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01
A primeira coisa que eu quero explicar pra
vocês aqui: o interesse é algo que é
permanente. É sempre um estado de
vontade que aquele evento, aquela coisa ou
aquela pessoa esteja presente na sua vida
de maneira permanente. Isso é o fato de
você ter interesse em alguma coisa.
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Hoje com o que a gente tem recebido aqui,
nós somos cada vez mais treinados a
desenvolver um senso de instigar os outros a
ficarem curiosos por quem nós somos. Tudo
está relacionado à charminho que você faz,
ao gelo que você dá, e tudo que está
relacionado a “você tem que ser uma mulher
misteriosa”, “você tem que ser uma mulher
enigmática", e você tem que ser alguém que
não pode ser decifrado. A questão toda é que
nada disso substitui o fato de nós precisarmos
transmitir à outra pessoa estabilidade.
Eu vou mostrar para vocês na tabela que eu
fiz, a fisiologia disso, e o porque que isso nem
a ciência consegue explicar pelos métodos
naturalísticos e pelo método evolutivo, do
motivo pelo qual a gente se comporta assim.
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Então o que é a curiosidade por si só? É eu te
apresentar alguma coisa que você não
conhece e fazer pra você algum tipo de
propaganda e venda, para que aquilo de
alguma forma desperte sua curiosidade.
Então, eu posso estar aqui com negócio
embrulhado e falar assim: “Caramba, eu
tenho um negócio muito legal aqui para
vocês, e vocês não fazem ideia do que eu
tenho aqui na minha mão”. Pronto, ali eu
detive a sua curiosidade e aí eu vou fazer com
que a sua atenção esteja presa a mim nem
que seja por um curto espaço de tempo.
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Por exemplo, quando você coloca uma foto
muito bonita, bem editada ou até mesmo
com filtros no seu perfil, o que você está
tentando despertar nas pessoas ao verem
aquela bolinha é curiosidade. Eis aí o motivo
pelo qual eu digo para que vocês solteiros
(as) abram o perfil de vocês.
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Pronto, eu despertei a curiosidade de todo
mundo e agora todos vão querer saber que
negócio é esse, que é tão legal, interessante,
divertido, que traz felicidade, que gera
alegria, paz, e faz todo mundo querer estar
lá. A curiosidade, ainda que mínima, eu
consegui despertar.
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É isso que digo para vocês, que não adianta
vocês despertarem a curiosidade das
pessoas e pensar o que gera curiosidade
nos outros. Você tem que realmente passar a
imagem de alguém interessante, porque a
curiosidade se dá por coisas bobas e fúteis
como uma criança: “Adivinha o que tem
aqui? Se você adivinhar o que eu tenho aqui,
vou te dar R$10”. Quantas vezes a gente já
fez isso com alguma criança?!
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É isso que você faz quando, excessivamente,
chama atenção para algo que não é
verdadeiramente interessante.
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E quando simplesmente chegar e colocar o
contrário disso, que você tem que usar um
decote até o seu umbigo, isso é igualmente
vazio, pois só estará despertando a
curiosidade de alguém com isso. E tudo bem
que você tem uma bunda bonita, que o seu
corpo seja maravilhoso. Mas se você expõe
constantemente isso, a mensagem que você
passa é que tudo que você tem é apenas
aquilo. E assim, você só consegue chegar no
nível da curiosidade e isso eu estou falando
de forma fisiológica.
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É como diz no texto, a curiosidade só é
priorizada pela falta de opções
concorrentes ou por um chamariz apelativo.
Então sim, pessoas acabam substituindo
coisas quando o chamariz é muito apelativo,
e é por isso que vira e mexe você pega o
cara que fica preso ali no smartphone vendo
bunda e peito infinitamente naquela timeline
do Instagram. Por que isso? Porque é um
chamariz muito apelativo, mas que não
passa de curiosidade. Esse cara não quer
casar com aquela mulher, ele não a pegaria
para entrar numa igreja e apresentar para a
família dele. Mas, só pelo simples fato de ter
atenção, vocês realmente acreditam que é a
melhor opção, e não é! Porque atenção por
si só a gente já viu que ela é espúria, ela
pode ser vazia, e pode ser mera curiosidade.
Então, receber atenção não significa nada,
basta um belo chamariz apelativo e pronto,
você tem atenção.
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É só o cara comprar um carrão e ficar
musculoso que ele tem atenção. Mas de
qualquer forma é sempre muito fugaz, é
sempre muito volátil, porque da mesma
forma que eu tenho uma curiosidade
aguçada, ela rapidamente ela se vai.
Ninguém que viu uma mulher muito gostosa
no Instagram acorda pensando nela no dia
seguinte, porque ele não a buscou com esse
intuito, ela não despertou isso nele.
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Ele pode comentar dela um dia com os
amigos numa roda de bar, mas se alguém
perguntar o arroba, ele não vai lembrar, e se
bobear ele não vai lembrar nem da cor do
cabelo da mulher, e a mesma coisa funciona
com vocês mulheres.
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Porque se chego e falo para você assim: “
“Cara, você tem que conhecer o mar, é
impressionante, é maravilhoso!” e você fala:
“Não, eu já fui. É legal mesmo, mas eu já fui.”
ou "Você tem que ir naquele restaurante, é
muito bom!” e você fala "Não, esse eu já fui.
Mas tem outro que eu ainda não fui e quero
ir”. Olha a diferença, um monte de
restaurante, várias comidas gostosas que
somos nós. Nós somos os pratos das
pessoas, somos as comidas gostosas que as
pessoas querem nos consumir. E aí, você
chama atenção de alguém não por ser um
prato nutritivo, mas sim, por só parecer
apetitoso. Você se importa muito em parecer
apetitoso, mas o prato que se preocupa em
não ser algo gostoso, nutritivo e ter um bom
custo benefício, perde para a próxima
novidade. Ele sempre perde e nunca vira o
restaurante preferido da família de todo
mundo.
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Porque se eu vou num bar tomar um drink
legal, e na semana seguinte eu quero tomar
outro drink em outro bar. Porque aquele eu
já fui, já vi, e o que me moveu para estar nele
inicialmente foi a curiosidade. Mas quando
eu cheguei lá, ele era simplesmente aquilo
por aquilo mesmo.
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Então, imagine que nós estivéssemos em uma
estrada e fossemos fazer uma viagem muito
longa. Eu passei na porta da sua casa,
buzinei, você desceu e entrou no carro. A
gente foi viajar por horas e horas, e pegamos
a estrada para um lugar bem longe, sem
pressa de chegar, só nós dois. Em um certo
ponto da estrada aparece uma placa, e nela
estava escrito: “Venha conhecer o museu com
as obras de arte mais feias do mundo”.
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A gente já estava na estrada há muito
tempo e quando avistamos na estrada essa
placa, eu prontamente paro e encosto o
carro e falo: “Nossa que legal, bora ver como
deve ser as obras de artes mais feias do
mundo? Gostaria de saber como é que é
isso”. Nisso, a gente desce ali, pergunta
quanto é o ingresso, e o cara fala que custa
cinco reais. A gente olha, bota mão no bolso,
junta todas as moedas e dar bem certinho,
os cinco reais. Quando pagamos, ao entrar e
ver aquelas coisas, um comenta com outro:
“Que coisa horrorosa! Como é que uma
pessoa vem aqui e pagar para ver isso?”, se
diverte e sai. A curiosidade nos levou a
entrar no museu com as obras de artes mais
feias do mundo. Agora imagine que nessa
mesma estrada ao invés de uma placa
tenha duas, a primeira diz: “Entre e visite o
museu com as obras de arte mais feias do
mundo”, a outra placa logo ao lado diz:
“Venha e conheça as obras de arte mais
belas do mundo”.
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A gente entra nessa rua com duas placas e
dois museus distintos, onde o ingresso de
cada uma custa a mesma coisa, cinco reais. A
gente mete a mão no bolso e tem aqueles
mesmos cinco reais. Onde nós vamos? Onde
você acha que a gente vai querer entrar?
Naturalmente, nós entraremos no museu com
as obras de arte mais belas do mundo. Porque
o real interesse vem de coisas e está em
coisas que eu trapaça uma curiosidade. E a
curiosidade por curiosidade, a gente escolhe
quando não têm opção.
Mas, quando eu pego e entendo isso, eu
começo a trazer um tom muito mais valioso
para o meu coração, porque a curiosidade
já não basta ali. E o interesse já é o oposto
disso. Para o interesse é preciso que haja
atributos qualificados para que haja a
permanência. Então, curiosidade por
curiosidade, escolhemos um museu e ainda
que tivéssemos escolhido o feio primeiro,
fomos lá, olhamos, “Ah, interessante,
legalzinho!”. Rimos, saímos e entramos no
outro, do mais bonito ali. Porque a gente vai
ter interesse por aquilo, e vai perder tempo
de verdade, pois eu preciso de atributos
qualificados antes, para que o torne
interessante, visto que aquilo transcende de
mim alguma coisa. Aquilo comunica
diretamente uma coisa no meu coração que
significa que eu tenho que manter na minha
vida. Essas qualificações estão diretamente
ligada a coisas que transcendem o ser
humano.
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O interesse real ele nunca está disposto
somente em coisas que são perecíveis. O
interesse ele nunca se detém e sustenta por
algo que é perecível. Portanto, eu não posso
ter interesse só pela pessoa ser bonita,
porque essa beleza vai se acostumar e
passar. Eu não posso simplesmente dizer que
eu estou interessado em alguém por quão
gostosa ela é, porque aquele peito vai
murchar, a bunda vai cair, o braço vai afinar
e as rugas vão surgir.
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Porque, pode ser que a obra de arte feia
chame mais atenção, pode ser que a obra
de arte feia tenha dado trabalho também
para ser feita. Mas aquilo só despertou a
nossa curiosidade. Você não vai querer
visitar de novo aquele museu, mas toda vez
que você passar por lá e conseguir de fato
visitar aquele lugar, vai querer ver as obras
de arte mais belas.
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A grande questão é como você se
transforma em um museu ou no outro. Só
que todo mundo já percebeu essa parte
básica e já entendeu isso:
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Portanto, o que eu digo é que é fácil parece
ser alguém interessante. São meia dúzia de
técnicas, um jeitinho que você tem que dar na
aparência, certas fotos que você coloca e
pronto, vai resolver o seu problema de ter
pessoas com curiosidade em você. Mas você
não quer só pessoas curiosas em você, quer
que elas entrem e visitem. Logo, não adianta
se é as mais desprendidas ou descoladas das
mulheres do mundo. Todos querem alguém
que entre naquele museu e fique.
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O interesse no final das contas, engloba
curiosidade porque tudo começa por ela.
Ninguém é dragado inicialmente pelo
interesse, essa é a ordem natural. Porém, só
quando se há interesse, ele passa por cima
da curiosidade, e acaba sobrepujando a
curiosidade.
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Quantas vezes alguém te chamou para fazer
alguma coisa e você fala: “Eu não vou largar
o meu futebolzinho para poder fazer esse
negócio aí que você está me chamando” ou
“Eu não vou largar a minha Netflix para
poderem fazer um rapel”. Porque, naquilo
você já tem interesse e no outro só tem
curiosidade.
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O sentido da visão é marcado por
informação. E a gente vai falar um pouco
sobre ela nesse ebook que está sendo
disponibilizado para vocês após a aula.
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Ali eu começo fazer uma comunicação entre
a minha percepção básica e as coisas que
eu gosto, meu histórico, e já começo a ler e
a arremeter algumas outras coisas.
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Isso é sem pensar, e eu ainda não entrei na
questão dos gostos. E aí, o que eu começo a
fazer? Nesse momento até agora, o interesse
zero. Não se tem nenhum interesse até que
aquele neocórtex é ativado e eu começo a
perceber algumas outras coisas e fazer
correlações.
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Minha mãe conta uma história muito
engraçada, de quando ela estava com mais
uma pessoa e tinha um cara muito bonito.
Quando esse cara chegou para falar com
elas, a voz dele parecia de uma criança
junto com um sotaque de interior. Ela disse
que toda beleza daquele homem foi
destruída pela voz que ele tinha. Foi embora
tudo ali por causa da voz dele e isso é
inconsciente. Não é julgamento, ainda não
está na questão do interesse, e sim da
curiosidade.
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Então, quais são as características? Vou
explicar pra vocês agora, a fisiologia do
negócio, onde irão entender
fisiologicamente, ou seja, biologicamente,
como funciona o nosso organismo e quando
essas coisas vão acontecendo. A gente tem
três etapas: o desejo, a atração e a ligação.
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Aqui, eu vou remeter a falar para vocês como
funciona essas três etapas de forma básica,
mas vou explicar como funciona isso
hormonalmente.
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E quais são as substâncias associadas?
Basicamente, tanto homem quanto a mulher
— não vou entrar em detalhes médicos,
porque se não vai ficar uma coisa sem
propósito — o hormônio envolvido nisso é a
testosterona, tanto para homem, quanto
para a mulher. O primeiro hormônio ativado,
o primeiro amor relacionado é a
testosterona. É tanto que se a mulher ou
homem tem uma baixa hormonal que afeta
a testosterona, a libido vai dar para baixo.
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Então, em primeiro momento nós temos esse
engajamento sexual. É isso que rola em
primeira instância no Instagram, não tem
outra. Você olha ali e vê aquela fotinha
bonitinha. Por isso que eu digo mais uma vez,
mantenham o perfil aberto. Assim, as
pessoas te veem além daquela bolinha do
perfil, porque tudo que você pode gerar
através dela é esse primeiro desejo. Não
adianta, aquela pessoa não consegue ver
nada para além daquilo. Ela não consegue
ver você falando, não consegue ver o que
você gosta, não consegue ver o que você
defende, não consegue ver o que você
pratica.
Vocês provavelmente, já devem ter ouvido
falarem sobre o VSM na internet.
A sigla VSM se refere ao valor sexual de
mercado, mas a gente não vai entrar nisso e
nem precisam procurar saber sobre isso.
Acreditem, não saber é melhor do que saber.
Porque o VSM é uma porcaria, um verniz
para o lixo. Ele é exatamente para enfeitar
aquela porta do museu de obras feias. O
VSM se detém exatamente nessa fase do
desejo, te ensinando a manipular e somente
isso.
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“Meu amor, eu não vivo sem você”,
“Ai, você é tudo que eu esperava, tudo que
eu sempre sonhei”, “Você é o quindim da
minha forma”.
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E aí eu começo a tirar aquele desejo
meramente sexual — olha como nosso corpo
funciona perfeitamente, olha como Deus é
perfeito na sua criação — quando eu saio
daquele primeiro ímpeto sexual, quando eu
paro de desejar aquela pessoa somente
como um pedaço de carne, eu tenho baixa
de um hormônio na hora de me relacionar
com aquela pessoa,
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A nossa serotonina vai descendo, diminuindo,
por quê? Porque com a serotonina baixa eu
começo a ter baixa de alguns hormônios
como FSH e LH, que acabam diminuindo os
níveis de testosterona. Então, não é que eu
não vou ter mais tesão pelo meu namorado,
pela minha namorada, não é isso. É que agora
já não me comporto mais como um bicho, não
sou mais um animal levado só para aquilo.
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“Nossa amor, tudo o que eu desejava comer
é uma fruta que só nasce em setembro no
Azerbaijão”. O cara vai arrumar um jeito de
entrar no mercado livre, de traficar, não sei o
que vai fazer, mas vai arrumar a fruta do
Azerbaijão. E aí é que começa o interesse. Eu
vou ali me dando a curiosidade e vou
começando a criar um interesse. Os gatilhos
já foram ativados e eu começo a sobrepor
aquele mero ímpeto de curiosidade, aquele
mero desejo sexual.
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A pessoa para dizer um negócio desse, ela
não entende que realmente é uma coisa que
em certo nível é incontrolável, instigável, e
que isso é comunicável.
Por que falam para você se vestir que nem
uma boneca de porcelana, a se comportar
como um bobalhão, fumar charuto, deixar a
barba crescer? Baseado em nada, porque
faz um total de zero sentido, visto que não
tem fundamentação fisiológica e nem
psicológica nenhuma.
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A tua roupa não define o que você tem por
dentro. Ela comunica alguma coisa que pode
ser condizente com o que você tem dentro
de você ou não, mas dizer que a roupa é
reflexo de você por dentro é ridículo. E isso
não é só risível, não é só engraçado, isso é
chacota com os que pouco tem.
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Porque você falar um negócio desse para
uma pessoa que só recebe doação da igreja e
dizer que ela tem que andar combinando, que
só pode andar de calça, usar a cor de não sei
o que é usar perfuma tal. Isso é desqualificar,
é a falta de amor. Isso é o que o apóstolo
Paulo fala, quando você pega e come igual a
um glutão e bebe igual a um beberão na hora
da ceia. Você envergonha os que nada tem
para comer e beber em casa. Portanto, vai,
come e bebe em casa, porque quando você
chegar lá, não ficar parecendo um esfomeado
e fazer pouco daquele que não tem nada para
comer.
Então, você bonitão, que pode usar uma
roupa bonitinha de 500 pratas, colocar seu
perfuminho de mais de mil reais e que pode
fazer sua unha toda semana que custa
cinquentinha. Dizer que faz parte de ser
alguém importante é fazer pouco dos outros
que nada tem. Você é um miserável, um
covarde. Porque despertar esse tipo de
sentimento das pessoas, é despertar um
sentimento de impossibilidade e trazer Deus
como um Deus tentador. Já que você coloca
um sarrafo sobre ela, que ela jamais vai
poder atingir, você acha que ela culpa
quem? Vocês? Não! Ela vai culpar Deus. Ela
vai reclamar porque Deus não dá
oportunidade a ela de botar um vestidinho
de renda. Você faz questão de excluir essas
pessoas só para lustrar o seu ego, para
coçar a barriguinha e é disso que vocês não
podem entupir a cabeça.
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Essas aulas são para isso, e para vocês
entenderem a profundidade de tudo isso.
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A parte externa é limitada por diversos
fatores: condição climática, social,
financeira, cultural e religiosa. Agora a
parte interna é completamente irrestrita e
ilimitada. Você pode construir dentro de
você a mesma coisa que qualquer bilionário
pode, que qualquer privilegiado pode.
Porque Deus é um Deus justo, ele se importa
com as coisas realmente perenes,
permanentes.
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Por isso, quero ensinar a vocês a criarem e
transformarem esse primeiro passo de
desejo meramente sexual, de só chamar a
atenção, para mudar essa manifestação de
atração. Para assim, as pessoas que
olharem para você, diminua o nível de
testosterona, não para ficar sem libido ou
sem desejo por você, mas para equilibrar
isso com o querer passar um tempo com
você, que não seja só fazendo sexo.
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Cada um desses atos de cuidado consigo
mesmo dão testemunho sobre você, e isso é o
que é importante. O testemunho que está por
trás daquele ato e não o ato em si.
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Quando eu consigo desenvolver isso um
pouco mais, eu vou para a parte da ligação,
que é o interesse pronto e posto, e ali você
tem o meu interesse, que é o profundo
sentimento de união.
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Portanto, esses hormônios relacionados a
essa ligação já não são visto antes como
eram os outros, que eu tenho picos quando
eu vejo e quando eu não vejo eles baixam.
Então, por exemplo: eu estou para encontrar
a minha amada e a minha dopamina e
minha norepinefrina vai lá para o alto, mas
quando eu vou para casa diminui. Não,
nesse momento já não acontece mais isso
porque esses hormônios são conectados
diretamente ao pensamento naquela
pessoa, na sensação de tê-la perto de mim,
é aí que surge o amor. É desse momento em
diante, que eu tenho a permanência do
amor em mim de maneira fisiológica. Eu
consigo enxergar o outro para além do sexo,
da carne, daquela minha romantização. A
paixão se vai, e aquela oscilação hormonal
deixa de aparecer e aí eu começo a
desenvolver uma ligação muito mais perene,
uma ligação muito mais duradoura.
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Porque o interesse ele se tornou
completamente inviolável e já não importa
mais se você está tão cheirosa ou se está
tão bonita. Já não me importa mais se
começar cair, enrugada, envelhecer, o que é
natural do corpo humano. O meu desejo é a
minha atração por você já não são mais
mantidas por hormônios, como somente
aqueles picos de testosterona, dopamina e
norepinefrina. Eles também acontecem, mas
são regulados por outros hormônios.
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É nesse momento que eu entendo o que é
doar a minha vida para alguém, porque eu já
não pauto mas essa relação por condições
circunstanciais, por coisas que são
vulneráveis ao tempo e por materialidade
finita. Eu começo ter apreço por algo com
cuja camada é bem mais profunda do corpo
humano. E isso se dar inicialmente por uma
regulação hormonal que se dá por um gatilho
exógeno que a gente chama ambiental, ou
seja externo, que é o desenvolver dessa
relação com alguém interessante.
Eu começa a desenvolver esse
relacionamento, demonstrar o que é
desejável sexualmente daquilo ali. Depois, eu
passo para o estágio de onde eu gostaria de
ter a permanência daquela pessoa com
mais frequência na minha vida. Quando eu
percebo que aquela presença é
completamente interessante de se entender
pelos benefícios que aquela relação traz.
Assim, levo ela para outro patamar
hormonal, psicológico e até espiritual,
daquela pessoa em minha vida, e aí eu
quero ter com ela laços eternos.
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O que eu garanto pra ela é que a
permanência do meu amor nela é
completamente imune e invulnerável às
circunstâncias afetadas pelo tempo. O meu
amor por ela é completamente impenetrável
a qualquer coisa oscilatória, volátil do nosso
corpo. Porque tudo que me interesse em nela
permanece para além da oxidação. Nossa
soma, esse é o voto matrimonial. É isso que a
pessoa diz ou deveria dizer quando ela falou
sim diante de Deus, do sacerdote e das
testemunhas. Eu estou dizendo isso para
minha mulher, a minha mulher está dizendo
isso para mim, meu marido está dizendo isso
para mim e eu estou dizendo isso para o
meu marido.
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Para conseguir isso você tem que
demonstrar muito além do seu peito bonito,
da sua bunda redondinha, do seu peitoral e
tanquinho definido. Você tem que
demonstrar para além da sua
masculinidade de voz grossa e charuto.
Você tem que estar muito além da roupa
que você veste, porque você tem que ser
interessante. Os hormônios envolvidos nisso
são hormônios que estão relacionados a
tudo que nos é perene e sempre bom, que é
à ocitocina. O hormônio liberado pela mãe
quando o bebê está sendo amamentado e
os hormônios envolvidos no orgasmo. Sabe
aquela sessão que você sente no sofá ou em
uma rede, olhando para algum tipo de
paisagem e você fica contemplando e fala:
“Eu estou exatamente onde deveria estar,
que sensação boa.”?! É exatamente esse tipo
de sensação.
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E aí eu tenho outros hormônios como por
exemplo, a vasopressina (ADH), que é
hormônio anti diurético. Então, ali eu já
começo a ver que é diferente, e ao invés de
eu aumentar meu batimento quando eu estou
com aquela pessoa é o contrário. Ela me traz
paz, e invés de ter um oscilação muito grande
dos meus batimentos cardíacos, eu passo a
ter uma estabilização. Eu acalmo, é o cais em
meio a tempestade.
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Vocês estão completamente ansiosos e
descontrolados para despertar a
curiosidade dos outros.
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Quando você vai passando os anúncios
patrocinados é sempre uma capinha que não
estraga o seu celular, um produto que vai
limpar alguma coisa. E sempre um tem
utensílio doméstico que vai poupar seu
tempo, como aquela panela que nunca
gruda. Porque isso mexe com aquela parte da
nossa curiosidade, eles sabem onde tocam.
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“Eu vou te ensinar de uma vez por todas a
conseguir o amor da sua vida, você nunca
vai se decepcionar”, é mentira! Até a pessoa
que mais conhece sobre a vida humana,
espiritualidade humana, fisiologia humana,
relações e o psique humana, ela pode se
decepcionar. Ela pode escolher mal, ela
pode ter um relacionamento fracassado.
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Seja alguém interessante de verdade e
aprenda que a curiosidade é somente um
passo inicial muito vazio e superficial. Mostre
para as pessoas quem você é, e não tenha
medo de ser você, caso realmente seja
alguém admirável. Mas, se você não for
alguém admirável e interessante, se torne
logo essa pessoa.
“Ah Roberto! Mas eu não sei.”
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COELHOROB
12/12 — domingo