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CHINA
Dados Gerais
• Continente: Ásia • Presidente: Xi Jinping (desde 2013)
• População: 1,4 bilhão (1º)¹ • Bloco Comercial Principal: Parceria Econômica
• Produto Interno Bruto: US$ 17,8 tri (2º)¹ * Regional Abrangente – RCEP
• Comércio bilateral BR: US$ 150,5 bi (1º)2 • Principal parceiro comercial: Estados Unidos
(US$ 685 bi; 12,5%)³ **
Oportunidades Desafios
• Produtos: a China é um mercado atrativo e • Consumo: o PIB per capita da China é de
estratégico para produtos brasileiros, seja US$ 12,5 mil e a população vem
por ter a maior população do mundo, seja envelhecendo, o que deve afetar o padrão
pela crescente urbanização do país asiático, de consumo do país nos próximos anos.
cujos habitantes urbanos já superam 60% do Segundo a EIU, em 2022, 14% da
total. população chinesa tinha 65 anos ou mais,
• Participação: a China é o principal destino proporção que deve superar os 16% até
das exportações brasileiras, e o Brasil tem 2027. Em janeiro de 2023, a National
alta participação (acima de 66%) no Bureau of Statistics of China reportou o
mercado chinês de soja. Em 2021, o Brasil primeiro decréscimo populacional (de
foi o 7º maior fornecedor da China, com cerca de 850 mil pessoas) nos últimos 60
participação de 4,2%. anos, o que indica que a população
• Oportunidades: segundo o Mapa de chinesa pode ter atingido seu pico.
Oportunidades da ApexBrasil, há diversas • Exportações: em 2021, a China foi a maior
oportunidades para exportações brasileiras fornecedora do mercado brasileiro (21,7%
na China, incluindo soja, milho, ferro, aço, de participação), ao passo que o Brasil foi
cobre, algodão, café, madeira, carne suína, o 7º maior fornecedor do país asiático
amendoim, celulose e petróleo bruto. (4,2% de participação). Nesse contexto, são
• Crescimento: com o encerramento das importantes a ampliação da participação
políticas de “zero Covid”, a Economist do Brasil no mercado chinês e a
Intelligence Unit (EIU) prevê que a taxa de diversificação das exportações brasileiras,
crescimento do PIB real chinês aumente que estão concentradas, principalmente,
para 5,2% em 2023, impulsionada pela em commodities.
retomada do consumo privado. • Acesso a mercado: o exportador brasileiro
• ApexBrasil: a ApexBrasil mantém 15 precisa ter especial atenção a medidas não
projetos setoriais com foco no país, tarifárias para ingressar nesse mercado. O
abrangendo diversos setores, de casa e Brasil não possui Acordo de Livre Comercio
construção a alimentos, bebidas e com a China, sendo o principal acordo
agronegócios. chinês, atualmente, o RCEP, que entrou em
• Investimentos: O estoque de IED da China vigor em janeiro de 2022, com uma janela
no Brasil cresceu US$ 7,1 bilhões em 2021, o de desgravação de 20 anos.
que representa um aumento de 31% em
relação a 2020.
Este relatório traz informações essenciais sobre o mercado analisado. Para dados mais detalhados,
acesse http://www.apexbrasil.com.br/estudos-exclusivos-de-oportunidades-no-exterior
CAPA Fontes: 1. FitchConnect; 2. ComexStat/ME; 3. Trade Map | *Estimativa 2022 **Dado referente a 2021 (último ano disponível)
PERFIL FEVEREIRO 2023
CHINA
Macroeconomia (2022)4
PIB Nominal PIB per capita Consumo total Form. Capital Fixo População
US$ 17,8 tri US$ 12,5 mil US$ 9,7 tri US$ 7,5 tri 1,4 bi
(54,4% do PIB) (42,1% do PIB)
Crescimento* Crescimento* Crescimento* Crescimento* Part. Pop. Urbana
6,4% 6,3% 5,9% 6,0% 63,5%
(*) Crescimento médio anual relativo ao período 2018-2022.
Balança Comercial5
Valores em US$ bilhões
89,7 100
60,7
80
63,9
60
35,2
37,346,0
29,0 40
28,8
2,1
2,4 4,5 20
8,7
0
-20
2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022
Cresc. médio 03-13: EXP: ↑26,1% │ IMP: ↑33,1% Cresc. médio 13-22: EXP:↑6,9% │ IMP:↑5,0%
Obs.: dados apresentados até o último ano disponível nas bases de dados utilizadas
Página 2 | 10 Fontes: 4. Fitch (o valor do FBKF é apenas referente ao setor privado) 5. ComexStat/ME 6. TradeMap/ITC
PERFIL FEVEREIRO 2023
CHINA
10 principais grupos de produtos exportados pelo Brasil7 (2022)
Valor Exp. Participação Cresc. Médio
Grupos
(US$ Milhões) (%) (18-22)
Soja 31.848,7 35,5% 4,0%
Minério de ferro e seus concentrados 18.170,5 20,3% 13,5%
Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus 16.784,0 18,7% 3,9%
Análise
• Commodities predominam na pauta de exportação brasileira para a China. Soja (35,5%), minério de
ferro (20,3%) e petróleo (18,7%) são os bens mais exportados, mas carne bovina e açúcares e melaços
apresentaram as maiores taxas de crescimento médio (52,1% e 67%, respectivamente) entre 2018 e 2022.
• Os três principais grupos de produtos exportados correspondem a quase 75% das vendas para o país
asiático, o que indica a necessidade de diversificação da pauta exportadora, de modo a incluir bens de
maior valor agregado.
• Praticamente todos os principais grupos de produtos exportados, à exceção da celulose, apresentaram
taxas positivas de crescimento médio anual entre 2018 e 2022, o que corrobora a tendência de
ampliação das vendas brasileiras para a China e o dinamismo do comércio bilateral.
• O Brasil não compete, diretamente, com os maiores fornecedores da China (Taiwan e Coreia do Sul). Nos
setores em que o Brasil é competitivo, seus principais concorrentes incluem Estados Unidos, Argentina,
Austrália, África do Sul, Rússia e Arábia Saudita.
CHINA
10 principais grupos de produtos importados pelo Brasil9 (2022)
Valor Imp. Participação Cresc. Médio
Grupos
(US$ Milhões) (%) (18-22)
Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo,
6.974,6 11,5% 43,0%
diodos, transistores
Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos
4.985,2 8,2% 33,6%
nucléicos e seus sais, e sulfonamidas
Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios 4.141,3 6,8% 1,5%
Inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de
2.954,8 4,9% 56,7%
crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes
Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) 2.378,6 3,9% 39,2%
Máquinas e aparelhos elétricos 1.655,2 2,7% 7,6%
Máquinas de energia elétrica (exceto planta elétrica rotativa do
1.384,0 2,3% 32,2%
grupo 716) e suas partes
Aparelhos elétricos para ligação, proteção ou conexão de circuitos 1.153,6 1,9% 6,9%
Produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, folheados
1.047,2 1,7% 24,8%
ou chapeados, ou revestidos
Compostos de função nitrogênio 1.028,3 1,7% 28,1%
Outros 33.041,8 54,4% 8,9%
Total 60.744,6 100% 14,6%
Índia
Coreia do 11,8 Vietnã
Argentina Taiwan
Sul Alemanha 13,2
4,8 (Formosa)
11,7 11,0 Estados Unidos
9,7
5,4
Análise
• Além de ser o principal destino das exportações brasileiras, a China foi a maior fornecedora dos bens
importados pelo Brasil em 2022.
• As importações brasileiras oriundas da China são diversificadas. Os dez principais grupos de produtos
importados representam pouco mais de 45% do total, e apenas um tem participação superior a 10%.
• Predominam, na pauta importadora, grupos de produtos de maior valor agregado, com destaque para válvulas
e tubos termiônicos (11,5% de participação), compostos organo-inorgânicos (8,2%), equipamentos de
telecomunicações (6,8%), defensivos agrícolas (4,9%) e adubos ou fertilizantes químicos (3,9%). Os dois
últimos grupos representam importantes insumos do agronegócio brasileiro e têm crescido rapidamente
(56,7%aa e 39,2%aa, respectivamente, entre 2018 e 2022), indicando a crescente complementariedade
econômica entre ambos os países.
• No período de 2018 a 2022, cresceu o valor de todos os principais grupos de produtos importados da China
pelo Brasil.
• Embora Estados Unidos e Argentina sejam os principais concorrentes da China no mercado brasileiro, Coreia do
Sul, Taiwan, Índia, Alemanha e Vietnã competem com os chineses nos setores em que são mais ativos.
CHINA
Principais fornecedores10
Market share % das importações da China (2021) TOP 3 fornecedores que
têm acordo comercial
42,5% 15 parceiros com acordo
(market share)
6,8% Estados Unidos da América
8,0% Coreia do Sul
4,5% Alemanha
4,1% Brasil 7,7% Japão
Análise
• A China possui uma rede de acordos comerciais vigentes que abrange 27 países. Nos últimos anos,
destaca-se a Parceria Econômica Regional Abrangente – RCEP, assinada em 2020 entre 15 países da região
Ásia-Pacífico, representando mais de 30% do PIB e quase ⅓ da população mundial. O RCEP entrou em
vigor em 1º/jan/22, com uma janela de desgravação de 20 anos oferecida pela China. O RCEP representou,
em 2021, 37,3% das importações chinesas.
• Entre os principais concorrentes do Brasil para os cinco principais produtos exportados, dois têm acordo
comercial com a China: Austrália e Indonésia. No entanto, esses países não têm vantagens tarifárias em
relação ao Brasil nesses produtos, pois a China aplica alíquota zero para todos os parceiros (NMF).
• Destaca-se que a China aplica, desde 2019, medida antidumping contra a carne de frango proveniente do
Brasil. As investigações foram encerradas com aplicação de direitos definitivos (com alíquotas variando de
17,8% a 32,4%) e celebração de compromissos de preços, ambos com vigência inicial de 5 anos.
Página 5 | 10 Fontes: 10. TradeMap/ITC (2021) 11. Macmap e TradeMap/ITC (2021) 12. OMC - Tariff profile (2020)
PERFIL FEVEREIRO 2023
CHINA
Instrumentos de governança de comércio internacional13
Sustentabilidade
Questões regulatórias14
- Ponto focal SPS e TBT: Research Center for International Inspection and Quarantine Standards and Technical Regulations General
Administration of Customs
Análise
• Com relação às questões regulatórias e às PCEs, chama-se atenção para o regulamento que exige que todos os
exportadores de alimentos para a China sejam registrados no GACC. Para mais informações, acesse o Alerta N⁰
53/2020. Essa medida também é alvo de uma PCE (#611), ainda em discussão, levantada pelo Brasil, junto com
outros países. Na PCE, solicita-se, entre outros, esclarecimentos sobre os fundamentos da análise de risco que
amparou a norma chinesa.
• Como tendência, observa-se o crescimento de notificações no comitê SPS, de modificações no padrão chinês para
alimentos e bebidas, tendo um foco em aditivos e fortificantes alimentares, tomando-se, como exemplo, a
notificação #G/SPS/N/CHN/1211 – “Norma Nacional de Segurança Alimentar - Aditivo alimentar: Betacaroteno”.
• Por fim, o exportador deve se atentar às notificações feitas pela China, no comitê TBT da OMC, regulando
cosméticos e óleos essenciais, alvo de uma PCE (#576), apoiada pelo Brasil, assim como novos regulamentos para a
soja e o algodão, com potencial de impacto nas exportações brasileiras.
Página 6 | 10 Fontes: 13. Sites oficiais das organizações e convenções. 14. OMC
PERFIL FEVEREIRO 2023
CHINA
Oportunidades Comerciais15
Produtos (códigos SH6) com oportunidades segundo o Mapa de Oportunidades da ApexBrasil - por ordem decrescente de
importações do país, categorizadas por Grupos (Cuci).
ABICS (Café solúvel), ABIEC (Carne bovina), ABIMAPI (Biscoitos, massas alimentícias e
Alimentos, Bebidas e pães e bolos industrializados), ABPA (Carnes suínas, frango e ovos), ABRAPA
Agronegócios (Algodão), BSCA (Cafés especiais), UNICA (Etanol e derivados), UVIBRA (Vinhos)
Página 7 | 10 15. Ano-base dos dados: 2021. 16. Conheça os Projetos Setoriais da Apex-Brasil.
PERFIL FEVEREIRO 2023
CHINA
Investimentos da China no Brasil
23,6 23,5
US$ 46 Mi DiDi – Taxi - 2018
23,4
Fusões e Aquisições19
20 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
China Molybdeum adquire
US$ 1,7 Bi operação de Nióbio da Anglo
Ranking do Estoque de IED no Brasil American no Brasil - 2016
Projetos de Infraestrutura20
State Grid Corporation of China (SGCC)
US$ 3,7 Bi participou como patrocinadora das
Linhas de Transmissão 1 e 2 de Belo
Monte (Pará) - 2017
• *
Ótica do Investidor Final. Principais projetos entre 2016 e 2022.
Análise de Investimento
• O estoque de IED da China no Brasil cresceu US$ 7,1 bilhões em 2021, o que representa um aumento de 31% em
relação ao ano de 2020. Contribuiu para isso a perspectiva de recuperação econômica do Brasil pós-pandemia.
• Em termos comparativos, a China ocupa a 8ª posição no ranking de investidores no Brasil e segue como principal
investidor asiático no Brasil em 2021, à frente do Japão, da Coreia do Sul e da Índia.
• Na perspectiva dos projetos recentemente anunciados, destaca-se o investimento da DiDi, desenvolvedora de
aplicativo de mobilidade urbana, na abertura da operação no Brasil, estimada em US$ 46 milhões em 2018,
incluindo a participação na 99 Taxi.
• Nas fusões e aquisições, a China Molybdeum anunciou a aquisição da operação de Nióbio no Brasil da Anglo
American em 2016 por US$ 1,7 bilhão.
• Nos projetos de infraestrutura recentemente anunciados, a State Grid Corporation of China (SGCC) participou
como patrocinadora das Linhas de Transmissão 1 e 2 da Hidrelétrica de Belo Monte em 2017 (US$ 3,7 bilhões).
Página 8 | 10 Fontes: 17. Unctad (apenas China Continental); 18. Banco Central do Brasil (apenas China Continental); 19. Orbis Crossborder Investment; 20. Fitch Solutions
PERFIL FEVEREIRO 2023
CHINA
Investimentos do Brasil na China
Intelbras – Telecomunicação -
US$ 71 Mi
2021
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
*
•
Ótica do Investidor Imediato. Principais projetos entre 2013 e 2022.
Análise de Investimento
• O estoque de IED brasileiro na China cresceu 114% entre 2012 e 2021, reforçando a crescente
importância do mercado asiático como destino da internacionalização das empresas brasileiras.
• Em termos de investimentos greenfield anunciados, destacam-se as fábricas de motores
elétricos da WEG em Rugao (US$ 220 milhões) e Nantong (US$ 125 milhões) em 2013; a fábrica
de não-tecidos da Fitesa em Tianjin em 2014 (US$ 127 milhões), a fábrica de metais da
Votorantim em Changshu em 2015 (US$ 106 milhões), e o recente centro de P&D da Intelbras
em Shenzhen em 2021 (US$ 71 milhões).
• Nas fusões e aquisições, a Magnesita Refratários anunciou aquisição de 100% da Dalian
Mayerton Refractories em 2013, pelo valor de US$ 35 milhões.
Página 9 | 10 Fontes: 21. Unctad; 22. Banco Central do Brasil; 23. Orbis Crossborder Investment; 24. Fitch Solutions
PERFIL FAEVEREIRO
BRIL
ABRIL 20232023
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