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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS


COLEGIADO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

A tendência e a baixa da taxa de lucro em Marx

Trabalho acadêmico apresentado como


instrumento avaliativo para a disciplina de
Economia Política (teórica T02) do Curso de
Ciências Econômicas da Universidade
Estadual de Santa Cruz.
Docente: Zilney Matos de Almeida

Discente: Lucas Lemos Sousa

Ilhéus, BA
JUL. /2023
Resumo

A teoria da taxa de lucro decrescente é um dos principais aspectos da teoria econômica


desenvolvida por Karl Marx. Segundo Marx, a tendência de queda da taxa de lucro é inerente ao
sistema capitalista e é resultado das contradições internas do modo de produção capitalista.

Esta teoria é discutida principalmente em seu livro Ya Asima. Para Marx, a taxa de lucro é
determinada pela relação entre o valor produzido pelo trabalho e o capital investido. A margem
de lucro é calculada como a relação entre o lucro e o capital total investido. No entanto, segundo
Marx, essa taxa tende a diminuir com o tempo. A tendência de queda das margens de lucro
depende de três elementos-chave a serem analisados:

1.Aumento da composição orgânica do capital: Marx enfatizou que, no curso do


desenvolvimento capitalista, a proporção de capital fixo (máquinas, equipamentos, tecnologia) e
capital variável (salários pagos aos trabalhadores) aumenta continuamente. Esta é a síntese
orgânica do aumento de capital. À medida que o capital fixo se torna mais importante, é
necessário maior investimento inicial em máquinas e tecnologia, o que reduz a participação do
capital variável. Isso leva a uma diminuição na relação entre trabalho vivo e capital morto e,
portanto, a uma diminuição na taxa de lucro.
2. Uma tendência de queda na taxa absoluta de lucro: Segundo Marx, o desenvolvimento
tecnológico e a competição capitalista levam a uma pressão constante para aumentar a
produtividade do trabalho. O aumento da produtividade permite que você produza mais com
menos mão de obra. Como resultado, o trabalho cria menos valor em relação ao capital
investido, levando a uma tendência de queda na taxa de lucro.

3. Redução relativa do trabalho necessário: Marx também observou que o desenvolvimento


tecnológico e a automação reduzem o trabalho humano necessário para produzir bens. Isso
significa que quando a produtividade aumenta, menos trabalho é necessário para produzir a
mesma quantidade de bens. Como resultado, o trabalho cria menos valor em relação ao capital
investido, resultando em uma menor taxa de lucro. Esses três fatores interagem e reforçam a
tendência de queda das margens de lucro. No entanto, deve-se notar que Marx não afirmou que a
taxa de lucro cairia sem parar, mas sim que havia uma tendência secular de queda da taxa de
lucro. Reconhece a existência de contradições e contra mecanismos que podem modificar ou
reverter temporariamente essa tendência, como crises econômicas, mudanças na distribuição de
renda e luta de classes. No entanto, a teoria de Marx sobre a queda da taxa de lucro tem sido
debatida e criticada.

Diz-se que a queda da taxa de lucro não é inevitável e que existem fatores que podem compensar
ou superar essa queda. Outros criticam a própria teoria marxista do valor, alegando que ela não
leva em conta adequadamente as complexidades e nuances do sistema econômico. economia
capitalista. Em resumo, a teoria de Marx sobre a queda da taxa de lucro está no cerne de sua
análise crítica do capitalismo. Confirma as contradições internas do sistema capitalista e afirma
que a tendência de queda da taxa de lucro é uma das forças motrizes que levam à crise e à
transformação do modo de produção capitalista.

No entanto, é importante considerar outras perspectivas e abordagens para obter uma


compreensão mais completa da economia atual e das forças que influenciam a formação do
lucro.

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