O setor de varejo de materiais de construção no Brasil é bastante fragmentado
(FUNDAÇÃO DE DADOS, 2022). Segundo dados da Fundação de Dados, em 2022, o comércio de materiais de construção (varejo e atacado, vendas para o consumidor final, sem sobreposições) faturou, nominalmente, R$208,6 bilhões (FUNDAÇÃO DE DADOS, 2022). Ainda de acordo com a Fundação de Dados, o varejista líder, Leroy Merlin, faturou R$8,1 bilhões, ou 3,9% do faturamento total do segmento (FUNDAÇÃO DE DADOS, 2022). Se considerarmos os cinco maiores varejistas de materiais de construção somados, o faturamento, em 2022, foi de R$15,7 bilhões, ou 7,5% do faturamento total do segmento (FUNDAÇÃO DE DADOS, 2022). Já os dez maiores varejistas de materiais de construção somados, o faturamento, em 2022, foi de R$20,6 bilhões, ou 9,9% do faturamento total do segmento (FUNDAÇÃO DE DADOS, 2022). Em resumo, o varejista líder responde por 3,9%, o agregado dos cinco maiores varejistas por 7,5%, e o agregado dos dez maiores varejistas por 9,9% (FUNDAÇÃO DE DADOS, 2022). Isso indica uma baixa concentração das vendas em grandes varejistas e uma alta concentração das vendas em pequenos e médios varejistas (FUNDAÇÃO DE DADOS, 2022). Além disso, o setor varejista de materiais de construção encerrou 2021 com crescimento de 4,4%, segundo o levantamento realizado pela Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção), em parceria com o FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), (ANAMACO, 2022). O objetivo do conteúdo é apresentar as 7 maiores empresas do setor de materiais de construção, de acordo com Ranking Ibevar FIA 2023. (IBEVAR, 2024) GRAU DE PROFISSIONALIZAÇÃO
De acordo com a ANAMACO ( Associação Nacional dos Comerciantes
de Materiais de Construção), o grau de profissionalização do varejo de materiais de construção é variável, dependendo do tamanho, da localização e do segmento das lojas, a maioria das lojas sem encontram nas classes D e E (ANAMACO, 2019)
De acordo com dados fornecidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
em colaboração com a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), o setor de varejo de materiais de construção encerrou o ano de 2021 com um faturamento total de R$ 202,31 bilhões (ANAMACO, 2022). Esse cenário representa um aumento real de 4,4% em relação ao ano anterior de 2020, quando o faturamento atingiu a marca de R$ 150,55 bilhões (ANAMACO, 2022). Por sua vez, em 2020, o setor registrou um crescimento de 11%, alcançando um faturamento de R$ 132,06 bilhões (ANAMACO, 2022). Para o ano de 2024, a projeção indica um crescimento de 1,2% para o setor de varejo de materiais de construção no Brasil (FUNDAÇÃODEDADOS, 2023). Esta previsão representa um viés de alta em comparação à projeção anterior feita em 2023, que era de 1,1% (FUNDAÇÃODEDADOS, 2023).
GRAU DE MECANIZAÇÃO
Atualmente, máquinas e humanos estão encaminhando para uma divisão
dos trabalhos de forma igual no mundo (BANZATO, 2020). Segundo o levantamento do Fórum Econômico Mundial, a chegada da Covid-19 e da recessão trazida pela pandemia fizeram empresas adotarem ainda mais tecnologias, transformando tarefas, empregos, habilidades e acelerando processos (BANZATO, 2020). Uma das tendências é a necessidade cada vez maior e mais urgente de recursos e ferramentas que possibilitem o e-commerce para o varejo de materiais de construção (FEBRAMAT, 2021). O consumidor já está habituado a comprar online e resta ao varejista investir em pesquisas e mapeamentos para saber quem são os clientes e o que eles desejam (FEBRAMAT, 2021). A tecnologia é uma aliada essencial para o sucesso do varejo, incluindo o segmento de varejo de materiais de construção, e seu uso continuará a evoluir para atender as demandas dos consumidores e otimizar processos (SEBRAE, 2023). Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a faixa etária 60+, por exemplo, foi destaque no aumento de compras online, cerca de 71% deles fizeram compras via smartphone em 2020 (SBVC, 2020). Essa faixa etária é uma das mais resistentes às novas tecnologias, o que demonstra que essa é uma tendência forte e permanente de consumo (SBVC, 2020). Segundo indicadores da pesquisa Mastercard SpendingPulse, realizada em 2020, o e-commerce representou 11% das vendas do varejo e o departamento de Casa e Construção e as perspectivas são tão positivas quanto os resultados. (MASTERCARD SPENDINGPULSE, 2021) Ainda que a maioria das compras tenham sido realizadas de forma presencial, o meio digital de consumo no setor aumentou 74% quando comparado a 2020, segundo dados do Visa Consulting e Analytics. (VISA CONSULTING E ANALYTICS, 2022). Nesse contexto, os modelos como Omnichannel ganham relevância, representando um sistema de negócios que reconhece a sinergia entre lojas on-line e físicas. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Opinion Box, mais de 60% dos clientes já adotam um consumo de forma híbrida, combinando compras on-line e em lojas físicas, enquanto 16% iniciaram suas incursões nas compras totalmente on-line em 2020 (OPINION BOX, 2023). No Brasil, somente no primeiro semestre de 2021, o modelo de e-commerce atingiu um volume de vendas superior a 53 bilhões (NIELSEN, 2021). Diante dessa expressiva tendência, há uma oportunidade estratégica para as lojas de materiais de construção investirem no e-commerce, desenvolvendo um ambiente on-line eficiente para os clientes (LIE, 2021).
BALANÇA COMERCIAL
A balança comercial, representada pela diferença entre as exportações e
importações de um país, desempenha um papel essencial na avaliação do desempenho econômico global (RIBEIRO, 2016).
No caso de um superávit na balança comercial, o país está em posição
de aumentar os investimentos em infraestrutura e construção civil e essa condição pode estimular a importação de materiais de construção (GOV, 2024).
Entretanto, um déficit pode resultar em restrições nas importações,
incluindo materiais de construção como o ferro, o que, por sua vez, pode impactar os preços e a disponibilidade desses materiais no mercado interno (GOV, 2024). BALANÇA COMERCIAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A balança comercial não tem um impacto direto nas vendas de materiais
de construção civil da Outlet do Construtor. No entanto, alguns fatores econômicos, como o crescimento do setor da construção civil e a demanda por materiais, podem influenciar as importações e exportações no país, por exemplo, se a economia está aquecida e há mais construções em andamento, a demanda por materiais de construção aumenta, independentemente da balança comercial. Portanto, embora não haja uma relação direta, o contexto econômico geral pode afetar indiretamente as vendas nesse setor.
A balança comercial brasileira registrou um substancial incremento em
2022, com as exportações totalizando US$ 335 bilhões e as importações atingindo a marca de US$ 272,7 bilhões, resultando em um superávit comercial expressivo de US$ 62,3 bilhões (GOV, 2024). Esse cenário de crescimento foi notadamente moldado por uma série de mudanças no comportamento dos consumidores, catalisadas pelo impacto da pandemia, as pessoas estavam comprando mais materiais de construção, pois como não era viável sair de casa, as compras eram realizadas pela pela internet, por conta do distanciamento social (FEBRAMAT, 2022).
No segmento varejista de materiais de construção, emergiram várias
tendências como o crescimento do e-commerce, o DIY (faça você mesmo), as pessoas estavam comprando, fazendo por conta própria, e buscando o conforto por estar em casa, essa foi a resposta ao imperativo do distanciamento social ocasionado pela crise sanitária da Covid-19 (FEBRAMAT, 2022). Uma dessas transformações diz respeito à alteração do perfil do consumidor, que passou a priorizar de forma mais acentuada o conforto e a funcionalidade de seus domicílios (FEBRAMAT, 2022).
A balança comercial do Brasil em 2023 registrou um resultado inédito e
significativamente positivo, alcançando um saldo bilionário (GLOBO, 2023). Este desempenho é o mais notável do país em um período de 34 anos, desde o início da série histórica (GLOBO, 2023). As exportações brasileiras superaram as importações, resultando em uma diferença entre as vendas para outros países e as compras internacionais de US$ 98,8 bilhões no ano de 2023 (GLOBO, 2023). Esse valor representa um aumento de 60% em comparação ao ano anterior, quando o resultado positivo foi de US$ 61,5 bilhões (GLOBO, 2023).
Para o ano de 2024, a previsão foi revisada para baixo, passando de
US$ 52,60 bilhões para US$ 51,80 bilhões (MONEYTIMES, 2022). Enquanto isso, para o ano subsequente, 2025, a projeção foi ajustada para US$ 48,75 bilhões, em comparação com os US$ 49,82 bilhões anteriormente estimados (MONEYTIMES, 2022)
Em janeiro de 2024 a balança comercial registrou um saldo de 27,016
bilhões de dólares, contra as importações de 20,490 bilhões de dólares (TERRA, 2024).