo sem dentro e não seja simplesmente imposta de fora. E da-
e auxiliar os outros). «O sacrifício é o sal do Serviço do Próximo». discutir). qui o maior valor do exemplo que dás aos outros a este
respeito.
59
O Escuta tem sempre - Como Caminheiro todos esperam de ti que não per-
boa disposição de es- cas a cabeça e que em caso de emergência te servirás
pírito. dela com alegre coragem e optimismo.
(O Escuta sorri e assobia «Se conseguires manter a serenidade quando todos
perante as dificuldades). em volta perdem a cabeça e te lançam as culpas…
Meu filho, serás um homem».

O Escuta é sóbrio, eco- - Como Caminheiro olharás ao futuro e não desper-


nómico e respeitador diçarás tempo nem dinheiro em prazeres de momento,
do bem alheio. mas aproveitarás antes as OCASIÕES para teu futuro
(O Escuta é poupado). êxito. E faze-lo com o fim de não seres um encargo mas
antes um auxílio para os outros.

O Escuta é puro em - Espera-se que, na qualidade de Caminheiro, não só


pensamentos, palavras tenhas ideias puras, mas também desejos puros e saibas
e nas acções. dominar as tendências e abusos sexuais; que dês aos
(O Escuta é puro em pensa- outros exemplo de pureza e sinceridade em tudo quan-
mentos, palavras e obra). to pensas, dizes e fazes.

A Lei do Escuta tem “mais” um artigo, o 11.°, que não é escrito a saber: «O escuta
não é parvo». Mas creio que se dispensa na Lei do Caminheiro. Todavia, como tal,
precisas de lembrar-te de que na passagem da mocidade para a idade adulta já não
andas a aprender a cumprir a Lei do Escuta, mas estás a aproveitá-la para orientação
da tua vida.

61
4
P r o m e s s a
63
O dia do meu Compromisso
Chegou o dia da tua promessa…
Recebeste um lenço novo, comprometeste-te a cumprir os teus
deveres, a auxiliar os outros, a obedecer `Lei. Tens aqui espaço
para registares as tuas impressões e guardares as tuas memórias.

gue;
o r do f ogo e do san
te lenço da
c erviço e à
“Recebe es tu s iasmo no S
estimule ao en em-Novo.” Relatos na primeira pessoa
os do Hom
Chegou o dia da
que ele te p ri
tua
io , p ró
sacrifíc promessa…
coragem no Recebeste um len
ço novo,
comprometeste-
te a cumprir
os teus deveres,
a auxiliar os
outros, a obedec
er `Lei. Tens
aqui espaço para
registares
Fiz a minha Promessa no dia ______/______/_____ as tuas impressões
Chegou o dia da tua Promessa... e guarda-
res as tuas memó
Recebeste um lenço novo, assumiste o compromisso de cumprir rias.
Em ____________________________________ (local)
os teus deveres, a auxiliar os outros, a obedecer à Lei.
Fizeram promessa comigo os seguintes escuteiros

heiro
Oração do Camin

Senhor Jesus, s
astes aos homen
Relatos na primeira pessoa:
Que Vos apresent
ho vivo,
Como um camin alto,
idade que vem do
Irradiando a clar m pa nheiro,
meu Guia e Co
Dignai-Vos ser o
vida,
Nos caminhos da Emaús;
um di a o Fo st es no caminho de
Como o,
o Vosso Espírit
Iluminai-me com
scobrir
A fim de saber de iço;
sso melhor serv
O caminho do Vo ris tia ,
com a Euca
E que, alimentado m in he iros,
todos os Ca
Verdadeiro Pão de ra di çõ es da jornada,
ar da s fa di ga s e das cont
Apes convosco,
har alegremente
Eu possa camin s.
Pai e aos irmão
Em direcção ao
AMEN

65
Foto do dia da Promessa

OBS: Há várias páginas destas para colocar mensagens e Fotografias


67
Pr o g r e s s o

5 69
O meu caminho

O meu Percurso
ço progressivo
o te m de ser um avan r
«O Cam in he iri sm ser norteado po
rt id a, e co m o tal, precisa de o vã o aj ud ar
para a Pa
re gr as qu e po uco a pouc
as
valores e pequen de obra que é o H
omem»
ui r um a gr an
a constr

SErviço partida
COMUNIDADe
Caminho ao outro rumo
que formamos
ao próximo ao horizonte

Nesta altura, o mais importante é que compreendas que vais ser


TU, com a ajuda da tua Equipa de Animação, que vais escolher o
teu caminho nos Caminheiros.
Mas então, o que é o caminho?
Caminho é a tua vivência na secção, o teu Progresso nas 4 etapas.
No fundo, é um caminho que tu vais escolher para sentires que
estás a evoluir, a crescer a todos os níveis...
71
ÁREA DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO
Falamos claro de te desenvolveres Fisica, Intelectual, Social, Proporciona-te o desenvolvimento mental e físico por meio de
Afectiva e Espiritualmente e acima de tudo ao nível do teu Ca- jogos ao ar livre, exercícios, práticas especiais, excursões e acam-
rácter. Estas são as 6 áreas de desenvolvimento. pamentos. Quando se trata de desenvolvimento físico, a primeira
Assim, deves escolher, para cada etapa, o mínimo de 2 objecti- tarefa com que uma pessoa se defronta é assumir a parte que lhe
vos por cada área de desenvolvimento. cabe no bem estar do seu corpo, que influencia de maneira muito
Terás que gerir os objectivos pelas etapas, ao longo do teu importante as características de sua personalidade.
percurso, de modo a que no final cumpras todos os objectivos Físico
propostos.
F1 Praticar actividade física que promova o desenvolvimento e ma-
Nos quadros seguintes apresentamos-te os objectivos educati-
nutenção da agilidade, flexibilidade e destreza de forma ade-
vos
Físico
finais, divididos
Carácter
pelas 6 áreas Físico
Espiritual
de desenvolvimento:
CarácterFísico Espiritual
Carácter Espiritual

quada à sua idade, capacidade e limitações.


F2 Conhecer e aceitar o desenvolvimento e amadurecimento do
seu corpo com naturalidade.
F3 Conhecer as características fisiológicas do corpo masculino e
Físico Físico Físico Carácter Carácter
Carácter Espiritual Espiritual
Espiritual Social Social
feminino e a sua relação com o comportamento e necessidades
Físico
Intelectual
Afectivo
Afectivo
Carácter Social
Espiritual Afectivo
Intelectual
Intelectual
Intelectual
Social
Afectivo
individuais. Intelectual

F4 Cultivar um estilo de vida saudável e equilibrado - alimentação,


actividade física e repouso -, adaptado a cada fase do seu de-
senvolvimento.

Intelectual Afectivo
Intelectual Intelectual Afectivo
Afectivo Social Social Social
F5 Cuidar e valorizar o seu corpo de acordo com os padrões de
saúde, revelando aprumo.
F6 Identificar e evitar, na vida quotidiana, os comportamentos de
risco relacionados com a segurança física e consumo de subs-
tâncias.

73
Carácter Espiritual

ÁREA DE DESENVOLVIMENTO AFECTIVO ÁREA DE DESENVOLVIMENTO DO CARÁCTER


As experiências afectivas, assim como o corpo, a inteligência e a A finalidade é o carácter com um propósito. E o propósito é que
vontade, fazem parte da vida e contribuem para definir nossa per- sejas sadia no futuro para desenvolveres a mais alta forma de com-
sonalidade. As emoções, os sentimentos, as motivações e as pai- preensão e dever para com Deus, a Pátria e o Próximo. Além de
xões em que traduzem os afectos conferem a nossa actividade uma inteligência, o ser humano possui vontade. Enquanto a inteligência
ressonância particular que, embora nem sempre possa ser definida lhe permite descobrir a verdade, sua vontade o conduz na direcção
com suficiente clareza, é de tal importância que deixa uma marca do que considera bom. Uma pessoa de carácter é aquela que sabe
decisivaSocial
em nossa história pessoal. As experiências afectivas sur- exercer sua vontade. Físico Carácter
Afectivo
gem da vida diária, são percebidas interiormente, provocam reac-
ções físicas, manifestam-se na conduta e expressam-se nas ideias e C1 Possuir e desenvolver um quadro de valores que são fruto de
pensamentos, influenciando, finalmente, nosso modo de ser. Todo uma opção consciente.
processo de aprendizagem deve levar a que a vida afectiva se inte-
gre de maneira adequada ao comportamento, favorecendo o de- C2 Ser capaz de formular e construir as suas próprias opções, assu-
senvolvimento. mindo-as com clareza.
C3 Mostrar-se responsável pelo seu desenvolvimento, colocando a
A 1 Valorizar e demonstrar sensibilidade nas suas relações afecti- si próprio objectivos de progressão pessoal.
vas, de modo consequente com a opção de vida assumida. Intelectual
C4 Demonstrar empenho e vontade de agir, assumindo as suas res- Afectivo

A2 Respeitar a existência de várias sensibilidades estéticas e artísti- ponsabilidades em todos os projectos que enceta, estabelecen-
cas, formando a sua opinião com sentido crítico. do prioridades e respeitando-as.

A3 Assumir a própria sexualidade aceitando a complementaridade C5 Demonstrar perseverança nos momentos de dificuldade, procu-
Homem/ Mulher e vivê-la como expressão responsável de amor. rando ultrapassá-los com optimismo.

A4 Ser capaz de identificar, compreender e expressar as suas emo- C6 Ser consequente com as opções que toma, assumindo a res-
ções, tendo em conta o contexto e os sentimentos dos outros. ponsabilidade pelos seus actos.

A5 Reconhecer e aceitar as características da sua personalidade, C7 Ser consistente e convicto na defesa das suas ideias e valores.
mantendo uma atitude de aperfeiçoamento constante. C8 Dar testemunho, agindo em coerência com o seu sistema de
A6 Valorizar as próprias capacidades, superando limitações e valores.
adoptando uma atitude positiva perante a vida.

75
Físico

ÁREA DE DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL ÁREA DE DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL


Desde que toma consciência de si mesmo, o ser humano bus- O ser humano é algo mais que um corpo. É um corpo inteligente.
ca respostas sobre a origem, a natureza e o destino de sua vida. A inteligência permite-nos descobrir a verdade que está explícita
De onde venho? Quem sou? Para onde vou? Cada cultura ou cada ou implícita nas coisas, relacionar umas coisas com outras, tirar con-
época se perguntam de forma diferente; a pessoa que procura vi- clusões, armazenar informações e realizar muitas outras funções
ver de acordo com sua consciência interroga-se de forma diferente que, progressivamente, vão formando nossa bagagem de conhe-
daquela que não ouve a própria voz; Tudo o que fazemos é uma cimentos. Todos temos a possibilidade de desenvolver nossa cria-
Espiritual exigência urgente, doce e poderosa à existência, para que nos re- tividade. Só necessitamos de fazê-la brotar, abrir espaço para que Intelectual
vele seu sentido. O desenvolvimento integral do ser humano com- saia de dentro de nós.
preende o desenvolvimento de sua dimensão espiritual.
I1 Procurar de forma activa e continuada novos saberes e vivências,
E1 Conhecer e compreender o modo como Deus se deu a conhe- como forma de contribuir para o seu crescimento pessoal.
cer à humanidade, propondo-lhe um Projecto de Felicidade Ple-
I2 Conhecer e utilizar formas adequadas de recolha e tratamento
na (História da Salvação).
de informação e, dentro dessas, distinguir o essencial do aces-
E2 Conhecer em profundidade a mensagem e a proposta de Jesus sório.
Cristo (Mistério da Encarnação e Mistério Pascal).
Social I3 Definir o seu itinerário de formação preocupando-se em mantê-
E3 Reconhecer que a pertença à Igreja é um sinal de Deus no mun- lo actualizado.
do de hoje (Igreja Sacramento Universal de Salvação)
I4 Adaptar-se e superar novas situações, avaliando-as à luz de ex-
E4 Aprofundar os hábitos de oração pessoal e assumir-se como periências anteriores e conhecimentos adquiridos.
membro activo da Igreja na celebração comunitária.
I5 Analisar os problemas de forma crítica, sugerindo e aplicando
E5 Integrar na sua vida os valores do Evangelho, vivendo as pro- estratégias de resolução dos mesmos.
postas da Igreja.
I6 Ser capaz de utilizar conhecimentos, percepções e intuições na
E6 Conhecer as principais religiões distinguindo e valorizando a criação de novas ideias e obras, mantendo um espírito aberto
identidade da tua confissão religiosa. e inovador.

E7 Testemunhar que a presença de Deus no mundo dignifica a vida I7 Expressar ideias e emoções de forma lógica e criativa, adaptada
humana e a Natureza. ao(s) destinatário(s) e utilizando os meios adequados.

E8 Viver o compromisso com Deus como missão no mundo em


todas é dimensões (humanas, sociais, económicas, culturais e
políticas).

77
Espiritual

COMUNIDADE
ÁREA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL FÍSICO
Físico Carácter Espiritual

0 ETAPA Data
A finalidade de todo processo educativo é a liberdade da pessoa,
e a aspiração de toda pessoa é usar essa liberdade para conquistar
a felicidade. Concordando com esta afirmação, Baden-Powell repe-
Social tia continuamente que o verdadeiro sucesso é a felicidade. E acres- Intelectual Afectivo Social

centava que a melhor forma de ser feliz é fazer os outros felizes.


Dessa maneira, a liberdade se converte em resposta, em aceitação
dos demais, em compromisso com a comunidade, em auxílio ao
que sofre, em encontro e diálogo entre as culturas e as nações. Daí
que não podemos falar em desenvolvimento integral da personali-
dade se não educamos a dimensão social da pessoa. Físico Carácter Espiritual

S1 Conhecer e exercer os seus direitos e deveres enquanto cida-


dão. afectivo
S2 Participar activa e conscientemente nos vários espaços sociais Intelectual Afectivo Social

0 ETAPA Data
onde se insere, intervindo de uma forma informada, respeitado-
ra e construtiva.
S3 Respeitar as regras democráticas e assumir como suas as deci-
sões tomadas colectivamente.
S4 Assumir que é parte da sociedade onde se insere, agindo numa
perspectiva de serviço libertador e de construção de futuro.
S5 Usar de empatia na forma de comunicar com os outros, demons-
trando tolerância e respeito perante outros pontos de vista.
S6 Mostrar capacidade de relacionamento e trabalho em equipa,
contribuindo activamente para o sucesso do colectivo através
do desempenho com competência do seu papel.
S7 Assumir papéis de liderança, de forma equilibrada, tendo em Carácter
conta as suas necessidades e as do grupo. Físico Carácter Espiritual

0 ETAPA Data
Para te ajudar a escolher os teus objectivos, apresentamos os
quadros seguintes, onde podes ir registando os objectivos que
escolhes para cada uma das Etapas, assim como a data em que os
atingiste. Intelectual Afectivo Social

79
COMUNIDADE Serviço

ácter Espiritual
ESPIRITUAL Físico
FÍSICO
Carácter Espiritual

0 ETAPA Data 0 ETAPA Data

tivo Social Intelectual Afectivo Social

Físico Carácter Espiritual Físico Carácter Espiritual

INTELECTUAL afectivo
Social
Intelectual Afectivo Social Intelectual Afectivo

0 ETAPA Data 0 ETAPA Data

ácter Espiritual

Carácter Físico Carácter


Carácter
Espiritual
ivo Social

0 ETAPA Data 0 ETAPA Data

Intelectual Afectivo Social

81
COMUNIDADE PARTIDA

rácter Espiritual
ESPIRITUAL Físico
FÍSICO
Carácter Espiritual

0 ETAPA Data 0 ETAPA Data

tivo Social Intelectual Afectivo Social

Físico Carácter Espiritual Físico Carácter Espiritual

INTELECTUAL afectivo
Social
Intelectual Afectivo Social Intelectual Afectivo

0 ETAPA Data 0 ETAPA Data

rácter Espiritual

Carácter Físico Carácter


Carácter
Espiritual
ctivo Social

0 ETAPA Data 0 ETAPA Data

Intelectual Afectivo Social

83
PARTIDA
Desafio

arácter Espiritual
ESPIRITUAL
0 ETAPA Data

ctivo Social

Físico Carácter Espiritual

INTELECTUAL Social
Intelectual Afectivo

0 ETAPA Data

rácter Espiritual

Carácter
ctivo Social

0 ETAPA Data

Descrição do Desafio:
Entidade, Duração, Objectivos a cumprir...
85
Última etapa nos Caminheiros! E agora?

Etapa Partida?... PARA TE AJUDAR A ELABORAR O TEU PROJECTO SUGERI-


Nesta Etapa há um Desafio à tua espera, antes do momento da MOS-TE ALGUMAS PISTAS para a elaboração de um projecto:
tua Partida do Clã!
A proposta é que te comprometas com uma causa pessoal, que
envolva uma acção mais continuada no tempo (mínimo de 3 meses). Como fazer um Projecto
A acção deve privilegiar um esforço de cooperação ou de volun-
tariado com uma instituição ou organização escolhida por ti.
Este teu projecto deverá ser, preferencialmente, fora do Agrupa- 1) PROJECTOS - POR QUÊ?
mento, embora esteja em aberto que a mesma possa ocorrer dentro
do mesmo. Será, no entanto, mais enriquecedor que o teu Desafio Necessidade do Projecto
seja realizado noutro ambiente, e não seja meramente uma Comis- Todos nós conhecemos a importância dos chamados “projectos”
são de Serviço numa secção - isso poderás tu fazer mais tarde. em nossas vidas. Se pararmos um pouco para pensar, veremos que
Provavelmente, durante o teu Desafio terás uma menor possibili- no nosso dia-a-dia, nunca paramos de planear. A maioria das deci-
dade de participação, como Caminheiro, na vida do teu Clã e da tua sões que tomamos não é imediata; pelo contrário, passa por um pro-
Tribo; no entanto, esta tua vivência será muito enriquecedora para cesso mental de avaliação de alternativas e escolha de opções, e isso
ti durante esse tempo, e sem dúvida será um estímulo para o Clã. não deixa de ser um efémero e por vezes instantâneo “projecto”.
Apresenta ao Clã o teu Desafio, vai vivê-lo de forma consciente. O que se pretende é que decidas por antecipação o que deve ser
Apesar de este ser um projecto individual, deves dar testemu- feito e mais: o como, o quando, o quanto, por quem e onde, e isto
nho dele a todos os teus irmãos Caminheiros no Clã. depois de indagar o “por quê”.
Da partilha de experiências, dos relatos, das discussões, todos Decidir por antecipação, através de um projecto, é necessário por
saem a ganhar, sobretudo porque se revê, na prática, o que é ser várias razões:
Caminheiro integrado na Sociedade, onde se aplica tudo o que a) Racionaliza o tempo, na medida em que nos deixa livres para, no
foste aprendendo e vivendo durante a tua caminhada em Clã! momento de agir, simplesmente agir, sem nos preocuparmos
Esta tua partilha pode marcar a diferença positiva na caminhada com processo decisório;
dos teus irmãos mais novos, que poderão ver em ti um exemplo b) Evita desperdício em todos os sentidos, uma vez que os gastos
próximo, a seguir. são previstos, rentabilizando os recursos materiais e/ou intelec-
tuais existentes;
c) Leva-nos a calcular os imprevistos e a prever dificuldades, ofere-
cendo alternativas de trabalho;
d) Coloca o objecto do trabalho, de uma forma organizada, ao
conhecimento de outras pessoas, que podem, assim analisar e
avaliar o que se pretende e contribuir para sua realização. Lem-
bras-te de em muitas situações da tua vida, ao solicitares ajuda e
ou auxílio de alguém (pessoas ou organismos competentes para
algum trabalho), te terão (quase certo) solicitado “a apresenta-
ção de uma cópia do projecto”...
e) Deixa registados os passos de uma acção complexa, de modo
que ela possa ser facilmente executada e7ou reformulada se ne-
cessário for, ou servir de base de estudo para que outros traba-
lhos sejam desenvolvidos;
87
f) Quando programamos adequadamente alguma coisa, dá, aos 2) PROJECTOS - O QUÊ?
que se empenham em alcançar os objectivos, uma sensação O Tema do projecto
de pertença e motivação maior para se comprometerem com Como tiveste a oportunidade de perceber, os projectos servem
a causa. aos mais diversos fins. O que fazer, então, para escolher um tema?
Há uma imensa a lista de vantagens de agir através de acções pla- Primeiro: explore a tua sensibilidade e imaginação. Não precisas
neadas. No entanto, basta dizer que especialmente para os escu- de quebrar a cabeça à procura de ideias extravagantes. Um recurso
teiros os projectos podem ter um significado ainda mais especial: fundamental que existe a tua volta é o teu clã. Converse com quem
Eles viabilizam, de um modo seguro, duradouro e eficaz, a realiza- possui mais experiência. Procura conversar com outras pessoas que
ção de boas acções - sobretudo colectivas ­ através de projectos já fizeram projectos. Procura também os conselhos da equipa de
comunitários. Nesse sentido, os projectos devem ser um elemento animação e do Chefe do Agrupamento, conversa na Núcleo, Re-
fundamental no Clã. gião e/ou na Central com o responsável pelas diversas campanhas
É especialmente por essa razão que temos esperança de ver mul- apoiadas ou iniciativa dos distintos Órgãos da A.E.A., do Escritó-
tiplicados os projectos comunitários entre os escuteiros. rio Regional para África e até do Bureau Mundial do Escutismo. Há
Para tanto, lembramos que “comunidade são os outros”, “comu- sempre algo que pode ser feito.
nidade é o mesmo que povo e/ou grupo alvo”. Comunidade é um Mesmo que o projecto já tenha “nascido pronto”, procura ideias
conjunto de pessoas que convive (mora, trabalha, ou estuda) na a serem acrescentadas: não é porque o projecto deve ser teu, que
mesma área e que, por isso, enfrenta os mesmos problemas e tem tenhas de o esconder de todos durante sua preparação.
basicamente necessidades similares, como seja: a família, a escola, Dentro do Clã, deve haver um clima próprio para a discussão de
a comuna, o bairro, o Agrupamento, o Núcleo, a cidade…e assim ideias acerca de projectos. A coordenação do projecto é incumbên-
por diante. cia do seu autor, o que não quer dizer de modo nenhum que a exe-
Tudo o que falamos sobre a necessidade de projectos só ganha cução também seja de seu exclusivo encargo. Exactamente por isso,
especial relevância dentro de uma comunidade determinada. as discussões são importantes. Procura fazer com que os dirigentes
tomem conhecimento da ideia e te ajudem a programar as datas.
Dessa forma, todos os caminheiros do teu clã (e, dependendo do
projecto, de outras secções do Agrupamento ou de outros Agrupa-
mentos) poderão participar.
Uma das técnicas para se ter ideias é respondendo a questões sim-
ples acerca da o assunto. Sendo assim, propomos perguntas do tipo:
• O que pode ser feito para melhorar a sede do meu Agrupamento?
• O que pode ser feito para contribuir com a comunidade na qual
meu Agrupamento está inserido?
• O que pode ser feito para melhorar o relacionamento dos
membros de meu Agrupamento/ Núcleo? É respondendo a
essa pergunta que, muitas vezes, surgem os projectos de inte-
gração, tais como gincanas, campeonatos, etc.
• O que pode ser feito para divulgar o Agrupamento, e o mo-
vimento escutista de um modo geral na minha comunidade?
Através de campanhas publicitárias feitas pelos próprios jo-
vens? Através de actividades realizadas nas escolas do bairro?

89
3) PROJECTOS - COMO? 3.2. 1 Objectivos Gerais
“Para que estou a fazer o meu projecto?”
Estrutura de um projecto O objectivo geral é o motor do projecto, é a razão principal do
Uma das maiores dificuldades constatadas entre os caminhei- nosso trabalho. Pode traduzir-se numa acção concreta: “construir
ros em geral, é a maneira de se fazer o projecto escrito: como o uma torre”, “ auxiliar as pessoas carentes que habitam tal bairro”. Ou
apresentar correctamente? Muitos caminheiros quebram a cabe- pode visar uma província, constituindo um objectivo mais abstracto:
ça procurando normas específicas, alguns seguem regras rígidas “conhecer o PIONEIRISMO e a sua estrutura para assumir um verda-
de trabalhos escolares, e outros sentam-se à tarde em suas secre- deiro papel como caminheiro”, “estimular a criatividade “divulgar o
tárias deixando a inspiração aparecer de algum lugar. A verdade movimento escutista”, etc.
é que não existe esquema rígido a ser seguido - deves lembrar-te No objectivo geral, não se deve entrar em detalhes. Os objectivos
que não estamos a trabalhar com projectos científicos, nem com não se confundem com etapas do projecto (não interessa mostrar
trabalhos universitários. aqui como se fará, mas sim onde se quer chegar).
A abordagem aqui apresentada é apenas para te servir de su-
gestões simples na hora de montar um projecto. Isso significa que 3.2.2 Objectivos Específicos
deves sentir-te livre para alterares o que achares que deve ser al- “Ao perseguir os objectivos gerais, que outras metas poderão - e
terado. deverão - ser atingidas?”
Todavia, existe alguns tópicos que são obrigatórios e que de- Enquadram-se aqui os objectivos secundários do projecto. De-
vem constar de todos os projectos, conforme mostraremos abai- ves averiguar o que mais poderás alcançar com o plano. Se, dentre
xo. Grande parte dos exemplos foi retirada de projectos já rea- essas possibilidades, como autor do projecto quiseres eleger algu-
lizados. mas como objectivos, deverá o projecto conter os passos necessá-
rios para sua realização.
3.1 Nome Esses objectivos secundários também são chamados de “específi-
“Como será conhecido o meu projecto?” cos” porque têm vinculação específica com o objectivo geral, isto é,
O nome (ou título) do projecto não é mera formalidade. Serve só têm razão de ser uma vez que estejam relacionados ao objectivo
para facilitar a sua identificação. Desde que guarde alguma relação principal.
com o tema do projecto, o nome apropriado pode ser pesquisado
através de um verdadeiro exercício de criatividade. Por exemplo: o 3.3 Etapas
projecto para construção da sede do clã chama-se “pedra angular”; “O que será feito para atingir os objectivos do projecto?”
um projecto de culminaria “Futura Indigestão”, “Um agrupamento, Também chamado de “acções” ou “desenvolvimento”, este é o
uma promessa”…. núcleo do projecto. O objectivo é em parcelas cada uma das dificul-
dades/desafios segundo a ordem de prioridades.
3.2 0bjectivo(s) As etapas do projecto devem ser apresentadas de forma detalha-
Este é o momento em que o autor do projecto deve expor a que da. É necessário que como autor do projecto descrevas todos os
o mesmo servirá, ou seja, o que se pretende alcançar com ele. Al- passos ao pormenor e de forma crescente.
guns projectos são simples, e podem ter apenas um objectivo em Não te esqueças que o projecto deve ser adequado, necessário,
vista. Muitos objectivos são claros e directos; outros são muitas ve- eficaz e útil aos outros, dai defender-se “três qualidades” que de-
zes, consequências dos primeiros. Por isso, é interessante separá- vem estar presentes nas acções propostas:
los em dois grupos. • Adequabilidade - a linha de acção é adequada quando, reali-
zada com êxito, conduz ao efeito final desejado.
91
• Exequibilidade - ela é exequível quando é capaz de realizar
com êxito a acção pretendida, consideradas as característi- 3.4 Cronograma
cas do meio, os factores em oposição e os recursos dispo- “Quando será desenvolvido o projecto?”
níveis. A linha de acção é parcialmente exequível quando só A duração também depende da sua complexidade. Podes desen-
em determinadas condições poderá ser realizada com êxito. volver em um dia, ou em 1 ano (curta, media ou longa duração).
• Aceitabilidade - ela é aceitável quando o custo de sua realiza- Lembra-te que há muitos projectos, necessários para o cumprimen-
ção (haja sucesso ou não) pode ser tolerado. to de etapas, que já têm sua duração estipulada.
Essa duração do projecto deve ser construída em função da dura-
Pouco há mais a falar sobre a parte de desenvolvimento do pro- ção de cada uma das etapas desenvolvidas no item anterior.
jecto, porque, apesar de ser seu núcleo, é realmente a parte mais fá- Novamente, o que menos importa é como esse cronograma apa-
cil de ser feita, bastando estar atento para alguns detalhes, a seguir. recerá no texto do projecto. Há quem prefira, juntamente com cada
A complexidade das etapas depende da complexidade do pro- etapa do desenvolvimento, colocar a(s) data(s) de realização (dia
jecto como um todo. Tudo aquilo que deve ser realizado precisa de tal, ou dia tal ao outro dia) , e , após isso, calcular o tempo total de
constar nessa parte do projecto. duração do projecto. Outros fazem um cronograma em separado, e
Deves procurar prever os chamados “acidentes de percurso”. ganham uma melhor visualização, assim:
Várias vezes, nós somos criticados no nosso clã por sermos “pes- Podes utilizar quadros, tabelas, etc. Mais uma vez, vale a criativida-
simistas” - no entanto, não querendo ir buscar outro termo mais de para bem apresentares as datas.
adequado, podemos dizer que o autor do projecto deve ser um Deves ter sempre uma margem de erro. Determinadas etapas
tanto quanto pessimista, e não confiar na sorte. A “carta na manga” que têm um prazo exacto em número de dias podem vir a apre-
é fundamental! O exemplo mais comum de “falta de pessimismo” sentar problemas alheios à tua vontade, por isso é necessário que
nos planeamentos escuteiros vem de cima, literalmente: é a chu- calculemos um ou dois dias a mais. Se, no entanto, depois de feito
va. Quantas actividades, quantos acampamentos foram e são frus- o cronograma e de elaborado o projecto, os prazos não forem cum-
trados por falta de um “programa reserva”, a ser desenvolvido em pridos, isso não é o principal. O importante é realizares as etapas
caso de mau tempo... Por isso, na construção de teu projecto, uma até o fim, mesmo que os prazos não sejam cumpridos.
pergunta que jamais deves repelir é a que começa por: “Mas e se
por acaso...?” 3.5 Recursos humanos
Também nunca é demais lembrar que, de acordo com o assunto “Quem fará o quê no meu projecto?”
do projecto, deves procurar o auxílio de outras pessoas. Todavia, o É necessário apresentar uma listagem com os nomes daqueles
chefe ou dirigente que fores procurar para te ajudar deve ter bom que tomarão parte nas acções, sejam eles escuteiros ou não (às ve-
senso, a fim de te auxiliar sem interferir, ou seja, deixar-te, como au- zes, é necessária ou conveniente a actuação de um profissional, de
tor do projecto, dentro de uma grande margem de arbítrio próprio. um membro da comunidade, etc.).
É interessante sempre dar mais de uma sugestão, deixando-te a de- É, também, interessante, que cada acção mais complexa do de-
cisão final, a menos que se trate de flagrante necessidade - esse é senvolvimento tenha um responsável que não precisa de ser, neces-
o bom senso do chefe. É função de quem auxilia no projecto, ou de sariamente, o autor do projecto. Como autor, és o responsável pela
quem o avalia, verificar se o desenvolvimento está correctamente coordenação geral, mas podes delegar funções para que outros se
associado aos objectivos (isto é, se todos eles têm as metas propos- responsabilizem por uma ou mais das etapas desenvolvidas. Nesse
tas). Isso sim é importante, e o jovem realizador do trabalho deve caso, podes indicar esses responsáveis juntamente com o desenvol-
ser convenientemente alertado caso haja alguma dificuldade. vimento do projecto, ou em lista separada.
Por último: a maneira de ser colocado o desenvolvimento não é Uma estratégia eficaz para aumentares as chaves do sucesso do
mais importante que o conteúdo em si. teu projecto, principalmente se este for de longa duração, é de-
93
signares como responsáveis de cargos para cada execução, com parte de qualquer projecto:
preferências a indicar nomes. Isto é, dizer que “o tesoureiro” ou “o a) nome do projecto;
moderador” são responsáveis pela tarefa “A” ou “B” confere maior b) objectivo(s) do projecto / geral (is) e específico(s);
estabilidade ao projecto do que se as responsabilidades fossem c) etapas ( desenvolvimento) do projecto;
conferidas directamente às pessoas (Fulano” ou “Beltrano”). d) cronograma do projecto;
e) recursos humanos necessários;
3.6 Recursos materiais e financeiros f) recursos materiais e financeiros necessários;
“De que materiais vou precisar para realizar meu projecto? E g) dados do autor do projecto.
quanto terá que ser gasto?”
É necessária uma lista dos materiais necessários ao cumprimento É necessário relembrar que todo o projecto, depois de concluído
das etapas do desenvolvimento. Os recursos podem ser solicitados e realizado, deve ser avaliado, a fim de verificar se todas as etapas
junto a outras pessoas, no Agrupamento, à própria comunidade- e prazos foram cumpridos. Se não foram, devem ser discutidas as
alvo do projecto (se for o caso), ou adquiridos no mercado. Nesse razões pelas quais isso ocorreu, para que no futuro possíveis erros
último caso, então, é necessária a elaboração de um orçamento. não sejam cometidos novamente.
Deves ter o cuidado de informar a equipa de animação de da direc-
ção do Agrupamento para saberes como proceder correctamente 3.9 Outros elementos
para captar os recursos necessários: através dos recursos do pró- Como reforço do já escrito, apresentamos uma lista de elementos
prio Agrupamento, através de campanhas da Equipe/Cã, “apenas que podem constituir a arquitectura estética do projecto:
através do esforço de cada integrante da secção”, através de do- a) introdução - apropriada para aqueles que têm talento literário,
ações de material mesmo (por meio de ofícios entregues a quem e que gostariam de escrever algo mais acerca de seu projecto;
possa ajudar), etc., tudo dependendo do projecto e de cada Agru- b) local - se o projecto tiver apenas um local para seu desenvol-
pamento. vimento, podes escrever também sobre ele; se o projecto for
Se o material tiver de ser adquirido, é preciso pesquisar e analisar realizado em vários lugares, podes indicá-los juntamente com o
muito bem o preço (de preferência e no mínimo, três lugares diver- desenvolvimento, ou em uma secção em separado;
sos), e não se pode esqueça do 9.º artigo da Lei do Escuta. c) atitudes necessárias- para aqueles que se sentirem inspirados,
ou para projectos que exigirem um nível maior de concentração
3.7 Dados do autor do projecto e seriedade por parte de quem dele participar: há quem goste
“Quem é o responsável pelo projecto?” de descrever sentimentos necessários à perfeita realização do
É muito importante - e, infelizmente, não é muito comum - en- projecto: “responsabilidade”, “espírito escutista”, “paciência”...
contrar no próprio texto do projecto os dados de identificação de d) lema- muitos projectos têm um lema! Se te parecer interessante
seu autor. Além de servir para facilitar a identificação do próprio alguma ideia, podes adoptá-la por lema, assim como as patru-
projecto, o simples facto de se poder achar um nome de referên- lhas têm (ou deveriam ter) o seu;
cia facilitará também o contacto daqueles que, ao manusearem o e) antecedentes - para aquelas pessoas que utilizaram outros pro-
projecto, tiverem interesse em aproveitá-lo, discuti-lo ou mesmo jectos como fonte de auxílio, ou que se inspiraram em trabalhos
(por que não?) levá-lo adiante. Como sejam: o nome completo, o parecidos que já foram realizados, ou que utilizaram pesquisa
Agrupamento ao qual pertences, telefone, correio electrónico, ski- bibliográfica, e que quiserem mencioná-lo no projecto;
pe, facebook, etc. f) fundamentação ou diagnóstico - muitos projectos utilizam, para
fundamentar os seus objectivos , um estudo do problema em
3.8 Resumo questão, isto é , fazem um diagnóstico da situação para depois
Podes, portanto, identificar os elementos que precisam de fazer propor objectivos;
95
O meu Desafio

g) órgãos envolvidos - pode-se apresentar uma lista dos Órgãos


ou entidades e recursos humanos que tomarão parte no pro-
jecto, auxiliando directa ou indirectamente na sua concepção e
execução;
h) conclusão - especialmente importante para os projectos que têm
“introdução”... É utilizada, por exemplo, para colocar, de uma for-
ma bem subjectiva, pessoal as expectativa em torno do projecto;
i) anexos - se for o caso , é interessante anexares ao projecto tudo
aquilo que puderes auxiliar no seu entendimento, bem como
cópia de materiais utilizados: fotografias, mapas, desenhos, ras-
cunhos, documentos oficiais, etc.

4- PROJECTOS - QUEM?
O projecto pode ser elaborado por um só elemento, mesmo que
para a sua realização, como será provável, seja necessário reunir
mais gente.
O mais comum, no entanto, é que, ao nível do clã, os projectos
sejam desenvolvidos por equipas ou grupos de interesse.
A figura do líder da equipa de interesse é importante, pois é ele
o responsável perante os outros. No caso de um projecto de clã
ser desenvolvido por uma equipe de interesse, quando da escritura
do projecto, o item “dados do autor do projecto”, deve ampliar-se:
além do nome e identificação do responsável (líder da equipa), é
importante que conste pelo menos o nome de cada um dos outros
componentes do grupo.
Resumidamente, o procedimento, previsto nas secções, para a es-
colha de um projecto ou mesmo discussão de um assunto deve ter
um impacto ou relevância cívica ou social e deve incluir:

a) Escolha e discussão da ideia;


b) Planeamento e programação;
a) Organização;
b) Coordenação;
c) Realização;
d) Avaliação;
e) Relatório.

Descrição do Desafio
97
6
Ao Serviço d
a
o s O ut r o s
Cid ad a n i
99
Direitos Humanos
A cidadania é normalmente ligada a ideia de direitos cívicos, que fundamentais da pessoa humana, pois o ser humano é o destinatário
são manifestações dos direitos humanos. A compreensão do âmbi- e centro da actividade económica. Os chefes de Estado estabele-
to da expressão direitos Humanos, enquanto conjunto de direitos ceram como direitos inalienáveis da pessoa humana, os seguintes:
indispensáveis à existência e realização plena do homem todo, em • O direito a igualdade de protecção perante a lei;
particular e da sociedade no geral – a que vulgarmente se conhece • A pessoa do ser humano é inviolável;
por Direitos Humanos e/ou “conjunto de normas que visam defen- • O respeito pela personalidade e capacidade jurídica do ser hu-
der a pessoa humana contra os excessos cometidos pelos órgãos mano;
do Estado”, tem sido alvo de plurímas abordagens e denominações • O direito à dignidade e do desenvolvimento de cada ser humano;
específicas. Classificações como direitos da primeira, segunda e • O direito à presunção de inocência;
terceira gerações e/ou direitos naturais e direitos artificiais fazem • O direito a cada ser humano à defesa e à escolha de um defensor
parte do catálogo de direitos ínsitos nos distintos de instrumentos de sua conveniência;
Internacionais a que somos convidados a estudar, aprofundar e di- • nenhum ser humano poderia ver a sua liberdade privada sem um
vulgar, como sejam: adequado processo de justiça;
• O direito à informação;
I. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM, • O direito à associação, desde que não atentasse contra a seguran-
de 10 de Dezembro de 1948 que o seu preâmbulo adverte “o ça e a ordem pública;
desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos condu- • O direito à reunião, desde que não atentasse contra a segurança e
ziu a barbárie que revoltam a consciência da humanidade”, a a ordem pública;
acuidade e o rigor na elaboração deste instrumento singular • O direito a residência de cada um no país de sua escolha;
no ordenamento jurídico universal despoletou um movimento • O direito à liberdade de cada um a abandonar o seu país e de
de codificação por todo o mundo: voltar quando entendesse;
II. A CONVENÇÃO EUROPEIA DOS DIREITOS DO HOMEM, de • O direito a asilo político num país de sua escolha, no caso de per-
4 de Novembro de 1950, e os seus Protocolos, a Carta Social seguição, por razões política.
Europeia, de 18 de Outubro de 1961,
III. O PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS POLÍTICOS E Carta Africana dos Direitos e Bem Estar da Criança
CIVIS, de 16 de Novembro de 1966, A CADBEC foi celebrada no dia 20 de Julho de 1990. A
IV. O PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS ECONÓMI- ideia que conduziu à celebração da CADBEC foi a de adoptar uma
COS, SOCIAIS E CULTURAIS, de 16 de Novembro de 1966, declaração que consagrasse o respeito por parte de todos os paí-
V. A CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS DO HOMEM, de ses membros da OUA, dos direitos da criança.
22 de Novembro de 1969,
VI. A ACTA FINAL DE HELSÍNQUIA, de 1 de Agosto de 1975,
VII. A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS POVOS,
DE 4 DE JULHO DE 1976, e A Carta Cultural de África
VIII.A CARTA AFRICANA DE DIREITOS DO HOMEM E DOS POVOS, A carta cultural de África foi adoptada no dia 05 de julho de 1976,
de 26 de Junho de 1981. na Cimeira de Chefes de Estado Port Louis(ilhas Mauricias).
No preâmbulo, os Chefes de Estado começaram por reconhecer
Na Carta Africana dos Direitos dos Homens e dos Povos - ideia os efeitos nefastos da dominação colonial que levaram a subjugação
que tinha sido apresentada pelo Senegales (presidente) Leopold e destruição das tradições e da cultura Africana, a aculturação e alie-
Senghor que considerava que o desenvolvimento económico e so- nação mental dos povos de África e a despersonalização do homem
cial de África estava intimamente ligado ao respeito pelos direitos africano.
101
Carta Africana da Juventude 4. As 7 principais áreas da Carta
1. Liderança e participação juvenil.
1.O que é a Carta? 2. Saúde e bem estar.
É um conjunto de princípios que englobam os direitos, liberdades 3. Educação e desenvolvimento de habilidades.
e deveres da juventude africana. 4. Meios de subsistência sustentáveis.
É o documento básico e legal que apoia o desenvolvimento de 5. Meio ambiente.
políticas, programas e actividades apropriadas. 6. Paz.
7. Responsabilidades juvenis
2. Porque precisamos da Carta?
A Carta Africana da Juventude é necessária para o desenvolvimen- 5.Assinatura, ratificação e divulgação da Carta:
to dos jovens Africanos no sentido de:
• Orientar, inspirar e validar as organizações juvenis e suas acções. 5.1. Assinatura
• Proporcionar aos Estados membros da União Africana um quadro Qualquer Estado membro da União Africana pode assinar a Carta
para políticas de desenvolvimento juvenil e suas provisões. na Sede da Comissão da União Africana através do Embaixador que
• Preparar os jovens para que possam tirar vantagens destas provisões. tenha recebido instruções do seu Governo.

5.2. Ratificação
Uma vez assinada a Carta, por qualquer que seja o membro da
União Africana, esta deverá ser adoptada pelo parlamento local, e
aplicada a nível nacional. O Estado porém deverá remeter um re-
latório à União Africana, relatando sobre a referida adopção. Este
processo indica que o Estado em questão ratificou a Carta.
No caso de a Carta ser assinada por um total mínimo de 15 Esta-
dos membros, esta será aplicada a nível continental.

3. Desenvolvimento e implementação da Carta Africana da Juventude 5.3. Estratégia de divulgação


Setembro/Novembro de 2005: Com base em consultas realizadas (a) Canais tradicionais de comunicação e intercâmbio em África
em países africanos desenvolveu-se a primeira proposta da Carta • Seminários, workshops e conferências
Africana com o apoio do Conselho de Pesquisas para as Ciências • Encontros oficiais com os tomadores de decisão
Humanas da África do Sul. • Manifestações públicas e marchas
Janeiro e Maio de 2006: A proposta da Carta foi revisada e adop-
tada pelos jovens africanos durante o fórum panafricano em Addis (b) Canais de comunicação e informação dos mídias
Ababa. • TV, rádio, e anúncios
Julho de 2006: A sétima sessão ordinária da conferência dos che- • Fórum de discussão na Internet
fes de estados da União Africana adoptou a Carta em Banjul (Gam-
bia). (c) Canais culturais
Novembro de 2006: Lançamento oficial da Carta no Quinto Fórum • Festival de lançamento da Carta
para o Desenvolvimento de África. • Dia da Juventude
De Novembro de 2006 em diante, procedeu-se a uma intensiva • Produções culturais e eventos
divulgação da Carta, a nível nacional, regional e continental.
103
Corpo de Emergência

INSTITUTO NACIONAL DE EMERGÊNCIA MÉDICA DE São cuidados de emergência que se dão para:
ANGOLA - INEMA 1. Socorrer os feridos ou pessoas doentes;
O Instituto Nacional de Emergência Médica de Angola, abre- 2. Evitar que as condições se tornem piores;
viadamente designado INEMA, é um instituto público que tem por 3. Ajudar as vítimas a recuperarem-se.
missão assegurar assistência pré-hospitalar e evacuação assistida
em caso de doença súbita ou acidente com compromisso vital imi-
nente, em todo o território nacional e para todas as pessoas que
necessitem deste serviço, promovendo o respeito à dignidade da
pessoa e a valorização da pessoa humana.
O INEMA foi criado, em Novembro de 2003, tendo como pres-
suposto a Lei nº 21-B/92, de 28 Agosto (Lei de Bases do Serviço
Nacional de Saúde).

O INEMA tem articulação com os outros organismos públicos


como sendo:
1. Relacionamento com a Polícia Nacional:
Em caso de acidentes graves com envolvimento de vários indi-
víduos, para efeitos de segurança das equipas; quando for neces-
sário deslocar-se a zonas de risco e quando for imprescindível evi-
denciar a sua prioridade no trânsito.

2. Relacionamento com o Serviço de Protecção Civil e Bom-


beiros:
Em caso de emergências nacionais, catástrofes, calamidades ou
grandes acidentes.
Nestas situações, o INEMA faz a coordenação do trabalho desen-
volvido em articulação com estas Entidade.

PRIMEIROS SOCORROS
Prevenir acidentes é sempre a melhor solução, mas certas vezes
nem os pais conseguem evitar que as crianças brinquem com ob-
jectos e ou produtos perigosos, como fogo, prego lâmina, medica-
mentos, etc. Até mesmo os adultos, por mais que se cuidem, uma
hora ou outra acabam por se cortar, cair, enfim, se ferir-se. Por isso é
fundamental saber agir em situações de emergência.

O que é Primeiro Socorro?

Primeiro socorro é um tratamento dado até que a pessoa possa


ser removida ao posto médico, centro de saúde, clínica ou hospital.
105
Protecção Civil

As inundações, os deslizamentos, a erosão, a seca, são fenóme- das e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada
nos da natureza que sempre estiveram presentes na história da intensidade. Este excesso de precipitação (chuvas) faz aumentar o
humanidade. Entretanto, o rápido crescimento da população, tem caudal dos rios, originando o transbordamento do leito e a inunda-
deteriorado e contaminado o ambiente o aumento da pobreza tem ção das margens e áreas circunvizinhas.
contribuído para converter esses fenómenos naturais em calamida-
des que causam a perda de muitas vidas humanas, infra-estruturas O que é um Desabamento ou Deslizamento?
e bens materiais. É um fenómeno provocado pelo escorregamento de materiais
O trabalho conjunto e contínuo entre a Protecção Civil, Escu- sólidos, como solos, rochas, vegetação e/ou material de construção
teiros/escola/comunidade pode contribuir para a redução do ao longo de terrenos inclinados, conhecidos por encostas, penden-
impacto dos desastres. As crianças e jovens desempenham um tes ou escarpas.
papel muito importante nessa acção, informando a sua família e Os desabamentos em encostas e morros urbanos vêem ocorren-
comunidade sobre as ameaças naturais e motivando-as para uma do de uma forma frequente e alarmante nestes últimos anos, devido
“cultura de prevenção” realista e duradoura. ao crescimento desordenado das cidades, com a ocupação de áre-
É importante compreender melhor os fenómenos da natureza, as de risco, principalmente pela população carente.
os efeitos das acções humanas e as consequências de um manejo
errado do ambiente, assim como a necessidade de promover um O que é a Seca?
desenvolvimento harmonioso com a natureza. A Seca é um fenómeno climático causado pela insuficiência de
Actualmente é prioridade preparar a Nação, especialmente as precipitação (chuvas) numa determinada região por um longo pe-
comunidades, para prevenção e redução do impacto provocado ríodo de tempo.
pelas situações de desastres, tais como: os incêndios, as inunda- A seca não tem só consequências negativas, mas também tem
ções, as calemas, os desabamentos de terra, a erosão e as secas consequências de dimensão económica, social e política.
e também das epidemias como a malária, a cólera e o VIH e SIDA. O que é um incêndio?
O Governo de Angola promulgou em 23 Novembro de 2003 a É o fogo fora do controlo humano ou seja um fogo de grandes di-
Lei de Bases de Protecção Civil (Lei n.º 28/03) com o objectivo de mensões que tem como consequências a destruição de vidas huma-
prevenir a ocorrência de riscos colectivos resultantes de acidentes nas, bens materiais, devastação de florestas, campos de produção, etc.
graves, de calamidades naturais ou tecnológicos, atenuar os riscos Os incêndios podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer
colectivos de possíveis desastres, socorrer e assistir as pessoas atin- hora. Podem iniciar-se de forma espontânea ou por consequência
gidas ou em perigo eminente. de acções ou omissões humanas, mas mesmo nesse último caso, os
factores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-
O que é um desastre? Ios, facilitando a sua propagação e dificultando o seu controle.
É o resultado de eventos adversos, naturais ou provocados Todo este serviço é uma espécie de combinação de Bombeiros e
pelo homem, sobre um ecossistema vulnerável, causando danos Cruz Vermelha e põe ao alcance dos Caminheiros um tipo valioso
humanos, materiais e/ou ambientais e consequentes prejuízos eco- de serviço público, tanto nas cidades como nos municípios e nas
nómicos e sociais … comunas.
Os efeitos dos desastres dependem do grau de vulnerabilidade Mas o campo de trabalho é vasto e a preparação para ele implica
da comunidade a uma determinada ameaça, ou da sua capacidade estudos e actividades várias que não só são interessantes mas tam-
de resistência. bém úteis para aqueles que a elas se entregam. Seria na verdade
um ser estranho aquele que não conseguisse encontrar entre estas
O que são Inundações? variadas actividades uma só que lhe pudesse ao menos servir de
São fenómenos naturais provocados por precipitações modera- passatempo, uma vez que a tivesse aprendido
107
Serviço de Ordem
Exemplo tirado de uma citação do livro “A caminho do Triunfo”:
«Num trágico incêndio recente, em Newhaven, Connecticut, em
que perderam a vida sete pessoas e mais de setenta e cinco se feri-
ram, os Escutas prestaram assinalados serviços.
«Em três diferentes cruzamentos obstruiu-se o tráfego, sem que
a polícia de trânsito aparecesse; vendo isto os escutas, um em cada
caso, postaram-se no meio da rua e dirigiram o trânsito debaixo de
chuva torrencial durante mais de duas horas.
«Outros escutas prestaram bom serviço auxiliando os serventes
dos hospitais a transportar rapidamente os sinistrados das salas das
operações para as enfermarias, com o que facilitaram o tratamento
rápido dos casos».
E aqui temos uma modalidade de serviço para o qual escutas e
caminheiros fariam bem em se preparar em colaboração com a po-
lícia e autoridades hospitalares da sua localidade.

109
7
Reconhe c i m e nt o
111
Acabei o meu Caminho

Quando terminares a Etapa da Partida e, com isso, completares


todos os Objectivos Educativos definidos para a IV Secção, irás re-
ceber uma Anilha de Mérito da IV Secção, de forma a ser
reconhecível - por todos - que completaste a totalidade do per-
curso educativo proposto para os Caminheiros e para a Associação.
Poderás usá-la até à tua cerimónia da Partida.

__/______/_____
ma de Progresso no dia ____
Completei o Siste
____ (local)
____ ________________
Em ____________
iros:
seguintes escute
resso comigo os
Acabaram o Prog

113
8
Partida

115
É hora de Partir, se sentes que estás preparado para continuar
o teu caminho.
A vivência da IV Secção foi, de certeza, extremamente rica e im-
portante no teu crescimento e, por isso mesmo, na hora de Partir, tu
consegues sentir que chegou o teu momento.
É certo que a IV Secção termina quando o escuteiro perfaz os 25
anos... Mas também é certo de que aqui não se trata tão-somente
de uma questão de idade, ou apenas de ‘largar o Clã’.
A proposta educativa da última secção da AEA envolve um cres-
cimento individual e em grupo, interior e exterior, prático e teórico,
que em mais nenhuma secção é possível de alcançar. O facto de já
te encontrares na idade adulta e em momentos de muitas escolhas
e decisões na tua vida, permite-te aceitar as propostas de cresci-
mento de forma mais ousada, sem medo.
Nas auguras e alegrias do teu Caminho, há sem dúvida cresci-
mento individual e em Clã. Muitas foram as aprendizagens - não
só técnicas ou escutistas, mas - de vida! Agora, é tempo de partir!
Partir é muito mais do que deixar o Clã... é ser validado por ele.
Partir é um acto de maturidade, assumido por ti em plena cons-
ciência.
Partir é mostrar que sim, que se é capaz, que se cresceu e que
está na hora de dar mais aos outros, tal como se recebeu até agora.
Se optares por ficar no movimento terás, certamente, a oportuni-
dade de partilhar com os escuteiros tudo o que aprendeste e viveste;
... mas se optares por sair, terás também, certamente, muitas ou-
tras oportunidades para dar mais de ti! Há toda uma comunidade
à espera do contributo de quem o quer dar. Após esta etapa de
crescimento para a vida, tu, Caminheiro que partes, estás prepa-
rado, disponível e atento a tudo aquilo que te apela a ser mais,
a dar mais, alargando sempre os teus horizontes, como tão bem
aprendeste a fazer na IV Secção.
A resistência a esta Partida pode ocorrer...
É normal, é humano custar-nos deixar algo de que gostamos tanto
e que sempre nos fez tão bem. Mas é nesta ocasião que poderás, mais
urna vez, pôr em prática a tua vivência do despojamento, da noção da
mochila que sempre te acompanha com o mínimo indispensável para
a caminhada e que te permite a despojada mobilidade, da vara que te
relembra a opção da escolha do caminho que tens de fazer, da tenda
que é levantada para logo ser montada noutro lugar.

117
para partir?
q u e es ta s preparado passo!
Achas q u e da r o primeiro
te ns Clã.
És tu que s ta ao Conselho de
ro p o
Faz a tua p

Quando? (situação
u c at iv o s e o Desafio
tivos ed
s os objec
• Terminado e o teu
ideal) ar ad o e achares qu esmo
an do te s entires p re p
to ) es tá terminado (m
• Qu ovimen
Clã (e no m feitos).
percurso no to do s o s objectivos
as
que não te
nh de 25 anos. ti valores
an do at in gi res a idade li da e re c onhece em
• Qu Clã va ro, activo na ais
Conselho de ro Caminhei
• Quando o ve rd ad ei hor e m
it u de s di gn as de u m
p ar a u m mundo mel
e at ntribuir
capaz de co
sociedade,
justo

119
Defeito Como te sentes O que deves fazer
Mas antes de saíres totalmente do Clã para a sociedade tem em IRRITABILIDADE Aborreces-te quando as Obriga-te a sorrir e ri-te da insig-
conta outras responsabilidades que podes ainda não ter vivido, mas coisas te correm mal ou os nificância relativa da irritação.
que inevitavelmente viverás, tais como: outros te dão alfinetadas? «Se tens razão, não precisas de
te irritar. Se a não tens, não po-
A Responsabilidade do Caminheiro des irritar-te».
Lembra-te de que como Caminheiro, além de te tornares melhor
FUMAR Lembra-te de que os rapa- Não fumes, quando estás com
como homem e como cidadão, estás a servir de modelo, quer o saibas
zes te imitam e o fumo lhes eles.
quer não, a rapazes do teu Agrupamento e da vizinhança.
prejudica a saúde.
Têm muito a tendência de, para si, fazerem um ídolo daquele que é
mais velho do que eles e que pela sua personalidade ou por façanha PALAVRAS FEIAS Costumas praguejar em mo- Procura assobiar, e larga o hábito.
que praticou, lhes conquistou a admiração. mentos de irritação, ou usas
E assim é que, sendo Caminheiro ou mais velho entre os teus irmãos palavras indecentes em oca-
mais novos, tens aos ombros uma responsabilidade de que a princípio siões de leviandade?
não dás conta. Podes estar a conduzir muitos rapazes para o bem ou
para o mal, conforme o que tu próprio fazes ou dizes. FROUXIDÃO E FUGA Sentes-te inclinado a deixar Arregaça as mangas e dá o
«Ser bom é coisa nobre - mas é mais nobre ensinar os outros a se- AO TRABALHO o trabalho aos outros? De ver exemplo. «Encara o pior, mas
rem bons - e dá muito menos trabalho»; é o que diz Mark Twain, mas os outros a trabalhar ou a jo- prevê o melhor.» Imita S. Jorge,
gar ou de sentir as dificulda- e mãos à obra.
tenho dúvidas a respeito da última afirmação, visto que o ensino se faz
des antes de elas chegarem?
pelo exemplo pessoal; portanto, é preciso ser cauteloso.
Tem cautela, se não por ti, ao menos por eles. MALEDICÊNCIA Costumas falar dos defeitos Procede na convicção de que
Deve haver no país muitíssimos jovens excelentes que vão sendo dos outros e ver apenas os o pior tem 5% de bom. A graça
arrastados pelas más influências que os cercam, porque nunca viram seus pontos fracos? está em o achar.
o caminho mais desimpedido; não sabem que podem, com um pe-
queno esforço próprio, elevar-se acima do meio e remar a caminho do IMPACIÊNCIA Tens aspirações impossíveis e «Com vagar e jeito se apanha
êxito. E aqui está o teu papel. suspiras pela lua - e maldizes o macaco». Quem teima vence.
Podes traçar o caminho que hão-de seguir, pelo teu procedimento, a tua sorte, quando as coisas «Persiste e vencerás». «A paciên-
em busca da amizade alegre e varonil, vida aprumada e conversa ho- te não correm como queres? cia é o segredo do êxito em qual-
nesta. quer modo de vida».
Fica atento aos teus defeitos (dos quais mostramos alguns exem-
MACAMBÚZIO Falta de sentido do cómico. Como há em tudo geralmente
plos) e procura substituí-los.
5% de bom, também há outros
5% de divertido. O conhecimen-
to deste facto ajuda- nos a ven-
cer muitos incómodos, aliás in-
sanáveis. Ensina os teus rapazes
a rir enquanto trabalham.

ESTREITEZA DE Orgulhas-te de que a tua Olha ao largo e depois olha ain-


VISTAS opinião sobre um problema da mais ao largo
saia certa?

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INTOLERÂNCIA Acaso serás excessivamen- Na Fraternidade escutista desa- maiores, se não o maior de entre todos.
te cioso das prerrogativas parecem todas estas distinções. Como já foi antes dito, a Nação precisa urgentemente de voluntários
da tua classe social, partido Praticai a tolerância - ensinai os ra- para a obra de educação. Além de ler, escrever e contar, há tanta coisa
político ou crença religiosa? pazes a observar os dois aspectos que os rapazes de hoje precisam de saber para triunfarem na vida.
Usa-se muitas vezes o ter- dum problema antes de tomarem
mo para disfarçar a desobe- qualquer decisão sobre ele.
Paternidade
diência, falta de lealdade e
Um dia serás pai (mãe). Terás a responsabilidade de dar ao mundo
de disciplina.
rapazes e raparigas e de lhes dares uma ajuda para começarem a vida
com êxito. Se fracassares neste ponto, ou os deixares ser levados para
INDEPENDÊNCIA O pior defeito da humani- Desenvolva-se o sentimento da a ociosidade e para a miséria serás culpado dum crime nefando. Para
dade, provoca a visão aca- responsabilidade e autodiscipli- outras responsabilidades na vida, como gerir um negócio, manobrar
nhada e contribui para o na no espírito livre de agir pelo uma máquina, ou assentar tijolos, precisa-se de aprendizagem própria.
descontentamento pessoal grupo e não por nós próprios. E no entanto, para esta missão, a maior e de mais responsabilidade, a
e industrial. Exerça-se a abnegação ou seja: de modelar a vida e a felicidade da tua própria prole, não te preparas
primeiro os outros, depois tu. de qualquer modo determinado, mas deixá-la ao acaso.
Olha ao largo.
Por intermédio do Caminheirismo, porém, poderás ter ocasião de
EGOÍSMO realizar, na verdade, alguns dos melhores e mais úteis serviços que um
É geralmente resultado do Torna os outros felizes e serás
feliz tu próprio. Vê o bem do pai pode realizar.
egocentrismo e de se tomar
a vida excessivamente a sério. que possuis, o aspecto divertido Poderás comunicar as aspirações devidas e as actividades sadias que
da vida, o esplendor, maravilhas acabam por ensinar o rapaz a «manobrar a sua canoa» e estarás em
e belezas da Natureza. Afoga a situação de o prevenir da existência dos recifes que lhe surgirão no
ambição pessoal. trajecto.
Se, anos atrás, os homens tivessem sido educados para serem pais,
DESCONTENTAMENTO Permites que as dificulda- Vê o pior, mas olha para o me- que nação diferente teríamos hoje! A massa, e não apenas a minoria,
des ou perigos dum empre- lhor. O optimismo é um tipo de teria sido criada para serem homens de carácter firme, criaturas saudá-
endimento lhe obscureçam coragem que incute confiança veis, que saberiam apreciar a vida, aproveitá-la o melhor possível e co-
as possibilidades? nos outros e leva à vitória
locar o bem dos outros à frente dos seus próprios interesses egoístas.
Olha ao largo e depois olha ain-
da mais ao largo
Reconstrução
PESSIMISMO Orgulhas-te de que a tua Vê o pior, mas olha para o me- Tens perante ti essa esplêndida ocasião de tomar parte activa na re-
opinião sobre um problema lhor. O optimismo é um tipo de construção do país em novas e melhores bases do que nunca. Mas isso
saia certa? coragem que incute confiança só se consegue servindo e não pelas lutas egoístas partidárias.
nos outros e leva à vitória Nós os mais velhos, cremos que ides fazer por ela o que é preciso e
que, esquecendo o vosso caso pessoal, trabalhareis por ela também
SABICHÃO Estás convencido de que Vê o pior, mas olha para o me- com todas as forças.
conheces tudo quanto há lhor. O optimismo é um tipo de A Partida é assim, um passo em frente no teu crescimento pessoal,
no Escutismo desde A a Z? coragem que incute confiança acrescido da necessidade de te despojares da vivência em Clã, a fa-
nos outros e leva à vitória
mília que sempre te acompanhou enquanto Caminheiro, encerrando
Serviço Nobre para Caminheiros um capítulo importante da tua vida e dando espaço para que outros
Entre os diversos géneros de serviço que se lembram, o de ajudar aprendam no teu lugar.
a dirigir Escutas ou Lobitos pode à primeira vista parecer coisa insig-
nificante. Mas quando se examina com atenção, vê-se que é um dos
123
O dia da minha Partida
O dia da minha Pa
rtida
no dia

Fiz a minha Partida no dia ______/______/_____


heiro
Oração do Camin
Em ____________________________________ (local)
Senhor Jesus, s
astes aos homen
Que Vos apresent
ho vivo,
Partiram comigo os seguintes escuteiros:
Como um camin alto,
idade que vem do
Irradiando a clar m pa nheiro,
meu Guia e Co
Dignai-Vos ser o
vida,
Nos caminhos da Emaús;
um di a o Fo st es no caminho de
Como o,
o Vosso Espírit
Iluminai-me com
scobrir
A fim de saber de o;
ss o melhor serviç
O caminho do Vo ris tia ,
com a Euca
E que, alimentado heiros,
todos os Camin
Verdadeiro Pão de ra di çõ es da jornada,
ar da s fa di ga s e das cont
Apes convosco,
har alegremente
Eu possa camin s.
Pai e aos irmão
Em direcção ao
AMEN

125
Relatos na

Relatos
de um Caminheiro
que parte...

127
Relatos
de um Caminheiro
que parte...

129
E Agora? O que levas?

Agora levas a certeza de que percorreste o Bom Caminho.


Não, nem sempre o mais agradável, talvez nem sempre o melhor,
mas é O TEU, aquele que te fez crescer e ser a pessoa que és agora,
fruto das tuas escolhas dia a dia.
Encara com um sorriso que aquilo que tu és foi vivido até agora
em pleno, com momentos de alegria e verdadeira felicidade, na
companhia dos teus amigos - irmãos escolhidos por ti - na tua famí-
lia escutista que te acompanhou em todos os momentos.
Não esqueças que cada Etapa tem uma Meta, mas crescerás se
fizeres de cada Meta uma nova Etapa.
Isso faz do teu caminho o Caminho do Caminheiro - consciente
e presente - aquele que podes continuar a percorrer em toda a Vida
que te aguarda.

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