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CRAAM - Centro de Rádio Astronomia e Astrofı́sica Mackenzie

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E


APLICAÇÕES GEOESPACIAIS

Fı́sica Solar

Adriana Valio

Lista de Exercı́cios I

Deysi Veronica Cornejo Espinoza

1
Lista de Exercı́cios I

1. Lei de Planck: A funçao de Planck é utilizada para cálculo da radiação


térmica de um corpo.

a.- Deduza-a:
2hc2
Bλ (T ) = hc (1)
λ5 (e κλT − 1)
ou
2hν 3
Bν (T ) = hν (2)
c2 (e κT − 1)
onde h = 6, 62 × 10−27 erg sec é a constante de Planck, K = 1, 38 ×
10−16 erg/K é a constante de Boltzman, c = 2.998 × 1010 cm/seg é a
velocidade da luz. T é a temperatura dada em K, e λ é comprimento
de onda, em cm.
Solução:

A única falha na derivação da lei de Rayleigh-Jeans é a suposição


clássica de que cada modo de radiação pode ter qualquer energia E.
Por tanto, uma distribução de probabilidade continua de Boltzman é
dada pela:

E
P (E) ∝ exp(− ) (3)
κT
Então implica uma energia m´edia por modo:
R∞
EP (E)dE
< E >= R0 ∞ = κT (4)
0
P (E)dE

Planck postulou que possı́veis modo de energia não são continuamente


distribuidos, mas sim que eles são quantificados e deve satisfazer:

E = nhν (5)

2
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

sendo n = 1, 2, 3,.... o número de fótons, em aquele modo é h e


constante de Planck. Então:

nhν
P (E) = P (nhν) ∝ exp(− ) (6)
κT
Por tanto energia média por modo pode ser calculada como:

nhν
P∞
nhν P (nhν) n=0 nhν exp(− κT )
< E >= P∞ = ∞ nhν
(7)
n=0 P (nhν)
P
n=0 exp(− κT )

1
Asumendo que χ = κT
:
P∞
n=0 nhν exp(−χnhν)
< E >= P ∞ (8)
n=0 exp(−χnhν)

considerando:

d X
− (ln( exp(−χnhν))) (9)
dx n=0

Derivando a equação da cima


∞ ∞
d X 1 d X
− [ln( exp(−χnhν))] = P∞ ( exp(−χnhν))
dx n=0 n=0 exp(−χnhν) dx n=0
∞ P∞ nhν
d n=0 nhν exp(− κT )
X
− [ln( exp(−χnhν))] = P ∞ nhν
dx n=0 n=0 exp(− κT )

Por tanto: ∞
d X
< E >= − [ln( exp(−χnhν))] (10)
dx n=0

expandiendo a soma:

X
exp(−χnhν) = 1 + [exp(−χnhν)] + [exp(−χnhν)]−2 + ... (11)
n=0

portanto, ele tem a forma: 1 + a + a2 + ... = (1 − a)−1 .


assim ∞
X
exp(−χnhν) = [1 − exp(−χhν)]−1 (12)
n=0

então

3
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

d
< E >= − [ln(1 − exp(−χhν))]−1
dx

< E >= −[1 − exp(−χhν)](−1)[1 − exp(−χhν)]−2 [hν exp(−χhν)]

[1 − exp(−χhν)]
< E >= hν exp(−χhν)
[1 − exp(−χhν)]2

hν exp(−χhν)
< E >=
(1 − exp(−χhν))

hν exp(−χhν) exp(χhν)
< E >= 1
(1 − exp(χhν) ) exp(χhν)


< E >=
(exp(χhν) − 1)
1
sustituendo χ = κT
:


< E >= hν
(13)
exp( κT − 1)

Ahora, consideramos a energia por ângulo sólido por volume por frequência
é o produto de < E > a densidade da estados. No entanto, a equação
de cima pode ser escrita em termos de µν (Ω), portanto, a densidade
de energia por unidade de ângulo solido:

2ν 2 hν
µν (Ω) dV dν dΩ = ( 3 )[ hν
]dV dν dΩ
c exp( κT )−1
2hν 3 1
µν (Ω) = ( 3
)[ hν
] (14)
c exp( κT ) − 1

De a equação (1.6) de Rybicki & Lightman, temos a relação entre


µν (Ω) e Iν :

µν (Ω) = (15)
c

4
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

sendo Iν = Bν , portanto

Bν = c µν (Ω)
3
2hν 1
Bν = c( 3 ) ( hν
)
c exp( κT ) − 1
2hν 3 1
Bν = 2 ( hν
) (16)
c exp( κT ) − 1

c
como ν = λ
=⇒ dν = − cdλ
λ2

Bν (T )dν = −Bλdλ
ν2
Bλ (ν, T ) = Bν(ν,T )
c
2
2hc 1
Bλ = 5 ( hc
) (17)
λ exp( κT λ ) − 1

b.- Deduza a Lei de Stefan-Boltzman que diz que a energı́a total irra-
diada, por unidade de área superficial e por unidade de tempo, por
um corpo negro, é diretamente proporcional à quarta potência da sua
temperatura termodinâmica T. A constante de proporcionalidade é a
constante de Stefan, dada por σ = 5, 67 × 10−8 W/m2 K 4 .

Solução:

Integrando a equação de Planck (eq. 16) ao longo de todo frequencia


tem:

Z ∞
B(T ) = Bν (T )dν (18)
0
2hν 3
Z ∞
1
B(T ) = ( hν
)dν
0 c2 exp( κT )

sendo Φ ≡ κT


2h κT Φ 3 1 κT
Z
B(T ) = 2
( ) ( )( )dΦ
0 c h exp(Φ) − 1 h
como:
1 exp(−Φ) 1
= = exp(−Φ)( ) (19)
exp(Φ) − 1 1 − exp(−Φ) 1 − exp(−Φ)

5
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

a expansão em termos da série infinita



X
z m = 1 + z + z 2 + z 3 + ......
m=0

X
z m = 1 + z(1 + z + z 2 + ....)
m=0

X ∞
X
m
z =1+z zm
m=0 m=0

X 1
= (20)
m=0
1−z

então

1 −Φ
X
=e e−mΦ = e−Φ + e−2Φ + e−3Φ + ... (21)
eΦ − 1 m=0

e integrando


Φ3 dΦ ∞
Z Z X
= Φ3 ( e−mΦ )dΦ
0 eΦ − 1 0 m=1
∞ 3 ∞ ∞ ∞
Φ dΦ
Z Z Z Z
= Φ3 e−mΦ dΦ + Φ2 e−mΦ dΦ + Φe−mΦ dΦ
0 eΦ − 1 0 0 0
(22)


Φ3 Φ3 e−mΦ ∞ ∞
3Φ2 e−mΦ 3 ∞
Z Z Z
A= dΦ = | − dΦ = Φ2 e−mΦ dΦ
0 e−mΦ −m 0 0 −m m 0

Φ2 e−mΦ ∞

Φ2 ∞
2Φe−mΦ 2 ∞ −mΦ
Z Z Z
B= |0 − dΦ = dΦ = Φe dΦ
0 −m e−mΦ0 −m m 0
Z ∞ Z ∞ −mΦ
Φ Φe−mΦ ∞ Φe 1 ∞ −mΦ 1
Z
C= dΦ = |0 − dΦ = e dΦ = 2
0 e−mΦ −m 0 −m m 0 m

sustituendo em a equação da cima


Z ∞
6
Φ3 e−mΦ dΦ = 4 (23)
0 m
e
∞ ∞

Φ3 ∞
1
Z Z X X
3 −mΦ
dΦ = Φ( e )dΦ = 6 (24)
0 eΦ − 1 0 m=1 m=1
m4

6
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

portanto

X 1 1 1 1 1
4
= 4 + 4 + 4 + 4 + ....
m=1
m 1 2 3 4

X 1 1 1 1
4
=1+ + + ≈ 1.082 (25)
m=1
m 16 81 256

π4
Assim a função de Rieman zeta ς(4) = 90
≃ 1.082

Φ3 π4
Z
⇒ dΦ = (26)
0 eΦ − 1 15
então, o brillo itegrado de radiação do corpo negro é:

2κ4 T 4 ∞ Φ3
Z
B(T ) = 2 3 dΦ
c h 0 eΦ − 1
2κ4 T 4 π 4
B(T ) = ( )
c2 h3 15
2π 4 κ4 T 4
B(T ) =
15c2 h3
σT 4
B(T ) = (27)
π
2π 4 κ4
sendo σ = 15c2 h3
c.- Obtenha a Lei de Deslocamento de Wien: λmax T = constante =
2, 898 × 10−3 mK, onde λmax é o comprimento de onda do máximo da
função de Planck (ver gráfico abaixo).

7
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

Solução:

A função de Planck:
2hc2 1
BλP (T ) = 5 hc/κT λ − 1)
(28)
λ (e

∂BλP (T ) 2hc2 [−5λ4 (ehc/κT λ − 1) + λ5 ( κThcλ2 )(ehc/κT λ )


= ]=0 (29)
∂λ λ10 (ehc/κT λ − 1)2

−5hc2 (ehc/κT λ − 1)2 2 hc (ehc/κT λ)


+ hc ( )( =0 (30)
λ4 (ehc/κT λ − 1) κT λ λ4

hc
5(ehc/κT λ − 1) = ( )(ehc/κT λ ) (31)
κT λ
hc
definimos x = κT λ

5(ex − 1) = x(ex ) (32)

x
(1 − )ex = 1
5
x
(1 − ) = e−x (33)
5
sendo f (x) = e , g(x) = (1 − x5 )
−x

Resolvemos graficamente

−3
Solução: x = 5 ⇒ λM = 2.898×10
T
[m] De acordo com o gráfico
mostrado, o comprimento de onda máximo temos:

8
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

λmax [nm] T [k]


526.9 5500
579.6 5000
644 4500
724.5 4000
828 3500

Table 1: Mostra a corrimento máximo do gráfico.

d.- Obtenha o limite de Rayleigh Jeans para a densidade de energı́a:


8πν 2
D(ν) = KT (34)
c3
Solução:
Em equilı́brio termodinâmico à temperatura T, o probabilidade P(E)
de que qualquer modo tem energia E é dada pela distribuição de prob-
abilidade contı́nua de Boltzman:
E
P (E) ∝ exp(− )
κT
onde a media de energia por modo e
R∞
E P (E)dE
< E >= R0 ∞ = κT (35)
0
P (E) dE
Como cada modo tem o mismo médio de energia < E >= κT , então
a densidade de energia espectral µν (T ) de radiação na cavidade a fre-
quencia ν é a energia total de todos os modos Nν e a uma frequencia
dividida pela volumen V 3 de cavidade:
Nν (ν)κT 2aν 2 2a
µν (T ) = 3
= πκT ( ) ( 3)
a c ca
ν2
µν (T ) = 8πκT 3 (36)
c
lembrando a densidade de energia
1
µν = Iν dΩ (37)
c
como intensidade especifica para a radiação do corpo negro e Bν , então:
1
µν = µν (Ω)dΩ = Bν dΩ
c

µν (T ) = Bν (38)
c

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Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

sustituendo a eq. 36 em eq. 38 temos:


2κT ν 2
Bν = (39)
c2
c
sendo λ = ν

2κT
Bν = (40)
λ2
2. Mostre que a solução de Eugene Parker para o vento solar recai na equação
trascendental para a velocidade em função do raio:
ν ν r r
( )2 − log( )2 = 4log( ) + 4( ) + C (41)
cs cs rc er

onde rc = GM c2s

é cs é a velocidade do som cs = ( pρ )1/2 . Reproduzca o gráfico
das soluções abaixo.
Solução:

Em 1958 Parker assumiu que o plasma saindo do Sol é constante, esferi-


camente simétrico e que se expnade isotérmicamente, quer dizer, P⊙ >>
PISM . Portanto, considerando-se que a Coroa esta na equilibrium hidro-
statico, então:
dP
= −ρg (42)
dr
sendo g = G Mr2⊙
dP M⊙ ρ
+G 2 =0 (43)
dr r
Como a velocidade e aceleração do gravedad são radiales: v = v r̂ e g = g r̂ e
como o plasma se expande isotermicamente a velocidade de som e constante:
Cs2 = P/ρ. Aplicando condições de balance de momentum temos:
dP M⊙ ρ dv
+G 2 +ρ =0 (44)
dr r dt
dv dv dr dv
como dt
= dr dt
= dr
v

dP M⊙ ρ dv
+ G 2 + ρv =0
dr r dr
ou
dv 1 dP M⊙
v + +G 2 (45)
dr ρ dr r

10
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

RρT
Assumindo um gas perfeito, P = µ
, onde R é constante do gas, µ é peso
atomico médio. Então:
dP Rρ dT RT dρ
= + (46)
dr µ dr µ dr
dT
como o vento e isotermico: dr
=0

dP RT dρ
=
dr µ dr
1 dP 1 RT dρ
= ( ) (47)
ρ dr ρ µ dr
Assumido que a taxa de perda de massa é constante, portanto, pelo equação
de conservação da massa é:
dM
= 4πr 2 ρ v = constante = r 2 ρv = constante (48)
dt
derivando a equação acima

d 2 dv dr 2 dρ
(r ρv) = r 2 ρ + ρv + r2v =0
dr dr dr dr
1 dρ 1 dv 2
=− − (49)
ρ dr v dr r
sustituendo a eq. (49) em eq. (47) temos:
1 dP RT 1 dv 2
= −( )( + ) (50)
ρ dr µ v dr r
logo, sustituendo a eq. 50 em eq. 45 temos:
RT dv 2 RT M⊙
(v − ) − ( )+G 2 (51)
µv dr r µ r
RT
sendo a velocidade do som es: Cs2 = µ

Cs2 dv 2Cs2 M⊙
(v − ) − +G 2
v dr r r
Cs2 dv 2Cs2 M⊙
(v − ) = −G 2 (52)
v dr r r
como Cs é a velocidade isotermica. Agora, estamos interessados em uma
solução para esta equação diferencial. Si r e pequeno, então v(r) ≪ Cs (r) a
partir de onde se estende continuamente e assintoticamente para um valor

11
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

finito em r = ∞. Portanto, esperamos que uma solução deste tipo, T(r)


não diminui com o aumento da r tão rápido quanto a 1/r do potencial
gravitacional. Por outro lado, é evidente que a coroa e fortemente ligado
o primeiro termo no parentesis no lado esquerdo da equaçaão da momen-
tum é mais pequeno em magnitude do que o segundo termo. Para a force
gravitacional ligada do lado direito é negativo, proporcionando aceleração
dv/dr > 0. Si a temperatura T(r) varia assintoticamente como 1/r α, onde
α < 1, portanto, o primeiro termo do lado direito domina o segundo termo
a longo de r, e o lado direito é positivo. Como o lado direito começa neg-
ativo para r pequeno e torna-se positico quando r e grande, passando por
cero ao longo do caminho. Note-se, que o fator entre parentesis na lado
esquerda cruza zero no ponto sonico em algum lugar ao longo do caminho
quando r e grande é se dv/dr permanece finita, onde v cruza Cs , então esse
ponto sonico deve ocorrer no mesma localização como o zero do lado direito.
Assim uma solução simple para equação 52, podemos considerar a Coroa
isotermica com uma temperatura T (r) constante. Quando Cs é constante,
portanto, é conveniente escrever a equaçaão 52 em termo de V (r) = v(r)/Cs
e de raio crı́tico: R = GM⊙ /Cs2 temos :
Cs2 dv 2Cs2 M⊙
(v − ) = −G 2 (53)
v dr r r
Cs2 dv 2Cs2
(v − ) = (r − R)
v dr r
Cs2 d 2 v(r) 2
(Cs V − ) (Cs V ) = ( ) (r − R)
Cs V dr r V (r)
1 dV 2 R
(V − ) = (1 − ) (54)
V dr r r
e integrando a equação da cima
Z V Z r Z r
1 2 dr
(V − )dV = dr − 2R 2
) (55)
V =1 V rc r rc r

r rc
V 2 − log(V )2 = 4log( ) + 4 − 3 (56)
rc r
v(r)
sustituendo V = Cs
temos:
v 2 v r rc
( ) − log( )2 = 4log( ) + 4( ) + C (57)
Cs Cs rc r

3. Sendo que a fonte da energı́a liberada nas explosões solares é de origem


magnética, estimar a energia máxima liberada numa explosão considerando-
se que a mesma ocorreu numa região com área de 10′′ × 10′′ , e L ∼ 109 cm,

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Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

2
com um campo de 500 G. (Dica: Em ∼ ( B8π )V , onde B é o campo, V é o
volume da fonte).
Solução:

O diametro angular do Sol é de 32’ (1920”) considerando uma distancia de


1 UA com um diametro é: 2R⊙ = 1.39 × 109 m. Então,
tamanho da explosão Solar × 2R⊙
r=
diametro angular do sol
10′′ × 1.39 × 109 m
r= r = 7.24 × 106 m (58)
1920 ′′

Portanto, a energia máxima liberada numa explosão é:

B2 (500)2
E= V =( )(πr 2 L) (59)
8π 8π
E = 1.64 × 1013 (60)

4. (Probl. 8.13) Use a intensidade fotosférica absoluta dada no Cap. 1 para


calcular a temperatura de brilho TB corresponde às intensidades das man-
chas solares da Tabela 8.2. Explique porque TB tem um máximo próximo
a λ = 1, 6µm.
Solução:

5. (Probl. 9.7) A cauda de um cometa desvia de 4o da direção radial. Sua


velocidade orbital transversal é de 30 km/s. Qual a velocidade do vento
solar, este vento é supersônico?
Solução:

Então, a velocidade do vento solar é:

V = Vot × cot(4◦ ) (61)


V = (30 km/s) × (14.30)
V = 429 km/s (62)

Asumendo que a velocidade do vento solar tem uma temperatura de T ≈


105 k a uma distancia de 1UA (ver tabela 9.4 de Stix). Então, a velocidade

13
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

do sonido é:
s s
Pγ κT γ
Cs = =
ρ µmH
s
2 × 5 × 1.38 × 10−23 × 105
Cs =
3(1.67 × 10−27 )
Cs = 52 km/s (63)

sendo γ = 5/3, µ = 1/2 é o peso molecular media e mH a massa do


Hidrogenio. Portanto, o vento é supersonico.

6. Estime o tempo de vida total do Sol, sabendo que neste perı́odo aprox-
imadamente um décimo da sua massa de Hidrogênio será convertida em
Hélio. Utilize a expressão E = mc2 e considere que o brilho do Sol se
mantém constante ao valor atual.
Solução:

Lembrando:

4H ⇒4 He + “energia′′ (64)

onde

m(1 H) = 1.00782503214 mu

m(2 He) = 4.002603 mu

Portanto,

△m = 4m(1 H) − m(4 He) = 0.028697mu > 0


△m
= 7.1 × 10−3 = 0.7% (65)
4m(1 H)

O 0,71% corresponde à fração de massa de 4 átomos 4 de H, que é transfor-


mada em energia para tornar-se um átomo de He. Assim, por cada átomo
de 1 H no fusão é liberado:
1
f= △ mc2 ≃ 6.7 Mev ∼ 14me c2 (66)
4
Portanto, como o Sol queima apenas 10 % de todo o seu H:

E⊙nuclear = 0.1 × 0.007 × 0.07M⊙ c2 E⊙nuclear ≈ 1051 erg (67)

14
Fı̀sica Solar - Lista de Exercı́cios I

onde 0.1 corresponde a 10% que o Sol queima todo o seu H, 0.007 corre-
sponde a H que queima e 0.07 considerando apenas o H na massa total.
Então o tempo de vida do Sol poderia viver apenas 10% de seu H é:

E⊙nuclear 1051 erg


tnuclear
⊙ = =
L⊙ 4 × 1033 erg/s

tnuclear
⊙ ≈ 2.5 × 1017 s ≈ 1010 yr (68)

15

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