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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
DISCIPLINA: FORMAÇÃO E DESENVOLVIM. DE COLEÇÕES (BI) (2023 .1 - T01)
PROFª DRª ISABEL CRISTINA DOS SANTOS DINIZ
ALUNO: CLEITON PIRES DE SENA; MESSIAS PAIXÃO

FICHAMENTO DO LIVRO SELEÇÃO DE MATERIAIS


INFORMACIONAIS E DO LIVRO AQUISIÇÃO DE MATERIAIS
INFORMACIONAIS

SÃO LUÍS MA
2023
VERGUEIRO, Waldomiro. Seleção de materiais de informação: princípios e técnicas. 1995.

RESUMO:

Este é um fichamento do livro intitulado “seleção de materiais informacionais: princípios e


técnicas. ”, de autoria de Waldomiro de Castro Santos, que está dividida em doze partes e que
tem como objetivo abordar conceitos que são essenciais na seleção de materiais
informacionais, sendo que é um elemento que interfere permanentemente no processo social,
uma vez que é a partir dessa ação que o universo informacional de um grupo de usuário é
definido . O texto apresenta reflexões sobre a seleção e seus critérios e o futuro da seleção no
contexto social da informação e as contribuições que o bibliotecário deve considerar nesse
processo.

O texto está estruturado em doze partes, que se inicia citando que a seleção é um momento
para tomar uma decisão, e que esse poder de decisão pode estar nas mãos do bibliotecário.
Segundo Vergueiro (1995), bibliotecário, é um elemento que está permanentemente
interferindo no processo social e o quanto este poder interfere de fato no processo social, ou
seja, é compreender que a atividade de seleção não é realizada no vazio, mas efetuada dentro
de um determinado contexto sociocultural, com tensões, ambivalências, disputas e
negociações. Diante do exposto, o bibliotecário não deve escolher um item por escolher
porque cada item no acervo deve ter sua razão de ser, sua singularidade e sua contribuição na
sua relação com a instituição, com a comunidade a ser servida e com as áreas de interesse.
Esses aspectos observados deverão ser anotados de forma sistemática para que as razões que
basearam a tomada de decisão não sejam esquecidas no futuro.

A autor também explana sobre as considerações gerais que influenciam a seleção, onde estão
subdivididos em; o assunto; o usuário; o documento; o preço e outras questões
complementares que visam guiar o bibliotecário no trabalho periódico de seleção, garantindo
coerência do acervo no transcorrer do tempo. Vergueiro (1995), diz que em muitos casos, a
própria área de atuação da biblioteca implica um critério de seleção. Basta fazer uma relação
das várias denominações que indicam a especialização das instituições bibliotecárias:
biblioteca de química, biblioteca de física, biblioteca de comunicações e artes, biblioteca de
arquitetura, isto é, o processo de seleção não pode ser baseado no próprio desejo ou vontade
do bibliotecário, as decisões devem estar baseadas no coletivo, evitando as ideias
preconcebidas. Diante de tal contexto, o processo de escolha de um título em detrimento de
outro deve ser orientado por critérios bem definidos, os quais devem ser transparentes e
conhecidos por todos: seja a equipe da biblioteca, seja a comunidade a ser servida, onde essa
interdependência entre a escolha e os critérios demonstra muito bem a relação existente entre
o processo e a política de seleção.

Outro assunto tratado foi os critérios de seleção que abordam o conteúdo dos documentos, a
adequação ao usuário e os critérios relativos a aspectos adicionais do documento, e que esses
critérios só é eficiente quando todos os envolvidos trabalham de modo racional, dispostos a
discutir objetivamente a aplicação ou aplicabilidade desses critérios. Os critérios de seleção
aqui abordados não se aplicam apenas a livros, mas a todos os materiais. Evidentemente,
haverá critérios específicos para certos tipos de documentos. Será preciso elaborar critérios
complementares para a seleção de periódicos, filmes, discos, diapositivos, etc. Todos devem
ser coerentes com os objetivos da biblioteca. É inconcebível, por exemplo, a utilização de
critérios de seleção totalmente opostos para livros e periódicos, ou para livros e materiais
audiovisuais. Vergueiro (1995, p. 25).

No capítulo quatro o autor disserta sobre a Seleção de materiais especiais e multimeios que
devem fazer parte da seleção do acervo e que também obedece a critérios, onde os periódicos
deve-se levar em consideração a relevância do título pelo usuário, as histórias em quadrinhos
constituirão a maioria de qualquer acervo dedicado a esse material; há gibis infantis, adultos,
de super heróis, de aventuras, eróticos, pornográficos, etc. O bibliotecário deverá, com base
no conhecimento que tem de seu público e na avaliação de suas demandas, definir os gêneros
que farão parte do acervo. Além disso, o autor aborda também sobre livros infanto juvenil,
onde o bibliotecário deve está atento a sua abordagem porque podem influenciar na formação
e no caráter do usuário, também citou os filmes, vídeos e DVDs que a seleção varia de
acordo com o objetivo das bibliotecas.

A seleção é um dos processos mais complexos em desenvolvimento de coleções, pois nem


todos os bibliotecários visualizam o que um bibliotecário de seleção faz, onde a seleção pode
ser compreendida como um processo e como uma política. De acordo com Vergueiro (1995),
para organizar a seleção como processo, cada profissional deverá avaliar com muito cuidado
a objetividade, credibilidade e veracidade das informações veiculadas nas fontes de seleção
que pretende utilizar, de modo a ter plena confiança no benefício que delas poderá receber.
Feliz ou infelizmente, os instrumentos auxiliares apenas funcionarão corno elementos de
suporte, fornecendo subsídios à tomada de decisão, isto é, nenhum deles eximirá o
bibliotecário ou responsável pela seleção de sua participação no processo. Por esse motivo,
fica evidente que a escolha de instrumentos auxiliares inadequados pode comprometer a
efetividade do processo de seleção.

Além disso, o autor aborda também que apesar de não existir uma receita pronta para
elaborar uma política de seleção, há alguns “ingredientes” que são sempre os mesmos, apesar
de variar um pouco nos “temperos”, dependendo do contexto e do tipo de biblioteca. Esses
ingredientes, denominamos de “elementos da política”. Uma política de seleção deve
apresentar alguns elementos como: responsáveis pela seleção de materiais; critérios de
seleção; instrumentos auxiliares; políticas específicas; documentos correlatos. Para
Vergueiro (1995), a política de seleção é “um instrumento de trabalho para apoiar as decisões
de seleção”, estabelecido sob a forma de um documento ou de um manual administrativo
que, por sua vez, “fará parte de um conjunto de documentos que guiarão as atividades ligadas
ao desenvolvimento de coleções. sendo assim, , sem a política, é mais fácil ceder àquela
tentação de escolher por escolher, pois perdemos a capacidade de sistematizar e padronizar
os procedimentos.

Como bem observa o autor existem tópicos especiais de seleção como formação
profissional, censura, cooperação bibliotecária e direitos autorais, onde devem ser vistos a
partir dessa interação, e não como fatores isolados, o que poderá facilitar a compreensão do
fenômeno aqui considerado, ou seja, a seleção. Conforme Vergueiro (1995), a diversidade de
formatos trouxe novos complicadores para a seleção, pois não se trata mais de apenas
identificar e selecionar materiais impressos, mas também os meios audiovisuais e eletrônicos,
além da extensa produção digital disponível na internet. Nessa situação, definir e aplicar os
critérios de seleção é uma das atividades mais importantes de todo o processo de seleção,
sem eles não conseguimos seguir adiante e todo o planejamento e execução do processo der
errado depois de muito esforço.

Por fim, o autor expõe sobre O futuro da seleção, A adequabilidade do livro, O custo do
livro, O contexto social da informação, A seleção de materiais na era da informação
eletrônica, afinal, esta é uma época marcada pela inconstância no plano das ideias e no das
tecnologias, que surgem e proliferam ainda mais rapidamente. Vergueiro (1995) diz que É
provável que as instituições de informação continuarão a optar pelo acesso aos documentos
quando esta alternativa for menos dispendiosa do que a compra, processamento e
armazenamento do documento impresso, for a única possibilidade de acesso à informação,
ou o modo de acesso significar um valor agregado à informação, seja pela possibilidade de
busca por palavras-chave, seja pela apresentação em um formato mais conveniente. Em vista
disso, é preciso estar de olhos bem abertos para isso e sempre experimentar dilemas difíceis
no processo de seleção, e o produto desse trabalho será o legado que deixaremos para a nossa
e para as gerações futuras.

Verificou-se que o texto analisado corroborou com para o entendimento da seleção de


materiais informacionais, sejam tradicionais ou especiais, é importante manter a
imparcialidade e a objetividade, pensando sempre no usuário e nos objetivos da unidade de
informação. Diante da gama de informações que a todo instante é disponibilizada, tanto no
meio eletrônico quanto na forma impressa, saber selecionar o material e as fontes de
informação confiáveis não é uma tarefa fácil, nem para os usuários, tampouco para os
profissionais da informação.

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