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ARÁBIA SAUDITA
Dados Gerais
• Continente: Oriente Médio • Rei: Salman bin Abdulaziz Al Saud (desde 2015)
• População: 32,2 milhões (47º)¹ • Príncipe: Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud
• Produto Interno Bruto: US$ 1,1 tri (17º)¹ (desde 2022)
• Comércio bilateral com BR: US$ 8,2 bi • Conselho de Cooperação do Golfo – CCG
(17º)2 • Principal parceiro comercial: China (US$ 49,5 bi; 18,2%)³
Oportunidades Desafios
• Economia e Sociedade: o país registra • Renda: apesar do alto nível de renda
o maior PIB do Oriente Médio. A per capita no país, persistem níveis
possível entrada no BRICS, os desafiadores de desigualdade de renda.
investimentos do governo previstos no • Investimentos no país: a forte
Plano Visão 2030 e as reformas sociais concorrência internacional e a falta de
que vêm sendo estimuladas pelo mão de obra especializada podem ser
príncipe-herdeiro deverão criar novas fatores limitantes na atração de
oportunidades que impactarão na investimentos para expansão da
expansão da economia1. indústria no território saudita, tema
• Produtos: o Mapa de Oportunidades central em seu projeto de diversificação
da ApexBrasil identifica 333 econômica.
oportunidades para produtos • Exportações: produtos como carne,
brasileiros no país nos setores de açúcar, milho e soja predominaram na
máquinas e equipamentos, alimentos, pauta exportadora brasileira nos
manufaturas e químicos. últimos 20 anos. Em 13 desses 20 anos,
• Consumo: a busca pela diversificação o Brasil registrou déficit comercial em
econômica, a inflação moderada e as função de compras de petróleo.
taxas de juros em queda impulsionam • Diversificação: a análise da pauta
o consumo, criando oportunidades exportadora brasileira indica a
para as exportações brasileiras. necessidade de diversificação para
produtos com maior valor agregado.
• ApexBrasil: a Agência tem dez projetos
• Acesso a mercado: para as exportações
setoriais com foco no país, nos setores
de alimentos, bebidas e produtos
de alimentos e bebidas, casa e
utilizados na cadeia alimentícia (como
construção, máquinas e
embalagens), a certificação Halal pode
equipamentos, moda e saúde.
ser um fator condicionante à entrada no
• Investimentos: os investimentos
mercado saudita. Requisitos Halal têm
bilaterais Brasil-Arábia Saudita ainda
aplicação harmonizada no CCG e a
são pouco explorados em relação aos
Arábia Saudita tem como ponto focal a
níveis alcançados na relação comercial
Saudi Food & Drug Authority (SFDA).
entre os dois países.
C
AOREIA SUL
SAUDITA
RÁBIA DO
Macroeconomia4 (2022)
PIB Nominal PIB per capita Consumo Form. Capital Fixo População
US$ 1,1 tri US$ 34,4 mil US$ 620,8 bi US$ 277,2 bi 32,2 mi
(56% do PIB) (25% do PIB)
Crescimento* Crescimento* Crescimento* Cresc. FBKF* Part. Pop. Urbana
2,2% 0,6% 2,5% 6,4% 84,7%
(*) Crescimento anual médio real 2018-2022
Balança Comercial5
Valores em US$ bilhões
5,3 6,0
5,0
3,2 4,0
2,8 2,9
3,0
0,9 2,0
0,7 1,0
0,0
-0,2 -0,4 -1,0
-2,0
-2,4 -3,0
-4,0
Evolução da participação do Brasil nas importações do Evolução da participação do parceiro nas importações
parceiro:6** 2013 2022 do Brasil:5 2003 2013 2022
2003
1,8% 2,0% 1,9% 1,8% 1,3% 1,9%
A
COREIA SAUDITA
RÁBIA DO SUL
10 principais grupos de produtos exportados pelo Brasil7 (2022)
Valor Exp. Participação Cresc. Médio
Grupo de Produtos
(US$ Milhões) (%) (18-22,%)
Carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou
847,2 29,1 1,2
congeladas
Açúcares e melaços 418,1 14,3 -0,4
Milho não moído, exceto milho doce 346,4 11,9 40,8
Soja 295,5 10,1 26,0
Trigo e centeio, não moídos 195,9 6,7 -
Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais
191,7 6,6 42,4
não moídos), farinhas de carnes e outros animais
Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada 184,2 6,3 4,5
Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto
59,5 2,0 278,8
óleos brutos)
Madeira, parcialmente trabalhada e dormentes de madeira 58,0 2,0 1,3
Minério de ferro e seus concentrados 45,8 1,6 -15,3
Outros 272,1 9,3 -3,8
Total 2.914,7 100,0 8,5
Análise
• Na pauta exportadora, predominaram bens do setor de alimentos como carne, açúcar, milho, soja e trigo. Os três
primeiros produtos respondem por mais da metade das exportações brasileiras.
• Uma análise das exportações do Brasil destinadas à Arábia Saudita nos últimos 20 anos mostra que os Alimentos
sempre foram os mais representativos da pauta e, dentre esses, as Carne de aves mantiveram-se como líder das
vendas em todo o período.
• O crescimento da corrente de comércio em 2022 deveu-se ao aumento das importações, muito mais do que ao das
exportações, que mantiveram-se praticamente estáveis entre 2013-2022.
• Em 2022, China e EUA foram os maiores fornecedores do mercado da Arábia Saudita. A China não concorreu
diretamente em nenhum dos principais setores exportados pelo Brasil. Os EUA competiram de forma significativa
com os exportadores brasileiros em Milho não moído, mas com participação maior do produto brasileiro.
• Um desafio a ser vencido é inserir produtos de maior valor agregado na pauta exportadora brasileira para a Arábia
Saudita. Setores como os de casa e construção, moda e saúde podem ser estratégicos na diversificação das vendas
para o mercado saudita.
Página 3 | 9 Fontes: 7. ComexStat/MDIC; 8. Trade Data Monitor;
PERFIL JULHO 2023
A
COREIA SAUDITA
RÁBIA DO SUL
10 principais grupos de produtos importados pelo Brasil9 (2022)
Valor Imp. Participação Cresc. Médio
Grupo de Produtos
(US$ Milhões) (%) (18-22,%)
Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus 3.202,9 60,4 18,2
Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) 866,5 16,3 28,2
Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos
759,1 14,3 331,5
(exceto óleos brutos)
Outras matérias plásticas em formas primárias 145,6 2,7 2,5
Alumínio 103,4 1,9 22,0
Polímeros de etileno, em formas primárias 71,0 1,3 3,6
Enxofre 39,2 0,7 66,0
Outros hidrocarbonetos e seus derivados halogenados,
23,4 0,4 -
sulfonados, nitrados ou nitrosados
Álcoois, fenóis, fenóis-álcoois, e seus derivados halogenados,
22,4 0,4 -21,8
sulfonados, nitrados ou nitrosados
Polímeros de estireno, em formas primárias 16,4 0,3 43,1
Outros 56,2 1,1 6,0
Total 5.306,3 100 23,0
Análise
• Mais de 90% das importações brasileiras originadas na Arábia Saudita em 2022 são de Petróleo bruto, Adubos ou
fertilizantes e Óleo combustível. Observa-se que, em 2013, as importações de Óleos combustíveis correspondiam a
4% da pauta, enquanto em 2022 esse percentual passou para 14% da pauta. Por sua vez, Adubos ou fertilizantes, em
2013, representavam 0,4% da pauta, e em 2022 já representam 16% do total importado. Nesse último caso, o
crescimento está relacionado com os desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia no mercado de
fertilizantes.
• Em 2022, China e EUA foram os maiores fornecedores do Brasil. Nesse ano, a Arábia Saudita competiu com os EUA,
diretamente, em dois dos três principais grupos importados pelo Brasil: Óleos brutos de petróleo e Óleos
combustíveis de petróleo.
• Embora as importações de Adubos ou fertilizantes com origem na Arábia Saudita tenham crescido, em média anual,
754%, entre 2013-22, a sua participação na pauta importadora brasileira é de 3,5%, bem abaixo dos principais
fornecedores Rússia e Canadá. A Arábia Saudita pode ser uma boa fonte de diversificação desses produtos para o
agronegócio brasileiro.
Página 4 | 9 Fontes: 9. ComexStat/MDIC;
PERFIL JULHO 2023
A
COREIA SAUDITA
RÁBIA DO SUL
Principais fornecedores10
Market share % das importações da Arábia TOP 3 países fornecedores TOP 3 acordos comerciais
Saudita (2022) com acordo comercial fornecedores da Arábia
(% market share) Saudita* (% market share**)
9,4% 20 países com acordo
3,6% Suíça 4,9% PAFTA*
27,1% China (Totalmente Desgravado)
Análise
• A Arábia Saudita é membro do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), bloco também composto por Bahrein,
Catar, Iêmen, Kuwait e Omã. O CCG estabelece um regime de tarifa externa comum que aplica alíquotas de 0% a
5% para a maioria de suas importações. Há exceções, como bebidas alcoólicas e produtos à base de tabaco, aos
quais a média tarifária aplicada supera 100%. Alguns bens podem ter sua importação banida, como carne suína.
• Ainda, o país aplica tarifas de 6,5% a 40% sobre bens importados que competem com suas indústrias domésticas,
segundo o USTR (EUA). Por exemplo, o Global Trade Alert reportou que o governo saudita elevou as tarifas de 99
códigos SH6 visando à proteção doméstica em julho de 2022, incluindo pás carregadoras (SH6 842951) e ácidos
fosfóricos (SH6 280920), produtos exportados pelo Brasil ao país no mesmo ano.
• Por outro lado, menos de 10% das importações sauditas em 2022 se originaram de países aos quais a Arábia
Saudita oferece algum tipo de acesso preferencial via acordo de livre comércio. Desse modo, em termos de
tarifas, as exportações brasileiras enfrentam pouca perda de competitividade no mercado saudita.
Fontes: 10. TradeMap/ITC 11. Macmap /TradeMap 12. WITS / OMC / MDIC; Nota: Tarifas aplicadas / DECOM-MDIC. *PAFTA se refere
Página 5 | 9 ao acordo da área de livre comércio pan-árabe (PAFTA) do Conselho da União Econômica Árabe (CAEU, em inglês).
PERFIL JULHO 2023
A
COREIA SAUDITA
RÁBIA DO SUL
Instrumentos de governança de comércio internacional13
Sustentabilidade
Organização Internacional do
Trabalho
Não faz parte da Convenção da Ratificações das convenções:
Não faz parte do Acordo da OMC
ONU sobre Contratos para a Venda • Fundamentais: 6 das 10
de Compras Governamentais (GPA)
Internacional de Bens (CISG) • Governança: 1 das 4
• Técnicas: 11 das 177
Questões regulatórias¹4
- Ponto focal (SPS): Saudi Food & Drug Authority (SFDA) - Food Sector – spsep.food@sfda.gov.sa
- Ponto focal (TBT): Saudi Arabia Standards Organization (SASO) – enquirypoint@saso.gov.sa
Análise
• A preocupação comercial específica (PCE) #486, levantada pelo Brasil contra a Arábia Saudita no comitê SPS da
OMC, trata de proibições impostas pela Saudi Food & Drug Authority (SFDA) à importação de frango originário
de 13 complexos produtivos brasileiros. O governo brasileiro sustenta que as proibições violam o acordo SPS.
Até março de 2023, apenas seis desses estabelecimentos haviam sido reabilitados para acessar o mercado.
• Ainda, o setor privado brasileiro aponta outras medidas comerciais sauditas que têm afetado as exportações
brasileiras. Segundo o Relatório de Barreiras Comerciais da CNI, podem-se citar o sistema de licenciamento de
importações adotado pelo país em 2020, considerado pouco transparente e sujeito à discricionariedade, e
entraves burocráticos relacionados ao processo de certificação de qualidade conduzida pela Saudi Arabia
Standards Organization (SASO) para produtos importados, como cerâmicos.
• Exportadores de outros países (ver PCE #615) também apontam para entraves burocráticos em processos de
avaliação da conformidade conduzidos através do sistema eletrônico SABER, lançado em 2018.
Página 6 | 9 Fontes: 13. Sites oficiais das organizações e convenções. 14. OMC; TradeMap/ITC (2022);
PERFIL JULHO 2023
A
COREIA SAUDITA
RÁBIA DO SUL
Oportunidades Comerciais16
Produtos (códigos SH6) com oportunidades segundo o Mapa de Oportunidades da ApexBrasil - por ordem decrescente de
importações do país, categorizadas por grupo CUCI (Classificação Uniforme do Comércio Internacional).
ARÁBIA SAUDITA
Investimentos da Arábia Saudita no Brasil
Análise de Investimento
Nota: os registros do BACEN não apontam investimentos da Arábia Saudita no Brasil. Da mesma forma, não há
registros, no Banco Central, de investimentos brasileiros na Arábia Saudita. Por uma questão de confidencialidade e
sigilo fiscal das empresas investidoras, o Bacen não divulga os valores do estoque investido por determinado país
quando há três empresas ou menos do mesmo país investindo no Brasil. Além disso, a Arábia Saudita pode ter
investimentos no Brasil por meio de intermediários, como a participação em fundos que investem no Brasil.
Em 2023, a Saudi Agricultural and Livestock Investment Co. (Salic), uma empresa estatal da Arábia Saudita, e a
Marfrig Global Foods S.A. do Brasil concordaram em comprar até US$ 890 milhões em novas ações da BRF.
A transação daria à Salic uma participação entre 10% e 15% na BRF, conforme amplamente divulgado na mídia. Link
O BTG Pactual abriu o BTG Middle East em Riad, capital da Arábia Saudita, para levantar capital da Arábia Saudita e
de outros países do CCG para investimentos na América Latina. Em termos de fusões e aquisições, os setores que
mais interessam às empresas árabes são proteína animal, infraestrutura, aviação e hotelaria. Segundo Mario Cavalieri,
head do BTG Middle East, alguns dos fundos soberanos da região e fundos de pensão já estão investindo no Brasil por
meio do BTG. Link. E segundo a Bloomberg, o fundo de investimentos saudita (Saudi Arabia Public Investment Fund)
anunciou, em 2019, US$10 bilhões de investimentos no Brasil, usando o país como acesso ao restante da AL.
Página 8 | 9 Fontes: 19. Unctad; 20. Banco Central do Brasil; 21. Orbis Crossborder Investment; 22. Fitch Solutions
PERFIL JULHO 2023
A
COREIA SAUDITA
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A
COREIA SAUDITA
RÁBIA DO SUL
Realização:
7/28/2023 10
www.apexbrasil.com.br