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TRABALHO FINAL DE ECONOMIA DOS NEGÓCIOS

Análise Setorial Econômica no Setor Varejista


10/2022
Elaborado por: Rosemeire da Cruz Pereira
Disciplina: Economia dos Negócios
Turma: POSADM_ABC_73N

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Tópicos desenvolvidos
1 - Apresentação e Objetivo do trabalho

1. Resumo contextualizado;

4 – Influência Macroeconômica

6 – Desafio para o Negócio

7 – Bibliografia

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ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Disciplina: Economia dos negócios

Estudante: Rosemeire da Cruz Pereira

ANÁLISE SETORIAL ECONOMICA NO SEGMENTO VAREJISTA – BOLD PARTICIPAÇÕES

Atendendo o objetivo proposto de desenvolver uma análise setorial no varejo,


embasada no cenário econômica atual, apresento a BOLD PARTIPAÇÕES S/A como
referência para escolha do tema, focando objetivamente no comportamento do
consumidor, famílias e empresas, mencionando movimentações do mercado,
concorrência e influência dos preços e demandas.
A BOLD é uma empresa familiar fundada em 2001 e vem conquistando patamares
elevados através da importação, fabricação, distribuição e usinagem de chapas de Acrílico
e Policarbonatos, itens consumidos no segmento de comunicação visual, construção civil
e serviços de impressão digital. Contabiliza um total de 15 Unidades, 10 sediadas em
território nacional, 5 fora do Brasil, e tem apostado alto no mercado virtual através do e-
commerce, responsável hoje por 15% do seu faturamento. suas diretrizes estratégicas
estão cada vez mais voltadas para sua expansão no mercado digital, e tem realizado
investimentos na estruturação da tecnologia da informação com propósito de gerar e
agregar valor, mantendo os seus clientes no centro conhecendo suas necessidades e
atendendo seus desejos.
O setor varejista é apontado como uma das áreas com maior dinamismo do
mercado e vem destacando seu protagonismo impulsionando o PIB brasileiro por ser um
grande gerador de empregos e de renda para as famílias, tornando-se uma força motriz
no desenvolvimento do país, mas também sofreu fortes mudanças de comportamento
empresarial e do consumidor principalmente devido a pandemia do Coronavírus em 2020,
que trouxe adequação à transformação digital e avanços tecnológicos, porém o segmento
têm se mostrado resiliente e vem passando por instabilidades sendo considerada uma
década perdida (2011 a 2020), que vem sofrendo com um cenário critico de
desaceleração devido a contextualização da economia brasileira, resultados da crise
política econômica instalada no pais, resultando em gravíssimas consequências que ainda

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afetam o setor, exigindo novas diretrizes dos variados órgãos competentes dos poderes
executivos e legislativos, através de ações que estimulem o segmento e reduzam os
impactos sentidos através da restrição e circulação de pessoas.
Diante dessa nova realidade, com a alta demanda de barreiras de proteção contra
o Coronavírus a BOLD foi se destacou ao investir no processo de transformação digital
que ocorreu no mercado, embora seja uma empresa familiar como tantas outras gigantes
varejistas que surgiram, como Americanas e Magazine Luiza, sua expansão à nível global
não de seu através de fusões, sim da execução de um planejamento estratégico agressivo
através da aplicação e práticas de conhecimentos de alta gestão, que visam a capacitação
de seus colaboradores, alta performance nos modelos de gestão financeiras e de pessoas,
aquisições e investimentos em tecnologias, fortes parcerias com novos fornecedores
através na importação de materiais com nível elevado de qualidade, redução de custo
resultado em preços mais baixos e uma variedades de produtos superior aos fabricantes
nacionais, ressaltando ainda suas práticas políticas voltadas para sustentabilidade,
gerando vantagens competitivas e o fortalecimento se sua marca.
O lançamento de uma linha de chapa de acrílico sustentável gerou uma cadeia
de valor destacando-se dos demais concorrentes, que acabaram não priorizando
investimentos em produtos alternativos de qualidade, deixaram a desejar nos prazos de
entregas devido falta de suporte logístico, e ferramentas tecnológicas, essas diferenças
que facilitaram os processos e maximizaram o faturamento da empresa tornando a um
nome forte que preza qualidade e agregação de valor aos seus clientes diretos e
indiretos, que tem ainda como segunda opção adquirir o Poliestireno (P.S), um material
reciclado de valor agregado inferior que se tornou item substituto na fabricação de
divisórias contra o coronavírus, uma vez que o acrílico é classificado como material nobre
e devido as constantes variações cambiais seus custos se elevam com frequência.
O diferencial e destaque da marca no segmento varejista se dá através de sua
expansão, enquanto muitos ainda investem somente na abertura de lojas físicas locais, a
BOLD destaca-se com novas descobertas antes não percebidas voltadas para o
comportamento de mercado e consumidor que transitam entre os canais físicos e digitais.
Os centros de distribuição estratégicos, ampliação logística e a ampliação nas vendas on-
line, tornou-se umas das reestruturações mais produtivas, expandindo o faturamento de
forma significativa a cada ano devido através do dinamismo e praticidade na venda de
seus produtos, sendo as plataformas virtuais ponte que a distância da concorrência, já

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que nas lojas físicas a margem e a competitividades são mais acirradas e seus
concorrentes não oferecem seus produtos através do mercado digital.
Neste novo cenário desafiador, é de extrema importância que as empresas de
varejo garantam que a venda ocorra, manter o cliente é o foco, entender suas
necessidades, seus desejos é o lema, mantê-los no centro, mesmo que a compra for de
menor valor agregado, fidelização acima de tudo, assim a BOLD inovou seus processos e
passou a manufaturar as chapas de acrílico que é seu carro chefe, transformando em
barreiras prontas de proteção contra o COVID-19 que passaram a ser item essencial nas
repartições públicas e privadas, lançou e ofertou demais produtos da linha como máscaras
Face-Shield utilizadas principalmente pelos profissionais da saúde, evitando a redução no
quadro de seus colaboradores, percebe-se que muitas outras empresas se adequaram,
buscaram inovar mesmo diante de um momento caótico e cheios de incertezas.
Conforme o gráfico de referência abaixo podemos observar que o momento de
crise também antecipou ações voltadas para transformação digital no setor, as empresas
mais preparadas para essa nova era expandiram seus negócios e tiveram vantagens
competitivas perante o consumidor que passou a confiar nas compras on-line como meio
prático e cômodo para aquisição dos mais variados bens e serviços disparando em 29%
as vendas on-line comparadas ao ano de 2019.

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INFLUÊNCIA MACROECONÔMICA

A pandemia impulsionou o empreendedorismo favorecendo o nascimento e


crescimento de lojas virtuais, valorizando ações de grandes varejistas, atraindo
investidores cheios de expectativas com o segmento que investiram forte no setor que
sofre grandes impactos e é muito influenciado pelos fatores macroeconômicos e o
mercado doméstico, que compromete a margem de segurança, e envolvem grandes
riscos de perda do capital.
Em suas análises, os economistas reduziram fortemente as expectativas para o
desempenho da economia brasileira para o ano de 2022, gerando insegurança por parte
dos investidores, essa falta de segurança gerou desvalorização de ações de grandes
varejistas sem perspectivas de retomada da valorização em curto prazo, instituições
financeiras privadas como Itaú, reduziram suas projeções para o PIB brasileiro de 1,5%
para 0,5% e o passaram a prever o aumento do desemprego, alta na inflação e juros
elevados, com essas previsões nada animadoras, a consequência é o recuos dos
investidores que fugiram, principalmente mediante a incertezas no cenário político sendo
uma ano de eleições polarizadas que impactam ainda mais negativamente nas previsões.
• Representatividade no PIB, conforme dados abaixo;

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Observamos que ano de 2014 marcou o segmento iniciando um cenário crítico
de desaceleração devido a nova contextualização da economia brasileira, resultados da
crise política econômica instalada, segmento e gerou-se então gravíssimas consequências
ao setor, exigindo novas diretrizes dos variados órgãos competentes dos poderes
executivos e legislativos, através de ações que fomentem o reduzam os impactos sentidos
através da restrição e circulação de pessoas, que resultaram no fechamento de comércios
de produtos não essenciais, sentidos até os dias atuais, resultando no alto índice de
desemprego
Outra surpresa negativa foi o início da guerra na Ucrânia, que por sua vez
reforçou a piora das previsões de inflação e, portanto, do cenário de política monetária
no Brasil e no exterior.
Os pilares determinantes para o crescimento e o desenvolvimento do varejo em
todo mundo estão abalados, são eles: renda, emprego, crédito e confiança. Fatores
fundamentais que determinam a propensão ao consumo.
• Desemprego, conforme gráfico abaixo

Dados do IBGE apontam que a taxa média anual de desemprego no Brasil foi de
11,1% em 2021. O recuo de 2,4 ponto percentual representa 2,24 milhões de pessoas a
menos sem emprego na comparação com o ano anterior, quando a taxa chegou a 13,5%.
O fechamento de comércios de produtos não essenciais que é sentido até os dias
atuais causou alto índice de desemprego e queda brusca na renda do consumidor, que
foi obrigado a mudar os hábitos e realizar cortes orçamentários. Com abaixa renda
disponível e o agravante cenário pandêmico exigiu-se adaptações em todos os âmbitos

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econômicos e social. No segmento de comunicação visual devido fechamento dos
comércios muitas lojas cancelaram seus pedidos, quebraram contratos de prestação de
serviços e para sobreviverem a crise passaram a comprar acrílicos para fabricação de
escudos protetores, e muitos acabaram entrando em endividamento, atrasando
pagamento de funcionários e fornecedores.
A junção da crise política e pandêmica desencadeou o desequilíbrio na oferta e
na demanda houve uma queda brusca no consumo acarretando fechamento de comércios
de produtos não essenciais, aumentando a inadimplência, o dinheiro parou de circular
gerando inflação e a desvalorização do real. Com a redução da demanda as empresas
passaram a reduzir a produção, dados oficiais do IBGE aponta os índices de consumo das
famílias em 2020 foi de R$ 4,48 trilhões, com queda de 5,5% sobre o ano anterior. É com
base no consumo das famílias a principal referência do volume que o varejo como um
todo movimenta no país, ele tem um impacto de aproximadamente 61% no PIB brasileiro
de R$ 7,4 trilhões, tendo como base os números do ano de 2020.

DESAFIOS PARA OS NEGÓCIOS

Considerando a sua análise sobre a conjuntura econômica, apresente os


principais desafios para os negócios, relacionando-os à análise do mercado de trabalho e
ao nível da produtividade:
A competitividade tornou-se sinônimo de oportunidade no mercado globalizado,
sendo os fatores externos junto as inovações tecnológicas grandes responsáveis e
influenciadores na transformação digital.
As mudanças no cenário global impactam diretamente todos os tipos de
empresas, e se fez necessário desenvolvimento de ferramentas que proporcionassem a
sobrevivência no mercado, ponto decisório e de extrema importância para transformação
digital das empresas, que vem buscando identificar suas fraquezas, se organizar
internamente com o propósito de valorizar e enaltecer cada vez mais seus pontos fortes
e explorar suas oportunidades e o cenário pandêmico possibilitou que barreiras fossem
quebradas e novos desafios fossem lançados.
Buscar o diferencial competitivo, analisar comportamentos e perfis de
consumidores ajudando-os a solucionar as principais dificuldades identificadas no dia a
dia tem sido uma das maiores prioridades das empresas, e um dos maiores desafios pois

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dependem de profissionais capacitados, um grande envolvimento dos colaboradores
interno e externos.
O cenário atual do varejo (abril de 2022) é repleto de incertezas. O ano de 2021
apresentou uma aceleração do desempenho do varejo em termos absolutos, embora
sobre uma base de comparação menos pessimista.
A expectativa de um crescimento modesto nos rendimentos devido a recuperação
gradual do emprego, o período inflacionário que impacta na massa salarial, que compra
menos devido aumento do custo de vida.
Com o fim dos pagamentos dos benefícios emergenciais impactaram na queda
do consumo, mesmo com a melhora do emprego ou aumento do bolsa família houve
aumento da taxa Selic, e com taxas de juros elevadas desestimula o consumo, as
aquisições de bens, financiamentos impactando diretamente nas vendas do setor e
consequentemente inibindo investimentos e melhorias.
O número de profissionais informais gera uma competitividade desleal, novos
players que vendem abaixo do preço de custo com uma abordagem arriscada de ganhar
lucratividade ao longo do tempo, pratica comum no e-commerce, que tem disputado
espaço com franquias que apostam no tangível, explorando a necessidade de muitos
consumidores de comprar e levar o produto imediatamente para casa.
Desaceleração global e piora recente da crise hídrica é considerada um dos
maiores fatores de riscos, eleições polarizadas deixam todos em estado de alerta, também
não trazem grandes motivos para otimismo no curto prazo.
Com a inflação acima do esperado e a elevação das taxas de juros o efeito sobre
o consumo das famílias é negativo diminuindo a circulação da moeda e reduzindo os
investimentos das empresas, que como a BOLD pega dinheiro emprestado.
Previsão de crises hídricas que impactam nos custos da conta de luz tornando
os alimentos mais caros, empréstimos ficam elevados.

Fontes:

O papel do varejo na economia brasileira, , https://sbvc.com.br/o-papel-do-varejo-


na-economia-brasileira-atualizacao-2022-sbvc/#, publicado em 28/04/2022

Por Eduardo Terra – Diretor-Presidente da SBVC e sócio da BTR Educação e Consultoria

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https://merchants.fiserv.com/pt-br/insights/varejo--o-que-esperar-do-perfil-de-
consumo-e-comportamento-do-cl/, publicado em 03/01/2022

https://www.trabalhosgratuitos.com/Humanas/Economia/Matriz-An%C3%A1lise-de-
Oferta-e-Demanda-e-o-1674514.html, publicado em 26/07/2021

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