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1.

Transcrição do Salmo1

Salmo 141 (140)


1
Senhor, estou te chamando, vem depressa,
escuta minha voz quando te chamo.
2
Aqui está minha súplica,
como incenso em tua presença;
como oferta da tarde.

3
Coloca, Senhor, um guarda em minha boca,
uma sentinela á porta de meus lábios.
4
Não inclines meu coração a nenhum mau assunto,
a cometer crimes perversos
com homens malfeitores.
Não serei comensal em seus banquetes.

5
Que o justo me golpeie e o leal e reprove,
o unguento do ímpio não perfume minha cabeça;
minha súplica persiste em suas desgrasças.
6
Seus chefes foram precipitados de um rochedo,
embora ouvissem minhas palavras amáveis.
7
Como alguém que lavra e fende a terra,
seus ossos se espalharam à boca do Abismo.
8
Sim, Senhor, a ti se voltam meus olhos,
em ti me abrigo, não desnudes meu pescoço.
9
Guarda-me do laço que me estenderam,
da armadilha dos malfeitores.
10
Caiam os perversos em suas próprias redes,
Enquanto eu consigo passar.

1
Cf. BÍBLIA DO PEREGRINO. 3ed. São Paulo 217
2. Contexto no Saltério – explicação do título

O Salmo 141, está localizado dentro do quinto grupo de livros dos Salmos,
especificamente na coleção que trata da do “futuro de Davi” (Sl 137-145). “2É
importante estes salmos estão interlaçados nos termos e nos motivos, os salmos 140 e
141 faz alusões dos episódios da vida de Davi.” Luis Alonso Schökel na Bíblia do
peregrino não traz um tema especifico para o salmo 141, mas a Bíblia de Jerusalém
tem como tema “Contra a sedução do mal”.

3. Analise do gênero literário

O Salmo 141 tem um tom de lamentação individual de alguém que pede


intensamente em vista de ser escutado, no início temos um recurso confiante a Deus,
uma forma de petição de castigo ao inimigo. Luis Alonso Schökel na nota de rodapé
da Bíblia do Peregrino da exemplos dos pedidos de súplica e pedidos que podemos
classificar como tom individual, por exemplo o v. 1 “Senhor estou te chamando, vem
depressa escuta minha voz quando te chamo.” São pedidos a Deus em tom de
lamentação individual.
3
Esta passagem também traz indícios de desespero, e oferece também indícios
que permitem conjeturar uma situação particular. Há também clima de hostilidade,
fragmentos de algumas relações boas, como por exemplo ainda o banquete apetitoso,
palavras amáveis e intercessões. Este Salmo também expressa uma preocupação com
os perigos espirituais, como por exemplo o pecado de pensamento, de palavras e
ações, que são derivadas das, mas inclinações do coração como é o caso do ímpio,
portanto o salmista está constantemente atento e em oração, para não tender ao mal
justamente a está hostilidade. Com sua confiança a Deus o salmista clama a Deus
pedindo proteção e se colocando em oposto ao ímpio.

4. Análise dos paralelismos e procedimento (artifícios) poético do salmo 141


(140)

vv1. [1a.] Senhor, estou te chamando, vem depressa,


[1b.] escuta minha voz quando te chamo.
2
Cf. LORENZIN, TIZIANO.1ed. Ed.Vozes – RJ; 2020: p. 225
3
Cf. SALMOS II. SCHÖKEL, ALONSO; São Paulo, Paulus – 1998: p. 1605
“Temos um paralelismo sintético pois a primeira frase está completando a segunda, não
há contraste entre as duas frases [1b.] da continuidade ao pensamento criado na primeira
frase.”

vv2. 2a. Aqui está minha súplica, como incenso em tua presença;
2b. minhas mãos levantadas como oferta da tarde.
“Aqui temos um sinonímico repetido duas vezes a expressão minha súplica da primeira
linha 2a. é sinônimo de mãos levantadas da 2b; e temos também na 2a. como incenso
com a da 2b. como oferta da tarde que são sinônimos também.”

vv3. 3a. Coloca, Senhor, um guarda em minha boca,


3b. uma sentinela á porta de meus lábios.
“Temo um paralelismo sinonímico duplamente a palavra guarda da 3a. é sinônimo da
palavra sentinela da 3b. e temos a palavra boca da 3a. que é sinônimo da palavra lábios
da 3b.”

vv4. 4a. Não inclines meu coração a nenhum mau assunto, a cometer crimes perversos
4b. com homens malfeitores. Não serei comensal em seus banquetes.
“Neste versículo há um paralelismo sintético, a segunda linha a 4b. está completando a
o sentido da primeira da 2a.”

vv5. [5a.] Que o justo me golpeie e o leal e reprove,


[5b.] o unguento do ímpio não perfume minha cabeça;
[5c.] minha súplica persiste em suas desgrasças.
“Temos um continuo paralelismo sintético tendo a completude na última linha a [5c.]
com uma sintetiza plena a todas as linhas tendo em vista que em todas as linhas o
assunto tem seu termino.”

vv6. [6a.] Seus chefes foram precipitados de um rochedo,


[6b.] embora ouvissem minhas palavras amáveis.
“Este versículo é caracterizado por um paralelismo sintético a duas linhas estão em
perfeita ligação a [6b.] sintetiza o discurso começado na [6a.].”

vv7. [7a.] Como alguém que lavra e fende a terra,


[7b.] seus ossos se espalharam à boca do Abismo.
“Aqui temos um paralelismo sinonímico, a palavra lavra da [7a.] é sinônimo de
espalharam [7b.].”

vv8. [8a.] Sim, Senhor, a ti se voltam meus olhos,


[8b.] em ti me abrigo, não desnudes meu pescoço.
“Neste presente versículo temos um paralelismo sintético, a descrição da [8b.] da
completude ao assento iniciado na [8a.].”

vv9. [9a.] Guarda-me do laço que me estenderam,


[9b.] da armadilha dos malfeitores.
“Temos, portanto, um paralelismo sinonímico, a palavra laço da [9a.] é sinônimo da
palavra armadilha da [9b.].”

Vv10. [10a.] Caiam os perversos em suas próprias redes,


[10b.] Enquanto eu consigo passar.
“Este versículo é caracterizado por um paralelismo sintético, a ultima linha da [10b.]
completa e da sentido a primeira frase da [10a.].”

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