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Disciplina: Metafísica
Docente: Benedito Eliseu Leite Cintra
Aluna: Lilian Neves Mise RA 212055
O sentido da vida
Mas não podemos dizer que a vida se oriente pelo tempo ou espaço,
pois estes só caminham em direção a morte, e não diríamos sentido da vida,
mas sentido da morte. O tempo é irreversível, e quanto ao espaço só
conhecemos como corpo que ocupa um lugar, uma medida, no mundo. O
sentido da vida é encontrado não apenas nos lugares e instantes da nossa
existência, mas transcende a estes. Para que a vida tenha sentido é necessário
um trabalho do sujeito, ao sair de si e encontrar o mundo, ele deve tornar
significativo cada momento, ponderando suas ações. Significar o momento é
transcender a existência, ou seja, é passar pelo tempo e espaço, mas também
estar acima, podendo a cada instante julgar, valorar, pesar.
A vida é tecida por atos, escolhas. A própria morte ganha assim nova
significação, não é (apenas) um final do tempo, uma degradação no espaço,
um ponto final. É um momento a ser sobrevoado e significado, diz-se que “não
sabe morrer, quem não sabe viver.” A morte não é sequer necessariamente
triste, ela é um tempo e espaço desprovido de sentido originalmente, é cada
ser em sua relação intencional com esta experiência que provê o sentido.
1.“A filosofia da transcendência nos joga sobre a grande estrada, no meio das
ameaças, sob uma luz ofuscante... Esta necessidade para a consciência de
existir como consciência de outra coisa, Husserl a denomina
“intencionalidade”.1
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CINTRA 2002 p.2
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CINTRA 2002 p.2
“Esta necessidade para a consciência de existir como consciência de
outra coisa, Husserl a denomina “intencionalidade”.: A intencionalidade é a
construção de sentido que só pode acontecer recepção ou no encontro com
algo exterior à própria consciência. O eu que pensa, sempre pensa algo.
Mesmo o pensamento não existe de forma solitária, ele só é possível como
abertura para a exterioridade.
3.Se “a relação com o infinito” é relação com outrem, não se entenda que
outrem seja “ontologicamente” infinito! Seria o Deus cartesiano. É infinita
“porque desborda o pensamento que o pensa”. Por isso, na relação com
outrem, “se produz [da relação] a sua própria infinição” 4
Referência: