Sarah Mylla Silva de Oliveira

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Resenha
Viver de Verdade – Livia Melina | Todos os direitos reservados. Reprodução proibida. | 1
Clube do Livro - Março
Essa é nossa primeira resenha do livro “A Grande Magia” e, desde já, quero
avisar que minha resenha não tem o objetivo de ser aprovada no ENEM,
muito menos de me fazer sentir na obrigação de cumprir padrões da ABNT
(risos). Meu objetivo é justamente fazer algo diferente e oferecer uma
forma diferente de interpretar a leitura que estamos fazendo de uma forma
mais autoral, criativa e diferente.

Antes de mais nada, quero te parabenizar por estar comigo nesse lindo clube
do livro e também te parabenizar pelo esforço diário que você está fazendo
para se tornar uma pessoa melhor, mais independente, mais leve, mais feliz e
mais criativa. Dito isso, deixo aqui uma nota de repúdio ao mundo moderno no
qual só pensamos no trabalho, na profissão e no dinheiro:

“NÃO PRECISAMOS DE CRIATIVIDADE APENAS PARA

Sarah Mylla Silva de Oliveira
SERMOS BEM SUCEDIDAS NO TRABALHO, MAS PARA
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SERMOS FELIZES À NOSSA MANEIRA, REALIZANDO A

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VIDA DO JEITO QUE A SONHAMOS.”

AFINAL, se o mundo não é o que gostaríamos, se não somos felizes como os
outros vivem, se do jeito que “tá” não estamos realizadas, então que criemos
a nossa felicidade, ao nosso jeito, e a única maneira de fazer isso é fazer
diferente dos outros, fazer do nosso jeito, criando a nossa vida do jeito que
gostaríamos que ela fosse. Isso não é apenas liberdade, isso é o lógico.

A autora, Elizabeth Gilbert, se tornou uma das autoras mais famosas do

mundo justamente por ter a coragem de mudar a própria para superar um
divórcio ruim e uma depressão profunda. Essa decisão a levou em viagem à
Itália, Índia e Indonésia em busca de prazer, autoconhecimento e equilíbrio
buscando uma forma mais autêntica para a busca da felicidade que ela ainda
nem sabia que poderia vir a ter e narrou isso, brilhantemente, em seu livro
“Comer, Rezar e Amar”.

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Anos e anos depois ela lançou o livro “A Grande Magia” com o qual eu, muito
humildemente, me conectei, aprendi e evolui em muitas áreas da minha
vida ao compreender que a criatividade não é uma habilidade profissional,
mas sim uma habilidade pessoal que me traria a liberdade a felicidade e o
domínio de mim mesma. Esse livro me ajudou a viver criativamente, o que
não significou necessariamente que eu tinha que sair do trabalho, ou que eu
tinha que vender missanga na praia. Muito pelo contrário, me abriu a mente
para compreender que todas as habilidades que eu já tinha, todos os gostos
e toda a personalidade que eu já possuía poderiam me ser úteis para seguir
sendo professora, mas à minha maneira. O livro me maturou a ponto de eu
compreender que não preciso ser artista para me ver livre da CLT nem mesmo
refém das exigências do MEC para ensinar o que eu aprendi e que muitas
pessoas gostariam de saber.

A escola, aqui eu falo da instituição, foi a maior frustração da minha vida

profissional. Que agonia e que gastura me dava, todos os dias, dar aula sobre
coisas que nunca jamais fariam alguém
Sarah viver
Mylla Silva melhor porque teve contato
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diário comigo aprendendo Verb To058.648.771-90
Be. Eu não sirvo para isso. Meu sonho,
meu objetivo, não era esse. Meu propósito era fazer com que alunos e alunas
respirassem melhor porque eu vivi e porque eu ensinei algo útil e funcional para
suas vidas.

Deixando CLARO que não desmereço o INGLÊS, muito menos qualquer

aprendizado técnico. Acontece que minha melhor habilidade de ensino
não é técnica. Minha qualidade é ensinar sobre amor, autoestima,
perseverança, identidade, pertencimento, coragem, felicidade e isso, a
escola não nos deixa ensinar. Afinal de contas, nunca foi o objetivo dela
ter pessoas felizes e bem sucedidas na arte do viver. Ela só foi criada
para ensinar as pessoas a serem profissionalmente úteis. E, entenda, não
está errada, eu é que estava no lugar errado.

A Grande Magia, já nos dois primeiros capítulos, revirou toda a minha

compreensão sobre a curiosidade. Afinal, “viver uma vida que é movida mais
fortemente pela curiosidade do que pelo medo”. Se você quer escrever, atuar ou

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pintar, este livro quer ajudá-la a fazer isso. Mas se você quer ser dona de casa,
esposa, CEO, boa filha, grande amiga... esse livro também te ajuda nisso.

Como o livro é dividido entre: Coragem, Encantamento, Permissão, Persistência,

Confiança e Divindade. Já no começo temos a pergunta que deveríamos nos
fazer diariamente:

“Você tem coragem de trazer à tona os tesouros que

estão escondidos dentro de você?”
MEU DEUS! Como pudemos viver os primeiros 20 a 30 anos de nossas
vidas achando que só o que é externo a nós é aprendizado, é qualidade, é
características? Como pudemos fazer isso com o nosso ser? Como que os
adultos que nos educaram não nos ensinaram a olhar para dentro de nós
mesmas e ver nossas inclinações naturais, nossos gostos primários, nossas
curiosidades intrínsecas? Como vamos ser criativas e como vamos criar coisas
novas se não sabemos os ingredientes que nossas almas já trouxeram para
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nós? Como vamos fazer nossomyllasarah5@gmail.com
melhor se não sabemos o que temos na dispensa
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A Gilbert passa grande parte do livro estimulando até mesmo a

criatividade mais tímida com uma espécie de conversa estimulante
prolongada: a criatividade está dentro de todos nós, deve ser expressa,
e não é egoísta, louco ou tolo fazê-lo - é, em fato, a melhor maneira de
viver uma vida satisfatória. O conselho dela parece um biscoito da sorte
positivo: uma boa surpresa que você encontrará quando degustar a
sua essência ao ter contato com ela. Afinal, criatividade é “seu direito
inato como ser humano”, “Você não é obrigado a salvar o mundo com
sua criatividade”, mas essa é a chave principal para que você encontre o
tesouro que já tem, mas que ainda não sabe qual é.

Outro ponto muito importante sobre a criatividade é que ela te permite

expandir os horizontes da sua vida. Quando se é criança, e a mente está se
desenvolvendo, nota-se uma grande criatividade, a criança acha que pode ser o
que quiser e fazer o que quiser, além disso, da forma mais impensável possível.

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Imagine como seria se perdêssemos toda nossa criatividade na adolescência,
o quão horrível seria, todo mundo indo fazer o vestibular para tentar o mesmo
curso, a mesma carreira… Ser criativa, colocar sua mente para ligar os pontos
e criar coisas novas, é aumentar as possibilidades da sua vida, desde de qual
carreira seguir até uma nova atividade para realizar com o cônjuge. Ser criativa
vai transformar a sua vida, transformou a minha ao me fazer ver que a vida era
mais que aquilo, que eu poderia fazer e conhecer outras coisas, a criatividade
me transformou.

Em linhas gerais, “A Grande Magia” constitui um bom conselho. Encontre

algum tempo em sua vida para fazer algo que você realmente goste, por
nenhuma razão além de você realmente gostar. E, saiba, não faça isso com
o intuito secreto de monetizar, daqui dois anos, essa atividade. Nem tudo
precisa ser monetizável para te fazer feliz. Se isso se tornar monetizável,
ótimo, agora é hora de encontrar tempo para então fazer outra coisa que
goste de fazer pelo único motivo de sentir prazer ao fazê-lo.
Sarah Mylla Silva de Oliveira
Não podemos mais seguir fazendo apenas o que dá dinheiro e o que é
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nossas obrigações familiares. Precisamos de hobby. Precisamos de alegria.
Precisamos de felicidade também.

No capítulo sobre o medo, Elizabeth escreve: “A única razão pela qual posso
falar com tanta autoridade sobre o medo é que o conheço tão intimamente”,
referindo-se a uma infância em que ela tinha pavor de tudo, desde o telefone
até os jogos de tabuleiro. Mas Gilbert continua dizendo que uma maneira eficaz
de reduzir o medo é fazer um discurso como este:

“Querido medo: Criatividade e eu estamos prestes a

fazer uma viagem juntos. Eu entendo que você vai se
juntar a nós, porque você sempre faz. . . . Mas entenda
isso: Criatividade e eu somos os únicos que tomaremos
decisões ao longo do caminho. . . . Cara, você não tem
permissão nem para tocar no rádio.”

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Essa parte do livro, do parágrafo de cima, é COMPLETAMENTE VITAL PARA A
SUA OUSADIA FLORESCER. Se você ainda não assistiu a aula em que eu falo
que o seu cérebro é seu funcionário, assista.

O medo não vai sair da gente. PONTO. E isso é ótimo, o que não podemos é
deixar que ele GOVERNE nossa vida como os políticos corruptos brasileiros
governam nosso país. Isso é loucura e espero que você já esteja colocando esse
raciocínio em prática desde que leu o capítulo 1 e, se ainda não fez isso, segue a
minha conversa mental para ser mais um exemplo para você:

Antes, para entender como eu converso com o meu cérebro, vou dar um
exemplo de um “problema/medo” meu e como eu converso com o meu cérebro
para que ele TRABALHE PARA MIM.

Digamos que eu estivesse com medo de me apaixonar, de mudar para a

França e “largar tudo para trás” sem garantia de que daria certo. O que
meu cérebro iria fazer? Boicotar todo o meu relacionamento. Iria buscar
defeitos no namorado,Sarah
na família do de
Mylla Silva namorado,
Oliveira no governo francês, no
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idioma que tenho que aprender, no euro caro, no passaporte brasileiro...
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Como, antes de mais nada, eu quero ser feliz, eu decido como que meu
cérebro vai funcionar perante tantas mudanças tão drásticas e tão
incertas.

Segue aqui o meu discurso interno:

“Livia Melina, você é corajosa, você ama a liberdade, você sonha em morar
na Europa há mais de 10 anos, você é batalhadora, você é estudiosa, você
sabe que tem a calma de quem não vai desistir, você sabe que a vida vai
sempre ser difícil, seja vivendo um sonho ou seja medrosa no quarto então
escolha o difícil que te trará a maior possibilidade de ser feliz. Escolha
sempre estar disposta a ser feliz. Eu sei que você não tem garantia
nenhuma de nada, nem mesmo de que isso vá de fato acontecer. Eu sei que
seu futuro não existe, ainda, nem que ele vai ser bom ou ruim. Mas, mais do
que isso, eu sei que ele vai ser reflexo da sua coragem então eu só te peço
isso: tenha a coragem de viver um grande amor e de trabalhar para ter a

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 sorte de merecê-lo e faça todas as etapas que esse amor, do jeito que é,
precisa para ser ainda melhor. Aprenda francês, lide bem com a frustração
do começo, respire fundo quando errar, sorria quando acertar, celebre
quando conquistar cada etapa desse processo e tenha a capacidade de
criar soluções mais fáceis quando os problemas surgirem e, se parecer
impossível, durma. Ninguém resolve nada cansada.”

Outra coisa FANTÁSTICA que eu aprendi e SEMPRE digo para mim mesma
é “que medo bobo, chato, sem graça”. Que coisa imatura, insignificante e
desnecessária. Não tem problema nenhum errar, voltar, se arrepender, isso é o
curso da vida. Melhor errar do que jamais se dar a oportunidade de acertar.

Ainda sobre os dois primeiros capítulos, lembre-se sempre da Susan e da

patinação no gelo: você pode ser mais feliz fazendo algo que não é capaz
de se tornar excelente nele se entender que não precisa ser. Inclusive, não
precisamos ser excelentes em quase nada e isso é ótimo. Afinal, que terrível
seria se precisássemos nos tornar excelentes em tudo para só então sentir
Sarah Mylla Silva de Oliveira
felicidade? Deus é mais. Tem coisa que é, inclusive, muito mais gostosa de fazer
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ruim do que boa. Ex: Karaokê. Nossa senhora, imagina se só pudéssemos cantar
a música do Titanic se tivéssemos o treinamento musical da Celine Dion...
jamais teríamos lazer ou mesmo riríamos de nós mesmas com nossas amigas.

Outra coisa muito muito muito legal é:

“Acho que o perfeccionismo é apenas uma versão

sofisticada e de alta costura do medo”.
No dia em que você se sentir bem, bem mesmo, fazendo umas belas dumas
coisas erradas e pelas coxas, vai ter muito mais paz de espírito do que imagina.
Claro, vale deixar aqui por escrito, que não é para você fazer uma cirurgia
cardiovascular no seu paciente de qualquer jeito. Não estou falando para não
sermos sérias ou profissionais, mas estou falando para aprendermos a levar
o que precisa ser sério a sério e o que não precisa ser sério, com leveza. Se
deixe ser ruim em muitas coisas e se divirta no processo de aprendizagem ou
jamais vai ter coragem de começar, muito menos vai conseguir evoluir. Esse é

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o segredo do aprendiz: ele sabe que nunca será uma fraude enquanto estiver
aprendendo...

Esse livro mudou minha abordagem em relação a tudo, em geral, em

mais de uma maneira. Aprendi a olhar para o que não sei com o carinho
de quem espera, de braços abertos, seu bebê que está tentando dar os
primeiros passinhos. Já reparou que NINGUÉM NUNCA exorta um neném
por dar um passo e cair? Muitíssimo pelo contrário: nada na sociedade é
mais celebrado, filmado, elogiado e emocionante do que ver que o neném
se ergueu, mesmo caindo após o primeiro passo. CELEBRE-SE!

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