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LISTA 6 Derivadas de ordem superior

Cálculo 1 - 2023.1 Polinômio de Taylor

Exercício 1

Obtenha o polinômio de Taylor das seguintes funções em torno de x0 = 0. Desenvolva o polinômio até uma
ordem suficientemente grande para que fique clara uma regra de formação. Em cada um dos itens você pode
usar os polinômios conhecidos, sem precisar deduzi-los (ex , sen(x), cos(x), ln(1 + x)).
x2 2
1. f (x) = e− 2 3. f (x) = ln(1 + 3x) ex − 1
5. f (x) =
x
sen(x2 )
2. f (x) = x 4. f (x) = sen(x) + cos(x) 6. f (x) = ln(1 − x)

Exercício 2

Obtenha o polinômio de Taylor de grau 7 de f (x) = 3x7 − 8x5 + 2x em torno de 0.

Exercício 3

Calcule:
ln(1 + x)
lim .
x→0 x

Exercício 4

Calcule um valor aproximado para


π ( π4 )2 ( π )4
A=1− − + 4
4 2! 4!
e estime o erro.

Exercício 5

O polinômio de Taylor de ordem 5, em torno de x0 = 1 de uma função f (x) é dado por:

a + b(x − 1) + c(x − 1)2 + d(x − 1)5

Quanto vale f (3) (1)? E f (5) (1)?

Exercício 6

Maria resolveu calcular o polinômio de Taylor de ex em torno de x0 = 1. Para isso, raciocinou da seguinte
maneira: se x está perto de 1, x − 1 varia em torno de 0. Usando o polinômio em torno de 0, escreveu:

(x − 1)2 (x − 1)3 (x − 1)4


e(x−1) ≈ 1 + (x − 1) + + + (1)
2! 3! 4!
Multiplicou toda a expressão por e para obter:

(x − 1)2 (x − 1)3 (x − 1)4


ex ≈ e + e(x − 1) + e +e +e (2)
2! 3! 4!
Considerou que na equação (1), x varia em torno de 1; consequentemente, varia em torno de 1 em (2) que,
portanto, é a expansão procurada.

Leonardo não confiou nesse raciocícnio e resolveu usar a fórmula do polinômio de Taylor. Derivou ex várias
vezes, concluindo que todas as derivadas eram iguais a ex . Substituiu na fórmula para obter:

(x − 1)2 (x − 1)3 (x − 1)4


ex ≈ ex + ex (x − 1) + ex + ex + ex
2! 3! 4!
Alguém acertou? Qual(is) foi(ram) o(s) erro(s)?

Solução do Exercício 1

Primeiro lembramos os polinômios de Taylor (de ordem suficientemente grande para ver a lei de formação dos
coeficientes) das principais funções básicas:
x2 x3 x4
ex ≈ 1 + x + + +
2! 3! 4!
x2 x4 x6
cos(x) ≈ 1 − + −
2! 4! 6!
x3 x5 x7
sen(x) ≈ x − + −
3! 5! 7!
x2 x3 x4 x5
ln(1 + x) ≈ x − + − +
2 3 4 5
−x2
1. Substituindo x por no polinômio da exponencial, temos:
2
2 2 2
−x2 −x2 ( −x )2 ( −x )3 ( −x )4
e 2 ≈1+ + 2 + 2 + 2
2 2! 3! 4!
x2 x4 x6 x8
=1− + 2 − +
2 2 · 2! 23 · 3! 24 · 4!

2. Substituindo x por x2 no polinômio do sen(x), temos:


x6 x10 x14 sen(x2 ) x5 x9 x13
sen(x2 ) ≈ x2 − + − =⇒ ≈x− + − .
3! 5! 7! x 3! 5! 7!
3. Substituindo x por 3x no polinômio de ln(1 + x):
9x2 27x3 34 x4 3 5 x5
ln(1 + 3x) ≈ 3x − + − + .
2 3 4 5
4. Somando os polinômios de sen(x) e cos(x) temos:
x2 x3 x4 x5 x6 x7
cos(x) + sen(x) ≈ 1 + x − − + + − − .
2! 3! 4! 5! 6! 7!
5. Procedendo como nos outros exemplos:
2
ex − 1 x3 x5 x7
≈x+ + +
x 2! 3! 4!
6. Substituindo x por −x (lembre que estamos trabalhando muito perto de x = 0) e usando o polinômio de
ln(1 + x):
(−x)2 (−x)3 (−x)4 (−x)5
ln(1 − x) ≈ −x − + − +
2 3 4 5
x2 x3 x4 x5
= −x − − − − .
2 3 4 5

2
Solução do Exercício 2

O polinômio de Taylor de f é a própria função f , uma vez que f é um polinômio.

Solução do Exercício 3

Usando o polinômio de Taylor de ln(1 + x), escrevemos:

x x2
 
ln(1 + x) erro(x)
lim = lim 1 − + + ··· + = 1.
x→0 x x→0 2 3 x

Solução do Exercício 4

Analisando a expressão, verificamos que se trata do polinômio de Taylor de ordem 4 de f (x) = cos(x) − x
π
avaliado em x = . Usamos, então a aproximação
4
π π π √
2 π
A≈f = cos − = − .
4 4 4 2 4
O erro da aproximação pode ser estimado usando a quinta derivada f (5) (x) = −sen(x) da função f em algum
valor x entre 0 e π/4, pela fórmula de Lagrange. Especificamente, existe x ∈ (0, π/4) tal que o valor absoluto
do erro (erro (π/4) = f (π/4) − A) é

π/4 < 1



 π  f (5) (x)  π 5 y − sen(x) sen(x)

sen(π/4) 2
= < = ≤ =

4 5! 4 5!  5!  5! 2 · 5!
erro 
 
y 
y
sen(x) ≥ 0 para x ∈ (0, π/4) O seno é crescente no intervalo (0, π/4)

Solução do Exercício 5

Já que o polinômio de Taylor de ordem 5, em torno de x0 = 1 é da forma

f ′′ (1) f (3) (1) f (4) (1) f (5) (1)


T5 (x) = f (1) + f ′ (1)(x − 1) + (x − 1)2 + (x − 1)3 + (x − 1)4 + (x − 1)5 ,
2 3! 4! 5!
comparando esta expressão com a dada no enunciado do exercício obtemos que a terceira derivada vale 0 e a
quinta derivada vale 5!d.

Solução do Exercício 6

Maria acertou. O erro de Leonardo foi que a fórmula indica que cada derivada deve ser avaliada em x0 que,
nesse caso, vale 1. Observe que se Leonardo tivesse feito a avaliação seu resultado coincidiria com o de Maria.

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