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Tecnologia siderúrgica
1ª Edição
Belo Horizonte
Poisson
2018
Editor Chefe: Dr. Darly Fernando Andrade
Conselho Editorial
Formato: PDF
ISBN: 978-85-93729-72-0
DOI: 10.5935/978-85-93729-72-0.2018B001
CDD-669.142
www.poisson.com.br
contato@poisson.com.br
Dário Moreira Pinto Júnior
Doutor em Engenharia
Mestre em Engenharia Metalúrgica Especialização em Gestão de Pessoas
Graduação em Engenharia Metalúrgica e em Administração Empresas
Engenheiro Companhia Siderúrgica Nacional por 25 anos
Docente no Ensino Superior
Consultor de empresas do SEBRAE Nacional
Especialista do INMETRO
Avaliador “Ad hoc” do INEP/MEC
dariompj@yahoo.com.br
Ricardo Shitsuka
Doutor em Ensino de Ciências e Matemática Mestre em Engenharia de
Materiais e Metalurgia.
Possui pós-graduação especialização em: "Tecnologias Educacionais",
"Sistemas de Informação", "Design Instrucional para EAD", "Redes de
Computadores", "e-business", "Informática em Educação", "Tecnologia,
Formação de Professores e Sociedade", "Educação Infantil" e, em
"Administração Escolar e Inspeção Escolar".
É graduado em: "Engenharia de Metalúrgica e de Materiais", "Odontologia",
"Licenciatura em Computação" e, em "Pedagogia".
É pesquisador e professor Adjunto IV na Universidade Federal de Itajubá –
UNIFEI - campus Itabira.
Atua como Professor no Programa de Pós-Graduação em Educação em
Ciências (PPGEC da UNIFEI) Campus Itabira.
Líder do Grupo de Pesquisas MEAC
É editor da revista Research, Society and Development e atua como avaliador
"Ad hoc" para o DAES/INEP/MEC
rshitsuka@yahoo.com
PREFÁCIO
Esta obra é um passeio pela tecnologia siderúrgica. Ela é destinada aos estudantes do
nível médio técnico, tecnológico e engenheiros que estão interessados em se iniciar nesta
tecnologia.
Ferros fundidos e aços são ligas de ferro que são materiais para construção mecânica em
engenharia e tecnologia e que são amplamente utilizadas na indústria mecânica para a
fabricação de peças, equipamentos e instalações devido às suas propriedades mecânicas
e propriedades em geral. Entre as razões para tal emprego, estão: a facilidade de se dar
forma aos produtos desses materiais e ao fato dos mesmos conservarem o formato seja
de tubos, perfilados, cantoneiras, vigas e peças em geral e na construção civil em estru-
turas prediais, de galpões, pontes, viadutos e em reforço de pisos industriais e bases para
instalação de máquinas pesadas. Na mobilidade utiliza-se tanto na construção rodoviária
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
A obra se inicia com breves aspectos históricos da siderurgia, passa pelos produtos de
aço e ferro fundido existentes no mercado e suas propriedades e segue pelos processos
de produção passando pela siderurgia integrada até o lingotamento que inclui os altos-
-fornos, Aciarias LD, Lingotamento convencional e lingotamento contínuo, e siderurgia à
base de sucata em fornos elétricos.
Outros aspectos importantes nesta obra são: a questão da automação e sistemas inte-
grados computacionais com as informações tramitando pelas redes de computadores
pela nuvem da Internet, a questão dos despachos, embalagem, logística e transportes e a
questão da sustentabilidade.
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
LISTAS DE FIGURAS
E TABELAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: apresenta um exemplo de lingotes de ferro fundido
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Figura 11: visão esquemática de um conversor LD com a lança de oxigênio puro posicio-
nada no momento do sopro
Figura 13: visão esquemática de um alto forno mostrando suas partes principais
Figura 15: visão esquemática de um convertedor LD em corte mostrando suas partes prin-
cipais
Figura 16: exemplos ilustrativos de dois tipos usuais de lingoteiras cônicas, sendo (A) repre-
sentando uma lingoteira com base maior voltada para baixo e (B) uma lingoteira com base
maior voltada para cima
Figura 18: representação da variação que ocorre na forma e tamanho dos grãos antes e
após o processo de deformação a quente
Figura 20: exemplo de um cilindro mostrando suas partes principais (corpo, pescoço e
trevo)
Figura 23: visão geral de um forno tipo campânula, onde pode-se visualizar o abafador, os
convectores, o termopar e a ventoinha da base
Figura 24: comparação entre os perfis térmicos dos processos de alta convecção (hidro-
gênio puro) e fornos convencionais (atmosfera de HN)
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Figura 25: exemplo típico de uma base de recozimento. São mostrados detalhes do
termopar da base, ventoinha e uma bobina posicionada
Figura 27: perfis térmicos em diferentes pontos ao longo das bobinas (carga) durante o
processo de recozimento
Figura 29: visão interna do forno de uma linha de recozimento continuo de chapas finas
Figura 32: perfil de uma folha estanhada e de uma folha cromada, em corte, mostrando as
camadas formadas em uma de suas superfícies
Figura 35: ilustração de um pote com o banho de zinco num processo de zincagem por
imersão a quente. Pode-se visualizar o posicionamento do rolo submerso, a navalha de ar
e os eletrodos de aquecimento do banho
Figura 36: amostra de aço revestido com zinco com um risco na superfície (a) e tabela com
potenciais eletroquímicos de alguns elementos químicos (b)
Figura 37: principais tipos de revestimentos de uma linha de zincagem por imersão a
quente (liso, minimizado e cristais normais)
Figura 38: representação de uma operação de corte numa prensa onde pode se visualizar
as laminas e a folga entre elas
Figura 44: descrição dos símbolos (letra ou número) que compõe a especificação do
eletrodo revestido segundo normas ABNT
LISTA DE TABELAS
Tabela I: comparação entre os fornos de recozimento convencional de tubo radiante e de
chama direta
Tabela II: Exemplos de espessuras de folhas metálicas utilizadas na prática bem como os
valores de massa correspondentes
Tabela III: dureza Superficial Rockwell para as folhas metálicas de simples e dupla-redução
Tabela IV: valores dos limites de escoamento das folhas metálicas de dupla-redução
Tabela V: tipos e valores dos revestimentos (iguais) usuais das folhas metálicas
Tabela VI: tipos e valores dos revestimentos diferenciais das folhas metálicas estanhadas
Tabela VII: valores máximos e mínimos de cromo metálico e óxido de cromo das folhas
cromadas
Fala sobre:
_ Introdução
_ Histórico da siderurgia
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
ter a noção de onde e como tudo começou, mente nas civilizações antigas, como é o
material que tem como componente prin- dade considera um período como sendo
ele pode aparecer na forma pura, como bertos processos que podiam acelerar a
por exemplo, nos meteoros que caem fabricação do ferro, dentre os quais, os
ele existe na forma de óxidos. Óxidos sopro de fole, que eram conhecidos como
O óxido de ferro (Fe2O3) pode ser utilizado próximo ao limite de solubilidade). Com
Existem outros óxidos de ferro com algum tada por esses equipamentos, precisou-se
grau de estabilidade que são: Fe3O4 (que também de processos para transformar
tem os nomes: magnetita, ou oxido de gusa em aço, por meio do sopro e ar.
No início da história dos metais na humani- se retire oxigênio do ferro e depois se faça
dade, quando os homens faziam fogueira o sopro de oxigênio para alcançar o ferro
junto aos locais onde havia o minério de mais purificado que é transformado em
ferro, muitas vezes se juntavam as condi- aço; é uma liga de ferro com carbono, mas
ções de calor, carvão e minério de ferro, com baixíssima quantidade deste elemento
químico. Ocorre que, quando o ferro gusa
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
sai dos altos-fornos com uma quantidade Aços são as ligas ferro-carbono mais
muito elevada de carbono, ele não é utili- conhecidas pelas pessoas, porém existem
zável na maioria das aplicações, pois a gusa outras ligas de ferro como é o caso dos
não conta com as propriedades mecânicas ferros fundidos que possuem porcen-
do aço (limite de resistência à tração, limite tagens de carbono mais elevadas que o
de escoamento, dureza, resistência, traba- aço. Aços, em geral, têm menos que 1%
lhabilidade e estampabilidade) que são de carbono em peso em sua composição
necessárias para a maioria das aplicações. química, ao passo que os ferros fundidos
Torna-se necessário transformar a gusa podem conter até o máximo do limite de
em aço e isso é feito por meio do sopro solubilidade do carbono no ferro, que é de
de oxigênio, que nos primeiros minutos 6,7%. Em geral, os ferros fundidos têm em
queima preferencialmente o carbono e torno de 2% a 5% de carbono dissolvido
não o ferro puro líquido do banho metálico em sua estrutura de material.
da gusa. O processo de sopro é interrom-
É importante salientar que a produção
pido no final, antes que comece a oxidar
mundial de aço bateu novo recorde,
demais o banho. Este processo de sopro,
subindo para mais de 1,6 bilhões de tone-
com alta produtividade, foi desenvolvido
ladas (REUTERS, 2014).
na Alemanha e denominado de Bessemer.
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
como se iniciou a fabricação dos produtos Idade Média, o ferro foi utilizado para as
siderúrgicos, a importância dos mesmos charruas, com relhas de ferro, ferraduras,
no contexto atual e como são trabalhadas grades e armas (MENDES, 2000).
as porcentagens em peso nesse material.
Nos primórdios, os processos de produção
Vale ressaltar que o Brasil é um país com do ferro eram mais simples, com uso de
muito minério de ferro, muitas siderúrgicas carvão e minério, sem a preocupação com
e é um grande produtor de aço e ferro. A rendimentos, com arranjos físicos. O que
produção de aço bruto em nosso País, em importava para os ferreiros era alcançar a
julho de 2014 foi de 19.678t (AÇO BRASIL, fabricação do material que seria transfor-
2014). A produção brasileira de produtos mado em produtos.
siderúrgicos é grande e o País está entre os
Com o passar dos séculos, os fornos
maiores fabricantes do mundo.
foram tomando a forma de reatores mais
eficientes, de alta produtividade, bem como
SIDERURGIA NA surgiu uma grande gama de produtos
HISTÓRIA e materiais que possuíam uma quanti-
A origem da palavra siderurgia vem de dade grande de ligas de ferro com as mais
dante no Universo. Desta forma, asso- mação a quente) que possibilitaram a alte-
ciou-se, desde a antiguidade, o ferro ao ração das propriedades das ligas de ferro,
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Cada 100t de minério do lote conterá 70t _ O aço e os ferros contam com uma
de hematita e 30t de magnetita. Para 50t, história de mais de 3.000 anos, conside-
tem-se a metade, ou seja, 35t de hematita rando-se desde os primórdios até os dias
e 15t de magnetita. Logo, teremos 35t de atuais.
hematita presentes.
_ Os produtos siderúrgicos são materiais
3) Produção estimada de aço importantes para os técnicos, tecnólogos,
para engenharia e para a construção de
Considerando-se a produção de aço do
máquinas e instalações. Além disso, o
mês de julho de 2014 que foi de 19.678t.
material mais reciclado do mundo, com
Caso todo mês se produzisse a mesma
quantidades superiores ao do alumínio e
quantidade de aço (fato que não é real pois
outros metais está nos produtos siderúr-
há vários fatores intervenientes, como é o
gicos.
caso do mês de fevereiro que tem menos
dias e há meses em que há uma demanda _ O Brasil está entre os maiores produ-
sazonal maior ou menor), ao longo do ano tores de produtos siderúrgicos do mundo.
de 2014, quanto se esperaria que fosse a
produção prevista? _ Os cálculos em siderurgia são relativa-
mente simples, em geral envolvendo regra
Res ol ução: de três, porcentagens de rendimento,
porcentagens de conteúdo, peso e cálculos
Considerando-se que um ano tem 12
estequiométricos simples de reações
meses e que no mês de julho a produção
químicas.
foi de 19.678t, desprezando-se os fatores
de meses com menos dias, como é o caso _ Existem normas como é o caso da ABNT
do mês de fevereiro, e da questão da sazo- NBR 6006 que tratam da classificação dos
nalidade, teremos um cálculo simplificado aços.
(observe que pode não ser um cálculo real,
mas somente teórico).
DICAS PARA OS
Peso ou tonelagem esperada para o ano ENGENHEIROS,
de 2014 = 12 x 19.678 = 236.136t, ou seja, TECNÓLOGOS, TÉCNICOS E
mais de duzentas mil de toneladas. PESSOAL DE OPERAÇÃO
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
são produzidos à alta temperatura e seus cado em agosto de 2014. Disponível em:
respingos podem causar ferimentos. É <http://www.acobrasil.org.br/site/portu-
preciso trabalhar em locais protegidos e gues/numeros/estatisticas.asp>. Acesso
seguros e com todos os Equipamentos em: 27 ago. 2014.
de Proteção Individual (EPI) que possuam
[2]. BOFF, Leonardo. Sutentabilidade.
qualidade e resistência compatível com os
Petrópolis: Vozes, 2012.
riscos existentes em cada local de trabalho.
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PRODUTOS DE
AÇO, MERCADO E
PROPRIEDADES
Fala sobre:
_ Introdução
_ Desenvolvimento
_ Tipos de produtos
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
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INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO
O aço é um produto de extrema impor- Os aços diferenciam-se entre si pela forma,
tância na dinâmica da atividade humana, tamanho e uniformidade dos grãos que o
assumindo papel determinante no funcio- compõem e, é claro, por sua composição
namento da economia, sobretudo por química. Esta pode ser alterada em função
figurar como um elemento essencial para do interesse de sua aplicação final, obten-
o perfeito encadeamento de diversas do-se, através da adição de determinados
cadeias produtivas. É um produto indis- elementos químicos, aços com diferentes
pensável para o desenvolvimento econô- graus de resistência mecânica, soldabili-
mico dos países. dade, ductilidade, resistência à corrosão,
entre outros.
Existe, no mercado, um número muito
grande de formas e tipos de produtos de De maneira geral, os aços possuem exce-
aço. A grande variedade dos aços dispo- lentes propriedades mecânicas, resistem
níveis no mercado deve-se ao fato de que bem à tração, à compressão e à flexão.
cada uma de suas aplicações demanda Como é um material homogêneo, pode ser
alterações na sua composição e forma laminado, forjado, estampado, trefilado e
dos produtos a serem empregados para estirado. Suas propriedades podem ainda
fabricação de instalações, equipamentos, ser modificadas por tratamentos térmicos
máquinas e peças. ou químicos.
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
vida a força externa atuante. Deste modo, se deformar sob a ação de cargas antes de
a deformação segue a Lei de Hooke, sendo se romper. Essa propriedade é de grande
proporcional ao esforço aplicado: importância, visto que tais deformações
constituem um aviso prévio à ruptura final
T = µ . E
do material, o que previne acidentes em
quebra). Estes materiais não apresentam o certo tipo de aço é a composição química.
patamar de escoamento.
Nos aços carbono comuns, os elementos
sua forma inicial após a remoção da carga facilidade de passar pelo processo de
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EXERCÍCIOS
1 . Através de quais processos pode-se
alterar as propriedades mecânicas de um
determinado aço?
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PRODUTOS DE
FERRO FUNDIDO,
MERCADO E
PROPRIEDADES
Fala sobre:
_ Introdução
_ Desenvolvimento
_ Tipos de produtos
. Qualidade
. Preço
. Prazo de entrega
. Pós Venda
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
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Fonte: autores
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
que leva a economia de energia na fabri- Os ferros fundidos são materiais muitos
cação. Muitos possuem mais resistência ao empregados nas indústrias para a fabri-
desgaste e peso menor que os aços, outros cação de peças diversas.
possuem mais usinabilidade, facilidade
A figura 2 apresenta exemplos ilustrativos
para serem torneados, furados, frezados
de aplicação de peças fabricadas em ferro
etc., de modo a facilitar a fabricação de
fundido.
peças com uso deste tipo de material.
Fonte: autores
resistência, beleza, custo etc. Nestes podem ser: branco, mesclado, cinzento,
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se aplicam no caso dos ferros fundidos. FUNDIDOS2.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2015.
Desta forma, mesmo que varie o teor de
[ 3] . CHIAVERINI, Vicente. Aços e ferros
carbono, não variará a propriedade mecâ-
fundidos: características gerais, trata-
nica da ductilidade. Enquanto os aços se
mentos térmicos, principais tipos. 7.ed.
fundem à temperaturas em geral acima
São Paulo: Associação Brasileira de Meta-
de 1550ºC (no caso dos ferros fundidos), a
lurgia e Materiais, 2008.
maioria se funde a temperaturas em torno
de 1300ºC e, desta forma, é possível se ter [ 4] . COLPAERT, Humbertus. Metalografia
alguma economia de energia. dos produtos siderúrgicos comuns. 4.ed.
São Paulo: Edgard Blucher, 2008.
_ Normalmente, a indústria utiliza muitas
peças de ferro fundidas nas máquinas [ 5] . VILELA, Fernando J. Efeito de algumas
e a fabricação ocorre nas fundições. variáveis de processo na obtenção do ferro
Um exemplo disso ocorre na base das fundido nodular ferrítico no estado bruto
máquinas, que geralmente é de ferro de fundição. Dissertação (Mestrado) CEUN,
fundido. Nas fábricas de autopeças EEN, 2010.
também há um grande emprego desse
tipo de material.
BIBLIOGRAFIA
Ob s ervação
CONSULTADA
O eutético é uma palavra que TUPY. Perguntas frequentes sobre o fofo.
se aplica às ligas metálicas e se Disponível em: <http://www.tupy.com.br/
refere especificamente, à liga que imagens/promocional /folders/Perguntas-
para uma determinada compo- MaisFrequentesSobreFUCO.pdf>. Acesso
sição química tem o menor ponto em: 16 jan. 2015.
de fusão, ou seja, a menor tempe-
ratura na qual a liga se derrete.
REFERÊNCIAS
[1 ]. BETHELL, Leslie. História da América
Latina. vol. 5: de 1870 a 1930. Trad. de
Geraldo Gerson de Souza. São Paulo:
Edusp; Imprensa Oficial de SP; Brasília, DF:
Funag, 2002.
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1% Mn, 0,25% S e 1,0% P. Qual seria o tipo apresentam pontos nos gráficos de tempe-
se precipitar na forma de grafita esferoidal alumínio teria uma duração de uso menor
é bastante empregado em aplicações que que aquela que pode ter quando na sua
caso dos blocos de motores que podiam revestidos por camisas de material espe-
funcionar durante anos, rodando centenas cial e os pistões recebem anéis de mate-
de retífica. Como é denominado este tipo de deslizamento destes anéis no interior das
ferro fundido que contém, disperso no seu camisas. Qual é o melhor material para os
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PROCESSOS
SIDERÚRGICOS A
PARTIR DE REDUÇÃO
DIRETA DE MINÉRIO
Fala sobre:
_ Introdução
_ Aplicação
_ Desenvolvimento
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
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caso dos processos de redução direta, por um gás muito reativo e que tem avidez por
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2. Muitos países têm trabalhado no desen- 9. Cite três vantagens dos processos de
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PRINCIPAIS
EQUIPAMENTOS
SIDERÚRGICOS
Fala sobre:
_ Introdução
_ Desenvolvimento
_ Aplicação
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
INTRODUÇÃO EQUIPAMENTOS DE
MOVIMENTAÇÃO
Este capítulo apresenta, por meio de
imagens, os principais equipamentos side- Nas organizações, sempre existem fluxos
rúrgicos utilizados desde o processo de mine- de materiais, informações e pessoas. Em
ração, como por exemplo: pás carregadeiras relação às siderúrgicas, torna-se interes-
de minério, caminhões, empilhadeiras, Jigs, sante que os materiais sejam movimen-
moinhos, britadores, vagões ferroviários, tados com segurança, menor custo, tempo
silos de minério, altos-fornos, panelas de e com garantia de qualidade, seguindo as
gusa, carros torpedos, pontes rolantes, calha normas aplicáveis, sejam elas internacio-
de sucata, convertedor LD, panela de aço, nais, nacionais ou internas às empresas.
desgaseificador, panela de escória, distri-
Apresenta-se, a seguir, alguns equipa-
buidor de lingotamento contínuo, lingota-
mentos, ou seja, os mais usuais, de movi-
mento contínuo, corte, laminação e outros.
mentação de materiais utilizados na side-
A obra contém os principais equipamentos, rurgia integrada.
onde pode-se destacar os destinados aos
A escavadeira é um equipamento muito
seguintes processos: movimentação, proces-
utilizado nos processos de escavação,
samento mineral, equipamentos de alto forno,
formação de pilhas, carregamento de
aciaria, lingotamento continuo e convencional,
minérios, principalmente, nos caminhões
laminação a quente e a frio e equipamentos
e movimentação de minérios na siderurgia
dos processos de revestimentos.
de um modo geral.
Neste capítulo serão tratados somente
A figura 3 é um exemplo ilustrativo e simpli-
os equipamentos de movimentação, de
ficado de uma escavadeira.
processamento mineral, aciaria e lingo-
tamento. Os demais serão tratados nos
respectivos capítulos.
Fonte: autores
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Fonte: autores
Fonte: autores
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
Fonte: autores
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
Fonte: autores
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
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Fonte: autores
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EXERCÍCIOS
1 . Cite três equipamentos utilizados na
movimentação de materiais na mineração
de ferro.
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PROCESSOS DE
ALTO-FORNO
Fala sobre:
_ Introdução
_ O produto gusa
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
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Fonte: autores
Na região inferior da rampa, há venta- funcionam 24h por dia e 365 dias por ano.
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PROCESSOS A
PARTIR DE SUCATA
DE AÇO
Fala sobre:
_ Introdução
_ Aplicação
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
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mercado mundial (GO ASSOCIADOS, 2013). geral, ela é magnética e com isso, por
meio de eletroímãs operados em pontes
Apesar da quantidade relativamente rolantes ou em outros equipamentos de
pequena em termos mundiais, existem movimentação, pode-se facilitar o manu-
muitas siderúrgicas que são aquelas que seio e, por conseguinte, o transporte e
trabalham com forno elétrico de fusão, reutilização deste material ferroso.
que funcionam exclusivamente com
sucatas e não com gusa proveniente dos O objetivo do presente capítulo é falar
As sucatas de aço podem ser recicladas e funcionam com minério de ferro, como
aço quantas vezes forem necessárias, sem gradas”. A matéria-prima delas é a própria
As fontes geradoras de sucata são: sucata ferro nestas fábricas. Não ocorre nelas o
A grande geração de sucata é nas áreas anos em torno de 2010, é que a produção
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
já contém elementos de liga, que vão entrar Desta forma, aumenta-se a vida útil dos
para o material resultante dos processos. equipamentos utilizados na siderurgia e
No caso do material proveniente de sucatas, que são destinados à manipulação direta
fica mais difícil o controle das contamina- dos materiais líquidos à alta temperatura.
ções que estão contidas na sucata.
Já nas metalúrgicas que trabalham somente
A sucata pode conter impurezas de com sucata como matéria-prima, como é o
elementos químicos, que não são possíveis caso de fundições de aço, que utilizam os
de se separar por processos tradicionais. A fornos elétricos e a aquisição externa de
separação só pode ocorrer quando o metal sucata, há um consumo elevado de energia
ferro está fundido e uma das formas de se elétrica, mas estas fábricas podem ser de
eliminar parte dos elementos químicos, tamanho bem menor em relação às side-
que são impurezas (provenientes de rúrgicas integradas. No Brasil, a produção
sucatas de materiais com ligas), é por meio conjunta de fundições e usinas com fornos
da formação de escórias, que vão sobre- elétricos de fusão de sucata consome algo
nadar o banho e podem absorver parte em torno de 500 mil toneladas anuais (CNI,
dos elementos indesejáveis, que está no 2010, 2012).
banho líquido de aço.
Em relação ao mercado mundial, o Brasil
Um aspecto interessante é que, mesmo é um pequeno produtor de aço a partir
nas siderúrgicas integradas, se faz a carga de sucata, mas que tende a crescer em
de cerca de 20% de sucata na aciaria, em volume nos próximos anos à medida que
conjunto com gusa que vem do alto-forno. houver a regulamentação das sucatas da
Esta sucata, normalmente, é proveniente indústria automobilística.
dos processos internos, por exemplo, dos
Pelo ponto de vista energético, o uso de
cascões de sucata, que se formam nas
sucata ferrosa como rota principal na
panelas de aço e outros equipamentos
produção de aço bruto proporciona uma
siderúrgicos. Junto às sucatas mencio-
significativa redução no consumo energé-
nadas, também pode-se adicionar alguma
tico, em comparação as demais rotas. Em
quantidade de gusa na forma de lingotes
termos globais, a produção de aço pelas
(adquirido de fabricantes externos de
Usinas Integradas demanda cerca de três
gusa, os denominados “guseiros”).
vezes mais energia que a produção pelas
O cascão é formado nos equipamentos usinas semi-integradas, ou seja, aquelas
siderúrgicos quando estes não estão bem que trabalham com sucata e forno elétrico
preaquecidos antes de serem utilizados. (TRINDADE Jr., 2013).
O preaquecimento é realizado por meio
Observa-se que há a possibilidade de redução
de maçaricos, que vão queimar gás no
no consumo energético, baixando, portanto,
interior do equipamento durante horas,
o custo de fabricação, a poluição e aumen-
até que ele alcance a temperatura de uso.
tando a sustentabilidade da siderurgia.
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
58
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
59
PROCESSOS DE
ACIARIA LD
Fala sobre:
_ Introdução
_ Fornos convertedores
_ O produto aço
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
final com facilidade pelos processos de Para que isso ocorra, vamos acompanhar
61
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
62
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
63
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Aciarias são as unidades fabris das side- O aço é um dos produtos mais importantes
sopro, que é feito à alta pressão e veloci- resistência e outros que fazem com que
dade sobre o banho líquido, faz com que o material seja muito importante para a
64
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
_ Processos agregam valores aos mate- gusa que vem do alto-forno, pois sempre
riais. Cada processo na aciaria, começando algum equipamento pode estar em manu-
anteriormente pela estação de dessulfu- tenção e os outros têm que dar vazão, caso
ração, pesagem, carregamento do conver- contrário, a gusa que está em espera nos
tedor, sopro, adição de ligas no vazamento carros torpedos ou nas panelas de gusa
material vai sendo processado, ele passa a alguma contra medida, pode fazer com
ser um material mais nobre e com caracte- que se perca a panela ou o carro torpedo,
65
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
6 . Considerando-se um convertedor LD
de 100t de banho metálico, o que se pode
dizer que ocorre em termos de reação
química nos primeiros cinco minutos de
sopro de oxigênio?
66
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
PROCESSOS DE
LINGOTAMENTO
CONVENCIONAL E
CONTÍNUO
Fala sobre:
_ Introdução
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
ponto de fusão), mas suficiente para que mento contínuo são muito mais caras e
ficava localizada dentro da usina siderúr- concluir a solidificação, é cortado por meio
rando-as para o vazamento, elas eram posi- pode aproveitar o calor e ir para o processo
a lingoteira e a placa de base, colocava-se energia por evitar que seja necessário
68
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
A figura 16 apresenta dois tipos usuais de outras válvulas gavetas, uma para cada
lingoteiras cônicas, sendo que a figura 16A veio de aço. Estas são importantes para
é um exemplo de uma lingoteira com base o operador controlar o nível de aço que
maior voltada para baixo e a figura 16B está sendo vazado, de modo a não ocorrer
69
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
70
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
71
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
72
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
73
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
EXERCÍCIOS
1. No lingotamento convencional em
relação ao contínuo, como fica o consumo
de energia? E em relação ao descarte de
material de pontas e sobras? E ainda em
relação à necessidade de operações e
funcionários?
74
PROCESSOS DE
LAMINAÇÃO A
QUENTE
Fala sobre:
_ Introdução
_ Laminadores
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
76
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
77
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
78
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Figura 18 - representação da variação que ocorre na forma e tamanho dos grãos antes e
após o processo de deformação a quente
Fonte: autores
79
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
para esse processamento podem ser dos metais. Belo Horizonte: Artliber, 2002.
80
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
EXERCÍCIOS
1 . Quais são, basicamente, as principais
partes de um laminador?
81
PROCESSO DE
LAMINAÇÃO A FRIO
Fala sobre:
_ Introdução
_ Laminadores
_ Emulsão de óleo
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
83
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
no produto final, com melhor controle, gaiola promove uma determinada taxa
deve-se lançar mão dos laminadores de de redução de espessura. As velocidades
encruamento. Este processo de laminação dos cilindros das diversas gaiolas são
é realizado após a etapa de recozimento e sincronizadas de modo a manter a chapa
antes dos processos de tratamentos super- sob tensão desde a desenroladeira, onde
ficiais da chapa fina (estanhamento eletro- é feita a alimentação do material no
lítico e galvanização eletrolítica e a banho processo, passando pelas diversas gaiolas,
a quente). Nestes laminadores, a taxa até atingir a enroladeira, onde é realizado
de redução a frio fica posicionada entre o rebobinamento do material já laminado.
1,0% e 2.0%. Com este nível de redução,
A medida que se aumenta a força de tração
a espessura praticamente se mantém. No
entre as cadeiras, consequentemente,
caso de dureza do material, ocorre um
menor é a força de compressão a ser apli-
pequeno aumento. Esses laminadores,
cada entre os cilindros de laminação. Os
também conhecidos como Skin pass, têm
níveis dessas forças crescem à medida
a principal finalidade de eliminar o defeito
que a peça passa pelas diversas gaiolas,
conhecido como Linhas de Luders que
devido ao encruamento (endurecimento)
são marcas indesejáveis que se desen-
do material.
volvem na superfície das chapas durante
os processos posteriores de estampagem. A programação de redução em cada
estágio deve ser estabelecida (progra-
A seguir apresenta-se uma sequência típica
mada) de modo que as cargas nos lamina-
de operações: após a laminação a quente, as
dores sejam uniformemente distribuídas
chapas semiacabadas na forma de bobinas
e aproveite a capacidade de cada estágio,
são desenroladas, decapadas nas decapa-
capacidade esta que depende de diversos
gens ácidas de processamento contínuo
fatores, tais como: projeto do laminador,
e, em seguida, são secadas, oleadas e
potência disponível, largura do material,
enroladas novamente. O óleo tem a finali-
taxa de redução da chapa, condições de
dade diminuir o atrito desenvolvido entre
lubrificação entre cilindro e chapa, resis-
cilindro de trabalho e chapa, de forma a
tência do material, planicidade da chapa,
permitir o processo de laminação a frio.
acabamento das superfícies da chapa-ci-
Ele atua, também, como protetor contra
lindros e diâmetros dos cilindros.
a corrosão (oxidação) até seu processa-
mento no processo de recozimento, tanto Normalmente, é na última cadeira de lami-
em caixa como o processo continuo. Vale nação, que é impresso na chapa uma
destacar que este óleo é eliminado durante pequena deformação plástica para conferir ao
estes processos supra citado. produto um melhor acabamento, planicidade
e tolerância dimensional na espessura. Vale
No processo conduzido num trem de lami-
destacar que é na última cadeira de laminação
nação contínuo, com três a seis gaiolas
que é impresso a rugosidade do material.
(cadeiras) de laminadores quádruo, cada
84
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Num trem de laminação com lamina- polidos, a superfícies foscas, obtida com
dores quádruos, comumente promove-se cilindros que sofreram tratamento super-
a redução de 25% a 45% em cada estágio ficial com jato de areia. Neste caso, o resul-
inicial e intermediário e cerca de 10% tado é um acabamento fosco.
a 30% no estágio final; a redução total,
dependendo do produto, pode atingir algo ÓLEO EMULSIVO
da ordem de 90%. Essa redução provoca
a elevação da temperatura da peça e dos É o principal insumo utilizado no processo
cilindros, podendo chegar a aproximada- de laminação a frio. Ele tem características
mente 100ºC. especificas, apresentadas a seguir:
85
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
86
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
87
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
RESOLUÇÃO DOS
EXERCICIOS
1 . A laminação a frio, é um processo
de deformação feito a frio, ou seja, em
temperaturas posicionadas bem abaixo
da temperatura de recristalização dos
aços. Lembrando que para cada passe
(redução na espessura) dado às chapas
de aço, ocorre um incremento na tensão
88
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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PROCESSO DE
RECOZIMENTO
Fala sobre:
_ Introdução
_ Processo de recozimento
_ Definições de recozimento
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
91
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
excessivo crescimento de grão, que nem ciclo térmico, esta é a etapa mais demo-
sempre é desejável. rada em todo o processo.
também, é a temperatura de aqueci- mento com spray de água. Sendo que cada
mento. A escolha da temperatura ideal vai uma destas formas de resfriamento propi-
92
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
que necessitem ser usinadas, e que, após frio, com a finalidade de reduzirem seus
tentes. É realizado após deformação a frio, peças que, durante as diversas etapas de
mento deve ser lento até a temperatura (geralmente acima de Ac1 para aços hipo-
ambiente. É destinado a produzir cresci- eutetóides e entre Ac3 e Acm para os hipe-
93
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
94
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
maior será a área total dos contornos de com os fornos de alta convecção, ocorre
ação para a recristalização. Isto resulta melhor em alguns casos. Outro detalhe
gradual de grãos menores. Este fenômeno é formado por uma atmosfera de gás
95
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
Fonte: autores
97
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Figura 23 - visão geral de um forno tipo campânula, onde pode-se visualizar o abafador,
os convectores, o termopar e a ventoinha da base
Fonte: autores
Isto é devido as propriedades físicas do equipamento, uma vez sabendo que o gás
produtividade.
1 - Menores ciclos de recozimento
98
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Sendo altamente redutor, praticamente não nado uma carga de 100 toneladas para ilus-
existe oxidação superficial, ocorrendo signi- trar a aplicação do perfil térmico na carga.
Figura 24 - comparação entre os perfis térmicos dos processos de alta convecção (hidro-
gênio puro) e fornos convencionais (atmosfera de HN)
Fonte: autores
99
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
100
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
aumentam a superfície externa dos abafa- parede dos abafadores atingem tempera-
dores e também permitem que se utilize turas da ordem de 800ºC. Isto é um dos
um material com menor espessura devido principais fatores que influenciam na vida
a sua maior resistência. Os de aço inox são útil destes equipamentos.
duradouros, em contrapartida são de alto
A figura 26 apresenta um modelo simples
custo. Cada caso deve ser analisado cuida-
de um abafador que pode ser fabricado com
dosamente antes da compra.
aço ao carbono comum ou aço inoxidável.
Durante o processo de recozimento a
Fonte: autores
101
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
resfriamento. A figura 27 apresenta perfis partes mais quentes, que são os “pontos
térmicos em diferentes pontos ao longo quentes” (hot spot).
das bobinas em recozimento. É um ciclo
Vale lembrar que o ponto com mais alta
térmico intencionado à 580ºC por 6 horas
temperatura (650 ºC) está posicionado no
de encharque. São mostrados, na figura,
topo da carga, que, na verdade, é o empi-
as temperaturas mais frias, que são os
lhamento das bobinas para fazer o trata-
“pontos frios” (cold spot), bem como as
mento de recozimento.
Figura 27 - perfis térmicos em diferentes pontos ao longo das bobinas (carga) durante o
processo de recozimento
Fonte: autores
102
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
103
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Figura 29 - visão interna do forno de uma linha de recozimento continuo de chapas finas
Fonte: autores
104
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
RESOLUÇÃO DOS
EXERCÍCIOS
1 – Remover tensões internas, dimi-
nuir a dureza, melhorar a ductilidade,
ajustar o tamanho dos grãos, obter
estruturas favoráveis para submeter o
aço a processos posteriores e eliminar
os efeitos de quaisquer tratamentos
mecânicos anteriores.
105
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
106
PROCESSOS DE
ESTANHAMENTO
Fala sobre:
_ Introdução
_ O que é eletrólise
_ Processo de estanhamento
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
com alta pureza, sobre o metal desejado eletrólise. Isto porque uma linha de esta-
Fonte: autores
108
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
109
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Figura 32 -perfil de uma folha estanhada e de uma folha cromada, em corte, mostrando
as camadas formadas em uma de suas superfícies
Fonte: autores
As folhas metálicas são fabricadas com As folhas cromadas são utilizadas para
111
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
112
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
0,20 1,57 70
0,22 1,73 80
0,25 1,96 90
0,27 2,12 95
T2 53 ± 4 52 ± 4 51 ± 4
SIMPLES
T3 58 ± 4 57 ± 4 56 ± 4
REDUÇÃO
T4 62 ± 4 61 ± 4 60 ± 4
T5 65 ± 4 65 ± 4 64 ± 4
DR520 70 ± 3 70 ± 3 -
DUPLA DR550 73 ± 3 73 ± 3 -
REDUÇÃO DR620 76 ± 3 76 ± 3 -
DR660 77 ± 3 77 ± 3 -
113
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
DR 550 550 ± 70
DR 620 620 ± 70
DR 660 660 ± 70
Tabela 5 - Tipos e valores dos revestimentos (iguais) usuais das folhas metálicas
Nominal (g/m2) Mínimo ensaio triplo (g/m2)*
Tipo
Uma face Duas faces Duas faces
E 1,1/1,1 1,1 2.2 1.6
114
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Tabela 6 - Tipos e valores dos revestimentos diferenciais das folhas metálicas estanhadas
Nominal (g/m2) Mínimo ensaio triplo (g/m2)*
Tipo
Face A Face B Face A Face B
D 2,8/1,1 2,8 1,1 2,25 0,80
Tabela 7 - Valores máximos e mínimos de cromo metálico e óxido de cromo das folhas
cromadas
Tipo Cromo metálico (g/m2) Óxido de cromo (g/m2)
Máximo Mínimo Máximo Mínimo
60
30 140 5 27
Também conhecido como tratamento Tratamento 311 – faixa de 3,5 e 6,5 mg/m2
115
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
REFERÊNCIAS
[1 ]. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. Norma ABNT NBR
6665:2010. Disponível em www.abntcata-
logo.com.br. Acesso em 5 de abril de 2015.
116
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
estanho, com alta pureza, sobre o metal aplicada nos anodos, temperatura da
117
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
118
PROCESSO DE
ZINCAGEM
Fala sobre:
_ Introdução
_ O que é corrosão
_ Principais aplicações
_ Referências Bibliográficas
_ Aspectos de qualidade
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
120
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
que é uma oxidação. Outros relatam que é também, nos meios de comunicação,
proposições estão corretas. Uma corrosão Todas essas estruturas representam inves-
pode ainda ocorrer em diferentes meios. timentos vultosos que exigem uma dura-
bilidade e resistência à corrosão para que
A corrosão é o fenômeno de deterioração justifiquem os valores investidos e evitem
com perda de material devido a modifica- acidentes com danos materiais incalculá-
ções químicas e eletrônicas que ocorrem por veis ou danos pessoais irreparáveis.
reações com o meio ambiente. Ela propicia
a falha direta dos metais quando estão em O ferro e suas ligas são os materiais de
de romper por algum outro mecanismo. e também os mais sujeitos e mais sensíveis
a ação do meio corrosivo. É natural que os
A corrosão pode ocorrer com muita intensi- fenômenos relacionados com a corrosão
dade em estruturas metálicas submersas, tais do ferro sejam os mais estudados e os
como minerodutos, oleodutos, gasodutos, mais conhecidos.
cabos de comunicação e de energia elétrica.
A figura 34 apresenta uma ilustração de três
A corrosão ocorre, também, com bastante diferentes técnicas de combate a corrosão.
intensidade nos meios de transportes, tais
Fonte: autores
121
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
sobre uma chapa de aço laminada a frio para o desenvolvimento de brilho. Quase
É importante frisar que existe uma camada % Zinco-10% Ferro), Alumínio-Zinco (55%
de liga Fe-Zn entre o aço base e a camada Alumínio- e 65% Zinco), dentre outros. É
de zinco fundido para controlar a taxa de contínuo por imersão a quente é relativo a
122
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
falando, a tira de aço atravessa, continua- imersão no banho de zinco (pote). Após
mente, um banho de zinco fundido. A velo- este controle de temperatura, a tira é dire-
cidade chega a ser na ordem de 180 metros cionada através de um túnel de imersão
por minuto (mpm). A secagem e controle eletromecânico, chamado de snout, para
da espessura da camada de revestimento é o banho de metal fundido, conforme
feita através de uma cortina (navalha) de ar mostrado na figura 35, no qual a camada
sob pressão adaptado logo após a saída do metálica é aplicada. Esta figura apresenta
banho fundido. detalhes um pote com banho de zinco.
Pode-se ver o posicionamento do rolo
Após a tira passar pela seção de recozi-
submerso, a navalha de ar e os eletrodos
mento, a temperatura é controlada de tal
de aquecimento do banho.
forma a se manter num valor ideal para
Figura 35 - ilustração de um pote com o banho de zinco num processo de zincagem por
imersão a quente. Pode-se visualizar o posicionamento do rolo submerso, a navalha de ar
e os eletrodos de aquecimento do banho
Fonte: autores
O zinco, também atua de uma maneira e, em anexo, uma tabela com os poten-
especial para proteger o aço em caso de ciais eletroquímicos de alguns elementos
superfície “descoberta” por arranhões, químicos. Pode-se observar, na figura, que
furos e descontinuidades. Essa atuação o zinco sofre corrosão em favor do ferro.
se deve ao fato do zinco ser um metal
eletroquimicamente mais ativo que o
ferro. Neste caso, ocorre a chamada
Proteção Catódica também conhecida
como proteção de sacrifício. A figura 36
apresenta uma amostra de aço revestido
com zinco que sofreu um risco superfície
123
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Figura 36 - amostra de aço revestido com zinco com um risco na superfície (a) e tabela
com potenciais eletroquímicos de alguns elementos químicos (b)
X 85 14
A 160 24
B 250 36
C 315 47
D 390 58
E 450 65
F 510 74
G 580 86
124
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
IMERSÃO C rist a is M in im iz a d os
B o rd as
Consistem de revestimento formado por
As bordas podem ser fornecidas naturais cristais muito menores. São obtidos por
Cr i stai s Normais
A figura 37 é uma apresentação dos prin-
que são chamados de “Flores de Zinco”, as de zincagem por imersão a quente, ou seja,
liso, minimizado e cristais normais.
125
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
75 75 5,0
126
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
165 165 22
150 150 20
75 75 5,0
PROCESSO ELETROZINCADO
DE ZINCAGEM
É uma chapa fina de aço, com baixo teor de
ELETROLÍTICA
carbono, revestida em ambas as faces com
O processo de zincagem eletrolítica (eletro- zinco, aplicado pelo processo de eletrode-
galvanização) ocorre durante a deposição posição. Tem aplicações em vários setores,
do zinco em tanques apropriados a uma destacando-se:
temperatura de aproximadamente 50ºC,
_ Indústria automobilística (painéis
não alterando, portanto, as propriedades
internos e externos, portas, pára-lamas,
mecânicas do material base.
radiadores, ar condicionado e filtros de
Durante o processo eletrolítico, o zinco é óleo);
dissolvido num tanque contendo uma solução
_ Indústria de eletrodomésticos (refrigera-
ácida de sulfato de zinco. Neste referido
dores, lavadoras, secadoras, e freezers);
tanque são posicionados eletrodos com pola-
rização positiva de forma a criar um caminho _ Indústria de eletroeletrônicos (CD
do zinco presente na solução aderindo à tira a players, rádios e amplificadores).
qual está polarizada negativamente.
De um modo geral, ele pode ser usado em
A etapa de recobrimento se faz pelo esco- qualquer aplicação onde é usado o zincado
amento do eletrólito sobre as superfícies comum, mas ele é utilizado somente
da tira de aço por um determinado tempo quando se requer uma menor resistência
que é definido pela velocidade do processo à corrosão.
de tratamento. Os íons positivos de zinco
presentes no eletrólito são reduzidos a
zinco metálico, depositando-se sobre as
superfícies da tira.
127
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
REFERÊNCIAS
[1 ]. ArcelorMittal Vega (2010). Ajuste de
posicionamento da tromba.
128
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
129
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
_ Equipamentos agrícolas;
_ Equipamentos de ar condicionado;
_ Geladeiras e freezers.
130
ESTAMPABILIDADE
DE AÇOS
Fala sobre:
_ Introdução
_ Processos de estampagem
. Corte
. Entalhe
. Funcionamento
. Dobra
. Embutimento
_ Principais aplicações
_ Referências Bibliográficas
_ Aspectos de qualidade
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
baixo índice de sucateamento e uma garantia ções locais dos elementos de volume.
132
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Figura 38 - representação de uma operação de corte numa prensa onde pode se visuali-
zar as laminas e a folga entre elas
Fonte: autores
São operações realizadas por intermédio Vale destacar que existe, no equipamento,
de uma prensa que exerce pressão sobre o chamado anti-rugas para evitar formação
uma chapa apoiada numa matriz. O mate- de ondulações, o que comprometeria a
rial (chapa) é intensamente deformado qualidade das peças.
plasticamente até o ponto em que se
Op e ra çã o d e e n t a lh e
rompe nas superfícies em contato com
as lâminas. A fratura se propaga, então, Pode-se considerar como um corte parcial,
promovendo a separação total do mate- ou seja, quando há corte sem separação
rial. A profundidade que o punção deve ser total da peça. A figura 39 apresenta deta-
penetrado no material a ser cortado está lhes da operação de entalhe.
diretamente relacionado com a ductili-
Figura 39 - detalhes da operação de entalhe
dade do material. Se o material for “frágil”,
pequena profundidade é suficiente para
o corte total. No caso de materiais muito
dúcteis, esta penetração pode ser ligeira-
mente superior à espessura da chapa.
133
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
Fonte: autores
134
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
(copo), caixas e tubos. São obtidos pela ciclo de recozimento e passe adequado no
conformação das chapas, a partir de golpes processo de laminação de encruamento.
de prensa onde são utilizados ferramental Estas variáveis são vitais para garantia da
(punção, matriz e anti-rugas) especial deno- fabricação deste produto. Outro fator rele-
minado estampo de repuxo. A seguir, são vante que deve ser comentado é a impor-
relacionadas algumas definições impor- tância do controle de espessura deste
tantes com relação ao embutimento. material, já que as deformações sofridas no
processo de laminação, principalmente a
O punção é o elemento do ferramental que
frio, propiciam variações de espessuras que
é responsável pela perfuração na chapa.
comprometem o processo. Para garantia
Dependendo do espessura e da cavidade a
de atendimento, foram desenvolvidos lami-
ser feita, a força a ser aplicada neste equi-
nadores de tiras a frio com maior precisão
pamento pode chegar a toneladas.
de espessura, baseados em controle auto-
mais estreitas, ou seja, com faixas mais embutimento gerando lata curta; variações
apertadas. Deve-se ter: um ótimo controle acima do valor alvo conduzem a excesso de
135
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
4 . Lavagem e Secagem;
A seguir são apresentados (Quadro 4)
7. Decoração;
9. Revestimento Interno;
1 0. Cura do Verniz;
1 1 . Formação do Pescoço;
1 2. Formação do Flange;
136
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Quadro 4 - Alguns exemplos de aços com qualidade de estampagem, bem como as res-
pectivas normas ABNT
PRODUTO GRAU ESTAMPAGEM NORMA ESPESSURA (mm)
Chapa Fina Laminada a Frio Qualidade Comercial (QC), NBR06658 0,60
REFERÊNCIAS
[1 ]. BRESCIANI FILHO, Ettore et al. Confor-
mação plástica dos metais. 5.ed. São Paulo:
Unicamp, 1997.
137
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
EXERCÍCIOS
1 . Defina estampagem.
138
TREFILAÇÃO DE
AÇOS
Fala sobre:
_ Introdução
_ Processos de trefilação
_ Tipos de arame
_ Principais aplicações
_ Referências Bibliográficas
_ Aspectos de qualidade
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
O PROCESSO
Os arames são fabricados na bitola ou
diâmetro da seção transversal especifi-
140
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Fonte: autores
Pode-se observar, na figura, que a fieira e) Aços especiais (Cromo-Molibdênio ou
atua como uma espécie de funil reduzindo, Cromo-Vanádio);
consequentemente, o diâmetro do fio
f ) Ferro fundido branco.
máquina. Tal afunilamento, que ocorre na
fieira, é realizado numa região que contém Outro aspecto interessante é o das forças
material cerâmico extremamente duro, que ocorrem na trefilação: por um lado,
que é denominado Widia, ou seja, carbo- na saída do produto se realiza a tração
neto de tungstênio. enquanto que no interior da fieira, ocorrem
forças de compressão.
O material utilizado para a parte ativa da
fieira pode ser de: O processo de fabricação na trefilaria que
é por tração do fio máquina difere do
a) Carbonetos sinterizados (sobretudo
processo que ocorre na extrusão. Nesta, a
WC – Widia);
peça de aço é comprimida contra o molde
b) Diamante (p/ fios finos ou de ligas e só existe uma saída que é a aquela que
duras); possui um perfil, por exemplo, de canto-
neira, perfilado em I, perfilado em T ou
c) Pó de óxidos metálicos sinterizados;
outro semelhante (figura 43).
Fonte: autores
141
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
142
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
EXERCÍCIOS
1 . Cite pelo menos três produtos do
mercado feitos com arame ou a partir de
arame.
143
ENSAIOS
MECÂNICOS
EM AÇOS
Fala sobre:
_ Introdução
_ Tipos de ensaios
_ Uso de normas
_ Referências Bibliográficas
_ Aspectos de qualidade
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
grade ou portão de casa não precisa ter vende um material ou peça e quem os
as mesmas especificações que outro que adquire. Nestes casos, procura-se fazer o
será utilizado para botijões de gás e estes ensaio num instituto independente e por
não precisam ter a qualidade de um aço de meio dos laudos dos resultados define-se
alta resistência utilizado, por exemplo, nos qual a parte incorreta ou que arcará com
145
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
dureza Vickers. Há também outros tipos de _ NBR 6673 – Produtos planos de aço –
dureza, como é o caso da dureza Rockwell, determinação de propriedades mecânicas;
na qual se tenta penetrar a superfície do CP
_ NBR ISO 6892 - Materiais metálicos –
por meio de uma esfera de aço). Há ainda
ensaio de tração à temperatura ambiente;
o ensaio de fadiga (que é aquele no qual
se verifica a resistência a esforços cíclicos), _ NM 264-2 – Chapas e tiras de aço carbono,
ensaios de Charpy (em que se verifica a aço ligado e aço inoxidável ferrítico de
resistência do CP a impactos). baixo carbono – método para determinar
o coeficiente de encruamento mediante
Outra classificação dos ensaios pode ser
ensaios de tração axial;
pelo fato de serem destrutivos ou não
destrutivos. Os primeiros são aqueles nos _ NM-ISO783 1996 - Materiais metálicos -
quais a peça ensaiada é destruída e não Ensaio de tração a temperatura elevada.
poderá mais ser utilizada (fabricam-se os
corpos de prova a partir do material ou peça Vale salientar que os ensaios mecânicos,
inutilizando-a). Entre os exemplos de ensaio normalmente, têm que atender as normas
destrutivo podemos destacar: ensaios de ABNT NBR e por este motivo não tem
tração, compressão, fadiga e charpy. sentido realizar os ensaios sem segui-las.
Este ensaio normalmente gera uma curva Normalmente, os ensaios de dureza são
entre os parâmetros tensão e deformação. realizados mediante a resistência do mate-
Nele procura-se obter a forma da curva, os rial à penetração de uma ferramenta. No
valores dos limites de escoamento e limite caso da dureza Vickers é a resistência à
de resistência do CP. Os corpos de prova penetração no corpo de prova do aço em
são definidos em normas como é o caso da teste, a uma ponta diamantada que pode
norma MB-4 da ABNT que define formatos ser o formato de um losango: mede-se
e dimensões para cada tipo de teste. a marca realizada num determinado
Algumas normas recomendadas para esse aumento e para uma determinada carga
ensaio são apresentadas a seguir: de peso para penetração, por exemplo um
kilo, ou meio kilo. Para o ensaio de dureza
_ NBR 10130 - Chapas de aço – determi- Rockwell e Brinell mede-se o diâmetro da
nação da redução percentual da área pelo marca realizada por uma ponteira de aço
na direção da espessura; de alta resistência, com formato de bola e
para uma carga pré-determinada. Para o
_ NBR 6207 – Arame de aço;
146
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
DICAS PARA OS
ENGENHEIROS,
TECNÓLOGOS,
TÉCNICOS E PESSOAL
DE OPERAÇÃO
Existem muitos outros ensaios, como é o
caso dos ensaios de dobramento, resis-
tência à corrosão etc.
147
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
EXERCÍCIOS
1 . Quais valores podem ser típicos para
ensaio de dureza Rockwell C, de um aço
SAE 1045 nos estados inicial, temperado e
revenido?
148
LOGÍSTICA EM
SIDERURGIA
Fala sobre:
_ Introdução
_ Mercado consumidor
_ Logística e os modais
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
nização interna dos layouts ou arranjos entreposto intermediário num país árabe,
físicos dos equipamentos nas empresas, onde pode fazer grandes estoques de
chos de produtos, do armazenamento transporte até aquele país. Por meio dessas
da conservação ou preservação, da locali- tividade e sem elas não seria viável a venda
A maior vantagem comparativa da Austrália seus produtos de aço. Devido à grande quan-
próxima à China, ao Japão e aos países elevado que é exigida por esses produtos,
do sudeste asiático, onde realmente deve torna-se importante ter malhas viárias para
Como o Brasil está muito distante dos riais e por meio de contratos de longa
países asiáticos que são grandes consu- duração. Um exemplo disso é aquele das
midores de minério de ferro, uma solução indústrias automobilísticas que para fabri-
logística foi a de trabalhar com navios carem as carcaças ou carroceria dos seus
150
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
151
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
quando um país constrói vias férreas siderúrgicas, estocam em seus pátios, fazem
ligando regiões distantes, como é o caso a movimentação, corte em quantidades
de ferrovias lingando o norte ao sul ou menores e comercialização para pequenas
leste a oeste de um país. Os milhares de lojas ou indústrias que, desta forma, podem
quilômetros de linhas férreas vão exigir ser melhor atendidos em suas necessi-
grandes quantidades de trilhos que podem dades. Essas empresas, que atuam local-
comprometer a produção de muitas usinas mente, têm condições de conhecer melhor
siderúrgicas durante anos. seus clientes e atendê-los de modo mais
adequado em termos logísticos, devido à
Após o término da produção para atender
proximidade com seus consumidores.
ao projeto, há também a fabricação para
manutenção pois os trilhos vão ter uma
certa vida útil e periodicamente precisam
LOGÍSTICA E OS
ser substituídos num processo normal de
MODAIS
substituição. A movimentação da grande A questão dos modais está ligada à defi-
quantidade de materiais exige formula- nição da forma como os produtos side-
ções logísticas que visem alcançar um rúrgicos serão entregues aos clientes.
menor custo, um tempo adequado e a Normalmente, nas siderúrgicas, existem
entrega do produto dos trilhos nas condi- departamentos que cuidarão dos despa-
ções necessárias pelos clientes para que chos de produtos, da definição dos locais de
não sejam obrigados a adquirir seus mate- armazenamento intermediário, dos meios
riais no exterior. de transporte, seus custos, quantidades
e planejamento da entrega ao cliente,
EXEMPLO DE alocando recursos e procurando atender
ATENDIMENTO A prazos e custos condições diversas. O
CLIENTES MENORES planejamento da entrega dos produtos ao
cliente em quantidades, prazos e condi-
Como já se mencionou anteriormente, para
ções de entrega exige o conhecimento dos
clientes pequenos que adquirem poucas
meios de transporte e muita negociação.
toneladas de aço, ou mesmo alguns quilos,
as grandes siderúrgicas integradas rara- Quando há condições adversas, como é o
mente atendem esses tipos de clientes. caso de greves ou acidentes, é preciso veri-
ficar se existem alternativas para o atendi-
O atendimento é realizado de forma indireta
mento aos clientes e bem como na questão
por meio de empresas distribuidoras de
dos custos, quem arcará com os custos
produtos siderúrgicos. Tais empresas locali-
extras e se isso será viável para as partes.
zam-se próximo aos grandes centros consu-
midores ou em regiões onde há grande Os contratos de fornecimento dos mate-
concentração industrial. Os distribuidores riais para os clientes das siderúrgicas
de aço adquirem grandes quantidades das normalmente preveem multas para
152
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
153
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
154
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
155
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
de material siderúrgico?
156
SAUDE,
SEGURANÇA
E HIGIENE NA
SIDERURGIA
Fala sobre:
_ Introdução
_ Riscos e contramedida
_ Referências Bibliográficas
_ Exercícios resolvidos
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
159
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Trabalhar de acordo
com as normas da área.
Realizar os procedi-
Verificar se não há mentos de segurança
avermelhamento ou de diminuição da carga,
Carcaça
aumento anormal de aumento da velocidade
temperatura de refrigeração pela
camisa de água, realizar
reparo dos refratários.
Utilizar EPIs.
Permitir o transito
Alta temperatura somente em áreas
Estação de Dessulfu- permitidas e usar EPI.
Local do sopro
ração
Usar EPI e ficar em
Respingos do sopro
áreas protegidas
160
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
161
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
Seguir os procedi-
Máquinas pesadas mentos de segurança da
área em consideração.
Seguir os procedi-
Cuidados com a movi-
mentos de segurança da
mentação
área em consideração.
Definir caminhos
seguros para as pessoas
andarem. Evitar ficar
sob cargas em movi-
Movimentação e mento que estão sendo
Pátio de placas
estoque de materiais Cuidados com material transportadas por
quente em resfriamento pontes rolantes pois
e com material pesado em caso de queda de
tais materiais podem
ocorrer acidentes sérios.
Seguir os procedi-
mentos de segurança da
área em consideração.
Seguir os procedi-
Riscos de incêndio e
Fábrica de oxigênio Oxigênio líquido mentos de segurança da
explosão.
área em consideração.
Verificar regularmente
Utilidades: geração de Seguir os procedi-
Cuidados com as condi- os equipamentos.
vapor e tratamento de mentos de segurança da
ções locais de trabalho Trabalhar em níveis
água. área em consideração.
seguros.
162
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
DICAS PARA OS
ENGENHEIROS,
TECNÓLOGOS,
TÉCNICOS E PESSOAL
DE OPERAÇÃO
_ É preciso trabalhar sempre com segu-
rança, nossa e dos colegas, para se ter
sustentabilidade;
163
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
EXERCÍCIOS
1 . No pátio de matérias-primas, nos locais
onde se armazena carvão, que riscos
podem ocorrer com esse tipo de material?
164
GLOSSÁRIO
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
167
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
169
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
G a s ôm e t ro - é dispositivo ou instalação
Fo r no el ét rico a arco – é um tipo de
dispositivo próprio para recolher gases em
forno de fusão de aço no qual se trabalha
formação.
com eletrodos trifásicos ou bifásicos. Eles
exigem a definição de um programa de G e rm â n io - quím elemento químico de
potência e durante sua operação geram número atômico 32, símbolo Ge e que é
ruídos intensos e muito fortes que ao longo semicondutor.
do tempo podem causar surdez nos opera-
dores que trabalham próximo aos fornos. I n form a çã o – é o resultado do proces-
samento de dados, é matéria prima para a
Fo r no co m qu eimador a gás – são tomada de decisão. É unidirecional.
fornos cujo aquecimento é realizado por
meio de bicos queimadores de gás. La m in a çã o – processo no qual o aço
no estado sólido é passado entre rolos
Fo r no com qu eimador a óleo - são que diminuem a espessura do material
fornos cujo aquecimento é realizado por ou então lhe fornecem um formato por
meio de bicos queimadores de óleo. exemplo de vergalhões ou perfilados.
170
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
puro para que ocorra nele um bom resfria- M ate ria l – é tudo aquilo que tem exis-
mento. Esse bico é soldado nos tubos tência física e pode compor objetos.
de aço mencionados. A lança é testada a
M até ria - p rim a – material que é utili-
alta pressão e vazão e não pode ter vaza-
zado na entrada de um processo para ser
mento, antes de sua liberação para uso em
trabalhado e resultar num produto.
operação de sopro no convertedor.
M e io a m b ie n te – é a condição local de
L i g a – novo material produzido a partir
um determinado sistema no qual se insere
da união de um metal de base associado
um estudo.
a pelo menos um ou a um segundo ou
terceiro ou quarto ou quinto etc ou mais M e t a l – material que se caracteriza pela
tipos de materiais componentes. A liga presença da ligação metálica, condução
passa a ser um novo tipo de metal com elétrica e de calor, possui o brilho metálico
propriedades diferenciadas. característico e possui poucos elétrons na
última camada atômica.
L i g ação met álic a – é um tipo de
ligação química que ocorre nos metais. Ela M e t a log ra fia – é o estudo das proprie-
se caracteriza por compartilhar elétrons da dades e estrutura de metais e ligas com a
última camada que formam uma espécie aplicação do microscópio.
de nuvem eletrônica que é compartilhada
no material. M in e ra l – é material não orgânico, que
é natural e que é obtido por meio de
L i g ação qu ímica – é o processo de extração na terra.
união entre átomos formando moléculas.
M in é rio – é mineral ou rocha existente
Maçari co – é um dispositivo que envia em regiões da Terra, que podem ser
gás por um tubo, e o despeja sobre uma processados por meios mecânicos, físicos
chama produzida pela quima de um gás e químicos para a extração de uma ou
comburente, e que é usada para soldar ou mais substâncias que sejam úteis para a
fundir metais. sociedade.
Mag neti s mo - propriedade física dos M oin h os – são máquinas cuja finalidade
materiais (metálicos ou cerâmicos) que os é a moagem ou a comunuição em tama-
torna ferrognéticos nhos menores que aquele fornecido pelos
britadores. Os moinhos pode ser de bolas,
Mar tê mpera - é um tipo de tratamento
de barras etc.
térmico no qual se realiza uma têmpera
de aços normalmente em um banho de N iób io - elemento químico de número
sal derretido a uma temperatura e que é atômico 41, cujo símbolo é Nb. Ele é empre-
interrompida logo acima da temperatura gado em aços e ligas metálicas. Funde-se
de início da martensita. a 2400 graus centígrados e é utilizado na
171
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
fabricação de turbinas de aviões e motores tituído por elétrons e íons positivos livres,
de foguetes. de forma que a carga elétrica total é nula.
Ni tretaçã o - é um tratamento termo- Polí m e ros – materiais que não são metá-
químico realizado em fornos com atmos- licos e nem cerâmicos. Eles são derivados
feras ricas em nitrogênio e cuja finalidade de carbono, ou seja, contem carbono em
é enriquecer a superfície do aço em nitro- suas estruturas químicas de monômeros
gênio, formando nitretos que vão ajudar a que se repetem, formando moléculas de
fornecer a resistência mecânica na super- alto peso molecular.
fície.
Polu içã o – é a degradação das caracte-
Ond as eletromagn ét ic as - são rísticas físicas ou químicas do ecossistema,
pulsos energéticos capazes de se propagar por meio da remoção ou adição de subs-
no vácuo. tâncias denominadas poluentes.
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
1 74
Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
corpos. A medição é realizada quando se entre 610 a 2438 mm, espessuras entre
sujeito à medição.
Tira s La m in a d a s a F rio - larguras
Term opar – é dispositivo constituído por entre 400 e 1650 mm, espessura entre
Ti jol os re f ratários – São peças com que irá lacando ou cortando pedaços que
formato de tijolos que vão ser utilizadas saem na forma de cavaco, fazendo com
para serem unidas por argamassa refra- que a peça alcance o formato final.
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Te c n o l o g i a s i d e r ú r g i c a
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