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LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO

LTCAT – LEI 8213/1991 – DECRETO 3048/1999

HEMURA EMBALAGENS EIRELI

MAIO / 2022
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CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE
TRABALHO

SUMÁRIO
1 DADOS DA EMPRESA E DO AVALIADOR: ............................................................................................. 2
2 OBJETIVO: ............................................................................................................................................. 5
3 RESSALVAS E PRINCÍPIOS ................................................................................................................... 6
4 BASE LEGAL: ......................................................................................................................................... 6
5 DAS CONDIÇÕES PARA CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL ............................................. 7
6 DO LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO (LTCAT). ............................... 10
7 DOS SETORES E FUNÇÕES EXISTENTES NA EMPRESA ................................................................... 11
8 DOS RISCOS RECONHECIDOS NOS AMBIENTES DE TRABALHO DA EMPRESA .............................. 12
9 DETALHAMENTO DOS AGENTES NOCIVOS RECONHECIDOS ........................................................... 13
9.1 RUÍDO ................................................................................................................................................ 13
9.1.1 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................................. 15
9.1.2 HISTÓRICO LEGAL DA APOSENTADORIA ESPECIAL PELA EXOPSIÇÃO AO RUÍDO .................. 18
9.1.3 AVALIAÇÃO TÉCNICA DO RUÍDO .................................................................................................. 19
9.1.4 INSTRUMENTAÇÃO UTILIZADA PARA A AVALIAÇÃO DO RUÍDO ................................................ 20
9.1.5 NEUTRALIZAÇÃO DO RUÍDO E CESSÃO DA APOSTENADORIA ESPECIAL. ................................ 23
9.1.6 RESUMO PARA A ANÁLISE TÉCNICA DO AGENTES NOCIVOS RUÍDO ........................................ 25
10 VISTORIA ............................................................................................................................................ 26
11 DESENVOLVIMENTO DO LAUDO ....................................................................................................... 26
11.1 Descrição das funções: .................................................................................................................. 26
11.2 Da Análise Preliminar da Exposição aos Agentes Nocivos: .......................................................... 26
11.3 Métodos de avaliação: .................................................................................................................... 26
11.4 Metodologia Qualitativa: ................................................................................................................. 27
11.4.1 Metodologia Quantitativa: ........................................................................................................... 27
11.4.2 Setores Avaliados: ....................................................................................................................... 27
12 DESCRIÇÃO DO SETOR GES 1: .......................................................................................................... 29
12.1 ATIVIDAES VINCULADAS: .............................................................................................................. 29
12.1.2 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DOS RISCOS GES 1: ........................................................................ 30
12.1.3 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DOS RISCOS GES 1: ..................................................................... 30
13 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ....................................................................................................... 31
14 CONCLUSÃO FINAL ............................................................................................................................ 32
15 CONCLUSÃO RESUMIDA DO ENQUDRAMENTO À APOSENTADORIA ESPECIAL DOS GES ............ 33
16 ENCERRAMENTO ................................................................................................................................ 34
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1. DADOS DA EMPRESA E DO AVALIADOR:

RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO


THIAGO WENDT ANTUNES
LTCAT:

CNPJ/CPF: 090.578.456-10

ENDEREÇO: RUA GUARACY JANUZZI, 33, SANTA CRUZ

CIDADE/ESTADO: UBÁ/MG

CONTATO TELEFÔNICO: (32)99125-4941

CONTATO ELETRÔNICO: TWANTUNES@YAHOO.COM.BR

RESPONSÁVEL TÉCNICO: THIAGO WENDT ANTUNES

ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/


FORMAÇÃO TÉCNICA/CONSELHO DE CLASSE
CREA/MG 186286/D

EMPRESA AVALIADA – RAZÃO SOCIAL: HEMURA EMBALAGENS EIRELI

EMPRESA AVALIADA – NOME FANTASIA: HEMURA EMBALAGENS

CNPJ: 15.709.418/0001-40

RESPONSÁVEL LEGAL PELA EMPRESA: MURILO DE OLIVEIRA BAFFA

CONTATO TELEFÔNICO: (32) 3577-1700

CONTATO ELETRÔNICO: FINANCEIRO@ONDULAREMBALAGENS.COM.BR

RUA SEBASTIÃO CONTIN – N° 348 – NOVO


ENDEREÇO:
HORIZONTE – CEP: 36.510-000

CIDADE/ESTADO: RODEIRO / MG

17.33-8-00 – FABRICAÇÃO DE CHAPAS E DE


CNAE PRINCIPAL:
EMBALAGENS DE PAPELÃO ONDULADO

2 (DOIS) CONFORME NR 4 DA PORTARIA 3.214

DO EXTINTO MINISTÉRIO DO TRABALHO E


GRAU DE RISCO
EMPREGO (ATUAL MINISTÉRIO DO TRABALHO

E PREVIDÊNCIA)

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 02 (DOIS)


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Comprovante de Inscrição e Situação Cadastral da Empresa – Fonte: Receita Federal do Brasil


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Habilitação do Responsável técnico do Laudo - Fonte – CREA/MG


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2 OBJETIVO:

O objetivo deste Laudo Técnico é de cumprir as exigências da legislação

previdenciária (Art. 58 da Lei 9528 de 10/12/1997), dar sustentabilidade técnica às

condições ambientais existentes na empresa e subsidiar o enquadramento de tais

atividades no tocante ao recolhimento das denominadas Alíquotas Suplementares

do Seguro de Acidentes do Trabalho (SAT). Será também o responsável pelo

levantamento das condições ambientais do local de trabalho, detalhando, além dos

agentes nocivos, as datas das alterações ou mudanças das instalações físicas ou

de layout dos ambientes. Este Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho

servirá como base para a elaboração do PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário

e no enquadramento da atividade exercida sob condições especiais, respeitadas os

diplomas normativos acerca destas temáticas.

A comprovação da efetiva exposição do

segurado aos agentes nocivos mediante

formulário, na forma estabelecida pelo Instituto

Nacional do Seguro Social – INSS, emitido pela

empresa ou seu preposto, com base em Laudo

técnico de condições ambientais do trabalho

expedido por médico do trabalho ou engenheiro

de segurança do trabalho nos termos da

legislação trabalhista. (Artigo 58, § 1º da Lei

8.213/91 com redação dada pela Lei nº 9.732, de

11.12.98).
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3 RESSALVAS E PRINCÍPIOS

O presente Laudo Técnico obedeceu aos seguintes princípios:

a) O Laudo Técnico apresenta todas as condições limitativas impostas pela

metodologia empregada, que afetam as análises, opiniões e suas conclusões;

b) Os signatários inspecionaram pessoalmente as instalações da empresa onde

são exercidas atividades laborais;

c) O Laudo Técnico foi elaborado com estrita observância aos postulados

constantes do Código de Ética Profissional;

d) Os signatários não têm nenhuma inclinação pessoal em relação à matéria

neste laudo, e nem contemplam para o futuro, qualquer interesse nos bens,

objetos desta avaliação.

4 BASE LEGAL:

• Lei Federal nº. 6.514/77 – Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do

Trabalho, relativa à Segurança e Medicina do Trabalho;

• Portaria nº. 3.214/78 - Aprova as Normas Regulamentadoras – NR, do Capítulo V do Título II, da

Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.

• Norma ANSI S.3.19-1974 e ANSI S.12.6-1997B;

• NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health – Criteria for a Recommended

Standard – Occupational Noise Exposure;

• ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists;

• Instrução Normativa INSS/PRES Nº. 77, de 21 de janeiro de 2015 - DOU de 22/01/2015;

• Decreto 3.048/99 e suas alterações de junho de 2003 e seus anexos.


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• Lei 8.813/91 - Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras

providências.

• Decreto 10410/20 - Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no

3.048, de 6 de maio de 1999.

• Instrução Normativa PRES/INSS n° 128 de 28 de março de 2022 – DOU de 29/03/2022

5 DAS CONDIÇÕES PARA CONCESSÃO DA APOSENTADORIA ESPECIAL

ART. 146: A partir de 29 de abril de 1995, data da publicação da Lei nº 9.032, a

caracterização de atividade como especial depende de comprovação do tempo

de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, durante quinze, vinte ou

vinte e cinco anos de atividade com efetiva exposição a agentes nocivos

químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à

integridade física, observada a carência exigida.

Qualquer que seja a data do requerimento dos benefícios, as atividades exercidas

deverão ser analisadas da seguinte forma:

PERÍODO TRABALHADO ENQUADRAMENTO

Quadro anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964. Anexos I e II

do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 83.080, de 1979.


De 05/09/60 a 28/04/95
Formulário: CP/CTPS; LTCAT, obrigatoriamente para o

agente físico ruído.

Código 1.0.0 do Anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964. Anexo

I do Decreto nº 83.080, de 1979.


De 29/04/95 a 13/10/96
Formulário: LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,

obrigatoriamente para o agente físico ruído


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Código 1.0.0 do Anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964. Anexo

I do Decreto nº 83.080, de 1979.


De 14/10/96 a 05/03/97
Formulário: LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,

para todos os agentes nocivos.

Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 2.172, de 1997.

De 06/03/97 a 31/12/98 Formulário: LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,

para todos os agentes nocivos.

Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 2.172, de 1997.

Formulário: LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,

para todos os agentes nocivos, que deverão ser

confrontados com as informações relativas ao CNIS para a


De 01/01/99 a 05/05/99
homologação da contagem do tempo de serviço especial

nos termos do art. 19 e § 2º do art. 68 do RBPS, com redação

dada pelo Decreto n.º 4.079, de 2002.

Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999.

Formulário: LTCAT ou demais Demonstrações Ambientais,

para todos os agentes nocivos, que deverão ser

confrontados com as informações relativas ao CNIS para a


De 06/05/99 a 31/12/03
homologação da contagem do tempo de serviço especial

nos termos do art. 19 e § 2º do art. 68 do RBPS, com redação

dada pelo Decreto n.º 4.079, de 2002.

Anexo IV do RBPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 1999.

Formulário que deverá ser confrontado com as informações

relativas ao CNIS para a homologação da contagem do

tempo de serviço especial nos termos do art. 19 e § 2º do


A partir de 01/01/2004
art. 68 do RBPS, com redação dada pelo Decreto n.º 4.079,

de 2002.
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Para os efeitos técnicos e legais, neste documento, considera-se se trabalho

permanente, aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no

qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente

nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço.

Aplica-se também o disposto acima aos períodos de descanso determinados

pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de

gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários,

bem como aos de percepção de salário maternidade, desde que, à data do

afastamento, o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.

Entende-se por agentes nocivos aqueles que possam trazer ou ocasionar danos à

saúde ou integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função

de sua natureza, concentração, intensidade e fator de exposição aos seguintes

agentes:

• Agentes Físicos: O que determina o benefício é a efetiva exposição de modo

habitual e permanente acima dos limites de tolerância especificados na

legislação previdenciária, quando for o caso, para a exposição a ruídos e

temperaturas anormais ou exposição a atividades, tais como: vibração,

radiações ionizantes, pressão atmosférica anormal, que independem de limite

de tolerância.

• Agentes Químicos: O que determina o benefício é a presença do agente no

processo produtivo e sua constatação no ambiente de trabalho em condições

de causar danos à saúde ou a integridade física do trabalhador. Para fins de

reconhecimento como atividade especial, em razão da exposição a agente

químico considerado o RPS vigente à época dos períodos laborados, a

avaliação deverá contemplar todas aquelas substâncias existentes no

processo produtivo.

• Agentes Biológicos: O que determina a concessão do benefício é a efetiva


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exposição aos agentes citados unicamente nas atividades relacionadas no

Anexo IV do Decreto nº. 3.048/99, nas formas de microrganismos e parasitas

infecciosos vivos e suas toxinas, tais como: Bactérias, Fungos, Parasitas,

Bacilos, Vírus, etc. O reconhecimento como atividade especial em razão da

exposição a agentes biológicos de natureza infecta- contagiosa e em

conformidade com o período de atividade será determinado pela efetiva

exposição do trabalhador aos agentes citados nos decretos respectivos.

• Associação de Agentes: O reconhecimento de atividade como especial, em

razão de associação de agentes, será determinado pela exposição aos

agentes combinados exclusivamente nas tarefas especificadas, devendo ser

analisado considerando os itens dos Anexos dos Regulamentos da

Previdência Social, vigentes à época dos períodos laborados.

Observação: Todos os agentes de risco serão detalhados neste laudo

técnico, bem como as nocividades causadas pelo mesmo ao organismo humano

e os critérios normativos para a avaliação dos mesmos e verificação das

condições nocivas ao trabalhador.

6 DO LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE TRABALHO (LTCAT).

Art. 154. Deverá ser exigida a apresentação do LTCAT para os períodos de

atividade exercida sob condições especiais apenas a partir de 29 de abril de 1995,

exceto no caso do agente nocivo ruído ou outro não arrolado nos decretos

regulamentares, os quais exigem apresentação de laudo para todos os períodos

trabalhados
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7 DOS SETORES E FUNÇÕES EXISTENTES NA EMPRESA

Abaixo, segue tabela evidenciando os setores existentes bem como as respectivas funções desempenhadas nos setores e

o número de funcionários em cada função.

Setor Função N° de funcionários

Produção Operador de Máquinas 02

TOTAL 01 Setor e 02 Funcionários


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8 DOS RISCOS RECONHECIDOS NOS AMBIENTES DE TRABALHO DA EMPRESA

Através de avaliações prévias, executadas por visitas in loco, bem como da

análise dos documentos disponibilizados pela empresa, foram reconhecidos, de uma

forma geral, os riscos ambientais abaixo elencados, que serão detalhados em seções

posteriores deste laudo técnico:

Físicos Ruído
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9 DETALHAMENTO DOS AGENTES NOCIVOS RECONHECIDOS

9.1 RUÍDO

“De maneira científica define-se o som, como um fenômeno físico ondulatório e

periódico, resultante das variações de pressão em um meio elástico as quais se

sucedem com regularidade”.

“O Ruído é uma mistura de sons e tons de diversas freqüências, diferindo entre

si por um valor inferior ao poder de discriminação do ouvido”.

De maneira simples pode se definir ruído como um som desagradável, capaz de

produzir desconforto e mal estar e dependendo de sua intensidade e duração, causar

a perda auditiva e ainda acarretar outros distúrbios funcionais no organismo.

Quando um indivíduo é exposto excessivamente a ruídos, acima dos limites de

tolerância estabelecidos para a média dos trabalhadores, o seu organismo pode

apresentar diversos tipos de distúrbios, além daqueles inerentes ao próprio sistema

auditivo. Além disso, problemas envolvendo comunicação, perda da eficiência no

trabalho, perda da capacidade de concentração, aumentam as possibilidades da

ocorrência de acidentes.

Qualquer ruído ocupacional que cause alterações no sistema auditivo representa

uma ameaça de SURDEZ PROFISSIONAL, que poderá ser temporária ou permanente.

A SURDEZ PERMANENTE por trauma sonoro, é devido à destruição das células

sensoriais do órgão de corti, sendo, portanto, uma SURDEZ DE PERCEPÇÃO. Essa

perda é irreversível podendo atingir proporções tais a incapacitar o indivíduo para

comunicação oral.

As perdas de audição por trauma sonora se caracterizam por iniciar na faixa de

frequência entre 3.000 Hz a mais frequentemente 4.000 Hz. O início do processo de

surdez profissional pode ser constatado através de exame audiométrico; a perda da

audição ao redor de 4.000 Hz aparece no audiograma com um formato característico

a que se deve sua denominação de GOTA ACUSTICA. Esta perda auditiva ocorre de
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forma bilateral e simétrica. Abaixo, segue uma ilustração do que está sendo

mencionado neste parágrafo:

Além da audição, outras funções e órgãos, tais como o sistema cardio-vascular,

sistema endócrino, etc; poderão ser afetadas pelos excessivos níveis de ruído, além

de reações de irritabilidade, ansiedade e sensação de desconforto, tendo como

conseqüência a perda de produtividade e qualidade do trabalho, em razão da

dificuldade nas comunicações e erros na interpretação das mensagens. Abaixo, de

forma ilustrativa, será apresentado o aparelho auditivo:

Parte Mecânica do Ouvido

Onda sonora

Parte
Neurológica do
Ouvido

A linha vermelha representa a trajetória da onda sonora até que seja percebida

e compreendida pelo cérebro. As Perdas Auditivas por Ruído Ocupacional (PAIRO)

acometem, predominantemente a parte neurológica do ouvido.


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9.1.1 LEGISLAÇÃO

A legislação brasileira considera como prejudiciais à saúde as atividades ou

operações que implicam exposições a níveis de ruído continuo ou intermitente por

tempos superiores aos limites de tolerância fixadas no Anexo I (Norma

Regulamentadora NR-15 da Portaria 3.214, de 08 de junho de 1.978, do Ministério do

Trabalho e Emprego).

Para fins de aplicação dos limites de tolerância, é considerado ruído continuo ou

intermitente, o ruído que não é de impacto. Ruído de Impacto é o que apresenta picos

de energia acústica de duração inferior a 1 (Um) segundo, a intervalos superiores a 1

(Um) segundo.

Os LIMITES DE TOLERANCIA relacionam níveis de pressão sonora com tempos

máximos de exposição que representam as condições sob as quais a maioria dos

trabalhadores pode ficar continuadamente exposta durante toda a sua vida laboral

sem sofrer efeitos adversos à sua capacidade de ouvir e compreender uma

conversação normal.

As exposições máximas permissíveis referem-se ao tempo total de exposição a

um mesmo nível por dia de trabalho, quer a exposição seja contínua ou composta de

vários períodos de curtas exposições.


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NR-15 – Anexo Nº 1

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

NÍVEL DE RUÍDO MÁXIMA EXPOSIÇÃO


dB(A) DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB (A) para indivíduos

que não estejam adequadamente protegidos.

A exposição permanente a níveis de ruído acima de 85 dB (A) será considerada

como especial constatando que o trabalhador estará exposto a um agente nocivo

prejudicial à saúde ou à integridade física conforme anexo IV do decreto Nº 3.048/99.

Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição

a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados de

acordo com a expressão matemática abaixo:


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𝑪𝟏 𝑪𝟐 𝑪𝟑 𝑪𝑵
+ + + ………+
𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝑻𝟑 𝑻𝑵

Onde: Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído

específico e, TN indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o

quadro acima apresentado.

Se o resultado do somatório exceder o valor 1, o Limite de Tolerância foi

ultrapassado no local medido sendo a exposição considerada nociva.

O método da DOSE ACUMULADA é indicado para trabalhadores itinerantes

sujeitos à exposição ao ruído de vários equipamentos ou a outros que mesmo tendo

posto fixo de trabalho, estão expostos a ruídos cujos níveis variam de maneira irregular

no transcorrer do tempo de exposição.

Os valores são acumulados na memória do instrumento utilizado para a

avaliação em dose percentual para serem posteriormente decodificados através da

equação matemática, para se obter o Nível de Exposição (NE), e o Nível de Exposição

Normalizado (NEN), sendo estes finalmente confrontado com os Limites de Tolerância

da Legislação Brasileira. As referidas equações são apresentadas abaixo:

𝟒𝟖𝟎 𝑫
𝑵𝑬 = 𝟏𝟔, 𝟔𝟏 𝑿 𝐥𝐨𝐠( 𝒙 ) + 𝟖𝟓 [𝒅𝒃]
𝑻𝒆 𝟏𝟎𝟎
Onde:

NE – Nível de Exposição. Te – Tempo da jornada de trabalho do trabalhador em que

ficou exposto a ruídos e D – Dose de ruído.

𝑻𝒆
𝑵𝑬𝑵 = 𝑵𝑬 + 𝟏𝟔, 𝟔𝟏 𝑿 𝐥𝐨𝐠
𝟒𝟖𝟎
Onde:

NEN – Nível de Exposição Normalizado – NE – Nível de Exposição e Te - Tempo da

jornada de trabalho do trabalhador em que ficou exposto a ruídos


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Para fins de análise do ruído para verificação se há atividade especial, é utilizada

a metodologia constante na Norma de Higiene Ocupacional 01 - Procedimento Técnico

- Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído e utilizando os limites de tolerância da

NR 15, conforme disposto no parágrafo 11º do artigo 68 do decreto 3048/1999.

NR-15 – Anexo Nº 2

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO

a) LT = 130 dB (Medido na Escala C Linear do aparelho e circuito de resposta para

impacto) ou

b) LT = 120 dB (Medido na Escala C e circuito de resposta rápida do aparelho

(FAST).

As atividades ou operações que exponham, os trabalhadores, sem proteção

adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos do

circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB (C), medidos no circuito de

resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente.

Observação: A atual Legislação Brasileira não prevê número de impactos diários

para os referidos níveis.

9.1.2 HISTÓRICO LEGAL DA APOSENTADORIA ESPECIAL PELA EXOPSIÇÃO AO


RUÍDO

A Legislação Trabalhista básica para o ruído está na Lei nº 6.514/1977

regulamentada pela Portaria nº 3.214/1978 na Norma Regulamentadora n º 1537 do

MTE, prevendo Limite de Tolerância de 85 dB, para fins de análise de insalubridade.

Ressalta-se aqui que o objetivo do LTCAT é para fins de constatação de situações

nocivas ensejadoras do direito à aposentadoria especial, entretanto, faz-se necessário

citar a legislação trabalhista pois foi o início do estabelecimento de limites de

tolerância a este agente.


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Abaixo, segue histórico e critérios considerados, por período, para a

caracterização de condições nocivas e ensejadoras do benefício da aposentadoria

especial.

• Decreto nº 53.831/196414 que estabelece como especiais atividades em

ambientes com nível de pressão sonora – NPS, acima de 80 dB(A).

• Decreto nº 83.080/197915 que considera acima de 90 dB(A).

• Decreto nº 611/199227 – que permite o enquadramento em qualquer dos

dois decretos anteriores, utiliza-se como parâmetro o mais favorável ao

trabalhador, ou seja, NPS acima de 80 dB(A).

• Decreto nº 2.172/199716, só considera a exposição como especial quando

o NPS se encontra acima de 90 dB(A), o que é ratificado pelo Decreto nº

3.048/1999 até 18.11.2003

• Decreto nº 4.882/2003 dá nova redação ao Decreto nº 3.048/1999

determinando que seja considerado especial quando os níveis de

exposição – NEN, estiverem superiores a 85 dB(A), equiparando-se à

legislação trabalhista.

9.1.3 AVALIAÇÃO TÉCNICA DO RUÍDO

Para proceder com a avaliação do agente físico nos ambientes de trabalho, deve-

se seguir a sequência abaixo.

1) Identificar a fonte geradora do ruído.

2) Avaliar o ruído de forma quantitativa, seja utilizando decibelímetro e aplicando

as fórmulas descritas nas páginas anteriores deste laudo, ou utilizando o

dosímetro de ruído, que quantifica a exposição do trabalhador durante os ciclos

de exposição ao ruído de sua jornada de trabalho. Cabe ressaltar que caso seja

apresentada média ou dose, deverá ser anexada a um memorial de cálculo ou


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histograma. Chama-se a atenção para o fato de que não cabe a exigência

específica de histograma para todos os períodos, haja vista que nem sempre

houve disponibilidade de equipamentos de medição passíveis de gerar essa

apresentação de resultados, podendo ser aceito o memorial de cálculo. Não

sendo apresentada dose ou média, qualquer medição inferior ao limite de

tolerância vigente à época impedirá o reconhecimento de tempo especial.

3) Proceder com a avaliação quantitativa fixando o dosímetro pessoal e individual

do ruído fixando-o na cintura do trabalhador e com o microfone de captação de

áudio fixado na gola da camisa do trabalhador nas proximidades da zona auditiva

do mesmo, não ultrapassando a distância de 15 cm do ouvido.

Observação: Após 18/11/2003, a metodologia que é definida no Decreto nº

4.882/2003 é a estabelecida na NHO 1 da FUNDACENTRO, com NEN superior a 85

dB(A). Sendo a utilizada neste nas avaliações do agente físico ruído neste laudo

técnico.

9.1.4 INSTRUMENTAÇÃO UTILIZADA PARA A AVALIAÇÃO DO RUÍDO

Para as quantificações do agente físico ruído nos ambientes de trabalho foram

utilizados o dosímetro da marca Instrutherm – Modelo: DOS 600, devidamente calibrado

por laboratórios credenciados/certificados pelos órgãos nacionais competentes, de

número de série: 150800083 e 161200080, o dosímetro da marca Intrutherm – Modelo:

Dos 1000x, devidamente calibrado por laboratórios credenciados/certificados pelos

órgãos nacionais competentes, de número de série: 228962. E, para a calibração

acústica local, foi o calibrador acústico da marca Instrutherm – Modelo CAL – 4000,

número de série: 15033001119529 conforme fotografia dos mesmos abaixo:


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Número de série do
equipamento (150800083)

Microfone de
captação do ruído Dosímetro de ruído

Número de série do
equipamento (161200080)

Microfone de
captação do ruído Dosímetro de ruído
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Calibrador local acústico


utilizado para proceder à
avaliação do agente físico
ruído. Possui dois modos
de calibração – 94db(A) e
114 db(A) com som
emitido em uma
frequência de 1khz

N° de série do calibrador acústico:


1503300119529

Microfone do dosímetro conectado ao


calibrador acústico

Calibração do dosímetro efetuada a


94,0 db(A)

Dosímetro de ruído – Instrutherm –


modelo Dos 1000x com o microfone de
captura do ruído
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Os aparelhos supracitados, e ilustrados, efetuam aferições de níveis de pressão

sonora contínuo/intermitente, bem como de impacto. Os mesmos dispõem de

configurações para atendimento pleno dos requisitos das legislações trabalhistas e

previdenciárias, e seus dispositivos e configurações são totalmente de acordo com o

estabelecido pela NHO 01 da FUNDACENTRO.

9.1.5 NEUTRALIZAÇÃO DO RUÍDO E CESSÃO DA APOSTENADORIA ESPECIAL.

Deve-se observar se consta informação sobre EPC a partir de 14.10.1996 e sobre

EPI a partir de 3/12/1998, não devendo ser considerada a informação sobre EPI para os

períodos laborados anteriores a 3/12/1998 (data da publicação da MP nº 1.729/1998

convertida da Lei nº 9.732/1998). Em relação ao EPC deve-se analisar se este confere

a proteção adequada que elimine a presença do agente nocivo.

Atualmente não se considera o Equipamento de Proteção Individual como

neutralizador do agente físico ruído por força do agravo em recurso extraordinário do

STF de numeração 664.335. Para fins de aposentadoria especial, caso os limites de

tolerância da exposição do trabalhador sejam ultrapassados, o mesmo estará

laborando em condições nocivas portando o direito da aposentadoria especial.


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Dosímetro de ruído

dos600 posicionado na

zona auditiva do

funcionário, em

consonância com os

parâmetros técnicos da

NHO 01 da

FUNDACENTRO

Registro fotográfico da avaliação de ruído nos expostos ao maior risco dos respectivos

grupos de exposição similar (Situação mais crítica da empresa). No registro pode ser

observado os dosímetros de ruído e os microfones com os posicionamentos em consonância

com o estabelecido na NHO 01 da FUNDACENTRO


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9.1.6 RESUMO PARA A ANÁLISE TÉCNICA DO AGENTES NOCIVOS RUÍDO

Período Enquadramento Metodologia Legislação Demonstrações Equipamento de Codificação Formulário


Ambientais proteção
NR – 15 IS n° SSS – 501.19/71
Dec. n° Sem obrigatoriedade de
Até 28/04/1995 Acima de 80 dB(A) Anexo 1 Laudo Técnico Códigos 1.1.6 ISS-132, SB-40 DISES
53.831/1964 informação
Anexo 2 BE 5235
NR – 15 LTCAT ou demais
De 29/04/1995 Dec. n° Sem obrigatoriedade de
Acima de 80 dB(A) Anexo 1 demonstrações Códigos 1.1.6 DSS - 8030
a 13/10/1996 53.831/1964 informação
Anexo 2 ambientais
Dec. n°
NR – 15 LTCAT ou demais
De 14/10/1996 53.831/1964 Obrigatoriedade de
Acima de 80 dB(A) Anexo 1 demonstrações Códigos 1.1.6 DSS - 8030
a 5/03/1997 informação sobre EPC
Anexo 2 MP n° 1.523/1996 ambientais.

NR – 15 LTCAT ou demais
De 6/03/1997 a Obrigatoriedade de
Acima de 90 dB(A) Anexo 1 Dec. n° 2.172/1997 demonstrações Código 2.0.1 DSS - 8030
2/12/1998 informação sobre EPC
Anexo 2 ambientais.
NR – 15 Dec. n° 2.172/1997 LTCAT ou demais Obrigatoriedade de DSS - 8030
De 3/12/1998 a
Acima de 90 dB(A) Anexo 1 demonstrações informação sobre EPC e Código 2.0.1 DIRBEN 8030
6/05/1999
Anexo 2 Lei 9.528/1997 ambientais. EPI
NR – 15 LTCAT ou demais Obrigatoriedade de
De 7/05/1999 a DSS - 8030
Acima de 90 dB(A) Anexo 1 Dec. 3048/1999 demonstrações informação sobre EPC e Código 2.0.1
18/11/2003 DIRBEN 8030
Anexo 2 ambientais. EPI
NHO 01
Acima do Limite de Dec. nº 3.048/1999 LTCAT ou demais Obrigatoriedade de
De 19/11/2003 FUNDACENTRO
Tolerância 85 modificado pelo demonstrações informação sobre EPC e Código 2.0.1 DIRBEN 8030
a 31/12/2003
dB(A) NHO 2,3,4 e 7 Dec. n° 4.882/2003 ambientais. EPI

Dec. nº 3.048/1999
LTCAT ou demais
Acima do Limite de modificado pelo Obrigatoriedade de
A partir de NHO 01 demonstrações
Tolerância de 85 Dec. n° 4.882/2003 informação sobre EPC e Código 2.0.1 PPP
01/01/2004 FUNDACENTRO ambientais se
dB(A) IN INSS/DC EPI
necessário.
99/2003
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10 VISTORIA

As vistorias às instalações da empresa, HEMURA EMBALAGENS EIRELI, ocorreram no mês

de abril de 2022, sendo realizadas pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho – Thiago Wendt

Antunes, responsável técnico do laudo, autorizado pelo representante legal da empresa que,

também, forneceu as informações necessárias para a elaboração do presente laudo.

11 DESENVOLVIMENTO DO LAUDO

11.1– Descrição das funções:

As planilhas, constantes nas páginas que se sucedem, mostram os cargos dos

trabalhadores por GES, com o detalhamento das tarefas que compõem as suas funções, de

acordo com as descrições apresentadas pela empresa, bem como nas inspeções visuais

realizadas no período que o signatário esteve dentro da empresa coletando informações. Em

alguns casos, uma mesma denominação de cargo é utilizada por trabalhadores que

desempenham funções diferentes. Daí a necessidade de descrever com precisão as atividades

executadas.
11.2 - Da Análise Preliminar da Exposição aos Agentes Nocivos:

Este Laudo, ao citar os agentes nocivos ocupacionais, está se referindo apenas àqueles

que se relacionam no ANEXO IV do decreto 3048/1999 da previdência social, conforme foram

discriminados e detalhados nas seções anteriores. Tais agentes que são considerados como

nocivo, enquadrando a atividade como especial para fins de direito à aposentadoria especial.

11.3 – Métodos de avaliação:

A metodologia utilizada na elaboração das avaliações deste laudo segue primeiramente

com a divisão didática dos setores onde foram reconhecidas a exposição aos riscos ambientais,

dando principal atenção aos grupos homogêneos de exposição nos quais foram identificados

riscos ambientais físicos, químicos e/ou biológicos constantes na legislação previdenciária. Os

critérios técnicos para a avaliação de cada agente estão especificados na seção 10 deste laudo

técnico.
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11.4- Metodologia Qualitativa:

A metodologia empregada consiste no reconhecimento dos riscos ambientais, contendo:

• A identificação dos riscos.

• Fontes geradoras.

• Possíveis trajetórias e meios de propagação dos agentes nos ambientes de trabalho.

• A identificação das funções com seu respectivo número de trabalhadores expostos.

• Caracterização das atividades.

• Tipo de Exposição.

Para definição qualitativa dos riscos existentes, adota-se o conceito do Grupo de Exposição

Similar (GES), que vem a ser um grupo de trabalhadores que se expõe de forma semelhante a um

ou mais agentes de risco, de forma que o resultado fornecido pela avaliação de um trabalhador

seja representativo ao restante dos trabalhadores do mesmo grupo.

11.4.1– Metodologia Quantitativa:

As metodologias de avaliação quantitativa seguem o preconizado pela Fundação Jorge

Duprat Figueiredo e Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), nas Normas de Higiene

Ocupacional (NHO) editadas por esta fundação. Todo o detalhamento das metodologias

empregadas, bem como os aparelhos e assessórios utilizados para as quantificações estão na

seção 9 deste laudo técnico. Os limites de tolerância são os estabelecidos pela Norma

Regulamentadora n° 15 (Atividades e Operações Insalubres) NR 15. Tais situações elencadas

neste parágrafo estão evidenciadas no artigo 68 do decreto 3048/1999.

11.4.2 - Setores Avaliados:

Somente serão considerados, nos setores avaliados, os agentes nocivos ambientais:

Físicos, químicos e biológicos que estejam enquadrados na lista do rol de agentes nocivos

constantes no anexo IV do decreto 3048/1999. Os demais agentes existentes no ambiente de

trabalho, que não constam na lista de agentes nocivos previdenciários, não serão elencados
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neste laudo, devendo estes, por recomendação, serem tratados em Programas de

Gerenciamento de Riscos Ocupacionais para o devido controle com a finalidade de salvaguardar

a integridade física e saúde dos trabalhadores.

No caso de agentes constantes especificamente na legislação trabalhista, o mesmo deverá

ser elencado em laudos específicos para esta finalidade, a exemplo o Laudo Técnico Pericial de

Insalubridade.
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12 – DESCRIÇÃO DO SETOR GES 1:

GES: 01 ESTABELECIMENTO PRÓPRIO SEDE DA EMPRESA SETOR: PRODUÇÃO LOCAL: GALPÃO INDUSTRIAL

CARGA HORÁRIA: 44 HORAS SEMANAIS.

Descrição do Local: Máquinas, Móveis e Equipamentos

Cobertura: Telhas de aço galvanizado.

Piso: Cimento liso.

Paredes: As paredes são confeccionadas em estrutura metálica (Zinco) Máquinas e equipamentos em geral
utilizados na produção de embalagens
Artificial – Através de Ventilação Geral Diluidora somada à ventilação natural que ocorre em função do arejamento do
Ventilação: e impressão em papelão
ambiente.
A iluminação do ambiente se dá de forma natural, através de alguns elementos da estrutura das paredes e teto serem
Iluminação:
transparentes, complementada de forma artificial através de iluminação com lâmpadas fluorescentes, vapor de sódio e LEDs.

Pé direito Aproximadamente 6,5 metros de altura.

12.1 – ATIVIDAES VINCULADAS:

FUNÇÃO: OPERADOR DE MÁQUINAS CBO: 8321-25 NUMERO DE FUNCIONÁRIOS 02

Descrição das atividades Operador de máquina: Operar máquinas de fabricar papel e papelão, acionando motores e bombas, ajustando parâmetros e nível de pasta, regulando
pressão de prensas, trocando lâminas e limpando máquinas; operar máquinas de fabricar papel e papelão em fase seca, regulando tensão, alinhamento e limites laterais
de telas secadoras, acionando grupos secadores, bombas e turbinas, controlando pressão e temperatura de secadores. operar super calandras, ajustando tensão das
folhas, regulando pressão de vapor e de rolos. operar máquinas rebobinadeiras de papel e papelão, acionando, trocando facas e contra facas, preparando tubetes e
regulando pressão, tensão do papel e ângulo de rolos; operar máquinas cortadeiras de papel e papelão; controlar processo dos padrões de qualidade e trabalhar em
conformidade com as normas e procedimentos técnicos e de segurança, higiene, saúde e preservação ambiental.
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12.1.2 – AVALIAÇÃO QUALITATIVA DOS RISCOS GES 1:


MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES

INDIVIDUAL COLETIVA
RISCOS AGENTES CAUSA / FONTE TRAJETÓRIA EPI CA

Ruído provenientes das


máquinas utilizadas para
impressão e processamento Protetor Auricular do Tipo
FÍSICO Ruído Contínuo/Intermitente Aérea 35981 Inexistente
das embalagens de pape Plug
bem como ruído de fundo
dos setores adjacentes.

12.1.3 – AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DOS RISCOS GES 1:


METODOLOGIA DA AVALIAÇÃO
RESULTADO DA LIMITE DE REFERÊNCIA LEGAL OU INSTRUMENTOS/
AGENTE QUANTITATIVA COMENTARIOS /
AVALIAÇÃO TOLERÂNCIA NORMATIVA APARELHOS UTILIZADOS
OBSERVAÇÕES

A avaliação do agente físico ruído foi feita com base nas metodologias e
Ruído Dosímetro –
procedimentos definidos pela NHO 01 da FUNDACENTRO com as fórmulas
contínuo/ NEN = 84.2 db(A) 85 db(A) NR 15 / NHO 01 INSTRUTHERM – DOS
ajustadas para incremento de duplicidade da dose de ruído igual a 5 e os limites de
Intermitente 600 – N° de Série:
tolerância definidos no quadro I do anexo I da NR 15 do antigo Ministério do
161200080
Trabalho e Emprego (Atual Ministério do Trabalho e Previdência)
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13 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

EPI: Durante as inspeções foi constatada a efetiva utilização dos Equipamentos de

Proteção Individual (EPIs) por parte dos funcionários da empresa, conforme evidenciado na

tabela da seção 12 deste laudo técnico, bem como são mantidas as condições de conservação,

higienização periódica e substituições conforme orientações dos fabricantes.

Pode ser observado, através das documentações apresentadas durantes as inspeções, que

as entregas dos EPIs são sempre previamente protocoladas e os trabalhadores são

devidamente orientados e treinados para a utilização correta.

De acordo com os instrumentos legais citados neste documento, no tocante ao EPI, são

critérios para a descaracterização de condições nocivas às quais os trabalhadores estão

expostos e, que, cessam o direito à aposentadoria especial:

1. Que o EPI possibilite a redução do agente avaliado para valores Abaixo do Limite de

Tolerância;

2. Que o EPI possua C.A. (Certificado de Aprovação) válido;

3. Que o fornecimento seja regular e suficiente para comprovar a proteção adequada ao

risco;

4. Que exista a evidência de fornecimento de EPI;

5. No caso de registro de fornecimento eletrônico (software), deverá ser emitido um relatório

mensal com a assinatura do usuário comprovando o fornecimento;

6. Que a utilização do EPI seja habitual e permanente;

7. Que exista evidência para o EPI higienizado;

8. Que exista evidência, quando terceirizada a higienização do EPI, que a Empresa apresente

relatório comprovando a integridade do EPI quanto ao atendimento da NR-6;

9. Caso a higienização seja própria, deverá apresentar relatório técnico comprovando a

integridade do EPI quanto ao atendimento da NR-6;

10. Que exista a evidência de fiscalização quanto ao uso do EPI.


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14 CONCLUSÃO FINAL

• Para o GES 01 há exposição ao agente físico ruído. Foram realizadas quantificações que

resultaram em valores acima do nível de ação, contudo, abaixo dos limites de tolerância

fixados pela legislação vigente. Logo, não há nenhuma condição nociva de acordo com a

legislação previdenciária, não ensejando direito à aposentadoria especial para os

trabalhadores pertencentes a este grupo de exposição. Código GFIP = 00. Código Tabela

24 do eSocial: 09.01.001
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15 CONCLUSÃO RESUMIDA DO ENQUDRAMENTO À APOSENTADORIA ESPECIAL DOS GES

Enquadramento
GHE CONCLUSÃO ACERCA DA
APOSENTADORIA ESPECIAL Agente de Risco Reconhecido Base Legal GFIP

Ruído (Avaliações quantitativas


resultaram em valores abaixo do Decreto n° 3048/1999, modificado pelo Decreto
limite de tolerância) - Ausência de n° 4.882, de 2003: IN 99/INSS/DC, de 2003. IN
GES 01 – PRODUÇÃO NÃO CARACTERIZA 00
agente nocivo ou de atividades 77 de 21 de janeiro de 2015. IN 128 de 28 de
previstas no Anexo IV do Decreto março de 2022
3.048/1999 (09.01.001)
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16 ENCERRAMENTO

Nada mais havendo a considerar, encerro aqui o presente Laudo Técnico das Condições

Ambientais de Trabalho (LTCAT), composto de 34 laudas impressas por computador e

rubricadas, com exceção desta que segue devidamente datada e assinada.

Ubá, 09 de maio de 2022

______________________________________________
Thiago Wendt Antunes
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA/MG 186286/D

______________________________________________
HEMURA EMBALAGENS EIRELI

CNPJ: 15.709.418/0001-40
DATA DA
ATIVIDADE ESPECIAL
ELABORAÇÃO:

LTCAT – LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES


09/05/2022
AMBIENTAIS DE TRABALHO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Manual de legislação Atlas-Segurança e medicina do Trabalho

• BRASIL, Lei 8.213 de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da

Previdência Social e dá outras providências.

• BRASIL, Decreto 3.048 de 06 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência

Social, e dá outras providências.

• BRASIL, Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (FUNDACENTRO), Disponível em:

www.fundacentro.gov.br

• BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponível em:

www.ibge.gov.br/concla/default.php (CNAE)

• BRASIL, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Manual da Aposentadoria

Especial. Diretoria de Saúde do Trabalhador. Setembro, 2018

• BRASIL, Escola Nacional da Inspeção do Trabalho (ENIT). Disponível em:

https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-

menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default

• SESI, Serviço Social da Indústria. Departamento Nacional. Técnicas de avaliação de

agentes ambientais: manual SESI. Brasília: SESI/DN, 2007. 294 p.: il.; 26 cm.

• SESI, Serviço Social da Indústria. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho para

as Indústrias. Disponível em: http://www.sesisp.org.br/home/2006/saude/manual.asp

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