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LÍNGUA PORTUGUESA – REVISÃO

Leia o texto abaixo.

Disponível em: https://bit.ly/40IzXzR. Acesso em: 25 abr. 2023.

01.O objetivo comunicativo desse texto é


A) conscientizar o leitor.
B) defender uma ideia.
C) determinar um comportamento.
D) ensinar um procedimento.
E) relatar um acontecimento.
Leia o texto abaixo e responda as questões 02 e 03.

BOGUN
Sim, o gato se chama Bogun; depois explico por quê. Não há nada como um nome inspirador
para estimular a criatura, e aquele nos parecia adequado. Gato cinzento, cor de nuvem escura,
olhos elétricos, pelagem de seda, de raça persa azul [...].
A princípio, como pesava apenas quatrocentos gramas (e trezentos deveriam ser apenas o
pelo) — não se lhe podia exigir muito. Afinal era apenas um baby, um filhote, desmamado [...].
Mas como já era [...] audacioso, cônscio1 de si! [...]
Por tudo isso ganhou o nome de Bogun. Bogun se chamava o mais valente de todos os
cossacos2, moço-herói de um romance de cavalaria que nós dois aqui em casa adorávamos, na
nossa adolescência. Bogun, bravo como um lobo, belo como um dia de sol [...]. Olhamos os olhos
amarelos do gato — iguais aos olhos do cossaco, que eram como dois topázios (assim dizia o livro)
— e achamos que ficava bem.
Hoje Bogun cresceu. Belo, não se nega. Mais belo até do que prometia quando filhote. [...]
Bogun é complicado e [...] imprevisto. [...] Por exemplo — de pequenino, parecia ter alma de
caçador. Era capaz de perseguir durante horas uma formiga ou um besourinho. Hoje ainda caça,
sim; mas só se interessa por cigarras e mariposas. [...] Às vezes acompanha de longe o voo dum
passarinho — mas é como um devaneio, sem desejo e sem impulso. [...] Ele só gosta de filé
malpassado, de risoto, de peixe magro — sem molho. Leite, só tépido. E gosta de banho, sim,
adora banhos! [...] Fica de olhos entrecerrados, ronronando sentado na bacia, enquanto o
ensaboam. Depois consente deliciado que o enxuguem na toalha felpuda, que o escovem, que o
ponham ao sol, a secar. Por fim, fofo, macio, perfumado, quente do sol, quase tirando faísca no
pelo cor de aço, vem se exibir orgulhosamente na sala, arqueia o dorso, ergue a cauda frocada —
para que todos vejam quanto ele é lindo e rico [...], e precioso, e inimitável.
Quando afinal satisfaz a vaidade, escolhe a cadeira de palhinha (detesta almofadas, acha-as
[...] quentes [...]) bem fina, bem fresca, boceja, encrespando a língua rósea e áspera, espreguiça-
se, estira elasticamente a garra afiada, repousa a cabeça entre as patas dianteiras e dorme. [...]
*Vocabulário:
1
cônscio: consciente.
2
cossacos: guarda de fronteira.
QUEIROZ, Rachel de. BOGUN. In: Coleção Melhores Crônicas. São Paulo: Editora Global, 2012. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.

02.Entende-se desse texto que


A) o gato Bogun é descendente de uma alcateia de lobos.
B) o gato Bogun foi visto em uma novela de cavalaria.
C) o gato Bogun participou de um concurso de beleza.
D) o gato Bogun se tornou um animal exigente com o passar dos anos.
E) o gato Bogun tem o hábito de caçar seus alimentos na natureza.
03.Nesse texto, os parênteses foram utilizados no segundo parágrafo para
A) apontar um termo traduzido.
B) explicar o sentido de uma palavra.
C) inserir um comentário.
D) marcar o trecho de uma obra.
E) reforçar um sarcasmo.
Leia o texto abaixo.
Aurora Boreal
As crianças estão conversando sobre a empolgante noite escura que acabaram de ter.
— E sabe de uma coisa? — pergunta [...] Babi.
— Nós vimos a Aurora Boreal.
— O que é isso? — [...] Silvia pergunta, curiosa.
— Parece uma cortina de luzes coloridas – azuis, verdes, vermelhas, amarelas ondulando no
céu. A Mamãe disse que a gente teve sorte de ver.
— Eu queria que a gente tivesse visto... — Silvia diz [...].
Durante o jantar, Silvia pergunta à Mamãe e ao Papai se ela pode tentar ver a Aurora Boreal
antes de ir para a cama.
— É claro! Na verdade, nós podemos ir até o Prado dos Pirilampos para tentar vê-la. E você
poderá ficar acordada até um pouco mais tarde se nós a virmos. É algo muito especial. Não
acontece com frequência – diz o Papai. Após o jantar, eles vão até o Prado dos Pirilampos. Sem as
luzes das ruas, está bastante escuro ali.
— Agora olhe para o norte... para aquele lado... e veja se você consegue vê-la — o Papai diz,
apontando. Silvia fica em silêncio, olhando para o céu.
— É aquilo ali? — ela grita de repente.
— Sim! Nós estamos com sorte esta noite! — a Mamãe sorri.
A família [...] fica observando, fascinada, as cores ondulantes que se alternam no céu noturno.
— Uau! Isso é mesmo fantástico! Eu nem quero ir dormir esta noite! — Silvia exclama.
Mas está muito frio, e depois de algum tempo eles seguem para casa.
— Obrigada, Mamãe e Papai — Silvia diz sonolenta enquanto eles a colocam na cama.
365 HISTORINHAS PARA A HORA DE DORMIR. Aurora Boreal. Yoyo Books, 2012. p. 243. Fragmento.

04.Nesse texto, no trecho “Isso é mesmo fantástico!” (13º parágrafo), o ponto de exclamação foi
utilizado para
A) demonstrar empolgação.
B) destacar ordem.
C) evidenciar indignação.
D) expressar medo.
Leia o texto abaixo.

Disponível em: http://f.i.uol.com.br/folha/cartum/images/2118324.jpeg. Acesso em: 5 jul. 2021.


05.Entende-se desse texto que
A) o gato está procurando um brinquedo no sofá.
B) o gato não percebe que o homem está no sofá.
C) o homem não sabe o que escrever em seu papel.
D) o homem quer que o gato se sinta confortável.

Leia o texto abaixo e responda as questões 06 e 07.

No meu quarto
No meu quarto tem uma mesa
onde faço minhas aulas.
No meu quarto tem uma luz acesa
para ler contos de fadas.
No meu quarto guardo um segredo
entre meus livros favoritos,
há um caderno onde escrevo todos os meus medos
No meu quarto também tem muita planta
que serve de casa para fada
No meu quarto há um quadro
de um artista engraçado.
GADELHA, Laura Carvalho Paterno. No meu quarto. In: Medium. Disponível em: https://laurabarrettogadelha.medium.com/no-meu-quarto-c959f986cdea. Acesso em: 9
jul. 2021.
06.Sobre esse texto, entende-se que o eu lírico
A) faz coleção de obras de arte.
B) gosta de ler histórias de fantasia.
C) possui uma casa em uma floresta.
D) tem medo de ambientes escuros.

07.Nesse texto, no verso “... onde faço minhas aulas.”. (1ª estrofe), o termo destacado foi utilizado
para
A) apresentar dúvida.
B) demonstrar causa.
C) indicar tempo.
D) marcar lugar.

Leia o texto abaixo.

Giovanna Grigio sobre carreira internacional: “Nunca vi como um sonho impossível”

Aos 23 anos de idade, Giovanna Grigio está envolvida com seu primeiro trabalho
internacional. Lembrada pela personagem Samanta, em Malhação Viva a Diferença [...] e pela
protaginista Mili, em Chiquititas (SBT, 2013/2015), a atriz fará a versão internacional de Rebelde,
que [...] está em fase de gravação no México. [...]
Como tem sido essa temporada internacional?
Há quanto tempo está longe do Brasil? Estou há quase sete meses aqui no México e está
sendo uma das experiências mais loucas e lindas da minha vida. É realmente transformador.
Como foi a adaptação? Passou algum perrengue?
Até que foi bem de boa, eu tive tempo de estudar espanhol antes de vir e acho que ter o
idioma deixou tudo mais fácil. De qualquer forma eu vim morar em um outro país, né?
Qual o desafio de gravar em outro idioma?
No começo, era mais difícil. Eu não entendia tudo do texto, principalmente as gírias. Às vezes,
meu sotaque deixa as situações um pouco difíceis (risos), mas depois desse tempo eu já me
acostumei com isso. Agora já é mais natural. [...]
Você começou no meio artístico ainda menina e já adolescente encarou um papel de
protagonista. Sentiu-se pressionada em algum momento? Como lidou com as
responsabilidades?
Era muito nova para entender de fato toda a pressão que esse trabalho nos traz. Eu era muito
responsável, mas só hoje vejo o quanto tive que amadurecer rápido e as consequências que tive
na minha vida em relação a isso. Tanto positivas como negativas. Acho que tive sorte de ter uma
família que me apoia muito, que sempre me manteve com os pés no chão e que sempre cuidou
de mim com amor. [...]
BOURROUL, Beatriz. Giovanna Grigio sobre carreira internacional: “Nunca vi como um sonho impossível”. In: Quem, 2021. Disponível em: https://glo.bo/34JJqiN/. Acesso
em: 3 fev. 2022. Fragmento.

08.Nesse texto, no trecho “... que sempre me manteve com os pés no chão.” (final do último
parágrafo), o termo destacado refere-se à palavra
A) família.
B) sorte.
C) trabalho.
D) vida.
Leia os textos abaixo.

Texto 1 Mais Uma Vez

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã


Mais uma vez, eu sei [...]

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena


Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança! [...]
Disponível em: https://www.letras.mus.br/renato-russo/1213616/. Acesso em: 3 jan. 2022. Fragmento
Texto 2

Disponível em: https://bit.ly/3FTo3cP. Acesso em: 3 jan. 2022.

09.Esses textos têm em comum o fato de


A) encorajarem a sociedade a fazer doações.
B) estimularem o respeito a todos.
C) incentivarem as pessoas a sonharem.
D) levarem as pessoas a sorrirem.
E) promoverem uma campanha motivacional.

Leia o texto abaixo.

A importância da reciclagem para o meio ambiente

Devido à grande quantidade de lixo gerada todos os dias no mundo, a reciclagem vem se
tornado uma atitude indispensável para a manutenção da saúde das pessoas e também do
planeta.
De acordo com dados de um estudo realizado pela Associação Empresarial para Reciclagem
(CEMPRE), o Brasil produz mais de 240 mil toneladas de lixo por dia, dos quais 45% é reciclável.
No entanto, o país recicla apenas 2% do lixo urbano produzido.
A importância da reciclagem também está ligada ao desenvolvimento sustentável, que
engloba, não só o meio ambiente, mas também aspectos sociais e econômicos. Isso porque,
quando descartamos os produtos de forma adequada, agregamos valor ao processo e ao material,
já que melhoramos os índices de reaproveitamento, barateamos o custo de produção e
estimulamos o crescimento da reciclagem. [...]
Economicamente, a reciclagem motiva o aumento de riquezas, uma vez que as empresas
usam desse processo para redução de custos no processo produtivo, à medida que contribuem
para a preservação do meio ambiente. Com a fabricação de produtos reciclados, há a preservação
da natureza, redução da poluição e contaminação do solo, além da economia de energia. [...]
Disponível em: https://ury1.com/Dfizt. Acesso em: 30 dez. 2021. Adaptado para fins didáticos. Fragmento.
10.A tese defendida pelo autor desse texto está no trecho:
A) “... a reciclagem vem se tornado uma atitude indispensável para a manutenção da saúde das
pessoas e também do planeta.”. (1º parágrafo)
B) “... o Brasil produz mais de 240 mil toneladas de lixo por dia...”. (2º parágrafo)
C) “... o país recicla apenas 2% do lixo urbano produzido.” (2º parágrafo)
D) “... está ligada ao desenvolvimento sustentável, que engloba, não só o meio ambiente, mas
também aspectos sociais e econômicos...”. (3º parágrafo)
E) “... a reciclagem motiva o aumento de riquezas, ...”. (4º parágrafo)

Leia o texto abaixo.


No verão saímos da praia muito depois das outras crianças e dos outros pais. A areia, no alto
junto à estrada, queima os pés, e toda vez a corrida final cheia de gritos é a alegria que encerra a
manhã.
Chegando à calçada sacodem-se as roupas, as toalhas, bate-se com força os pés no chão, em
pequeno cerimonial do qual participa toda a família. Eu visto uma roupa leve, macia de muitas
lavagens, abotoada na frente, clara. [...] Sinto a pele áspera de sal. A água escorre fresca dos meus
cabelos [...], o vestido se cola sobre as costas e os ombros, segunda epiderme grossa e enrugada.
O calor parece nascer do chão. No sol a pino, quase não temos sombra.
O hotel não é muito longe; vamos a pé pela avenida que beira a praia [...]. O calor caminha
conosco [...] No fundo da avenida, a praia é dos pescadores. Os barcos alinhados sobre a areia, as
velas recolhidas, as redes abertas ao sol para secar, dormem, parados, à espera de que a tarde
traga o terral e possam fazer-se ao mar. Não se vê ninguém; nós somos os últimos.
Atravessamos a pracinha ensombrada de pinheiros. Respirando fundo [...], mergulhamos no
ar subitamente leve, já aliviados do calor, já chegando. No hotel almoça-se do lado de fora [...]. A
fome, contida durante tantas horas, não é mais premente, mas funda, misturada ao cansaço,
confuso torpor.
Há o cheiro de flores no calor, de peixe frito, de tantas pessoas vindas da praia. No ruído de
pratos, talheres, vozes [...], meu corpo, mole de tanto sol, vai ficando vago, perde seus contornos,
e eu continuo, ali, o longo boiar da manhã, com o mar nos meus ouvidos, num desejo de mar para
o dia seguinte. COLASANTI, Marina. Eu sozinha. São Paulo: Global, 2018. Fragmento.

11.O desfecho dessa narrativa acontece quando a narradora


A) avista os barcos dos pescadores.
B) chega no hotel.
C) deseja voltar na praia no dia seguinte.
D) sai da praia.
E) sente o cheiro de peixe fresco.

Leia o texto abaixo.


[...]
Em meio à correria do dia a dia, a maioria das pessoas acaba não dando tanta importância à
alimentação saudável.
Logo, procuram por opções mais rápidas e práticas na hora de se alimentar, por exemplo, os
fast-foods.
O problema desse tipo de refeição, e outras industrializadas, é que possuem grandes
quantidades de gordura e açúcares, sendo pouco nutritivo.
E pela falta de nutrientes necessários nesses alimentos, o bom funcionamento do corpo pode
ficar comprometido, resultando em maiores chances de desenvolver doenças, como diabetes,
hipertensão e obesidade.
Com base nisso, uma nova pesquisa publicada na revista científica The Lancet revelou que, a
cada 5 mortes, 1 está ligada à má alimentação [...].
Porém, o problema não está em somente reduzir o consumo desses alimentos não saudáveis,
e sim adicionar à dieta frutas, vegetais, fibras, leite, nozes e grãos, que possuem mais nutrientes.
Enquanto muito se fala sobre o impacto que comer fast-food com frequência gera à saúde,
pouca atenção é dada à falta de comidas saudáveis.
Ou seja, não basta evitar os vilões, é preciso investir na redução de sódio e incremento de
grãos, verduras, sementes e legumes. [...]
REDAÇÃO MINUTO SAUDÁVEL. Comer frutas e grãos é mais importante do que reduzir fast-foods. 2019. Disponível em: https://l1nq.com/PopMl. Acesso em: 28 out.
2019. Fragmento.
12.Qual é a informação principal desse texto?
A) Comer frutas e grãos é mais eficiente para uma dieta saudável do que evitar fast-foods.
B) Consumir fast-foods é uma opção mais rápida e prática para o dia a dia.
C) Manter uma alimentação pouco saudável está relacionado à falta de tempo.
D) Prevenir doenças como hipertensão está diretamente associado à perda de peso.
E) Ter uma dieta baseada em fast-foods faz com que o corpo humano não funcione bem.

Leia os textos abaixo.


Texto 1
Transmissão em eventos: como funciona e qual a importância
A transmissão em eventos é possível para grandes festivais. Mas também é algo que pode ser
realizado em reuniões pequenas. Aliás, isso pode ser fundamental para o desenvolvimento de
eventos. Nós explicamos o motivo disso!
A prática da transmissão de eventos em streamings não é nova. Há um bom tempo
compreendeu-se que essa é uma forma excelente de alcançar mais resultados com os eventos.
Afinal, por que só pensar em quem pode estar presente? Uma vez que a tecnologia nos ajuda a
chegar mais longe, nós precisamos investir para obter destaque.
Realizar a transmissão de eventos é um excelente modo de se destacar. Além disso, é um
modo de permitir que as pessoas participem a distância. Ou seja, você pode aumentar a
participação no seu evento. Consequentemente, você conseguirá mais engajamento e poderá
gerar mais leads.
Não se esqueça que essa também é uma prática que pode ser monetizada. [...].
Disponível em: https://ury1.com/6EedC. Acesso em: 24 abr. 2023. Fragmento.

Texto 2 Nada pode vencer a experiência de um evento presencial


Estava lendo este artigo de The Economist com um sorriso no meu rosto. Depois de mais de
25 anos em torno de eventos presenciais (organizei 500 feiras, conferências, etc.), mídia e
tecnologia, sou bastante apaixonado pela “interseção entre eventos digitais e presenciais”.
[...] Consigo ver claramente as incríveis oportunidades (e desafios) que os organizadores
atuais estão enfrentando por causa das diferentes formas que os participantes vivem os eventos
presenciais e principalmente, como a tecnologia desempenha um papel crítico nessa experiência.
Independente da forma como você participa de um concerto, uma conferência esportiva ou
uma feira comercial, a tecnologia afeta de alguma forma esse evento e terá um grande impacto
durante as próximas décadas. [...]
Como o jornalista do artigo que citei no início deste post escreveu: por que você pagaria
milhares de dólares para participar de um musical ou concerto, se você pode experimentar a
qualidade de HD ou experiências da realidade virtual em uma fração do custo? Ou por que você
pagaria milhares de dólares para viajar por todo o mundo e passar dias de sua vida participando
de uma conferência ou feira, se você pode acessar — literalmente — um conteúdo semelhante
usando as diferentes tecnologias existentes?
A resposta é simples e complexa ao mesmo tempo. Nada substitui a conexão humana em
eventos presenciais. Quando se trata de entretenimento ou paixões como shows, festivais ou
esportes, estar lá ao invés de assistir TV (ou participar de live streaming1 , realidade virtual ou
aumentada) torna sua experiência única e memorável.
Se é um negócio como feiras comerciais, conferências ou eventos corporativos, nada substitui
a oportunidade de conexão cara a cara. O aperto de mão, a reunião pessoal e a confiança que você
cria é extremamente difícil replicar online. [...] Os eventos presenciais criam uma experiência única
através de conexões humanas e pessoais que são extremamente difíceis de substituir através da
tecnologia. [...]
*Vocabulário:
1
live streaming: transmissão ao vivo. Disponível em: https://ury1.com/UQxOQ. Acesso em: 24 abr. 2023.
13.Em relação às transmissões de eventos online, esses textos possuem opiniões
A) antiquadas.
B) divergentes.
C) infundadas.
D) pessimistas.
E) semelhantes.
14.No Texto 2, no trecho “... que citei no início deste post...” (4º parágrafo), o termo destacado
retoma
A) artigo.
B) eventos presenciais.
C) feira comercial.
D) organizadores atuais.
E) tecnologia.
15.No Texto 1, o trecho que apresenta uma relação de causa e consequência é:
A) “A transmissão em eventos é possível para grandes festivais.”. (1º parágrafo)
B) “Aliás, isso pode ser fundamental para o desenvolvimento de eventos.”. (1º parágrafo)
C) “Uma vez que a tecnologia nos ajuda a chegar mais longe, nós precisamos investir para obter
destaque.”. (2º parágrafo)
D) “Além disso, é um modo de permitir que as pessoas participem a distância.”. (3º parágrafo)
E) “Não se esqueça que essa também é uma prática que pode ser monetizada.”. (4º parágrafo)
16.No título do Texto 2, a palavra “vencer” foi utilizada para
A) apontar que a experiência de um evento presencial é insuperável.
B) expor que a tecnologia cumpre o seu papel em eventos presenciais.
C) indicar que um artigo conquistou um prêmio de jornalismo.
D) mostrar que um jornalista elogiou uma conferência esportiva.
E) revelar que a experiência de uma feira comercial online fracassou.
Leia o texto abaixo.
MICHAEL KRETZLER, EUA [...]
Quando meu neto tinha 4 anos ganhou um peixe de presente. Ele decidiu alimentá-lo todos
os dias e me pediu que conservasse o aquário limpo. Certo dia, eu o vi segurando o pacote de
ração enquanto olhava o peixe, cuja boca estava quase encostando na superfície da água. Quando
perguntei porque ele não dava comida ao bichinho, ele respondeu:
— Eu estou esperando ele acabar de beber água! [...]
Disponível em: https://ury1.com/wx3to. Acesso em: 24 abr. 2023. Fragmento.

17.O humor desse texto está no fato de


A) o menino achar que o peixe estava bebendo água na superfície.
B) o menino ficar parado na frente do aquário segurando um pacote de ração.
C) o menino ter decidido alimentar o peixe diariamente.
D) o menino pedir que o avô conservasse o aquário limpo.
E) o menino ter ganhado um peixe de presente aos quatro anos de idade.

Leia o texto abaixo.

Não subestime o poder de uma capa de livro impactante: contratar um designer criativo pode
ser a chave para o sucesso editorial

Caro escritor, deixe-me dizer-lhe algo importante: uma capa de livro é a sua primeira chance
de causar uma boa impressão e atrair potenciais leitores. Uma capa bem pensada pode despertar
curiosidade, inspirar emoção e criar uma conexão emocional com o leitor. É por isso que a
contratação de um designer criativo é fundamental para o sucesso do seu livro.
Um designer experiente tem o conhecimento técnico e a visão artística para criar uma capa
que capture a essência da sua história e transmita a mensagem certa. Eles têm a habilidade de
criar uma gradação perfeita entre cores, tipografia, imagens e layout para garantir que a capa do
seu livro seja visualmente atraente e facilmente reconhecível.
Não se engane, uma capa de livro medíocre pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso
editorial. Se você quer que o seu livro seja notado, destaque-se nas prateleiras das livrarias e seja
compartilhado nas redes sociais, é crucial ter uma capa que chame a atenção e gere interesse.
Um designer criativo pode ajudá-lo a alcançar isso na escolha das imagens e na forma de
representar a sua história e, ao mesmo tempo, ser humano, interpretando e compreendendo a
sua obra com empatia e sensibilidade. Mesmo utilizando recursos de AI, o designer é essencial
como mediador para a melhor opção literária e comercial.
Então, meu caro, não subestime o poder de uma capa de livro diferenciada e contrate um
designer criativo para criar a capa do seu livro. É a melhor maneira de garantir que a sua obra
tenha a chance de se destacar e alcançar o sucesso editorial que você merece.
Disponível em: https://bit.ly/3VolHvb. Acesso em: 24 abr. 2023. Adaptado para fins didáticos.

18.Nesse texto, no trecho “Caro escritor, deixe-me dizer-lhe algo importante: uma capa de livro é
a sua primeira chance de causar boa impressão...” (1º parágrafo), a linguagem utilizada é
A) científica.
B) coloquial.
C) formal.
D) regional.
E) virtual.
19.No título desse texto, a palavra “chave” significa
A) autoridade.
B) controle.
C) símbolo.
D) solução.
E) utensílio.
Leia o texto abaixo.

Disponível em: https://acesse.one/d0AYZ. Acesso em: 24 abr. 2023.


20.Entende-se desse texto que
A) as cascas de coco descartadas poluem os parques.
B) as pessoas se conhecem em parques ambientais.
C) as pessoas vão aos parques para se refrescarem.
D) é importante preservar zonas verdes em cidades.
E) existem diferentes tipos de reciclagem de lixo.

Leia o texto abaixo.

Tartaruga pega carona nas costas de jacaré


Uma amizade incomum e engraçada! Uma tartaruga foi flagrada pegando carona nas costas
de um jacaré simpático, imagina? O momento, tão impressionante e raro, teve que ser registrado
para que as pessoas acreditassem naquela cena inusitada.
O clique foi em Tampa, na Flórida, nos Estados Unidos. O autor da imagem? Um guia de
viagens. [...]
Quem pensa que na lagoa não tem companheirismo está muito enganado! No caso em
questão, a tartaruga estava aproveitando a velocidade do colega jacaré para atravessar as águas.
O momento é especial porque normalmente tartarugas e jacaré não são espécies amigáveis
entre si. Na verdade [...] os dois animais são presa e predador, respectivamente. [...]
Mesmo que inusitada, a carinha da tartaruga entrega tudo! Ela está bem folgada nas costas
do “amigo” e não quer nem saber se o grandalhão sentir fome durante o trajeto.
ASSIS, Newton. Tartaruga pega carona nas costas de jacaré. In: Sónotíciaboa. Disponível em: https://bit.ly/442I2SF. Acesso em: 26 abr. 2023. Fragmento.
21.O assunto desse texto é
A) a velocidade que um jacaré é capaz de alcançar na travessia de uma lagoa.
B) as diferentes espécies de animais que vivem nos lagos da Flórida.
C) as relações entre presas e predadores nos ambientes selvagens.
D) o registro de uma imagem inusitada de uma tartaruga nas costas de um jacaré.
E) os cuidados que as presas devem ter com seus predadores em espaços aquáticos.

Leia o texto abaixo.

Três filhotes de onça-pintada são registrados onde onça capturada no Jardim Botânico foi solta

Há exatos quatro anos [...] uma onça-pintada macho foi avistada no Jardim Botânico da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Capturada 17 dias depois, o felino foi levado para
nova área florestal, mais ampla e segura. A UFJF torna público nesta terça, 25, um vídeo em que
aparecem dois filhotes de onça-pintada, gravado, em janeiro de 2023, pela equipe de
monitoramento no Parque Estadual do Rio Doce, local próximo de onde a onça de Juiz de Fora foi
introduzida.
Quando foi feito o vídeo, os filhotes estavam com cerca de um ou dois meses de idade. Mais
um filhote, de outra fêmea, com idade estimada de dois anos, também foi registrado. As gravações
são feitas por meio de armadilhas fotográficas, instaladas em árvores ou outros suportes,
acionadas automaticamente por meio de sensores de calor e movimento.
No entanto, não há como afirmar se os novos animais são frutos de reprodução do felino que
circulou em Juiz de Fora, pois é necessário realizar testes genéticos, para verificar a
correspondência de DNA [...]. Disponível em: https://ury1.com/Hahbn. Acesso em: 26 abr. 2023. Fragmento.
22.De acordo com esse texto, uma onça-pintada macho foi avistada no Jardim Botânico da
Universidade Federal de Juiz de Fora há
A) 17 dias.
B) dois anos.
C) dois meses.
D) quatro anos.
E) um mês.

Leia o texto abaixo.


A força de um ídolo na sociedade

Na infância e adolescência, é comum termos ídolos que moldam nossos comportamentos.


São pessoas que nos inspiram de alguma forma, seja porque gostaríamos de ser como elas, ou de
estar perto delas. Já na fase adulta, ter um ídolo é ter uma referência de caráter, personalidade,
desenvolvimento e sucesso.
Ele será alguém que você admira por ser quem é e também irá inspirar você na hora de tomar
decisões importantes na sua vida. [...]
Com o passar dos séculos, a necessidade de admiração se voltou para pessoas excepcionais
em suas áreas. Seja na música, no cinema ou na literatura. Segundo o filósofo Joseph Campbell,
para se tornar um ídolo, é necessário ter feito algo relevante para uma grande massa, ter
conquistado status dentro de seu campo profissional e ser representante de um determinado
grupo.
Outra área responsável por criar lendas em meio à população é o esporte. Incorporado pela
nossa sociedade como uma forma de atividade de saúde e como ferramenta educativa para
ensinar valores morais, como o espírito esportivo, a disciplina e o trabalho em equipe, a prática
também desenvolveu atletas de diversas modalidades que se tornaram verdadeiros exemplos a
serem seguidos.
O ex-jogador Kobe Bryant, por exemplo, é um deles. Ele entrou para a NBA aos 17 anos e se
aposentou em abril de 2016, tornando-se uma lenda do basquete americano. [...]
Bryant conquistou inúmeros prêmios ao longo de sua carreira e se tornou o herói de muitas
crianças, adolescentes e adultos. Graças à mistura de talento, longevidade e popularidade entre
os fãs, o ex-jogador recebeu diversas homenagens, principalmente de sua nação, que sempre
reconheceu a importância de seu papel como ídolo americano.
Com toda certeza, podemos considerar pessoas que se destacam em suas áreas modelos de
inspiração para a sociedade atual. Pois trilharam um caminho de sucesso e aprendizados. Kobe
Bryant, que deu uma grande contribuição no que diz respeito ao sucesso, disciplina e persistência,
quebrou vários recordes pessoais e de sua equipe. A força de seu legado ainda irá inspirar uma
geração de fãs pelo planeta.
Disponível em: https://urx1.com/leoZZ. Acesso em: 24 abr. 2023. Adaptado par fins didáticos. Fragmento.

23.Nesse texto, o trecho que apresenta uma opinião é:


A) “... a prática também desenvolveu atletas de diversas modalidades que se tornaram
verdadeiros exemplos a serem seguidos.”. (4º parágrafo)
B) “O ex-jogador Kobe Bryant, por exemplo, é um deles.”. (5º parágrafo)
C) “Ele entrou para a NBA aos 17 anos e se aposentou em abril de 2016...”. (5º parágrafo)
D) “Bryant conquistou inúmeros prêmios ao longo de sua carreira...”. (6º parágrafo)
E) “... o ex-jogador recebeu diversas homenagens, principalmente de sua nação, que sempre
reconheceu a importância de seu papel...”. (6º parágrafo)

24.Nesse texto, no trecho “... para ensinar valores morais...” (4º parágrafo), o termo destacado
estabelece uma relação de
A) comparação.
B) condição.
C) consequência.
D) finalidade.
E) proporção.
Leia os textos abaixo.

Texto 1
Trançar a vida é fitar os laços com quem corre ao seu lado
Paula Taitelbaum é uma poeta gaúcha que acaba de lançar seu segundo livro [...] onde
encontrei um poema com apenas dois versos que diz assim: “Pior do que uma voz que cala/É um
silêncio que fala”.
Simples. Rápido. E quanta força. Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio
me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega. Um encontro onde nenhum dos dois abre a
boca. Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas. Quantas coisas são ditas na
quietude, depois de uma discussão. O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para
acabar com o clima de tensão. Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as
palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento. Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo. Já o silêncio arquiteta planos que não
são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar: “diz alguma coisa, diz
que não me ama mais, mas não fica aí parado me olhando”. É o silêncio de um mandando más
notícias para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo. Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo. Para a professora de uma creche, o silêncio é
um presente. [...] Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não
incomoda, pois é o silêncio da paz. O único silêncio que perturba é aquele que fala. E fala alto. É
quando ninguém bate a nossa porta, não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim você
entende a mensagem.
MEDEIROS, Martha. A voz do Silêncio. In: Poesia galvaneana. Disponível em: https://bit.ly/3ozih8V. Acesso em: 12 jul. 2022. Fragmento.

Texto 2
Da Calma e do Silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas.

Quando meu olhar


se perder no nada,
por favor,
não me despertem,
quero reter,
no adentro da íris,
a menor sombra,
do ínfimo movimento.
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
EVARISTO, Conceição. Da Calma e do Silêncio. In: Poemas da recordação e outros movimentos. Belo Horizonte: Nandyala, 2008.

25.Esses textos são parecidos, pois


A) abordam situações cotidianas em que há conflitos.
B) afirmam o desejo de versejar sobre o âmago das coisas.
C) apresentam o poder do silêncio como temática.
D) citam o incômodo do silêncio em uma discussão.
E) mencionam um poema de apenas dois versos.
26.No Texto 1, a relação do trecho “Quando nada é dito, nada fica combinado.” (4º parágrafo) com
os dois períodos anteriores é de
A) alternância.
B) conclusão.
C) condição.
D) conformidade.
E) oposição.
27.No Texto 1, no trecho “É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo.” (6º
parágrafo), a expressão em destaque foi usada para
A) apresentar a dúvida do enunciador em relação ao assunto abordado no texto.
B) expor uma crítica do enunciador em relação ao assunto abordado no texto.
C) reforçar a opinião do enunciador acerca do assunto abordado no texto.
D) remeter à razão pela qual o assunto foi escolhido para ser abordado no texto.
E) revelar a indiferença do enunciador em relação ao assunto abordado no texto.

Leia o texto abaixo.

Chega Francolim, de galope, com um recado do Major para Sebastião: — É para esperar um
pouco, e não apertarem o gado na travessia...
— Está feio. Mas isto aqui não se compara com a passagem das boiadas no Jequitinhonha...
— Conheço. Atravessei aquele, com seiscentas cabeças de gado da Bahia... O mais difícil não
é pela largura, mas porque é rio bravo, de correnteza... A gente tinha de tocar adiante um lote de
bois mansos, mais acostumados, que não tivessem medo. Alguns até alugavam uns, ensinados, de
um sitiante da beira do rio... E a gente cruzava no batelão, vigiando a boiada nadar...
Chega o Major, chamando por Sebastião...
— Estou vendo que o vau agora está pior do que o resto. Melhor era destorcer mais para
baixo, onde deve de estar dando mais pé...
— Pé já não dá mesmo, em lugar nenhum, seô Major. E está desbarrancado, lá na outra
beirada, e não tem saidor... Melhor por aqui mesmo, patrão.
— Bem, mas vamos com paciência! [...]
Estacionados na rampa, esperavam que o gado tomasse coragem. A chuvinha agora era um
chuvisco rarefeito; mas três regos de enxurrada desciam também, borbotando e roncando, com
brutalidades fluviais. E a enchente crescia. [...]
Entupindo o declive do morro, a boiada permanecia parada. Muitos mugiam.
— Cou! Cou! Tou! Tou!...
Os primeiros se chegam para a beirada. Zé Grande entra n’água, no Cata-Brasa, que pega a
nadar. E, já no meio da torrente, o guieiro ainda se volta, tocando o berrante. Um junqueira
longicórnio estica o pescoço fino, arrebita o focinho, e pula, de rabo desfraldado. Então, há que os
cocorutos estremecem, para a frente e depois para trás. Despencou-se mais um cacho de reses.
Chapinham com estrupido, os mocotós golpeando como puxavantes. Perderam pé: os corpos
desaparecem, ficam de fora somente as beiçamas, as ventas polposas, palpando ar, e os pares de
chifres, como tentáculos de caramujos aquáticos. E aí toda a manada se precipita, com muita
pressa, transpondo a enchente brava do riacho [...].
O Major Saulo, que foi o derradeiro — depois de Sete-de-Ouros com João Manico, e mesmo
atrás de Francolim —, logo os alcança, contudo, pouco para lá da passagem.
— Viva, meu povo, não se perdeu nenhum!... Francolim, vai dizer a Sebastião que toquem
pelo caminho de baixo, no fim da vargem... [...]
ROSA, João Guimarães. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. Fragmento.

28.Entende-se desse texto que


A) a boiada fugiu para o riacho ao ver os boiadeiros.
B) a boiada se perdeu na travessia no Jequitinhonha.
C) os boiadeiros compraram seiscentas cabeças de gado.
D) os boiadeiros estavam praticando nado no riacho.
E) os boiadeiros tentavam atravessar uma boiada pelo rio.
29.Nesse texto, a expressão “dando mais pé” (5º parágrafo) foi usada para
A) explicar que uma situação passou de todos os limites aceitáveis.
B) expressar que em um local é possível passar sem afundar completamente.
C) indicar que um determinado local deve ser atravessado rapidamente.
D) mostrar que uma pessoa tentou se desvencilhar de uma função indesejada.
E) revelar que alguém precisou fazer algo escondido para fugir da repreensão.

30.Nesse texto, no trecho “– Pé já não dá mesmo, em lugar nenhum, seô Major.” (6º parágrafo),
foi utilizada a linguagem
A) científica.
B) formal.
C) jurídica.
D) regional.
E) virtual.

31.Nesse texto, no trecho “... que foi o derradeiro...” (12º parágrafo), a palavra destacada substitui
A) Francolim.
B) João Manico.
C) Major Saulo.
D) Sebastião.
E) Zé Grande.

Leia o texto abaixo.

Os 101 dálmatas que habitam a imaginação de uma mesma criança

Quase não tenho encontrado com a minha filha. E olha que moramos na mesma casa. Nunca
pensei que meu bebê fosse conquistar tão rápido a independência: aos dois anos e meio de idade,
passa o dia inteiro sendo outras pessoas e fica chateadíssima ao ser tratada por seu nome.
“Não sou a Marieta! Eu sou o Lollo.” Demoramos muito a entender que se tratava de um
filhote do “101 Dálmatas” que aparece muito pouco no filme da Disney, quase um figurante.
Marieta passou um mês inteiro repetindo sua única fala: “eu tô com fome”, com as patinhas no
ar.
Na sua breve, porém intensa carreira de atriz, tem predileção por papéis pequenos, porém
não menos complexos, como o [...] Dunga, da “Branca de Neve”, ou Jacko Mollo, um morcego
coadjuvante numa das “Histórias da Mamãe Ursa”, da Kitty Crowther – autora que bem poderia
ter reeditados seus livros [...].
Na maior parte do tempo, claro, interpreta a própria mãe. [...]
Outro dia, interpretando a mãe à mesa, chegou a comer brócolis! A atriz, que tem horror a
qualquer coisa verde, fez esse sacrifício porque sabe que a personagem adora.
Não estou dizendo que já escolheu essa profissão [...]. Mas entendi, junto com ela, o barato
desse ofício [...].
Não sei qual é o momento da vida em que a gente decide que tem que ser uma pessoa só.
[...]
DUVIVIER, Gregório. Os 101 dálmatas que habitam a mesma criança. In: Folha de São Paulo. Disponível em: https://bit.ly/2KHF3Lh. Acesso em: 21 dez. 2020. Fragmento.

32.No penúltimo parágrafo desse texto, no trecho “... o barato desse ofício...”, o termo destacado
significa
A) acessível.
B) comum.
C) difícil.
D) descuido.
E) prazer.

Leia os textos abaixo.

Texto 1
Quero
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,


creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão


que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim. [...]

Quero ser amado por e em tua palavra


nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial. [...]

Se não me disseres urgente repetido


Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de
desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Quero. In: Singularidade poética. Disponível em: https://bit/ ly/3Rw1WPN. Acesso em: 13 jul. 2022. Fragmento.

Texto 2
Antes que cases

Era um dia um rapaz de vinte e cinco anos, bonito [...], não rico, mas vantajosamente
empregado. Não tinha ambições, ou antes tinha uma ambição só; era amar loucamente uma
mulher e casar sensatamente com ela. Até então não se apaixonara por nenhuma. Estreara
algumas afeições que não passaram de namoricos modestos e prosaicos. [...]
A viveza da imaginação e a leitura de certos livros lhe desenvolveram o germe que a natureza
lhe pusera no coração. Alfredo Tavares (é o nome do rapaz) povoara o seu espírito de Julietas e
Virgínias, e aspirava noite e dia viver um romance como só ele o podia imaginar. Em amor a prosa
da vida metia-lhe nojo, e ninguém dirá certamente que ela seja uma coisa inteiramente agradável;
mas a poesia é rara e passageira – a poesia como a queria Alfredo Tavares, e não viver a prosa, na
esperança de uma poesia incerta, era arriscar-se a não viver absolutamente. [...]
Alfredo não exigia especialmente um sangue real [...]. O que ele pedia era o poético [...], com
quem iria suspirar uma vida mais do céu que da terra, à beira de um lago ou entre duas colinas
eternamente verdes. A vida para ele devia ser a cristalização de um sonho. Essa era nem mais nem
menos a sua ambição e o seu desespero. Alfredo Tavares adorava as mulheres bonitas. Um leitor
menos sagaz achará nisto uma vulgaridade. Não é; admirá-las, amá-las, que é a regra comum;
Alfredo adorava-as literalmente. Não caía de joelhos porque a razão lhe dizia que seria ridículo;
mas se o corpo ficava de pé, o coração ajoelhava. Elas passavam e ele ficava mais triste que dantes,
até que a imaginação o levasse outra vez nas asas [...].
Mas se a sua ambição era amar uma mulher, por que razão não amara uma de tantas que
adorava assim de passagem? Leitor, nenhuma delas lhe tocara o verdadeiro ponto do coração. [...]
Não seria porém difícil que uma das que ele simplesmente admirava, lograsse dominar-lhe o
coração; bastava-lhe um quebrar de olhos, um sorriso, um gesto qualquer. A imaginação dele faria
o resto. [...]
ASSIS, Machado de. Antes que cases. In: Domínio Público. Disponível em: https://bit.ly/3uJuw6x. Acesso em: 13 jul. 2022. Fragmento.

33.Esses textos são parecidos, pois


A) afirmam que o amor acaba quando não é reforçado à exaustão.
B) alegam que a leitura de livros serve de inspiração para o amor.
C) apresentam alguém que busca um amor correspondido.
D) destacam alguém que precisa ser amado para não cair no caos.
E) mostram alguém que considerava ridículo cair de joelhos por amor.

34.No Texto 2, o trecho em que o narrador estabelece um diálogo com o interlocutor é:


A) “Era um dia um rapaz de vinte e cinco anos,...”. (1º parágrafo)
B) “Não tinha ambições, ou antes tinha uma ambição só;...”. (1º parágrafo)
C) “A vida para ele devia ser a cristalização de um sonho.”. (3º parágrafo)
D) “Essa era nem mais nem menos a sua ambição e o seu desespero.”. (3º parágrafo)
E) “Leitor, nenhuma delas lhe tocara o verdadeiro ponto do coração.”. (5º parágrafo)
35.No Texto 2, no trecho “... mas a poesia é rara e passageira — a poesia como a queria Alfredo
Tavares, e não viver a prosa, na esperança de uma poesia incerta, era arriscar-se a não viver
absolutamente.” (2º parágrafo), o recurso estilístico foi usado para
A) atenuar o sentido desagradável de uma expressão ao substituí-la por outra menos rude.
B) atribuir características humanas à poesia ao caracterizá-la como rara e passageira.
C) demonstrar um exagero intencional com relação a viver de modo pouco intenso.
D) ironizar o sentido pretendido pelo autor ao empregar as palavras “poesia” e “prosa”.
E) remeter a uma comparação implícita entre a poesia e os relacionamentos passageiros.

Leia o texto abaixo.

Seara Vermelha

Os colonos [...] da fazenda estavam espalhados pelas estradas da caatinga. Iam todos no
rumo do sul, em busca do país de São Paulo. Muitos outros haviam ido antes, os contratantes de
trabalhadores apareciam pelas fazendas, contavam histórias, diziam coisas de assombrar [...].
Cada trabalhador que chegava era fazendeiro em poucos anos [...].
Eram esses mesmos caminhos, essas trilhas abertas na caatinga, que Jerônimo e seu irmão
João Pedro trilhavam agora com suas famílias. Dinah, mulher de João Pedro, [...] contara as
pessoas e os bichos da [...] comitiva [...].
Ela, o marido e a filha, Gertrudes [...]. Puxara à mãe, era um touro no trabalho [...]. E a família
de Jerônimo. Ele, Jucundina, os dois filhos e os três netos [...]. Faziam onze mas Dinah contava
também Jeremias e Marisca.
Jeremias ia na frente, Jerônimo puxava do cabresto, às vezes entregava a Tonho. Ia carregado
com dois caçuás1, onde levavam quase tudo o que possuíam. O resto estava nas trouxas que
mulheres e homens conduziam [...]. Jeremias marchava no seu passo tardo, sem pressa [...].
Naquele primeiro dia eles fizeram cinco léguas compridas, que eram quantas os separavam
da fazenda Primavera. Chegaram com a noite quando Jeremias começava a empacar pelo
caminho. Noca ia atrás de todos, quase não se aguentava de cansada, a gata apertada contra o
peito.

*Vocabulário:
1
Caçuá: Cesto grande de cipó.
AMADO, Jorge. Seara Vermelha. São Paulo: Schwarcz, 2009. Fragmento.

36.O contexto social a que se refere esse texto é


A) a agricultura de subsistência nas fazendas do Brasil.
B) a construção de estradas que interligam estados brasileiros.
C) a importância da pecuária do Brasil.
D) o crescimento da extração da borracha.
E) o movimento migratório em direção ao sudeste do país.

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