As relações comerciais entre Brasil e China atingiram um recorde histórico em 2021, com o comércio total entre os países chegando a US$ 135 bilhões. As exportações brasileiras para a China aumentaram 29% em relação a 2020, enquanto as importações chinesas subiram 37%. Apesar dos valores recordes, os volumes de alguns produtos exportados pelo Brasil caíram, com aumentos compensados por preços mais altos.
As relações comerciais entre Brasil e China atingiram um recorde histórico em 2021, com o comércio total entre os países chegando a US$ 135 bilhões. As exportações brasileiras para a China aumentaram 29% em relação a 2020, enquanto as importações chinesas subiram 37%. Apesar dos valores recordes, os volumes de alguns produtos exportados pelo Brasil caíram, com aumentos compensados por preços mais altos.
As relações comerciais entre Brasil e China atingiram um recorde histórico em 2021, com o comércio total entre os países chegando a US$ 135 bilhões. As exportações brasileiras para a China aumentaram 29% em relação a 2020, enquanto as importações chinesas subiram 37%. Apesar dos valores recordes, os volumes de alguns produtos exportados pelo Brasil caíram, com aumentos compensados por preços mais altos.
Os números fechados de 2021 apontam recorde histórico nas relações
comerciais entre Brasil e China: a corrente comercial sino-brasileira, que é a soma dos negócios de importação e exportação, chegou a recorde de US$ 135 bilhões no ano, maior valor da história.
As empresas brasileiras venderam US$ 87,9 bilhões em produtos para a
China, um incremento de 29% na comparação com 2020. E compraram US$ 47,6 bilhões, 37% a mais que no ano anterior.
Segundo os dados do Ministério da Economia, as trocas comerciais entre
os dois países tiveram salto de mais de 130% desde 2016, mantendo, com folga, a China no posto de maior parceiro comercial do Brasil.
No caso específico das exportações, porém, a cifra recorde não significa
necessariamente um aumento nos volumes transacionados. De acordo com o diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), Tulio Cariello, dentre os dez produtos mais exportados pelo Brasil para a China, apenas um cresceu em termos de volume em 2021: a carne suína.
"Em outros produtos houve queda. Açúcares, teve 10% a menos de
exportação para a China, o próprio minério de ferro caiu 2%, petróleo bruto caiu 22%, a carne bovina caiu 17%. Apesar dessa queda no volume [exportado], só três [dos principais produtos de exportação] caíram em termos de valor. Ou seja, houve crescimento em termos de valor recebido, dos retornos financeiros, por conta do aumento dos preços internacionais de algumas commodities", resume.
Neste cenário, cabe destacar que as vendas do Brasil à China são
concentradas em poucos produtos, e de baixo valor agregado. Este lado da balança tem peso muito grande da indústria de transformação com origem no agronegócio e a indústria extrativista.
Pelo lado das importações, o quadro foi de maior volume de aquisições e
não apenas nos preços – aqui, quase 100% do que compramos da China são manufaturados. Dentro os produtos que se destacaram neste campo estão adubos e fertilizantes químicos, com volume 200% maior e alta de 400% no valor importado. Produtos imunológicos e vacinas também são destaque, com crescimento de 311% em valores apesar de uma queda de 11% em termos de volume importado.
Apesar do cenário de quedas nos volumes negociados, resultado da
tentativa chinesa de diversificar seus fornecedores, o diretor de conteúdo e pesquisa do Conselho Empresarial Brasil-China não percebe chance de uma mudança estrutural no comércio exterior brasileiro no médio ou até longo prazo.
Independentemente de parecer ter parte desse mercado garantido, o
representante do CEBC aponta para a necessidade de o Brasil também buscar novos compradores para evitar uma relação de dependência dos negócios com a China.
Confira a seguir a série histórica da balança comercial entre Brasil e
China, com exportação de produtos brasileiros, importação de produtos chineses, corrente comercial (soma de exportações e importações) e saldo da balança (exportações menos importações). Valores em bilhões de dólares: