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11/05/11

1. É suspensa a perspectiva de compreensão do humano como sendo um ser que acessa


à verdade por cognição teórica despedida de pressupostos existenciais. Não há a
compreensão do humano como passível de ter percepções claras e distintas puras.

2. Heidegger: estamos num lance de abertura à compreensão de si nas suas


possibilidades por constituição a priori de um em causa de si mesmo.

3. O humano é compreendido por si como um todo que é o que conjunta as suas partes
mas em que não são as suas partes que permitem o todo.

4. O que está em questão é compreender o humano como compreendendo-se num


horizonte temporal. E nesta compreensão não estamos virgens de sentidos
disposicionais, existenciais, carências emocionais, etc.

5. Sich Beginden: encontrar-se, achar-se. Befindichkeit: encontrar-se em.

6. O Mundo, os Outros, Eu próprio não são estruturas isoladas – são um todo, apesar
das análises específicas prestadas a cada um destes momentos. A forma de abertura em
que estamos inseridos somos nós que, em certo sentido, vamos achar, encontrar. Esta é a
primeira forma de abertura, a situacional. O Da está aberto de forma explícita à
totalidade do seu potencial (totalidade de haver de ser de si).

7. O Dasein é constituído pelo seu poder-ser mais específico.

8. Heidegger compreende no outro Da um impenetrável, bem como a situação


específica que de cada vez nos encontramos inseridos (e mesmo a totalidade dela?). O
contacto que tenho com o outro é um contacto mítico que o eterniza. (?) Vê-se um Da
quando se vê um outro em constituição de compreensão de si como em causa para a
totalidade de haver de ser de si projectando na sua possibilidade sentido(s) (?)

9. Amar é querer que tu sejas (a tua possibilidade). Sto. Agostinho.

10. Nós nunca anulamos o solipsismo existencial: a compreensão do outro é a


compreensão dos limites do outro.

11. O aumento da lucidez tem que ver com a compreensão desta possibilidade
impossibilitante (?)

12. Isto constitui-se como um fardo – e a nossa relação a isso é de desincumbência, de


não querer saber, de fuga, de desvio.

13. O projecto filosófico da analítica existencial temporal do Dasein constitui-se, como


diz Heidegger citando Hegel, “de tal maneira como se a vida fosse às avessas.”

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