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Boletim do Setor

MINERAL
2020
[ABRIL]

COMÉRCIO EXTERIOR [PÁG. 9] PORTARIAS DE LAVRA [PÁG. 17]


OPINIÃO [PÁG. 24] DESTAQUES DA SGM [PÁG. 26]
MINER AÇÃO
-

Foto da capa: Francesco Ungaro no Unsplash


Foto da contracapa: Dominik Vanyi no Unsplash
(unsplash.com)
AO LEITOR
Esse 3ºBoletim chega em
um momento em que a socied
ade e a economia mundial Boletim do Setor
MINERAL
passam por profundas transf
ormações em razão da
pandemia da COVID-19.
No início do ano eram muito
favoráveis as perspectivas para
o crescimento do setor mineral
3ª EDIÇÃO
brasileiro, com investimentos SUMÁRIO
de 2020 até 2024 estimados com
aumento da ordem de 17%,
alcançando 35,2 bilhões de Panorama do Setor ................................. 2
dólares.
Com a crise que assolou o Reservas Minerais ..................................... 4
país e o mundo, as estimativas
atuais do Banco Mundial são de
uma redução do setor mineral Produção Mineral ....................................... 6
no Brasil da ordem de 4,5%. E
mesmo com as projeções de Comércio Exterior ...................................... 9
comprometimento dos
resultados do setor mineral,
para nós do MME o que já é
Preços de Commodities .......................... 12
certo é que estamos
trabalhando com muito Processos Minerários .............................. 15
empenho para que o impacto da
crise na mineração seja o menor
possível.
Portarias de Lavra ................................... 17
O fato de termos a
mineração como atividade CFEM ........................................................... 19
essencial para a sociedade bem
revela que, quaisquer que
Barragens.................................................... 23
sejam as projeções para o setor,
temos a confiança de que a
mineração será um dos Opinião ......................................................... 24
principais propulsores da
retomada da economia. Destaques da SGM .................................. 26
Boa leitura!

Alexandre Vidigal de Oliveira


Secretário Nacional de Geologia,
Mineração e Transformação
Mineral
BRASÍLIA, ABRIL DE 2020

Participe da construção do nosso


Boletim! Envie suas contribuições
para o e-mail: sgm@mme.gov.br 3
1 Panorama do Setor 1.1 VALOR DA PRODUÇÃO MINERAL BRASILEIRA
(PMB)1
60 53
48 44
39 40 38 40
US$ BILHÕES

40 32 34
26 24
20

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020*
Fonte: IBRAM (2020)
1 Nota: *Dado estimado, calculado em fevereiro/2020.

1.2 E XPORTAÇÕES E S ALDO DA B ALANÇA


C OMERCIAL DO S ETOR M INERAL
Valor das Exportações do Setor Mineral (US$ bilhões)
Balança Comercial Mineral (US$ bilhões)

60 46,7 49,7 51
US$ BILHÕES

40
23,7 23,3 24,5
20 11
5,2
0
2017 2018 2019 2020 (jan-mar)
Fonte: COMEX-STAT/ME (consolidado DTTM/SGM, 04/2020)

1.3 PARTICIPAÇÃO NO PIB 2017 2018


PIB Brasil (R$ bilhões) 6.752 6.828
PIB Ind. Extrativa Mineral2 (%) 0,66 0,64
(exclusive Pet. e Gás)
PIB Metalurgia (%) 1,34 1,34
PIB Transf. Não-Metálicos (%) 0,47 0,46
PIB Setor Mineral (%)
(Ind. Extrativa+Met+ Transf.Não Met)
2,47 2,44
Fonte: Sinopse (DTTM/SGM, 2019), IBGE

1 PMB é a soma de todos os bens minerais produzidos no País calculados em bilhões de dólares,
metodologia do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
2 PIB da Ind. Extrativa Mineral inclusive Petróleo e Gás: 2017 = 2,26; 2018= 2,26.

2
1.4 DECLARAÇÃO DE INVESTIMENTO EM PESQUISA
MINERAL (R$ MILHÕES)

717,53

621,47

589,46
556,37

427,40
526,78
800
R$ MILHÕES

418,38

398,00
390,71
310,20
322,36
600

253,39
236,25
201,95

193,68
126,99
400
200
0
2003

2009

2015
2004

2005

2006

2007

2008

2010

2011

2012

2013

2014

2016

2017

2018
Fonte: DIPEM/ANM (2019)

1.5 INVESTIMENTOS EM PROJETOS DE MINERAÇÃO


(US$ BILHÕES )
80 63,7
53,6
US$ BILHÕES

60
40 27,5 32,5
18 19,5
20
0
2013-2017 2014-2018 2017-2021 2018-2022 2019-2023 2020-2024*
Fonte: IBRAM (2020)
Nota: *Estimativas da SGM apontam investimentos de US$ 35,2 bilhões para o período 2020-2024.

1.6 EMPREGOS DIRETOS DO SETOR MINERAL

1000 901 922 909,9 889,7


822 851
811 824,6
800 759,6 733,3
EMPREGOS (10³)

442

460,7

457
439
362

427,4
414

386,9

168,9 198,8 365,6


367

600

400
198,5 250,7

183,4 213,8
195,8 236,9
254
260
282

263

254

173,7 199

200
226
183

202
181
178

0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Mineração Metalurgia Transformação Não-Metálicos Total


Fonte: DTTM/SGM (2019), RAIS/ME

3
2 Reservas Minerais
2.1 PRINCIPAIS RESERVAS MINERAIS DO BRASIL
Participação
Substância Reserva (10³ t)
Mundial (%)
Alumínio (Bauxita)¹ 2.600.000 9,3
Barita² 81.570 23,6
Carvão Mineral¹ 3.799.000 0,4
Chumbo² 74 0,1
Cobalto² 70 1,0
Cobre² 11.212 1,6
Cromo² 2.451 0,5
Estanho² 382,7 8,8
Ferro¹ 28.603.000 16,8
Fosfato4 315.000 0,5
Grafita Natural¹ 72.000 28,8
Lítio² 54 0,4
Magnesita¹ 391.000 4,6
Manganês6 136.492 19,3
Metais Gr. Platina³ n.d. n.d.
Nióbio² 16.166 98,8
Níquel² 15.991 18,9
Ouro² 2,4 4,2
Potássio4 1.400 0,0
Prata² 3,8 0,7
Talco e Pirofilita¹ 45.163 n.d.
Tântalo² 33,7 32,8
Terras Raras² 21.000 17,5
Titânio5 6.181 0,8
Tungstênio² 28 0,9
Vanádio² 119 0,6
Vermiculita¹ 7.000 14,9
Zinco² 2.464 1,1
Zircônio¹ 2.319 3,1
Fonte: Sumário Mineral Brasileiro (ANM, 2017)
Notas: 1 - Reserva Lavrável de minério; 2 - Reserva Lavrável em metal contido; 3 - Reserva
Lavrável em metal contido de Pt+Pd (platina+paládio); 4 - Reserva Lavrável em equivalente P2O5
(pentóxido de difósforo) ou K2O (monóxido de dipotássio); 5 - Reserva Lavrável de ilmenita + rutilo,
em metal contido; 6 - Reserva Medida em metal contido; n.d. dado não disponível.

4
2.2 P ARTICIPAÇÃO M UNDIAL DAS R ESERVAS
M INERAIS B RASILEIRAS (2015 VERSUS 2016)
Part. (%) 2015 Part. (%) 2016

98,1
Nióbio 98,8
SUBSTÂNCIA (10 MAIORES PARTICIPAÇÕES)

33,5
Tântalo 32,8
31,4
Grafita Natural 28,8
24,8
Barita 23,6
30,1
Manganês
19,3
13,7
Níquel 18,9
17,4
Terras Raras 17,5
16,6
Ferro 16,8
13,2
Vermiculita 14,9
9,3
Alumínio (Bauxita) 9,3
0 20 40 60 80 100
Participação Mundial (%)

Fonte: Sumário Mineral Brasileiro (ANM, 2016 e 2017)


VOCÊ SABIA?
Recurso Mineral é uma concentração de minério formada na
crosta terrestre, em quantidade e qualidade adequadas para uso
industrial, mas que não foi submetida a uma avaliação econômica.

Já Reserva Mineral é a parte disponível do Recurso Mineral


para lavra que pode ser produzido economicamente, ou seja, que
pode ser vendido com lucro, tudo devidamente demonstrado em
estudos de viabilidade técnica e econômica.

5
3 Produção Mineral
3.1 PRODUÇÃO(B) NACIONAL DE BENS MINERAIS 2015 A 2018 (10³ t)
Substância 2015 2016 2017 2018(p)
Barita1 17,8 12,1 n.d. n.d.
Bauxita 35.715 37.389 36.375 27.000
Calcário Agrícola 29.433 32.469 37.600(p) 43.000
Carvão Metalúrgico 150,9 52,9 n.d. n.d.
Carvão Mineral(energético) 6.748,6 6.009,8 3.878,3(p) 4.449,9
Caulim 1.802 1.737 1.800(p) 2.000
Cobre1 350,9 338,9 384,5 381,0
Cromita3 526,7 426,3 542,9 n.d.
Enxofre 514,0 530,0 530(p) 530,0
Estanho1(cassiterita) 20 15,2 17,1 18,0
Ferro 430.838 421.358 453.703 460.000
Fosfato2 6.100 5.850 5.345(p) 5.098
Grafita Natural2 81,8 61,7 95(p) 96,8
Lítio4 0,31 0,44 0,2(p) 0,60
Magnesita 1.621 1.652 1.800(p) 1.900
Manganês1 1.243 1.200 1.343 1.200
Nióbio5 80,5 80,7 83,2 80,0
Níquel1 182,9 134,6 68,8 80,0
Ouro6 0,083 0,094 0,080 0,081
Potássio7 304,0 316,4 306,2(p) 201,2
Talco e Pirofilita8 642,6 657,0 850(p) 850,0
Tântalo2 0,27 0,13 0,11(p) 0,10
Terras Raras (monazita) 1,63 4,53 1,7(p) 1,00
Titânio2 81,0 66,5 50,0 50,0
Vanádio (V205 em flocos) 5,81 7,97 5,21(p) 6,30
Zinco1 157,0 158,2 156,5 n.d.
Fonte: Sumário Mineral (ANM, 2017 e 2018), Anuário Mineral (ANM, 2018), Mineral Commodity
Summaries (USGS, 2018 e 2019), Sinopse (DTTM/SGM, 2019) e Anuário do Setor de Transf. Não-
Metálicos (DTTM/SGM, 2019)
Notas: (B) produção beneficiada; 1- Metal contido; 2- Concentrado; 3- Minério Lump + concentrado
de cromita; 4- Contido em óxido de lítio; 5- Nb2O5 (pentóxido de nióbio) contido no concentrado; 6-
Empresas + garimpos; 7- K2O (monóxido de dipotássio) equivalente; 8- Total; (p) preliminar; n.d.
6
dado não disponível.
3.2 P ARTICIPAÇÃO B RASILEIRA NA P RODUÇÃO
M UNDIAL DE B ENS M INERAIS (2016 VS . 2018 (P))

93,7
Nióbio (contido)
90,9
SUBSTÂNCIAS (10 MAIORES PARTICIPAÇÕES)

18,9
Minério de Ferro 18,4
6,0
Talco e Pirofilita 11,3
5,2
Grafita Natural 10,4 Part. (%) 2016
13,1
Bauxita 9,0
10,2 Part. (%) 2018
Vanádio (pentóxido) 8,6 (preliminar)
7,3
Manganês (contido) 6,7
Magnesita 5,9
6,6
Alumina 9,0
6,1
7,2
Estanho (contido)
5,8
0 20 40 60 80 100
PARTICIPAÇÃO MUNDIAL (%)
Fonte: Sumário Mineral (ANM, 2017), Mineral Commodity Summaries (USGS, 2019), Sinopse
(DTTM/SGM, 2019). Nota: (p) preliminar. Dado sujeito a revisão.

3.3 PRODUÇÃO NACIONAL E MUNDIAL DE MINÉRIO


DE FERRO
3.220
3.110
3.000

3.500

3.000 2.500
2.458
2.400
MILHÕES DE TONELADAS

2.260
2.230

2.500
1.540

2.000
1.060
1.020

1.500
919
881
874
845
754

1.000
606
507

460
454
431
421
411
400
386
372
366

278
245

212
204
179

177

500
160

150
141

120
106
90
40
17
1

5
4
2
1
0
0

0
1975

2015
1930
1935
1940
1945
1950
1955
1960
1965
1970

1980
1985
1990
1995
2000
2005
2010
2012
2013
2014

2016
2017
2018

Brasil Mundo
Fonte: DTTM/SGM (2019), USGS, DNPM/ANM
7
3.4 PRODUÇÃO NACIONAL DE METAIS E LIGAS 2015 A 2018 (10³ t)
Substância 2015 2016 2017(p) 2018(p)

Aço bruto 33.256 31.275 34.400 34.900


Alumínio (metal primário) 772,2 792,7 801,7 659,0
Alumina 10.452 10.886 10.900 7.900
Cobre (metal primário) 241,5 225,6 143,0 147,0
Gusa 32.110 29.587 32.100 32.500
Liga Ferro-Nióbio (Nb contido) 52,9 44,4 58,7 n.d.
Liga Ferro-Níquel 71,5 156,0 210,0 62,2
Silício (metálico) 117,0 110,0 110,0 190,0
Zinco (metal primário) 270,7 284,5 262,4 258,5
Fonte: Sumário Mineral (ANM, 2017), Mineral Commodity Summaries (USGS, 2018 e 2019),
Sinopse (DTTM/SGM, 2016 a 2019) e Paranapanema (2020).
Nota: (p) preliminar; n.d. dado não disponível

3.5 PRODUÇÃO(B) NACIONAL DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO


CIVIL 2015 A 2018 (10³ t)
Substância 2015 2016 2017(p) 2018(p)

Areia para Construção 349.087 312.044 294.000 n.d.

Brita e Cascalho 261.022 236.387 203.000 n.d.

Cal n.d. 8.300 8.300 8.400

Cimento 64.874 57.630 53.703 53.458

Rochas Ornamentais 9.500 9.300 9.240 9.000


Fonte: Sumário Mineral (ANM, 2017), ANEPAC, Sinopse (DTTM/SGM, 2016 a 2019) e Anuário do
Setor de Transf. Não-Metálicos (DTTM/SGM, 2019).
Nota: (B) produção beneficiada; (p) preliminar; n.d. dado não disponível

8
4 Comércio Exterior
A balança comercial brasileira registrou no acumulado janeiro
a março de 2020 superávit da ordem de US$ 5,6 bilhões, com
exportações totalizando US$ 49,5 bilhões e importações US$ 43
bilhões.
Na análise setorial, o saldo da balança comercial do setor
mineral fechou o 1º Trimestre de 2020 favorável em US$ 5,2 bilhões,
somando exportações de US$ 11 bilhões, reduzidas em 3,6%, e
importações de US$ 5,8 bilhões, inferiores 11%, na comparação com o
mesmo período de 2019.
Entre janeiro e março de 2020, a participação das exportações
do setor mineral no total das exportações brasileiras foi de cerca de
22%, com destaque para as exportações de minério de ferro,
responsáveis por 9,3% do total das exportações brasileiras. Já as
importações do setor mineral representaram, no mesmo período,
13,5% do total das importações do País.

4.1 SALDO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA


80 Brasil Setor Mineral

70 67

58
60
47,7 48
50
US$ BILHÕES

40

30 26,7 27
23 23,7 23,3 24,5
19,7
19,5 18
20 15,2

10 5,6 5,2
2,6
-4
0

-10

Fonte: COMEX-STAT/ME (consolidado DTTM/SGM, 04/2020)

9
Com referência apenas à mineração, no 1º trimestre de 2020 as
exportações totalizaram US$ 5,6 bilhões, apresentando um pequeno
declínio, da ordem de 3%, atribuído, principalmente, à redução (17%) do
volume de exportação do minério de ferro, principal item dessa pauta,
com participação de 82%.

4.2 EXPORTAÇÃO
Setor Mineral Mineração Minério de Ferro
60
51,9 49,7 51
50 46,7
39
36,6
US$ BILHÕES

40
30,2
25,2 27,3
30 25,8 24 22,7
18,4 20,2
17,5 19,2
20 13,2
14,1 11
10 5,6 4,6

0
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 (jan-
Fonte: COMEX-STAT/ME (consolidado DTTM/SGM, 04/2020) mar)

Quanto às importações da mineração, no comparativo com mesmo


período do ano anterior, verificou-se considerável queda de
aproximadamente 40%, passando de US$ 2 bilhões para US$ 1,2 bilhão,
justificado, principalmente, pelo declínio em volume das compras de
carvão metalúrgico e potássio, principais commodities dessa pauta

4.3 IMPORTAÇÃO
Setor Mineral Mineração Potássio + Carvão Met.
35
28,9
30 26,4 26,5
23,8 23
25
US$ BILHÕES

18,5
20
15
7,6 7,8 8,4 8,1
10 5,6 6,9 6,0 6,5 5,6 5,8
4,9 5,4
3,9
5 1,2 0,9
0
2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 (jan-
mar)
Fonte: COMEX-STAT/ME (consolidado DTTM/SGM, 04/2020)

10
4.4 PRINCIPAIS COMPONENTES DE PAUTA DAS EXPORTAÇÕES E
IMPORTAÇÕES DA MINERAÇÃO DE JANEIRO A MARÇO DE 2020

Manganês Outros
(conc.) 2% 3%

Bauxita
1% Ferro
82%
Rochas EXPORTAÇÃO
Orn. 4%

Cobre
(conc.)
8%

Fonte: COMEX-STAT/ME (consolidado DTTM/SGM, 04/2020)

Cobre
Potássio (conc.) 9%
(KCl) Enxofre
38% 3%

IMPORTAÇÃO Rocha
fosfática
4%
Carvão
Metalúrgico Outros
36% 10%

Fonte: COMEX-STAT/ME (consolidado DTTM/SGM, 04/2020)

4.5 COMÉRCIO Importação Exportação Saldo


EXTERIOR DE
10³ t 10³ US$ 10³ t 10³ US$ 10³ t 10³ US$
FERTILIZANTES (2020)
Fosfato (rocha) 678,5 52.090,8 0 0 -678,5 -52.091
Potássio (KCl*) 1.751 469.482,5 0,6 548,5 -1.750,4 -468.934
Enxofre 494,6 31.912,7 194,8 4.029,2 -299,8 -27.884
Fonte: COMEX-STAT/ME (consolidado DTTM/SGM, 04/2020)
Nota: *Cloreto de potássio.

11
5 Preços de Commodities
5.1 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO ESTANHO (US$)

21.393,40
21.263,95
20.457,75

20.604,30
US$ POR TON. MÉTRICA

19.523,90

19.193,20
24.000

17.141,05

17.029,18
17.977,85

16.603,39

16.480,30
16.335,48
16.830,62
16.608,99
22.000

15.290,91
20.000
18.000
16.000
14.000

Fonte: IndexMundi, Platts Metal Week, Thomson Reuters, World Bank (Abr., 2020)
Referência: Tin (LME), refinado, standard grade.

5.2 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO NÍQUEL (US$)


17.656,88

17.046,22
15.748,64

20.000
15.171,81
US$ POR TON. MÉTRICA

13.829,42
13.026,27

13.546,30
12.772,79

13.506,86
18.000
12.685,23

12.715,55
12.016,31

11.943,94

11.846,23
11.523,09

16.000
14.000
12.000
10.000

Fonte: IndexMundi, Platts Metals Week, Thomson Reuters, World Bank (Abr., 2020)
Referência: Nickel (LME), cátodos, pureza mínima 99,8%.

5.3 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO COBRE (US$)


6.438,36
6.439,46
US$ POR TON. MÉTRICA

6.300,49

6.077,06

6.031,21
6.017,90

5.941,20
5.939,10

5.882,23

5.859,95
5.759,25

5.757,30
5.709,44

5.687,75

5.182,63

7.000
6.500
6.000
5.500
5.000
4.500

Fonte: IndexMundi, Platts Metals; Thomson Reuters Datastream; World Bank. (Abr., 2020)
Referência: Copper (LME), grade A, cátodos 12
5.4 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO ZINCO (US$)

2.932,65
2.850,60

2.742,81
2.707,19
2.569,70
US$ POR TON. MÉTRICA

2.601,22

2.451,65

2.425,48
2.446,51

2.354,31
2.331,56
2.273,01

2.272,54

2.113,24
3.000

1.903,63
2.500

2.000

1.500

Fonte: IndexMundi, Platts Metal Week, Thomson Reuters, World Bank (Abr., 2020)
Referência: Zinc (LME), high grade

5.5 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO CHUMBO (US$)

2.184,09
2.071,85
2.062,79

2.046,46

2.044,55
US$ POR TON. MÉTRICA

2.021,15
1.997,14

2.500
1.975,64
1.938,99

1.923,93
1.900,54
1.899,70

1.872,54
1.815,19

2.300

1.734,44
2.100
1.900
1.700
1.500

Fonte: IndexMundi, Platts Metal Week, Thomson Reuters, World Bank (Abr., 2020)
Referência: Lead (LME), refinado, 99.97% puro.

5.6 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO ALUMÍNIO (US$)


1.871,21
1.862,99
1.853,72

1.845,42

1.796,99
1.781,26

1.774,79

1.773,09
1.771,38

2.000,00
1.755,95

1.753,51
US$ POR TON. MÉTRICA

1.740,68

1.725,96

1.688,10

1.900,00
1.610,89

1.800,00
1.700,00
1.600,00
1.500,00

Fonte: IndexMundi, World Bank (Abr., 2020)


Referência: Aluminum (LME), high grade.
13
5.7 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO MINÉRIO DE FERRO
(US$)
US$ POR TON. MÉTRICA SECA

120,24
108,94
100,15

95,76
93,07

93,08

92,65
130

88,99
88,53
93,7
88,22

87,68
84,98
86,47
76,16

110
90
70
50

Fonte: IndexMundi, Thomson Reuters Datastream, World Bank (Abr., 2020)


Referência: Minério de ferro 62% Fe spot, CFR China

5.8 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO FOSFATO (US$)


102,50
102,50

98,50

97,50

97,50
US$ POR TON. MÉTRICA

97,50

110
100
80,00

78,00

77,50

77,50

90 74,00

72,50

72,50

72,50

71,88
80
70
60

Fonte: IndexMundi, Fertilizer Week, Fertilizer International, World Bank (Abr., 2020)
Referência: Rocha fosfática, Fosforita (Marrocos), 70% BPL.

5.9 EVOLUÇÃO DO PREÇO DO OURO (US$)


1.591,93
1.597,10
1.560,67
1.510,58
1.500,41

1.494,81

1.479,13
1.470,79
US$ POR ONÇA-TROY

1.412,89

1.800
1.359,04
1.300,90

1.285,91

1.283,70
1.291,75

1.320,07

1.600
1.400
1.200
1.000

Fonte: IndexMundi, World Bank (Abr., 2020)


Referência: Gold (UK), 99,5% puro.

14
6 Processos Minerários
6.1 SUBSTÂNCIAS MAIS 6.2 REQUERIMENTOS*
REQUERIDAS* PARA PESQUISA DE PROTOCOLADOS3 DE JANEIRO
JANEIRO A MARÇO DE 2020 A MARÇO DE 2020 POR UF

1º Areia 595 1º MG 354

2º Ouro 492 2º PA/AP 268

3º Cassiterita 250 3º BA 228

4º Cascalho 167 4º GO/DF 191

5º Saibro 122 5º MT 185


Fonte: SIGMINE/ANM (Mai., 2020) Fonte: ANM (Abr., 2020)
Nota: *inclui requerimentos de: pesquisa, de lavra garimpeira, de licenciamento e registro de extração.

6.3 SITUAÇÃO DOS PROCESSOS MINERÁRIOS POR FASE QUANTIDADE


Concessão de lavra 11.284 (5,5%)
Requerimento de lavra 18.752 (9,2%)
Direito de requerer a lavra 3.148 (1,5%)
Autorização de pesquisa 83.186 (40,7%)
Requerimento de pesquisa 26.434 (12,9%)
Lavra garimpeira 2.501 (1,2%)
Requerimento de lavra garimpeira 18.217 (8,9%)
Licenciamento 16.881 (8,3%)
Requerimento de licenciamento 9.656 (4,7%)
Registro de extração 2.354 (1,1%)
Requerimento de registro de extração 1.036 (0,5%)
Disponibilidade4 11.164 (5,5%)
Fonte: SIGMINE/ANM (04/05/2020) TOTAL 204.613 (100%)

3 Estatística disponível no site da ANM: www.anm.gov.br/acesso-a-informacao/estatisticas


4 Somente processos minerários ativos em fase de disponibilidade segundo dados do SIGMINE/ANM.
15
6.4 FOCOS DE REQUERIMENTOS* PARA PESQUISA MINERAL DE JANEIRO
A MARÇO DE 2020

Menor incidência de Maior incidência de


requerimentos de requerimentos de
pesquisa pesquisa
Fonte: DDSM/SGM, SIGMINE/ANM (04/05/2020)
Nota: *inclui requerimentos de pesquisa, de lavra garimpeira, de licenciamento e de registro de extração.


VOCÊ SABIA?
A mineração é a base de muitos mercados de itens essenciais
para nossa população, para a saúde e para a indústria em geral.
À agricultura, por exemplo, a mineração fornece potássio,
fósforo, nitrogênio, cálcio, zinco, entre outros nutrientes
fundamentais na fertilidade do solo e produção de alimentos.
Fonte: Infográfico FFALegal (2020) 16
7 Portarias de Lavra
7.1 EVOLUÇÃO ANUAL DAS PORTARIAS DE LAVRAS
PUBLICADAS - ANM E MME
350
500
4
450

400
182
350

300

250 483
436 452 10
200 384 403
358
150 311
283
253 147
100 201 204 179 196
154
50 18
26
0

Novas Portarias de Lavra SGM *Novas Portarias de Lavra DNPM/ANM

Fonte: DGPM/SGM, ANM (Abr., 2020)


Nota: *Com o advento da Lei nº 13.575/17, o ato de assinatura das Portarias de Lavra de minerais
utilizados na Construção Civil (areia, saibro, cascalho...) passou a ser competência do DNPM/ANM.


VOCÊ SABIA?
Medicamentos, reagentes e vários insumos hospitalares são elaborados
a partir de minerais como cálcio, magnésio, sódio, potássio, fósforo, zinco. Os
sais de alumínio são adjuvantes em vacinas e estão diretamente relacionados
ao aumento da resposta de imunização.
O alumínio também está na embalagem flexível de medicamentos e
de utensílios esterilizados, além de equipamentos farmacêuticos em geral.
No nosso cotidiano, está em caixas longa vida, latas e embalagens


descartáveis, entre outros.

Fonte: Infográfico FFALegal (2020)


17
7.2 TIPOS DE PROCESSOS COM DECISÕES PUBLICADAS
MME DE JANEIRO A MARÇO DE 2020
Indeferimento Recurso
30% 7% Retificação
Decreto/Portaria
Lavra 4%

Caducidade
Portaria de 7%
Lavra 47%
Reconsideração 5%

Fonte: DGPM/SGM (Abr., 2020)

7.3 PORTARIAS DE LAVRA MME POR USO AGRUPADOR


DE JANEIRO A MARÇO DE 2020
Envase/Balneário
15%

Minerais Metais Ferrosos 8%


Industriais
42% Insumos
Agrícolas 8%

Metais Básicos
8%
Metais Preciosos 4%
Metais Raros 15%
Fonte: DGPM/SGM (Abr., 2020)

7.4 PORTARIAS DE LAVRA MME POR UF DE JANEIRO


A MARÇO DE 2020
AL
4%
PB 4% MG
38%
RN 4%

RS 4%

SP 4%

BA GO
12% 19%
PE
11%

Fonte: DGPM/SGM (Abr., 2020)

18
8 CFEM 8.1 A RRECADAÇÃO G ERAL DE C OMPENSAÇÃO
F INANCEIRA PELA E XPLORAÇÃO DE R ECURSOS
M INERAIS (CFEM)
5.000
4.503
R$ MILHÕES

4.000
3.036
3.000
1.798 1.837
2.000 1.519
1.038
1.000

0
2015 2016 2017 2018 2019 2020 (jan-
Fonte: Site da ANM (Fev., 2020) mar)

A arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de


Recursos Minerais5 (CFEM) no 1º Trimestre de 2020 foi
aproximadamente 17% maior que o mesmo período de 2019. Tal
comportamento pode ser atribuído, em grande parte à variação positiva
do preço do minério de ferro (alta de 9% na comparação entre os períodos)
e à desvalorização cambial. Quando se compara o 1º Trimestre de 2020 ao
4º Trimestre de 2019, a arrecadação diminuiu cerca de 18%.

Outros São Outros


Bauxita 10% Paulo 6%
3% 1%
Cobre
5% Pará
Bahia
Ouro 2% 50%
6%
Goiás
3% Minas
Gerais
Ferro 38%
76%

8.2 CFEM POR SUBSTÂNCIA 8.3 MAIORES ARRECADADORES DE CFEM


MINERAL (ANM, 25/04/2020) (ANM, 25/04/2020)

5 Dados de CFEM disponíveis em: www.anm.gov.br/assuntos/arrecadacao


19
8.4 MUNICÍPIOS COM MAIORES ARRECADAÇÕES DE CFEM DE JANEIRO A MARÇO DE 2020
Qtd. Recolhimento % do
Ranking Município
Títulos CFEM (R$) Total
1 Parauapebas/PA 6 262.360.486,99 25,3%
2 Canaã dos Carajás/PA 2 181.832.403,05 17,5%
3 Conceição Mato Dentro/MG 2 67.848.738,14 6,5%
4 Congonhas/MG 5 62.618.116,62 6,0%
5 Itabira/MG 9 41.010.277,35 3,9%
6 Belo Vale/MG 12 34.287.541,33 3,3%
7 Marabá/PA 16 28.661.622,76 2,8%
8 São Gonçalo Rio Ab./MG 9 25.757.124,30 2,5%
9 Mariana/MG 14 22.836.080,29 2,2%
10 Nova Lima/MG 7 17.311.701,77 1,7%
Fonte: Site da ANM (Abr., 2020)

8.5 EMPRESAS COM MAIORES ARRECADAÇÕES DE CFEM DE JANEIRO A MARÇO DE 2020


Qtd. Recolhimento % do
Ranking Empresa
Títulos CFEM (R$) Total
1 Vale 19 541.317.663,97 52,1%
2 CSN Mineração 2 88.627.446,84 8,5%
3 Anglo American Ferro Br 2 68.370.283,73 6,6%
4 Salobo Metais 1 28.517.405,18 2,7%
5 Min. Brasileiras Reunidas 5 16.720.769,73 1,6%
6 Mineração Rio do Norte 1 13.303.866,61 1,3%
7 Baovale Mineração 1 12.101.959,24 1,2%
8 Kinross Brasil Mineração 1 12.007.854,38 1,2%
9 Mineração Maracá 3 11.696.699,57 1,1%
10 Mineração Paragominas 1 10.729.750,48 1,0%
Fonte: Site da ANM (Abr., 2020)

20
A atualização da legislação da CFEM alterou a distribuição da
compensação entre os entes da federação, destinando 15% dos recursos a
municípios não produtores afetados pela atividade de mineração (que
abrigam portos, ferrovias, minerodutos ou estruturas/instalações).
Instituiu também benefício destinado a municípios produtores que,
devido à alteração legal, sofreram significativa perda de receita de
CFEM. Nos últimos 12 meses, a Agência Nacional de Mineração
distribuiu R$ 401,7 milhões a 461 municípios afetados por ferrovias,
dutos e portos.

8.6 NÚMERO DE MUNICÍPIOS AFETADOS POR REGIÃO DE MAIO DE 2019 A ABRIL DE 2020

Quantidade Valor de CFEM Participação


Região
de Municípios (R$) no Total (%)
Centro-Oeste 19 2.291.679,78 0,6
Nordeste 110 174.234.521,01 43,4
Norte 15 31.424.338,94 7,8
Sudeste 260 191.610.878,75 47,7
Sul 57 2.234.600,01 0,6
TOTAL 461 401.796.018,49 100
Fonte: ANM (Abr., 2020)

8.7 NÚMERO DE MUNICÍPIOS POR TIPO DE AFETAMENTO DE MAIO DE 2019 A ABRIL DE 2020
Qtd. de % do Valor total % do
Tipo de Afetamento
Municípios total recebido (R$) total
Perda de receita 82 17,8% 2.867.711,02 0,7
Ferrovias 365 79,2% 305.743.834,56 76,1
Operações portuárias 30 6,5% 91.860.580,39 22,9
Minerodutos 14 3,0% 1.323.892,52 0,3
Total Geral 461 100,0% 401.796.018,49 100
Fonte: ANM (Abr., 2020)

Esse ano, a partir de maio, haverá a inclusão de centenas de novos


municípios, distribuídos em todo o País, que abrigam estruturas de
mineração – como barragens, pilhas de rejeitos, refeitórios, etc. Para
estes, os recursos, acumulados há quase dois anos, somam cerca de R$
318 milhões.

21
8.8 PRINCIPAIS SUBSTÂNCIAS DOS MUNICÍPIOS AFETADOS DE MAIO DE 2019 A ABRIL DE 2020

Substância Total (R$) % do Total


Minério de Ferro 374.138.653,21 78,5%
Minério de Ouro 23.911.964,44 5,0%
Minério de Cobre 21.078.419,70 4,4%
Minério de Alumínio 13.404.009,99 2,8%
Calcário Dolomítico 7.277.740,64 1,5%
Outros 37.361.606,71 7,8%
Total Geral 477.172.394,69 100%
Fonte: ANM (Abr., 2020)
Nota: inclui os valores pagos a Estados produtores (quando inexiste a hipótese de afetamento).

O minério de ferro é a substância que mais gera receitas para os


municípios afetados, responsável por quase 80% dos recursos repassados.
É importante destacar que os Estados produtores podem receber recursos
residuais inicialmente destinados aos municípios afetados, caso não
exista a hipótese de afetamento, conforme disciplinado pela Lei nº
8.001/90. Entre maio/2019 e abril/2020, os Estados receberam R$ 75,4
milhões, os quais somados aos R$ 401,7 milhões repassados aos
municípios, totalizam R$ 477,1 milhões distribuídos pela ANM nos
últimos 12 meses.


VOCÊ SABIA?
Obras de emergência e aumento de capacidade em unidades
hospitalares contam com vários minérios nos materiais usados na
estrutura, como ferro, aço e alumínio. Além desses, temos paredes
(calcário, areia, argila e saibro), pisos (azulejo, caulim, ardósia, mármore,
granito), telhado (gipsita, argila, calcário).
Equipamentos hospitalares possuem componentes elétricos e
eletrônicos que levam minerais como cobre, zinco, prata, ouro, estanho,
tântalo, silício, grafite em suas composições. Nos respiradores temos ainda
PVC e ferragens, que utilizam petróleo, ferro, alumínio, níquel.

Fonte: Infográfico FFALegal (2020)

22
9 Barragens 9.1 C ADASTRO N ACIONAL DE B ARRAGENS DE
M INERAÇÃO NO B RASIL

1000 829
QUANTIDADE

800
600 426 403
400
200
0
Inseridas na PNSB* Não inseridas na TOTAL
PNSB*
Fonte: SIGBM/ANM (Abr./2020)
Nota: * Política Nacional de Segurança de Barragens, estabelecida pela Lei nº 12.334/2010

9.2 B ARRAGENS DE M INERAÇÃO INSERIDAS NA


PNSB* POR UF
300
214
QUANTIDADE

200

100 69
45
20 15 11 11 10 8 6 5 4 3 2 1 1 1
0
MG PA MT SP BA SC RO GO AM MS AP RS PR SE TO RJ MA
Fonte: SIGBM/ANM (Abr./2020)
Nota: * Política Nacional de Segurança de Barragens, estabelecida pela Lei nº 12.334/2010

9.3 M ÉTODO C ONSTRUTIVO DAS B ARRAGENS DE


M INERAÇÃO
Montante ou desconhecido 64
Etapa única ou dique de partida 427
Jusante 163
Linha de centro 76
Sem informação 99
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
QUANTIDADE
Fonte: SIGBM/ANM (Abr.,2020)
Nota1: Gráfico do método construtivo considera a totalidade (829) das barragens de mineração.
Nota 2: O Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração (SIGBM) da
ANM está disponível em www.anm.gov.br/assuntos/barragens/sigbm
23
10 Opinião
ARTIGO: A MINERAÇÃO É ESSENCIAL POR ESSÊNCIA
POR ALEXANDRE VIDIGAL DE OLIVEIRA

O Brasil ingressou, recentemente, no seleto grupo dos países que


dispõem de avançada tecnologia científica, ao colocar em fase inicial de
funcionamento o acelerador de partículas Sirius, e com isso assumindo a
liderança mundial de produção de luz síncrotron, capaz de analisar
estrutura molecular e atômica em alta resolução.
No Japão, há cerca de cinco anos, passou a funcionar o
microscópio eletrônico de transmissão mais potente do mundo. E lá
também cientistas afirmaram ter disparado um raio laser que gerou um
volume de energia concentrada correspondente a quase mil vezes toda a
eletricidade produzida no planeta.
Supercomputadores com processadores quânticos começam a ser
testados e se noticia terem a capacidade de realizar em 200 segundos
operações que um supercomputador atual conseguiria apenas em dez mil
anos.
Experimentos com trens de levitação magnética (Maglevs) têm
alcançado velocidades superiores a 600 km/h.
Enxergar um objeto oculto já tem se tornado uma realidade com
os recursos do RF-Pose, do Walabot-DIY, e está em desenvolvimento o
aparelho de captura da geometria tridimensional da cena não visível com
detecção de fótons de 50 trilionésimos de segundos. Vídeos volumétricos,
de grande sensação de realidade visual, com mídia imersiva, de pixel
tridimensional, já começam a ser produzidos.
Esses são apenas alguns exemplos dos experimentos e resultados
da ciência e da tecnologia nos tempos atuais. Em épocas bastante
distantes, a humanidade também conheceu inventos que, embora, muito
comuns e até mesmo rudimentares hoje, foram responsáveis pelo salto do
conhecimento que permitiu à humanidade ter alcançado o atual estágio
de desenvolvimento. A bússola é um exemplo e com ela se estabeleceu um
novo paradigma para a sociedade ao permitir que os homens passassem
a se movimentar por longas distâncias.

24
Outras invenções como o relógio, o rádio, a lâmpada, o vidro, os
cabos, a TV, celular, o GPS, os satélites, os medicamentos, os
instrumentos musicais, passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas
como algo corriqueiro e sem se aperceber de suas tecnologias e dos
insumos para sua produção.
Todos esses experimentos e produtos, da tecnologia do passado e
do presente, têm em comum serem possíveis em razão de algum mineral
que foi transformado ou de alguma máquina, ferramenta ou equipamento
utilizado e que foi produzido com bens minerais.
É profunda e indissociável a relação do ser humano com os
minerais. Não existiria a sociedade contemporânea, com seus hábitos,
facilidades e recursos tecnológicos, sem a mineração, e que é a indústria
das indústrias.
É nos bens minerais que estão as novas fontes e armazenamento
de energia, a “energia limpa”, que é a alternativa para um mundo com
menos poluição e mais sustentável. Sem mineração não há fertilizantes
para a produção agrícola nos patamares de que a humanidade hoje
necessita. Sem mineração não haveria as cidades com infraestrutura, o
tratamento da água e esgoto. Não haveria os modernos meios de
comunicação e a interação social à distância. A população mundial seria
bem menor e mais sofrida, pois não teria os recursos médico-hospitalares,
medicamentos, laboratórios e a pesquisa que ajudam a amenizar a dor e
a salvar vidas.
Da água mineral aos minerais radioativos há uma diversidade de
bens minerais de que a sociedade não pode prescindir. No Brasil cerca de
80 deles são extraídos para atender às necessidades do país e do mundo.
Um equipamento eletroeletrônico tem mais de 30 minerais.
Para os padrões de vida contemporânea, a mineração é essencial,
imprescindível e inadiável. E é essencial não apenas porque se quer; mas
é essencial por realmente ser, por sua própria essência como insumo para
quase tudo. Negar isso é viver em um mundo de ficção e da contradição
em não se deixar de desfrutar do bem-estar que, graças aos bens
minerais, a vida atual proporciona.
Sem a mineração, não são apenas os produtos que podem faltar;
pode faltar a própria vida ou o modo a se viver!

Fonte: Artigo publicado no jornal O Globo em 23/04/2020


.

25
11 Destaques da SGM
0
11.1 PDAC 2020

A SGM participou de missão brasileira ao Canadá que teve como


objetivo compartilhar experiências com representantes do setor mineral
do governo do Canadá e participar da 88ª Convenção do Prospectors and
Developers Associacion of Canada (PDAC). Durante o PDAC, a
Secretaria participou de uma série de encontros e reuniões com
instituições governamentais da Austrália, Canadá e Estados Unidos,
além da reunião intersecional da Conferência Anual dos Ministérios de
Mineração das Américas (CAMMA). A Delegação brasileira também
realizou encontros com empresas de mineração, investidores atuais e
potenciais, instituições de pesquisa e tecnologia, e com a Câmara do
Comércio de Toronto.

11.2 MEDIDAS TOMADAS PELO MME DECORRENTES DA COVID-19

No âmbito do setor mineral, o MME adotou uma série de medidas


voltadas ao atendimento da população, da indústria e dos serviços. Foi
criado o Comitê Setorial de Acompanhamento do Covid-19, coordenado
pela SGM, para articular as demandas do setor afetas às atividades da
cadeia produtiva mineral. Foi publicada, ainda, a Portaria nº 135/GM
que considera essencial a disponibilização dos insumos minerais
necessários à cadeia produtiva das atividades contidas no Decreto nº
10.282/2020. A ANM, por sua vez, publicou a Resolução ANM nº 28/2020
(alterada pela Resolução nº 29), que estabeleceu a suspensão de alguns
prazos processuais e materiais. Foram constituídos diversos grupos
virtuais e realizadas reuniões envolvendo o MME, as associações de
classe do setor mineral e a ANM, no sentido de se avaliar as medidas
necessárias ao enfrentamento da crise e as propostas das empresas de
mineração para a retomada pós-crise.

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11.3 PROJETOS DE MINERAÇÃO QUALIFICADOS NO PPI

Empreendimentos de mineração fazem parte da carteira do


Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A CPRM planeja
ofertar ao mercado, por meio de leilões, ativos minerários de sua
propriedade. O primeiro bloco de áreas ofertado foi o Complexo de
Palmeirópolis (TO), cujo leilão ocorreu em 2019. Os outros projetos da
CPRM, já qualificados, em condições de serem ofertados são: Fosfato de
Miriri (PE); Cobre de Bom Jardim (GO); Carvão de Candiota (RS); e
Caulim do Rio Capim (PA). A ANM, por sua vez, teve aprovada a
qualificação das áreas em disponibilidade. Um bloco piloto, composto
por aproximadamente 500 áreas e selecionado em função do bem
mineral associado, será objeto de oferta pública. A Agência publicou,
em fevereiro de 2020, a Resolução ANM n° 24, que regulamenta o
procedimento de disponibilidade. O Edital para oferta das áreas está
em elaboração pela ANM.

11.4 2ª REUNIÃO DO CTBMIN

Em abril de 2020, ocorreu a 2ª reunião do Comitê Técnico de


Segurança de Barragens de Mineração - CTBMin. Entre os temas
tratados, destacam-se o cumprimento de decisões de ações judiciais
relacionadas à segurança de barragem de rejeitos de minério;
Campanhas de Vistorias de Barragens de Mineração pela ANM, em
2019 e 2020; evolução dos indicadores de segurança de barragens de
rejeitos de mineração expressos pelos critérios de Categoria de Risco
(CRI) e Dano Potencial Associado (DPA); e apresentação e discussão de
ações a serem conduzidas de forma conjunta entre os órgãos da
Administração Pública Federal. A próxima reunião está prevista para
ocorrer em julho deste ano.

11.5 CARTEIRA DE PROJETOS DO SETOR MINERAL

A SGM selecionou, para acompanhamento, uma carteira de


projetos com os principais empreendimentos mineiros. A medida visa
identificar entraves à implantação de projetos estratégicos que possam
ser dirimidos ou mitigados por ações específicas do MME em
articulação com os demais ministérios e instituições. O monitoramento
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também tem o objetivo de identificar ameaças e oportunidades comuns
ao desenvolvimento dos novos projetos, auxiliando na formulação de
políticas para o setor. Até o momento foram listados 82 projetos, com
investimentos previstos de US$ 35,2 bi, entre 2020 e 2024 (estimativa
da SGM), a partir dos anúncios pelas empresas e das contribuições de
entidades representativas do setor. As previsões deverão ser revistas
frente ao impacto da pandemia instalada pela Covid-19.

11.6 PARTICIPAÇÃO NO CONSELHO NACIONAL DA AMAZÔNIA


(CNA)

O Conselho Nacional da Amazônia, instituído pelo Decreto nº


10.239/2020, é o órgão responsável pela coordenação e
acompanhamento da implementação das políticas públicas voltadas
para a Amazônia. Ao CNA compete, entre outros, propor políticas e
iniciativas relacionadas à preservação, à proteção e ao desenvolvimento
sustentável da Amazônia Legal, de forma a contribuir para o
fortalecimento das políticas de Estado e assegurar a ação transversal e
coordenada da União, dos Estados, dos Municípios, da sociedade civil e
do setor privado. Este conselho conta com a participação de diversos
órgãos do governo federal, sendo presidido pelo Vice-Presidente da
República. O MME participa em diversas comissões, com a SGM tendo
representação na Comissão de Desenvolvimento Sustentável.

11.7 CFEM E MUNICÍPIOS AFETADOS

Os municípios afetados são aqueles que não produzem, mas, de


alguma forma, são impactados pela mineração, seja abrigando portos,
ferrovias, minerodutos ou plantas de beneficiamento, por exemplo. Esse
ano, a ANM publicará, em maio, a lista definitiva de municípios
afetados pela atividade mineral aptos a receberem a CFEM. Haverá a
inclusão dos municípios que abrigam estruturas de mineração – como
barragens, pilhas de rejeitos, refeitórios, etc. Para estes últimos, os
recursos, acumulados há quase dois anos, somam mais de R$ 300
milhões e serão pagos até o final de maio.

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NOSSA EQUIPE

Ministro de Minas e Energia


Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior

Secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação


Mineral
Alexandre Vidigal de Oliveira

Secretária Adjunta
Lilia Mascarenhas Sant’Agostino

Diretores
Ricardo Monteiro (D. Gestão das Políticas de Geol., Min. e Transf. Mineral - DPGM)
Frederico Oliveira (Dep. Geologia e Produção Mineral - DGPM)
Enir Mendes (Dep. Transformação e Tecnologia Mineral - DTTM)
Gabriel Maldonado (Dep. Desenvolvimento Sustentável na Mineração - DDSM)

Equipe Técnica
Hélio França (DPGM)
Patrícia Pego (DPGM)
Ranielle Araujo (DDSM)
José Luiz Ubaldino (DGPM)
Daniel Lima (DTTM)
Sandra Angelo (DTTM)

Apoio Técnico
Blenda Carvalho (estagiária DDSM)

Arte e Design
Ranielle Araujo (DDSM)

Apoio Institucional
Serviço Geológico do Brasil (CPRM)
Agência Nacional de Mineração (ANM)
______________________________________________________

Ministério de Minas e Energia - MME


Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral - SGM
Esplanada dos Ministérios Bloco U - 4º andar
70065-900 - Brasília - DF
Tel.: (55 61) 2032 - 5175 Fax (55 61) 2032 - 5949
sgm@mme.gov.br
______________________________________________________

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