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E-BOOK

O GUIA DEFINITIVO
ANNIE BELLO, PHD
O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD
 Termo
 Termo de responsabilidade
Quando eu comecei a realizar atendimento nutricional aprendi várias
erramentas. Todas essas inormações que eu aprendi e que você
vai ler neste livro são ruto das minhas experiências proissionais.

Embora eu tenha me esorçado ao máximo para garantir precisão e a mais alta


qualidade das inormações para que sejam altamente eetivas para qualquer
pessoa que esteja disposta a aprender e colocar todo o esorço necessário para
aplica los conorme instruídos, eu não me responsabilizo por erros ou omissões.

Assim, você deverá utilizar e ajustar as inormações de acordo com a sua


necessidade especíica.

ANNIE BELLO PHD

O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD


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 Termo
 Termo de responsabilidade
Quando eu comecei a realizar atendimento nutricional aprendi várias
erramentas. Todas essas inormações que eu aprendi e que você
vai ler neste livro são ruto das minhas experiências proissionais.

Embora eu tenha me esorçado ao máximo para garantir precisão e a mais alta


qualidade das inormações para que sejam altamente eetivas para qualquer
pessoa que esteja disposta a aprender e colocar todo o esorço necessário para
aplica los conorme instruídos, eu não me responsabilizo por erros ou omissões.

Assim, você deverá utilizar e ajustar as inormações de acordo com a sua


necessidade especíica.

ANNIE BELLO PHD

O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD


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Sobre a Autora 
Meu nome é Annie Bello, sou carioca e nasci em 1983. Apesar de não ter certeza
que o meu destino era a nutrição, logo no segundo período ganhei um prêmio
na iniciação cientíica como o melhor trabalho do congresso. O prêmio oi o
inanciamento de um dos principais congressos americanos de nutrição em Vegas!
Tinha 18 anos!

Foi um dos divisores de água, a partir daquele momento tudo o que eu queria era
azer doutorado nos estados unidos. Era uma ideia ixa durante toda a graduação.
E corri atrás disso, deendi o mestrado
me strado em 15 meses e ui para os EUA azer parte do
meu doutorado com 22 anos.

Estudar, estudar,
estudar, estudar, pesquisar, pesquisar serão sonhos sempre. A adrenalina
vai a mil quando submeto
s ubmeto um paper, ou tenho um artigo aceito.

Sonho realizado? Em parte.

Precisava colocar tudo em prática.

E aí, a busca continua sendo ininita. Corria do consultório ao posto de saúde


(era concursada na atenção primária) e atuava na atenção terciária (também
concursada do Instituto Nacional de Cardiologia). Adquiri muita experiência. Eram
mais de 100 pacientes vistos por semana (entre posto, internação e particular).
Assim eu ui aplicando o meu conhecimento.

Mas, acabei optando por exonerar de 2 concursos públicos para assumir o cargo
de Pro. Adjunta de Nutrição Clínica na UERJ. Tinha certeza que assim poderia
casar o ensino, a docência, a pesquisa e a prática clínica. Mas comecei a sentir
que ensinava muito pouco. Só compartilhava meu conhecimento com aqueles a queles 30
alunos por período.

Aquilo continuava não sendo suiciente. Passava às vezes 1 mês


m ês montando uma
única aula, e tudo que eu queria era poder dar acesso a um número ainda maior de

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Aquilo continuava não sendo suiciente. Passava às vezes 1 mês montando uma
única aula, e tudo que eu queria era poder dar acesso a um número ainda maior de
alunos. Mas como?
Com marido, 2 ilhos, 2 concursos públicos, alunos de mestrado, doutorado,
iniciação cientíica, aulas de pós graduação por todo o Brasil. Mas agora uma
nova ideia ixa icava na minha cabeça, eu queria atuar na ormação de um
número ainda maior de alunos. E aí que começaram os cursos Online. Agora, eu
consigo entrar na casa de cada um “de norte a sul do Brasil” (e além das ronteiras
brasileiras, tenho muitos alunos ao redor desse mundão).

Me perguntam hoje, qual a minha maior realização proissional?

Estudar, pesquisar, ver os resultado dos meus pacientes e poder ensinar. Ensinar o
que eu aprendo e o que eu pratico. Hoje, consigo que milhares de alunos possam
aprender prática clínica pura! Sem ronteira!

Nesse guia, eu organizei e disponibilizo para você o conhecimento que orma a


base de todas as estratégias que eu implementei até hoje.

Meu objetivo é levar essa mensagem para o maior número de pessoas possível,
porque eu passei poucas e boas para aprender tudo o que quero ensinar para você.
E eu não quero que você passe pelos mesmos problemas. E oi por causa disso, por
essa minha vontade de ensinar tudo o que aprendi, e que hoje eu já atendi mais de
1000 pacientes e já ormei milhares de alunos. Eu acredito que você também pode.

Vamos lá?

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Como usar esse livro
Acredite, eu investi pesado no planejamento da organização pereita desse
mundo de inormações de orma que você consiga consumir, aprender e aplicar
da maneira mais eiciente possível. Eu verdadeiramente acredito que o que
tem dentro deste livro pode transormar o seu atendimento. Isso porque o
conhecimento que eu divido aqui com você transormou tanto a mim como a
milhares de pessoas que eu já ensinei.

O seu aprendizado e desenvolvimento é diretamente proporcional ao oco e à


imersão que você coloca no que quer aprender. Isso não vale só para nutrição
clínica, mas para qualquer coisa que você decida aprender.
Logo, uma das coisas que você vai precisar azer é criar o seu “próprio mundo”,
onde boa parte do tempo você praticamente vai prática clínica. Esse livro vai ser o
seu guia central, mas ler uma boa parte dele e passar o resto do seu dia assistindo
 jornal na TV não vai ajudar muito. Você vai precisar ter mais controle sobre os
inputs que vai se dar, principalmente quando você terminar esse livro e começar a
aplicar as estratégias no seu atendimento.

Por isso, eu posto conteúdos de dierentes ormatos e tamanhos em várias


plataormas que contribuem para o processo de imersão no dia a dia.

Assim, eu recomendo que você:

Assine meu canal no YouTube;


youtube.com/user/anniebellophd
Lá você encontra grandes sacadas do mundo da nutrição baseada em evidência.

Curta minha página no Facebook;


acebook.com/anniebellophd
Conteúdo de qualidade direto na sua timeline.

Siga meu perfil no Instagram;


instagram.com/anniebellophd
Pílulas diárias de sabedoria e bastidores do dia a dia de uma nutricionista

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5
Índice
PARTE �- O SEU PACIENTE
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PARTE � - O SEU ATENDIMENTO


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PARTE �- O SEGREDO DA FIDELIZAÇÃO E DA ADESÃO


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PARTE �- A ATUALIZAÇÃO

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PARTE 1

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SEU PACIENTE
“A� ������� ��� ����� � ��� ����
������ ��� ���� ������� ���� ����”
— STEVE JOBS

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O seu paciente é o centro do seu atendimento.
Primeiramente você precisa entender que o modelo de ensino é ocado na
doença e não no paciente. É mais ácil para o proessor ensinar diabetes,
hipertensão ou câncer, do que dar uma aula que tem como base um caso clínico
com várias co morbidades.

O nosso paciente pode ter até hipertensão, e você vai precisar saber disso, mas
ele tem uma história de vida, uma história sociocultural, alimentar, uma rotina
única e preerencias alimentares também.

Isso signiica que o mais importante em uma consulta de nutrição é escutar o


seu paciente.

Conhecer a história dele é a parte mais importante do acompanhamento.

Se conecte
O paciente é o centro do atendimento e você precisa se conectar com ele. Toda
consulta começa com uma ase de envolvimento – de conexão! Crie o RAPPORT,
mostre empatia, orme uma relação de coniança!

O Rapport é um conceito do ramo da psicologia que signiica uma técnica usada


para criar uma ligação de sintonia e empatia com outra pessoa. Coniamos
em pessoas que são parecidas conosco, com isso ica mais ácil sugestionar/
persuadir seu interlocutor.

O sorriso é a chave universal do rapport. Chame o paciente pelo nome.


Identiique algum ponto de semelhança e diga: “eu também moro na Gávea”. Ou
“minha amília também é do interior” (se or, claro).

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Identifique o quanto o seu paciente quer mudar 

Ter a resposta de algumas perguntas chaves pode ser o grande pulo do gato. O
paciente que vem para a sua consulta por um desejo da esposa ou do médico
pode não estar pronto para a mudança. Por outro lado, o paciente que chega no
consultório tendo perdido já 3 kg e iniciado uma atividade ísica, ele passa ser
considerado um paciente em ação. O primeiro passo do tratamento nutricional
é identiicar em que ase o paciente está. O diálogo que será estabelecido com
ele vai ser de acordo com o seu grau de prontidão de mudanças.

Se o seu paciente não está pronto para mudar, não estabeleça muitas metas,
procure gerar mais conscientização do problema e os beneícios da mudança.

O resultado só vai aparecer se ele estiver comprometido. Procure identiicar


esse comprometimento logo nos primeiros momentos juntos na consulta. O
resultado não depende do nutricionista, depende da adesão do paciente. E ele
precisa estar ciente disso.

 Algumas perguntas chaves:


• Porque ele (o seu paciente) veio até o seu consultório?
• O quanto ele deseja atingir o objetivo dele?
• de 0-10 qual o seu grau de comprometimento?

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Seja um bom comunicador.
Faça perguntas abertas e poderosas (perguntas do tipo “o que” e
“como”), resuma pensamentos do cliente e aça algumas relexões.
Peça permissão para sugerir uma estratégia.

Evite usar o verbo no imperativo: “Se você não mudar a alimentação o


seu colesterol vai aumentar”. Procure tentar: “Pessoas que começaram
a comer ruta 1x ao dia conseguem ter um impacto importante na
redução do colesterol. Alguma ruta você considera uma opção prática
para comer ao acordar?”

Vai encorajar o cliente a ter mais ação!

Paciente desmarcou o retorno, ou faltou.


Não se culpe.

Possivelmente ele não estava pronto para entrar no processo de


mudança. Não deixe de entrar em contato para se colocar disponível
para quando ele estiver pronto. Exemplo: “Respeito sua decisão, esse
talvez não seja o momento de alar de dieta. Alguns pacientes quando
recebem o diagnóstico precisam de um pouco mais de tempo, mas
eu gostaria que você soubesse que estou aqui caso você precise de
ajuda, e aproveito para lhe enviar alguns materiais para você ler sobre
alimentação e pressão.”

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Avalie o seu atendimento.
Você praticou a escuta ativa?
Falou menos que o seu paciente?
Estava 100% ocado no seu cliente?
Estava motivado e coniante?
O que você pode azer melhor no seu próximo atendimento?

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 Avalie seu paciente de forma INTEGRAL


Todo processo de cuidado, não importa em que estágio esteja, é
necessária a avaliação integral do paciente. Mas para conseguir isso, o
que geralmente se az? Se avalia a antropometria ou a dietética? Pede
inúmeros exames bioquímicos? Não!

Invista o seu tempo para avaliar os multidomínios do bem estar.

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OS 7 DOMÍNIOS DA AVALIAÇÃO DE BEM ESTAR
• ALIMENTAÇÃO e NUTRIÇÃO,

• COMPORTAMENTO e PESO

• SAÚDE MENTAL e EMOCIONAL

• ENERGIA

• EXERCÍCIO

• SAÚDE GERAL

• SATISFAÇÃO e EQUILÍBRIO

Ou seja, com a avaliação em multidomínios, além de você aumentar


a quantidade de inormação que você tem sobre o seu paciente, você
consegue conhecer um pouco mais sobre os atores que intererem nas
escolhas alimentares.

Você só consegue promover a melhor versão do paciente, se você


identiicar os pontos que precisam ser melhorados no estilo de vida.
Claro que você não vai abordar tudo isso na primeira consulta, mas terá
inormação suiciente para promover o processo de cuidado ao longo
das semanas/ meses do tratamento.

Isso tudo faz sentido para você?


Se isso ez sentido para você e se você quer saber mais sobre as perguntas para acessar cada um dos 7
dominios baixe o e-book “Guia prático para um atendimento nutricional eiciente” que tem um passo a
passo de como eu construí uma anamnese pautada nos 7 dominios.

CURSO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL EFICIENTE


Transormação, Adesão e Eiciência
https://anniebello.com.br/cursos/para-nutricionista/atendimento-nutricional-eiciente/

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O que me ajuda na prática clínica é ter orientações e desaios práticos
organizados. Isso acilita todo o processo de educação nutricional com o
paciente. Para cada um desses 7 domínios você pode preparar inúmeras
orientações, erramentas ou estratégias para serem trabalhadas com o paciente
nas consultas de retorno.

Vamos a alguns exemplos do domínio alimentação e nutrição você pode


organizar orientações sobre como azer uma escolha consciente, alimentos
ultraprocessados: quais são, o que são carboidratos simples e complexos, dicas
de pequenas reeições, dicas de grandes reeições, e-books de gastronomia
uncional, e-books de receitas com quinoa, e-book de snacks...

Com todo esse material em mãos, de acordo com a necessidade do seu


paciente você pode entregar para ele como orma de educação nutricional
ou simplesmente te ajudar a construir o plano alimentar. Com um nicho bem
deinido, você vai criando os materiais aos poucos de acordo com a demanda!

Recaptulando:
1. O seu paciente deve estar no centro do seu atendimento.
2. Você deve se conectar com ele
3. Identiicar o estágio de prontidão de mudança para ajustar a sua ala. O
quanto o seu paciente quer mudar?
4. Realize a avaliação dele de orma integral. Buscando o bem estar e não a
ausência de doença.

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Em que você é PhD?
P.H.D (Paixão, Habilidade e Demanda).

“E� ����� ���������� ���� ��������


����� ���� �� �������� �� ������
����� ���� �� ��������������”
Essa pergunta te ajuda a escolher um nicho.

Escreva quem você mais gosta de atender 

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Q��� �������� ��� ���� ���� �������

S� �������� ��� ��� ��� ���� ���������


������ ���� ���� �� ���������
Se isso ez sentido para você, se prepare, pois agora vamos aprender tudo sobre
o maior ativo do seu consultório: O seu atendimento.

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PARTE 2

“����� � ����.”
Fale o mínimo, escute ao máximo.

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Simplifique o seu atendimento
Quanto mais simples mais ácil será organizar o seu tempo e azer o
planejamento do plano alimentar com o seu cliente.

Qual a melhor Bioimpedância? Qual o melhor protocolo de percentual de


gordura? Qual o melhor sofwares de atendimento nutricional?
Não vou te responder nenhuma nessas perguntas pois elas são irrelevantes para
o seu atendimento. Mas como assim Annie?

Elas podem te atrapalhar mais do que te ajudar, assim como realizar muitas
especializações e muitos cursos. Você já sentiu isso? Tem uma ininidade de
inormação, e não sabe o que azer com elas? Gera uma verdadeira obesidade
mental, vivemos em um mundo com excesso de inormação.

O que você precisa:

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(�� ������ � ������)
P������� �� ������� �� �����
(���� ������ ���� ������)

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Entregue o planejamento alimentar na hora 
Para azer o seu atendimento icar realmente eiciente é condição quase que
obrigatória calcular e entregar a dieta na hora. E se alguém te alar que te ensina
mudanças qualitativas, evite cair nessa. O cálculo do plano alimentar é previsto
em nutrição clínica. Mas você pode simpliicar sim todo o processo.

Mas como Annie? Fazendo uma simples planilha de cálculo de equivalente no


excel.

Assim você tem 100% de controle e simplicidade.

Vamos ao passo a passo:

1. Você escolhe as órmulas que vai trabalhar

2. Escolhe os alimentos que você usualmente prescreve (sem alimentos

ultraprocessados)

3. Organiza esses alimentos em grupos alimentares de acordo com as

características nutricionais.

4. Calcula a quantidade de macro e micronutriente por grupo.

5. Inclui na planilha e pronto.

Quase como uma receita de bolo de caneca.

Quando você or atender o paciente você pode usar esse cálculo por equivalente
tanto para estimar a ingestão calórica dele quanto para calcular o planejamento
alimentar.

Assim você tem total controle de quanto o paciente estava ingerido, e como
você vai propor as mudanças qualitativas em cima de um cálculo real.

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De novo, não me entenda mal. Se você não calcula dieta eu sugiro
ortemente que você aça para garantir mais segurança na sua
prescrição. A sociedade americana de obesidade recomenda restrição
de 500 a 1000 calorias. Quando você prescreve uma mudança
qualitativa você respeita as diretrizes?

E mais, se você usa sofwares e calcula exatamente do que o paciente


vai consumir. Preste bem atenção. Na hora de usar o sofware você
escolhe maça por exemplo de ruta da manhã. O paciente vai comer
maça todos os dias?? Ou você vai pedir para ele variar entre 10 ou 15
rutas?

Então, pelo menos para mim, é claro que o mais lógico é você azer
uma média dos nutrientes por grupo.
Lembre-se sempre disso a grande sacada não está na exatidão do
plano alimentar. Está na variedade deste plano.
Gostou? Agora o organize o plano da mudança, bem direcionado, claro,
sem discrepâncias, sem jargões técnicos, de maneira lógica.

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Sistematize o seu atendimento
1) Envio da anamnese por e mail.
Quando marca a consulta, envio a anamnese por e mail, ele responde e me
encaminha antes da primeira consulta. Funciona? Sim. 90% das vezes.

Esse é um passo que salva muito tempo na consulta, além de ser bom para
o paciente, pois ele preenche em casa, relete sobre o assunto, avalia outras
questões que também serão importantes de serem trabalhadas durante a
consulta. Também é bom para o nutricionista, pois você já conhece um pouco
sobre o paciente, perde menos tempo preenchendo ormulários e ganha mais
tempo para estar 100% presente na consulta com o seu paciente.

Você já experimentou azer perguntas por e-mail para o seu paciente antes
da consulta? Você pode enviar uma anamnese clínica com as perguntas que
considera mais importante.

2) Atenda com uma folha em branco.


Quando você usa a estratégia de enviar a anamnese por e mail te conere mais
liberdade para não precisar azer aquelas inúmeras perguntas: Você gosta disso
ou daquilo? Como está o intestino? Alguma alergia? E etc....

Atender com uma olha em branco te proporciona a oportunidade de deixar


o paciente guiar o atendimento, azendo com que você não se prenda as
perguntas, e te conere ainda a liberdade de anotar os pontos que te chamaram
mais atenção.

Mas você não se perde? Peço que você aça essa experiência. Você se
surpreenderá como vai se sentir “livre” sem ter que seguir uma anamnese e
parecer que o paciente está em um interrogatório.

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Algumas perguntas que guiam o atendimento:
“O que trouxe você aqui?”
“De que orma eu posso te ajudar?”
“Você já oi a algum nutricionista?”
“O que uncionou?”
“Você pode me contar um dia típico seu pontuando também sobre alimentação,
me leve para esse dia do inicio ao inal. Você acorda às...?”

Enquanto coleta as inormações, sugiro que NÃO REAJA COM ORIENTAÇÕES,


CRITICAS OU JULGAMENTO, pode inibir a conversa. Deixe o cliente alar com o
mínimo de interrupção possível.

3) O bom e o velho diagnóstico nutricional completo.


O diagnóstico NÃO é o IMC e nem percentual de gordura.

Toda a sua prescrição nutricional será pautada no diagnóstico. Sem um


diagnóstico nutricional bem eito não tem intervenção de sucesso.

Quando alo em diagnóstico completo envolve identiicação dos


comportamentos, do problema, de barreiras, de severidade, dos sucessos
anteriores, identiicação do ambiente ísico que poderia ajudar ou não nos
resultados, avaliação do suporte e a rede de apoio do paciente.

Claro, além desses aspectos, precisa realizar a avaliação dietética recordatório


de 24h ou dia típico e mais um questionário de requência de consumo
alimentar.

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4) Fechamento da consulta:
Que tal azer um resumo para caracterizar o término: “Foi um prazer encontrá-
lo hoje. Você veio para saber como reduzir a pressão. Nós revisamos o padrão
alimentar e identiicamos vários comportamentos que são undamentais que
você já az, como usar o leite X e azer a adequada ingestão de água.

Eu acredito que izemos um bom trabalho deinindo os objetivos de comer a


ruta no trabalho. Eu estou bem otimista que você vai gostar de comer e que
você tem um plano bem deinido para as rutas.

Eu estou muito impressionada com toda a pesquisa que você ez sobre pressão
e alimentação.

Eu estou disponível para trabalhar a incorporação de novas mudanças. Você


gostaria que eu te mandasse um e-mail de acompanhamento no meio da
semana?”

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Conexão, a sua maior arte
Esteja 100% conectado com ele e com a causa dele. Procure escutar ele com
atenção plena; Conheça as principais “dores”, as suas principais diiculdades;
Entregue o que ele quer e entregue também o que você acha que é melhor para
ele; Conheça o nome dos seus ilhos, marido, pessoas importantes na vida dele;
Conheça a rotina dele, a sua principal onte de estresse, a sua principal onte de
prazer.

Atenção: nunca restringir a sua segunda consulta a uma recapitulação do que o


paciente ez ou deixou de azer, pode deixar a sensação de que a consulta não
oi produtiva ou nova. Vai dar a sensação de que sempre é a mesma coisa.

Procure agregar alguma inormação NOVA na consulta. Pode trabalhar um


pouco mais sobre a qualidade, quantidade, receitas, cuidados com o estilo
de vida, terapia cognitivo-comportamental, comer intuitivo, mindul eating,
entrevista motivacional e de coaching em saúde.

E mantenha o contato constante. Mande e mail agradecendo por ter escolhido


como nutricionistas. Mande e-mail após 1 semana, com alguma material
complementar, um e-book ou alguma dica pode ser até mesmo uma dica de
livro.

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Simplicidade impera sempre
Quando você mostra o valor da simplicidade para uma pessoa, ela ica muito
mais propensa a agir.

Uma estratégia de trazer leveza e resultados no atendimento é através do


estabelecimento de metas. Essas metas precisam ser especíicas com o objetivo
de gerar mais comprometimento e acilidade de execução.

Modelo de meta SMART: S (específica), M (mensurável), A (atingível),


R (realistas), T (temporais). As metas devem ser bem detalhadas.

Com um papel de aconselhador você deverá ocar na experiência do cliente,


nos sentimentos, pensamentos, comportamento do cliente com resposta para
aprendizado e explorar a mudança.

O caminho entre conhecimento e comportamento é longo, portanto não basta


inormar, transmitir conhecimento ou ensinar nutrição. Quando queremos
mudar o comportamento devemos estar preocupados com os pensamentos dos
indivíduos e acessar as suas percepções minuciosamente.

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PARTE 3

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“E� ������� ���� �� ������� � ��� ����
������ ���� ����� �������� � ��� ����
��������”

O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD


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Esse é o capitulo que eu vou te mostrar como gerar a idelização e adesão dos
pacientes e com isso promover mais resultados.

Mas primeiro é importante compreender porque a adesão costuma ser tão baixa
dos pacientes. A literatura aponta que os pacientes acreditam que já sabem
tudo de alimentação ou até que tem hábitos alimentares satisatórios ou não
querem sorer tantas privações alimentares. Outros relatam alta de tempo,
custo, alta de motivação, altam habilidades ou “orça de vontade” nos eventos
sociais.

As “dores” são as mais variadas, vai depender muito do público que você atende.
Mas tenha certeza que a principal estratégia para a idelização é conhecer as
dores.

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��� ������ ��������
(����� �� �����).

Com as dores bem identiicadas o segundo passo é produzir conteúdo para


resolver os problemas do seu uturo paciente. Que é o que eu chamo de arsenal
de segurança.
Esse conteúdo pode ser usado em consulta e parte dele pode ser veiculado até
mesmo nas redes sociais para atrair novos clientes.

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Como criar o seu arsenal 
Esse arsenal podem ser orientações, questionários, olderes educativos,
esquemas. Você vai avaliar a melhor orma de conscientizar e explorar a dor do
paciente. Eu divido o arsenal o meu “arsenal” em 3 grandes áreas:

Básicas:
Alimentos ultraprocessados: quais são, índice glicêmico e alimentos, comer
devagar, escolhendo os alimentos, lista de compras, Receitas e receitas.

Comportamentais
Como comer devagar, como controlar as quantidades, resolvendo os
pensamentos dicotômicos, mudando a ambivalência.

Avançadas ou específicas:
Vai depender se é gestante, criança, paciente com excesso de peso, doenças
cardiometabólicas.

Praticando Over delivery 


É o momento que você vai entregar mais do que o seu paciente espera. Sempre
de acordo com as dores dele. E como azer isso?
Pode propor desaios, pode montar uma lista de transmissão com mensagens
motivacionais e educacionais.
Sintetizar receitas e azer um livro de receitas e disponibilizar como um bônus
para ele.

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Marketing em prol da adesão
O Marketing também pode ser uma excelente orma de criar mais adesão,
idelização e também ajuda a captar clientes. As redes sociais são uma excelente
via para estar mais presente na vida do outro e se azer ser lembrado. Facebook,
Linkeding, instagram, Youtube e WhasApp. Você pode azer uma agenda de
postagens com conteúdo que vai solucionar as dores do seu cliente. Ou seja,
você organiza as postagens para o mês.

Vou ensinar para você 3 ingredientes que considero básicos para estimular o


seu cliente ou uturo cliente a icar com o seu acompanhamento.

#ingrediente 1 – autoridade.
O ato de você ter uma audiência, e publicar conteúdo também e uma maneira
de construir autoridade. Quanto mais conteúdo de valor você entrega para o seu
público, mais ele vai enxergar você como uma autoridade e vai gerar coniança
nele.

#ingrediente 2 – Prova social


A prova social consiste em você mostrar para as pessoas que tem muita gente
interessada no que você az. São números que mostram que as pessoas estão
aprovando o que você está azendo

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27
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#ingrediente 3 – simplicidade e especificidade


E importante que você deixe claro para a pessoa que usar o seu atendimento
pode acilitar a vida dela. A pessoa tem que imaginar que ela consegue azer
aquilo. Simpliicar e a palavra de ordem, não se esqueça!

Na marcação da consulta tem alguns outros ingredientes do Marketing que


podem ser muito interessantes de serem usados.

Por exemplo, procure brevemente apresentar o seu atendimento, os seus


dierenciais e a consequência para a pessoa.

Outra estratégia é usar a escassez pois ajuda a provocar urgência para o seu
paciente. Se você alar “Tenho um horário às 14h na próxima quinta eira” pode
surtir um eeito maior do que “Para quando você quer marcar”.

O GUIA DEFINITIVO, ANNIEBELLO PHD


28
PARTE 4

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L�� ����, A�����, S���� B����, Z���, ��� ��� (������),
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Preciso conhecer tudo isso? SIM.

Como são? Quais que uncionam? Como buscar inormação sobre cada uma
delas?

#Primeiro passo:
Buscar ontes seguras de inormação. A maior base de dados é o
www.pubmed.com.

Existem dierentes níveis de evidências, desde artigos experimentais (células,


ratos) até meta-análises. As meta-análises são as ontes de inormação mais
robusta, pois agrupam artigos que estudaram a mesma coisa e reazem a análise
estatística considerando um pool maior de pacientes (agrupados de todos os
estudos). Isso conere importante robustez.

Artigos que não estão disponíveis nessa base de dados pode ter a sua validade
comprometida.

#Segundo passo:
OAvaliar a aplicabilidade das inormações. De nada adianta uma teoria
interessante se não é aplicável ou não têm aceitabilidade pela população. Além
de ser aplicável o paciente precisa ter adesão a proposta. Existem evidências
sobre dieta com alto teor de proteína e gorduras sobre o emagrecimento,
mas tem baixíssima adesão na maior parte da população. Ou seja, não vai ter
aplicabilidade apesar de se mostrar eicaz.

Quando praticamos nutrição baseada em evidência, a relevância do estudo


deve ser considerada tal como a aplicabilidade e a adesão.

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#Terceiro passo:
Individualidade. Fique ciente que uma proposta alimentar pode uncionar para
um e não para outro. Pessoas com rotinas completamente dierente diicilmente
conseguem seguir o mesmo plano alimentar.

Vamos a 3 exemplos práticos:

1. Dieta low carb – pode ser uma excelente estratégia para alguns, mas não para
outros. A adesão apresentadas nos estudos é em torno de 50%. Mas isso não
desmerece a proposta.

2. Dieta alcalina – zero de evidência cientíica sobre o emagrecimento ou


osteoporose.

3. Dieta mediterrânea – grande aplicabilidade e adesão por parte dos pacientes.


Tem estudo que aponta adesão de mais de 90%.

Grande aprendizado é que nós como nutricionistas e estudantes de nutrição


temos que conhecer TODAS as teorias. Abra o leque de opções e adapte as
necessidades do seu paciente.
Não pré-julgue acreditando que não é uma boa opção. Mas pode ser que o
próprio paciente diga que não gosta de lista de substituição, cabe a você propor
outra estratégia!

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Primeira Ação:
Liste as teorias que você mais se interessa e monte um cronograma para
atualização.

Segunda Ação:
Alguns questionamentos de autodescoberta

O que eu preciso desenvolver?


• Mais comunicativa?
• Mais sociável?
• Ser mais eu, alar mais da minha história
• Preciso me expor mais?
• Desenvolver maior capacidade de comunicação?
• Ter mais criatividade?

Terceira Ação:
Tire as ideias da cabeça e coloque em ação.

Vamos entrar em ação!

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