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DO VESTUÁRIO
Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais
Delegacia Regional de Muriaé
O PROJETO Escopo e Etapas
OBJETIVO
Identificar, mensurar e qualificar a indústria de
vestuário¹ no Brasil, Minas Gerais e Muriaé e
região², além de gerar informações que
possam subsidiar a tomada de decisão das
empresas e do sindicato de forma a melhor
atender seus associados. Ao mesmo tempo,
pode reunir impressões dos empresários
quanto a temas sensíveis do cotidiano do
setor, bem como, a defesa da importância
da atividade na economia mineira.
1 PANORAMA SETORIAL
Objetiva fornecer ao contratante informações e análises,
a partir de bases de dados secundárias, quanto às
principais características das empresas do setor de
vestuário¹ no Brasil, Minas Gerais e Muriaé e região².
1
2 PESQUISA PRIMÁRIA
Oitiva primária com as empresas do setor em Muriaé,
Eugenópolis e região², a fim de identificar os principais
características, forças e pontos de melhoria a serem
tratados em ações de desenvolvimento de polo.
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O PROJETO Sumário
1 PANORAMA SETORIAL
Pág. 01
INTRODUÇÃO..........................................................................Pág. 01
O MERCADO............................................................................Pág. 02
Tamanho e características............................................Pág. 02
Comércio e consumidor ...............................................Pág. 07
Análise de produtos....................................................... .Pág. 17
Comércio exterior........................................................... .Pág. 23
COMPOSIÇÃO DO SETOR.......................................................Pág. 33
Geral................................................................................ Pág. 33
.
Estrutura de custos..........................................................Pág. 38
Polos.................................................................................Pág. 40
MURIAÉ EUGENÓPOLIS E REGIÃO..........................................Pág. 48
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INDÚSTRIA
DO VESTUÁRIO
CAPÍTULO 1
CONTEÚDO
PANORAMA SETORIAL
SINDIVEST – MG
DELEGACIA REGIONAL DE MURIAÉ
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PANORAMA SETORIAL Página 01
INTRODUÇÃO
Para melhor entender a realidade da indústria de vestuário no Brasil, Minas
Gerais e Muriaé e região é necessário debruçar-se sobre o segmento de forma
mais ampliada. Sendo assim, ao analisar o tamanho do mercado nacional, o seu
alcance no mercado internacional e as principais características dos atores
envolvidos na cadeia de produção, torna-se possível entender não só onde
Muriaé, Eugenópolis e os demais municípios que compõe o polo se enquadram
nesse contexto, mas também as possibilidades que se abrem para esse.
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PANORAMA SETORIAL Página 02
O MERCADO INDÚSTRIA - TAMANHO E CARACTERÍSTICAS
63,92
62,41 62,24
59,49
56,06
54,00 53,26 52,48
50,50 50,75 50,26
49,89
48,00
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Confecção de peças do
vestuário, exc. roupas íntimas 78,9%
*Dados gerais das unidades locais industriais de empresas industriais com 5 ou mais pessoas ocupadas
**Representam cerca de 78% do total da RLV do setor
Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Anual - Empresa
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PANORAMA SETORIAL Página 03
O MERCADO INDÚSTRIA - TAMANHO E CARACTERÍSTICAS
Vale ressaltar que o período de 2014-2019, foi marcado pela crise econômica e
retração da atividade industrial, tornando as taxas negativas para todos os
estados. Sendo assim, Santa Catarina se destaca mais uma vez, dado que
apresentou a menor queda dentre todas as unidades federativas consideradas.
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PANORAMA SETORIAL Página 04
O MERCADO INDÚSTRIA - TAMANHO E CARACTERÍSTICAS
10,9%
7,9% 8,3%
6,9%
5,6%
4,2%
3,1% 3,6%
2,8% 2,6%
1,1% 1,0%
0,1%
-0,1% -0,2%
-1,6% -1,1%
-1,8% -1,9%
-3,1% -2,7%
-3,2% -3,4%
-4,4% -4,1%
-6,9%
-9,8%
São Paulo Santa Minas Ceará Rio de Paraná Rio Grande Goiás Bahia
Catarina Gerais Janeiro do Sul
2007 a 2019 2007 a 2014 2014 a 2019
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PANORAMA SETORIAL Página 05
O MERCADO INDÚSTRIA - TAMANHO E CARACTERÍSTICAS
21,7%
27,6% 25,9% 25,9% 25,5% 25,2%
28,8% 28,4%
32,7%
38,6% 36,4%
41,9% 40,1%
27,5%
24,4% 23,0%
22,5% 26,8% 27,5%
26,4% 27,3%
20,8%
21,1%
19,6%
19,7%
19,6%
19,0% 17,3%
19,2% 16,5%
20,0% 17,6%
18,8% 18,9% 17,0%
17,6% 17,3%
15,3% 17,6%
5,7% 7,4%
6,9% 6,1%
5,6% 6,5%
6,2% 5,7% 7,5%
4,9% 7,3% 6,4% 7,4%
5,6% 6,1%
7,6% 6,3% 5,3% 6,4% 7,0%
5,9% 5,7%
5,7% 7,1%
5,2% 5,6% 10,1% 11,2% 11,4%
9,5% 9,1% 8,4% 10,5%
8,5% 7,8%
4,8% 5,3% 7,4% 6,9%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Paraná Rio de Janeiro Ceará Minas Gerais Outros Santa Catarina São Paulo
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PANORAMA SETORIAL Página 06
O MERCADO INDÚSTRIA - TAMANHO E CARACTERÍSTICAS
130 Set.2008
Abr.2011
120
110
100
Dez.2015
Fev.2020
90
80
70
60
50
40
30
janeiro 2007
novembro 2007
janeiro 2008
novembro 2008
janeiro 2009
novembro 2009
janeiro 2010
novembro 2010
janeiro 2011
novembro 2011
janeiro 2012
novembro 2012
janeiro 2013
novembro 2013
janeiro 2014
novembro 2014
janeiro 2015
novembro 2015
janeiro 2016
novembro 2016
janeiro 2017
novembro 2017
janeiro 2018
novembro 2018
janeiro 2019
novembro 2019
janeiro 2020
novembro 2020
janeiro 2021
março 2015
maio 2017
setembro 2021
março 2007
maio 2007
setembro 2007
março 2008
maio 2008
setembro 2008
março 2009
maio 2009
setembro 2009
março 2010
maio 2010
setembro 2010
março 2011
maio 2011
setembro 2011
março 2012
maio 2012
setembro 2012
março 2013
maio 2013
setembro 2013
março 2014
maio 2014
setembro 2014
maio 2015
setembro 2015
março 2016
maio 2016
setembro 2016
março 2017
setembro 2017
março 2018
maio 2018
setembro 2018
março 2019
maio 2019
setembro 2019
março 2020
maio 2020
setembro 2020
março 2021
maio 2021
julho 2019
julho 2007
julho 2008
julho 2009
julho 2010
julho 2011
julho 2012
julho 2013
julho 2014
julho 2015
julho 2016
julho 2017
julho 2018
julho 2020
julho 2021
Neste gráfico, a análise é mensal e, apesar de conter o ajuste sazonal natural do
setor, demonstra a volatilidade da produção física industrial ao longo de um
determinado ano. A tendência de queda desde meados de 2011 já havia sido
constatada no gráfico da RLV (página 02), porém ao analisar mensalmente,
verificam-se os picos positivos e negativos do período.
O maior vale (pico negativo) da série ocorre entre março e abril de 2020, devido ao
início da crise do COVID-19 em todo o mundo. O fechamento do comércio e as
incertezas geradas pela crise sanitária tiveram impactos diretos sobre a produção
industrial, em especial, de artigos do vestuário. Observa-se uma recuperação em
“V” até janeiro de 2021, seguida de uma queda mais branda, quando ocorreu uma
“segunda onda” de infecções naquele ano. Em setembro de 2021 a produção
industrial do setor havia voltado pra a sua trajetória de longo prazo.
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PANORAMA SETORIAL Página 07
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
118,6
112,8 113,0
110,2 109,9
103,3
97,3 96,8 98,6
86,1
77,6
73,0
63,7
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Atacado Varejista
A análise completa dos setores industriais que produzem bens finais, passa pela
avaliação de toda a cadeia produtiva e, sobretudo, do elo a jusante, nesse caso, o
comércio. O setor de comércio de artigos do vestuário e acessórios movimenta
cerca de R$ 120 bilhões anuais no país, cuja maior parte está relacionada ao
comércio varejista (90%). O comércio atacadista é responsável por pouco menos de
10% desse total. Nota-se um crescimento sustentável e forte entre 2007 e 2014,
quando o setor sai de aproximadamente R$ 68 bilhões para mais de R$ 120 bilhões
anuais. A partir de 2014, período em que o país passa por uma contração da renda
média das famílias, há um queda no setor, porém com tendência de recuperação
de 2017 a 2019. Além disso, é sabido que 2020/2021 são anos em que esses números
apresentaram declínio, devido a externalidades geradas pela crise sanitária.
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PANORAMA SETORIAL Página 08
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
O período de 2007 a 2014 foi aquele no qual todos os setores cresceram, dado que
o país vivenciou um aumento importante na renda média das famílias e no Produto
Interno Bruto (PIB). Entretanto, percebe-se que, apesar de crescer a boas taxas
(2,37% ao ano), a indústria obteve incrementos bem menores do que os comércios
varejista e atacadista, que aumentaram em 9% e 14% ao ano, respectivamente. Já
no período de crise econômica, entre 2014 e 2019, verificou-se que a queda
observada na indústria foi mais acentuada do que no comércio varejista e,
principalmente, no atacadista. Então, é possível concluir que existe um
descolamento, uma correlação não tão forte quanto esperado entre os movimentos
da indústria e do comércio ao longo do tempo.
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PANORAMA SETORIAL Página 09
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
24,8%
22,7%
19,2%
14,8% 14,0%
14,6% 12,9% 13,2% 12,9%
12,5%
10,1%
11,0%
8,4%
7,3% 5,2% 4,8% 6,4%
6,4% 5,1%
3,8%
2,4%
0,0% 1,9%
-0,5% -1,0%
-0,3%
-2,4%
-4,4% -4,7% -3,3%
-5,0%
-6,4% -6,3%
-10,5%
-13,3%
-14,4%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Taxa de Crescimento Composta (2007 a 2019 | 2007 a 2014 | 2014 a 2019) | BRASIL
1- Receita Operacional Líquida (Comércio Varejista e Atacadista)
Artigos de vestuário e acessórios - Preços constantes – Ano base: 2019 – IPCA – R$ Bilhões
14,25%
9,29%
7,74%
4,65%
2,37%
-0,74% -0,04%
-1,52%
-3,31%
Atacado Varejista Indústria
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PANORAMA SETORIAL Página 10
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
UF % do BR
São Paulo 25,6%
Minas Gerais 10,7%
Rio Grande do Sul 6,9%
Bahia 6,9%
Rio de Janeiro 6,6%
Paraná 6,3%
Santa Catarina 4,2%
Pernambuco 4,2%
Goiás 3,7%
Pará 3,2%
Ceará 2,7%
Distrito Federal 2,4%
Maranhão 2,3%
Mato Grosso 1,9%
Mato Grosso do Sul 1,6%
Rio Grande do Norte 1,6%
Espírito Santo 1,6%
Paraíba 1,4%
Sergipe 1,2%
Amazonas 1,2%
Piauí 1,0%
Alagoas 0,9%
Rondônia 0,7%
Amapá 0,4%
Acre 0,4%
Tocantins 0,4%
Roraima 0,1%
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PANORAMA SETORIAL Página 11
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
Em sequência, é possível realizar uma avaliação que vai além de como o montante
total é movimentado por cada unidade federativa (UF), ao analisar a média
estadual do gasto médio mensal com vestuário, por família (página 12). Verifica-se
que, em relação ao gasto médio por família, os estados em que sua média é maior
do que a brasileira são: Distrito Federal, Amapá, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso,
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe, Acre, Goiás, Paraná, Minas
Gerais e Rio Grande do Norte. Em todos os outros estados a média mensal de gastos
familiar está abaixo da média nacional. Tal resultado é importante para lançar luz
sobre o padrão do consumo de cada família, inclusive, do tipo de produto que é
consumido e os respectivos volumes.
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PANORAMA SETORIAL Página 12
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
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PANORAMA SETORIAL Página 13
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
E
Classe
Até R$ 1908,00
9,6%
9,6%
+R$ 1.908 a R$ 2.862
10,8%
D
Classe
39,5 %
+ R$ 2.862 a R$ 5724
28,7%
C
Classe
+ R$ 5724 a R$ 9540 20%
20%
+ R$ 9540 a R$ 14310
11,4%
B
Classe
20,7 %
+ R$14310 a R$ 23850
9,3%
+ R$ 23850
A
Classe
10,1 %
10,1%
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PANORAMA SETORIAL Página 14
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
Quando os gastos dos consumidores são distribuídos por tipo (página 15), percebe-
se que a maior parte se refere às “roupas femininas” (30%). Nos gastos, em média,
isso não tem grande diferença entre as classe, que apresentaram padrões muito
parecidos (as diferenças foram pequenas). Com relação ao mercado de “calçados
e acessórios” (cintos, gravatas, bonés, chapéus, etc.), a participação é de 26% no
gasto total anual. Em sequência, “roupas masculinas”, “roupas de criança” e “joias e
bijuterias” representam 4%, ao passo que “tecidos e armarinhos” equivalem a 1% do
total.
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PANORAMA SETORIAL Página 15
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
E
Classe
R$ 63,46
Até R$ 1908,00
R$ 63,46
+R$ 1.908 a R$ 2.862
R$ 91,6
D
Classe
R$ 127,92
+ R$ 2.862 a R$ 5724
R$ 150,44
C
Classe
+ R$ 5724 a R$ 9540 R$ 233,04
R$ 233,04
+ R$ 9540 a R$ 14310
R$ 296,34
B
Classe
R$ 332,70
+ R$14310 a R$ 23850
R$ 391,55
+ R$ 23850
A
Classe
R$ 655,96
R$ 655,96
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PANORAMA SETORIAL Página 16
O MERCADO COMÉRCIO E CONSUMIDOR FINAL
E
Classe
7,2%
Até 1.908 Reais 7,2% 2,4%
D
Classe
42 %
Mais de 2.862 a 5.724 Reais -2,6% 31,3%
23,2 %
C
Classe
19,2 %
Classe
A
Classe
8,4 %
Mais de 23.850 Reais 8,4% 1,7%
E
Classe
7,2%
Até 1.908 Reais 61,2 2,3
D
Classe
42 %
C
Classe
B
19,2 %
Classe
A
Classe
8,4 %
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PANORAMA SETORIAL Página 17
O MERCADO ANÁLISE DE PRODUTOS
A lista dos 10 produtos com maiores taxas de crescimento da RLV nos últimos anos
(página 20), traz apenas um produto que está no topo da lista anterior: “bermudas,
jardineiras, shorts, exceto de malha, feminino – adulto”, ou seja, apenas um produto
que tem apresentado crescimento ascendente entre 2014-2019 e que já se encontra
no topo da geração de receitas. Por outro lado, a maioria dos produtos desse
ranking – que apresentaram alto crescimento – ainda não estão consolidados em
termos de contribuição para o setor. Para entender essa participação no montante
total da receita líquida de vendas, pode-se decompor as características de um
produto em dois fatores: o seu preço e/ou a quantidade vendida. Em outras
palavras, uma maior RLV pode se dar devido ao maior volume de vendas de um
item ou ao valor agregado que ele possui (aqui representado pelo ticket médio).
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PANORAMA SETORIAL Página 18
O MERCADO ANÁLISE DE PRODUTOS
Por fim, é analisado o ticket médio dos produtos de vestuário (página 22), ou seja,
quanto é gasto, em média, na compra de cada item. As “meias de malha” que se
destacaram com alto volume (e crescimento composto) apresentaram baixo ticket
médio, porém ainda com alta taxa de crescimento. Nesse quesito destacaram-se as
“meias de fibra sintética ou artificial”, que apresentaram o maior crescimento no
preço entre 2014 e 2019, dentre todos os produtos.
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PANORAMA SETORIAL Página 19
O MERCADO ANÁLISE DE PRODUTOS
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PANORAMA SETORIAL Página 20
O MERCADO ANÁLISE DE PRODUTOS
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PANORAMA SETORIAL Página 21
O MERCADO ANÁLISE DE PRODUTOS
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PANORAMA SETORIAL Página 22
O MERCADO ANÁLISE DE PRODUTOS
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PANORAMA SETORIAL Página 23
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
Em 2020 foram US$ 116,62 milhões (valor FOB) provenientes das exportações do setor
de vestuário no Brasil. Porém, tendo sido um ano atípico, devido à pandemia de
COVID 19, faz-se necessário olhar para a série de tempo desta variável. Verifica-se,
então, que as exportações do setor vêm sofrendo quedas consecutivas desde 2007
(tanto quando são considerados os preços nominais quando são equiparados para
os valores de 2020). Vale destacar que as maiores variações negativas da série se
deram no contexto de crises mundiais (2008 e 2019). As possíveis explicações para a
retração das exportações brasileiras do setor se devem ao avanço dos concorrentes
asiáticos, em especial, a China. Análises relativas às importações serão empregadas
posteriormente.
Vale salientar ainda, a distância abissal que existe entre o tamanho do mercado
interno e o seu percentual que é enviado para o mercado externo. Como visto
anteriormente, foram produzidos R$ 50,26 bilhões em 2019 (em termos de RLV) do
setor de vestuário, ao passo que foram exportados apenas R$ 606 milhões* em 2020.
Mesmo que haja um hiato no tempo e na cotação da moeda, verifica-se que os
valores são muito discrepantes. Em outras palavras, o Brasil exporta uma parcela
ínfima (menos de 2%**) do que é produzido internamente no setor de vestuário e
acessórios.
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PANORAMA SETORIAL Página 24
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
307,0 283,0
249,5
185,1 190,2
215,5 169,0 163,4 159,9 156,0 158,4
147,6 145,9
136,6
167,3 116,6
152,6 129,3 148,4
133,0 135,3 140,6
127,0 132,0
113,8 115,1 118,9 116,6
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
2019 2020
UF - 10 principais
% do BR % do BR
*Capítulo (SH2): 61, 62 e 65 | Posição (SH4) : 4203 e 4304 | Subposição (SH6) 392620 e 430310
Fonte: Ministério da Economia – Comexstat
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PANORAMA SETORIAL Página 25
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
15,1%
10,2%
7,4%
4,5% 5,0% 6,0% 6,2% 5,7%
2,2%
-0,3%
-3,7% -3,0%
-4,0%
-4,8%
-5,9% -6,0%
-7,4% -8,0%
-9,5%
-28,0%
Brasil Santa São Paulo Rio Paraná Rio de Minas Ceará Bahia
Catarina Grande do Janeiro Gerais
Sul
Crescimento 07 a 2019 07 a 14 14 a 19
Neste gráfico, a taxa de crescimento composta das exportações é analisada para
diferentes recortes no tempo (de 2007 a 2019 e para os períodos internos de 2007-
2014 e 2014-2019). Verifica-se que Minas Gerais, a despeito de ter apresentado uma
taxa de crescimento negativa para todo o período, obteve uma taxa positiva de
10,2% entre 2014-2019. O único estado que apresentou um crescimento positivo
durante os 13 anos considerados, foi o Paraná. Ao passo que o Rio Grande do Sul
apresentou a menor taxa negativa para esse período e a maior taxa positiva para os
anos de 2014-2019, o que contribuiu para que o estado diminuísse a diferença da
sua participação para os dois primeiros colocados (SC e SP).
*Capítulo (SH2): 61, 62 e 65 | Posição (SH4) : 4203 e 4304 | Subposição (SH6) 392620 e 430310
Fonte: Ministério da Economia – Comexstat
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PANORAMA SETORIAL Página 26
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
A proximidade com esses países e a inserção no Mercosul são vantagens que o Brasil
possui dentro do mercado Latino-americano. Posteriormente será demonstrada a
dificuldade em competir com a concorrência asiática. Entretanto, regionalmente o
país ainda consegue garantir uma participação significativa no mercado.
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PANORAMA SETORIAL Página 27
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
Exportações* – Vestuário e acessórios - % do Brasil
Por País (35 principais parceiros)- 2019
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PANORAMA SETORIAL Página 28
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
Exportações* – Vestuário e acessórios - % do total exportado
Por produto - Subposição (SH6) (16 principais) - 2019 e 2020
*Capítulo (SH2): 61, 62 e 65 | Posição (SH4) : 4203 e 4304 | Subposição (SH6) 392620 e 430310
Fonte: Ministério da Economia – Comexstat
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PANORAMA SETORIAL Página 29
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
2,91
2,70 2,67
2,50
2,12
2,02 2,40 1,95
2,10 2,30 1,79
1,92 1,71
1,44 1,70 1,89 1,82 1,71
1,27 1,58
0,90 1,42
0,86 1,14
0,59 0,83
0,70
0,58
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Importações - Brasil - Preços Constantes, Ano Base 2020, Índices de Preços SECEX - US$ Milhões - Valor FOB -
*Capítulo (SH2): 61, 62 e 65 | Posição (SH4) : 4203 e 4304 | Subposição (SH6) 392620 e 430310
Fonte: Ministério da Economia – Comexstat
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PANORAMA SETORIAL Página 30
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
-0,27
-0,31 -0,48
-0,66
-0,61
-0,73
-0,98
-1,28
-1,09
-1,45 -1,56 -1,67
-1,31 -1,76 -1,59
-1,80 -1,59
-1,64
-1,99
-1,83 -1,80
-2,18
-1,97
-2,27
-2,33
-2,54 -2,54
-2,76
*Capítulo (SH2): 61, 62 e 65 | Posição (SH4) : 4203 e 4304 | Subposição (SH6) 392620 e 430310
Fonte: Ministério da Economia – Comexstat
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PANORAMA SETORIAL Página 31
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
Importações* – Vestuário e acessórios - % do Brasil
Por País (35 principais parceiros)- 2019
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PANORAMA SETORIAL Página 32
O MERCADO COMÉRCIO EXTERIOR
COEFICIENTE DE PENETRAÇÃO DAS IMPORTAÇÕES – 2007 a 2019
Preços Constantes** e Correntes – Em % – Vestuário e Acessórios*
17,8%
14,3%
13,6%
13,3%
13,3%
10,4%
9,8% 9,6%
9,8%
7,8% 9,1% 9,3%
8,3% 8,3%
6,5% 7,7%
5,8% 5,8% 6,8% 6,5%
4,7% 6,2%
5,7%
4,9%
4,6%
4,0% 4,0%
3,5%
3,0%
2,6%
2,2%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
CMP - Preços correntes CMP - Preços Constantes CMP - Preços Constantes - CNI
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PANORAMA SETORIAL Página 33
COMPOSIÇÃO DO SETOR GERAL
O próximo capítulo deste relatório diz respeito à composição setorial. Além disso, o
setor é divido nos subsetores (classes), para os quais são avaliados os seus
respectivos polos ao longo do território nacional. Os dados apresentados são
relativos tanto ao mercado formal de trabalho (empresas que possuem, pelo menos,
1 empregado), quanto aos Micro Empreendedores Individuais (MEI) que não
possuem nenhum empregado.
Verifica-se que, em 2020, o Brasil possuía 364.228 empresas (página 35) do setor de
vestuário, das quais aproximadamente apenas 11,5% (42.016 empresas)
empregavam pelo menos 1 indivíduo. Sendo assim, tais estabelecimentos geraram
477.239 empregos formais naquele ano e uma massa salarial mensal* equivalente a
R$ 741 milhões.
Quanto à divisão por segmentos do vestuário (CNAES classe dentro da divisão 14),
verifica-se também uma grande concentração do setor, nesse caso nos
estabelecimentos de "confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas”
(87,5%). O resultado corrobora aquele encontrado anteriormente para a receita
líquida de vendas, no qual 78,9% da receita do setor era advinda dessa classe
produtiva. A “confecção de roupas íntimas” aparece imediatamente depois,
apoderando-se de 5,6% do total das empresas do setor. Situação idêntica é
percebida na distribuição dos empregos, onde a "confecção de peças do vestuário,
exceto roupas íntimas” e a “confecção de roupas íntimas” lideram os números totais,
74,6% e 13,7%, respectivamente. Em termos de evolução do número de empregos
do setor de vestuário ao longo dos últimos anos percebe-se um forte processo de
retração com sete anos consecutivos de redução do saldo total de empregos,
sobretudo em decorrência da redução do faturamento da indústria entre 2012 e
2016 e estagnação do crescimento a partir desse ponto.
*Soma de todos os salários de uma dada localidade (no caso relativos ao
setor formal de vestuário).
**Salienta-se que os MEIs podem ter até 1 funcionário contratado.
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PANORAMA SETORIAL Página 34
COMPOSIÇÃO DO SETOR GERAL
364.228Empresas (2020)*
42.016 Empresas que geraram pelo
menos 1 emprego em 2020** 477.239 Équeo total de empregos formais
elas geraram em 2020
88,5% 11,5%
PORTE (FATURAMENTO)
MEI
Até R$ 81 mil 262.540 (72,08%)
Microempresa
Até R$ 360 mil 84.278(23,1%)
Pequeno Porte
R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões 11.745(3,2%)
Médio Porte e Grande Porte
Acima de R$ 4,8 milhões
5.593(1,5%)
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PANORAMA SETORIAL Página 35
COMPOSIÇÃO DO SETOR GERAL
706,1
704,0 695,2 696,1
683,8
637,2 652,5
700,0
8,2%
610,1 614,6 5,0%
500,0
2,4% 477,2
0,0%
-0,3% 0,1%
400,0
-1,3%
-1,8% -1,8% -1,9%
-5,0%
-4,8%
300,0
-5,7%
200,0
-10,0%
100,0
-10,1% -10,2%
0,0 -15,0%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
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PANORAMA SETORIAL Página 36
COMPOSIÇÃO DO SETOR GERAL
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Rio de Janeiro Santa Catarina São Paulo Ceará Minas Gerais Paraná
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PANORAMA SETORIAL Página 37
COMPOSIÇÃO DO SETOR GERAL
Observa-se que entre os estados estudados, Minas Gerais é o que apresenta
segunda menor produtividade do trabalho relativa e historicamente encontra-se
abaixo dos principais concorrentes. Por mais que não seja possível determinar
precisamente as causas desse gap de produtividade, faz-se necessário lançar um
olhar atento aos processos de produção e gestão das empresas do setor em Minas
Gerais. Questões como nível de capacitação da mão de obra empregada,
remuneração, maquinário utilizado, processos (de produção e gestão) podem estar
no centro do problema. Fato é que ações que visem a melhora destas questões, se
bem sucedidas, impactarão positivamente no indicador. A próxima etapa do
trabalho, a pesquisa primária com empresas do polo de Muriaé e região, lançarão
luz sobre alguns desses aspectos e permitirá traçar caminhos para superação dos
problemas identificados.
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PANORAMA SETORIAL Página 38
COMPOSIÇÃO DO SETOR ESTRUTURA DE CUSTOS
Compras de matérias-primas,
R$ 14,09 Bi
materiais auxiliares e componentes 36,9%
R$ 10,45 Bi
Gastos De Pessoal 27,4%
Outros custos e despesas R$ 8,78 Bi
23%
Despesas financeiras 17,3%
Despesas com vendas, inclusive comissões 15,5%
Demais custos e despesas operacionais 15,1%
Serviços prestados por terceiros 11,4%
Aluguéis e arrendamentos 7,7%
Fretes e carretos 7,3%
Depreciação, amortização e exaustão 6,5%
Despesas com propaganda 5,7%
Despesas não-operacionais 3,8%
Impostos e taxas 2,9%
Variações monetárias passivas 2,0%
Viagens e representações 1,7%
Royalties e assistência técnica - valor 0,9%
Resultados negativos de participações societárias 0,9%
Água e esgoto 0,6%
Prêmios de seguros 0,5%
Despesas com arrendamento mercantil 0,1%
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PANORAMA SETORIAL Página 39
COMPOSIÇÃO DO SETOR ESTRUTURA DE CUSTOS
A seguir serão avaliados os principais componentes de custos e despesas das
indústrias do vestuário nacional. Em termos de estrutura de custos e despesas, na
média, aproximadamente 36,9% do total referem-se ao valor gasto com matérias-
primas e componentes. Em seguida aparecem os gastos com pessoal (27,4%),
seguido de outros custos e despesas (23%), com destaque para as despesas
financeiras, despesas com vendas e serviços prestados por terceiros. Fica claro que
as grandes ameaças e também oportunidades em termos de gestão dos custos e
despesas encontram-se nos valores dispendidos com as matérias-primas,
componentes e pessoal, sendo esses pontos sensíveis e determinantes no
processo de desenvolvimento do setor.
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PANORAMA SETORIAL Página 40
COMPOSIÇÃO DO SETOR POLOS
A partir da página 42, serão apresentados os polos dos subsetores do vestuário ao
longo do território brasileiro. Como parâmetro para chamar uma localidade de polo,
utilizou-se a média aritmética entre a participação (%) das empresas do segmento
do local, no total de empresas do segmento no Brasil, e a participação (%) dos
empregos no segmento do local, no total do Brasil. Ambas variáveis relativas ao
mercado formal de trabalho. Além disso, foram considerados apenas os municípios
cuja média tenha sido maior do que 1%.
O primeiro subsetor a ser analisado é o de “roupas íntimas” (página 42), que possui
4.516 empresas e gera 65.554 empregos formais no país (em 2020). Observa-se que
não é um setor muito concentrado, pois possui polos em todas as macrorregiões,
com exceção para o Norte. O maior polo é o de Nova Friburgo (média de 11,49%),
seguido por Fortaleza (7,54%) e São Paulo (5,19%). O estado de Minas Gerais
apresenta três polos: Mar de Espanha (2,58%), Juruaia (2,25%) e Juiz de Fora (1,44%),
sendo que Juruaia possui um Arranjo Produtivo Local (APL) de Vestuário Lingeries
formalmente reconhecido.
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PANORAMA SETORIAL Página 41
COMPOSIÇÃO DO SETOR POLOS
Minas Gerais não apresenta nenhum polo a nível nacional*, apesar de possuir
localidades de extrema importância regional para a indústria da moda.
Os dois próximos subsetores são muito mais concentrados do que os anteriores, tanto
no que tange à distribuição territorial, quanto ao tamanho dos polos encontrados. O
segmento de “meias” (página 46) se concentra praticamente em sua totalidade no
estado de São Paulo, ao passo que o segmento de “malharias e tricotagens”
(página 47) tem grande relevância no sul de Minas Gerais. Inclusive, o polo de
Jacutinga/Monte Sião já é formalmente reconhecido como um APL pelo governo
do estado de Minas Gerais.
*Vale ressaltar que Minas Gerais possui outros 6 APLs de vestuário que, apesar de possuírem relevância
regional, não foram apontados no presente relatório como polos nacionais: APL de vestuário da RMBH;
de Divinópolis; de Espinosa; de Muriaé; de Paraguaçu e de São João Nepomuceno.
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PANORAMA SETORIAL Página 42
COMPOSIÇÃO DO SETOR CONFECÇÃO DE ROUPAS ÍNTIMAS
Participação % Participação %
Município do total de do total de Média
empregados empresas
NOVA FRIBURGO 9.73% 13.24% 11.49%
FORTALEZA 9.00% 6.07% 7.54%
SAO PAULO 6.16% 4.23% 5.19%
RIO DE JANEIRO 8.31% 0.97% 4.64%
MAR DE ESPANHA 2.40% 2.77% 2.58%
SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE 1.97% 2.64% 2.30%
JURUAIA 1.72% 2.77% 2.25%
FRECHEIRINHA 3.20% 0.69% 1.94%
MARACANAU 3.21% 0.38% 1.79%
GOIANIA 1.01% 2.26% 1.63%
GUAPORE 1.39% 1.73% 1.56%
JUIZ DE FORA 1.90% 0.97% 1.44%
MARANGUAPE 1.76% 0.51% 1.13%
ILHOTA 0.73% 1.40% 1.06%
Fonte: RAIS 2020
*CNAE classe 14.11-8: Confecção de roupas íntimas
**Empresas que geraram pelo menos 1 emprego formal em 2020
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PANORAMA SETORIAL Página 43
COMPOSIÇÃO DO SETOR CONFECÇÃO DE PEÇAS DO VESTUÁRIO
Participação % Participação %
Município do total de do total de Média
empregados empresas
SAO PAULO 11.17% 14.53% 12.85%
FORTALEZA 4.26% 3.79% 4.03%
GOIANIA 1.50% 3.49% 2.49%
BLUMENAU 2.19% 1.70% 1.95%
RIO DE JANEIRO 2.05% 1.71% 1.88%
JARAGUA DO SUL 2.22% 0.67% 1.44%
BRUSQUE 1.31% 1.48% 1.39%
GASPAR 1.38% 1.31% 1.35%
CARUARU 1.16% 1.52% 1.34%
NATAL 2.23% 0.29% 1.26%
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PANORAMA SETORIAL Página 44
COMPOSIÇÃO DO SETOR CONFECÇÃO DE ROUPAS PROFISSIONAIS
Participação % Participação %
Município do total de do total de Média
empregados empresas
SAO PAULO 5.78% 8.02% 6.90%
RIO DE JANEIRO 2.84% 3.37% 3.11%
BELO HORIZONTE 2.69% 2.14% 2.42%
CURITIBA 1.44% 2.18% 1.81%
SALVADOR 1.50% 1.67% 1.58%
BRASILIA 0.91% 2.06% 1.48%
IPATINGA 2.31% 0.64% 1.47%
FORTALEZA 1.43% 1.51% 1.47%
MANAUS 2.20% 0.71% 1.46%
GOIANIA 0.96% 1.95% 1.45%
CONTAGEM 1.75% 0.95% 1.35%
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PANORAMA SETORIAL Página 45
COMPOSIÇÃO DO SETOR FABRICAÇÃO DE ACESSÓRIOS
Participação % Participação %
Município do total de do total de Média
empregados empresas
APUCARANA 20.56% 16.79% 18.68%
SAO PAULO 6.06% 5.88% 5.97%
CAICO 4.85% 4.28% 4.56%
SERRA NEGRA DO NORTE 3.42% 2.57% 2.99%
BLUMENAU 4.60% 0.96% 2.78%
FORTALEZA 1.45% 3.32% 2.38%
GOIANIA 1.42% 3.32% 2.37%
RIO DE JANEIRO 1.93% 1.39% 1.66%
BAURU 2.70% 0.43% 1.56%
NOVA FRIBURGO 1.32% 1.60% 1.46%
Fonte: RAIS 2020
*CNAE classe 14.14-2: Fabricação de acessórios do vestuário, exceto para
segurança e proteção
**Empresas que geraram pelo menos 1 emprego formal em 2020
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PANORAMA SETORIAL Página 46
COMPOSIÇÃO DO SETOR FABRICAÇÃO DE MEIAS
Participação % Participação %
Município do total de do total de Média
empregados empresas
ARARAQUARA 42.69% 2.99% 22.84%
JUIZ DE FORA 3.70% 31.34% 17.52%
SAO PAULO 4.22% 17.16% 10.69%
CERQUILHO 13.52% 2.99% 8.25%
ITABUNA 14.82% 0.75% 7.78%
BLUMENAU 5.64% 4.48% 5.06%
COTIA 3.08% 2.24% 2.66%
BIRIGUI 2.65% 2.24% 2.44%
BRUSQUE 0.56% 3.73% 2.15%
ITAJUIPE 3.22% 0.75% 1.98%
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PANORAMA SETORIAL Página 47
COMPOSIÇÃO DO SETOR FABRICAÇÃO DE MALHARIA E TRICOTAGEM
Participação % Participação %
Município do total de do total de Média
empregados empresas
MONTE SIAO 12.09% 29.50% 20.80%
JACUTINGA 11.70% 13.82% 12.76%
FARROUPILHA 8.00% 4.11% 6.06%
BLUMENAU 8.93% 0.47% 4.70%
SAO LUIS DE MONTES BELOS 4.09% 0.08% 2.08%
NOVA PETROPOLIS 1.26% 2.87% 2.07%
ANAPOLIS 3.78% 0.16% 1.97%
GOIANESIA 3.69% 0.08% 1.88%
CAXIAS DO SUL 1.42% 1.71% 1.57%
SOCORRO 2.47% 0.62% 1.54%
AGUAS DE LINDOIA 0.85% 1.55% 1.20%
OURO FINO 0.97% 1.40% 1.18%
APARECIDA DE GOIANIA 1.74% 0.31% 1.03%
Fonte: RAIS 2020 INCONFIDENTES 0.88% 1.16% 1.02%
*CNAE classe 14.22-3: Fabricação de artigos do vestuário, produzidos em
malharias e tricotagens, exceto meias.
**Empresas que geraram pelo menos 1 emprego formal em 2020
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PANORAMA SETORIAL Página 48
MURIAÉ, EUGENÓPOLIS E REGIÃO O POLO
Observa-se que, em 2020, o polo de vestuário de Muriaé e região possuía 2386
empresas, das quais 15,09% (360 empresas) empregavam pelo menos 1 indivíduo.
Sendo assim, tais estabelecimentos geraram 3.891 empregos formais naquele ano e
uma massa salaria mensal equivalente a R$ 4,19 milhões. Boa parte das empresas
são MEIs e Microempresas (95,4%), 63,5% e 31,9%, respectivamente. Pequenas
empresas são 3,6% do total, enquanto médias e grandes representam 1,1%.
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PANORAMA SETORIAL Página 49
MURIAÉ, EUGENÓPOLIS E REGIÃO O POLO
15,09% 84,91%
PORTE (FATURAMENTO)*
MEI
Até R$ 81 mil 1.515 (63,5%)
Microempresa
Até R$ 360 mil 760(31,9%)
Pequeno Porte
R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões 85(3,6%)
Médio Porte e Grande Porte 26(1,1%) = 150
Acima de R$ 4,8 milhões
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PANORAMA SETORIAL Página 50
MURIAÉ, EUGENÓPOLIS E REGIÃO O POLO
Carangola 48 2 4% -11,6%
Miraí 29 2 7% -5,2%
Capetinga 3 0 0% -100,0%
Fervedouro 2 0 0% N/D
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PANORAMA SETORIAL Página 51
MURIAÉ, EUGENÓPOLIS E REGIÃO O POLO
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PANORAMA SETORIAL Página 52
MURIAÉ, EUGENÓPOLIS E REGIÃO O POLO
700 9000
8430
8271
8000
7787
7606
600
7415
7228 7231 7131 7000
500
6166 6000
5672 5609
400
4976 5000
4703
415
390
200
360
2000
100
1000
0 0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
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PANORAMA SETORIAL Página 53
MURIAÉ, EUGENÓPOLIS E REGIÃO O POLO
REPRESENTATIVIDADE DO POLO
REPRESENTATIVIDADE DO POLO DE VESTUÁRIO DE MURIAÉ E REGIÃO NO TOTAL DE
EMPRESAS E EMPREGOS DOS MUNICÍPIOS QUE O COMPÕE – EM % - 2020
2,7%
TOTAL DE EMPREGOS**
4,1%
TOTAL DE EMPRESAS EMPREGADORAS – INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO**
24,1%
TOTAL DE EMPREGOS – INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO**
16%
REPRESENTATIVIDADE DO POLO DE VESTUÁRIO DE MURIAÉ E REGIÃO NO TOTAL DE
EMPRESAS E EMPREGOS DA INDÚSTRIA DE VESTUÁRIO DO BRASIL E MG – EM % - 2020
7,49%
6,68%
5,40%
3,71%
3,30%
2,72%
2,00%
*Fonte: Receita Federal – Total de CNPJs ativos em Nov. 2020 | **Fonte: RAIS 2020
CNAE 14: Confecção de artigos do vestuário e acessórios.
Antônio Prado de Minas, Barão de Monte Alto, Capetinga, Carangola, Cataguases, Dona Euzébia, Ervália, Eugenópolis, Fervedouro,
Laranjal, Leopoldina, Miradouro, Miraí, Muriaé, Palma, Patrocínio do Muriaé, Pedra Dourada, Recreio, Rosário da Limeira, São Francisco
do Glória, São Sebastião da Vargem Alegre, Ubá e Vieiras.
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PANORAMA SETORIAL Página 54
MURIAÉ, EUGENÓPOLIS E REGIÃO O POLO
Mesmo com a forte retração sofrida pelo setor de vestuário na região ao longo da
última década, que é importante ressaltar que seguiu a trajetória da maior parte do
setor no Brasil, esse ainda continua sendo muito representativo e importante para a
estrutura produtiva dos municípios que compõe o polo. É responsável por 2,7% e 4,1%
de todas empresas empregadoras e empregos, respectivamente, existentes na
região e se observado apenas a indústria da transformação a relevância é de 24,1%
do total de empresas empregadoras e 16% dos empregos.
Por fim, os dados apresentados apontam não somente para a importância do polo
de vestuário de Muriaé para o contexto produtivo da região e do setor em Minas
Gerais, mas também para a existência de um nível de especialização produtiva no
setor a ser desenvolvido no território.
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