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Alteridade e TOTALIDADE
Emmanuel LÉVINAS
Toda a definição de Ética na história da filosofia se baseou no ser enquanto
indivíduo. Partindo de meu subjetivo, eu defino (bom ou mau) minhas escolhas.
INTRODUÇÃO
Categorizando a ética, podemos classificá-la da seguinte maneira:
ARISTÓTELES: O indivíduo deve buscar racionalmente melhorar seu ser e atingir a felicidade. Podemos
fazer um exemplo mental disso: Para Aristóteles, o ser humano imagina racionalmente a existência do
outro, e assim define suas escolhas éticas.
DESCARTES: A razão é a fonte de conhecimento, e com ela devo buscar a perfeição de Deus. Neste
exemplo, podemos dizer que Descartes encobre a existência do outro com um cobertor, aqui chamado por
ele de DEUS.
KANT: O ser humano deve basear suas escolhas éticas na validação para todos. Para Kant, a existência do
outro é espelhada pela minha existência, onde não imagino o outro, apenas um igual a mim.
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O OUTRO
Levinás toma como ponto de partida a existência de um outro, e esse outro diferente da minha
existência. Todo ser usa da sua totalidade de si para cooptar (tomar) racionalmente o outro, e
isso deixa de fora o infinito impensado. O que devemos fazer é conceber o outro como fonte de
meu sujeito.
Empatia e Alteridade
Se o outro deve ser atingido por mim, devo usar de duas ferramentas de existência, que é a empatia e a
alteridade. Lévinas coloca a alteridade como a única ferramenta usada, mas a empatia é o que forma a
alteridade. Vamos ver como se fundamenta as duas:
1. Empatia
2. Alteridade
Com a alteridade, minha forma de agir é diferente, pois agora não me coloco no lugar do outro
pelo meu sentimento, mas me defino como impossibilidade de entender o outro. Não consigo
entender a dor no outro, pois não consigo estar no outro. Esse colocar-se em suspenso é a
alteridade, pois quero que o outro me transmita seu olhar para essa dor, usando de uma
comunicação.
ONTOLOGIA ÉTICA
O outro é a fonte de mim. Para Lévinas, a filosofia tem origem no mundo grego, e deve ser
rompida essa estrutura, usando como base a tradição judaica, com um discurso crítico e
inovador. Para os gregos até Heidegger, o sujeito é propriamente o homem, e esse,
essencialmente consciência. Para Heidegger, essa metafísica é profundamente dominadora e
destrutiva. Já Lévinas, a experiência do ‘face-a-face’ é que nos mostra o outro transcendente.