Você está na página 1de 3

EMEFM PROFESSOR JOSÉ EZEQUIEL DE SOUZA

ENSINO FUNDAMENTAL II
AVALIAÇÃO BIMESTRAL – 3º BIMESTRE
PORTUGUÊS – Valor: 05 pontos
Nome:______________________________________________ Nº _____ Turma: 7º ano _____
Professor: ________________________                        Data: _____ /_____ / 2023

OBSERVAÇÕES:
-Use caneta azul ou preta.
-Habilidades trabalhadas:
-Habilidades trabalhadas:
(EF67LP28) Ler, de forma autônoma e compreender relatos expressando avaliação sobre o
texto lido.
(EF06LP12) Utilizar recursos de coesão referencial e mecanismos de representação de
diferentes vozes (discurso direto e indireto).
Leia com atenção o relato abaixo para responder às questões.

MINHA FUGA DA COREIA DO NORTE: RELATO DE UMA SOBREVIVENTE

"Quando eu era pequena, achava que meu país era o melhor do mundo. Cresci
cantando uma canção chamada "Nada a Invejar" e eu tinha muito orgulho. Na escola,
passávamos muito tempo estudando a história de Kim II-Sung, mas nunca ouvíamos falar
muito do mundo lá fora, exceto que os EUA, a Coréia do Sul e o Japão eram inimigos. Embora
eu muitas vezes tivesse curiosidade a respeito do mundo externo, eu achava que passaria
minha vida inteira na Coréia do Norte, até que tudo mudou de repente.
Quando tinha sete anos, vi pela primeira vez uma execução pública, mas eu achava
que a minha vida na Coreia do Norte era normal. Minha família não era pobre, e eu,
particularmente, nunca tivera a experiência de passar fome.
Mas um dia, em 1995, minha mãe chegou em casa com uma carta da irmã de um
colega de trabalho. Dizia assim, "Quando você ler isso, todos os cinco membros da família não
existirão mais neste mundo, porque nós não comemos faz duas semanas. Estamos deitados
juntos no chão, e nossos corpos estão tão fracos, que estamos prontos para morrer."
Fiquei muito chocada. Esta foi a primeira vez que fiquei sabendo que pessoas no meu
país estavam sofrendo. Pouco tempo depois, quando eu passava por uma estação de trem, vi
algo terrível que não consigo apagar da minha memória. Uma mulher sem vida estava deitada
no chão, enquanto uma criança magra e faminta em seus braços olhava, desamparada,
fixamente para o rosto da mãe. Mas ninguém os ajudava, porque todos estavam muito
concentrados em cuidar de si mesmos e de suas famílias.
Uma vasta escassez de alimento atingiu a Coreia do Norte em meados da década de
1990. No fim das contas, mais de um milhão de norte-coreanos morreram durante o período
de fome, e muitos só sobreviveram comendo capim, insetos e cascas de árvores. Interrupções
no fornecimento de energia elétrica também se tornaram cada vez mais frequentes, então
tudo ao meu redor era completamente escuro à noite exceto pelo mar de luzes na China, logo
do outro lado do rio perto da minha casa. Sempre me perguntei por que eles tinham luz e nós
não. Esta é uma foto de satélite, mostrando a Coreia do Norte à noite, comparada com os
países vizinhos.
Este é o rio Amrok, que delimita parte da fronteira entre a Coreia do Norte e a China.
Como vocês podem ver, o rio é bem estreito em determinados locais, o que permite que
norte-coreanos secretamente atravessem para o outro lado. Mas muitos morrem. Às vezes eu
via corpos boiando rio abaixo. Não posso revelar muitos detalhes sobre como saí da Coréia do
Norte, mas só posso dizer que, durante os anos difíceis de escassez, eu fui mandada para a
China para morar com parentes distantes. Mas eu achei que só ficaria separada da minha
família por pouco tempo. Nunca poderia imaginar que levaríamos quatorze anos até voltarmos
a viver juntos.
Na China, era difícil viver sendo uma jovem garota, sem minha família. Eu não fazia
ideia de como seria a vida como uma refugiada norte-coreana, mas logo descobri que isso não
é apenas extremamente difícil, é também muito perigoso, já que refugiados norte-coreanos
são considerados, na China, como imigrantes ilegais. Por isso eu vivia constantemente com
medo de que minha identidade fosse descoberta, e de que eu fosse repatriada e tivesse um
destino terrível de volta à Coreia do Norte. (...)

Disponível em: http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/99197/Minha-fuga-da-Coreia-


do-Norte-Relato-de-uma-sobrevivente.htm. Acesso em 01/05/2017, às 23:31.

01. O texto em análise apresenta características comuns ao gênero textual (0,5)


a) Notícia
b) Relato
c) Reportagem
d) Lenda

02. Uma característica linguística marcante desse gênero textual é o uso (0,5)
a) da 3ª pessoa do singular por se tratar de um comentário imparcial.
b) verbos no tempo presente para dar a sensação de algo que acabou de acontecer.
c) verbos no pretérito mais que perfeito por indicar uma história muito antiga.
d) da 1ª pessoa do singular por se tratar de um texto pessoal que conta a experiência do
próprio narrador.

03. A primeira vez que a norte-coreana percebeu que a situação em que a população vivia na
Coreia do Norte era realmente muito difícil foi quando (0,5)
a) na escola, as crianças passavam muito tempo estudando a história de Kim II-Sung.
b) viu pela primeira vez uma execução pública.
c) sua mãe recebeu uma carta que falava sobre a morte de uma família por fome.
d) uma vasta escassez de alimento atingiu a Coreia do Norte.

04. O maior de todos os medos da protagonista era de que (0,5)


a) ela passasse fome com sua família.
b) ela fosse repatriada para a Coréia.
c) algum refugiado morresse na travessia.
d) não conseguisse sobreviver na China.

05. Transcreva o trecho que contém o único DISCURSO DIRETO do texto: (0,5)

“Quando você ler isso, todos os cinco membros da família não existirão mais neste mundo,
porque nós não comemos faz duas semanas. Estamos deitados juntos no chão, e nossos
corpos estão tão fracos, que estamos prontos para morrer.”

06. Os relatos costumam conter bastante descrição dos lugares e situações relatadas pelo
narrador. Cite a característica do rio Amrok, citado pela narradora do relato. (0,5)

Bem estreito em determinados locais.

Leia o relato a seguir para responder às questões 7 a 10.

A VIAGEM
No meu aniversário, fui viajar com o meu tio, com a minha tia e o com meu irmão.
Planejávamos ir a Porto de Galinhas. Contudo havia um probleminha: teríamos de ir de avião.
Quando fiquei sabendo, desisti da viagem, "vai que aquele avião cai!?"
Percebi que se eu pensasse assim, não ia poder fazer nada na vida!
- Vamos andar de bicicleta?
- Não! Vai que caia e me machuque!
- Vamos à montanha-russa?
- Não! Vai que ela quebre!
Então, decidi. Ia viajar e ia superar o meu medo...
Até que o dia da viagem chegou. Estava nervosa, aflita, tremendo... Saí de casa, indo
de táxi ao aeroporto de Congonhas.
No local, fazendo o check-in, não havia ninguém na fila, foi rápido. Estávamos sentados
em frente de onde iríamos embarcar.
Depois de uns dez minutos, chamaram o meu voo. Fiquei na frente do avião, não sabia
o que fazer: chorar, andar ou voltar.
Determinado momento, tive de entrar. Sentei em meu lugar e o avião decolou. Nada
de medo. Até comi meu lanchinho, estava uma delícia...
Ocorreu tudo bem.
A partir daquele momento, não tive mais medo de avião. Inclusive gosto de estar nele.

Beatriz Ferreira Noble - Disponível em: http://escolabarifaldi.blogspot.com.br/2011/03/relato-


pessoal.html Acesso em: 18 abril 2014.

07.Assinale qual o tipo de discurso utilizado no trecho abaixo. (0,5)


“- Vamos andar de bicicleta?
- Não! Vai que caia e me machuque!
- Vamos à montanha-russa?
- Não! Vai que ela quebre!”
a) discurso direto.
b) discurso indireto.

07. Por se tratar de um relato pessoal, o texto foi escrito na 1 ª pessoa do singular. Transcreva
abaixo qualquer trecho do texto que comprove esta informação e circule o verbo. (0,5)
Resposta pessoal desde que na frase haja verbos que indiquem a 1° pessoa. Verificar se o
aluno circulou o verbo corretamente.

08.A narradora utilizou de alguma estratégia para resolver o seu problema? Qual? (0,5)
Ela decidiu enfrentar seu próprio medo, pois senão, iria ficar sempre escrava dele e não faria
mais nada da vida

09.Ela conseguiu superar o seu medo? Justifique sua resposta com elementos do texto. (0,5)
Sim, pois ela termina o texto o dizendo: “A partir daquele momento, não tive mais medo de
avião. Inclusive gosto de estar nele.”.

10. Escreva um pequeno texto dizendo que nota você mereceria ficar nesse bimestre e o que
você fez para alcançar esta nota: (0,5)
Resposta pessoal do aluno a ser considerada no fechamento de notas, levando-se em conta
participação no remoto e em sala de aula.

Você também pode gostar