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A CIDADE NA REGIÃO

Nasce o Planejamento Regional: Edimburgo,


Nova York e Londres (1900-1940)
- A cidade regional foi norte americana.
- O planejamento regional nasceu com Patrick Geddes (1854-1932)
- Devido seu contato com geógrafos franceses, Geddes absorverá o credo do
comunismo anarquista, baseado em livres confederações de regiões autônomas.
- Graças ao seu encontro com Lewis Munford na década de 20, jornalista que
conseguiu dar forma coerente aos seus pensamentos, a filosofia de Geddes passou
a ser difundida e adotada em escalas cada vez maiores.
- Tive influência no New Deal de Franklin Delano Roosevelt, na década de 30, e sobre
o planejamento das capitais da Europa nos anos 40 e 50.
- Mas, nesse processo, seu ideal radical foi abafado e, mais da metade, perdido. Hoje
não vemos em parte alguma sua visão.

GEDDES E A TRADIÇÃO ANARQUISTA


- Seus conceitos básicos foram extraídos dos pais fundadores da geografia francesa,
Eliseé Reclus e Paul Vidal de La Blanche, e de um sociólogo, Frédéric le Play.
- Deles extraiu o conceito de Região Natural: um exemplo é a seção do vale.
- Preferiu estudar a região em sua forma mais pura, longe da sombra da metropole-
gigante, cita ele: "Porém, para um levantamento mais geral e comparativo como o
nosso, são preferíveis os começos mais simples.".
- O planejamento deve começar com o levantamento dos recursos duma determinada
região natural das respostas que o homem dá a ela e das complexidades resultantes
da paisagem cultural: todo seu ensinamento teve seu ápice no método de
levantamento, o qual ele também extraiu de Vidal.
- O estudioso de cidades deve encaminhar seus estudos primeiramente para essas
regiões naturais.
- Para isso, os mapas comuns do planejador não vigoram: é mister começar pelo
grande globo proposto por Reclus, na falta dele, são traçados cortes transversais.
- Somente tal Seção do Vale, nos faz ver com nitidez a zona climática com sua
vegetação e vida animal correspondentes. Se a examinarmos de perto, veremos que
"encontra lugar para todas as ocupações ligadas à natureza"
- "O levantamento precede o plano"
- Para Vidal e Geddes, o estudo regional propiciava o conhecimento de um "ambiente
ativo e vivenciado" que "era a força motriz do desenvolvimento humano".
- Para ambos, a Região era mais que um objeto de levantamento: a ela cabia fornecer
a base para a reconstrução total da vida social e política.
- Recus e Kroportkim eram ambos geógrafos e anarquistas, e baseavam suas ideias
em Pierre-Joseph Proudhon.
- Pierre-JosephProudhon, anarquista francês conhecido por sua declaração
"Propriedade é roubo" . Para ele, a posse individual da propriedade era a garantia
essencial para a existência de uma sociedade livre, desde que ninguém possuísse
em excesso. Só uma tal sociedade poderia fornecer a base para um sistema
descentralizado e não-hierárquico de governo federal.
- Reclus e Kroportkim se encontraram com Geddes mais de uma vez.
- As maiores obras de Reclus expunham pequenas sociedades naturalmente
coletivistas dos povos primitivos, embora vivessem em harmonia com seus
respectivos ambientes, haviam sido destruídas ou desvirtuadas pelo colonialismo.
- Kroportkim desenvolveu a filosofia anarquista e a traduziu para as condições do
início do século XX, viabilizando sua influência sobre Geddes. Seu credo era:
"Comunismo Anarquista, Comunismo sem governo - o Comunismo dos Livres": é
mister que a sociedade se reconstruir q wi própria com base na cooperação entre
indivíduos livres, tal como a que se pode encontrar, na natureza, até mesmo em
sociedades animais; essa, no seu entender, a tendência lógica para a qual estavam
encaminhando as sociedades humanas.
- Kroportkin desenvolveu também uma tese histórica: a de que no século XII havia
ocorrido uma revolução comunista, visto que, na Baixa Idade Média, na cidade cada
divisão era a província de uma guiada individual autogovernada e era, ela propria,
um Estado livre. No século XVI, essas realizações foram varridas pelo Estado
centralizado. A razão estava no imperativo tecnológico: novas fontes de energia,
hidráulicas e sobretudo elétricas.
- Um dos maiores insights que Geddes emprestou de Kroporkin: em 1899, após ler a
primeira edição de fields, factories and workshops, havia ele batizado a nova era de
descentralização industrial de era "neotecnica" e, no ano seguinte, teria usado os
termos "paleotecnico" e "neotecnico". Escreveu: "Podemos distinguir como
Paleotécnico os elementos mais primeiros e rudes da Era Industrial, e como
Neotecnico os elementos mais recentes e amiúde ainda incipientes que daqueles se
destacam." Só que nessa nova era "aplicariamos nosso talento construtivo, nossas
energias vitais na conservação pública e não na dissipação privada dos recursos,
ena evolução e não na destruição de vidas alheias".
- Posicionamento de Geddes: a sociedade tinha de ser reconstruídajao através de
medidas governamentais violentas como a abolição da propriedade privada, mas
mediante esforços de milhões de indivíduos, a "ordem neotecnica" significava "a
criação, de cidade em cidade, de região em região, de uma Eutopia".
- Em 1915, Geddes no seu livro Cidades em Evolução, chamou atenção às novas
tecnologias neotécnicas e que elas estavam fazendo com que as grandes cidades
se dispersassem e, consequentemente, se conglomerassem. Introduz o termo
conurbação.
- Problemas desses municípios em expansão: eram resultados da velha ordem
paleotécnica que desperdiçava recursos e energias, diminuía a qualidade de vida e
produzia efeitos como o desemprego e subemprego. O primeiro passo era trazer o
campo a cidade, assim, a população citadina cresceria em meio a paisagens e
aromas campestres. Geddes tinha em mente um nível de região-município.
- Nos anos 80, não era tão radical dizer que a geografia era a base essencial do
planejamento, mas em 1915 era revolucionário.
- O problema revolucionário estava no seu teor quintessencialmente incoerente.

A REGIONAL PLANNING ASSOCIATION OF


AMERICA (RPAA)
- Surgimento do RPAA: Mumford, em 1922, redigiu “As Civilizações-Jardim preparam-
se para uma nova Época” sobre a descentralização industrial e as cidades-jardim.
Com uma associação de Mumford, Stein, Benton MacKaye e Charles Harris
Whitaker, surgiu o RPAA. Teve no máximo 21 membros e sua sede, principalmente,
foi em Nova York.
- Tinham um programa de cinco itens:
- Criação de cidades-jardim dentro de um esquema regional.
- Desenvolvimento de relações com os planejadores britânicos, sobretudo com
Geddes.
- Desenvolvimento de projetos e esquemas regionais para promover a Trilha
Apalachiana.
- Colaboração com o comitê do AIA sobre Planejamento Comunitário para
propagar o regionalismo.
- Levantamentos de áreas-chaves.
- Tiveram sua primeira grande oportunidade no The Survey (revista prestigiada). Seu
número foi concebido por MacKaye, e realizado e editado por Mumford. Esgotado
por 50 anos, foi reimpresso por Carl Sussman em seu livro Planning The Fourth
Migration, e permanece como o manifesto definitivo do grupo.
- A mensagem de Geddes finalmente seria compreendida e o artigo de abertura, The
Fourth Migration, falava de duas Américas:
- América da fixação: das costas e planícies urbanizadas por volta de 1850.
- América das migrações:
- Primeira migração: Desbravou o Oeste da Alegânia e abriu o
continente.
- Segunda migração: forjou sobre essa textura um novo modelo de
fábrica, ferrovias e sujas cidades industriais.
- Terceira migração: Fluxo de homens e materiais-dirigido para os
centros financeiros, as cidades onde edifícios e lucros se lançam para
o alto em desenfreadas pirâmides.
- Quarta migração: novo período, baseado na revolução tecnológica
ocorrida nos últimos trinta anos - revolução que tornou o atual
esquema de cidades e a atual distribuição populacional inadequados
para as novas oportunidades se apresentarem
- Diferente das outras três migrações, a quarta podem orientar.
- Clarence Stein, no artigo seguinte, retoma Mumford: Sem que a maioria dos
moradores soubesse, as novas tecnologias estavam transformando as cidades em
“cidades-dinossauros”, se esfacelando sob o peso da superpopulação, da
ineficiência e do custo da escala social, se tornando locais menos lógicos para a
implantação da indústria.
- Com argumentos de Stuart Chase, economista do grupo, houve uma mudança de
argumentos: É preciso não apenas acompanhar a maré montante dessa informação
tecnológica, como alegavam Mumford e Stein, mas intervir a fim de corrigir as
ineficiências mais grosseiras do sistema. Um Plano Nacional envolveria regiões
delimitadas com base em cidades geográficas naturais .
- Planejamento Regional de comunidades eliminaria comercialização nacional
antieconômica, eliminaria a superpopulação urbana e desperdícios terminais.
- Planejamento Regional vê o povo, a indústria e a terra como uma única unidade.
- A tecnologia Neotécnica pode ser o meio para atingir não apenas uma maior
eficiência da máquina, mas também na qualidade de vida mais completa, em cada
ponto da região.
- Aqui entra Howard, pois se o planejamento regional fornece o arcabouço, a cidade-
jardim provê o objetivo cívico. Isso significava “mudança de meta tanto quanto
mudança de lugar”
- Tema americano: Planejamento regional como conservação.
- Esse tema americano é retomado no artigo “The new Exploration” por Benton. Num
dos níveis é puro Geddes: longos cortes transversais através de seções de vale em
diferentes escalas.
- Para Somerset existe planejamento baseado em “cultura de florestas contra a
extração de florestas”, só isso manteria o Vale do Somerset verdadeiramente
colonizado.
- Em um brusco contraste ideológico, aviões regionalistas sulistas agrupados em
torno de Howard Odum, com sua ênfase na descentralização da riqueza e do poder
e numa recuperação equilibrada do rico legado regional de recursos naturais mais
explorados.
- Mackaye Faz uma exclamação sobre sua maneira de interpretar a filosofia do RPAA,
e, nesse texto, desenvolveu a noção de duas Américas:
- América Nativa: Mistura da primeva com a colonial.
- American Metropolitana: Mistura da Urbana com industrial, de amplitude
mundial.
- Cabe ao planejador regional a tarefa de reconstruir e conservar com esmero o
ambiente daquela América Nativa mais antiga. Contudo, tinha o desafio do contato
entre América metropolitana e América Nativa.
- A questão para o planejamento Regional era: Que tipo de barragem construir a fim
de manter nosso dilúvio em xeque? A resposta de MacKaye foi: Aproveitar nossa
tecnologia, mas ao mesmo tempo controlar seu impacto sobre o ambiente natural.
- Um ambiente Metropolitano iria se ampliar através das autovias, e no espaço
intermédio, as áreas colinosas seriam mantidas como “área selvagem”, servindo ao
duplo propósito de parque florestal e recreio público, e através dela sistema de
caminhos franqueados ao tráfego, funcionaria como um conjunto de freios para o
dilúvio Metropolitano.
- Não faltariam edifícios, os quais seriam reunidos mediante um bom planejamento.
- Autoestrada sem cidade:Uma via de acesso ilimitado ao redor de bosta, com postos
de gasolina instalados sem intervalos, mas sem colocar outro acesso.
- Na prática, os mapas e tabelas de Henry Wright feitas para a Comissão de
Planejamento Regional e Habitacional mostram:
- Época I (1840-1880): Atividade e Intercurso de Amplitude Estadual.
- Época II (1880-1920): População se concentra ao longo da principal linha de
transporte.
- Época III: Vemos o possível estado do futuro, onde cada parte está a serviço
de sua função lógica, dando suporte à atividade saudável e à vida prazerosa.
- Ampliando “uma seção ideal”, prova ser do diagrama de Geddes.
- Pouca coisa disso se concretizou na América de 1920.
- RPAA conseguiu colocar em órbita duas comunidades experimentais.

RPAA VERSUS PLANO REGIONAL DE NOVA


YORK
- Encontrou um inimigo imprevisto: Thomas Adams (1871-1940), um dos pais
fundadores do planejamento urbano britânico, e quatro anos antes da fundação do
RPAA, enfatizara a importância da direção e o controle do crescimento em curso
dentro dos distritos rurais e semi-rurais onde as novas indústrias estão se
estabelecendo, alegando que nenhum esquema de planejamento urbano poderá ser
satisfatório se não for preparado levando em conta o desenvolvimento regional que
circunda o município.
- Adams foi escalonado para fazer o levantamento e plano para toda a região de Nova
York.
- Adams era planejador para homens de negócios, o Plano Regional devia ser, não
uma prescrição revolucionária, mas um conjuntos de controles brandos sobre os
abusos do mercado, em favor da eficiência; além de incluir algumas coisas
inquestionavelmente boas, tais como novas estradas, parque e praias.
- Filosofia de Adams e seu grupo: A forma da região estaria fixada em definitivo,
admitindo apenas modificações incrementais e marginais. Isso se expressa em:
reorientar centralização.
- Recentralização do comércio e indústrias em subcentros dentro da região, para
aliviar a sobrecarga populacional.
- Erro de Adams: Assunção de que a região ainda iria crescer junto com a falta de
proposta para dizer onde essa gente de sobra iria.
- Objetivo básico: evacuar e descentralizar Nova York o suficiente para que continue
funcionando nos moldes tradicionais.
- Mumford condenou o plano de Adams, algumas das razões foram: Arcabouço
espacial extremamente estreito, aceitava o crescimento sem levar em conta o
potencial do planejamento de influenciá-lo, permitia o adensamento das áreas
centrais, rejeitava o princípio da casa popular condenando o pobre a morar
pobremente, e etc.
- Paradoxo: Adams ainda acreditava que Nova York era grande demais e que do
ponto de vista econômico, deveriam levar o máximo de gente e indústrias pata fora
de suas áreas centrais e, na medida do possível, para dentro de cidades-jardins.
- Plano de Nova York foi para frente.
O PLANEJAMENTO NEW DEAL
- 1933: Franklin Roosevelt era empossado do cargo de presidente e começava o New
Deal.
- Comprometido com ideais emparelhados as puras linhas do RPAA.
- Queria estabelecer um plano baseado no "planejamento cooperativo em prol do bem
comum".
- Roosevelt empurrou goela a baixo um Projeto para Obras Públicas: destinou 25
milhões ao ressentimento do trabalhador no campo, para que assegurassem com
boa terra os empregos permanentes que haviam perdido nos municípios e cidades
industriais superpovoadas.
- Mas a política New Deal significou um papelório sem fim.
- A Junta do Planejamento Nacional (1933-1943) durou exatamente 10 anos, mas
difícil acharmos algo concretizado.
- Objetivo era: aliviar as áreas centrais do excesso de população a fim de criar um
modelo urbano mais descentralizado.

A TVA
- Para toda essa papelada, houve o contrapeso de uma realização concreta: a
Tennesse Valley Authority, o mais importante empreendimento do New Deal é
concretização das ideias mais radicais da RPAA.
- Melhorava a navegação, desenvolveria um programa energético, controlava
enchentes, e Roosevelt puxou todas essas linhas juntas com noções de
planejamento rural e desenvolvimento regional.
- A geografia assegurava a TVA a certeza de constituir-se um exemplo incomum de
planejamento regional para bacia hidrográfica: cumpria melhorar suas condições de
vida mediante a construção de barragens com finalidades múltiplas em torno das
quais uma série de programas desenvolveria os recursos naturais da região.
- Logo, isso foi posto de lado. Para a junta da TVA, Roosevelt designou 3 membros
completamente incompatíveis, foram eles: A. E. Morgan, David Lilienthal e Harcourt
A. Morgan. Com cinco meses, já condenaram as excentricidades do grandioso
plano do presidente.
- As responsabilidades foram divididas: Lilienthal, com o desenvolvimento da energia
elétrica; H. A. Morgan, com o trabalho de extensão agrícola.
- Em 1938, FDR demitiu Morgan.
- TVA apresentava-se como defensora das instituições e interesses locais.
- TVA posicionava-se contra a ideologia dos fundamentalistas rurais na Universidade
Vanderbilt. Seus membros partilhavam com a RPAA a ideia de que migração
populacional do campo para a cidade deveria ser retardada e até mesmo revertida; e
aparecera FDR para ficar do lado deles.
- Por volta de 1944, já era a maior produtora de energia elétrica dos Estados Unidos.
- Mas do planejamento regional não ficará mais do que um imperceptível resíduo:
urbanização comunitária, serviços de saúde e educação receberam uma fatia
minúscula do orçamento total.
- A América - mesmo América do New Deal - não estava politicamente preparada
para essa visão.

A VISÃO FAZ-SE REALIDADE


- Os ideais de Mumford, Stein, Chase e MacKaye teve seus efeitos nas capitais da
Europa, e coube a Londres dar o exemplo.
- Leslie Patrick Abercrombie (1879-1957) tomou a si a coragem de demonstrar a tese
geddesiana, provando que, na era neotécnica, até mesmo a indústria paleotécnica
poderia ser absorvida pela paisagem.
- A preocupação: limitar o alastramento suburbano.
- Tanto os planos de Adams quanto os de Abercrombie procuravam exercer controle
por meio do zoneamento rural, ou seja, da densidade muito baixa.
- Esses planos poderiam ter até mesmo menos eficácia que os de Adams: Inglaterra
não era um mundo de negócios como Nova York.
- Os planos mais radicais da RPAA só poderia tomar forma se, por lei, o governo
britânico conferirem poderes abrangentes para planejar toda uma região, incluindo a
autorização para deter o alastramento urbano.
- Em 1927, Neville Chamberlain, com sua posição de ministro da Saúde, incentivou o
planejamento regional mediante a criação de um Comitê de Planejamento Regional
para a grande Londres.
- Relatório preliminar de 1929: completa reversão no sistema de planejamento
vigente: ao invés de órgão planejadores tentarem reservar lotes de terra para áreas
livres, passariam a demarcar determinadas áreas para construção, tendo como
pressuposto que todas as remanescentes fossem reservadas como espaços livres:
cidades com áreas livres como pano de fundo.
- Unwin, nesse meio tempo, expunha seu pensamento sobre o planejamento regional
em 1930: Os esquemas de planejamento regional deveriam ser utilizados sem
privilegiar as autoridades locais da liberdade de elaborarem esquemas de
planejamento urbano para as suas próprias áreas. O objetivo do plano é assegurar a
melhor distribuição das moradias, do trabalho e dos locais de recreio da população.
- Mas hoje em dia "toda terra é, potencialmente, terra de construção"; qualquer
pessoa poderia construir em qualquer lugar, e assim, a construção desordenada e a
urbanização por faixas iriam continuar.
- Nada aconteceu. Em 1933, o relatório do comitê foi parar na geladeira devido os
cortes nas despesas do governo.
- Comissão Barlow: Londres viveria o que Osborn chama de "descentralização
simbólica", restrita a pouco mais um milhão de pessoas.
- Plano do Condado: Insistência nos métodos de levantamento geddesiano,
combinação do princípio da unidade de vizinhança, de Perry, com a hierarquia viária
de Stein e Wright, afim de criar uma nova ordem espacial em Londres. Nesse, não
apenas resolve problemas de congestionamento de tráfego, mas também dá
definição e forma às comunidades reconstruidas. Criou uma Londres celular: a nova
ordem tinha de ser implicitamente orgânica.
- Ao passar do Plano do Condado para o Plano Grande Londres, Abercrombie
mantém a mesma estrutura orgânica, com a base feita de anéis concêntricos
indicando a intensidade decrescente de população e atividade: o interno, o externo
ou suburbano, o Cinturão Verde e a Periferia Rural. Em seguida, de novo, eis que
cada um desses círculos aparece definido por um anel viário:
- Anel Nuclear A: circunda a área central.
- Anel Arterial B: define o perímetro urbano londrino.
- Anel C: atravessa subúrbios.
- Anel Arterial D: circunda os subúrbios.
- Anel-parkway E: constitui a figura central do cinturão verde e ajuda a definir o
começo do Anel periférico.
- Eis o espaço livre novamente como espaço estruturador.
- Haveria um grande cinturão verde ao redor da cidade Londrina, mas teria de haver
também cintas verdes menores para as comunidades isoladas, antigas e novas.
- Seriam oito novas cidades, a estrutura orgânica seria mantida, mas do avesso: ao
invés de autoestradas e estreitos parques, o elemento básico seria o fundo verde, de
modo que as comunidades isoladas apareceriam como ilhas de urbanização.
- Os métodos políticos foram rapidamente assimilados.
- A Lei das Novas Cidades foi aprovada em 1946, com suas localizações fixadas em
1949 e sendo finalizadas na década de 60.
- O plano Abercombrie provou ser adaptável quando foi absorvido para outras
cidades.
- Concretizava-se, finalmente, a visão de RPAA.
- É evidente que muita coisa da visão dos pioneiros se mantém: as novas cidades
apresentam-se inquestionavelmente como bons lugares pata viver e, sobretudo,
onde crescer.
- O resultado não é tão rico: uma boa vida, mas não uma nova civilização.

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