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FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E POLÍTICAS CURSO DE

ADMINISTRAÇÃO

ÉDIPO MOISÉS AMÂNCIO DA SILVA

OS PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTADOS POR ALUNOS


EMPREENDEDORES

RONDONÓPOLIS - MT 2023
1. Introdução
O estudo acerca do empreendedorismo e da vontade de empreender é
complexo e extrema valia, afinal, entender as motivações e influências por trás dos
mesmos,bem como os empecilhos diários enfrentados por empreendedores, é,
também, entender o porquê dessas dificuldades, além de tentar descobrir caminhos
para desmistificá-los e facilitar a vida do aluno empreendedor, principalmente. Para
aqueles que decidiram empreender, a cada dia encontra-se um novo desafio; e o
objetivo central de estudar a motivação em empreender e as barreiras existentes, é
melhorar o caminho do aluno e individuo empreendedor, desde questões dentro do
próprio negócio, à falta de motivação e desânimo que podem ser refletido dentro da
sala de aula.
Como empreendedor, a convivência com esse tipo de situação se tornou algo
rotineiro, mas que não deixa de incomodar e gerar indagações a respeito daquilo
que causa o desconforto e desânimo. Como também aluno, o ato de empreender
fica ainda mais difícil, tanto para conciliar atividades, como também por falta de
motivação e/ou cansaço.
Unindo vários artigos a respeito do tema, e pesquisando em revistas
científicas,bem como em livros sobre o tema,algumas questões ainda continuam
intrigantes . É reconhecido que fatores psicológicos podem afetar o ato de
empreender; indivíduos com limitações psicoemocionais, principalmente, enfrentam
ainda mais barreiras para empreender, e ainda existe uma falta de conteúdo e busca
para encontrar explicações dentro do âmbito psicossocial sendo sugerido ainda
muitos estudos acerca do assunto. Afinal, por que pensamentos negativos podem
existir dentro do nosso negócio? Por que indivíduos reagem de maneiras diferentes
frente a situações muito semelhantes? Por que existem aqueles que são mais
persistentes que outros? Qual o peso da personalidade e crença de cada um dentro
da própria realidade?
De qualquer modo, a própria iniciativa dessa pesquisa já é um avanço, pois
mostra a preocupação em compreender o ato do empreendendorismo, tanto para
quem empreende, como para quem consome, pois não existe trabalho se não para
servir o outro, e, no fechamento da conta, a sociedade e o Estado recebem com
resultados desse processo. E além dessa contribuição direta para com a sociedade,
àqueles que estudam o assunto, o estudo realizado fornece uma base sólida a
respeito das dificuldades enfrentadas por essa parcela empreendedora, e ainda
traz questionamentos sobre os porquês e como diminuir esses desafios,analisando
o posicionamento adotado por parte das universidades, por exemplo, do porquê não
existir vontade de empreender em determinados alunos, e como as mesmas tem ou
não provocado isso nos discentes; afinal, isso não só geraria retorno para a
sociedade, como também traria cada vez mais visibilidade para as universidades,
possibilitando, assim, talvez até maiores investimentos e recursos.
Dessa forma, e reiterando a proposta de estudo, a análise dessa causa busca
entender as dificuldades enfrentadas por estudantes empreendedores, bem como
suas raízes,e causadores, sempre questionando como instituições, sociedade e
governo ou o ambiente onde estão inseridos podem contribuir o não no
desenvolvimento de indivíduos com possíveis perfis empreendedores.
2. Referencial teórico
A preocupação com o ato de empreender começou a existir desde o início da
Administração como ciência, como objeto de estudo; e no âmbito universitário, David
McClelland e (FILLION,1986) , por exemplo, priorizaram a busca por identificar o
que as universidades estavam fazendo a respeito do empreendedorismo, como elas
incentivavam (caso elas incentivassem), como isso era disseminado pelas
faculdades, que efeito essa busca gerava nos alunos e professores, e, caso não
houvesse efeito algum, por que isso ocorria e qual era a causa desse desânimo e
falta de motivação.
Quanto aos universitários propriamente ditos, alguns possuem,
intrinsecamente,algumas características de um perfil empreendedor, e isso é
observado não através de notas, facilidade de aprendizado, ou mensurado por
apresentação de trabalhos, por exemplo,mas principalmente através de
comportamentos, tomada de decisão e comunicação. Neste aspecto, podemos
destacar o estudo de (KRÜGER,2019), utilizando de Icek Azjen como referência,
para analisar quais intenções empreendedores seriam essas, qual era o poder da
atitude pessoal de cada indivíduo, e que relação esse perfil empreendedor teria com
o aprendizado de cada um.
No que tange às características empreendedoras propriamente ditas ZARELLI e et
al.(2021) citam a persistência, o comprometimento e a iniciativa como características
fundamentais daquele que empreende, afirmando que isso é um diferencial do perfil
empreendedor.
Algo de muita relevância estudado por (MCCLELLAND,1976),
fundamentalmente preocupado nas motivações que resultam o perfil empreendedor,
foram os discursos realizados acerca do ambiente e de seu poder de influência na
vida e nos negócios do empreendedor. Segundo seus estudos e complementos, o
ambiente não só é um forte influenciador dos negócios de determinado indivíduo,
como pode, também, determinar seus negócios. Além disso, o ambiente consegue,
sobretudo, influenciar nossas escolhas, nosso poder de decisão, e as análises
realizadas quanto a este relacionamento do indivíduo com o ambiente, puderam nos
fornecer base teórica para identificar fatores presentes no cotidiano dos
universitários que influenciam suas decisões e comportamentos.
Pautando-se da Teoria do Comportamento Planejado (AJZEN,1991),
questionamentos foram levantados na tentativa de comprovar sua validade, através
de questionários e roteiros de questões abertas. Por meio dessa análise, foi possível
interpretar o processo de tomada de decisões, e entender os fatores que geram
determinados comportamentos e/ou ações.
Um tema bastante abordado dentre a seleção de artigos, foi a motivação por trás de
empresas Junior em se estabelecer economicamente em nossa sociedade. Nesse
estudo, realizado principalmente por RABÊLO e et al. (2015), o empreendedorismo
foi categorizado como algo multifacetado, onde todos os aspectos (principalmente
sociais) podem afetar/influenciar o ato de empreender.
Questões psicológicas, questões sociais, questões econômicas, políticas
públicas vigentes, questões culturais e hábitos enraizados, por exemplo, são fatores
com alto teor de influência sobre a tomada de decisão por parte do empreendedor.
Por natureza, o ser humano tem tendência a julgar situações cotidianas através de
experiências passadas e criação;desse modo, a tomada de decisão por parte do
empreendedor não fica de fora dessa realidade, empreendedores também podem
fazer escolhas através de experiências prévias.
Nas universidades, o resultado principal obtido dentre várias análises, foi a
falta de incetivo por parte das direções.Por “falta de incetivo”não sobre a falta de
ideias ou de palavras positivas, mas sim de eventos, de ideias fora do papel, de
verbas destinadas a realização de projetos, de atividades extracurriculares,da
participação efetiva de docentes e discentes na realidade dessas universidades,
entre outros fatores.
Uma coisa é falar para que os estudantes façam algo (mandar,
resumidamente), outra coisa é orientar, auxiliar, informar, instruir, ajudar
financeiramente caso necessário, instigar, entre outros aspectos que fomentam a
realização de eventos que, como consequência, podem favorecer a universidade e a
sociedade. Não é à toa que a realidade que os estudos nos trazem, é de uma
comunidade universitária rica em ideias e em potencial empreendedor, mas que não
faz, não age, não gera.
É necessário que as Universidades criem mais programas, destinem mais
verbas, criem mais simpósios, estimulem os alunos; é preciso que haja um corpo
docente responsável, preocupado, também estimulado, responsável e cheio de
ideias. É necessário que o Estado enxergue o potencial desses estudantes, e que o
futuro da sociedade, da nação,em muitas vezes estará nas mãos destes alunos, por
isso deve haver uma preocupação para com aqueles que irão gerir tudo isso
futuramente.
A principal demanda por parte dos alunos, principalmente para os alunos que
empreendem, é uma educação não somente eficiente, mas eficaz, que se preocupa
em contribuir com padrões que possam estimular a busca de pontenciais perfis
empreendedores, e, mais que isso, propõe empreendimentos e auxilia nessa
conquista.
Esse estudo é destinado a um público preocupado em compreender as
condições empreendedoras de universidade como a UFR (Universidade Federal de
Rondonópolis), por exemplo, que ainda não tem todas as respotas conhecidas sobre
o tema, que enfrentam centenas de dificuldades diariamente, que não recebem
tantos recursos destinados a atividades socioculturais e eventos empreendedores.
Todas observações realizada buscam alternativas de empreendimento, busca
compreender a relação universidade – governo e aluno frente ao
empreendedorismo.
É cada vez mais visível que não existe um único caminho para empreender,
que não há um único desafio pela frente, ou que todos os desafios serão iguais; não
existe um único modelo de produção, de difusão e de comércio, e por isso devemos
nos preocupar frequentemente em não só acompanhar a demanda da sociedade,
mas também em estimular e investir em futuros potenciais negócios.

Artigos do Top 10 Principais Principais autores


Contribuições/ citados
Conceitos
BRANTS, J. B.; Características DOLABELA, F. C. (1999),
OLIVEIRA, C. M.; comportamentais de DRUCKER, P. F. (1987),
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Fernando
A (2006)
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ZONATTO, V. C. S.; empreendedores e Rausch, R. B.
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(2021) (2000)
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M. A. C. (2022) Grohmann, Löber &
Minello (2017), Sousa,
Fontenele, Silva e
Souza Filho (2019)
BARBOSA, F. L. S.; Experiências reais de Almeida, G. O.(2013),
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MOREIRA, R. N.; bagagem
BIZARRIA, F. P. A. A. P.; Inácio Júnior, E.
empreendedora em (2002), Hisrich, R. D.;
(2015) Peters, M. P.;
empresas
Shepherd, D. A. (2009)
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LABIAK JUNIOR, S. pelo desenvolvimento DORION, ECE; MECA,
(2021) MS; ECKERT, MG
(2013),
DORNELAS, JCA (2004),
ADEKIYA, AA; IBRAHIM,
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(2016)
SANTOS, F. F. D.; Análise de potencial Dornelas (2000), Brito, B.
SOUSA, M. A. empreendedor naqueles A. (2018), Fontenele, R.
E. S. (2015),
B.; SANTOS, H. N. D.; que não Hecke, A. P. (2011)
RIBEIRO, buscam empreender
S. P.(2021)
BUSSLER, N. R. C.; Empreendedorismo nas Cardoso (2013), Ferreira
STOROPOLI, universidades e (2014),
disseminação de
J. E.; MARTENS, C. D. Lockett (2005), Serra
informações e
P.; (2018)
conhecimento
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IIZUKA, E. S.; MORAES, Ferramenta de Antonello (2005), Correia
G. H. S. M (2014) mensuração do perfil e Santos (2010), Souza E.
potencial empreendedor C. L. (2006)
do
universitário
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BÜRGER, R. E.; empreendedor Dolabela (2013),
KRÜGER, C.(2017) Schumpeter (1985),
Balconi, S. B.
(2016)
SILVA, C. F.; RAMOS Tendências emergentes e Aldridge, T. T. &
FILHO, A. C.; RENAULT, importância da Audrerch, D. (2017),
T. B.; FONSECA, participação externa nas Creswell, J. W. (2014),
M. V. A.; YATES, S. atividades Lewin, C., & Somekh, B.
(2021) empreendedores de uma (2017), Fontanella, B. J.
universidade B., Luchesi, B. M., Saidel,
M. G. B., Ricas, J.,
Turato, E. R., & Melo, D.
G. (2011)
3. Procedimentos Metodológicos
Essa etapa é fundamental para a realização efetiva da pesquisa, por determinar a
orientação, o procedimento e técnicas que serão adotadas durante a execução
desse trabalho.
Dito isso, podemos afirmar que as análises serão feitas, principalmente, através de
pesquisas no estilo roteiro de entrevistas disponibilizados a comunidade
acadêmica,como público alvo os estudantes do curso de Administração, sempre
sendo o mais transparente possível.
O trabalho em questão será realizado pelo meio de pesquisa qualitativa, por meio de
pesquisas prévias e referencial teórico. Além disso, análises documentais poderão
ser feitas, para que, dessa forma, haja precisão e propriedade durante todo o
assunto abordado no estudo.
Simplificamente, a pesquisa se dará por meio da definição do tema, o objetivo
central (que aqui temos como os desafios de empreender), em seguida, encontra-se
o problema de pesquisa, cujo tema neste trabalho diz respeito aos desafios
enfrentados por alunos empreendedores, e definir objetivos gerais.
Após esse alinhamento, objetivos específicos são traçados, o referencial teórico é
estabelecido e a coleta de dados é realizada. Então, com os dados já obtidos e
categorizados,nos preocuparemos em analisar tais dados, a fim de filtrar aquilo
diretamente ligado ao tema no estudo, e, enfim, apresentar tais resultados.
Esquematizando a estrutura dessa pesquisa, temos:

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