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COBERTURA - AREZZO (ARZZ3) 1

Início de cobertura de Arezzo (ARZZ3)

Cotação (19/07/2023): R$ 79,14 Recomendação de compra no dia 19/07/2023 com preço


alvo de R$ 89,74 e preço teto de R$ 106,44
Preço teto: R$ 106,44

Preço Alvo: R$ 89,74


Destaques da tese:
Upside: 13%
 Empresa orientada para a expansão do número de
lojas e de mercado.
 Possui uma base diversa de marcas e de produtos.
 Exposição ao mercado externo.
 Amplos canais de venda e distribuição.
 Endividamento controlado.
 Foco em clientes de classes A e B, menos afetados
por fatores inflacionários.

Pontos de atenção, riscos e mitigantes

 Setor com poucas barreiras de entrada.


 Cenário externo prejudicado pelas baixas taxas de
crescimento econômico internacionais.
 O varejo é fortemente impactado por cenários
macroeconômicos adversos.
 O sucesso no setor de calçados depende fortemente
da diferenciação de produtos e penetração nos
canais digitais.
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Conteúdo

O setor de calçados no Brasil 1


Digite o título do capítulo (nível 1) 4
O Setor de Calçados e Vestuário no Brasil

O setor de calçados e de vestuário brasileiro é bastante cíclico, acompanhando os


diversos cenários macroeconômicos que se apresentam ao longo dos ciclos da
economia. Desta forma, é fortemente afetado por mudanças nas taxas de juros
internas e externas, além da inflação, que são fatores que pressionam tanto o
consumo com a redução do crédito e do poder de compra, como também a oferta
ao afetar a capacidade de investimento e expansão das empresas inseridas no
setor.

Com a perspectiva de redução da taxa de juros para a economia brasileira ainda


neste ano, as projeções de crescimento e consumo são positivas para esta divisão
do mercado brasileiro.

Figura 1 – Setor de Varejo de Vestuário, Vendas no Brasil

Fonte: Euromonitor Internacional 2022

Na Figura 1 é possível perceber a queda do consumo causada pela pandemia do


COVID-19 e as projeções para os anos que sucedem o ano de 2021.
A Abicalçados (2022) projeta para o ano de 2023 um crescimento de 1,6%,
redução de 46 p.p. quando comparado ao ano de 2022. Isso se deve ao ritmo de
crescimento internacional reduzido e ao retorno da China ao mercado
internacional que afetará o mercado interno com redução projetada de 5,7% nas
exportações de calçado para este ano (Abicalçados, 2022).

O mercado interno, que possui participação em mais de 85% das vendas das
vendas totais, será crucial para o desempenho do setor de calçados no Brasil.

Os principais nomes do varejo de moda brasileiro dentre as listas em bolsa são


Arezzo, Lojas Renner, Grupo Soma, Guararapes e C&A, sendo a Arezzo líder em
calçados e bolsas, aproximando-se de 50% de market share após a aquisição da
marca de calçados Vicenza em janeiro deste ano (Forbes, 2023), ante
aproximadamente 34% no 4T22.

De acordo com a McKinsey (2017), estratégias ousadas e fortemente integradas


com o meio digital são estratégias que trazem vantagem competitiva e divide as
empresas que terão sucesso no setor.

Em termos de maturidade digital, o setor de varejo possui aproximadamente 45%


de digitalização em termos de venda, 5 p.p acima da média de outras indústrias
brasileiras.

Com o crescimento do e-commerce, existe um esforço latente de empresas do


setor em expandir sua omnicanalidade (combinação entre on-line e off-line)
direcionando seus investimentos para esta divisão de vendas, representando,
ainda em 2022, 30% das vendas do setor calçadista.

A McKinsey reporta que o EBITDA é até três vezes maior para empresas
inseridas no ambiente digital quando comparadas às demais.

Outro aspecto relevante para o setor é a capacidade de fornecimento de crédito


aos consumidores, que ainda têm o poder de compra reduzido em função da alta
da inflação nos últimos anos e das taxas de juros elevadas.
Lojas Renner, C&A e Riachuelo são exemplos de empresas que possuem
vertentes financeiras que oferecem aos seus clientes opções de pagamentos
próprias.

Por fim, o mercado de varejo de vestuário brasileiro é bastante fragmentado em


função das baixas barreiras de entrada, sem que haja um player dominante.
Quanto ao setor de calçados, bolsas e acessórios, a Arezzo&Co é líder de
mercado.

Arezzo: história e modelo de comércio

A Arezzo foi fundada em 1972, em Belo Horizonte, Minas Gerais, pelos irmãos
Anderson e Jefferson Birman. Originalmente produtora de sapatos masculinos
para lojas multimarcas, a empresa expandiu para o mercado de sapatos femininos
e abriu sua própria loja boutique, a Gipsy. Na década de 80, a Arezzo
consolidou-se, com capacidade produtiva de dois milhões de pares de sapatos por
ano.

Devido aos altos custos industriais na década de 90, os irmãos Birman mudaram
o foco da empresa de fabricante de sapatos para gestora de uma rede de varejo de
sapatos. A marca Arezzo se focou no desenvolvimento de conceitos de moda e na
gestão de seus canais de distribuição.

Inovando continuamente, a Arezzo solidificou-se como uma marca de moda. Em


2007, após a compra da participação do irmão na empresa, Anderson uniu a
Arezzo à Schultz, originando o Grupo Arezzo. O grupo diversificou-se, criando
uma nova grife de luxo, Alexandre Birman, e lançou planos para novas marcas e
expansão de produto.
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